A carcinocultura catarinense. Um agricluster em formação? Francisco Gelinski Neto.

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A carcinocultura catarinense. Um agricluster em formação? Francisco Gelinski Neto

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A carcinocultura catarinense. Um agricluster em formação?

Francisco Gelinski Neto

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ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO

Informações geraisCaracterização agriclusterObtenção de dadosConstatações Conclusões/sugestões

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Criação de camarões marinhos é atividade de maior crescimento na aqüicultura mundial

10 principais produtores 1.189.982 t 1.877.231 ha BRASIL 60.000 t 7º produtor 11.000 ha 1º produtividade

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Brasil pós meados dos 90 Introdução do Litopennaeus

vannamei

Em 2002 +60.000 t US$ 200 milhões

7º produtor mundial em volume 1º do continente 1º em produtividade principal na pauta dos pescados

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3,617,26

15,00

25,12

40,00

60,00

1997 1998 1999 2000 2001 2002

ton

/ mil

Evolução da produção brasileira de Evolução da produção brasileira de camarão cultivadocamarão cultivado

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Nordeste 96% da produção Santa Catarina 3% Inicio atividade 1983 LCM/UFSC Retomada 1998 Camarão branco do pacífico Programa Estadual de Cultivo de

Camarões Marinhos - EPAGRI Setor da maricultura que mais cresce

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1.650,00

609,00

190,18 69,77 50,00

1998 1999 2000 2001 2002

ton

/ m

il

Evolução da produção catarinense Evolução da produção catarinense de camarão cultivadode camarão cultivado

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4 9 23 45 6336 104273

575

870

70190

607

1900

3.500

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

1998/1999 1999/2000 2000/2001 2001/2002 2001/2003

Pro

du

ção

(t)

fazendas

Área (ha)

produção(t)

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A receita estimada aos produtores 2002 = R$ 17 milhões

Núcleos de produção 1) Complexo lagunar – Laguna,

Jaguaruna, Imbituba e Imaruí 2) Grande Fpolis – Paulo Lopes,

Biguaçú e Tijucas 3) Baía da Babitonga – São Francisco

do Sul, Araquari e Barra do Sul.

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CARACTERIZAÇÃO DAS FAZENDAS

Pequenas < 10 ha 39%

Médias 10 a 30 ha 47%

Grandes > 30 ha 14%

Regiões safra 2003/2004

Laguna 63 fazendas 939 ha 78%

Fpolis 6 fazendas 100 ha 8%

Joinvile 8 fazendas 161 ha 13%

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CARACTERIZAÇÕES AGRICLUSTER/COMPETITIVIDADE

Agricluster “(...) concentrações geográficas de

empresas de determinado ramo do agribusiness e companhias correlatas. Estas podem ser, por exemplo, fornecedores de insumos especiais ou provedores de insumos especiais ou provedores de infra-estrutura especializada”. (Wedekin, 2001, p. 42).

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“Um dos grandes benfícios da aglomeração de empresas concorrentes na localidade é a enorme pressão competitiva existente entre elas. A competição favorece a comparação, a mensuração do desempenho, a melhoria contínua e a busca permanente da inovação. Mas a presença de concorrentes lado a lado cria também a necessidade de cooperação em torno de uma agenda comum, de sorte a enriquecer a posição do agricluster local frente a seus concorrentes nas economias nacional e global”. Wedekin (2002, p. 45)

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AS TRÊS ESTRATÉGIAS GENÉRICAS PARA FORTALECIMENTO DE POSIÇÕES COMPETITIVAS

1) liderança de custo;

2) diferenciação de produtos e serviços;

3) estratégia do enfoque;

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Liderança de custo

Eficiência dos agentes na cadeia: dos fornecedores de insumos aos comercializadores

gestão na operação da fazenda

racionalização no uso de rações

definição momento da despesca

acionamento dos aeradores

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PARCERIA PARA AGREGAÇÃO DE VALOR

Consumidor

atacadista & varejista

indústria de processamento (bens finais)

processador primário

produtor rural

distribuidor de insumos

Indústria de insumos e máquinas

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Diferenciação de produtos e serviçosProduto de qualidade

tamanho/ aspecto

processamento

Estratégia do enfoqueMercado interno X externo

estudo de mercado

o quê efetivamente o consumidor quer

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O Agricluster e o desenvolvimento local   Wedekin (2002) considera que o

desenvolvimento da agricultura e do agribusiness avança em ondas evolutivas conforme avançam as incorporações de inovações e intensificam-se as atividades, melhorias de infra-estrutura e processamento entre outros.

Os agriclusters representam a terceira onda evolutiva do desenvolvimento local.

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O desenvolvimento de agriculusters de terceira geração depende da coordenação dos sistemas produtivos e da amplificação das relações horizontais e institucionais.

Agora o desafio é organizar os agentes econômicos do agronegócio local e regional para desenvolver ações de planejamento, organização e coordenação das cadeias produtivas locais e regionais na direção dos agriclusters.

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O objetivo é claro: eliminar desperdícios e vazamentos que reduzem a renda dos agentes econômicos e seu poder de competição frente aos concorrentes. Identificados os fatores críticos e as oportunidades, o passo seguinte é a articulação e o desenvolvimento de um plano de ação local e regional.

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OBTENÇÃO DE DADOS entrevistas 1a. Semana de novembro técnico local da EPAGRI, presidente do núcleo sul da ACCC, produtores de camarão, presidente da Coopersanta, dois empresários comercializadores engenheiro de aqüicultura e administrador

de fazenda Coordenador do Programa estadual Painel temático IEL/SEBRAE/ADRAM em

12/11

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As maiores necessidades da cadeia de camarão

a) beneficiamento e industrialização

b)questão sanitária/ monitoramento sanitário, quanto a certificação de estabelecimentos

c) gerenciamento da atividade

d) falta de pós larva

 

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e) licenciamento ambiental e renovação

f) esquema conjunto de negociação e comercialização

g) organização dos produtores para comercializar

  

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As restrições/limitações à atividade

a) ambiental, a resolução 312 (CONAMA) alterações físicas

b)   altos custos terras c)  crédito insuficientes para implantar f) índice DBO muito elevado        

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Outros fatores desfavoráveis à atividade a)relação preços pagos preços recebidos

desfavorável b) tendência de queda de preços reais de

venda c) mercado interno, há sazonalidade de

preços d) IBAMA e área de entorno na região da

Baleia Franca multar os produtores

e) A lucratividade em queda

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elementos/fatores estimuladores/facilitadores

a) programa estadual de carcinocultura EPAGRI e a UFSC ;

b)  existência de técnicos;

c)   o perfil de produtores é heterogêneo;

d)  infraestrutura;

e)  temperatura suficiente dois ciclos ao ano;

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f)       lucratividade – o retorno ainda se dá em três anos;

g)      entidades política - ACCC e ABCC;

h)      “vazio sanitário” involuntário; i)        mercado interno grande;

j)        camarão catarinense de qualidade (é maior)

k)     Norma densidade ideal; l)        Portarias da CIDASC ;

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Elementos desejáveis para facilitar a atividade

nivelamento de conhecimento das autoridades fiscalizadoras normatizadoras. Maior número de técnicos da EPAGRI. Técnico exclusivo.Melhor treinamento dos recém formados.Maior cuidado pelos comercializadores na despesca. Estabelecer algum esquema de classificação.Verificar viabilidade de mercado para produto diferenciado por tamanho.Treinamento e melhoria nos controles gerenciais da atividade.Criação de cooperativa para melhorar a comercialização.

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Tendências e perspectivas

a) mercados mais exigentes produto com agregação de valor

b) mercado americano restritivo acirramento da concorrência interna

c)  área potencial de 4000 hectares

d)  abertura de mercado em grandes cidades brasileiras

 

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e) oferta de produto tamanho extra e de origem certificada (diferenciado);

f)   fortalecimento do associativismo

g)  incorporação de outros atores

h)   consorciamento de ostras na criação

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CONCLUSÕES/SUGESTÕES Os elementos coincidentes das entrevistas

e painel temático são:

1) Necessidade de gerenciamento visando reduzir custos de produção

2) melhorar a comercialização, trabalhar aqui o foco estratégico e desenvolver novos canais de escoamento do produto

3) organizar os produtores via cooperativa fortalecendo a comercialização e processamento

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4) buscar adaptação da legislação ambiental através de ação jurídica e política

OUTRAS SUGESTÕES

1) Trabalho em mutirão para classificação no momento da despesca

2) Criar e fortalecer marca camarão de laguna

3) Controle sanitário e de certificação sustentando credibilidade ao produto