A Cerca Do Caminho Chamado Heresia

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PREFÁCIO Meus principais pontos para escrever este volume são: 1. A Bíblia é a inspirada Palavra de Deus e contém tudo o que o homem precisa para compreender suas origens, o significado da existência, a pessoa de Deus e o meio de salvação; 2. O homem olhando para o homem (Humanismo), para compreender suas origens, o significado da existência, a pessoa de Deus e o meio de salvação é totalmente inútil em seus esforços. 3. A Bíblia chama Jesus Cristo de Pai na carne (João 14.9,10). O Pai, o Filho e o Espírito Santo são apenas ofícios de um único Deus, cujo nome revelado para a Igreja de hoje é Jesus Cristo. Sempre tem havido pessoas que acreditaram nisso, desde o início da Igreja Apostólica, no Dia de Pentecostes (Atos 2); 4. O Dogma Trinitariano veio do homem e não de Deus. Portanto, ele é Humanístico e não explica escriturísticamente a pessoa de Deus. O Autor 1

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PREFCIO

Meus principais pontos para escrever este volume so:

1. A Bblia a inspirada Palavra de Deus e contm tudo o que o homem precisa para compreender suas origens, o significado da existncia, a pessoa de Deus e o meio de salvao;

2. O homem olhando para o homem (Humanismo), para compreender suas origens, o significado da existncia, a pessoa de Deus e o meio de salvao totalmente intil em seus esforos.

3. A Bblia chama Jesus Cristo de Pai na carne (Joo 14.9,10). O Pai, o Filho e o Esprito Santo so apenas ofcios de um nico Deus, cujo nome revelado para a Igreja de hoje Jesus Cristo. Sempre tem havido pessoas que acreditaram nisso, desde o incio da Igreja Apostlica, no Dia de Pentecostes (Atos 2);

4. O Dogma Trinitariano veio do homem e no de Deus. Portanto, ele Humanstico e no explica escritursticamente a pessoa de Deus.

O AutorCAPTULO 1Introduo

Quatrocentos profetas disseram a uma s voz: Sobe, porque o Senhor entregar Ramote-Gileade nas mos do rei (I Reis 22:6). Josaf, rei de Jud, no se convenceu, mesmo depois desta elaborada demonstrao, e perguntou:No h aqui ainda algum profeta do SENHOR para o consultarmos? (I Reis 22:7). Acabe lamentou negativamente a cabea, e mandou seu inimigo, Micaas.

Depois de se preparar para dar uma boa resposta, Micaas, lisonjeiramente, respondeu a mesma coisa que os quatrocentos: Sobe, porque o Senhor entregar Ramote-Gileade nas mos do rei. Mas, quando posto sob juramento para dizer a verdade, ele descreveu Acabe perdendo sua vida naquele encontro com a Sria. Ento, disse ele:Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que no tem pastor (I Reis 22:17). Acabe morreu, embora tentasse camuflar-se na batalha.

Esta histria ilustra um princpio importante. Nem sempre a opinio da maioria a verdadeira. Embora muitos apoiem uma teoria, aquela teoria no necessariamente certa. Na histria da Igreja tem havido muitos Micaas. Eles tm, na maioria das vezes, constitudo a minoria, mas isto no os tornou herticos.

Neste volume, ns iremos olhar a histria geral da Igreja, e alguma coisa mais. Este outro elemento (o algo mais) o Micaas da histria da Igreja, indivduos e grupos que rejeitaram as tendncias gerais da Igreja; homens que preferiram antes buscar a direo das Escrituras e de Deus, do que a de outros homens. verdade que eles foram a minoria, mas isto no quer dizer que eles estavam errados embora a maioria os rotulasse de hereges, o que fazem ainda hoje.

O Humanismo e a IgrejaAs bases filosficas so muito importantes. muito mais significativo olhar para os eventos histricos, quando percebemos as bases filosficas por trs deles. Para simplificar as coisas, podemos dizer que sempre tem havido duas bases filosficas na histria humana. Elas so muito importantes para o nosso estudo da histria da Igreja.

A primeira delas, pode provavelmente ser melhor representada pela filosofia de Plato (filsofo da Grcia Antiga). Plato enfatizou a importncia do ideal ou universal em sua compreenso da existncia do mundo. A maior realizao do homem teria sido sua habilidade de aderir a estes ideais imutveis (por exemplo, coragem, honestidade, pacincia, etc.). a partir da ele poderia melhorar-se e identificar-se com conceitos imortais. Esta filosofia, embora no crist, pode ser favoravelmente comparada ao cristianismo. No Cristianismo, ns encontramos um livro onde esto os princpios ideais e absolutos pelos quais o homem deve viver. Ns tambm vemos uma afirmao definida da existncia de um Ser Todo Poderoso que criou o mundo material.Como segunda base filosfica, vamos considerar aquela que tem sido seguida pela maioria da humanidade. As ideias de Aristteles (discpulo de Plato) podem ser usadas para descrever esta filosofia, j que Aristteles enfatizou o mundo material. O pice do comeo do mundo foi o homem. O homem foi o ponto mximo da criao. Aristteles defendia alguma crena em uma origem divina, mas seu Deus era impessoal e podia ser melhor descrito como pantestico.

Olhando para o desenvolvimento da Histria e da atualidade, ns vemos uma tendncia para a maneira de pensar de Aristteles. Hoje ns chamamos isto de Humanismo. A nfase est nas habilidades de realizao do homem. Deus ignorado (no existe), ou colocado em segundo plano. O triste resultado desta base filosfica que aquele que nela se apoia encontra-se tateando nas trevas, buscando respostas para as questes mais bsicas. Ele no consegue encontrar nenhuma razo para a sua existncia.

Quando o homem pensa que autnomo, ele olha para si mesmo e/ou para os outros homens, para tentar compreender a razo das coisas que o rodeiam. Mas, como est restrito a um mundo material, ele corre para uma parede de tijolos, por assim dizer, quando tenta encontrar um significado para sua existncia. Inclusive o pago, com seus dolos, est simplesmente aceitando uma soluo fabricada pelo homem, para explicar sua existncia e a de tudo o que est em sua volta. O Humanismo, acompanhado pela Teoria da Evoluo, tem feito a mesma coisa.O fato importante que ns devemos reconhecer quando consideramos tudo isto luz da Histria da Igreja este: Na Igreja, a tendncia da maioria, depois dos primeiros dois ou trs sculos, foi seguir a teoria que no tomava a Bblia como sua mxima autoridade. As decises dos conclios e dos papas foram colocados acima da Bblia, em importncia. Consequentemente, com a interveno do homem, o Humanismo ameaava entrar na Igreja. Os homens aceitavam cegamente as normas do homem, ao se conformarem com as decises dos conclios da Igreja. claro que a Igreja afirmava que aqueles dogmas vinham de Deus, mas de eles vinham, na realidade?Considere isto:

A mdia das pessoas jovens hoje cresce em um ambiente humanstico. Os jovens so ensinados, nas escolas pblicas, a no acreditarem na existncia de Deus. Mesmo que ele frequente uma igreja, ela provavelmente daquelas que no mencionam nada sobre uma experincia real e pessoal com Jesus Cristo, como tinha a Igreja Primitiva. Eles ficam desiludidos, ao procurarem os valores absolutos pelos quais viver. Ento eles se voltam para as drogas, para o ocultismo, a imoralidade, a mentira, o roubo, religies orientais, etc. Isto exatamente o que temos hoje. As pessoas que esto no poder no conseguem compreender o que est errado. Eles poderiam compreender, se olhassem objetivamente para a base filosfica que est por trs de quase todas as influncias sobre o nosso povo jovem. uma base destituda de Deus e de significado. As regras de conduta so arbitrariamente baseadas nos prprios caprichos e fantasias do homem. No existem absolutos.Qual a soluo?

Se o Humanismo pode ser encontrado na Igreja, que alternativas nos restam? Devemos simplesmente nos resignar na apatia? Ou, pior ainda, devemos nos tornar suicidas?No! Ns ainda temos a Bblia e h ainda igrejas que se levantam pela verdade.

O maior mandamento da Bblia afirma que h somente um Deus, e nossa obrigao e privilgio am-lo de todo o nosso pensamento, alma e foras. Jesus disse:Vinde a mim os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. O Reino de Deus permanece intacto, desde o Dia de Pentecostes (Atos 2), e desde ento seus adeptos tm obtido justia, paz e alegria no Esprito Santo em todas as geraes. No se deixe vencer por este mundo depressivo. Volte-se para o Deus Vivo e nosso Salvador, Jesus Cristo. O Dogma Trinitariano

A Igreja tem sofrido muitos revezes, mas o pior deles tem constantemente sido o homem ter sado fora da Palavra de Deus. Isto foi exatamente o que Satans fez no Jardim. Ele seduziu Eva a sair da zona de segurana da Palavra de Deus e ir para o mundo do pecado. A Igreja no precisa de nada fora da Bblia para sustentar seus credos e dogmas. A Sagrada Escritura tudo o que precisamos, porque ela foi e inspirada por Deus.A grande injustia do Sculo IV e dos sculos subsequentes foi terem os lderes da igreja ido buscar sua autoridade fora da Bblia. Percebe-se claramente que o que eles fizeram foi a mesma coisa que Satans fez. Heresias destruidoras comearam a entrar na Igreja. A maior delas foi a doutrina da Trindade. Esta doutrina no se encontra nas Escrituras! Ela se encontra num credo estabelecido pelos homens com uma quase total desconsiderao pelas Escrituras. Seu falar foi emprestado do paganismo.

O ponto que o homem olhando para o homem sempre termina em confuso. O homem olhando para Deus e Sua Palavra sempre termina em harmonia e correta direo. A doutrina trinitariana foi formulada por homens.Desde a formulao do dogma trinitariano, em 381 a.D., a Igreja Catlica tem perseguido e condenado qualquer um que a questione. No importa que o dogma tenha vindo dos homens. Pretendendo ser a representante de Deus, a Igreja reivindicava autoridade para condenar as pessoas por simples rejeio a seus dogmas manipulados por homens. Fazendo da negao do dogma trinitariano uma ofensa passiva de morte, eles revelaram seus coraes. O Novo Testamento nunca deu licena para matar. Nem tampouco sancionou ele torturas. A Igreja no conhecia nada alm de perseguio. Depois do terceiro sculo, eles viraram a mesa. A Igreja Catlica tornou-se a perseguidora e os verdadeiros crentes foram torturados secretamente e chamados herticos.As doutrinas da Trindade, Mariolatria, Veneraco de Santos, etc., no vieram de Deus, mas do homem. Elas podem, por isto, ser consideradas Humansticas.

Quem foi Jesus Cristo?

Certamente, o indiscutvel personagem central da Bblia Jesus Cristo. H numerosas profecias concernentes a Ele no Velho Testamento e Ele, definitivamente domina o Novo. Por causa da importncia de Jesus Cristo, essencial, para ns, ter um entendimento prprio de quem Ele .H trs correntes bsicas de pensamento referentes a pessoa de Jesus Cristo. Apenas uma delas escrituristicamente correta. As outras duas consistem de concepes errneas. Este volume apoia a verdadeira concepo de Cristo e prova sem qualquer sombra de dvidas sua anterioridade, com relao s outras duas, dentro do perodo histrico do cristianismo.A primeira concepo de Cristo pode ser simplesmente declarada. O Apstolo Paulo colocou isto muito adequadamente quando escreveu: "nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade." (Colossenses 2:9). Com esta breve poro das Escrituras, vamos abrir nossos olhos e ver a tolice de representar Cristo como sendo qualquer coisa menos do que Deus mesmo em carne.Em segundo lugar, temos a escola que faz de Cristo um simples homem adotado por Deus para efetuar a redeno. Isto apenas supostamente confirma o monotesmo judeu, e no somente destri o significado de Deus vindo Ele mesmo para a terra, como tambm diminui o ato da redeno, fazendo dele um ato de um homem.Em terceiro lugar, temos a teoria que tem sido adotada pela maioria das igrejas no mundo hoje. Esta teoria muito confusa. Ela declara que a segunda pessoa de um Deus trino veio para a terra, e realizou o trabalho da redeno da raa humana. Esta linguagem no pode ser encontrada nas Escrituras. Ela se encontra no credo de Atansio. Ela foi apoiada pela Igreja Catlica desde a sua formulao (provavelmente no sexto sculo), e pretende oferecer vida eterna aos seus seguidores e condenao eterna aqueles que o negarem.Minha posio que a primeira destas trs teorias e a nica escrituristicamente correta. Atravs da histria, ela tem sido rotulada de Monarquianismo Modalstico, Patripassianismo, Sabelianismo, etc. Neste livro ns iremos estudar sobre corajosos homens e mulheres que defenderam suas crenas bblicas, em face de severas perseguies. Sempre tem havido pelo menos uns poucos em cada sculo, desde o comeo da Igreja.

Mais da Pessoa de Cristo

Quando perguntado sobre qual era o mais importante dos mandamentos. Jesus respondeu:"O principal ; Ouve. Israel o Senhor, nosso Deus. o nico Senhor! Amars, pois, o Senhor, teu Deus de todo o teu corao, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua fora." (Marcos 12:29,30).A coisa mais importante para nos compreendermos sobre Deus e que Ele mesmo vestiu-se de carne e nos trouxe a salvao. O Deus invisvel tomou a carne visvel na pessoa de Jesus Cristo. Jesus no era outro seno o Pai na carne. "Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, h tanto tempo estou convosco, e no me tens conhecido? Quem me v a mim v o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?" (Joo 14:8,9).Dizer que Jesus Cristo algum mais que no o Deus do Velho Testamento e negar a autoridade das Escrituras.- "Eis que a virgem conceber e dar a luz um filho e lhe chamar Emanuel." (Isaas 7:14 e Mateus 1:23).- ''Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo est sobre os seus ombros; e o seu nome ser: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Prncipe da Paz;" (Isaas 9:6).- "Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus." (Isaas 40:3).Dizer que "O Filho Eterno" desceu e fez-se carne, em lugar de Deus mesmo fazer- isto ridculo. Em nenhum lugar nas Escrituras pode tal terminologia ser encontrada. O que se encontra nas Escrituras no nos permite nenhuma separao entre Jeov e nosso Salvador.- ''Ento, disse Maria ao anjo: Como ser isto, pois no tenho relao com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descer sobre ti o Esprito Santo, e o poder do Altssimo te envolver com a sua sombra; por isso, tambm o ente santo que h de nascer ser chamado Filho de Deus." (Lucas 1:34,25).- "Declarai e apresentai as vossas razes. Que tomem conselho uns com os outros. Quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde aquele tempo o anunciou? Porventura, no o fiz eu, o SENHOR? Pois no h outro Deus, seno eu, Deus justo e Salvador no h alm de mim. Olhai para mim e sede salvos, vs, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e no h outro." (Isaias 45:21,22).- "Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim no h Salvador." (Isaas 43:11).

- "Todavia, eu sou o SENHOR, teu Deus, desde a terra do Egito; portanto, no conhecers outro deus alm de mim, porque no h Salvador, seno eu." (Osias 13:4).Os assim chamados homens sbios desviam-se da simplicidade disto. Eles desejam confundir o assunto, fazendo dele um tema de debate intelectual Pretendendo ser sbios, eles provam-se tolos, por andarem fora do caminho seguro da linguagem das Escrituras.Jesus no atacou as iniquidades do governo romano, nem os principais temas sociais do dia. Mas Ele tinha muito o que dizer sobre os escribas e fariseus (lderes religiosos). Em pungente reprovao, Ele lhes disse:E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa das vossas tradio...mas em vo me adoram, ensinado doutrinas que so preceitos de homens. (Mateus 15:6,9).No justo dizer que aqueles que aceitam o Credo de Atansio esto tornando o mandamento de Deus de nenhum efeito, substituindo-o por suas tradies? No verdade que a maioria da cristandade ensina como doutrinas os mandamentos dos homens? Se a resposta para a pergunta acima for "sim", eu lhe pergunto com toda a honestidade: Jesus Cristo mudou? Cristo ainda pensa da mesma maneira sobre tal hipocrisia? Se sim, ns precisamos por de lado este peso de tradies e doutrinas de homens e reconhecer Jesus Cristo como nosso nico Deus e nosso Redentor.

O Testemunho de Pedro e Paulo

Para provar que a Igreja Primitiva no era humanstica, e exaltava Jesus Cristo acima de tudo, vamos dirigir nossa ateno para dois dos maiores apstolos.

Pedro

Como qualquer um que procura um emprego sabe a perspectiva do empregador, invariavelmente, e olhar para o candidato que tem experincia passada. Quando consideramos a posio de Apstolo, precisamos admitir que ela requeria uma pessoa excepcional. E mais, quando olhamos para as qualificaes de Pedro, na minha opinio, ns nos confrontamos com inconsistncias bvias. Antes de mais nada, seu emprego anterior, como um pescador, dava-lhe poucas indicaes de habilidades para ser um grande lder, cristo. Ele no era um homem bem educado. Seu carter poderia provavelmente ser melhor descrito como impetuoso e um pouco presunoso tambm. Voc diz: esquea este candidato e passe para o prximo. Mas, espere; ainda no acabamos. Provavelmente a ao de Pedro que mais poderia t-lo desqualificado para ser um Apstolo foi sua negao de Cristo. Depois de presunosamente afirmar categoricamente que permaneceria com Jesus at o fim (Mateus 26:33), ele, poucas horas depois, negou ter qualquer relacionamento com Cristo (Joo 18:25). Voc por certo pensaria que aquele homem jamais poderia tornar-se um grande lder. Todavia, com toda a sua fraqueza e falta de habilidades, Pedro tornou-se o "Orador do Reavivamento" do Dia de Pentecostes, registrado em Atos, captulos um e dois. Como pode este homem, que no tinha nenhuma experincia passada, permanecer diante de milhares de pessoas, proclamando que eles eram responsveis pela morte de Cristo? Como pode ele, com grande firmeza, exortar o povo ali, depois de terem dito: "Que faremos?" (Atos 2:37), dizendo: "Arrependei-vos, e cada um de vs seja batizado em nome de Jesus Cristo para remisso dos vossos pecados, e recebereis o dom do Esprito Santo." (Atos 2:38)?

A nica concluso a que podemos chegar e que Pedro foi inspirado por uma fora exterior. Ningum poderia honestamente dizer que ele tinha em si mesmo as qualidades para ser um grande apstolo. Ele tornou-se um inflamado evangelista somente depois de ter sido cheio com o Esprito de Deus (Atos 2:4). O Esprito de Cristo trabalhou atravs dele, para trazer milhares de pessoas a semelhante experincia. Isto pe completamente abaixo a torre das pretenses erguida pelos humanistas seculares de hoje. Se o Apstolo Pedro precisou do Esprito Santo enchendo-o, para viver para Deus, quem somos ns para dizer que podemos ser cristos sem Ele? Se no existe tal coisa como a experincia do novo nascimento, como podemos explicar a mudana de Pedro humanisticamente? Como explicaremos sua intrpida proclamao da divindade de Jesus Cristo em face de duras perseguies? A nica explicao o poder de Deus trabalhando atravs de Pedro.

Paulo

Paulo outro exemplo da mais inverossmil pessoa para calar os sapatos de um Apstolo de Jesus Cristo. Por alguma razo, ele no queria se associar, por qualquer meio ou forma, com os seguidores de Cristo. Ele viu este novo "culto" como uma perigosa fora para minar a religio hebraica dos seus dias. Consequentemente, ele perseguiu aqueles primeiros seguidores de Cristo severamente (Atos 8:1-3). Ele aprovou a morte de Estevo,o primeiro mrtir cristo, enviou muitos para a priso, simplesmente por acreditarem em Cristo. Seu dio veemente pelos cristos foi to grande que, depois de descobrir sobre um grupo deles que se achava em Damasco, ele obteve autorizao do sumo sacerdote em Jerusalm, para ir l e prend-los. Este homem pareceria ser o ltimo provvel a ser um seguidor de Cristo, quando ele propositadamente se aproximava de Damasco. Mas, no caminho, Paulo caiu por terra ao brilho de uma luz a sua volta. Ele ouviu uma voz dizendo: "Por que me persegues?" (Atos 9:4). Paulo humilhando-se e percebendo que somente Deus poderia ter feito tal coisa, pergunta: "Quem s tu Senhor?" Jesus responde, e Paulo fica, em curtssimo espao de tempo, totalmente convencido de que Jesus e o Messias de Israel. Ele est convencido de que Jesus Deus. Logo depois Paulo batizado e recebe o dom do Esprito Santo (Atos 9:17, 18). Ele confunde os judeus de Damasco, quando comea a pregar Cristo em suas sinagogas. Como pode Paulo fazer tal viravolta, tornando-se de perseguidor a perseguido (Atos 9:1, 23)? Isto no pode ser explicado humanisticamente. Homens no mudam to rpido, sem uma influncia externa. Paulo, tal como Pedro, precisou do Esprito Santo em sua vida (Atos 9:17). Sem Deus, eles eram maus, mas com Deus eles tinham poder para fazer o bem. Se estes grandes homens da Bblia precisaram da experincia de Atos 2:38, quem somos ns para dizer que dela no precisamos? Nem Pedro, nem Paulo escreveram nada sobre a doutrina trinitariana em suas epstolas.CAPTULO 2

O Segundo Sculo

Introduo

Depois da morte de Joo, o Evangelista (100 a.D.), a Igreja estava forte, mas sem problemas. Heresias estavam surgindo de dentro dela. Um crescente antagonismo vindo de fora estava fermentando, medida que os romanos viam que o cristianismo no era apenas um ramo do judasmo. Esta era uma nova religio, com prticas que eram antagnicas cultura e religio romanas.

Roma e os CristosA religio de Roma era politesta. Seus deuses constituam o que pode ser chamado uma enfatuada imagem da raa humana. Estes deuses podiam manifestar todas as aes e pensamentos comuns ao homem. Eles podiam ser bons e podiam ser maus. Na cultura romana no havia absolutos. Dificilmente havia alguma real concepo do certo e do errado. O homem era governado por suas prprias limitaes e os deuses simplesmente representavam uma expanso da humanidade, sendo, portanto, tambm finitos. O maior desejo de Roma, no segundo sculo e at a sua queda (500 a.D.) era manter o Imprio intacto. Isto se tornou mais e mais difcil, com diferentes faces surgindo e a consequente confuso que isto criava. medida que isto acontecia, o povo, por necessidade, dava ao imperador mais e mais poder. Embora as regras autoritrias no fossem desejveis, isto temporariamente trouxe unidade para o Imprio ameaado.Com o regime totalitrio veio a preveno contra qualquer coisa que fosse hostil a ele. E aqui onde o cristianismo entra em cena. Foi dado tanto poder ao imperador, que o povo foi forado a reconhec-lo como um deus. Isto, naturalmente, era considerado idolatria pelos cristos, que adoravam somente um Deus, em Jesus Cristo. Embora no houvesse perseguio generalizada antes de 250 a.D., ns podemos ver, no segundo sculo, o conflito que viria naturalmente, como resultado de tudo isto.O cristianismo, com suas crenas absolutas na existncia de um nico e verdadeiro Deus e sua distino definida entre o certo e o errado, estava diametralmente oposto a cultura romana. Os cristos jamais teriam sido considerados criminosos, caso tivessem eles adorado a ambos: Cristo e o imperador. Mas, porque eles no se curvaram a ningum, a no ser Cristo, eles foram considerados atestas e anarquistas. Roma caiu, enquanto o cristianismo continua vivo at hoje.

Gnosticismo

Ensinamentos herticos e falsos profetas no so coisa nova, o quadro da histria revela repetidamente a sua presena. O gnosticismo representa, provavelmente, o primeiro grande desvio dentro da comunidade crist. Ele prevaleceu largamente na sia Menor nos primeiros anos do segundo sculo, e alcanou o seu ponto mximo de influncia entre os anos 13 5 e 160 a.D.A palavra "gnosticismo" significa conhecimento. O conhecimento, segundo os gnsticos, era mstico ou sobrenatural, e eles pretendiam ser os nicos que o possuam.3 Todas as outras pessoas estavam nas trevas. Dizendo que podiam entender os mistrios aos quais os outros no tinham acesso, os gnsticos mantinham-se separados, como se estivessem em outra dimenso, e faziam-se, na realidade, iguais a Deus.

Deuteronmio 29:29 diz: "As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porm as reveladas nos pertencem, a ns e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei." O mistrio de um Deus vivo totalmente revelado na pessoa de Jesus Cristo e nas Santas Escrituras. ''Evidentemente, grande o mistrio da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em esprito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glria." (I Timteo 3:16).Outra caracterstica deste grupo foi que eles achavam que qualquer coisa material era m. O mundo da matria era constitudo somente do mal e somente era bom o que era espiritual e o que no se podia ver. Isto no nada ortodoxo, especialmente luz das Escrituras, que dizem que o cristo o templo do Esprito Santo (I Corntios 6:19). Eles propagavam um extremo ascetismo e requeriam o celibato (ver I Timteo 4:1-3 na parte inicial). Este aborrecimento pela matria provavelmente gerou a prxima e mais importante doutrina dos gnsticos.Eles pregavam que Cristo no estava efetivamente em carne quando veio viver na terra. Eles provavelmente raciocinavam que, como Cristo era perfeito e sem pecado, e a carne (matria) pecadora por natureza. Cristo no poderia ter assumido a carne. Esta crena chamada Cristologia Doctica. As Escrituras no silenciam acerca desta doutrina, mas falam fortemente contra ela. "Porque muitos enganadores tm sado pelo mundo fora, os quais no confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim o enganador e o anticristo." (2 Joo 7; ver tambm 1 Joo 4:2,3).Montanismo

Outro movimento que invadiu a Igreja do segundo sculo foi o Montanismo. Ele espalhou-se muito rapidamente pela sia Menor. Tanto que os pastores daquela rea se uniram e realizaram snodos denunciando a heresia.Montanus, da Frgia, na sia Menor, por volta de 156 a.D, declarou ser o porta-voz do Esprito Santo. Tudo indica que ele deve ter-se colocado em p de igualdade com Deus. Ele proclamou que a Segunda Vinda de Cristo estava s portas, e requeria estrito ascetismo de seus seguidores. Seus adeptos foram incentivados a praticar o celibato (ver I Timteo 4:1-3), jejuar e abster-se de carne.A Bblia afirma categoricamente que nenhum homem sabe quando Jesus vai voltar (Mateus 25:13). Montanus colocou-se acima da autoridade das Escrituras, ao dizer que a Segunda Vinda de Cristo estava para acontecer naqueles dias.Para completar, iremos simplesmente citar I Timteo 4:1-3, para mostrar que, aos verdadeiros crentes, foram dadas profecias sobre este movimento e o gnosticismo, antes que eles surgissem.Absoro pelos Lderes da Igreja

Estudando os escritos dos lderes da igreja do segundo sculo, ns nos confrontamos com uma dificuldade maior. Muitos dos escritos atribudos a homens como Policarpo, Clemente de Roma e Incio eram esprios. Eles foram escritos por outras pessoas, e em datas posteriores s que lhes foram atribudas.Muitas pessoas usam Incio para apoiar o ponto de vista Trinitariano. Eles foram forados a parar quando descobriram que aqueles escritos que eles estavam usando para apoiar a Trindade e a Mariolatria no tinham sido escritos por Incio ou qualquer outra pessoa no segundo sculo.Eu creio que alguns dos escritos atribudos aos pais apostlicos eram genunos. Os que o so no apoiam a maioria das doutrinas catlicas. Antes eles apoiam as santas Escrituras.Clemente fala dos "sofrimentos de Deus", quando se refere morte de Jesus Cristo na cruz. De acordo com ele, a Igreja o rebanho de Cristo, e Ele o seu Senhor. Ele exalta Jesus Cristo grandemente.Incio assevera a importncia da obrigao da Igreja de representar Jesus Cristo apropriadamente ao mundo. Sobre a encarnao, ele diz: "Nosso Deus, Jesus o Cristo, foi concebido no ventre de Maria, de acordo com a dispensao." Ele fala da "paixo do meu Deus", "o sangue de Deus", e "Jesus Cristo nosso Deus." "H um Deus que manifestou-se atravs de Jesus Cristo".O escritor de "A Segunda Epstola de Clemente" diz que: "Cristo, sendo originariamente esprito, tornou-se carne."Policarpo, na sua epstola, nos fala da "vinda de nosso Senhor em carne."12

Durante o segundo sculo, havia apenas uma pequena controvrsia sobre a pessoa de Cristo. Entre os verdadeiros cristos repousava a crena comum na divindade de Cristo. A exaltao de Cristo era exuberante, e a igreja crescia grandemente.

Concluso

Os romanos, gnsticos e montanistas representaram reais ameaas para a igreja crist do segundo sculo. Mas, genericamente falando, a igreja foi capaz de superar estes ataques. O maior teste ainda estava por vir.Lderes piedosos proclamaram basicamente a mesma mensagem que os apstolos. Perto do final do segundo sculo, a maior parte do Novo Testamento, como o conhecemos hoje, estava canonizada.Certamente a Igreja tinha todas as ferramentas para ser uma Igreja forte, mas a oposio f, uma vez iniciada contra os santos, estava se avolumando.Ns vemos, tambm neste sculo, crescer a importncia de Roma. "Irineu de Lion, escrevendo sobre o ano 185, representou o sentimento comum do Ocidente do seu tempo, onde ele no somente retrata a Igreja Romana como fundada por Pedro e Paulo, mas declara que ' necessrio que cada igreja concorde com esta igreja'." "Eram opinies como esta que diminuam a influncia das outras grandes cidades crists do Imprio (Jerusalm, Antioquia, feso e Alexandria), e que cotocavam o fundamento para os excessos que ns vemos sculos mais tarde e mesmo hoje. A injustificada exaltao de Roma e do Bispo de Roma foi a pedra fundamental para a apostasia da Igreja.CAPTULO 3

O Terceiro Sculo

Introduo

A igreja do terceiro sculo experimentou um grande crescimento. A Organizao colocou mais e mais poder nas mos dos seus lderes. Infelizmente, medida que se espalhava, crescia tambm a tendncia de mundanidade. Isto levou a Igreja a comprometer os ensinamentos da Igreja primitiva. As obras do Esprito de Deus dentro da Igreja se tornaram uma tradio. O formato de adorao foi pouco a pouco sendo influenciado pelo modelo de religies misteriosas. Coisas tais, como batismo de infantes, foram entrando na igreja (esta prtica no era universal at o sexto sculo). O Senhor no tinha retornado, e a urgncia de estar logo com Deus j no era sentida como no princpio.Embora as perseguies tenham tomado mrtires muitos fiis, a Igreja, como um todo, estava rumando para uma fatdica unio com a mundanidade e o Estado.

A Igreja e o EstadoO terceiro sculo viu um grande crescimento para a Igreja. Todos os grandes grupos lingusticos do Imprio Romano tinham adeptos do cristianismo. Um cristo que viajasse para qualquer rea do grande Imprio poderia, com certeza, encontrar amigos. Embora o evangelismo tivesse muito sucesso e a igreja tivesse muito com que se regozijar, este foi tambm um sculo de severas perseguies.O cristianismo era considerado ilegal, embora alguns imperadores fossem tolerantes. Os imperadores, tais como Dcio (249-251). que perseguiu a igreja, o fez com grande severidade.

Este dio manifesto pelo cristianismo continuou at o ''Edito de Milo" em 313, quando Constantino e Licnio concordaram em suspender as perseguies aos cristos.Orgenes

Receber uma experincia espiritual de mudana de vida e ser intelectual pode tornar qualquer homem uma forte fora para o bem. Mas, ter inteligncia sem uma revoluo espiritual pode ser bastante destrutivo. Este foi o caso de Orgenes.Ele estudou a Bblia, tanto quanto a filosofia. Os frutos de seu aprendizado o colocaram como um dos homens mais importantes de sua poca. Tentando harmonizar as Escrituras com os filsofos gregos, ele efetuou uma grande injustia, Sua nfase no foi posta na necessidade da experincia de uma mudana de vida com Deus. mas num raciocnio carnal das palavras de Deus.Embora ele tivesse se tornado um grande intelectual, seus ensinos fizeram muito pouco para ajudar a verdadeira Igreja do terceiro sculo. Sua sapincia poderia ter sido muito mais valiosa, tivesse ele enfatizado o novo nascimento espiritual, como o fez o Apstolo Pedro.Misturando a filosofia (sabedoria dos homens) com as Escrituras, Orgenes revelou-se como aquele sobre quem Paulo avisou em Colossenses 2:8: 'Tenham cuidado para que ningum os torne escravos por meio de argumentos sem valor, que vm da sabedoria humana. Essas coisas vm dos ensinos de criaturas humanas e dos espritos que dominam o universo e no de Cristo."Ele ensinou que todos sero finalmente salvos. Aqueles que so pecadores sero punidos, mas apenas de maneira a traz-los para uma restaurao. Isto contrrio s Escrituras, e no apresenta qualquer incentivo a uma vida santa.

Orgenes tornou-se o primeiro de muitos telogos que tm dependido da sabedoria dos homens, em vez de um entendimento espiritual comunicado por Cristo. O comando Voc precisa nascer de novo ecoa atravs dos sculos. Entretanto, tem cado em ouvidos surdos, e os homens continuam em sua ftil tentativa de servir a Deus sem a ajuda de Cristo habitando neles.

Tertuliano

Nascido provavelmente em Cartago, em 160 a.D, Tertuliano morreu algum tempo depois de 200 a.D. Filho de um centurio que servia ao procnsul da frica, ele recebeu boa educao, tornou-se um advogado. Diz-se que ele se converteu ao Cristianismo em 195 a.D, mas parece provvel que sua atitude, que pode melhor ser representada como rebelio, nunca tenha sido apropriada para um cristo.Um analista do sculo XX, Bernard Nisters, refere-se s caractersticas de um esquizoide ao falar do temperamento de Tertuliano, e sugere que o seu rigorismo, sua intolerncia, suas disputas dissidentes, e sua reao violenta s oposies aproximaram-se da paranoia.O que mais espantoso acerca deste homem que suas teorias sobre a divindade tenham sido grandemente adotadas mas tarde pela Igreja. Assim, a doutrina da Trindade, que doutrina fundamental da maioria das igrejas do mundo atual, traa sua histria a partir de um rebelde extremista, chamado Tertuliano.Tendo sido educado no nordeste da frica, ele provavelmente era familiarizado com o paganismo egpcio. O livro de Milne, A Histria do Egito, faz esta afirmao:E no improvvel que o desenvolvimento da doutrina da Trindade, que no parte do cristianismo judeu original, tenha se formado sob influncia egpcia; j que toda a teologia egpcia mais antiga inteiramente permeada com a ideia de uma divindade tripla, como visto nos trduos de deuses que as vrias cidades adoram, e no nomes trplices, representando trs diferentes aspectos da mesma personalidade sob a qual cada deus pode ser apresentado. Se o paganismo egpcio influenciou Tertuliano ou no especulao. Contudo a afirmao acima digna de considerao.

O tratado de Tertuliano, Contra Praxeas, demonstra sua prpria teoria no ortodoxa da divindade. Praxeas foi um lder da verdadeira Igreja de seus dias (fim do segundo e incio do terceiro sculos). Ele mudou-se da sia Menor para Roma cerca de 200 a.D, e desenvolveu uma boa camaradagem com o bispo (Eleutrio ou Vitor). Ao entrar o terceiro sculo, a maioria das igrejas acreditava na unicidade da divindade, como admite o prprio Tertuliano. A doutrina oficial de Roma, de acordo com Harnack, era aquela que Praxeas ensinou: Jesus era Deus em um corpo humano. Tertuliano refere-se acintosamente ao latim em Contra Praxeas. Depois de visitar Roma, Praxeas viajou para Cartago, onde defendeu a ortodoxia de Deus em Cristo.Lendo Contra Praxeas, de Tertuliano, conclumos que ele via a divindade como um trduo descendente: O Pai, o Filho e o Esprito Santo. O Filho, ele compara com a palavra ou sabedoria de Deus; e o Esprito Santo, que guia verdade, procede do Pai. Aqui esto algumas afirmaes de seu trabalho:Agora, observe minha assero que o Pai um e o Filho um, e o Esprito Santo um, e que eles esto distintos um do outro... Assim o Pai distinto do Filho, sendo maior do que o Filho, uma vez que aquele que gerou um e o que foi gerado outro... E mais, nestas citaes, a distino (personalidade da Trindade claramente estabelecida. Porque h o Esprito que fala, e o Pai, para quem Ele fala, e o Filho, de quem Ele fala.

Explicando (na verdade confundindo as muitas passagens no Velho Testamento que expressam a UNICIDADE de Deus, Tertuliano acrescenta algo s Escrituras, dizendo:Eu sou Deus, e no h nenhum outro alm de mim, o que nos mostra que Ele o nico Deus, mas na companhia de Seu Filho, com o qual Ele estendeu os cus sozinho.

Sendo rebelde verdade das Escrituras, Tertuliano torce a verdade que Jesus expressou a Filipe: Aquele que e viu, viu o Pai, o mesmo que Ele tinha dito em uma passagem anterior, Eu e o Pai somos um. Por qu? Porque eu vim do Pai e estou no mundo; e, Eu sou o caminho: ningum vem ao Pai seno por mim; e, Todas as coisas me foram entregues pelo Pai; e Como o Pai vivifica (o morto), assim tambm faz o Filho; e outra vez,Se tivsseis me conhecido, certamente tereis conhecido o Pai; 1porque em todas estas passagens ele mostrou ser o Enviado do Pai... Tertuliano formalmente abandonou a igreja, e uniu suas foras ao Montanismo, em 212 ou 213 a.D, e deu incio a uma seita conhecida com Tertulianismo. Ele deixou provas de sua triste condio espiritual atravs de seu muitos escritos. Praxeas

Uma vez que ele um dos grandes homens da histria do cristianismo, triste que os nicos registros que tenhamos de Praxeas seja oriundo de seus inimigos. Ns primeiramente encontramos esse homem na sia Menor, onde ele ensinou a Palavra de Deus, e foi posto na priso por um tempo. Ele escreveu um pouco, mas no resta hoje nenhum de seus escritos.Praxeas viajou para Roma em uma data anterior a Epgono e antes das primeiras memrias de Hiplito. provvel que ele tenha morado em Roma durante o bispado de Victor (189-199), e possivelmente ainda mais cedo, no tempo de Eleutrio, o predecessor de Victor. Sua estada em Roma foi curta e sem oposio aos seus ensinos. Ele no deu incio a uma escola, mas provavelmente ensinou, e pregou um grande ideal enquanto esteve l. Ele avisou o bispo sobre a heresia do montanismo, e o bispo, por sua vez, retratou-se de suas cartas para aquela seita.Os ensinos de Praxeas deram a Cristo seu apropriado grau de divindade, fazendo-o um com o Pai. Ele ensinou que o Pai era o Esprito, o qual Deus (Joo 4:24), e que o Filho representava a carne ou o elemento humano de Cristo. Ele representou o ponto de vista da maioria dos cristos dos seus dias. Isto torna-se aparente quando ns reconhecemos que ele no encontrou nenhuma oposio em Roma.De Roma, Praxeas viajou para Cartago, no Norte da frica, onde o encontramos ensinando a Palavra de Deus e prevenindo contra a heresia do montanismo.

Noetus, Epgono e Cleomenes

Noetus de Esmirna (na sia Menor) ensinou que o Pai e o Filho eram diferentes aspectos do mesmo ser. Ele disse que o Pai tomou a carne de Maria e tornou-se Filho. O Filho era a humanidade e o Pai a divindade. A sia Menor foi grandemente abenoada pelos ensinos de Noetus. De 180-200 ele ensinou a verdade do evangelho, glorificando a Cristo em seus ensinos.Um discpulo de Noetus, Epgono, veio para Roma, no comeo do terceiro sculo, e, com o favor de Zeferino (bispo de Roma de 198-217), exps a verdade das Escrituras. A escola estava formada e sem dvida, muitos vieram e banquetearam-se na Palavra de Deus.Cleomenes foi o sucessor de Epgono, e continuou ensinando a maravilhosa verdade que Noetus e Epgono ensinaram. Zeferino, que era da mesma opinio, deu total aprovao aos ensinos da verdade.Sablio

Sablio era um presbtero de Pentpolis. no Norte da frica. Ele influenciou esta rea grandemente, ensinando a verdade de uma nica pessoa na divindade. Ele trouxe esta verdade para Roma, em 215 a.D, enquanto a Pentpolis continuava a ser uma fortaleza para a verdade. Em 260 a.D, Dionsio de Alexandria tentou refutar os seguidores de Sablio. Fazendo isto, ele introduziu o tritesmo, pelo que ele foi reprimido por Dionsio de Roma (bispo de Roma).Sablio tornou-se o sucessor de Cleomenes em Roma. Ele afirmou que o Pai, o Filho e o Esprito Santo no eram pessoas distintas, mas modos de uma pessoa divina (herana do termo monarquianismo modalstico). Deus foi o Pai na criao, o Filho na redeno, e o Esprito Santo na regenerao.Nas geraes seguintes, a doutrina de uma pessoa na divindade era associada a este homem (Sabelianismo). Os homens que, tempos mais tarde, foram condenados por acreditar em uma s pessoa na divindade, foram citados como sabelianos.

Hiplito

Hiplito nasceu em 170 a.D., provavelmente em algum lugar do Oriente, e morreu na Sardenha, em 235 ou 236. Ele citado como o primeiro anti-papa por causa de seus ataques a Calisto (bispo de Roma, 217-222). A Enciclopdia Catlica diz sobre ele que "Sua veemncia, intransigncia, e rigorismo o levaram a fazer ataques em posies estritamente ortodoxas sobre a teologia, organizao da igreja e disciplina".Hiplito atacou o modalismo de Sablio e Calisto, enquanto apresentava Cristo como subordinado ao Pai. Ele parecia ser tomado do mesmo esprito de rebelio que era to caracterstico do hertico Tertuliano. Eu afirmo que este esprito de rebelio trouxe a doutrina da Trindade para dentro da igreja.Em seu escrito Contra Noetus, Hiplito diz: "Eu posso na verdade no falar com dois Deuses, mas um; entretanto, de duas pessoas, e de uma terceira economia (disposio), a saber, a graa do Esprito Santo. Porque o Pai. na verdade, Um, mas h duas Pessoas, porque h tambm o Filho; e ento h a Terceira, o Esprito Santo... o Pai quem comanda, e o Filho quem obedece. e o Esprito Santo quem d entendimento; o Pai que est acima de todos, e o Filho que atravs de todos, e o Esprito Santo que est em todos."Comentando a declarao que Jesus fez a Filipe, "Aquele que me viu, viu o Pai", Hiplito diz: "Por estas palavras Ele quer dizer: se voc me viu, voc pode conhecer o Pai atravs de mim. Porque atravs da imagem, que semelhante (original), o Pai se faz prontamente conhecido."Hiplito (como Tertuliano) perverte a verdade das Escrituras, negando que Jesus Cristo era o Pai na carne, como atestam plenamente as Escrituras. (Mateus 1:23; Joo 10:38; 14:10-11. e 17:21).Os Bispos de RomaEleutrio, Vitor (189-199), Zeferino (199-217) e Calisto (217-222)

De acordo com Harnack, quatro bispos de Roma, sucessivamente (Eleutrio, Vitor, Zeferino e Calisto), foram a favor da Cristologia Modalstica (Cristo era o Pai na carne).Um dos dois, ou Eleutrio ou Vitor, foi prevenido por Praxeas sobre os falsos profetas e suas comunidades na sia Menor (Montanistas). Como resultado da justa interveno de Praxeas, o bispo retratou-se de suas cartas de paz aos falsos profetas.Vitor apoiou a escola de Epgono e foi favorvel ao ponto de vista modalstico da Divindade.Zeferino foi chamado por Hiplito um absoluto modalista. Hiplito cita Zeferino: "Eu conheo somente um Deus, Jesus Cristo, e nenhum outro que tenha nascido e sofrido..." Ele via o falar de "Pessoa" sob suspeita. Ele defendia a tradio de crer que inexistia antes qualquer forma de trinitarianismo.Calisto, depois que tornou-se bispo de Roma, foi tratado rispidamente por Hiplito, que atacava o carter de seu bispado, e foi ao ponto de dizer que Calisto permitia a prtica do adultrio por parte de seus seguidores.Hiplito, tomado por um mau esprito de rebelio, no pode ser confiado como sendo honesto com respeito calnia que levantou contra Calisto. Hiplito esboa o crdito ortodoxo de Calisto:"O Logos (Verbo) o Filho, e Ele mesmo o Pai; e embora denominado por (um diferente) ttulo, ainda Ele que na realidade o invisvel Esprito. (E ele sustenta) que o Pai no uma pessoa e o Filho outra, mas que eles so um e o mesmo; e que todas as coisas esto cheias do Divino Esprito, tanto aquelas que esto no alto como aquelas que esto embaixo. (E ele afirma) que o Esprito, o qual tornou-se carne na virgem (no seu ventre), no diferente do Pai, mas um e o mesmo. E (ele acrescenta) que isto o que tem sido declarado (pelo Salvador): "No crs que eu estou no Pai e que o Pai est em mim?" Porque o que visto, o que homem (ele considera) ser o Filho; enquanto que o Esprito, que estava no Filho, o Pai! Porque, diz (Calisto), "Eu no vou professar acreditar em dois Deuses, Pai e Filho, mas em um. Porque o Pai, que subsiste (no Filho) nele mesmo, depois de ter tomado sobre Si nossa carne, elevou ela natureza divina, trazendo-a unio com Ele, e fazendo (das duas naturezas) uma; para que Pai e Filho possam ser chamados um Deus, e que esta Pessoa, sendo uma. no pode ser duas." E foi desta maneira (Calisto debate) que o Pai sofreu junto com o Filho; porque ele no deseja asseverar que o Pai sofreu, e uma Pessoa, sendo cuidadoso em evitar uma blasfmia contra o Pai.Ns podemos assumir que a doutrina de uma Pessoa na Divindade predominou no pensamento do cristianismo do terceiro sculo. O bispo de Roma de 259 a 268, Dionsio, chamou a ateno para aqueles que se opunham a Sablio, dizendo que muitos "dividem em pedaos e destroem a mais sagrada doutrina da Igreja de Deus, a Divina Monarquia, mostrando-a como se ela fosse trs poderes, e fazendo da divindade trs substncias partitivas''.

A significncia desse sculo tem certamente sido menosprezada pela maioria dos historiadores da igreja. Os ensinos dos apstolos foram sendo adulterados sem misericrdia.Uma incurso gradual da mundanidade foi sufocando a espiritualidade da igreja. Muitos ignoram o fato de que este declnio levou a uma apostasia em massa. Mais e mais os lderes da igreja foram deixando de depender da no adulterada Palavra de Deus, e introduzindo heresias destruidoras, no originadas de Jesus Cristo; sendo a mais destrutiva dessas doutrinas aquela que declara que Deus est dividido em trs Pessoas distintas. A porta para grosseira idolatria e livre mundanidade estava gradualmente sendo aberta, causando irreparvel prejuzo. A m influncia invadiu por esta porta aberta e a igreja tornou-se semelhante aos poderes dos quais Pedro exortou-nos a nos separar (Atos 2:4 1).

CAPTULO 4

O Quarto Sculo

Este sculo marca um distinto declnio para o Modalismo. O Sabelianismo, entretanto, era ainda acreditado por muitos, como encontramos na lista de heresias condenadas pelo Conclio de Constantinopla, em381 a.D.Depois do quarto sculo, qualquer um que acreditasse em uma s pessoa na divindade era considerado hertico. Entretanto, em que pese a censura generalizada do Sabelianismo neste sculo, muitos professavam suas crenas.Alguns poucos permaneceram ligados ao Modalismo, incluindo Marcelo de Ancyra, Prisciliano de vila, e Comodiano, sendo os dois primeiros bispos e o ltimo um poeta. durante este sculo que o Concilio de Nicia realizou-se (325 a.D.). O credo que desenvolveu-se nesta reunio contm afirmaes no extremamente desagradveis aos sabelianos. O principal propsito do credo era resistir ao Arianismo, a crena de que Jesus era simplesmente um homem.Constantinopla (381 a.D.) ps os toques finais na doutrina trinitariana. Sua confiana na tradio filosfica e a insistncia na submisso cega s suas afirmaes, sem provas escritursticas, levaram muitos a question-la. Certamente, esta doutrina que atribui Divindade trs personalidades, sem ter literalmente nenhuma passagem nas Escrituras que a sustente, estonteante. de pasmar que milhes atravs da histria a tenham aceitado como bblica.

A Luta com o Arianismo e a Formulao da Doutrina Trinitariana

O Conclio de Nicia foi chamado, em 325, para estabelecer um credo comum ou declarao de crena para toda a cristandade. O credo estabelecido era desfavorvel aos Arianos. Por um tempo a faco de Ariano foi abaixo. Depois da morte de Constantino, em 327, no entanto, os arianos se reuniram e se opuseram fortemente ao credo de Nicia. Lderes arianos que tinham sido exilados retornaram e reuniram-se sob o comando de Eusbio da Nicomdia.Sob a proteo de um imperador ariano, Constantino (337-350, Imperador do Oriente, e, de 350-361, nico Imperador), os arianos tornaram-se politicamente dominantes no Oriente. Eles conseguiram provocar o exlio dos principais proponentes de Nicia (Atansio, Eustcio de Antioquia, e Marcelo da Ancyra).O perodo depois de Constantino (361-381) viu a gradual runa do arianismo. Isto teve o seu clmax no Conclio de Constantinopla (381), onde o Credo Nicene foi afirmado e o arianismo colocado sob interdio.O Credo Nicene original no existe. O credo que chamado Nicene foi grosseiramente formulado em um snodo em Alexandria, em 362. A adoo formal deste novo credo ocorreu em 381 a.D., em Constantinopla. Os trs instrumentos lderes neste novo credo Nicene so citados como "os capadocianos" (Basil de Cesaria, na Capadcia, Gregrio de Nazianza, e Gregrio de Nissa)."Atansio (e Marcelo) ensinaram o nico Deus, conduzindo a uma tripla vida pessoal, e que se revela como tal. Os capadocianos pensam em trs pessoas divinas que, como manifestam a mesma atividade, so reconhecidas como possuindo uma natureza e a mesma dignidade. O mistrio para o primeiro repousa na trindade: para o ltimo, na unidade... Os capadocianos interpretaram a doutrina de Atansio de acordo com as concepes e princpios fundamentais do Logos (Verbo) Cristologia de Orgenes. Eles pagaram, entretanto, por sua faanha, um alto preo, cuja magnitude eles sequer perceberam a ideia do Deus pessoal. Trs personalidades e uma essncia abstrata impessoal, foi o resultado."Confuso a palavra para descrever o sentimento que se tem quando se estuda a formulao da doutrina da Trindade, Certamente, no faz nenhum sentido dizer que um trs e trs um. Esta doutrina veio a ser uma soluo comprometedora para as dificuldades doutrinais que estavam ameaando a fragmentao da igreja. Havia ainda um forte sentimento pela necessidade de unidade, para manter o Imprio Romano intacto. E inegvel que a interferncia imperial teve uma grande participao na ratificao trinitariana. O poder imperial tambm era evidente na proscrio de qualquer outra forma de cristianismo (por exemplo, julgar o Sabelianismo uma heresia) e paganismo. Aceitar cegamente o Trinitarianismo como verdade, sem ir Bblia, , tristemente, caracterstico de muitos. Eles aceitam o que pode ser considerado a tradio dos homens, sem considerar com seriedade o que diz a Bblia,A doutrina Trinitariana no tem estado sem questionamento; todavia, as respostas para as questes so perturbadoras e frustrantes explicaes. Eu cito de The Emergence of he Catholic Tradition (A Emergncia da Tradio Catlica), de Pelikan: "A resposta de Basil para isto e para qualquer dificuldade foi declarar que o que era comum para os Trs e que era distintivo entre eles est alm do que se pode falar e compreender, e portanto alm de sua anlise e conceitualizao." Em outras palavras, um mistrio. um mistrio que somente alguns durante a era da Igreja tenham questionado este dogma anti-bblico. Mais sobre a TrindadeEmbora Paulo fosse familiarizado com a filosofia e religio gregas, ele a reconhecia pelo que ela era superstio. Ele chamou a ateno dos atenienses para o Cristo que ressurgiu da morte. Usando a superstio deles, ele lhes declarou quem era o Deus do Universo, e que seu Deus desconhecido era o Senhor Jesus Cristo. Paulo reconheceu a inutilidade da filosofia mundana. Ele, com muita lgica e sensatez dirigiu o povo f em Jesus Cristo e somente Nele.Do ponto de vista dos pensadores gregos. Paulo era muito restrito em seus pensamentos, porque ele no empregava nenhuma filosofia ou religio gregas em seus ensinos. Certamente, no havia nada de errado em empregar os "bons" aspectos da filosofia e religio gregas no cristianismo. Oh! Pense no perigo de tal pensamento e o desastroso resultado! declarado por muitas eminentes autoridades que os capadocianos eram muito bem versados na filosofia grega. No h nada errado com isto, exceto o fato de eles usarem este conhecimento para formular dogmas cristos. Harnack diz que as duas grandes faces, durante este tempo, foram os sabelianos e os arianos. Ele tambm infere que a soluo foi o que ele chama de "meio do caminho". Eu discordo fortemente quando ele diz que a soluo resultou num meio-termo. Certamente, os capadocianos e os conclios deste sculo foram dirigidos para uma declarao que satisfizesse s duas maiores faces. Mas, de acordo com minhas pesquisas, eu vejo mais de uma introduo do politesmo grego dentro dos credos seguintes.Eu cito duas autoridades: Harnack e Wolfson:"Os capadocianos, telogos que reconciliaram a f de Atansio com a corrente filosfica, e a apreenderam abstratamente, no conservaram seus ensinos puros e simples... Eles, audaciosamente, caracterizaram a pluralidade de pessoas, por exemplo, como uma fase da verdade preservada no politesmo grego." (Harnack)" uma soluo pela harmonizao, uma tentativa de combinar, como Gregrio de Nissa a caracteriza, o monotesmo dos judeus e o politesmo dos gregos. O mtodo de harmonizao usado por eles foi reduzir o monotesmo judaico, como uma concesso para o politesmo grego."A luz do que voc j leu, como voc pode conciliar a doutrina Trinitariana com as Escrituras? Eu estou me referindo especialmente ao maior dos mandamentos, como esclarecido por Jesus Cristo. "O Senhor nosso Deus o nico Senhor" Marcos 12:29. A Bblia no sabe nada da linguagem usada pelos capadocianos e aqueles que o seguiram. Uma substncia, mas trs pessoas separadas no se encontra nas Escrituras. Esta linguagem encontrada no paganismo. Quase todas as maiores religies pags do mundo reconheciam sua suprema divindade como uma trindade. Eu cito Hislop: ''Na unidade deste nico deus dos babilnios, havia trs pessoas, e para simbolizar esta doutrina da trindade, eles empregavam, como provam as descobertas de Layard, o tringulo eqiltero, justamente como bem conhecido que a Igreja Romana faz ainda hoje...Mr. Layard, em sua ltima obra, deu um espcime desta trina divindade, adorada na antiga Assria... Na ndia, a divindade suprema, da mesma maneira, em uma. das mais antigas cavernas-templos, representada com trs cabeas em um s corpo, sob o nome de 'Eko Deva' Trimurti', 'Um deus, trs formas'. No Japo, os budistas adoram sua grande divindade, Buda, com trs cabeas, da mesma forma, adorada com o nome de 'San Po Fuh." (Hislop)Expandindo para o Trimurti hindu, eu cito Edward Rice, de seu livro, Eastern Definitions (Definies Orientais):"No Trimurti, Brahma visto como o criador, Vishnu, o preservador, e Shiva, o destruidor (para que Brahma possa criar outra vez). O Vishnu Purana, concisamente declara a doutrina, 'O Senhor Deus, embora um sem segundo, assume as trs formas, respectivamente, de Brahma, Vislmu, e Shiva, para criao, preservao e destruio do mundo.' O Padma Purana diz, 'Brahma, Vishnu e Shiva, embora trs na forma, so uma s entidade. Nenhuma diferena existe entre os trs, exceto com respeito aos atributos.' Em ambos os textos, embora Vaisnavite seja brahmnico, os sacerdotes favorecem Vishnu sobre Shiva. O Trimurti, artificial como ele , tem tido uma grande simpatia pelos ocidentais, especialmente missionrios e telogos, que o vem na forma da Trindade Crist. O sbio ndico francs Alain Danielou (para tomar um letrado dos muitos iletrados exemplos) v Shiva como o progenitor; o pai; Vishnu como encarnao, o redentor e deus encarnado, seu descendente, como Krisna, assemelhando-se ao nascimento de Jesus; e Brahma' como um tipo do Esprito Santo, o elo entre o pai e o filho, procedendo dos dois. Todavia, ele faz a importante observao que 'No deve ser difcil encontrar um elo histrico entre a Trindade e o trimurti. As concepes filosficas hindus eram conhecidas na Grcia e no Oriente Mdio antes e depois do comeo da era crist. Pode, todavia, se notar que, enquanto a Trindade apresentada na filosofia escolstica como um mistrio, ela uma definio fundamental da filosofia religiosa hindu!Em concluso, eu apelo para a sua razo. Se o dogma trinitariano tem suas razes na filosofia grega, e pode ser melhor relacionado com os escritos religiosos pagos do que com a Bblia, podemos ns question-la como sendo de Deus? Se no est referida nas Escrituras, hertico (como afirma o Credo Atanasiano) neg-la, ou, pelo menos analis-la sob a luz do conhecimento histrico?Certamente, este no um assunto leve, e eu o encorajo a um srio exame da doutrina da Trindade. Aceitar cegamente uma tradio que to de perto se assemelha ao paganismo tolice.

O Casamento Ilcito

A igreja primitiva encontrou muito pouca compatibilidade com os lderes polticos da poca. Herodes Agripa matou Tiago, o irmo de Joo, e teria matado Pedro, se Deus no tivesse intervindo (veja Atos 12:1-10). Embora Felix estivesse convencido pela pregao de Paulo, ele ainda manteve Paulo na priso por dois anos, e provvel que Felix nunca tenha dado seu corao a Deus. (Veja Atos 23:22-27).Certamente, as perseguies sob os imperadores romanos do segundo e terceiro sculos mostraram um grande desamor pela igreja. A verdadeira Igreja e o governo no podiam se misturar. A verdadeira Igreja tinha padres de conduta que no podiam ser adotados pelo governo, a menos que os lderes se convertessem e muitas das leis mudassem.Os propsitos dos lderes da igreja primitiva no eram polticos. Lderes como Pedro e Paulo exortavam o povo a viver uma vida piedosa. Eles trabalhavam para preparar outros cristos para a vida por vir, exortando-os para evitar a corrupo e a lascvia do povo (incluindo os lderes polticos) de seus dias.Considerando tudo isto, ns somos confrontados com alguns fatos da histria. Em 323, Constantino tornou-se o nico governador do Imprio Romano. Por causa de sua tolerncia para com o cristianismo, as perseguies cessaram. Ele viu a Igreja crist como um grande fator de unificao do Imprio. Por isso, ele comeou a dar privilgios igreja, e, finalmente, fez dela a religio do Estado. Ele foi mesmo muito longe, a ponto de declarar ilegal a adorao pag.Se Paulo pudesse ter sido ressuscitado da morte, eu imagino: qual teria sido a sua anlise? Para a mdia dos pensadores, parece que a mesa virou, e o cristianismo estava livre para florescer e crescer, sem ser impedido pelo medo de represlias. Paulo, aps olhar de perto a situao, provavelmente teria dito isto: "A verdadeira igreja afundou, e realmente pequena em nmero, comparada com os professos cristos. Os lderes, na sua maioria, so homens carnais que esto muito confusos sobre algumas das mais bsicas doutrinas. Especialmente confusa a sua conversa sobre a Divindade. Embora eles tenham meus escritos, que dizem claramente quem era Jesus, eles esto completamente confusos. Muitos dizem que Jesus era simplesmente um homem; outros dizem que Ele era como Deus; enquanto eu afirmo que Ele era e Deus para sempre.Os imperadores esto convocando conclios e snodos para formular uma declarao de crenas padro. Eles querem unificar todas as faces e fazer a Igreja crist uma. Seus esforos de unificao esto criando compromissos e eu vejo os efeitos devastadores, causados por esta infeliz mudana de situao, como afetando a igreja desfavoravelmente at Jesus voltar".Quase todos os historiadores concordam que os motivos de Constantino, por trs de suas concesses, dando liberdade Igreja, eram polticos. Mas, muitos no podem ver os efeitos adversos disto, como eu acredito que Paulo poderia ver. Eles veem isto como um perodo favorvel para a formulao de um Credo para a Igreja, e no consideram que o resultado foi uma declarao contrria s Santas Escrituras.

Marcelo de Ancyra

Marcelo (280-374) foi fortemente oposto ao arianismo. Ele compareceu ao Conclio de Ncia, onde atacou fortemente o arianismo. "Ele publicou uma grande obra contra Astrio, o Sofista. 330, no qual ele no somente atacou Eusbio da Nicomdia e Eusbio de Cesaria, mas tambm deixou-se ficar exposto s acusaes de Sabelianismo."Durante o reinado de Constantino (337-361), Marcelo perdeu seu bispado. Ele levou sua doutrina para o Oeste, onde, na Assemblia de Srdica (343), sua doutrina foi declarada ortodoxa."Marcelo afastou-se da ideia de Pessoas na divindade. Ele concebia Deus como um, e acreditava que o nico Deus expandia-se nos ofcios de Filho e Esprito Santo: "No fim dos tempos, no haver qualquer distino entre estes ofcios, e Deus ser tudo em todos."A doutrina de Marcelo foi formalmente condenada no Concilio de Constantinopla, em 381.Comodiano

Comodiano foi um poeta de considervel talento. Ele escreveu palavras que edificavam o povo comum e os inspirava a cumprir os deveres comuns aos cristos.Comodiano revelou-se sabeliano no seu "Apologtico Carmem", no qual ele reconheceu o Pai, o Filho e o Esprito Santo como diferentes designaes dadas mesma Pessoa.As datas dos escritos de Comodiano foram diversas. Harnack as assinala como sendo do perodo entre 260-350, enquanto Brewer e outros afirmam que Comodiano era um nativo do Sudeste da Glia, durante a segunda metade do Sculo V.

Prisciliano

O ltimo quarto do quarto sculo testemunhou o surgimento do Priscilianismo. O lder da seita, Prisciliano, ganhou muitos seguidores do sudeste da Espanha e Frana. Os bispos Salviano e Instancio pensavam da mesma forma que Prisciliano.Prisciliano ensinava que Jesus era Deus aparecendo ao homem na carne. "Cristo, que tudo em todos, um Deus com triplo poder. O terceiro tratado, enquanto principalmente preocupado em defender o estudo de textos apcrifos, afirma tambm a f crist no Pai, Filho e Esprito, como crendo em um s Deus, Cristo: Ele Deus, Filho de Deus, Salvador, nasceu na carne, sofreu e ressuscitou por amor raa humana...Para Prisciliano, a distino entre Deus e Cristo como a distino entre a mente e a fala.'' Ainda: "Em Cristo, o Pai conhecido. Deus invisvel; ningum jamais o viu. Assim, Ele veio em nome e forma que pudessem faz-lo conhecido."Prisciliano, depois de tornar-se bispo de vila, tornou-se objeto do dio de Itcio. Itcio foi um importante bispo na Espanha, por volta do fim do quarto sculo. Ele foi o chefe porta-voz daqueles que eram contra Prisciliano. Suspcio Severo descreve Itcio assim: "...sem peso, sem qualquer toque de santidade; impetuoso, tagarela, impudente, boa vida e gluto". Em 380, aconteceu o Concilio de Saragossa e, pela influncia de Itcio, Prisciliano e seus seguidores foram excomungados. Isto de nenhuma forma fez Prisciliano desistir. Se nada, ele ganhou terreno, porque o Conclio teve muito pouca real autoridade.Uma tempestuosa nuvem de perseguio comeou a se formar, e a morte de Prisciliano estava prestes a acontecer. Politicamente, a situao tornou-se desfavorvel para os verdadeiros crentes, quando Mximo assumiu o controle da Espanha, Glia e Inglaterra. Pensando que condenar Prisciliano seria uma vantagem poltica, Mximo ordenou sua execuo em 385. Na realidade, muitos lderes foram contra este ato. Em 388, Mximo foi deposto. Isto foi uma bno para os seguidores de Prisciliano que iniciaram o processo para declarar o seu lder um mrtir."

Fotino

Fotino, um discpulo de Marcelo e bispo de Sirmium, na baixa Panonia (Noroeste da Ioguslvia), era originalmente da Galcia, na sia Menor. Ele ensinou, no quarto sculo, "...que Jesus Cristo nasceu do Esprito Santo e a Virgem Maria; que uma certa poro da Substncia Divina, a qual ele chama de Palavra, desceu sobre e agiu atravs do homem Jesus Cristo; que em decorrncia desta associao da Palavra com a natureza humana, Jesus foi chamado de Filho de Deus, e mesmo Deus; que o Esprito Santo no era uma Pessoa distinta, mas uma virtude celestial procedente da Divindade". Fotino afirmou que Jesus existia antes da encarnao somente na mente de Deus.A lista de condenaes contra Fotino longa. "Fotino foi primeiramente condenado com Marcelo. Isto aconteceu provavelmente em Constantinopla. em 336 a.D., porque ento os arianos, no snodo, destituram Marcelo. Depois, no concilio semi-ariano, o segundo de Antioquia, em 344 a.D. Terceira vez, no Concilio de Srdica, em 374 a.D., quando Marcelo foi absolvido, mas a sentena contra Fotino no foi revertida. A quarta vez, em um concilio em Milo, no mesmo ano. A quinta vez, por um concilio em Roma, em 349. A sexta, em um snodo em Sirmium, em 349, quando ele foi deposto pelos bispos do Oeste, mas por causa da afeio e opinio do povo, no pde ser removido. A stima vez. no segundo snodo de Sirmium, em 351, pelos bispos do Leste, quando, sendo condenado por Basil de Ancyra, ele foi banido''.Os seguidores de Fotino receberam igual tratamento, e foram considerados herticos. Eles foram mencionados, em 381, por aqueles que os resistiram, e eram ainda conhecidos como existindo em 428 a.D.Blunt faz uma declarao que associa a formao da doutrina da Trindade (trs pessoas), com oposio a Marcelo e Fotino: "A alocuo dos pais de Chalcedon ao Imperador Marciano, em 451 a.D., descreve Fotino e Marcelo como introduzindo uma nova blasfmia contra o Filho, negando sua existncia, e reduzindo a Trindade a uma Trindade de nomes (ttulos). Contra eles, por isso, os pais tm que declarar o dogma de trs Hipstases (Pessoas).CAPTULO 5Quinto, Sexto e Stimo Sculos

Introduo

Estes sculos esto marcados por dois eventos distintos: a queda do Imprio Romano e o grande crescimento da Igreja Romana, em poder.O final do quarto sculo e incio do quinto viram uma macia invaso das tribos germnicas que hoje chamada de Europa Ocidental. A civilizao, em formas de comrcio, educao e justia, foi levada a uma virtual paralisao, O grande fator unificador que o Imprio Romano representava tornou-se insignificante, ao ser ele dividido em vrios grupos.A Igreja e especialmente os bispos de Roma tornaram-se os maiores fatores singulares de unificao. Como eles converteram as vrias tribos brbaras, a terra foi pelo menos unificada religiosamente, se no politicamente e socialmente.Um alto preo foi pago, entretanto, ao considerarmos o que entrou na igreja. Prticas tais, como venerao de santos, adorao de esttuas, admirao de relquias, adorao de anjos, colocar nomes cristos em feriados pagos (Natal por exemplo), tornou-se comum. A igreja (e seu papa, o bispo de Roma) alcanou as maiores alturas politicamente, mas no espiritualmente.Um cisma na igreja desenvolveu-se entre o Leste e o Oeste. Constantino mudou a capital do Imprio de Roma para Constantinopla (hoje Istambul). Os bispos romanos estavam quase constantemente em vantagem com relao aos patriarcas de Constantinopla. Isto cresceu e cresceu. Os patriarcas de Constantinopla tinham duas coisas principais contra eles que os impedia de obter mais poder na poltica e em assuntos espirituais.

Eles ficavam quase constantemente sob sujeio aos imperadores romanos que residiam em Constantinopla; e o stimo sculo viu o surgimento do Maometismo, juntamente com a tomada do Nordeste da frica, Egito e Sria pelos seus adeptos (principalmente rabes). Isto levou a morte a soprar nos, at ento, grandes centros cristos de Alexandria, Jerusalm e Antioquia, e diminuir grandemente o eleitorado das igrejas do Oriente e o poder dos patriarcas de Constantinopla.Neste captulo, ns iremos olhar para uma grande controvrsia cristolgica: o surgimento do Monasticismo e alguns grupos que seguiam o Sabelianismo. Iremos tambm ver uma condenao do Sabelianismo por um concilio em 692 a.D., e uma declarao humorstica explicando como readmitir 'herticos' sabelianos de volta Igreja Catlica.

Dilemas Cristolgicos

O incio do quinto sculo viu uma controvrsia se levantar sobre o relacionamento entre a divindade e a humanidade de Cristo. Duas escolas de pensamento disputavam por predominncia. A escola de pensamento conhecida como Alexandrina declarava que Jesus era predominantemente divino e que Sua humanidade era muito insignificante. Um mais importante lugar foi dado ao elemento humano e vida terrena de Cristo pela escola Antioquiana.Os principais personagens na luta foram Nestrio e Cirilo de Alexandria. Nestrio foi acusado de acreditar que havia duas pessoas em Cristo, mas ele realmente no acreditava nisto. Ele no gostava de usar o termo Theotokos (Me de Deus), quando se referia a Maria, mas antes preferia se referir a ela como Me de Cristo. Cirilo foi o patriarca de Alexandria de 412-444 (Nestrio, de Constantinopla de 428-?). Ele magnificou a divindade de Cristo muito acima de Sua humanidade. Cirilo gostava de referir-se a Maria como Theotokos (Me de Deus). A discusso entre estas duas faces no trouxe nada alm de confuso.A luta veio ao auge no Concilio de feso, em 431. Cirilo e as cortes estavam l cedo. Reconhecendo sua vantagem numrica, eles se organizaram rapidamente. Antes que chegassem os que apoiavam Nestrio, a coalizo de Cirilo declarou Nestrio um hertico, depois de um dia de sesso. Alguns dias mais tarde, os apoiadores de Nestrio estavam l e, por sua vez, condenaram Cirilo.Um compromisso foi formulado, dizendo: Ns. portanto, reconhecemos nosso Senhor Jesus Cristo...completo Deus e completo homem...Uma unio de duas naturezas foi efetuada, portanto, ns confessamos um nico Cristo...A santa Virgem Theotokos, porque Deus, a Palavra, foi feito carne e tornou-se homem, e a partir de sua concepo uniu-se consigo mesmo o templo recebido dela".Mais tarde, em um Concilio de Calcednia, em 451, este credo foi adotado:"Ns. ento, seguindo os santos Pais, todos de acordo, ensinamos aos homens a confessar um e o mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, o mesmo perfeito em divindade e tambm perfeito em humanidade; verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, um esprito e corpo racional; consubstancial com o Pai com relao Divindade, e, nestes ltimos dias, por ns e por nossa salvao, nasceu da Virgem Maria, a Me de Deus (Theotokos), com relao humanidade; um e o mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unignito, em duas naturezas, inconfundvel, imutvel, indivisvel, inseparvel, a distino das naturezas sendo feita sem, de nenhuma forma, tirar a unio, mas antes a propriedade de cada natureza sendo preservada, e concorrendo em uma pessoa (prosopon) e uma substncia (hypostasis). no partida ou dividida em duas pessoas, mas um e o mesmo Filho e Unignito, Deus, a Palavra, o Senhor Jesus Cristo; como os profetas desde o incio declararam com respeito a Ele, e o Senhor Jesus Cristo, ele mesmo, ensinou-nos, e o credo dos santos Pais nos legou."O que dizem as Escrituras com respeito a Cristo? Cristo definitivamente possua duas naturezas enquanto estava nesta terra. Ele fez coisas que consubstanciavam Sua humanidade comeu, dormiu, orou, etc. Ele tambm fez coisas que definitivamente provaram-no divino andou sobre as guas, curou o povo, multiplicou comida, etc. Vamos olhar de perto o nascimento de Cristo para compreender estas duas naturezas.A Bblia nos diz que o Esprito Santo envolveu Maria com a Sua sombra na concepo. Jesus teve uma me terrena, mas Seu Pai era Deus. Ele recebeu Sua humanidade de Maria e a Sua divindade de Deus. Maria foi a me da humanidade de Cristo, por mais significativa que possa ter sido aquela natureza. Dizer que Maria era a Me de Deus tanto sacrilgio quanto anti-escriturstico. Se Maria fosse a Me de Deus por que precisava ela receber o Esprito Santo com os outros, no salo superior, no dia de Pentecostes (ver Atos 1:14 e 2:1 -4)?O concilio que se reuniu em feso afirmou que Maria era a Me de Deus. Esta a mesma cidade que. durante a Igreja primitiva adorava uma divindade pelo nome de Diana (veja Atos 19:28-35). Ela era conhecida como a me dos deuses. No sem razo se supor que atribuir a Maria o ser a Me de Deus era um reavivamento do velho paganismo de feso. O nome foi simplesmente trocado de Diana para Maria, para dar a ele um sabor cristo. No h dvida de que a deificao de Maria teve inspirao pag. A influncia do velho paganismo na sia Menor Ocidental estava agora para alcanar o mundo inteiro atravs dos auspcios da Igreja Catlica Romana.Gordon Jennings Laing, no seu livro Sobreviventes da Religio Romana (Survivals of Roman Religion) tem isto a dizer sobre a comparao entre a Diana dos Efsios e Maria:"H indicaes de que a venerao de Diana como uma virgem deusa tem contribudo sobremaneira para a adorao da Virgem Maria. Ns sabemos que uma das igrejas mais antigas erigidas em honra a Maria ocupa o lugar do famoso templo da Diana dos Efsios. Porque, embora a divindade original deste santurio fosse uma deusa asitica, ela tinha sido identificada como a Diana Romana. Possivelmente a tradio de que Maria tinha uma vez estado em feso fosse um elemento na fundao desta igreja, que Cirilo em uma de suas cartas chama a Grande Igreja (Ecclesia Magna). Foi em feso, em 431, que realizou-se o snodo no qual Maria foi, pela primeira vez, designada Me de Deus, e interessante que a procisso, com a qual o povo celebrou a deificao de Maria, reproduziu elementos tais como incensrios fumegantes e tochas flamejantes das procisses que por muitos sculos tinham sido uma importante parte da adorao de Diana."

Surgimento do Monasticismo

Depois que as perseguies foram suspensas e o cristianismo feito a religio oficial do Imprio Romano, a mundanidade invadiu a igreja. O Monasticismo foi iniciado como uma resposta a essa mundanidade. As pessoas queriam devotar-se totalmente a Deus e perceberam a futilidade de fazer isto dentro da igreja.Paradoxalmente, muitos monastrios foram frouxos em sua disciplina religiosa. Benedito a figura chave para o estudo do Monasticismo. Ele nasceu em 480 a.D. "Em alguma data incerta, tradicionalmente 529, ele fundou o monastrio-me da ordem dos Beneditinos, no alto do Monte Cassino, cerca de meio caminho entre Roma e Npolis."A vida monstica consiste normalmente de viver fora da sociedade. uma vida comunitria, com nfase nas atividades religiosas por parte de seus adeptos. H alguma base para a instituio do Monasticismo na Bblia? Nenhuma! Pelo contrrio, a Palavra de Deus enfatiza que devemos deixar a nossa luz brilhar sobre aqueles com quem entramos em contato dia a dia (Ver Mateus 5:14-16). obviamente anti-evanglico separar algum do povo que o prprio Cristo encoraja o cristo a ajudar. Certamente, o perigo que o monge enfrenta sob o monasticismo a forte tendncia de sentir-se indiferente e, consequentemente, cheio de justia prpria. Isto no cristianismo.

Priscilianismo

No quinto sculo, o Priscilianismo ganhou mpeto atravs da influncia dos invasores brbaros. O bispos romanos estabelecidos na Espanha fugiram do pas ou se tornaram sem fora. Os invasores se compunham de Vndalos, Alanos e Suevos que pilhavam as propriedades rurais e causavam grande tormento. O Priscilianismo cresceu porque foi suspensa a restrio imposta a esses crentes pelos bispos de Roma. Ns temos limitada quantidade de registros deste sculo, mas sabemos que um galiciano do quinto sculo, Bachiarius tinha um ponto de vista sabeliano da divindade.Ns encontramos que o Papa Leo escreveu uma carta, em 21 de julho de 447, condenando o Sabelianismo dos priscilianistas.Montanus de Toleto escreveu, em 530 a.D., contra o priscilianismo. O Papa Virglio escreveu uma carta para Profuturuous de Bracara. em 29 de junho de 538, expressando preocupao sobre as informaes de Profuturous sobre a persistncia do priscilianismo no noroeste da Espanha. O primeiro concilio de Bracara, em 561, denunciou fortemente a existncia de priscilianos que tinham uma compreenso sabeliana da divindade.O stimo sculo encontra o priscilianismo uma fora insignificante na Espanha. Seus adeptos foram espalhados e limitados aos campos. O fato de que eles ainda existiam apoiado por uma carta de Brulio, bispo de Saragossa (631-651) para um galiciano presbtero e monge, Frutuoso, que estava curioso sobre as crenas priscilianas e estava procurando o conselho de Brulio.O quarto (633), sexto (638), dcimo primeiro (675), e dcimo stimo (693) conclios de Toledo repetiram a condenao do Sabelianismo.

Damio

Damio foi o patriarca de Alexandria de 570-605. Ele destacou-se pela sua oposio ao tritesmo. Ele se ops especialmente a John Askusnages, que estabeleceu o puro politesmo e formou uma escola. Um monge, Atansio, permaneceu por trs deste tritesmo. Damio, atacando os tritestas, revelou-se sabeliano, afirmando que as Pessoas eram meramente atributos de um nico Deus.

Eutiques ou Messalianos

Os Eutiques da Sria e sia Menor propagaram suas crenas da segunda metade do quarto sculo at o sexto sculo. Eles viviam uma vida santa e acreditavam que o Pai, o Filho e o Esprito Santo eram diferentes formas de um Ser divino.Os Eutiques so conhecidos pelos historiadores sob vrios nomes. Alguns so chamados de acordo com os nomes de seus respectivos lderes: Lampetianos, Adelfianos, Eustacianos e Marcianitas. Eles eram tambm conhecidos como Messalianos, por causa de sua prtica de contnua orao; Coreutas, por causa de suas danas msticas; e Entusiastas, por causa da extrema alegria que eles demonstravam de vez em quando.Tem-se especulado que os priscilianos foram influenciados pelos Eutiques.Agostinho, em seus escritos (comeo do quinto sculo) menciona Sablio. possvel que ele tivesse em mente os Eutiques.

Dois Conclios

Encontramos a condenao do Sabelianismo no Concilio de Latro (Roma) de 649.O Quinisext, de 692, fala dos sabelianos e da forma de admiti-los de volta na igreja catlica: "No primeiro dia, ns os fazemos cristos, no segundo dia, catecmenos, ento, no terceiro dia, ns os exorcizamos, respirando trs vezes sobre suas faces e orelhas ao mesmo tempo; e assim ns os iniciamos, e fazemos com que eles gastem tempo na igreja ouvindo as Escrituras; e ento ns os batizamos."CAPTULO 6Do Oitavo ao Dcimo Quinto Sculos

Introduo

Neste captulo iremos visualizar o perodo de tempo mais conhecido como a Idade Mdia. Esta no foi necessariamente uma idade escura, como muitos costumam dizer. Politicamente, socialmente e organizacionalmente, a Europa estava para trs. comparada com a situao organizada sob o Imprio Romano. Entretanto, na mente do povo o imprio nunca morreu. Ele estava obviamente fragmentado, entretanto, e no viu em nenhum momento sua grandeza anterior durante este perodo.Atravs da idade Mdia, ns vemos uma luta quase constante entre os lideres seculares e o papado. Ambos estavam lutando por poder poltico e o conflito muitas vezes foi menos do que cristo. Muitos dos papas foram colocados no trono de S. Pedro com a ajuda de lderes seculares. Muito frequentemente, as qualificaes para esta to importante posio repousavam sobre os laos polticos de um homem, em detrimento da espiritualidade.Durante este tempo, apareceram as Cruzadas. Seu principal objetivo era recuperar a Palestina dos Maometanos. Para isto elas alcanaram pouco sucesso, mas alguns importantes eventos histricos as acompanharam. Provavelmente, a mais importante consequncia repousou no progresso do aprendizado. O Imprio Oriental, sediado em Constantinopla, no caiu sob o barbarismo, como o Oeste. Erudio e alto nvel cultural ainda existiam no Leste. Os cruzados reorganizaram tudo e trouxeram de volta para suas casas histrias das coisas que eles tinham visto e ouvido. Gradualmente, o apetite pelo aprendizado no Oeste foi estimulado, e muitas escolas foram abertas, isto ficou conhecido como o surgimento do Escolasticismo. Paradoxalmente, as Cruzadas tambm provocaram uma maior separao entre a cristandade ocidental e a oriental. Uma ocasio, as foras ocidentais atacaram e pilharam Constantinopla, em lugar da pretendida invaso do Nordeste da frica.A Idade Mdia viu grandes reformadores, tais como Wyclif e Huss. Ela tambm viu o crescimento de Catari e Valdenses. Junto com a influncia positiva destes grupos, veio a reao negativa do papado, conhecida como "a Inquisio". Muitas pessoas foram torturadas e mortas, sem misericrdia, por instigao da Igreja Catlica Romana.Ns vemos tambm o surgimento do Humanismo, espalhado pelo ensinamento de Toms de Aquino. Ele foi, alm disso, incentivado pelo que conhecido como "o Renascimento".Este perodo viu o Sabelianismo propagado, principalmente pelo povo que foi forado a praticar suas crenas em secreto. Os Bogomilos, provavelmente, constituam o principal movimento da dissenso na cristandade oriental medieval. Aparentemente, eles foram bons catlicos, mas interiormente eles desprezavam as doutrinas pags (incluindo a Trindade) na Igreja. Eles se reuniam secretamente.Diz-se que um homem, conhecido pelo nome de Migcio, um espanhol do oitavo sculo, era sabeliano. Tambm Pedro Abelardo (dcimo segundo sculo), um dos mais renomados escolsticos, foi condenado por Sabelianismo.

Papa versus Estado

A luta entre o papa e o rei durante a Idade Mdia no foi sobre assuntos de ordem espiritual. Antes ela teve como seu principal ingrediente a cobia pelo poder. Os papas no usavam o seu poder para incrementar a propagao dos verdadeiros ensinos de Jesus Cristo. Eles estavam muito ocupados, preocupando-se com a construo de projetos, administrao de sua vasta riqueza e "livrando'' a Europa Ocidental dos ''herticos". Os reis desse tempo foram de um extremo de total controle do papado ao outro de penitente humilhao.Para intensificar ou justificar seus clamores por poder, o papa usava documentos que eram esprias alteraes. A Decretal Isidoriana foi escrita em meados do nono sculo, mas apresentada como sendo do tempo de Constantino. Nela includa, estava uma Doao de Constantino, um conto de fadas explicando a converso de Constantino. De acordo com ela, Constantino teria concedido ao Papa e seus sucessores soberania sobre toda a Europa Ocidental Os outros escritos referiam-se a decises de papas e de conclios do primeiro ao oitavo sculos. Eles atribuam o supremo controle de toda a Igreja do Oeste ao Papa. Estas falsificaes no foram seriamente questionadas e reveladas at a Reforma.Provavelmente, o pice do poder papal pode ser visto na excomunho do Rei da Alemanha, Henrique IV, pelo Papa Gregrio VII (1073-1085). Se Henrique tivesse tido um controle seguro de seus assuntos de estado, a excomunho teria sido facilmente relaxada e Gregrio (Hildebrando) deposto. Mas, porque o reino estava dividido e muitos estavam negando aliana a menos que ele fosse libertado da excomunho, Henrique foi forado a se humilhar. No inverno de 1077, Henrique atravessou os Alpes para o Nordeste da Itlia. Depois de encontrar-se com o papa no castelo, Henrique apareceu descalo como um penitente, por trs dias. O papa finalmente libertou Henrique da excomunho, em 28 de janeiro de 1077. Embora, na realidade, estes eventos no tenham provocado nenhuma mudana duradoura com relao ao desrespeito do Estado pela autoridade papal, isto lembrado como o maior exemplo do poder exercido pelo papa na Idade Mdia.Voltando um pouco no passado, vamos olhar para a coroao de Carlos Magno, em 800 a.D). Este um bom exemplo de um rei controlando o ofcio do papa. Carlos Magno foi o maior lder da Idade Mdia na Europa, Ele chegou mais perto de reavivar a unidade e fora do antigo Imprio Romano Ocidental do que qualquer outro monarca da Idade Mdia. No dia de Natal, na Catedral de S.Pedro, em Roma. o Papa Leo III coroou Carlos Magno como o Imperador do Santo Imprio Romano. Isto provocou uma ruptura com o Imprio Oriental que nunca foi emendada. Tambm levantou questes sobre a autoridade papal que abalariam a Europa Ocidental por sculos.A igreja (Catlica Romana) da Idade Mdia foi contaminada por algumas inconsistncias bsicas. As Santas Escrituras e a presena de Deus em adorao foram substitudas pelas decises dos Conclios da Igreja e normas ditadas por homens (notadamente o papa). Com este respeito pelo homem e desrespeito para com Deus e Sua Palavra, veio uma forte corrupo. Um bom exemplo a coroao de Carlos Magno por Leo III, em 25 de dezembro de 800. "Dois dias mais tarde, na grande baslica de S. Pedro, Carlos (Carlos Magno) e seus generais celebraram o natal, e o Papa insistiu em realizar um ritual romano, pelo qual ele colocou a coroa na cabea de Carlos, e ento, prostrou-se em um ato de adorao ao imperador, enquanto a multido de romanos presentes gritava uma montona srie de aclamaes rituais."

Igrejas Leste e Oeste Separadas

Os lderes do Oeste, tanto polticos como religiosos, tinham o Imperador de Constantinopla em alta estima. Isto continuou, mesmo depois da 'queda de Roma' (476), at 800, quando Carlos Magno foi coroado Santo Imperador Romano. Isto deu incio a uma fissura que alargou-se e continua at agora.Em 858. Nicolas (858-867), o Papa, tentou invalidar a nomeao imperial de Fotio (858-867, 878-886) como Patriarca de Constantinopla. Fazendo isto, ele provocou sentimentos doentios que culminariam em 1054.Leo IX (papa de 1049-1054) interferiu com igrejas ainda leais a Constantinopla. Miguel Cerulrio (Patriarca 1049-1058) respondeu, atacando Leo IX com uma carta condenando muitos dos dogmas do Oeste, incluindo o celibato dos sacerdotes. Leo respondeu enviando duas delegaes que colocaram uma excomunho para Miguel Cerulrio e seus seguidores no altar de Santa Sofia (Igreja lder do Leste), em 16 de julho de 1054. A separao das igrejas do Leste e Oeste estava ento fixada.A Quarta Cruzada (1204), com o objetivo de invadir o Egito, desviou-se. Os cruzados falharam em levantar o dinheiro para pagar o Venezianos pelo transporte para o Egito; os Venezianos barganharam com os cruzados e conseguiram que eles atacassem Constantinopla. Depois de pilharem a cidade, eles estabeleceram um patriarca latino leal Roma, e foraram a prtica do latim. Isto continuou at 1261, quando os gregos finalmente expulsaram os no bem-vindos cruzados. No preciso dizer que isto no mudou em nada as relaes leste-oeste, e, provavelmente, acelerou a queda de Constantinopla nas mos dos turcos otomanos.

As Cruzadas

O propsito inicial das cruzadas, como enviados por Urbano II (1088-1099), era proteger a cristandade oriental dos avanos dos Turcos Muulmanos. Junto com isto, o povo estava muito voltado para relquias. Havia uma larga admirao por vrios artigos nas igrejas por todo o Oeste. Estas relquias, se genunas ou no, eram tidas em alta estima. Quanto mais importante seria ento possuir no Oeste uma relquia vinda da prpria terra onde Cristo viveu e morreu?Outras influncias incluam a falta de comida na Europa Ocidental e o fato de que ela era superpopulosa. Tambm muitos estavam impacientes e desejosos de aventura.A primeira cruzada foi a mais bem sucedida, trazendo muito da sia Menor e Palestina para as mos dos cruzados. Todas as outras cruzadas foram esforos para superar os ganhos da primeira. Finalmente todos os territrios colonizados foram perdidos para os Muulmanos, em 1291.Provavelmente, o mais importante aspecto das Cruzadas o que elas fizeram pela Europa Ocidental. Os cruzados testemunharam o avano cultural do Leste e voltaram com histrias das grandes maravilhas da civilizao oriental. Isto estimulou seu apetite pelo estudo, e um renascimento cultural comeou a acontecer.

Catari, Valdenses e Inquisio

No tempo da Idade Mdia, a Igreja Catlica Romana possua uma firme influncia na maior parte da Europa Ocidental. Em um corpo organizado, sua influncia foi longe, infelizmente, na maioria dos casos, os lderes eram corruptos e mpios. Como uma reao contra isto, as dissenses eram bvias. O Imprio Oriental tornou-se forte no sudeste da Frana, nordeste da Itlia e nordeste da Espanha. Eles alcanaram grande crescimento no sculo XII e em algumas dessas reas eles se tornaram predominantes.Os Valdenses comearam por um rico comerciante de Lion de nome Valdo, em 1176. Ele foi inspirado a se aproximar mais de Deus e perguntou a um mestre de teologia o que ele devia fazer. A resposta foi uma citao da Bblia: "Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, d aos pobres e ters um tesouro no cu; depois, vem e segue-me." Mateus 19:21.1. Depois de ouvir, Valdo fez exatamente isto. Ele proveu modestamente para sua esposa e filhos e saiu para pregar. Depois de procurar um Novo Testamento e ganhar alguns seguidores, ele comeou a pregar arrependimento. Eles apelaram para o Terceiro Conclio de Latro, em 1179, por permisso para pregar. Esta lhes foi negada e porque eles sentissem que seu dever era continuar, foram excomungados pelo Papa Lcio III, em 1184. O principal aspecto destes grupos, que enraivecia os catlicos, era sua forte nfase na autoridade da Bblia. Eles memorizavam muitas pores das Escrituras e atravs desta iluminao, eles reconheceram os aspectos no bblicos de muitas prticas catlicas. Naturalmente, os conflitos vieram e depois de tentar em vo vencer pacificamente os "herticos'', trazendo-os de volta, os catlicos recorreram fora. Muitas pessoas inocentes foram assassinadas por instigao dos ''santos" papas.Em um snodo, acontecido em Toulouse, em 1229, os grandes religiosos, homens da igreja, chegaram a algumas concluses. Eles raciocinaram que muitos dos problemas causados pelos Catari e Valdenses vieram por causa do seu uso das Escrituras. Com este corrupto, carnal raciocnio, eles escreveram resolues proibindo os leigos de ter acesso Palavra de Deus. Sem nenhuma considerao pelo fato de Jesus ter dito: "Est escrito: No s de po viver o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus." (Mateus 4:4), eles retiveram o principal ingrediente que os homens precisavam para ter qualquer esperana de salvao.Um outro ato horrendo da Igreja de Roma foi iniciado em Toulouse, em 1229. Foi instituda a Inquisio, a qual ficou conhecida por suas injustificveis torturas e assassinatos de milhares, pelo que um grupo de mpios rprobos julgavam crenas herticas.Surge o Escolasticismo

Os sculos XII e XIII viram um crescimento em erudio. Muitas escolas brotaram por toda a Europa Ocidental, especialmente em volta de Paris. Os antigos filsofos gregos, Aristteles e Plato, foram redescobertos. Tambm os escritos de Agostinho voltaram a ficar em voga. Vemos as primeiras formulaes de universidades e corporaes de professores e estudantes.Com este fermento intelectual, vieram debates e reexames de significativas doutrinas da igreja. Duas bases filosficas conflitantes se desenvolveram. Uma enfatizava a importncia de ideais ou universal e seus efeitos sobre o individual. A outra enfatizava a importncia do individual comparado com o universal. Em outras palavras, conceitos universais eram dependentes dos individuais.O maior escolstico visto na pessoa de Toms de Aquino (1225-1274). Sua contribuio para a Igreja foi extensiva e ele, definitivamente, foi a maior inteligncia desta poca. Mas eu acho que a mais importante coisa que precisamos reconhecer com respeito a sua posio filosfica isto: Ele reintroduziu e expandiu o pensamento de Aristteles. A proposta bsica de Aristteles foi que o homem autnomo e que o universal ou ideal existe fora do indivduo. Uma nfase sobre o homem e o poder de sua mente foi adotada. Isto foi bom, enquanto deu ao homem uma melhor ou mais valiosa concepo de si mesmo. O efeito pernicioso desta malfadada filosofia que ela trouxe o pensamento de que o homem pode viver uma vida sem Deus, e a evoluo do Humanismo que se seguiu (mais prontamente representado pelo Renascimento), com sua nfase no indivduo e a negao de absolutos (tais como o certo e o errado). Aquino colocou igual valor nos antigos filsofos (especialmente Aristteles) e na Bblia.Wyclif e Huss

A grande injustia das aes da igreja estabelecida na Idade Mdia foi simplesmente esta: mais respeito foi dado s normas e asseres dos homens, por exemplo, conclios, papas, etc., do que ao que disse a Pal