A catedral – alphonsus de guimaraens
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A CATEDRAL – ALPHONSUS DE
GUIMARAENS
Beatriz Rodrigues
Grazielle Rodrigues
Nicole Mendanha
Sofia Mendonça
Vinicius Rafael
QUEM FOI ALPHONSUS DE GUIMARAENS?
Afonso Henrique da Costa Guimarães, de pseudônimo Alphonsus Guimaraens foi um escritor Brasileiro nascido em Ouro Preto, no dia 24 de julho de 1870, foi um escritor ao mesmo tempo neo romântico e Simbolista.
Veio a falecer em Mariana, no dia 15 de julho de 1921.
QUEM FOI ALPHONSUS DE GUIMARAENS?
Foi, em 1894, para São Paulo, onde
matriculou-se no curso de Direito, mas voltou
a Minas Gerais e formou-se em direito em
1894, na recém inaugurada Faculdade Livre
de Direito de Minas Gerais.
QUEM FOI ALPHONSUS DE GUIMARAENS?
Em 1899 estreou na literatura com dois volumes de versos: Septenário das dores de Nossa Senhora e Câmara Ardente, e Dona Mística.
Em 1900 passou a exercer a função de jornalista colaborando em “A Gazeta”, de São Paulo.
QUEM FOI ALPHONSUS DE GUIMARAENS?
Em 1902 publicou Kyriale, sob o pseudônimo
de Alphonsus de Guimaraens;
Foi nomeado para a direção do jornal político
Conceição do Serro, onde também
colaborariam Cruz e Souza e José Severino
de Resende.
QUEM FOI ALPHONSUS DE GUIMARAENS?
Em 1906, tornou-se Juiz Municipal de
Mariana, para onde se transferiu com sua
esposa Zenaide de Oliveira, com quem teve
15 filhos.
Ficou conhecido como "O Solitário de
Mariana” devido ao estado de isolamento
completo em que viveu dedicado às
atividades de juiz e à elaboração de sua
obra poética.
A CATEDRAL
Entre brumas ao longe surge a aurora,O hialino orvalho aos poucos se evapora,Agoniza o arrebol.A catedral ebúrnea do meu sonhoAparece na paz do céu risonhoToda branca de sol.
E o sino canta em lúgubres responsos:"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"
A CATEDRAL
O astro glorioso segue a eterna estrada.
Uma áurea seta lhe cintila em cada
Refulgente raio de luz.
A catedral ebúrnea do meu sonho,
Onde os meus olhos tão cansados ponho,
Recebe a bênção de Jesus.
E o sino clama em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"
A CATEDRAL
Por entre lírios e lilases desce
A tarde esquiva: amargurada prece
Põe-se a lua a rezar.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece na paz do céu tristonho
Toda branca de luar.
E o sino chora em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"
A CATEDRAL
O céu é todo trevas: o vento uiva.
Do relâmpago a cabeleira ruiva
Vem açoitar o rosto meu.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Afunda-se no caos do céu medonho
Como um astro que já morreu.
E o sino chora em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"
TÍTULO DO POEMA
O título foi escolhido de forma intencional por
Alphonsus para trazer uma visão
de religiosidade.
Catedral é um local onde há a busca pelo
divino, pela religião, sendo este tema
recorrente em sua poesia simbolista.
ASSUNTO ABORDADO
O poema descreve o decorrer de um dia, desde o amanhecer até a noite.
As ilusões do poeta têm início no amanhecer (juventude). À medida que o dia avança rumo à noite (maturidade), com o sono repleto de sonhos atormentados, as ilusões seguem crescentes, intensificadas pela dor e sofrimento.
FIGURAS DE LINGUAGEM
Aliteração: Refere-se aos sons repetidos de
consoantes.
“Por entre lírios e lilases desce”
“Entre brumas ao longe surge aurora”
Prosopopeia: Refere-se ao substantivo que
adquire características humanas.
“(...) paz do céu risonho”.
FIGURAS DE LINGUAGEM
Assonância: Consiste em repetir sons de
vogais.
“Onde os meus olhos tão cansados ponho”.
Onomatopeia: Reproduz um som com um
fonema ou palavra.
“Pobre Aphonsus! Pobre Aphonsus”.
FIGURAS DE LINGUAGEM
Anáfora: Repetição da mesma palavra ou
grupo de palavras no princípio de frases ou
versos.
“A catedral ebúrnea do meu sonho”.
CARACTERÍSTICAS SIMBOLISTAS
A musicalidade, o vago, o nebuloso, a
espiritualidade representada pela catedral.
Vestígios de situações vividas, que
Guimaraens tratou em seus versos de amor,
morte e religiosidade (morte de sua noiva
Constança).