A bala atravessa seu ombro, Doddy prestes a fazer um novo ... · Aliviado Gabriel corre e apoia...

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A bala atravessa seu ombro, Doddy prestes a fazer um novo disparo, Felipe dá um passo para trás, se desequilibra e cai do alto da cachoeira. Todos em choque. ANTONY – (Desesperado) FELIPEEE! CENA 1. MATA/ ALTO DA CACHOEIRA. EXTERIOR. TARDE Música: Illuminati – AudioMachine Gabriel e Antony encarando Doddy armado. No fundo da cachoeira, Felipe sangrando, perdendo o ar lutando com todas as forças para voltar a superfície. O rio se enchendo de sangue, Antony se desespera e se lança no rio. GABRIEL – MALDITOOOO! SEU DESGRAÇADO, EU TE ODEIO DODDY! VOCÊ ME PAGA! DODDY – CALA A BOCA BICHA! CALA A BOCA! VOU TE FAZER INVEJAR O QUE EU FIZ COM SEU IRMÃO ONTEM! Gabriel com ódio de Doddy com o que escuta, a arma apontada para ele. Num impulso Gabriel parte para cima de Doddy e o soca numa árvore, Gabriel ergue a arma e a joga num lago batendo a cabeça de Doddy sem controle. GABRIEL – EU QUERO QUE VOCÊ MORRA DODDY, VOCÊ É UM MONSTRO!

Transcript of A bala atravessa seu ombro, Doddy prestes a fazer um novo ... · Aliviado Gabriel corre e apoia...

A bala atravessa seu ombro, Doddy prestes a fazer um novo disparo, Felipe dá um

passo para trás, se desequilibra e cai do alto da cachoeira. Todos em choque.

ANTONY – (Desesperado) FELIPEEE!

CENA 1. MATA/ ALTO DA CACHOEIRA. EXTERIOR. TARDE

Música: Illuminati – AudioMachine

Gabriel e Antony encarando Doddy armado. No fundo da cachoeira, Felipe

sangrando, perdendo o ar lutando com todas as forças para voltar a superfície. O rio

se enchendo de sangue, Antony se desespera e se lança no rio.

GABRIEL – MALDITOOOO! SEU DESGRAÇADO, EU TE ODEIO DODDY! VOCÊ ME PAGA!

DODDY – CALA A BOCA BICHA! CALA A BOCA! VOU TE FAZER INVEJAR O QUE EU FIZ

COM SEU IRMÃO ONTEM!

Gabriel com ódio de Doddy com o que escuta, a arma apontada para ele. Num

impulso Gabriel parte para cima de Doddy e o soca numa árvore, Gabriel ergue a

arma e a joga num lago batendo a cabeça de Doddy sem controle.

GABRIEL – EU QUERO QUE VOCÊ MORRA DODDY, VOCÊ É UM MONSTRO!

Gabriel dá uma forte joelhada entre as pernas de Doddy que vai ao chão urrando de

dor. Gabriel chuta sua cabeça e ele desmaia. Gabriel pega o celular e disca 190.

CENA 2. AVENIDA. EXTERIOR. TARDE

A música continua. Carros da polícia, sirenes ligadas seguindo pelas ruas brasilienses.

DAIANA – A gente tem que resgatar o Felipe rápido! Ele é a chave de um caso!

GUSTAVO – E nós vamos... Aguenta firme Felipe, aguenta firme cara!

Os carros pisando fundo, cada vez mais próximos da mata acelerados.

CENA 3. CACHOEIRA. EXTERIOR. TARDE

A música continua. Felipe sem forças para nadar devido ao tiro, sendo puxado para o

fundo do rio, tentando respirar quase com parada respiratória. Antony mergulhando

veloz, apreensivo no rio, a água com uma coloração sangrenta. A polícia chegando.

ANTONY – (Pensamento) Vai Felipe, seja forte... Você aguenta! Vai aguentar! VAI!

Antony continua nadando, descendo cada vez mais, até que pega Felipe pela cintura,

Antony impulsionando toda sua força para subir, Felipe quase desmaiando. Antony

subindo cada vez mais, até que ambos saem e sugam o ar forte, Gabriel sorri.

GABRIEL – Ainda bem... Ainda bem que deu tudo certo!

Aliviado Gabriel corre e apoia Felipe que sente dores pelo tiro, ainda ofegante.

Gabriel o abraça forte, Antony sorri.

GABRIEL – Obrigado Felipe, muito obrigado de verdade por salvar minha vida!

FELIPE – Que nada, só fiz o que eu pude fazer no momento. Sinto por seu irmão!

GABRIEL – Obrigado de novo, o Doddy vai pagar caro por isso!

Os policiais se aproximando correndo deles, sentados aflitos. Gustavo diante dele.

GUSTAVO – Felipe, você tá bem? Por que o Doddy tentou te matar?

FELIPE – Não está claro? Porque alguém o ordenou! E ESSE ALGUÉM FOI A MAURA!

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CENA 4. CASA DE FELIPE/ SALA. INTERIOR. TARDE

Felipe chegando em casa em choque com tudo o que vê. As cortinas, sofás, um rack e

todo o baú queimados. A porta derrubada, Felipe perplexo. Antony ao seu lado.

FELIPE – VAAAADIAAA! VOCÊ ME PAGA MAURA, EU JURO QUE VOCÊ ME PAGA!

ANTONY – A Maura foi longe demais! Mas porque ela faria isso?

Felipe pega as cinzas do baú e aperta forte com a mão espalhando pelo chão.

FELIPE – Essas cinzas... Eram as provas que podiam destruir a vida da Maura, dela, do

Laranjeiras e de toda a corja! Tony, eles estavam na minha mão... Mas isso não fica

assim, se ela acha que matou a Gisella e vai ficar em pune, ela não vai Tony! NÃO VAI!

CENA 5. DELEGACIA/ SALA DE VISITAS. INTERIOR. FIM DE TARDE

Rosângela, ainda vestida de faxineira, entra emocionada na sala de visitas perante o

filho Doddy, vestido de presidiário, cabisbaixo.

ROSÂNGELA – Está com vergonha por si mesmo ou pela mãe pobre Doddy?

(Emocionada) Não precisa falar! O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA SEU DOENTE?

DODDY – Mãe, por favor me...

ROSÂNGELA – CALA A BOCA! Você sabe como é pra uma mãe sair de um dia duro de

trabalho e descobrir que o filho está atrás das grades por TENTATIVA DE HOMÍCIDIO?

Doddy engole o choro. Rosângela o rodeia. Silêncio por instantes.

DODDY – Mãe, o Felipe não é nenhum santo, ele se meteu com gente errada...

ROSÂNGELA – VOCÊ NÃO É DEUS PRA DECIDIR QUEM VIVE E QUEM MORRE!

DODDY – Me ajuda mãe, pede um advogado pra mim... Eles vão dar! Por favor MÃE!

Rosângela abaixa a cabeça, ela lacrimeja. Friamente ela volta-se para o filho.

ROSÂNGELA – Pede pro seu irmão... Alias, pelo visto ambos herdaram o mesmo

caráter ruim que o pai tinha, só não sei quem é pior! Ele ou você, tchau filho.

Doddy gritando por Rosângela, ela simplesmente sai da sala emocionada.

CENA 6. COBERTURA DE TÚLIO/ SALA. INTERIOR. FIM DE TARDE

Música: The Kill – Thirty Seconds To Mars

A porta de Túlio bate, ele larga o tablet e suspira indo abrir a porta.

TÚLIO – Eu vou demitir esse porteiro que não anuncia visita...

Túlio abre a porta e é surpreendido com um forte tapa na cara. Rosângela entra

intempestiva o encarando com ódio.

ROSÂNGELA – PARABÉNS! Meus parabéns pra marionete que você e a Maura criaram,

o pau mandado de vocês, meu filho, tá lá atrás das grades por tentativa de homicídio!

TÚLIO – Eu também te amo Rosângela, agora sai, ESFUMAÇA DA MINHA CASA... Ou eu

te tiro feito cadela daqui... Antes que o odor de pobreza se impregne aqui!

ROSÂNGELA – Eu é que vou sair daqui... Porque antes o meu cheiro da pobreza, do que

o seu da pobreza de espírito! Só lembra Túlio, que você também teve um passado.

Rosângela se encaminhando a porta, Túlio reflexivo.

TÚLIO – Qual é o seu transtorno mental Rosângela? Tá falando do quê?

ROSÂNGELA – No fundo, você sabe melhor do que ninguém do que eu to falando...

Túlio com o coração disparado, assombrado. Rosângela bate a porta e sai.

CENA 7. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. FIM DE TARDE/ NOITE

A noite cai veloz na cidade de Brasília. Ônibus, pessoas, carros por todos os cantos da

imensa cidade na Asa Sul, Norte, se veem os belos pontos turísticos da capital.

CENA 8. CASA DE FELIPE/ JARDIM. EXTERIOR. NOITE

Felipe em seu carro ao lado de Antony lendo um dossiê e o DVD salvo, enquanto um

homem termina de instalar a nova porta. Antony se aproxima mudo do parabrisa e

pega uma escuta, mostrando para Felipe, sinalizando silêncio para ele.

FELIPE – Ora, ora... Maurinha, você colocou uma escuta pra me espionar? Ai, ai, ai...

Que coisa feia, você devia se envergonhar disso cadela!

ANTONY – FELIPE!

FELIPE – Você devia ter olhado no meu carro antes de ter posto fogo em tudo, você

conferiu se estavam todos os dossiês e dois DVDs no baú? Acha que eu to blefando

vadia? Leva o Laranjeiras pra me encontrar na delegacia então! ACABOU MAURA!

Antony apreensivo, ele joga a escuta no chão e a estilhaça pisando em cima. Ele

entra no carro de Felipe e eles aceleram em disparada, respirando fundo.

ANTONY – Você pirou desafiando a Maura? Acelera logo Felipe, se ela para esse carro

ela termina pessoalmente o serviço que o Doddy começou!

Felipe tira debaixo do banco com uma das mãos um revólver o encarando.

FELIPE – Mais uma legítima defesa pro meu ‘currículo’.

ANTONY – Como é que é? Felipe, você já matou alguém antes?

Felipe pensativo, sem responder. Ele se lembra:

Nisso Enzo vira-se de costas, numa fração de segundos Felipe saca da cintura sua

pistola e subitamente dispara três tiros contra as costas de Enzo.

FELIPE – EU QUERO MAIS QUE VOCÊ MORRA, QUE VOCÊ MORRA DESGRAÇA!

Felipe com o olhar perdido volta-se a encarar Antony.

FELIPE – Você não irá querer saber Tony... A vida não é fácil pra todo mundo Tony!

CENA 9. COBERTURA DE TÚLIO/ SALA. INTERIOR. NOITE

Andrezza tranquila na sala ao lado de Cléo vendo um filme na TV. Logo a porta bate,

Andrezza se levanta e abre para Maura, ambas se encarando.

ANDREZZA – Subiu pra quê? Pra descer de novo Maura? VAZA DAQUI!

MAURA – Preciso falar URGENTE com o Túlio, é sério Andrezza! To te PEDINDO!

ANDREZZA – Eu sinto muito por seu desespero, uma pena é que ele não está aqui!

MAURA – Você só finge ou realmente não se lembra do passeio que deu?

ANDREZZA – Passeio? Maura, você se drogou hoje? Tá ok, SOME DA MINHA CASA!

Maura indo embora veloz. Andrezza bate a porta e volta para o sofá.

CLÉO – É Andrezza... To prevendo uma guerrinha vindo por aí, só fico na dúvida de que

lado você ficará. Do pai, ou do filho!

Andrezza um tanto pasma com o que escuta, forçando um sorriso.

CENA 10. MANSÃO DE LARANJEIRAS/ QUARTO. INTERIOR. NOITE

Maura entrando aflita no quarto de Laranjeiras que está fazendo suas malas.

MAURA – To tentando falar com o Túlio do assessorzinho dele e não consigo! A GENTE

PRECISA TIRAR AQUELE GAROTO DAS NOSSAS VIDAS... E O TÚLIO O COLOCOU NELA!

LARANJEIRAS – VOCÊ ENLOUQUECEU MAURA? FALAR COM O TÚLIO?

Maura encara Laranjeiras fazendo as malas, pensativa.

MAURA – Por quê? EU PRECISO MATAR O FELIPE! Qual o problema do Túlio saber?

LARANJEIRAS – Eu to desconfiado que o FELIPE É FILHO BIOLÓGICO DO TÚLIO... E se eu

tiver certo Maura, É O TONY QUEM DEVE MORRER!

Maura pasma com a última frase de Laranjeiras. Eles se encaram atordoados.

(Estamos apresentando.)

CENA 11. DELEGACIA/ SALA. INTERIOR. NOITE

Música: [Instrumental] Dark Horse – Skylar Cahn

Gustavo em sua sala, logo entram Felipe e Antony na sala apressados.

FELIPE – Aqui estão! A Maura só tentou me matar porque eu tinha provas contra ela e

contra o Laranjeiras! Mas as provas contra o Laranjeiras ela não pôde apagar!

Felipe põe em cima da mesa o dossiê e o DVD deixado por Gisella. Eles se olham.

GUSTAVO – Valeu Felipe, isso vale um mandado de prisão preventiva!

ANTONY – Mas tem que agir logo! Com certeza o Laranjeiras vai tentar fugir!

Daiana corre e pega as provas, ela pega o telefone e começa a ligar para um juiz.

DAIANA – Não seja por isso... Em questão de minutos a gente vai ter o mandado!

Felipe e Antony se encaram apreensivos, sorridentes ao mesmo tempo.

CENA 12. AEROPORTO INTERNACIONAL. INTERIOR. NOITE

A música continua. Laranjeiras andando apressado apenas com uma mala em mãos

pelo aeroporto. Ele para num balcão, a moça pesquisando o nome dele.

LARANJEIRAS – Minha querida, dá pra agilizar o negócio? Óh, procura logo o nome

PEDRO LARANJEIRAS... Senador, só aparece menos que os Garrido e os Vilar...

SECRETÁRIA – Achei... Sua passagem foi comprada pelo site, seu voo para Assunção no

Paraguai sai em meia-hora! Pode passar suas malas pro check-in fazendo o favor?

Laranjeiras passando as malas apreensivo. Ele olha no relógio, indo logo para a sala

de embarque apressado.

CENA 13. RUAS. EXTERIOR. NOITE

A música continua. Maura totalmente atordoada, sem rumo quase desesperada.

MAURA – MALDITA HORA QUE ESSE MALDITO VEIO ÀS NOSSAS VIDAS! MALDITA!

Maura acelerando pelas ruas, seus olhos marejados de ódio, ela se lembra:

LARANJEIRAS – E se eu tiver certo Maura, É O TONY QUEM DEVE MORRER!

Maura pasma com a última frase de Laranjeiras. Eles se encaram atordoados.

Maura fazendo que não com a cabeça pisando cada vez mais fundo.

CENA 14. AVENIDA. EXTERIOR. NOITE

A música continua. Os carros da polícia acelerando. Felipe atipicamente vestido de

garçom, Gustavo sentado ao lado de Felipe e de Antony.

GUSTAVO – Eu sei que isso deve ser ilegal e tal... Mas quando a gente chegar, caso não

deixem a gente passar, você dá seu jeito e invade o avião! As algemas tão no bolso!

FELIPE – Não vai nem me dar uma arma?

Gustavo encara Felipe com uma feição sarcástica fazendo que não. Os carros

continuam acelerando velozes.

CENA 15. AEROPORTO INTERNACIONAL. INTERIOR. NOITE

A música continua. Gustavo, Antony, Daiana e outros policiais entrando no

aeroporto. Felipe indo por outro caminho. A secretária os barra, Gustavo e Daiana

sacam seus distintivos e mostram a ela, na frente de todos.

GUSTAVO – Eu tenho MANDADO DO JUIZ pra abordar um passageiro que tá num avião

indo pra Assunção no Paraguai, posso ir?

SECRETÁRIA – NÃO! Se ele já está no avião é impossível a passagem agora!

ANTONY – MAS NÃO É MESMO! Minha querida, eu sou o filho de Túlio Garrido e se

esse policial não entrar vou tacar tanto processo e manchar tanto a imagem da sua

empresa que ela vai FALIR querida, fui claro? AGORA ANDA, DEIXA A GENTE IR!

Felipe observando tudo, ele se passando por funcionário e entrando na sala de

embarque. A discussão continua, o gerente da companhia área chega.

DAIANA – Moço, é sério... A gente tem mandado pra prender um homem antes desse

avião embarcar, ou o senhor deixa por bem, ou a gente invade por mal! ANDA!

A música ganha a cena. O gerente pensativo, ele indica a porta e faz que sim.

Gustavo, Antony, Daiana e os policias correndo velozes pelo aeroporto.

CENA 16. AVIÃO/ PRIMEIRA CLASSE. INTERIOR. NOITE

A música ganha a cena. Laranjeiras saboreia um pequeno caviar e toma uma taça de

champanhe francês. Um garçom adentra com um carrinho de lanches e anda pelos

corredores da aeronave. Laranjeiras despreocupado. O homem para perante ele.

GARÇOM – Deseja mais uma taça de champanhe senhor?

LARANJEIRAS – Não, estou bem servido.

Nesse instante a boina de garçom cai no chão junto de uma máscara facial,

Laranjeiras gela, ele volta-se encará-lo, era Felipe em posse de uma algema.

FELIPE – E uma algema, o senhor aceita? SEU PEDRO LARANJEIRAS, VOCÊ ESTÁ PRESO!

Felipe e Laranjeiras se encaram olho no olho, nisso Laranjeiras tem o braço

pressionado por uma algema. Gustavo e Daiana entram sorridente no avião.

GUSTAVO – Vejo que nosso garçom já te atendeu Laranjeiras... Está satisfeito?

Felipe pega Laranjeiras e entrega sorridente à Gustavo.

FELIPE – É todo seu...

GUSTAVO – Quem diria... Eu algemando o grande Pedro Laranjeiras! Que sonho!

LARANJEIRAS – Você vai me pagar Felipe, EU JURO QUE VOCÊ VAI PAGAR!

Felipe suavemente mostra o dedo do meio para Laranjeiras sorridente, enquanto ele

guiado por Gustavo e Daiana sorridentes rumo à um camburão.

CENA 2. CONGRESSO NACIONAL/ ESCRITÓRIO. INTERIOR. NOITE

Música: SeteVidas – Pitty

Maura, Muniz, Carmem, Gracindo e Túlio reunidos. Maura tensa andando sem parar.

MAURA – QUE ÓDIO! ESSA PRISÃO DO LARANJEIRAS VAI SER UM ESCÂNDALO!

CARMEM – Vamos parar de hipocrisia Maura? Você sempre quis mandar em tudo!

MAURA – Querida, vai ler seu Divergente de 300 páginas, MAS CALA A BOCA!

Todos encarando Maura, Túlio se levanta e se aproxima.

TÚLIO – Então Maura, qual a sua ideia pra resolver nosso problema?

MAURA – Sumir com TODOS os vestígios de corrupção, de esquema... Bora sair

vendendo arma na Praça dos Três Poderes, mas os rastros têm que sumir!

Todos se encaram tensos, respirando fundo. Maura com ódio da situação.

CENA 3. DELEGACIA/ SALA DE VISITAS. INTERIOR. NOITE

A música continua. Doddy na sala, Cléo entra, comovida o olhando de cima a baixo.

CLÉO – Meu Deus, Doddy... Olha o que você tornou, olha onde você está!

DODDY – Veio dar lição de moral Cléo? Dá meia-volta, VAZA!

Cléo comovida parada perante Doddy. Ele frio e ríspido a encará-la.

DODDY – O que ainda faz aqui sua ANORMAL? Meu Deus, até numa hora dessas você

ainda pega no meu pé... Nem o seu dinheiro me serviu, pega ele e enfia...

CLÉO – (Corta) CALA A BOCA! VOCÊ É UM DOENTE, VOCÊ É UM POBRE COITADO!

(Chorando) Você me enganou... Então minhas memórias de você me traindo são reais,

o TAPA QUE EU LEVEI FOI REAL! Doddy, VOCÊ NASCEU NA MERDA, É UMA MERDA... E

agora é NA MERDA QUE VOCÊ CONTINUARÁ!

DODDY – Anormal, coitada... Eu vou sair daqui! E você vai continuar presa pro resto da

vida... Porque a prisão Cléo e se olhar no espelho e ver uma ANORMAL como você é!

Cléo simplesmente sai da sala, desconsolada, contendo as lágrimas. Ela corre e para

à porta da delegacia chorando. Gustavo, consternado se aproxima dela. Daiana vê.

GUSTAVO – Moça, posso te ajudar? Tem algum problema?

CLÉO – Não, não está... Mas vai ficar! Obrigado, de verdade!

Gustavo institivamente abraça Cléo, ela contém as lágrimas. Ela sorri para ele, indo.

CENA 4. BAR. INTERIOR. NOITE

Cléo num bar bebendo compulsivamente, conversando com o garçom. Nisso se

aproxima Felipe, sorridente e coloca cédulas em cima do balcão.

FELIPE – Odeio ver gente legal bebendo sozinha...

CLÉO – (Ri/Fora de si) Não... Eu não sou legal, eu sou uma A-NOR-MAL... É diferente!

FELIPE – (Ri) Seja lá o que for você exagerou na dose em Cléo!

O garçom entrega dois chopps a eles que brindam bebendo, risonhos como dois

irmãos. Uma chuva começa a cair do lado de fora, todos se abrigando no bar.

FELIPE – E o tempo tá feio hein... A gente vai ficar aqui! Garçom, vê mais uma rodada!

CLÉO – Ih, pode parar! Anormal não dirige, Felipe leva anormal pra casa!

FELIPE – Bêbado assim? É suicídio Cléo!

Ambos rindo bebendo. Do lado de fora, Andrezza para o carro e vê Felipe e Cléo feito

velhos amigos conversando e rindo. Andrezza dá um sorriso singelo ao vê-los juntos.

CENA 5. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. NOITE/ DIA

A noite se vai rapidamente, o sol se põe forte e nasce um lindo e belo dia. Pessoas

por todos os lados, engravatados, de bicicleta por toda Brasília.

CENA 6. ASA NORTE/ VIA EXPRESSA. INTERIOR. DIA

Felipe acelerando por uma avenida movimentada tranquilamente. Nisso ele nota

estar sendo seguido por um carro preto logo atrás, o homem do carro ao celular.

HOMEM – Alo Laranjeiras... Já estou na cola dele, se ele não percebeu, ele já está pra

perceber! E quando ele perceber... Ele cai na armadilha! Vou desligar, tchau!

Felipe começa a pisar fundo, ultrapassar a velocidade. Ele liga para Antony.

FELIPE – Alo Tony, me ajuda cara... Tô sendo seguido no meio duma via expressa!

Felipe atônito conversando ao celular. O homem focado nele, o seguindo.

CENA 7. CONGRESSO NACIONAL/ GABINETE DE TÚLIO. INTERIOR. DIA

Túlio no Congresso andando de um lado para o outro. Maura entra sorridente.

MAURA – Bom dia Túlio, tudo bem?

TÚLIO – BOM DIA!? O Felipe não quer chegar, tá atrasado! Tem algo aí Maura!

MAURA – É bom que nem venha... Eu quero ele demitido Túlio!

Túlio sorri, ele senta-se em sua mesa imponente a encarar Maura.

TÚLIO – Que você e ele se odeiam, ah grande novidade pra mim, SÓ QUE NÃO! Mas eu

não vou demitir ele, o Felipe é ótimo... E ele ali, ele tem lábia, chega longe!

MAURA – Meu Deus Túlio... Esse garoto te cegou! Você ainda não percebe que aquele

herói que te salva de traficantes, que traz sua esposinha no hospital...

TÚLIO – (Corta) Depois que você tentou matá-la ARRASTANDO ELA NUMA AVENIDA!

MAURA – Ok Túlio, mas quem é que você acha que contou pra Andrezza do Gracindo?

EU? Eu sei muito bem Túlio que teto de vidro devia ser meu sobrenome, mas e ele?

Música: Que País é Esse? – Capital Inicial

Maura deixando Túlio pensativo. Ela sai batendo a porta. Túlio novamente ligando

para Felipe, o celular dá ocupado. Túlio atira o iPhone no chão com ódio.

TÚLIO – Af, trincou! É bom que ele me apareça, agora vai me comprar um novo!

CENA 8. VIA EXPRESSA. EXTERIOR. NOITE

A música continua. O trânsito agitado, Felipe fora do eixo de trabalho. Continua a ser

perseguido, ele esquiva de carros, ultrapassa acima da velocidade pisando fundo. O

outro carro também. Os carros buzinam para Felipe, que nem liga pisando fundo.

FELIPE – (Cantando) Terceiro mundo se for / Piada no exterior / Mas o Brasil vai ficar

rico / Vamos faturar um milhão / Quando vendermos todas as almas / Dos nossos

índios num leilão / Que país é esse? / Que país é esse?

O homem continua a seguir, quase se emparedando no carro de Felipe, vendo uma

chance de se livrar do homem ele pega uma avenida rumando a uma favela. Ele

despista o primeiro motorista, ao ver o carro de Felipe outro começa a segui-lo.

Felipe ainda não percebe, quando se vê nas vielas da favela nota a perseguição.

FELIPE – NÃO! EU CAÍ NUMA ARMADILHA! BOSTA, NÃO!

A música ganha a cena. Felipe começa a dar a ré loucamente acelerando pisando

fundo, quando um carro surge e fecha Felipe por trás, ele acelera pela frente numa

viela, outro carro o fecha. Surgem ali traficantes armados com fuzis e metralhadoras.

Felipe desesperado, gélido. Os traficantes sorridentes batendo no vidro do carro.

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Felipe com as mãos para a cima sai do carro. Os traficantes o rendem o intimidando.

TRAFICANTE – Olha o engravatado lá dos Planalto... Que honra em nossa favela!

FELIPE – É do Congresso. Me mata, vão estourar essa favela em dois tempos!

TRAFICANTE – Seu desejo é uma ordem aqui reizinho! Vai galera, manda esse daí lá pro

alto do morro que lá a gente vai bater um papo reto!

Felipe entrega os pulsos aos traficantes que passam forte uma corda e vão

‘escoltando’ Felipe até o alto do morro lentamente, como num cortejo. Felipe com

um olhar avermelhado de tanto ódio e fúria.

CENA 9. COBERTURA DE TÚLIO/ SALA DE JANTAR. INTERIOR. TARDE

Andrezza e Antony conversando tensos. Antony dando voltas na mesa aflito.

ANTONY – Tem algo havendo com o Felipe, Andrezza! Ai chega, vou atrás dele!

ANDREZZA – Vai com cuidado, trás o Felipe de volta Tony, por favor!

Antony vai até Andrezza e eles por instantes se abraçam forte. Antony sai veloz da

casa e entra em seu carro acelerando pelas ruas pensativo.

CENA 10. CASA DE FELIPE/ SALA. INTERIOR. TARDE

A maçaneta da porta se move. Os dois homens que seguiam Felipe entram rindo na

casa, sorridente através de uma cópia da chave. Os homens trancam a porta e

começam a revirar toda a casa. Um deles vai ao quarto de Felipe e revira todo o

armário, até que pega uma caixa de madeira com o símbolo do Double Infinity.

HOMEM 1 – Emilly Thorne, é você!?

Um outro homem entra no quarto com um pequeno maçarico. Ele se aproxima e

estoura o cadeado da caixa. Ambos atônitos, a caixa é aberta. Fotos, recortes de

jornal, textos à esmo, entre eles uma foto recente.

Nela Felipe com a cicatriz está na entrada da favela junto da mãe, Leila e Keila.

HOMEM 1 – Essa é a mulher que a Maura... Meu Deus, Felipe Prado e Felipe

Guimarães são um só: O FILHO DE TÚLIO GARRIDO!

(Estamos apresentando.)

CENA 11. FAVELA/ ALTO DO MORRO. INTERIOR. TARDE

Música: Titans of War – West One Music

Felipe preso a uma cadeira, amarrado numa cabana. Um traficante mal encarado o

olhando com um fuzil em mãos. Felipe o encarando.

HOMEM – O que é que é hein rapaz? To bonito demais pra você?

FELIPE – Me tira daqui... Eu te assino um cheque, você afrouxa essa corda e eu te dou

um soco, pronto eu saio daqui e tá tudo ótimo! Se me apagarem a mando de alguém

você vai lucrar muito menos que fechando comigo! E vai ser menos dor de cabeça!

O homem curioso. Ele pega uma caneta e Felipe faz um cheque de 20 mil. O homem

começa a afrouxar a corda, soltando-a. Nisso sem que o homem espere ele o ataca.

FELIPE – DESGRAÇADO! PRA VOCÊ APRENDER A TRATAR UM REFÉM! Eu já apaguei até

traficante da sua racinha lá em São Paulo, agradece porque eu to de bom humor!

Felipe puxa o fuzil do homem e atira entre as pernas dele que cai urrando de dor no

chão, Felipe dá um soco na cara e sai pela porta atirando para o alto. Os traficantes

imponentes enquanto Felipe corre disparando pelo morro.

FELIPE – MALDITOS! VÃO ATIRAR NA MÃE DE VOCÊS DESGRAÇADOS!

Felipe atirando, alguns homens trocando tiros com ele do alto do morro. Felipe se

esconde atrás de um barraco, atira no braço desse homem e sai correndo, um

tiroteio tomando conta do morro enquanto Felipe sai, os traficantes tentando reagir

pegos de surpresa, sem sucesso, Felipe saindo sorridente quando um carro o fecha.

FELIPE – É... Nunca pensei que ter irmão traficante podia ter lá suas vantagens...

O carro para diante de Felipe, e a porta se abre, era Antony. Felipe joga o fuzil no

chão e entra, o carro de Antony acelera voltando à Via Expressa, eles se encaram.

FELIPE – Muito obrigado por me salvar Tony, de verdade! Valeu mesmo!

ANTONY – Agora é sério Felipe... Isso tá passando dos limites! Por que eles te caçam?

Não vem me dizer que é apenas pela Gisella, eu sei que não é! Não precisa dizer a

verdade agora, mas eu espero que não seja tarde quando você vier contá-la!

Felipe respirando fundo encarando Antony sem ter o que dizer.

CENA 12. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. TARDE/ NOITE

A noite iluminada e enluarada cai em Brasília. Se vê o Plano Piloto, Asa Sul, Asa

Norte, o Eixo Monumental e outros pontos turísticos repleto de pessoas.

CENA 13. CENTRO DE DETENÇÃO PROVISÓRIA/ SALA DE VISITAS. INTERIOR. NOITE

Música: SeteVidas – Pitty

Laranjeiras entrando na sala de visita e seu capanga perante ele, sorridente.

Laranjeiras senta-se na cadeira vestido de presidiário. O capanga lhe passa a foto.

LARANJEIRAS – A foto de uma linda família feliz... Ai que legal, e o que você arrancou

do Felipe? Pelo amor de Deus né! Bando de amadores!

HOMEM – A memória lhe falha Laranjeiras? A mulher ao lado do garoto na foto, é a

mãe dele... E sabe onde eu encontrei essa foto? NA CASA DO FELIPE!

Laranjeiras encara a foto, ele reconhece Leandra e perplexo volta-se ao homem.

LARANJEIRAS – Meu Deus... (O Capanga faz que sim) O Felipe é o filho do Túlio!

CENA 14. COBERTURA DE TÚLIO/ SACADA. INTERIOR. NOITE

Música: Dissolution – iZLER

Túlio na sua grande sacada admirando a visão de Brasília. Uma forte brisa entrando,

Felipe atrás dele, eles a sós. Felipe o encara com um olhar diferente, com o tablet.

FELIPE – Seu Túlio... Chegou uma mensagem pro senhor, não sei de quem é.

Túlio vira-se para Felipe que pega o tablet de suas mãos. Felipe o olha nos olhos, com

seu coração disparado. Túlio abre a mensagem de Laranjeiras, ele volta-se para a

sacada de costas para Felipe a ler a mensagem “Seu filho biológico está muito mais

próximo de você do que você imagina. Ele voltou Túlio!”. Túlio se desespera.

FELIPE – Seu Túlio... O senhor tá bem? Quer que eu traga uma água?

Túlio vira-se para Felipe a encará-lo. Seu coração disparado, Túlio pasmo.

TÚLIO – Eu vou te contar algo que eu nunca contei a ninguém... Eu tenho outro filho,

Felipe... (Os olhos de Felipe brilham) E agora, ele pode estar por perto!

O coração de Felipe dispara, seus olhos brilhavam, ele encara Túlio olho no olho.

FELIPE – (Embaçado) E se... E se seu filho tiver mesmo por perto seu Túlio? O que fará?

TÚLIO – Ele não vai destruir a minha vida, não de novo! (Encarando Felipe nos olhos)

Se esse filho estiver por perto Felipe, EU VOU MATÁ-LO!

Felipe com os olhos marejados, olho no olho perante seu pai. Seu coração disparado.

Felipe pisando fundo totalmente atordoado com o que escuta. As lágrimas descendo

de seus olhos, ele acelerando. A frase de Túlio se repete em sua mente:

TÚLIO – (Eco) EU VOU MATÁ-LO!

Felipe continua pisando fundo, quase que atordoado. Seu celular vibra, ele abre uma

mensagem de Laranjeiras que diz “Pode esperar Felipe! Você ainda vai pagar muito

caro por tudo o que fez, eu te garanto!”. Felipe treme acelerando o carro.

CENA 2. MOTEL/ SUÍTE. INTERIOR. NOITE

Maura bebendo champanhe num motel ao lado de Paulo seminu. Eles aos beijos.

PAULO – Ei Maurinha, to aqui te esperando... A cama tá tão fria sem a gente!

MAURA – Também, eu esquento tudo por onde passo, não adianta! E o próximo a

queimar será o Felipe... Eu vou acabar com ele antes que ele acabe comigo!

PAULO – Esquece o Felipe... Ele não está prontinho pra você na cama como eu to!

Paulo se atira na cama de braços abertos. Maura se aproxima derramando

champanhe sobre seu peito, ela se atira por cima dele aos beijos.

CENA 3. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. NOITE/ DIA

A noite se vai, nasce um dia quente e ensolarado em Brasília. Pessoas de gravatas,

praticando esportes por todos os lados da linda cidade.

CENA 4. DELEGACIA/ SAÍDA. INTERIOR. DIA

Doddy sorridente, com uma mochila nas costas saindo da delegacia pela porta da

frente. Um carro para veloz em sua frente, ele recua assustado. Clécio sai dele.

CLÉCIO – Calma rapaz... Tá no horror é?

DODDY – Do jeito que a cidade anda violenta, nunca se sabe né?

Clécio sorri, ele se aproxima de Doddy e dá tapas em seu ombro colocando uma

passagem e um passaporte em seu bolso.

CLÉCIO – Seu voo pra La Paz na Bolívia é hoje à noite e você vai de Classe Econômica

mesmo, chegando lá vão te dizer o que fazer. Boa sorte. (Irônico) Você vai precisar!

Clécio entra no carro cantando pneu. Doddy sorri feliz encarando a passagem.

CENA 5. CENTRO DE DETENÇÃO PROVISÓRIA/ PÁTIO. EXTERIOR. DIA

Álvaro fumando um cigarro descontraído conversando com colegas. Laranjeiras se

aproximando dele, um senta do lado do outro encarando os guardas conversando.

ÁLVARO – E o esqueminha seu Laranjeiras? A gente vai vazar daqui logo não vai?

LARANJEIRAS – Por mim... É amanhã à noite mesmo. Só que antes de sair, vai haver um

lance aqui pra gente resolver. Eu, você e o Felipe!

Álvaro acende um outro cigarro, ele volta-se a encarar Laranjeiras firme.

ÁLVARO – E que raio de esquema seria esse?

LARANJEIRAS – Amanhã, no dia de visitas... Será a QUEDA de Felipe Garrido!

Álvaro e Laranjeiras se encarando sorridentes, Álvaro tira do bolso um charuto

cubano e oferece a Laranjeiras que aceitam. Laranjeiras encarando os guardas.

CENA 6. CONGRESSO NACIONAL/ ESTACIONAMENTO. EXTERIOR. DIA

Música: Numb – Linkin Park

Maura andando rápido, buscando seu carro. Um carro vem acelerando devagar,

seguindo Maura que nem nota. O carro acelera, fecha Maura que gela perante o

carro. A porta se abre e sai Felipe atordoado lhe apontando uma arma.

FELIPE – ENTRA NO CARRO VADIA! ENTRA AGORA!

MAURA – FELIPE!? Que isso? Tá de tiração com a minha cara? (Gritando) SOCORRO!

Maura correndo pelo estacionamento, Felipe atrás dela disparando com uma arma.

Ela correndo entre os carros, ele sobe e começa a pular pelo teto de carros feito um

louco, ele se lança no chão e derruba Maura, ele a pega e bate a arma na sua cabeça.

FELIPE – TÁ ACHANDO QUE FOI MEXER COM QUEM VADIA? AGORA CAI MAURA, CAI!

Maura cambaleia com a pancada e cai no chão desmaiada perante Felipe.

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Felipe se agacha até Maura com uma face de desprezo. Ele a pega brutalmente pelos

cabelos e a joga dentro de seu carro batendo forte a porta. Ele entra no carro e sai.

CENA 7. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. DIA/ TARDE

Música: Come As You Are – Nirvana

O tempo passa depressa, as pessoas tomando as ruas e praças da cidade. Se vê os

belos monumentos da capital e o ritmo acelerado.

CENA 8. CONGRESSO NACIONAL/ SALA DE SEGURANÇA. INTERIOR. TARDE

A música continua. Andrezza sozinha na sala vendo imagens do circuito interno.

Nisso entra Clécio aflito abrindo a porta. Andrezza se levanta perante ele.

CLÉCIO – Ei Andrezza, você viu a Maura? Ela sumiu do nada!

ANDREZZA – Já procurou no inferno? Vai ver tá por lá!

Clécio sorri cínico. Nesse instante Rosângela começa a limpar do lado de fora da sala.

CLÉCIO – É SÉRIO ANDREZZA! Hoje a gente despacha o filho da limpadeira e a gente

precisa da Maura... E o Túlio ficaria muito chateado se por sua causa a Maura sumisse!

Rosângela ouvindo tudo, seus olhos marejam. Clécio sai da sala e não vê Rosângela

escondida. Andrezza na sala vendo as imagens do estacionamento liga para Felipe.

ANDREZZA – Alo Felipe, pode passar... Onde é que você tá enfiado com a Maura?

FELIPE – Vem na minha casa Andrezza, vem logo ou eu mato essa mulher!

Andrezza sorri. Felipe desliga, Andrezza pega a bolsa e sai acelerada.

CENA 9. LAGO PARANOÁ. EXTERIOR. FIM DE TARDE TARDE

Música: Lights – Ellie Goulding

Gabriel correndo de bicicleta às margens do lado sorridente. Antony de bicicleta ao

lado dele, ambos se divertindo. Ao fundo o belo entardecer alaranjado e a ponte JK.

ANTONY – É sempre bom tirar um dia pra descanso às vezes né?

GABRIEL – Bom seria descansar assim por um bom tempo...

Eles continuam na bicicleta, Antony passando na frente, ele vira para trás e se

desiquilibra caindo. Gabriel sai da bicicleta e se aproxima. Antony rindo apenas com

um joelho ralado, Gabriel o encara.

GABRIEL – Idiota! Fiquei preocupado com você sabia?

ANTONY – Eu sei... Foi um bom teste, você não passou!

Gabriel estende a mão para Antony se levantar, Antony apoiado numa árvore, ele

puxa Gabriel que cai junto dele, ao seu lado. Eles se encaram e acabam se beijando.

CENA 10. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. FIM DE TARDE/ NOITE

A noite cai em Brasília, anoitecendo rápido. A noite um tanto calorosa e agitada.

CENA 11. COBERTURA DE TÚLIO/ SALA. INTERIOR. NOITE

Túlio no iPhone fazendo videoconferência com Laranjeiras em sua cela.

LARANJEIRAS – Eu vou vazar desse inferno, e não vai demorar muito! Mas antes... Eu

quero você, o Tony e a Maura apenas me visitando aqui amanhã à noite. NÃO FALTEM!

TÚLIO – Pra que você quer envolver meu filho nisso Laranjeiras? DEIXA ELE FORA!

LARANJEIRAS – A conta e risco é sua Túlio... Depois arque com ela!

Laranjeiras desliga. Túlio pensativo com o que disse Laranjeiras, ele se lembra:

TÚLIO – PARA, PARA DE ME CHAMAR DE PAI, PARA!

Felipe se aproxima para abraça-lo chorando, Túlio se levanta e joga uma xícara de

café quente em sua cara, Felipe recua berrando de dor na vista. Túlio o joga no chão.

TÚLIO – Eu realmente espero que aquela tenha sido a segunda e última vez que nossos

destinos se cruzaram Felipe... Pelo seu próprio bem, eu espero!

Em seguida ele se lembra:

FELIPE – (Embaçado) E se... E se seu filho tiver mesmo por perto seu Túlio? O que fará?

TÚLIO – Ele não vai destruir a minha vida, não de novo! (Encarando Felipe nos olhos) Se

esse filho estiver por perto Felipe, EU VOU MATÁ-LO!

CENA 12. CASA DE FELIPE/ PORÃO. INTERIOR. NOITE

Música: Sihouettes – Of Monster and Men

Maura presa a uma cadeira descabelada com Felipe diante ela apontando uma arma.

FELIPE – VADIA! Você realmente achou que seu comparsa ia me matar e eu ia ficar

quieto? EU SEI QUE DE NOVO VOCÊS INVADIRAM MINHA CASA!

MAURA – Então a gente tava certo... O TEMPO INTEIRO FELIPE!

Nesse instante a porta de fora bate. Andrezza adentrando na casa, ela desce até o

porão deslumbrante e sorri perante a imagem de Maura refém. Ela lhe dá um tapa.

ANDREZZA – Não sei o que te levou a fazer isso Felipe, mas realizou meu sonho!

MAURA – CONTA PRA ELA FELIPE! CONTA PORQUE VOCÊ ME RAPTOU!

Andrezza lhe dá um tapa na outra face, Maura cala. Felipe ri perante ela.

MAURA – Você vai se arrepender Andrezza! Você não pode ser cúmplice dele, você

não sabe quem ele é de verdade! Não sabe! Ele veio pra acabar com TODOS NÓS!

Maura continua gritando, nisso ela subitamente se rebela, se desprende das cordas e

empurra Felipe no chão. Ela corre saindo da casa, ela entra num carro e pisa fundo

cantando pneu. Andrezza sai, sozinha e entra em seu carro acelerando. Felipe vendo.

ANDREZZA – CORRE MALDITA, CORRE MESMO! Afinal, um dia é da caça... O outro do

caçador!

CENA 13. AEROPORTO INTERNACIONAL. INTERIOR. NOITE

A música continua. Rosângela correndo pelo, ainda vestida de faxineira. Ela se

aproxima de um guinche desesperada, chorando. Gustavo atrás dela.

ROSÂNGELA – Pelo amor de Deus... Ajuda uma mãe desesperada! O voo pra Bolívia da

noite, me diz que ele não embarcou moça! POR FAVOR, ME DIZ QUE NÃO!

MOÇA – Sinto muito, há 10 minutos atrás ele levantou voo moça.

Rosângela chorando, incrédula, ela recua. Gustavo comovido a aborda.

GUSTAVO – Rosângela, tá tudo bem com a senhora? O que faz aqui?

ROSÂNGELA – Meu filho Gustavo... Mandaram meu filho pro tráfico de armas!

Rosângela chorando, Gustavo comovido a abraça, Rosângela pensando em Doddy.

CENA 14. AVENIDAS. EXTERIOR. NOITE

A música continua. Maura acelerando pisando fundo, fazendo ultrapassagens e

atravessando o sinal feito louca pelas avenidas de Brasília. Andrezza com seu coração

disparado, ela sorri doentiamente a perseguir a rival.

CENA 15. COBERTURA DE TÚLIO/ SALA. INTERIOR. NOITE

A música continua. A porta bate incessantemente, se escutam os berros de Maura à

porta. Túlio corre apressado e abre para Maura que entra intempestivamente.

MAURA – ME AJUDA TÚLIO... EU PRECISO TE DIZER UMA COISA, É VIDA OU MORTE!

Túlio corre até à frente de Maura. Andrezza correndo pelo andar de Túlio armada,

Maura parada perante Túlio, ela encara sua face e um filme passa em sua mente. Ela

de costas para a porta entreaberta, a arma engatilhada e Andrezza se aproximando.

TÚLIO – FALA LOGO MAURA! TÁ ME DESESPERANDO!

MAURA – É SOBRE SEU FILHO BIOLÓGICO TÚLIO! É SOBRE ELE!

A música ganha a cena. Maura respira fundo, Andrezza empurra a porta entreaberta

e dispara apenas um tiro pelas costas de Maura, seu corpo cai nos braços de Túlio.

TÚLIO – MAAAAAURAA!

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CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO