A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROFILAXIA DOS … · O amor é paciente, benigno, não arde em...

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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Enfermagem Kelly Cristine Rocha Oliveira Lizânia Mara Querci Mayra Cristina Berthelli A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROFILAXIA DOS TRAUMAS MAMILARES ASSOCIADOS AOS FATORES DE RISCO Associação Hospitalar Santa Casa de Lins Maternidade LINS SP 2010

Transcript of A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROFILAXIA DOS … · O amor é paciente, benigno, não arde em...

UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Enfermagem

Kelly Cristine Rocha Oliveira

Lizânia Mara Querci

Mayra Cristina Berthelli

A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA

PROFILAXIA DOS TRAUMAS MAMILARES

ASSOCIADOS AOS FATORES DE RISCO

Associação Hospitalar Santa Casa de Lins

Maternidade

LINS – SP

2010

Kelly Cristine Rocha Oliveira

Lizânia Mara Querci

Mayra Cristina Berthelli

A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROFILAXIA DOS TRAUMAS

MAMILARES ASSOCIADOS AOS FATORES DE RISCO

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Banca Examinadora do

Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium, curso de Enfermagem, sob a

orientação da Profª. M Sc. Ludmila

Janaina dos Santos de Assis Balancieri e

orientação técnica da Profª. Esp. Jovira

Maria Sarraceni.

LINS – SP

Oliveira, Kelly Cristine Rocha; Querci, Lizânia Mara; Berthelli, Mayra Cristina

O47a A assistência de enfermagem na profilaxia dos traumas mamilares associados aos fatores de risco / Kelly Cristine Rocha Oliveira; Lizânia Mara Querci; Mayra Cristina Berthelli. – – Lins, 2010.

94p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Enfermagem, 2010

Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Ludmila Janaina dos Santos de Assis Balancieri

1. Assistência de enfermagem. 2. Traumas mamilares – fatores de risco. I Título.

CDU 616-083

2010

Kelly Cristine Rocha Oliveira

Lizânia Mara Querci

Mayra Cristina Berthelli

A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROFILAXIA DOS TRAUMAS

MAMILARES ASSOCIADOS AOS FATORES DE RISCO.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovada em:____/____/____

Banca Examinadora:

Profª. Orientadora: Ludmila Janaina dos Santos de Assis Balancieri

Titulação: Professora Enfermeira Especialista em Obstetrícia pela Universidade

Sagrado Coração (USC).

Assinatura:______________________

1º Prof(a): _______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ____________________________

2º Prof(a): _______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ____________________________

AOS MEUS PAIS

Dedico este trabalho aos meus pais Lourdes e Iris que

contribuíram incondicionalmente na vitória de mais uma etapa

em minha vida. Jamais esquecerei os sacrifícios que fizeram

durante esses quatro anos, onde muitas vezes, abriram mão dos

próprios sonhos para que o meu fosse concretizado. OBRIGADA

POR CADA DIA ESTAREM AO MEU LADO!!

Sua filha Kelly

AO MEU NAMORADO LUCAS

Sou grata por você sempre estar ao meu lado, me apoiando,

incentivando e muitas vezes me aconselhando nos momentos

de dificuldade, e sempre me mostrando as faces do amor

verdadeiro. OBRIGADA POR FAZER MINHA VIDA

COMPLETA!! TE AMO MUITO...

“... O amor é paciente, benigno, não arde em ciúmes, tudo

sofre tudo crê, tudo espera, tudo suporta, jamais acaba,

permanece eternamente...”

Kelly

AMIGA LIZÂNIA

Agradeço muito a Deus por ter me dado a oportunidade de

conviver com você, uma amiga que me aconselha, sorri e chora

comigo, que apesar de tudo tem paciência e tolerância para que

nossa amizade cresça a cada dia, afinal são quatro anos de

convivência arduamente... rsrsrsr...Valeu Por Tudo!!

“... A amizade não se explica, ela simplesmente existe...”

Kelly

Em primeiro lugar agradeço a DEUS por estar sempre perto

de mim em todas as minhas decisões e principalmente

resolvendo para mim as mais difíceis como me manter

acordada durante muitas noites onde eu trabalhei, só tenho que

lhe agradecer por um dia ter te conhecido e permitir que eu possa

ter o senhor como o meu melhor amigo eternamente morando

dentro do meu coração. Firmo através dessa que nunca deixarei

de te servir e anunciar o quanto e importante para mim.

(LIZÂNIA)

Para minha querida mãe Maria Jose por estar me apoiando

em todas as minhas necessidades e decisões abrindo-me os olhos

quando necessário, ensinando-me valores grandiosos que

jamais esquecerei, através de muito amor, carinho, atenção,

compreensão, dedicação e muita paciência, muitas vezes

abrindo mão dos próprios sonhos para realizarem os meus,

estando tão presente em mais uma grande e maravilhosa etapa

de minha vida. (LIZÂNIA)

Ao meu grande amor Raphael agradeço por estar comigo

lado a lado nessa longa caminhada me apoiando, com

paciência, carinho, orientações através de suas experiências,

segurança otimismo, palavras amorosas e confortando-me,

quando tive medo das dificuldades. Pois sempre acreditou em

minha capacidade e almejava tanto quanto eu esse sonho Você é

o maior presente que DEUS me deu, e sei que juntos iremos

conquistar inúmeros que virão pela frente. Te amo!!!!!!!!

(LIZÂNIA)

A VERDADEIRA CORAGEM É CORRER ATRÁS DOS SEUS

SONHOS MESMO QUANDO TODOS DIZEM QUE ELE É

IMPOSSIVÉL!!!

Á DEUS E AO MEU PAI

Sei que o correto seria agradecer a Deus em primeiro lugar, porém

como colocar certa pessoa em segundo plano, sendo que em sua vida

sempre fui prioridade. Então para começar agradeço a DEUS e

juntamente a ele agradeço ao MEU PAI, que mesmo com toda sua

simplicidade sempre me motivou e me orientou a estudar, e assim ser

alguém na vida. Pai obrigado por ser tão chato e pegar tanto no me pé

para terminar essa faculdade. Deus obrigado por ter me dado um Paizão.

(MAYRA)

Á MINHA FILHA LÍVIA MARIA

Obrigada por ser a grande motivadora do termino de minha

graduação, pois desde quando você nasceu e eu vi aquele rostinho lindo

olhando para mim eu me conscientizei de que precisava ter um futuro

melhor para poder te oferecer tudo o que eu pudesse. Obrigada por ser a

razão do meu viver!!! (MAYRA)

ÀS MINHAS MÃES ROSÂNGELA E SILVANA

Agradeço a vocês por toda a dedicação em serem mães guerreiras,

um exemplo a ser seguido. Mesmo que em algumas vezes foram muito

rigorosas sempre me deram muito apoio e amor nas horas que mais

necessitava. Mães que foram para mim um presente de Deus. Amo vocês.

(MAYRA)

Á MINHA IRMÃ MAURA E SUBRINHOS (ISADORA,

JOAQUIM E DIOGO)

Obrigada minha irmãzinha por ser tão companheira, mesmo que

seja tão atrapalhada sempre me deu conselhos que muitas e muitas vezes

me ajudaram a seguir em frente. Você é um anjo que Deus me deu para

ajudar-me nos momentos de sufoco. Te amo, você é tudo de bom.

(MAYRA)

AO MEU ESPOSO FABIANO

Agradeço a você por me apoiar em meus estudos e ter tanta

paciência com minhas ausências. Te amo, obrigada por ser tão

compreensivo e estar presente em minha vida. Você é presente de Deus.

(MAYRA)

ÁS MINHAS TIAS, TIOS, PRIMOS, AVÓS, SOGRA

Obrigado a todos por acreditar em mim, que eu conseguiria e me

ajudarem com problemas que acabaram surgindo nestes quatro anos.

Obrigada pela confiança. (MAYRA)

Á MINHAS COMPANHEIRAS DE TCC

Agradeço por me concederem o privilégio de realizar este trabalho

com vocês, obrigada pela compreensão, paciência e união que tivemos

durante este ano. Vocês serão sempre lembradas com carinho. Adoro

vocês.(MAYRA)

AOS MEUS COLEGAS

Luiz Paulo, Marcus Vinicius, Marco Aurélio e Patrícia. Com

carinho a todos vocês, obrigada pela força que me deram durante esses

quatro anos, alguns que estão juntos, outros que não mais e outros que

aprendi o quanto é bom conhecer melhor as pessoas. Adoro vocês!!!.

(MAYRA)

ÁS PESSOAS QUE SEMPRE DUVIDARAM E NÃO

ACREDITARAM NO MEU SUCESSO

Essas são as pessoas que eu mais agradeço, pois sempre desejaram

meu fracasso. E com isso sempre tive vontade de vencer e mostrar a elas

que eu era capaz. (MAYRA)

A MINHA LUTA TEVE UM GOSTO MUITO AMARGO, MAS

MINHA VITÓRIA HOJE TEM SABOR DE MEL!!!!

(MAYRA)

AGRADECIMENTOS

DEUS

Nosso pai, bondoso, protetor, fiel e amigo de todos os

momentos, por estar sempre perto em todas as nossas decisões e

principalmente nos ajudando nos momentos de dificuldades...

NUNCA DEIXAREMOS DE SERVI-LO E ANUNCIAR O

QUANTO É IMPORTANTE NÓS!!!

Kelly, Lizânia e Mayra

ORIENTADORA LUDMILA E JOVIRA

Agradecemos pela atenção, incentivo, empenho e

colaboração em nos ajudar na conclusão deste trabalho que

arduamente foi desenvolvido. DEUS ABENÇOE-AS SEMPRE

Kelly, Lizânia e Mayra

PROFESSOR CRISTIANO

Agradecemos pelo empenho em nos ajudar no começo de

nossa caminhada da monografia, e apesar de não ter visto a

evolução e conclusão deste trabalho, deixamos nosso MUITO

OBRIGADO

Kelly, Lizânia e Mayra

INSTITUIÇÃO E PROFISSIONAIS

Agradecemos pela autorização da pesquisa e

principalmente pela recepção dos profissionais do setor da

maternidade e diretor técnico... OBRIGADA

Kelly, Lizânia e Mayra

RESUMO

O presente estudo decorre de trabalho caracterizado por pesquisa descritiva,

qualitativa, do curso de graduação em Enfermagem do Centro Universitário

Católico Salesiano Auxilium, com o objetivo de prestar assistência de

enfermagem na ocorrência dos traumas mamilares associados aos fatores de

risco. Para isso, foi realizada uma pesquisa no período de 23 de agosto a 6 de

setembro de 2010, na Associação Hospitalar Santa Casa de Lins, no setor da

maternidade, sendo um período por dia, com vinte puérperas (na fase do

colostro). Inicialmente responderam uma ficha de avaliação com questões

abertas e fechadas, com o propósito de identificar o nível de conhecimento

delas sobre o aleitamento materno e suas técnicas. Posteriormente, foram

orientadas através de álbum seriado (elaborado pelo Ministério da Saúde), e

panfletos (elaborado pelas autoras trabalho monográfico), e submetidas a

exame físico a mama para observar traumas mamilares. Também foi

entrevistada a enfermeira obstetriz responsável pelo setor. Constatou-se que

existe um déficit de conhecimento entre as entrevistadas relacionado ao

questionário e que, das vinte puérperas avaliadas, cinco apresentaram fissuras

mamilares e em alguns casos, secreção serosanguinolentas, sendo que uma

puérpera apresentou mamilo plano e um mamilo invertido com orifício de mais

ou menos um centímetro. O trabalho destaca ainda que o enfermeiro tem um

papel essencial na comunicação, bem como na orientação das puérperas para

direcionar as técnicas corretas de amamentar o recém-nascido e as

adversidades encontradas na anatomia das mamas das entrevistadas,

esclarecendo suas dúvidas, evitando assim o aparecimento dos traumas

mamilares.

Palavras- chave: Assistência de enfermagem. Traumas mamilares – fatores de

risco. Enfermeiro.

ABSTRACT

This study present follows the work characterized by descriptive, qualitative

research undergraduate nursing students from Auxilium Salesian Catholic

University Center, with the goal of providing nursing care in the occurrence of

nipple trauma associated risk factors. For this, achieved in period of August 23

to September 06, 2010, at the Association Hospital of Lins, in the maternity

sector, being one period per day, with twenty women (colostrum stage). Initially

responded an evaluation record with form and closed and opened questions,

with the purpose of identifying the level of their knowledge on breastfeeding and

its techniques. Later, they were oriented through serial album (produced by the

Ministry of Health), and pamphlets (developed by the authors monograph), and

submitted to physical examination the breast to observe nipple trauma. She

also was interviewed the nurse midwife responsible for the sector. It was found

that there is a lack of knowledge among the interviewees related to the

questionnaire and that of the twenty mothers evaluated, five presented nipple

cracked and in some cases, serous secretion, being that one them presented

one plan and inverted nipple with a hole of more one centimeter or less. The

work details still that the nurse has an essential role in communication as well

as the orientation of the women to direct the correct techniques to breastfeed

the baby and the hardships encountered in the anatomy of the breasts of the

women interviewed, clarifying their doubts, so as to prevent nipple injuries.

Keywords: Nursing care. Nipple trauma - risk factors. Nurse.

LISTA DE FIGURAS

Figura1: Anatomia da mama............................................................................ 49

Figura 2: Fissura mamária............................................................................... 32

Figura 3: Pega adequada................................................................................ 33

Figura 4: Mamilo invertido................................................................................ 39

Figura 5a: Mamilo invertido.............................................................................. 39

Figura 5b: Mamilo invertido.............................................................................. 39

Figura 6: Mamilo com fissura e plano.............................................................. 39

Figura 7: Mamilo com fissura........................................................................... 40

LISTA DE QUADROS

Quadro1: Importância do colostro.................................................................... 20

Quadro 2: Comparação entre o leite materno, animal e artificial..................... 22

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Componentes do leite materno........................................................ 21

Tabela 2: Você amamentou nas gestações anteriores? Por quê?................ 41

Tabela 3: Permanecem em alojamento conjunto............................................ 41

Tabela 4: Foi orientada sobre amamentação durante o pré-natal?................. 42

Tabela 5: Da última vez que amamentou, percebeu rachaduras ou lesões

nas mamas? Como tratou?.............................................................................. 42

Tabela 6: Você sabe o que é colostro e qual sua importância?...................... 43

Tabela 7: Como deve ser em sua opinião, a pega correta do recém-nascido

no seio materno?............................................................................................. 44

Tabela 8: Como interromper uma mamada?................................................... 45

Tabela 9: Durante seu pré-natal você recebeu da enfermeira orientações

quanto.............................................................................................................. 45

Tabela 10: Na sua visão o que pré dispõem a ocorrência de fissura e qual

suas complicações?......................................................................................... 46

Tabela 11: Você sente dor ao amamentar?..................................................... 47

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AHSCL – Associação Hospitalar Santa Casa de Lins

BINÔMIO – Mãe e filho

Kg – Kilo-grama

OMS – Organização Mundial da Saúde

RN – Recém-nascido

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................16

CAPÍTULO I – ALEITAMENTO MATERNO: ASPECTOS ANATÔMICOS......18

1 ANATOMIA DA MAMA...........................................................................18

1.1 A importância do colostro........................................................................19

1.2 Composição do leite materno..................................................................20

1.3 Amamentação e aleitamento materno....................................................22

1.4 A importância do leite materno................................................................23

1.5 A importância do aleitamento materno para a criança...........................23

1.6 A importância do aleitamento materno para a mãe................................24

1.7 A importância do aleitamento materno para a família............................25

CAPÍTULO II – FATORES DE RISCO QUE PODEM LEVAR AO DESMAME

PRECOCE.........................................................................................................26

2 FATORES QUE PODEM CAUSAR O DESMAME PRECOCE..............26

2.1 Variáveis demográficas...........................................................................28

2.2 Variáveis socioeconômicas.....................................................................29

2.3 Variáveis relacionadas à assistência pré-natal e pós-natal. .................30

2.4 Traumas mamilares.................................................................................31

2.4.1 Fissura mamária......................................................................................32

2.4.2 Assistência de enfermagem na fissura mamária....................................33

2.5 Importância da educação em saúde.......................................................33

CAPÍTULO III – PESQUISA..............................................................................36

3 INTRODUÇÃO........................................................................................36

3.1 Método da pesquisa................................................................................36

3.2 Técnicas..................................................................................................37

3.3 Estudo de caso........................................................................................37

3.4 A opinião da enfermeira..........................................................................39

3.5 Resultado................................................................................................39

3.6 Conclusão da pesquisa...........................................................................46

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO......................................................................47

CONCLUSÃO....................................................................................................48

REFERÊNCIAS.................................................................................................49

APÊNDICES......................................................................................................53

ANEXOS............................................................................................................67

INTRODUÇÂO

A amamentação é de extrema importância na vida dos recém nascidos

durante os seis primeiros meses, além de proporcionar uma melhor qualidade

de vida para o binômio mãe-filho.

A motivação para realização da pesquisa sobre a importância da

assistência de enfermagem na profilaxia dos traumas mamilares foi percebida

através de revisão bibliográfica e prática diária, em que se observa que muitas

mães amamentam seus filhos com as técnicas de amamentação incorreta,

fatos que trazem prejuízos tanto para a mãe que pode desenvolver um trauma

mamilar quanto para o filho que poderá ser prejudicado na sua amamentação.

Atualmente, quando a informação propaga-se com grande velocidade,

falta o conhecimento por parte das mães e profissionais que atuam diretamente

com puérperas. A partir dessa carência de conhecimento, falta de motivação e

orientação dos envolvidos no processo de amamentação, houve o interesse em

pesquisar e colaborar para uma mudança necessária.

Entretanto não é suficiente que a puérpera esteja informada das

vantagens do aleitamento materno e optar pela amamentação. Para levar

adiante a opção de amamentar, muitas vezes, ela precisa contar com o apoio

da equipe de saúde, em especial, do enfermeiro.

Tem por objetivo o trabalho: prestar assistência de enfermagem por

meio da educação em saúde, as puérperas na fase do colostro, auxiliando na

prevenção da ocorrência dos traumas mamilares, associando sua ocorrência

aos fatores de risco.

E assim procura responder à seguinte pergunta problema: a orientação e

a assistência de enfermagem podem auxiliar na prevenção dos traumas

mamilares em puérperas na fase do colostro?

A orientação e a assistência de enfermagem em saúde, sobre o

aleitamento materno, pode atuar na prevenção de ocorrência dos traumas

mamilares através de folhetos ilustrativos e álbuns seriados, contendo

informações sobre a importância e os benefícios da amamentação, e suas

técnicas.

A pesquisa foi realizada na Associação Hospitalar Santa Casa de Lins,

empresa filantrópica, do ramo hospitalar, no setor da maternidade, onde são

atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), convênios e particulares, no

período de 23/08/10 a 06/09/10.

O trabalho está assim organizado:

Capítulo I: Aleitamento Materno: Aspectos Anatômicos.

Capítulo II: Fatores de Risco que Podem Levar ao Desmame Precoce.

Capítulo III: A Pesquisa.

Para finalizar, seguem a proposta de intervenção e conclusão.

CAPÍTULO I

ALEITAMENTO MATERNO: ASPECTOS ANATÔMICOS

1 ANATOMIA DA MAMA

As mamas são órgãos semelhantes, situados ventralmente nos

músculos peitoral maior, serratil anterior e músculo oblíquo externo, constituída

pelo parênquima que é formado pela glândula mamária que possui de 15 a 20

lobos piramidais, com ápices voltados para a superfície e base para o interior

da mama (DANGELO; FATTINE, 2002).

A sua forma e firmeza diversifica-se, diante de vários fatores como raça,

idade, peso, biotipo, grau de adiposidade, hereditariedade, entre outros, sendo

que o tamanho não indica sua capacidade funcional (SANTOS 2005; JALDIN;

SANTANA, 2006).

De acordo com Jaldin e Santana (2006), a pele que envolve a mama

além de lisa, delgada, elástica e macia, possui uma coloração mais clara que a

do restante do corpo, que pode ser observada em sua aréola e mamilo. O

mamilo fica localizado no centro da aréola, possuindo tamanho diferente, com

formação cilíndrica e coloração pigmentada, contendo de 15 a 20 orifícios

adequados à entrada dos ductos lactíferos.

Fonte: Leite / Wikipedia, 2010

Figura1: Anatomia da mama

A aréola tem superfície variável, com forma circular, tamanho e diâmetro

diferentes apresentando folículos pilosos ao seu redor (ANDRADE; SEGRE,

2002).

Contudo, na superfície da aréola, encontram-se as glândulas de

Montegomery, responsáveis pelo aspecto rugoso da pele (CURY, 2003;

SANTOS, 2005).

Durante a gravidez e lactação, as glândulas de Montegomery produzem

secreção oleosa e anti-séptica, com o objetivo de proteger e lubrificar o mamilo

e a aréola na sucção (CARVALHO; TAMEZ, 2005).

1.1 A importância do colostro

O colostro começa a ser produzido muito antes do parto, no ultimo

trimestre de gestação- nessa fase, é comum ocorrer a perda de secreções

transparentes em pequenas quantidades. Após o nascimento da criança, sua

produção estende-se por mais uma semana, tempo suficiente para dar ao bebê

uma série de nutrientes essenciais. A cada mamada, é comum variar a

quantidade de colostro: em geral, saem entre 2 e 20 ml nos três primeiros dias.

Estudos apontam que mulheres que já amamentaram têm mais facilidade para

produzi-lo, o que contribui para o aumento do volume secretado. (SILVEIRA,

2008).

Nos primeiros dias após o parto, as mamas secretam colostro. O

colostro é amarelo e mais denso que o leite maduro e é secretado apenas em

pequenas quantidades. Mas isto é suficiente para uma criança normal e é

exatamente aquilo de que precisa para os primeiros dias.

Contém mais anticorpos e mais células brancas que o leite maduro. Fornece a

primeira imunização para proteger a criança contra a maior parte das bactérias

e vírus (ALVES, 2010).

O colostro é também rico em fatores de crescimento que estimulam o

intestino imaturo da criança a se desenvolver. O fator de crescimento prepara o

intestino para digerir e absorver o leite maduro e impede a absorção de

proteínas não digeridas. Se a criança recebe leite de vaca ou outro alimento

antes de receber o colostro, estes alimentos podem lesar o intestino e causar

alergias. (ALVES, 2010)

O colostro é laxativo e auxilia a eliminação do mecônio. Isto ajuda a

evitar a icterícia. (COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO, 2010).

Propriedade Importância

Rico em anticorpos Protege contra infecções e alergias

Muitos leucócitos Protege contra infecções

Laxante Expulsa o mecônio, ajuda a prevenir a icterícia

Fatores de crescimento

Acelera a maturação intestinal, previne alergia e intolerância

Enriquecido de

vitamina A

Reduz a gravidade de algumas infecções (como

sarampo e diarréia); previne doenças oculares

causadas por deficiência de vitamina A.

Fonte: Colostro. 2010. p. 5

Quadro1: Importância do colostro

1.2 Composição do leite materno

O leite materno é composto por nutrientes e enzimas balanceadas com

substancias imunológicas, com o objetivo de proteger e favorecer um

crescimento epidêrmico que se ajusta adequadamente para promover as

mudanças necessárias na vida da criança. Os componentes do leite materno

oferecem nutrientes e energia necessária em quantidades apropriadas, tendo

em seu conteúdo calórico a composição de lactose, gordura e proteína (REGO,

2006).

A composição do leite varia, sobretudo para cada espécie de mamífero. O ideal é que o leite oferecido a qualquer mamífero recém-nascido seja o leite de sua própria mãe, o leite homólogo, ou seja, produzido pela espécie em atenção às necessidades imunológicas, fisiológicas e nutricionais do recém-nascido e do lactente. O leite maduro humano apresenta a menor concentração de proteínas entre os mamíferos, sendo, contudo, adequado para o crescimento normal do lactente. (LAMOUNIER; VIEIRA; GOUVÊA, 2006, p.55).

Tabela 1: Componentes do leite materno.

Composição do leite materno (100 ml)

Energia 70 kcal Proteína 1,1 g

Caseína:albumina 40:60

Lipídios 4,2g

Carboidrato 7g

Vitamina A 190 mcg

Vitamina D 2,2 mcg

Vitamina E 0,18 mg

Vitamina K 1,5 mcg

Vitamina C 4,3 mg

Tiamina 16 mcg

Riboflavina 36 mcg

Niacina 147 mcg

Piridoxina 10 mcg

Folato 5,2 mcg

Vitamina B12 0,03 mcg

Cálcio 34 mg

Fósforo 14 mg

Ferro 0,05 mg

Zinco 0,3 mg

Água 87,1 ml

Sódio 0,7 mEq

Cloro 1,1 mEq

Potássio 1,3 mEq

Fonte: LEITE materno. 2010.

No quadro 2 serão apresentados dados referentes a comparação do

leite materno,animal e artificial.

Leite Materno Leite Animal Leite Artificial

Proteínas Quantidade adequada e fácil de digerir.

Excesso, difícil de digerir.

Parcialmente modificado.

Lipídeos

Suficiente em ácidos graxos essenciais, lipase para digestão.

Deficiente em ácidos graxos essenciais, não apresenta lipase.

Deficiente em ácidos graxos essenciais, não apresenta lipase.

Vitaminas Suficiente. Deficiente de A e C.

Vitaminas adicionadas.

Minerais Quantidade adequada.

Excesso. Parcialmente correto.

Ferro Pouca quantidade, boa absorção.

Pouca quantidade, má absorção.

Adicionado, má absorção.

Água Suficiente. Precisa de mais. Pode precisar de mais.

Propriedades antiinfecciosas

Presente. Ausente. Ausente.

Fatores de Crescimento

Presente. Ausente. Ausente.

Fonte: A importância do colostro. 2008.

QUADRO 2: Comparação entre o leite materno, animal e artificial.

1.2 Amamentação e aleitamento materno

A amamentação e o aleitamento materno são palavras distintas, sendo a

amamentação o ato de a nutriz oferecer ambos os seios, diferenciando-se do

aleitamento materno que é a forma pelo qual o lactente recebe o leite materno

(CARVALHO; TAMEZ, 2005).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (2008), e preconizado

exclusivamente o leite materno durante os primeiros seis meses de vida.

Depois dos seis meses, com o objetivo de suprir suas necessidades

nutricionais, a criança deve começar a receber alimentação complementar

segura e nutricionalmente adequada, juntamente com a amamentação, até os

dois anos de vida ou mais.

1.3 A importância do leite materno

O aleitamento materno é necessário no crescimento e desenvolvimento

crânio-facial em nível ósseo, muscular e funcional, inclusive no

desenvolvimento da linguagem. O ato de amamentar a criança é importante

para a prevenção das alterações estruturais da face (ALVES, 2010).

Para Tanigute (apud PRADO; SANTOS, 2009), a face necessita de

estímulos para seu desenvolvimento, os quais são oferecidos pela função de

sistema estomatognático: respiração, sucção (amamentação), mastigação e

deglutição. É importante para o desenvolvimento mandibular contribuindo para

o estimulo de crescimento da mandíbula, o que proporcionará harmonia facial e

o bom desenvolvimento dos órgãos fonoarticulatorios, responsáveis pela

articulação dos sons e fala. Logo após o nascimento, a mandíbula do bebê

apresenta-se contraída à maxila superior, a sua língua é volumosa face ao

tamanho da cavidade bucal e postura-se no assoalho da boca. È importante a

sucção no desenvolvimento ósseo-muscular e, portanto, no equilíbrio do

posicionamento das arcadas e da língua.

1.5 A importância do aleitamento materno para a criança

O aleitamento materno não só protege o lactente de problemas

gastrintestinais, respiratórios e sistêmicos, como também produz efeitos em

longo prazo diminuindo a incidência de infecções, alergias e outros processos

patológicos. Tem uma significante capacidade de diminuir a taxa de

mortalidade infantil, reduzindo o risco de diarréias agudas e persistentes,

septicemia neonatal e doenças respiratórias (REGO, 2006).

O leite materno contém todos os nutrientes de que a criança precisa nos

primeiros seis meses de vida, tendo água em quantidade suficiente mesmo em

clima quente e seco. Proteína e gordura adequadas para o seu crescimento, e

vitaminas em quantidades suficientes, embora não possua grande quantidade

de ferro, este é bem absorvido no intestino da criança, contendo quantidades

adequadas de sais, cálcio e fósforo de fácil digestibilidade, portanto, mais

facilmente absorvido pelo bebê o qual mama com maior frequência do que

aquele que toma mamadeira (ALVES, 2010).

As crianças que mamam no peito são mais tranquilas e calmas,

aumentando assim o laço afetivo mãe-filho, fazendo o bebê sentir-se amado e

seguro, sendo mais fáceis de socializar-se durante a infância (ALVES, 2010).

O leite materno também facilita a liberação de mecônio, diminuindo o

risco de icterícia e protegendo contra obstipação, pois promove o crescimento

no intestino da criança de microrganismos (lactobacillus) que fermentam a

lactose do leite, tornando as fezes mais frequentes e menos consistentes,

principalmente nas duas primeiras semanas de vida. Estes microrganismos

impedem que outras bactérias se instalem e causem diarréia (ALVES, 2010).

Nos lactentes, o ato de sugar o seio é importante para o

desenvolvimento da mandíbula, dentição e músculos da face, contribuindo

também para outros benefícios, como o bom desenvolvimento da fala (ALVES,

2010).

1.6 A importância do aleitamento materno para a mãe

Quando a criança suga o seio materno, a hipófise posterior da mãe é

estimulada a produzir um hormônio (ocitocina) que contrai o útero diminuindo o

sangramento e favorecendo que o útero volte mais rapidamente ao volume

normal, ajudando a mãe a voltar mais rápido ao peso pré-gestacional.

Amamentar ajuda a mãe a voltar a seu peso anterior, pois a lactação exige um

gasto extra de 500 calorias por dia (GOUVÊA, 2003; TAMEZ; SILVA, 2006).

O aleitamento materno exclusivo em sistema de livre demanda, nos seis

primeiros meses após o parto, desde que não surja menstruação, é um bom

método de planejamento familiar com falha estimada inferior a 1,8%. Estudos

de populações demonstraram que mulheres que amamentaram com maior

freqüência e por mais tempo, tiveram menor risco de câncer de ovário e de

mama (ALVES, 2010).

É mais fácil e prático para a mãe, pois está sempre pronto e na

temperatura certa, sendo este sem risco de contaminação, não possuindo

necessidade de utilização de recursos domésticos para sua aquisição (ALVES,

2010).

Segundo Coutinho (2009), os benefícios do aleitamento materno são:

diminuição da hemorragia pós-parto e involução uterina mais rápida;

diminuição do risco de contrair câncer de mama, do útero e do ovário;

recuperação mais rápida do peso pré-gestacional; experiência única de

amamentar e favorecer o papel maternal. Não amamentar também aumenta o

risco de desenvolver câncer de ovário e câncer endometrial. Quanto á

osteoporose, o risco das mulheres que amamentaram de a contraírem na

velhice é quatro vezes menor.

Para completar, em quanto estão amamentando, as mulheres correm

menos risco de engravidar. No entanto, é bom que fique claro que amamentar

não é um método contraceptivo seguro e segue sendo importante contar com

um médico que indique uma forma contracepção suplementar (ALVES, 2010).

1.7 A importância do aleitamento materno para a família

A amamentação é mais econômica para a família, pois evita o

adoecimento, melhorando a qualidade de vida do lactente e da família (ALVES,

2010).

Segundo Coutinho (2009), o aleitamento materno e o planejamento

familiar são medidas de saúde preventiva, necessitando de apoio, por meio de

programas que incentivem, trazendo com isso benefícios para a saúde do

binômio mãe-filho. Há vantagens do leite materno para a família e sociedade

tais como: estar sempre pronto para ser utilizado, sem necessidade de usar

outros produtos, é mais econômico que as fórmulas lácteas, diminuindo os

gastos em cuidados de saúde, consequentemente menor absentismo dos pais

ao trabalho devido a doenças dos filhos, e há redução do impacto ambiental

relacionado com a eliminação das latas das fórmulas lácteas.

CAPÍTULO II

FATORES DE RISCO QUE PODEM LEVAR AO DESMAME PRECOCE

2 FATORES QUE PODEM CAUSAR O DESMAME PRECOCE

Por fatores diversos, a maioria das mães deixa de amamentar ou

amamentam de forma inadequada seus filhos antes mesmo de completarem

seis meses de vida (MARIN et al., 2007).

Esses fatores são resultados do meio em que vivem as mulheres; da situação socioeconômica de suas famílias; não cumprimento da legislação como creches em locais de trabalho e horários especiais para amamentação; propaganda de fórmulas infantis; desinformação da população e profissionais da saúde sobre as vantagens e importância do aleitamento materno; falta de preparo da mulher no período pré-natal; e falta da atuação dos serviços de saúde em estimular e sensibilizar a amamentação no pré-natal e puerpério (SANTOS; PIZZI, 2006, p. 27).

A preocupação com os efeitos deletérios do desmame precoce

representa uma unidade. Os modelos explicativos para a relação

amamentação - desmame multiplicam-se e sinalizam para o embate entre

saúde e doença, evidenciando os condicionantes sociais, econômicos, políticos

e culturais que transformaram a amamentação em um ato regulável pela

sociedade (ARAUJO et al., 2008).

A amamentação não é totalmente instintiva no ser humano, muitas

vezes deve ser aprendida para ser prolongada com êxito, considerando-se que

a maioria das nutrizes precisa de esforço e apoio constantes. Nesse sentido, as

mulheres, ao se depararem pela primeira vez com o aleitamento materno,

requerem que lhes sejam apresentados modelos ou guias práticos de como

devem conduzir-se nesse processo, que na maioria das vezes tem como

primeira referência o meio familiar, as amizades e vizinhança nos quais estão

inseridas (ARAUJO et al., 2008).

Nesse contexto, observa-se a necessidade de rever o posicionamento

do profissional diante da mulher que deseja amamentar. E torna-se preciso

reconhecer que, por ser uma prática complexa, não se deve reduzir apenas

aos aspectos biológicos, mas incluir a valorização dos fatores psicológicos e

socioculturais. Além disso, é fundamental que o profissional permita que a

mulher coloque suas vivências e experiências anteriores, uma vez que a

decisão de amamentar está diretamente relacionada ao que ela já viveu

(ARAUJO et al., 2008).

Partindo desse enfoque, acrescenta-se que o aleitamento materno

depende de fatores que podem influir positiva ou negativamente no seu

sucesso. Alguns desses fatores estão diretamente relacionados à mãe, como

as características de sua personalidade e sua atitude frente à situação de

amamentar, ao passo que outros se referem à criança e ao ambiente, como por

exemplo, as suas condições de nascimento e o período pós-parto havendo,

também, fatores circunstanciais, como o trabalho materno e as condições

habituais de vida (ARAUJO et al., 2008).

Outro fato importante é que a idade materna mais jovem está

relacionada à menor duração do aleitamento, talvez motivada por algumas

dificuldades, tais como: um nível educacional mais baixo, poder aquisitivo

menor e, muitas vezes, o fato de serem solteiras. As adolescentes muitas

vezes aliam sua própria insegurança e falta de confiança em si mesmas para

prover a alimentação para o seu bebê à falta de apoio das próprias mães ou

familiares mais próximos, ao egocentrismo próprio dessa idade e aos

problemas com a auto-imagem, alcançando frequentemente, um menor índice

de aleitamento (ARAUJO et al., 2008).

E no que se refere ao grau de instrução materna, esse fator afeta a

motivação para amamentar, e mães com maior grau de instrução tendem a

amamentar por mais tempo, em decorrência principalmente da possibilidade de

um maior acesso a informações e sobre as vantagens do aleitamento materno

(ARAUJO et al., 2008).

O desmame é definido como a introdução de qualquer tipo de alimento

na dieta de uma criança que, até então, se encontrava em regime de

aleitamento materno exclusivo. Dessa forma, denomina-se "período de

desmame" aquele compreendido entre a introdução desse novo aleitamento

até a supressão completa de aleitamento materno (ARAUJO et al., 2008).

O desmame precoce sofre influência de variáveis, que podem ser

divididas em cinco categorias:

a) variáveis demográficas: tipo de parto, idade materna, presença

paterna na estrutura familiar, números de filhos, experiência com

amamentação;

b) variáveis socioeconômicas: renda familiar, escolaridade materna e

paterna, tipo de trabalho do chefe de família;

c) variáveis associadas à assistência pré-natal: orientação sobre

amamentação e desejo de amamentar;

d) variáveis relacionadas à assistência pós-natal imediata: alojamento

conjunto, auxílio de profissionais de saúde, dificuldades iniciais;

e) variáveis relacionadas à assistência pós-natal tardia (após a alta

hospitalar): estresse e ansiedade materna, uso de medicamentos pela

mãe e pelo bebê, introdução precoce de alimentos (ARAUJO et al.,

2008).

2.1 Variáveis demográfica

O tipo de paridade materna influencia na decisão pelo tipo de

aleitamento, sendo um fator bastante comentado na literatura, sugerindo que

as primíparas, ao mesmo tempo em que são mais propensas a começar o

aleitamento, costumam mantê-lo por menos tempo, introduzindo mais

precocemente os alimentos complementares, parecendo haver para as

multíparas uma forte correlação entre o modo como seus filhos anteriores

foram amamentados e como este último o será (FALEIROS; TREZZA;

CARANDINA, 2009).

Acredita-se que as nutrizes desmamam mais precocemente os

primogênitos e mantêm o aleitamento materno tanto mais prolongado quanto

maior o número de ordem da criança na família. A razão pode estar muitas

vezes, relacionada à insegurança da primípara, sendo mais jovem, com menos

instruções e menor experiência para com a vivência com RN (FALEIROS;

TREZZA; CARANDINA, 2009).

O fato de ter uma experiência anterior com aleitamento materno, como

as mães que tiveram uma experiência prévia positiva, provavelmente, terão

mais facilidade para proporcionar um aleitamento adequado para os demais

filhos, podendo haver uma correlação entre o desejo da gestante em

amamentar seu filho e a duração da amamentação (FALEIROS; TREZZA;

CARANDINA, 2009).

Muitas vezes, falhar na amamentação, apesar de um forte desejo de

efetivá-la, pode ser devido à falta de acesso à orientação e ao apoio adequado

de profissionais ou de pessoas mais experientes dentro ou fora de sua família.

Considerando que cada nascimento se dá em contextos não necessariamente

iguais, ou seja, diferença de idade, de condições socioeconômicas ou de

situação conjugal da mãe, o simples fato de ter uma experiência prévia, talvez

não seja suficiente como estímulo para amamentação dos filhos subsequentes.

Portanto, a dificuldade de análise da influência dessa variável se deve a

múltiplos fatores e às mudanças na dinâmica familiar ocorridas com o passar

do tempo (FALEIROS; TREZZA; CARANDINA, 2009).

2.2 Variáveis socioeconômicas

Dentre as causas do desmame precoce estão os mitos maternos, a falta

de experiência anterior, mães adolescentes, aquisição de mamadeiras e

chupetas, insucesso familiar na prática da amamentação, dificuldades técnicas

no ato de amamentar, baixa escolaridade, gravidez indesejada, doença da

mama; e também vários tabus arraigados em crendices populares são

mantidos até hoje, como: o leite é fraco, as mamas são pequenas, o leite de

peito não engorda, a mãe nutriz é magra, e que determinados alimentos fazem

mal à mulher que amamenta, a ponto de provocar cólicas no bebê (OMS,

2008).

Além disso, a instalação de indústrias produtoras de leite, com suas

propagandas enganosas e cativantes, e a distribuição gratuita de leites

artificiais, bicos, chupetas e mamadeiras causaram profunda modificação nos

hábitos alimentares do povo brasileiro, incluindo os das crianças. O valor do

leite materno foi duramente menosprezado pelas pessoas que acreditavam nas

falsas premissas de que o leite de lata e o de vaca era tão bom quanto o leite

humano, além de ser mais prático (RANDOW et al., 2008).

O aleitamento materno para os recém-nascidos de baixo peso (RNBP)

apresenta dificuldades inúmeras para a mãe, família e recém nascido, assim

como para o pessoal de saúde ao proporcionar assistência ao parto e o

período de internação do RN (XAVIER; JORGE; GONÇALVES, 1991).

A presença permanente da mãe junto do bebê, além de garantir calor

e leite materno, traz inúmeras outras vantagens dentre as quais a promoção do

vínculo mãe-bebê, condição indispensável para a qualidade de vida e

sobrevivência do recém nascido após a alta da Unidade Hospitalar (LAMY et

al., 2005).

2.3 Variáveis relacionadas à assistência pré-natal e pós-natal

Existem inúmeras maneiras de promover, estimular e apoiar o

aleitamento materno, entre elas, as principais estratégias de ação focalizam o

acompanhamento pré-natal sistemático, a implantação do alojamento conjunto

nas maternidades, o acompanhamento sequencial da criança, a construção de

creches e o respeito às leis de proteção à nutriz. Propaganda de massa,

treinamento de profissionais de saúde, formação de grupos de gestantes e

outras estratégias, procuram resgatar os benefícios do aleitamento materno

para o binômio mãe-filho (ALVES et al., 2008).

O Ministério da Saúde define o alojamento conjunto como um sistema em que o RN sadio (acima de 2 Kg e 35 semanas de idade gestacional, sem antecedente de asfixia), logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe 24 horas por dia num mesmo ambiente até a alta hospitalar, possibilitando a prestação de todos os cuidados assistenciais, assim como orientações sobre a saúde do binômio mãe-filho (SAKAE; COSTA; VAZ, 2001, p. 35).

De acordo com Randow et al. (2008), é no período puerperal que o

processo de lactação torna-se concreto e a capacidade de amamentar da

puérpera se torna alvo de críticas desencorajadoras, como também, diante de

dificuldades com o recém-nascido. Assim a mãe pode entender esta atitude

como incapacidade de cuidar de seu filho e como consequência poderá inibir o

processo de lactação, devido a sua ansiedade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (2009), o enfermeiro deverá

estar próximo durante e após o parto, auxiliando as mães nas primeiras

mamadas do recém-nascido, para que o aleitamento materno seja iniciado o

mais precoce possível, de preferência imediatamente após o parto.

Os primeiros dias após o parto são cruciais para o aleitamento materno

bem-sucedido, pois é nesse período que a lactação se estabelece, além de ser

um período de intenso aprendizado para a mãe e adaptação do recém-nascido

(RANDOW et al., 2008).

Susin et al. (1998), em seu estudo, confirmaram a hipótese de que a

orientação as mães sobre aleitamento materno no período pós-natal aumenta

os seus conhecimentos sobre o assunto e, consequentemente, a continuação

do aleitamento materno nos seis primeiros meses.

2.4 Traumas mamilares

Vinha (apud COCA et al., 2009, p. 447), o trauma mamilar pode ser definido como uma solução de continuidade da pele do mamilo e/ou aréola, ou seja, por fissura, escoriação, erosão, dilaceração e vesículas, o que dificulta o processo de amamentação por ocasionar desconforto e dor.

Fonte: Aleitamento materno, 2009.

Figura 2: Fissura mamária.

De acordo com o Ministério da Saúde (2009), além de serem muito

dolorosas e, com frequência, serem a porta de entrada para bactérias, é

importante corrigir o problema que está causando a dor mamilar (na maioria

das vezes ocasionadas pela má pega), sendo necessário intervir para aliviar a

dor e promover a cicatrização das lesões o mais rápido possível.

Para o sucesso da amamentação e prevenção dos traumas no mamilo, é

fundamental uma técnica correta, garantindo a retirada eficaz do leite pela

criança (GIUGLIANI et al., 1995).

O bebê precisa aprender a extrair o leite do seio de forma adequada,

mesmo sendo um ato reflexo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).

Segundo Cordeiro (apud COCA et al., 2009), para uma preensão

correta, a mãe deve posicionar os lábios da criança no mamilo, com o objetivo

de estimular o reflexo de busca, procura e preensão. Em seguida, ela deve

aproximar a criança da mama, e esta deve apreender parte ou toda a região

mamilo-areolar, de forma que a sua boca permaneça bem aberta, e o queixo

toque a mama, o lábio inferior fique voltado para fora, e a língua esteja sobre a

gengiva. Com essa técnica é possível observar parte da aréola, sendo mais

acima da boca que abaixo dela; todavia, se os lábios estiverem apertados e

apontando para frente, indica pega inadequada.

Fonte: Amamentação, 2009.

Figura 3: Pega adequada.

2.4.1 Fissura mamária

São rupturas do tecido mamilar que causam dor intensa à sucção,

podendo ocorrer tanto na base, como no bico e na ponta do mamilo. Uma das

origens dessa lesão são as disfunções orais da criança, como sucção

ineficiente, e o uso de cremes e óleos que podem causar irritação na pele

(GIUGLIANI, 2004; NASCIMENTO, 2006).

Segundo Santos (2005), os sintomas da fissura mamária são presença

de solução de continuidade em forma de fenda, com profundidade e tamanhos

variáveis, podendo apresentar sangramento e dor localizada.

2.4. 2 Assistência de enfermagem na fissura mamária

Para tratar fissura: - corrigir a posição da mamada e orientar a mãe a continuar amamentando; - aconselhar a mãe a lavar os mamilos apenas uma vez ao dia, ao tomar banho; - aconselhar a mãe a expor os mamilos ao ar e ao sol tanto quanto possível no intervalo das mamadas, ou banho de luz com lâmpadas de 40 watts, colocada a um palmo de distância da mama 10 minutos de cada lado, 3 vezes ao dia; - aplicar sempre leite materno nos mamilos após as mamadas, pois isto pode facilitar a cicatrização; - aconselhar a mãe a mudar de posição costumeira, preferencialmente utilizar a posição da bola de futebol americano ou do cavalinho; - nos casos graves, dependendo da extensão da fissura, orientar a mãe a suspender a sucção direta ao seio por um período de 24 a 48 horas, ordenhar a mama e oferecer o leite na colherinha ou conta-gotas (RANDOW et al., 2008, p. 132- 133).

Segundo Randow et al., (2008) orientar as mães durante o pré-natal

sobre o preparo da mama e técnicas de amamentação, dando ênfase às

estratégias que devem ser utilizadas para o fortalecimento dos tecidos areolar

e mamilar, tais como: banho de sol nos seios, fricção de toalha, utilização de

sutiã de algodão com orifício na região mamilar.

2.5 A importância da educação em saúde

O enfermeiro tem papel crucial na orientação à prática da amamentação,

pois atuam como facilitadores e encorajadores desta prática, além de atuarem

no esclarecimento de todas as dúvidas das gestantes e lactantes. É necessária

uma comunicação simples e objetiva durante a orientação, o incentivo e o

apoio ao aleitamento materno, demonstrando diversas posições, promovendo

relaxamento e posicionamento confortável e mostrando como isso pode ser

usado para ajudar na sucção do recém-nascido (AMORIM; ANDRADE, 2009).

Seja na rede básica, hospitalar ou ambulatorial, o enfermeiro deve estar

preparado para lidar e direcionar uma demanda diversificada, principalmente

quando se tratar de questões de ordem da mulher nutriz. Deve ser capaz de

identificar e oportunizar momentos educativos, facilitando a amamentação, o

diagnóstico e o tratamento adequados (AMORIM; ANDRADE, 2009).

Esse mesmo profissional de saúde tem compromisso de atuar não

apenas em função de seu conhecimento científico ou habilidades técnicas que

possui, mas principalmente pela arte e sensibilidade que pode desenvolver no

outro os sentimentos, vontades e que induzem ao aleitamento materno

(AMORIM; ANDRADE, 2009).

A possibilidade de garantir informações contínuas, claras e objetivas e

de uma assistência de enfermagem mais humanizada junto à comunidade,

exige uma atuação do profissional de enfermagem junto às mães e futuras

mães que irão promover o aleitamento materno para com seus bebês

(AMORIM; ANDRADE, 2009).

A importância do enfermeiro em todos os níveis da assistência é de substancial relevância. No que concerne à assistência pré-natal, ele deve mostrar a importância do acompanhamento da gestação na promoção, prevenção e tratamento de distúrbios durante e após a gravidez bem como informá-la dos serviços que estão à sua disposição (AMORIM; ANDRADE, 2009, p. 95).

Segundo Almeida, Fernandes e Araújo (2004), os enfermeiros, por meio

de suas práticas e atitudes, podem incentivar a amamentação e apoiar as

mães, ajudando-as no início precoce da amamentação a adquirir autoconfiança

em sua capacidade de amamentar. Ele tem um papel relevante, pois, é o

profissional que mais estreitamente se relaciona com as nutrizes e tem

importante função nos programas de educação em saúde.

De acordo com Brasil (2003), no puerpério, o enfermeiro deverá realizar

a prática do alojamento conjunto durante todo o tempo em que a puérpera

estiver internada e apoiá-la durante todos os cuidados com o bebê, ensinando

as técnicas adequadas para amamentar, promover encontros de palestras com

as mães sobre o aleitamento materno e os cuidados que o bebê precisa, não

oferecendo nenhum outro tipo de alimento ou bebida além do leite materno,

ensinar a ordenha manual, avaliar a posição e pega da amamentação, e

também realizar o treinamento dos profissionais de saúde.

Assim, o enfermeiro, como responsável técnico pela equipe de

enfermagem, deve distinguir-se pela liderança, pelo saber técnico, específico e

científico de sua área de atuação diante do aleitamento materno (AMORIM;

ANDRADE, 2009).

CAPÍTULO III

PESQUISA

3 INTRODUÇÃO

Com o objetivo de orientar as puérperas na fase do colostro na

Associação Hospitalar Santa Casa de Lins- AHSCL, quanto à importância do

aleitamento materno e suas técnicas, por meio de educação em saúde e,

posteriormente, auxiliá-las na profilaxia dos traumas mamilares, associando

sua ocorrência aos fatores de risco, após aprovação do Comitê de Ética,

Pesquisa – CET – Unisalesiano, Protocolo nº 372, foi realizada uma pesquisa

descritiva e qualitativa no setor da maternidade desse hospital e, em seguida,

uma visita diária no período de 23/08/2010 a 06/09/2010.

A AHSCL está localizada na Rua Pedro de Toledo, 486, na cidade de

Lins/SP, estando à maternidade situada no terceiro andar, mantendo

funcionamento 24 horas por dia. O setor é composto por 04 apartamentos, 10

leitos distribuídos em 03 quartos, 02 salas de pré-parto com 02 leitos cada uma

e 01 sala de observação, contendo 01 leito, 01 sala de parto, rouparia,

expurgo, copa, sala de exames obstétricos, berçário, posto de enfermagem. Os

atendimentos realizados são pelo SUS (Sistema Único de Saúde), convênio e

particular, e sua equipe de saúde é composta por médico plantonista,

enfermeira obstetriz responsável, técnicos e auxiliares de enfermagem.

3.1 Método da pesquisa

Durante o período de 23/08/2010 a 06/09/2010, 20 puérperas,

internadas na AHSCL, permitiram a realização da pesquisa em seus

respectivos leitos. Responderam uma Ficha de Avaliação (Apêndice D),

possuindo questões abertas e fechadas para identificação do nível de

conhecimento delas, sobre o AM e suas técnicas, e, posteriormente,

orientadas, através de álbum seriado (Anexo B), e panfletos (Apêndice E).

Também foi entrevistada a enfermeira obstetriz responsável pelo setor.

Estudo de Caso: através do estudo de caso com as puérperas, foram

analisados e constatados os aspectos voltados para o aparecimento dos

traumas mamilares e, conseqüentemente, a associação destes, aos fatores de

risco.

Método de Observação Sistemática: foi avaliado o nível de

conhecimento das puérperas sobre aleitamento materno e suas técnicas.

Estatístico: os dados serão apresentados através de tabela e gráfico.

3.2 Técnicas

3.2.1 Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A)

3.2.2 Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B)

3.2.3 Roteiro de Entrevista com Enfermeiro (Apêndice C)

3.2.4 Ficha de Avaliação para Puérperas (Apêndice D)

3.2.5 Panfleto Amamentação (Apêndice E)

3.2.6 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo A)

3.2.7 Álbum seriado (Anexo B)

3.3 Estudo de caso

No estudo realizado, foram avaliadas 20 puérperas, sendo que 12

puérperas apresentaram mamas túrgidas, mamilos protusos, presença de

tubérculos de Montgomery e rede de haller com colostro à expressão.

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Figura 4: Mamilo protuso.

Contudo 5 puérperas apresentaram mamas túrgidas, com mamilos

protusos e fissurados, e em alguns casos, secreção serosanguinolentas e

colostro à expressão, entretanto, 2 puérperas tiveram mamilo plano e 1

puérpera mamilo invertido com orifício de mais ou menos 1 cm.

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010. Figura 5b: Mamilo invertido. Figura 5a: Mamilo invertido.

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010

Figura 6: Mamilo com fissura e plano.

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Figura 7: Mamilo com fissura

3.4 A opinião da enfermeira

É do sexo feminino, 26 anos, residente na cidade de Lins/SP, pós-

graduada em Obstetrícia, tendo como experiência profissional: enfermeira

obstetriz da maternidade da AHSCL (3 anos), e docente do curso técnico de

enfermagem do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (1 ano).

Eis o relato:

O aleitamento materno tem grande importância, pois cria

vínculo entre o binômio mãe-filho, sendo essencial para a

prevenção de infecção no recém-nascido e auxiliando na

prevenção de hemorragia materna, bem como, ausência de

custo na compra de leite. Na instituição é realizada somente

orientação no período de internação, sendo que as variáveis

que contribuem para a ausência do AM são a falta de

orientação a partir do pré-natal, pós-parto e principalmente

após a saída do hospital, onde geralmente é interrompida a

amamentação. Os profissionais estão capacitados para orientar

as mães, pois sempre estão sendo atualizados quanto à

importância do aleitamento e contam com auxilio dos pediatras

(ENFERMEIRA OBSTETRIZ, 26 anos).

3.5 Resultado

Os resultados obtidos através da pesquisa serão demonstrados nas

tabelas nº 1 à nº 10, sequencialmente.

Tabela 2: Você amamentou nas gestações anteriores? Por quê? (continua)

Itens N. de casos Percentual %

Sim. Pois é importante para o bebê 9 45%

Não, pois não tinha leite 1 5%

Não, pois é meu primeiro filho 1 5%

Sim 4 20%

(conclusão)

Não 5 25%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Constatou-se com o resultado que 65% responderam que amamentaram

seus filhos, porém, em suas justificativas não evidenciaram a importância do

aleitamento materno. Observou-se também que 25% não amamentaram, pois,

não tinha leite, 5% era o primeiro filho e os outros 5% não amamentaram e

nem justificaram, visto que, o fato de a puérpera ter uma experiência anterior

com aleitamento materno, poderá facilitar um aleitamento adequado e

duradouro. (FALEIROS; TREZZA; CARANDINA, 2009).

Tabela 3: Permanecem em alojamento conjunto

Itens N. de casos Percentual%

Sim 20 100%

Não 0 0%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Evidenciou-se que 100% das puérperas estavam em alojamento

conjunto com o recém-nascido. De acordo com Beretta (2000) o alojamento

conjunto é um sistema em que o recém-nascido permanece ao lado da mãe

desde o momento do parto até a alta da maternidade, sendo um local fácil de

orientar e avaliar na prática os cuidados da mãe com o filho.

Tabela 4: Foi orientada sobre amamentação durante o pré-natal?

Itens N. de casos Percentual%

Sim 16 80%

Não 4 20%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

O resultado mostra que 80% das entrevistadas foram orientadas sobre

amamentação durante o pré-natal, e 20% não foram orientadas, porém na

prática identificamos um déficit no embasamento teórico. Segundo Ministério

da Saúde (2007) durante o pré-natal deve-se orientar a mãe sobre as

vantagens da amamentação para a mãe, para a criança e para sua família, e a

importância do aleitamento materno exclusivo.

Tabela 5: Da última vez que amamentou, percebeu rachaduras ou lesões nas

mamas? Como tratou?

Itens N. de casos Percentual%

Não 13 65%

Sim, usei pomada 4 20%

Sim, lavando com água e sabão 1 5%

Sim, parei de amamentar e passei pomadas 1 5%

Não respondeu 1 5%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Identificou-se que 65% das entrevistadas não apresentaram ou não

perceberam fissura nos seios, 5% não responderam e 30% apresentaram e

trataram de forma inadequada, sendo que, o tratamento correto para fissura

mamária é lavar os seios com água corrente, sendo que, o Ministério da Saúde

(2007) orienta sobre o não uso de cremes, pomadas, sabão e sabonetes.

Tabela 6: Você sabe o que é colostro e qual sua importância? (continua)

Itens N. de casos Percentual%

Sim 1 5%

Não 4 20%

Sim, é o leite que contêm vitaminas e proteínas necessárias ao nenê

6 30%

Sim, é o primeiro líquido que sai e é importante para o bebê

6 30%

(conclusão)

Sim, é importante para a limpeza intestinal e previne de infecções

Sim, é a primeira vacina do bebê

2

1

10%

5%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Os resultados mostram que 20% das entrevistadas desconhecem o que

é colostro e sua importância, e 80% quando questionadas, pôde-se detectar

um déficit, assim, observou-se que 100% das puérperas não detêm

conhecimento sobre o assunto. Sendo que para Carvalho e Tamez (2005) o

colostro é o 1º leite que a mãe possui, sendo este super concentrado, dando

num pequeno volume, o máximo de elementos nutritivos. Colostro é amarelo,

transparente, levemente salgado e com aparência aguada. No entanto tem

maior valor nutritivo que o próprio leite e transmite ao bebê anticorpos da mãe,

protegendo-o contra algumas doenças. Depois de alguns dias o colostro vai

clareando e tornando-se mais opaco, até chegar ao leite materno, que é

definitivo.

Tabela 7: Como deve ser em sua opinião, a pega correta do recém-nascido no seio materno?

Itens N. de casos Percentual%

A criança deve estar em posição correta e pegar a mama

1 5%

Deixá-lo pegar não só o bico, mas também a aréola

12 60%

Não deixar o bebê afogar e tampar o nariz 1 5%

Não soube responder 2 10%

Barriga com barriga e um dos braços do bebê embaixo do seio

2 10%

Deitada e bem solta 1 5%

Bebê virado do lado 1 5%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Identificou-se que 100% das entrevistadas não possuem conhecimento

relacionado à técnica de posição para amamentar, pois nenhuma das

respostas foi respondida de forma correta. Segundo Ministério da Saúde (2007)

o corpo do bebê deverá estar inteiramente de frente para a mãe e bem próximo

(barriga do bebê voltada para o corpo da mãe), estando alinhado, a cabeça e a

coluna em linha reta, no mesmo eixo, e a boca do bebê deve estar de frente

para o bico do peito e a mãe deve apoiar com o braço e mão o corpo e o

“bumbum” do bebê, aproximando a boca do bebê bem de frente ao peito, para

que ele possa abocanhar, ou seja, colocar a maior parte da aréola (área mais

escura e arredondada do peito) dentro da boca, estando seu queixo tocando o

peito da mãe.

Tabela 8: Como interromper uma mamada?

Itens N. de casos Percentual%

A própria criança interrompe 4 20%

Não respondeu 7 35%

Colocando o dedo em sua boca para que ele sinta que não tem mais nada e solte de leve espontaneamente

5 25%

Retirando o bebê do seio 1 5%

Em casos de doença 1 5%

Não se deve interromper uma mamada 2 10%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Das participantes, 100% não detêm nenhum conhecimento sobre a

questão, pois nenhuma das respostas das entrevistadas foi correta, pois

conforme o Ministério da Saúde (2007) preconiza, se for preciso interromper a

mamada, a mãe deve colocar a ponta do dedinho no canto da boca do bebê

para que ele solte o seio sem machucar, contudo geralmente ele solta o seio

naturalmente.

Tabela 9: Durante seu pré-natal você recebeu da enfermeira orientações quanto:

Itens N. de casos Percentual%

A importância da amamentação 10 32,26%

Composição do leite materno 4 12,90%

Posição para pega correta do seio 8 25,81%

Não marcou nenhuma opção 9 29,03%

Total 31 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

Foi identificado que 32,26% das entrevistadas durante o pré-natal

recebeu orientação da enfermeira quanto a importância da amamentação;

12,90% referente a composição do leite materno e 25,81% sobre a posição

para pega correta do seio materno; porém, 29,03% não marcaram nenhuma

opção, entretanto, observou-se que, na prática, as puérperas não tinham o

conhecimento sobre o tema, visto que havia duvidas e dificuldades das

mesmas. Segundo Ruocco (2005) o aleitamento fortalece o vínculo mãe-

criança, aumenta o desenvolvimento cognitivo, principalmente nas crianças de

baixo peso, e reduz a incidência de doenças infecciosas infantis, contudo,

identificamos que as entrevistadas durante o pré-natal recebeu orientação da

enfermeira quanto à importância da amamentação, à composição do leite

materno e como deve ser a posição para pega correta do seio materno,

entretanto, observou-se que na prática as puérperas não tinham o

conhecimento sobre o tema, visto que, havia dúvidas e dificuldades das

mesmas. Sendo que leite materno é muito mais do que uma simples coleção

de nutrientes, é uma substância viva, de grande complexidade biológica,

ativamente protetora e imunomoduladora (BARROS, 2003; LEÃO, 2003;

ROZOLEN, 2004).

Tabela 10: Na sua visão o que pré dispõem a ocorrência de fissura e qual suas complicações? (continua)

(conclusão)

Itens N. de casos Percentual%

Pode ser o mau jeito de amamentar e uma de suas complicações é a dor ao amamentar

1 5%

Não soube responder 6 30%

Porque o peito ainda está abrindo ou o bebê teve pega errada

1 5%

Forma incorreta de amamentar 1 5%

Na hora que deu a anestesia que não senti as pernas

1 5%

Por falta de hidratação da pele 2 10%

O próprio organismo 1 5%

Não tive nenhuma 1 5%

A mãe deve molhar com água morna antes de amamentar

1 5%

Caso a criança arrote nos seios e após a amamentação eles não serem limpos

1 5%

Pega incorreta e a maneira dele sugar 3 15%

Ressecamento da pele, muita dor quando o nenê pega e puxa

1 5%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

O resultado mostra que 80% das entrevistadas desconhecem o que pré

dispõe a ocorrência de fissura e quais suas complicações, e somente 20%

conhecem. Segundo Randow et al (2008) as fissuras do mamilo são

decorrentes da má posição da criança em relação à mama; do número e

duração inadequada das mamadas e principalmente da técnica incorreta de

sucção. E suas complicações são dor intensa, podendo apresentar ou não

sangramento.

Tabela 11: Você sente dor ao amamentar? (continua)

Itens N. de casos Percentual%

Sim 5 25%

Não 14 70%

(conclusão)

Cólicas 1 5%

Total 20 100%

Fonte: elaborado pelas autoras, 2010.

O resultado mostra que 70% não sentem algia ao amamentarem, 5%

apresentam cólicas, sendo este, um processo natural, pois ao amamentar são

estimulados os músculos uterinos para a sua involução, todavia 25%

apresentam queixas álgicas durante a amamentação, indicando técnica e

posição incorreta.

3.7 Conclusão da pesquisa

Diante de tal fato, vale considerar que as orientações não estão sendo

realizadas de forma adequada, pois ainda existem falhas no processo de

amamentação. Assim, as medidas tomadas precisariam ser reavaliadas, para

se obter o resultado esperado, enfatizando na educação continuada os

benefícios e requisitos de uma amamentação bem sucedida.

Para a realização dessa tarefa são necessários conhecimentos

científicos e habilidades no manejo da lactação para aconselhamento no pré-

natal, ajuda no período de estabelecimento da amamentação e avaliação

criteriosa da técnica adequada, quando surgem os problemas relacionados

com o aleitamento.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

O principal objetivo deste estudo foi demonstrar a importância da

orientação para prevenção dos traumas mamilares ocorridos em puérperas na

fase do colostro.

Objetivamos como proposta de intervenção, uma orientação não

somente após o nascimento do recém nascido, mas durante todo o pré-natal

através de orientações individuais e em grupo, através de palestras e

distribuição de material educativo, com enfoque na importância da

amamentação e a técnica de pega correta na mama. Criando um feedback

entre o enfermeiro(a) da unidade básica de saúde (UBS) e o enfermeiro (a) da

maternidade do Hospital.

Sendo importante que os médicos e enfermeiros orientem tanto no pré-

natal como no puerpério imediato, pois eles são responsáveis técnicos que se

distinguem pelo saber cientifico e específico de sua área de atuação,

sensibilizando o sentimento e a vontade em amamentar.

Alternativa viável seria também a intervenção da enfermeira durante a

prática da primeira amamentação, observando a anatomia das mamas,

técnicas da amamentação, esclarecendo dúvidas e quebrando mitos que

possam surgir.

CONCLUSÃO

Por meio da literatura verificou-se, que são múltiplas as variáveis que

levam aos traumas mamilares sendo elas: uso de hidratantes, cremes,

pomadas, óleos e sabonetes na região mamilo-areolar; pega incorreta na

amamentação; primíparas; ausência de orientação adequada; desinteresse da

puérpera em amamentar; disfunções orais; e mitos.

Sendo que na pesquisa objetivou-se que os principais fatores no

surgimento dos traumas mamilares, são: ausência de orientação adequada,

bem como, disponibilidade dos profissionais e desinteresse das puérperas em

executarem tais propostas.

A promoção da amamentação requer, porém, orientações, com

avaliação criteriosa e constante da técnica correta de amamentar,

reconhecimento das dificuldades e apoio sempre que solicitado, solucionando

os problemas encontrados. Para tanto, o médico e o enfermeiro devem estar

preparados cientificamente, fornecendo informações práticas para atender a

cada nutriz e recém nascido.

Contudo, tratando-se de um assunto complexo, conclui-se que esta

pesquisa deve ter continuidade. Pois poderão abordar novas propostas e

intervenções para obter um resultado mais eficaz.

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APÊNDICES

APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso

1 INTRODUÇAO

Será apresentado o nível de conhecimento das puérperas. Com a

realização de orientações utilizando álbum seriado e panfleto.

1.1 RELATO DO TRABALHO REALIZADO

Serão demonstrados as puérperas a importância e os benefícios do

aleitamento materno e suas técnicas através de orientações, com auxílio de

álbum seriado e panfleto, esclarecendo as possíveis dúvidas. Será realizado

exame físico da mama para possível identificação de traumas mamilares e

Ficha de Avaliação para Puérperas, assim como, Ficha de Avaliação para a

enfermeira (o) do setor.

As entrevistas das puérperas e da enfermeira (o) serão inseridas

juntamente com o trabalho.

1.2 DISCUSSÃO

Será realizada a descrição dos fundamentos teóricos, procedimentos

práticos, assistência e orientações utilizadas no caso.

1.3 RESULTADOS E SUGESTÕES

Por meio da pesquisa, espera-se que as orientações dadas às

puérperas sobre aleitamento materno, sejam aceitas pelas mesmas e possam

dar continuidade na prática da amamentação pelo período preconizado pela

OMS, como também identificar o desmame precoce recorrente a presença de

traumas mamilares e, consequentemente, a associação destes, aos fatores de

risco.

APÊNDICE B - Roteiro de Observação Sistemática

I- IDENTIFICAÇÃO

LOCAL:__________________________________________DATA:__________

II- ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 O conhecimento das puérperas sobre amamentação e os cuidados com

as mamas.

2 As técnicas realizadas durante a amamentação.

3 Se houve eficácia na orientação ás puérperas.

4 Se as puérperas apresentaram ou não traumas mamilares.

APÊNDICE C - Roteiro de Entrevista para o Enfermeiro

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Sexo:______________________ Idade:__________

Cidade:____________________ _ Estado:_________

Ano de formação: ____________ Instituição:_______________________

Experiência profissional:____________________________________________

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Qual a importância do aleitamento materno?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

2 A unidade institucional em que trabalha, realiza educação em saúde para

puérperas?

( ) SIM ( ) NÃO

2.1 Quais os métodos utilizados?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

3 De acordo com sua experiência profissional, quais as principais variáveis ou

aspectos que contribuem para o aparecimento da fissura mamária?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

4 Em sua opinião os profissionais de enfermagem, apresentam-se capacitados

para realizar educação em saúde para as puérperas, visando a redução dos

casos de fissura mamária?

( ) SIM ( ) NÃO

4.1Justifique a resposta.

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

APENDICE D - Ficha de Avaliação para Puérperas

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome: _________________________________________ Idade:__________

Escolaridade da puérpera:__________________________________________

Profissão da puérpera:_____________________________Salário:__________

Estado civil:_______________________________ Idade do parceiro:________

Escolaridade do parceiro:__________________________________________

Profissão do parceiro:______________________________Salário:_________

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Número de paridade:______________ 1.1 Tipos de partos:__________

2 Você amamentou em gestações anteriores: ( ) SIM ( ) NÃO

2.1 Por quê?_____________________________________________________

3 Realizou o pré natal ( ) SIM ( ) NÃO

3.1 Se não, qual o motivo?__________________________________________

3.2 Quantas consultas?__________

4 Peso ao nascer?___________

4.1 Permanecem em alojamento conjunto? ( ) SIM ( ) NÃO

5 Foi orientada sobre amamentação durante o pré natal: ( ) SIM ( ) NÃO

5.1 Por qual profissional: ( ) Enfermeira ( ) Médico ( ) Outros.

6. Têm o desejo de amamentar o recém nascido: ( ) SIM ( ) NÃO

7. Para você é importante amamentar, pois:

( ) A amamentação faz parte desta fase pós-parto.

( )Porque não tem custo, devendo ser exclusivo até o 6º.

( ) Oferece vitaminas, proteína e outros componentes e é responsável por

auxiliar no crescimento, desenvolvimento ,imunização e hidratação do seu

bebê, também promove vinculo maior entre RN e nutriz.

8. Da ultima vez que você amamentou você apresentou rachaduras ou lesões

nas mamas?

( ) Sim ( ) Não

Como

tratou?__________________________________________________________

_______________________________________________________________

9. Você sabe o que é colostro e qual sua importância?

( ) Sim ( ) Não

Justifique________________________________________________________

_______________________________________________________________

10. Como deve ser a pega correta do RN no seio materno em sua opinião ?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

11. Como interromper uma mamada?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

12. Para você a dieta influencia na ocorrência das rachaduras?

( ) Sim ( ) Não

Porquê?________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

13. Durante seu pré-natal você recebeu da enfermeira orientações quanto:

( ) A importância da amamentação.

( ) Composição do leite materno.

( ) Posição para pega correta do seio materno.

14. Você recebeu orientação sobre a pega correta do seio aqui no hospital,

após o nascimento do seu bebê.

( ) Sim ( ) Não

15. Você planejou está gestação?

( ) Sim ( ) Não

16. Qual a sensação ao amamentar?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

17. Na sua visão o que pré dispõem a ocorrência de fissura e qual suas

complicações.

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

18. Você sente dor ao amamentar?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

APÊNDICE E - Panfleto Amamentação

Amamentar...

... um ato de amor, carinho e proteção

Como obter uma amamentação bem sucedida

Inicie a amamentação o mais breve possível, assim que a criança estiver bem

acordada, pois neste momento o instinto de sugar será muito forte. Mesmo que

você ainda não esteja produzindo leite, suas mamas contêm o colostro, um

líquido fino que possui anticorpos contra doenças.

Amamente sempre que o bebê solicitar:

Recém-nascidos necessitam mamar freqüentemente, pelo menos a cada 2

horas, e não de acordo com qualquer esquema restritivo. Isto também

estimulará suas mamas a produzirem mais leite. Posteriormente, o bebê vai

adotar uma rotina mais previsível.

Os bebês que mamam no peito têm fome com mais freqüência do que aqueles

alimentados com leites artificiais, porque o leite materno é digerido mais

facilmente do que as fórmulas (leites artificiais).

Alimente-se bem e descanse:

Para produzir boa quantidade de leite, você necessita de uma dieta

balanceada, que inclui 500 calorias extras por dia e de seis a oito copos de

líquidos. Descansar também ajuda a prevenir infecções nas mamas, que

podem ser agravadas pelo cansaço.

Benefícios do Aleitamento Materno

O leite materno é um alimento completo. Isso significa que, até os 6 meses, o bebê não precisa de nenhum outro alimento (chá, suco, água ou outro leite). Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos. É bom que o bebê continue sendo amamentado até 2 anos ou mais. Quanto mais tempo o bebê mamar no peito, melhor para ele e para a mãe

Benefícios para o bebê

- O leite materno tem tudo o que o bebê precisa até os 6 meses, inclusive

água, e é de mais fácil digestão do que qualquer outro leite, porque foi feito

para ele.

- Funciona como uma verdadeira vacina, protegendo a criança de muitas

doenças.

- Além disso, é limpo, está sempre pronto e quentinho.

- A amamentação favorece um contato mais íntimo entre a mãe e o bebê.

- Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da

criança, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa

respiração.

Benefícios para a mãe

- Reduz o peso mais rapidamente após o parto.

- Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de

hemorragia de anemia após o parto.

- Reduz o risco de diabetes.

- Reduz o risco de câncer de mama e de ovário.

- Pode ser um método natural para evitar uma nova gravidez nos primeiros seis

meses desde que a mãe esteja amamentando

exclusivamente (a criança não recebe nenhum outro alimento) e em livre

demanda (dia e noite, sempre

que o bebê quiser) e ainda não tenha menstruado.

Como evitar problemas com a amamentação

- O bebê pegar corretamente a mama.

- Lavar os mamilos apenas com água, não usar sabonetes, cremes ou pomadas. Não é necessário lavar os mamilos sempre que o bebe for mamar.

-Retirar um pouco do leite para amaciar a aréola (parte escura do peito) antes da mamada se a mama estiver muito cheia e endurecida.

- Conversar com outras mulheres (amigas, vizinhas, parentes, etc.) que amamentaram bem e durante bastante tempo seus bebês.

Direitos que garantem a amamentação

Da mesma maneira que toda criança tem o direito ao aleitamento materno, as mães também têm o direito de amamentar seus bebês garantidos por lei.

A lei brasileira diz que a mulher tem direito a 120 dias de licença-maternidade a partir do oitavo mês de gestação, sem prejuízo do salário.

Após o período de licença, a funcionária retorna ao trabalho e passa a ter direito a dois descansos remunerados de meia hora por dia para amamentar o bebê até ele completar seis meses de idade.

As leis do país possibilitam o aleitamento exclusivo durante os seis primeiros meses de vida do bebê e ainda incentiva a mãe a continuar a amamentação quando tiver que retornar ao trabalho.

Para o sucesso da amamentação...

basta que a mãe tenha...

o desejo de amamentar!!!

ANEXOS

ANEXO A - Manual

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP / UNISALESIANO

(Resolução nº 01 de 13/06/98 – CNS)

TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL LEGAL

1. Nome do Paciente:

Documento de

Identidade nº

Sexo:

Data de Nascimento:

Endereço:

Cidade: U.F.

Telefone:

CEP:

1. Responsável Legal:

Documento de

Identidade nº

Sexo: Data de Nascimento:

Endereço:

Cidade: U.F.

Natureza (grau de parentesco, tutor, curador, etc.):

II – DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA

1. Título do protocolo de pesquisa: A assistência de enfermagem na profilaxia

dos traumas mamilares associados aos fatores de risco

2. Pesquisador responsável: Ludmila Janaina dos Santos de Assis Balancieri

Cargo/função:

Professora de

Obstetrícia

Inscr.Cons.

Regional:

165356

Unidade ou Departamento do

Solicitante:

3. Avaliação do risco da pesquisa: (probabilidade de que o indivíduo sofra algum

dano como conseqüência imediata ou tardia do estudo).

SEM RISCO RISCO MÍNIMO RISCO MÉDIO

RISCO MAIOR

4. Justificativa e os objetivos da pesquisa (explicitar):

Optou-se pelo tema devido sua relevância na atualidade e aos altos índices

de trauma mamilar já citado em literaturas. Com objetivo de beneficiar o binômio

mãe – filho.

“Por motivos diversos, grande parte das mães deixa de amamentar ou

amamentam de forma inadequada seus filhos antes mesmo de completarem seis

meses de vida”. (MARIN et al, 2007, p. 70).

“Ações preventivas podem auxiliar para diminuir as dificuldades na

amamentação”. (COCA et al, 2009).

O Ministério da Saúde define o alojamento conjunto como

um sistema em que o RN sadio (acima de 2 kg e 35

semanas de idade gestacional, sem antecedente de asfixia),

logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe 24

horas por dia num mesmo ambiente até a alta hospitalar,

possibilitando a prestação de todos os cuidados

assistenciais, assim como orientações à mãe sobre a saúde

do binômio mãe-filho. (SAKAE; COSTA; VAZ, 2000).

Os profissionais de saúde desempenham papel de extrema relevância na

assistência à nutriz. Para isso, são necessários conhecimentos atualizados e

habilidades, tanto no manejo clínico da lactação como na técnica de

aconselhamento. (SILVA, CANOVA, ALVES, 2007).

Segundo Cordeiro (apud COCA et al, 2009, p. 451) para

uma preensão correta, a mãe deve posicionar os lábios da

criança no mamilo, com o objetivo de estimular o reflexo de

busca, procura e preensão. Em seguida, ela deve aproximar

a criança da mama. A criança deve apreender parte ou toda

a região mamilo-areolar, de forma que a sua boca

permaneça bem aberta, o queixo toque a mama, o lábio

inferior fique voltado para fora, a língua esteja sobre a

gengiva, observando-se parte da aréola, sendo mais acima

da boca que abaixo dela. Lábios apertados e apontando

para frente indica pega inadequada.

As ações de incentivo, promoção e apoio ao aleitamento materno entre as

nutrizes significa também estar atento para as situações de risco para o desmame

(OLIVEIRA; GOMES, 2006).

Entre os fatores envolvidos nas taxas sub ótimas de

aleitamento materno encontram-se o desconhecimento da

importância do aleitamento materno para a saúde da criança

e da mãe, algumas práticas e crenças culturais, a promoção

inadequada de substitutos do leite materno, a falta de

confiança da mãe quanto a sua capacidade de amamentar o

seu filho e práticas inadequadas de serviços e profissionais

de saúde. (SILVA, CANOVA, ALVES, 2007, p. 12).

A promoção da amamentação deve ser uma ação prioritária entre os profissionais

da saúde e suas estratégias devem variar de acordo com a população, sua

cultura, seus hábitos, suas crenças, sua posição sócio-econômica, e outros.

(GIUGLIANI, 1994).

Os fatores relacionados ao desmame podem ser

classificados de diversas formas. Caldeira & Goulart (2002)

classificaram as variáveis em quatro grupos: (1) Variáveis

Demográficas: paridade, tipo de parto, peso ao nascimento,

idade materna, presença de pai na estrutura familiar; (2)

Variáveis Socioeconômicas: renda familiar (em salários

mínimos), escolaridade materna, escolaridade paterna, tipo

de trabalho do pai (especializado ou não); (3) Variáveis

associadas à assistência pré-natal: número de consultas

pré-natais, orientação sobre amamentação no pré-natal,

desejo de amamentar no pré-natal, experiência anterior com

a amamentação; (4) Variáveis relacionadas à assistência

pós-natal: alojamento conjunto, incentivo de profissionais da

saúde no hospital/maternidade, tempo decorrido entre o

nascimento e a primeira mamada, dificuldades iniciais

(traumas mamilares).

Estar atento para as ações de incentivo, promoção e apoio ao aleitamento

materno entre as nutrizes significa também estar atento para as situações de risco

para o desmame. (OLIVEIRA; GOMES, 2006).

Diante do exposto surgiu o seguinte questionamento: A orientação e a

assistência de enfermagem podem auxiliar na prevenção dos traumas mamilares

em puérperas na fase do colostro?

O trabalho será realizado no Hospital Associação Hospitalar Santa Casa de

Lins, no setor da maternidade em alojamento conjunto, no período de 23 de

Agosto a 06 de Setembro, em puérperas na fase do colostro no período de15 dias

sendo realizado em Hum (01) período por dia. Serão observados os aspectos

voltados ao conhecimento por meio de coletas de dados, sendo questões de

check-list e dissertativa, para obtermos o nível de conhecimento da mesma sobre

o aleitamento materno, e sua situação socioeconômica, demográfica, como

também exame específico das mamas em puérperas.

Objetivo geral - Prestar assistência de enfermagem por meio da educação em

saúde, às puérperas na fase do colostro, auxiliando na prevenção da ocorrência

dos traumas mamilares, associando sua ocorrência aos fatores de risco.

Objetivos específicos - Promover e orientar a importância do aleitamento materno

e suas técnicas;

Realizar o exame físico com a finalidade de identificar os traumas mamilares;

Avaliar o nível de conhecimento das puérperas e do enfermeiro do setor.

5. Procedimentos que serão utilizados e propósitos, incluindo a identificação dos procedimentos que são experimentais: (explicitar)

6. Desconfortos e riscos esperados: Não se aplica

7. Benefícios que poderão ser obtidos: Amamentação eficaz conforme

preconiza a OMS

8. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo:

(explicitar)

9. Duração da pesquisa: 15 dias, sendo diariamente em hum período.

10. Aprovação do Protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética para análise

de projetos de pesquisa em / /

III - EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU

REPRESENTANTE LEGAL

1. Recebi esclarecimentos sobre a garantia de resposta a qualquer pergunta, a qualquer dúvida acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa e o tratamento do indivíduo.

2. Recebi esclarecimentos sobre a liberdade de retirar meu consentimento a

qualquer momento e deixar de participar no estudo, sem que isto traga prejuízo à

continuação de meu tratamento.

3. Recebi esclarecimento sobre o compromisso de que minha identificação se manterá confidencial tanto quanto a informação relacionada com a minha privacidade.

4. Recebi esclarecimento sobre a disposição e o compromisso de receber

informações obtidas durante o estudo, quando solicitadas, ainda que possa afetar

minha vontade de continuar participando da pesquisa.

5. Recebi esclarecimento sobre a disponibilidade de assistência no caso de

complicações e danos decorrentes da pesquisa.

Observações complementares.

IV – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO

Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido (a) pelo pesquisador, conforme registro nos itens 1 a 6 do inciso III, consinto em participar, na qualidade de paciente, do Projeto de Pesquisa referido no inciso II.

________________________________ Local, / / .

Assinatura

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Testemunha

Nome .....:

Endereço.:

Telefone .:

R.G. .......:

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