A Chama Da Paixão Darcy Maguire

8/20/2019 A Chama Da Paixão Darcy Maguire

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CH M D P IXÃO

Accidental BrideDarcy Maguire

Brincando com fogo!

Orgulhosa, bonita e sempre com sua agenda lotada, Clare Harrison mal tem tempopara se divertir... Viver um romance sério iria complicar ainda mais sua vida, e eraexatamente por isso que ela queria distância de homens atraentes e sedutores!

Conhecer o milionário ar "ing parecia ser a solu#$o para todos os seusproblemas! %&inal ele era um pla'bo' solteir$o, sem a m(nima inten#$o de querer apostar em um relacionamento. ) se divertir com ele em encontros casuais parecia ser per&eito!*elo menos até Clare perceber que estava despreparada para o brilho sex' dos olhos dele

e mais ainda pela &orte e provocante atra#$o que existia entre os dois! %gora Clare teria deencontrar uma maneira de apagar todo aquele &ogo... ou ent$o deixar que a chama dapaix$o os dominasse!

Digitalização : JoyceRevisão: Luciane Tanaka

Formatação: na Rieiro



"#$T%L& '

Como ela era linda!ar "ing n$o podia &a+er nada, exceto &itála. -an#ava olhares da pista de dan#a,

notando os outros homens no sal$o, ovens e mais velhos, atra(dos e en&eiti#ados por ela.)les n$o tinham a menor idéia.

ar, no entanto, sabia, de alguma &orma, que aquela mulher era perigosa. /entiu ocora#$o disparar dentro do peito e o sangue &erver 0 perspectiva do desa&io. ) ela era umverdadeiro desa&io. )le a olhou de cima a baixo, prestando aten#$o em cada cent(metro

daquele corpo sex'.)la estava em pé, t$o imponente quanto o grupo de homens que a paparicava, n$o&icando para trás nem na estatura, nem no estilo. % lu+ do candelabro do sal$o de baile dohotel ca(a levemente sobre ela, &a+endo seus cabelos escuros brilharem... cabelos queestavam penteados para trás, presos na nuca e com pequenas mechas soltas paraemoldurarlhe a &ace alva.

1sava um vestido longo, preto, com uma &enda lateral que revelava parte da pernabem torneada. *érolas pendiam de suas orelhas e um colar, também de pérolas, pendiaaté o vale entre os seios. )le &echou os olhos e quase p2de imaginarse trilhando os lábiossobre aquela pele.

)nt$o puxou seu par para mais perto, movendose vagarosamente com a m3sica.

4e repente viu um homem de barba perto dela, intimamente perto, possessivamenteperto, quase ro#ando o terno contra os &emininos ombros desnudos. % garganta apertou.)le abaixou os olhos até as m$os dela... 5enhuma alian#a. )nt$o suspirou longamente.

6uem é ela7, perguntouse.8 ar! 8 % vo+ de /asha o tirou de suas &antasias. 8 /e voc9 n$o quer dan#ar,

basta di+er. )sses meus sapatos s$o novinhos!)le olhou para baixo e viu a ponta de seu cal#ado social preto sobre os delicados

sapatos vermelhos.8 4esculpeme. 8 )le a&astou o pé, notando que a m3sica tinha mudado. )nt$o se

obrigou a &ocar em outra coisa que n$o &osse a estranha mo#a sex' &ora da pista dedan#a.

Havia sempre trabalho mais que su&iciente para preencherlhe a mente. *erseguir opr:ximo desa&io, desenvolver e pesquisar as &raque+as de uma companhia, a adrenalinaenvolvida em adquir(la e o desmembramento e venda para &a+er com que cada d:lar gasto se multiplicasse para ele.

6ue tipo de trabalho &a+ia a ;/rta. <emme <atale;7 odelo7 4esigner7 Ou talve+sobrevivesse como uma destruidora pro&issional de cora#=es, indo de um relacionamentoa outro, consumindo tanto a conta bancária quanto o cora#$o de sua v(tima7

1ma &uga+ compuls$o de encontrar um lugar para ela em sua empresa surgiu desuas entranhas... *elo menos assim, poderia v9la ocasionalmente, com &requ9ncia,sempre...

8 Com licen#a 8 disse uma vo+ suave. 1ma m$o de unhas bem&eitas e dedoslongos tocaram o ombro de /asha.ar &itou diretamente os pro&undos olhos a+uis que n$o tinham o menor receio de



encarálo de volta. % respira#$o parou na garganta. O magnetismo sexual que &a+ia aestranha parecer t$o autocon&iante irradiava dela... atraindoo. %cendendo um &ogo nassuas pro&unde+as.

5$o conseguia desviar os olhos. % &ace alva tinha um leve rubor, como se um artistativesse esculpido as &ei#=es delicadas em mármore e ent$o lhe dado um tom rosado nas

&aces. Os lábios corderosa eram cheios e tentadores. Os olhos a+uis dan#avam sobreele, despertando um deseo que percorria todo seu corpo. Havia uma pequena cicatri+ umadas sobrancelhas dela, sugerindo que era realmente humana e n$o alguma obra de artemaravilhosa.

/asha soltou a m$o de ar e virouse, a express$o irritada para con&rontar aintrometida.

8 /im78 6uero dan#ar com ele. 8 % vo+ da estranha soou imperativa quando pegou a m$o

de ar e se colocou nos bra#os dele. 8 Voc9 n$o se importa, n$o é mesmo7!ar tentou esconder o divertimento.) n$o hesitou.

4esli+ou uma m$o na cintura dela, deulhe a outra e a condu+iu através da pista dedan#a.1m tremor de excita#$o o invadiu através do leve toque dela em seu ombro. %s sensa#=es que irradiavam do calor da m$o da mo#a o pegaram de surpresa. )le

respirou &undo, inalando o doce aroma de rosas que envolvia a estranha.5$o conseguia entender a rea#$o de seu corpo diante daquela mulher. >á vira muitas

mulheres bonitas antes e até mesmo as assediara. as ela era di&erente. ) a necessidadede descobrir exatamente como, mexia com seu interior.

8 % que devo esse pra+er7Clare &icara irritada quando "ing n$o notara sua entrada triun&al, mas o &ato de saber

que ele a estivera observando &ora o bastante para lhe dar a coragem necessária para

interromper a dan#a dele. %gora ela o tinha aonde o queria.8 )u estava entediada. 8 )la deu de ombros, delicadamente, sentindose vitoriosa.

"ing mordera a isca. %gora ela conseguiria o que queria. /eria bem mais &ácil do queimaginara a princ(pio.

8 )ntediada7 8 O comentário pareceu surpreend9lo.8 Oh, sim... 8 )la suspirou, olhando ao redor para a audi9ncia. Clare n$o esperara

que seu trae &osse atrair tanta aten#$o, mas serviu para seu prop:sito. ?alve+ a aten#$oque todos estavam lhe dando audasse "ing e seu enorme ego a cair em sua cilada.

4epois do que ar "ing &i+era, ela ia derrubálo e emoldurálo, &erindolhediretamente no cora#$o. )le &icaria sensacional emoldurado na parede de seuapartamento, pensou ela com sarcasmo. Os cabelos negros e a pele ambo combinariamcom a decora#$o. /eria muito mais interessante olhar para a linha &orte do maxilar, o belorosto quadrado e a generosa boca que prometia ser t$o sedutora quanto todo o resto dele,em ve+ de tomar seu ca&é da manh$ olhando o Ce+ame que tinha pendurado.

8 *or que uma mulher bonita como voc9 está entediada7O timbre rico da vo+ dele percorreulhe a espinha. )la deu de ombros e sorriu.8 Voc9 nunca sentiu que n$o sobrou nenhum desa&io na vida7Os olhos acin+entados de "ing brilharam de &orma travessa.8 /ei exatamente o que voc9 quer di+er. 8 )le a puxou para mais perto, as

delicadas curvas moldandose aos contornos de seu corpo r(gido.)les se encaixavam t$o bem, Clare pensou de &orma traidora, reeitando a idéia em

seguida. 5$o ia pensar sobre o inimigo daquele eito. ) ele era o inimigo. O que &i+era eraimperdoável e pagaria por isso.)le a rodopiou pelo sal$o em c(rculos, totalmente 0 vontade na pista de dan#a. Clare



supunha que ele se achava um presente de 4eus para as mulheres. /eguravaa com&irme+a, o calor do abra#o t$o másculo, t$o envolvente, t$o... perturbador.

)la n$o esperara que "ing &osse tudo aquilo. *revira alguém mais &rio, n$o umhomem que mexesse com seus instintos mais primitivos. 5$o era de se admirar que asmulheres sucumbissem t$o &acilmente ao charme daquele homem.

)la podia sentir os m3sculos r(gidos dos ombros sob o palet: do smoing, o poder daquele corpo... a promessa pulsante de que ele seria uma experi9ncia a ser relembrada.as n$o ia perder a cabe#a. >á tinha n:s su&icientes na vida para saber a verdade

sobre homens e relacionamentos. ?odos mentirosos. @ndependente do que ele provocavaem seu corpo, de que mágica era capa+ de &a+er, ela estava imune.

% ang3stia que passara com seu 3ltimo namorado, >osh, a curara de qualquer no#$oromântica. )la mordeu o lábio in&erior por causa da dor nada bemvinda que acompanhouas lembran#as.

%inda n$o conseguia acreditar em como mergulhara de cabe#a naquela rela#$o, emcomo pensara que &inalmente havia encontrado o amor... Os antares (ntimos, ascaminhadas na praia, compartilhar sua casa com ele... ) ent$o... &im. )stava acabado. )

n$o tivera uma insinua#$o sequer de que algo estava errado até que encontrara >osh&a+endo as malas.Como podia ter estado t$o cega7 )le a estivera traindo desde o momento em que se

mudara para a casa dela. ) Clare estivera ocupada demais para perceber.*odia ter &eito alguma coisa, pensou. udado de alguma &orma. /e tivesse

percebido. %gora ele estava casado com aquela mulher. )la tencionou os m3sculos dopesco#o. 5unca mais sentiria aqueles lábios enganadores.

<ora uma tola ing9nua. as n$o desta ve+. )stava preparada agora. *revenida.Caleada. ) &eli+ que podia olhar aquele moreno alto direto nos olhos, gra#as a seusgenerosos saltos.

% m3sica parou e eles se a&astaram, aplaudindo a orquestra com o resto da multid$o.

)la tinha de admitir que o imenso sal$o de &esta do Hotel )xcelsior era o lugar per&eitopara o antar bene&icente de "ing. O assoalho de madeira encerada, os extravagantescandelabros de cristal e a orquestra de vinte componentes, tudo &avorecendo a causa dele,arrecadar dinheiro de seus convidados milionários.

Clare inclinouse na dire#$o de ar e lhe ro#ou de leve o rosto quente com oslábios.

8 Voc9 está apostando em alguma coisa7 Os olhos dele brilharam perigosamente.— 1m desa&io 8 disse Clare casualmente, e virandose com uma lentid$o exasperante,

a&astouse, ciente de que o olhar dele a estava seguindo. )la respirou &undo para tentar controlar as &ortes batidas do cora#$o...

CAPITULO II

O primeiro passo estava dado e o plano estava agora em a#$o. %gora tinha apenasque sedu+ilo... e nada iria impedila, principalmente ar "ing.

?odos á estavam sentados quando Clare chegou 0 mesa. )la olhou vagarosamentepara os convidados, homens mais velhos com suas esposas carregadas de :iascar(ssimas, e homens mais ovens acompanhados de belas mo#as. ) ar "ing.

8 Aemvinda, senhorita... 8 "ing levantouse da mesa e indicou a cadeira a suaesquerda. 4o outro lado, estava a mulher de vermelho que ela expulsara da pista dedan#a.

8 Obrigada. 8 )la ignorou a pergunta e permitiu que ele a audasse a se sentar,ciente de que todos a olhavam.



6uando ele aeitou a cadeira, Clare sentiu dedos másculos ro#arem em suas costas,provocandolhe um arrepio na espinha. )nt$o tomou um gole de champanhe, enviandolheum olhar de censura por entre as pálpebras baixas. )stava nos neg:cios tempo o bastantepara se sentir segura perante uma companhia como aquela.

"ing tomou o pr:prio assento, aproximandose mais dela.

8 Voc9 está evitando di+er seu nome ou apenas brincando de escondeesconde7 8sussurrou, com um vago tom de censura na vo+.8 Barantolhe que n$o estou brincando. 8 Clare p2de ouvir o tremor na pr:pria vo+

e adicionou um sorriso para dis&ar#ar.)nt$o viu "ing levantar a sobrancelha.8 O que voc9 &a+ ent$o78 6uase o mesmo que voc9, eu diria."ing virouse na cadeira para lhe dar aten#$o total.8 *or que voc9 está agindo desta maneira78 Como assim7 8 perguntou ela de modo inocente, ciente de que a maioria dos

ocupantes da mesa estava atenta em cada palavra deles. /urpreendeua que ele a

estivesse con&rontando t$o abertamente, na &rente de todos, mas ent$o "ing era o sueitomais arrogante e autocon&iante que ela á conhecera. *rovavelmente n$o se importavacom o que os outros pensavam dele.

1m m3sculo no maxilar de ar se contraiu.8 Convidei pessoalmente cada pessoa que está aqui esta noite. 8 )le olhou em

volta da mesa. 8 ) posso di+erlhe que voc9 n$o é uma delas.8 Verdade7 8 Clare abriu seu guardanapo com um gesto desa&iante do pulso e o

colocou no colo. 8 ?em certe+a7)la suprimiu um sorriso. *egarao ali. /abia que ele era t$o ocupado que necessitava

de tr9s secretárias para manterse em dia com sua carga de trabalho e mais doisassistentes pessoais, ambos do sexo masculino, o que con&irmava o &ato de que ele levava

a sério o trabalho. 5ada de distra#=es. %té mesmo as secretárias estavam sempre acimados quarenta e eram casadas, para assegurar que a mente de todos permanecesse notrabalho.

1m sorriso de quem pensou no assunto curvou a boca de "ing, ameni+andolhe as&ei#=es.

8 %( voc9 me pegou. 8 )le virouse na cadeira e levantou a m$o. 8 >ohn71m homem da mesa ao lado virouse nervosamente e levantando, aproximouse. %

&igura morena, alta e séria, emoldurada por um smoing, era uma pintura. as a maioriados homens &icava muito bem de preto.

8 *ois n$o, senhor78 >ohn é meu assistente pessoal. )le cuidou dos convites. 8 "ing sorriu. 8 >ohn,

voc9 convidou esta ovem dama7>ohn olhou do che&e para Clare, obviamente con&uso.8 ais de du+entos convites &oram enviados, senhor. as &arei o poss(vel. /eu

nome7Clare sorriu para "ing.8 )la n$o lhe dirá o nome, >ohn. Certamente voc9 pode se lembrar de ter convidado

uma ovem dama7>ohn deu de ombros, parecendo sem sa(da.8 % seguran#a está a postos, ent$o ela certamente entrou com um convite. 8 >ohn

olhou para Clare, descon&iado. 8 as podemos tirála daqui, se é seu deseo, senhor.

8 *ode ser uma boa idéia. 8 % express$o de "ing endureceu. 8 /e voc9 n$o medisser seu nome, pedirei que a seguran#a a retire daqui.)la deu de ombros.



8 /e pre&ere me expulsar do que... 8 ela interrompeu a &rase deliberadamente etomou um gole do champanhe, olhando para cada &ace curiosa ao redor da mesa.

8 4o qu97 8 %gora ele parecia raivoso.8 4o que solucionar o problema para si mesmo, ent$o, é claro... vá em &rente.ar enrieceu como se ela o tivesse golpeado. O sil9ncio reinou na mesa. )nt$o, de

repente, ele sorriu e sua &ace se iluminou.Clare sentiu uma indeseada excita#$o perante o calor daquele sorriso. 4esviou osolhos para as rosas sobre a mesa e respirou &undo. as n$o p2de se controlar. O olhar subiu até o rosto dele de novo.

"ing dispensou >ohn com um aceno e voltou a aten#$o para ela. Os olhosacin+entados estudandoa com pro&undidade, como se estivessem tentando penetrar suasbarreiras com um 3nico olhar.

Clare re+ou para que alguém o distra(sse antes que ela perdesse o controle.1m gar#om, tra+endo as entradas, materiali+ouse entre eles.Clare o &itou.8 6uer tipo de sopa é7 8 % oportunidade para interromper a intensidade do olhar de

"ing &oi excelente. %quilo poderia interromper até mesmo a linha de pensamentos dele, seela tivesse sorte... /e tivesse muita sorte.8 Creme de champanhe com p9ras. 8 O gar#om lhe deu um sorriso e uma

piscadela conspirat:ria. 8 ?udo vegetariano, senhorita.8 Voc9 é vegetariana7 8 interrompeu "ing. 8 uito moderno da sua parte.8 5$o sou vegetariana para acompanhar alguma moda social. 8 )la pegou a colher

e mergulhoua no l(quido verde. )le estava muito enganado se achava que ela lhe dariaexplica#=es sobre seu estilo de vida! )nt$o se concentrou em tomar a sopa e em como odelicado l(quido quente acariciavalhe a garganta áspera.

8 *ela sa3de, ent$o7 8 sugeriu a mulher de vermelho ao lado dele.8 /im. 8 Clare sorriu amistosamente para a bela loira. )stivera t$o concentrada em

"ing que mal dedicara uma segunda olhada para a mulher. ?er praticamente expulsadoada pista de dan#a era uma coisa, mas ignorála durante a re&ei#$o era outra. % mo#a deviater uns vinte anos... apenas uma menina.

8 Como ele sabia que voc9 era vegetariana7 8 perguntou "ing. 8 % menos queeles soubessem que voc9 estaria vindo7 ?ele&onou para cá ou &alou com alguém quandochegou7

8 /im. 8 Clare levou outra colherada da deliciosa sopa 0 boca. %quela era umacria#$o de seu primo *aul. )le &i+era a sopa várias ve+es antes, enquanto estava &a+endoo curso de che&, mas aquela era sua primeira oportunidade de antar onde o primotrabalhava, sem ele. *aul era como um irm$o para ela, apenas dois anos mais velho queseus vinte e sete e eles eram muito pr:ximos. ?inham crescido untos sob o mesmo teto.

8 /im para qual das op#=es7 8 "ing agitou a colher de sopa para ela como se&osse uma arma.

8 ?anto &a+. 8 )la deu de ombros. *aul conseguira colocála dentro do antar bene&icente e tudo que ela tivera de &a+er &ora prometer que o acompanharia num pr:ximoevento social para enaltecerlhe a imagem. %lguma arma#$o estratégica, ela apostava.

Clare partiu um p$o+inho e passou manteiga devagar, ciente do olhar de "ing.8 Como voc9 conheceu ar7 8 perguntou para a garota de vermelho, cua &ace

continuava a aparecer atrás do ombro de "ing.8 /ou uma amiga (ntima da &am(lia 8 replicou ela na de&ensiva. 8 /asha ?a'lor

>ones.

8 Aonito nome. 8 Clare reprimiu um sorriso. O olhar de "ing, por estar sendoignorado, era algo impagável. 8 Voc9 está sendo muito delicada, &a+endo a ar o &avor de acompanhálo. )le teria &icado sem gra#a de ter chegado aqui so+inho.



/asha corou.8 5a verdade, é ele quem está me &a+endo o &avor... embora voc9 n$o pense assim.

8 )la p2s a m$o sobre o ombro de "ing. 8 /abia que ele acaba de ser nomeado como;O /olteir$o ais )leg(vel 4o %no;7

8 /ério7 8 Clare sorriu divertida. /e os organi+adores soubessem o que ele &a+ia

com pobres garotas inocentes, o teriam coroado como ;O aior Aastardo 4o %no;. )la deumais uma olhada em /asha. /eria a pobre garota a pr:xima v(tima7Os olhos de "ing &aiscaram.8 Voc9s duas querem parar de &alar sobre a minha pessoa como se eu n$o

estivesse presente7 8 )le se virou para /asha.8 ar, n$o &ique bravo com ela 8 criticou Clare.8 ) n$o me chame de ar. 5em mesmo conhe#o voc9! )la podia di+er que aquilo

o estava matando. /e ele soubesse seu nome ent$o, descobriria tudo que precisava emdois minutos e n$o era isso que ela pretendia. ?inha algo muito mais memorável emmente.

%lgo que "ing amais se esqueceria.

"#$T%L& '''

O que mais preocupava Clare era como sua irm$ ca#ula &ora parar na cama de "ing.)les n$o &requentavam o mesmo c(rculo social. % realidade dele era um mundo a parte. %témesmo com sua pr:pria empresa de transportes lucrativa, ela n$o tinha esperan#a de umdia chegar perto do mundo dele.

O tipo de &ortuna e poder que "ing constru(ra por si mesmo era onde os sonhospodiam chegar. Clare deixou o olhar vagar sobre os cabelos escuros do homem, o maxilar &orte e o contorno dos lábios. Como era bonito!

Conhecer "ing a &e+ acreditar que seu obetivo de possuir a pr:pria empresa eraposs(vel. /e um sueito como ele podia &a+er aquilo, ela também poderia. 1m dia.

8 Voc9 pode n$o me conhecer, mas eu o conhe#o. 8 )la pousou a colher natielinha va+ia de sopa e encontrou os olhos tempestuosos de "ing. 8 /ei que seus paisse separaram quando voc9 tinha apenas de+ anos e que voc9 passou os oito anosseguintes mudandose de uma casa para outra, enquanto sua m$e procurava por amor./eu pai &oi declarado &alido em mil novecentos e setenta e nove e depois em oitenta e seis,quando voc9 tinha de+ e de+essete anos respectivamente.

Os olhos de ar &aiscaram e uma sombra cobriulhe as &ei#=es.Clare suprimiu um sorriso de satis&a#$o. O investigador que contratara valera o

dinheiro.8 Voc9 estudou %dministra#$o de )mpresas no exterior e ent$o retornou para

investir a heran#a que seus av:s lhe deixaram. *reciso continuar78 )nt$o voc9 &e+ bem sua li#$o de casa 8 disse ele, &riamente. 8 Vai me di+er do

que está atrás78 5$o. as lhe direi uma coisa. 8 )la se aproximou, inalando a col2nia c(trica. 85:s temos conhecidos em comum.



)le estreitou os olhos perante a admiss$o.8 %h, &oi um dos rapa+es, n$o &oi7 8 )le riu, enviando olhares ao redor da mesa. 8

6ual deles é o responsável74ois dos homens pigarrearam, tr9s riram e os outros apenas o &itaram."ing voltou a aten#$o para ela, os olhos latentes.

Clare tentou esbo#ar uma risada para con&undilo. )stava conseguindo. O resultadoestava saindo melhor do que planeara.Os gar#ons retiraram as tigelas va+ias.8 *or quanto tempo voc9 vai &a+er esse ogo7 8 ele perguntou, r(spido.)la esperou até que a mesa estivesse limpa ent$o se inclinou para ele.8 )stou deixandoo entediado78 /im.as o &ogo no olhar dele lhe dava uma mensagem contrária. 8 Oh, meu 4eus! 8

Clare deu um leve tapinha na m$o dele.8 O que &oi7 8 Os olhos de "ing estavam &ixos no lugar onde a m$o dela cobria a

sua.

8 ?édio 8 disse ela, tirando a m$o e pondoa no colo, ainda arrepiada pelo contato.8 Voc9 sabe que o tédio nos &a+ envelhecer prematuramente7 *ode até mesmo levar 0depress$o e a todo tipo de perturba#=es mentais.

8 Verdade7)la se permitiu um sorriso.8 5$o sei, mas acredito que sim...1m gar#om colocou diante de Clare um prato com risoto milan9s coberto com

cebolas carameli+adas. )la lan#ou um olhar casual ao redor da mesa. Os outros haviamrecebido uma torta de cogumelos com presunto, guarnecido com ervilhas e cenouras.

"ing apertoulhe a m$o que estava sobre o colo. )la n$o esperara aquilo. *or algumatola ra+$o, assumira que teria que resistir a um contato &(sico com ele até mais tarde...

muito mais tarde.Os dedos másculos ro#aramlhe a pele, agu#ando cada nervo de suas pernas,

est2mago, o corpo inteiro. % m$o era muito quente e &irme. )le provavelmente sedu+ira airm$ dela com seu charme antes mesmo que a coitadinha tivesse uma chance parapensar.

8 )spero que voc9 n$o estea ble&ando, senhorita. 8 O polegar dele massageoulheas costas da m$o, trabalhando depois um pouco mais acima, nas pernas. 8 as comodevo chamála7

8 Como voc9 quer me chamar7 8 Clare perguntou, calmamente. )nt$o pegou umapequena gar&ada do maravilhoso arro+, outra especialidade de *aul, concentrandose nacomida mais do que na maneira que seu corpo trai#oeiro respondia a "ing.

8 6ue tal /carlet7 8 o&ereceu /asha. 8 4o clássico &ilme ...) o vento levou.8 as é voc9 quem está de vermelho, n$o eu. 8 Clare n$o p2de evitar reparar no

eito que /asha tocava "ing, delicadamente, porém de &orma possessiva. *obre /asha,estava totalmente encantada por "ing, t$o berrante quanto a 4ama de Vermelho, deseosae esperando... /e tivesse alguma idéia de onde estava a outra m$o dele...

8 Voc9 está certa. 8 /asha mordiscou o lábio in&erior, desli+ando a m$o pelo bra#ode "ing.

8 ) que tal Vi3va 5egra7 8 "ing tocou o topo da &enda do vestido e acariciou acoxa por baixo dela.

%rrepios incr(veis percorreram o corpo de Clare.

8 )stou de preto, mas n$o sou vi3va. 8 Clare pegou outra por#$o do risoto ees&or#ouse para comer sem engasgar. % vontade de empurrar aquela m$o quente e máscula a estava atormentando. Como



ele se atrevia a tratála daquele eito7 /em respeito por /asha, sem considera#$o por todos os cora#=es que deixara atrás de si, despeda#ados e sangrando.

)la bebeu um pouco do vinho. Olhou duvidosamente para a pequena por#$o em seuprato. )sperara evitar tanta conversa quanto as boas maneiras permitissem, mas calculouque manter a boca cheia n$o serviria como desculpa por muito tempo.

8 5unca &oi casada7 8 perguntou "ing, levando o gar&o 0 boca, parecendo querer alguma distra#$o o mais rápido poss(vel.)la apenas meneou a cabe#a.O sorriso na &ace de "ing sugeria que &icara satis&eito com a resposta.8 ) que tal alguma coisa do /haespeare7 8 /asha &itou Clare, claramente

insatis&eita pela conversa que n$o girava a sua volta, mas sorriu com alegria para "ing,como um cachorrinho querendo um regalo.

8 Humm, adame acbeth me vem 0 mente. 8 % vo+ de "ing era pro&unda e roucae a m$o acariciavalhe a pele nua com movimentos vagarosos e sensuais, enlouquecendoa de deseo. 8 5:s a chamaremos de adame acbeth ent$o.

)la sorriu, dis&ar#ando seu desagrado. %quilo era tudo que podia &a+er para deixálo

continuar tocando sua perna sem quebrarlhe o nari+. 4epois do que ele &i+era 0 suairm$... Clare cerrou os dentes. %p:s o pai t9la abandonado, Clare cuidara da irm$ ca#ula, <iona, enquanto a m$e

trabalhava em tr9s empregos. orar com a irm$ vi3va da m$e e o &ilho dela, também n$oaliviara a a&li#$o de sua m$e. % d(vida que o pai deixara &ora dolorosamente grande.

Clare es&or#arase para dar um emprego a <iona em seu escrit:rio quando elaabandonou a escola antes da hora, incapa+ de lidar com a press$o. )nt$o aposentara am$e assim que seus neg:cios tinham progredido o su&iciente para comprar uma casa paraela em 4andenong anges. 4evia ter mandado <iona para lá também, proteg9la da cruelrealidade da vida e de homens como ar "ing.

8 /ua re&ei#$o, senhorita, com cumprimentos do che&. 8 com uma piscadinha, o

gar#om p2s um prato 0 &rente dela. O rico aroma espalhouse no ar. )ra outra dasespecialidades de *aul, lasanha vegetariana, coberta com queios ex:ticos.

Clare se concentrou em comer, embora os olhos de "ing, insistentes sobre ela, á ativessem &eito perder o apetite.

<eli+mente ele precisava das duas m$os para cortar seu &ilé. % m$o masculina emsua perna a perturbara demasiadamente. ) precisava de todo seu bom senso se quisessederrubar aquele sueito.

"ing comeu quase em sil9ncio, apenas ocasionalmente respondendo algumasquest=es de /asha. Clare sup2s que ele estava digerindo os &atos e tentando imaginar quem ela era.

/ei que voc9 tem por volta de vinte e sete, vinte e oito anos colocou "ing &riamente,pausando quando a sobremesa &oi servida. 8 Voc9 está numa alta posi#$o nos neg:ciosou possui o seu pr:prio. Voc9 é pr:spera, n$o mora longe e n$o tem nenhumrelacionamento sério.

% colher de sobremesa de Clare parou no meio do caminho. 4evagar, virouse paraele, o sangue pulsando nos ouvidos.

8 Como7?oda a &ace dele se iluminou.8 /uas maneiras denotam lideran#a e a qualidade do seu vestido cheira dinheiro.

Voc9 veio de táxi porque nesses saltos... n$o deve ser &ácil dirigir. ) n$o há uma pista deuma identi&ica#$o, uma marca mais clara, em nenhum de seus dedos, o que signi&ica que

voc9 n$o usa uma alian#a há muito tempo. ) n$o usa esmalte 8 continuou ele, seguro desi. 8 5enhum anel moderno, apenas :ias simples. )u diria que voc9 é uma mulher muitocapa+ e segura, que n$o precisa de todos esses adornos arti&iciais para enaltecer seus



dotes.Clare notou que /asha retirou as m$os da mesa e as colocou no colo, aparentemente

nervosa."ing era esperto. )la tinha que lhe dar esse ponto. as n$o havia nenhuma ra+$o

para que se rendesse ao comentário dele. )la &itou o doce em seu prato, partiu um peda#o

e o p2s na boca. assa &olhada com recheio de no+es embebidas em creme de lim$o ecoberta com mel. )ra um para(so, mas n$o audava o cérebro a pensar numa respostainteligente.

8 )u n$o poderia ter trocado de sapatos antes de descer do carro aqui na porta7ar sabia que ela estava certa. Caso contrário n$o estaria parecendo t$o tranquila

ou t$o envolvida por sua sobremesa. ) ele p2de notar que ela empalidecera um pouco. )latinha ra+$o. )le gostava de um desa&io e aquele era o tipo de desa&io ao qual ele queriaentregarse naquele momento.

8 )nt$o, voc9 precisa de uma carona para casa78 @sso é uma o&erta7 8 Clare respondeu, a vo+ melodiosa. /ecando os lábios

carnudos com o guardanapo, &itouo diretamente nos olhos, como se o desa&iando a tirar o

sorriso dos lábios dela com os seus pr:prios. % m3sica reiniciou no sal$o de baile e as pessoas come#aram a se levantar dasmesas. ar, no entanto, n$o tinha a menor inten#$o de ir a lugar algum até que obtivessealgumas respostas.

5otou /asha se levantando a seu lado.8 Vou retocar a maquiagem. %quele era o momento de interrogar aquela dama, de proporcionar uma chance usta

ao desa&io dela. "ing n$o podia abandonar toda a dec9ncia e boas maneiras e arrancarlhe a verdade sem se preocupar com os e&eitos sobre a ovem /asha. Clare levantouse.

8 ?ambém vai ao toalete7 8 ar quis saber.8 /im. 8 )la lhe o&ereceu um de seus sorrisos +ombeteiros. 8 Voc9 sentirá minha

&alta7)le &e+ uma careta.8 <icarei aqui. 8 ?entando adivinhar o que ela pretendia. Certamente era astuta,

sabia que &icaria vulnerável ali so+inha com ele.O pensamento que ela era alguma ca#adora de dotes lhe ocorrera. % mulher parecia

conhecer o su&iciente sobre ele para saber exatamente o tipo de mulher que o atra(a. as,independente do obetivo dela, do quanto lhe custasse, ele entraria no ogo. )stavasedento por uma chance de domála.

ar n$o p2de evitar observála. as ela n$o olhou para trás. /asha sim, &a+endoopensar que a melhor amiga de sua irm$ poderia torcer o pesco#o da ousada estranhadentro do toalete. /uspeitava que /asha pensava que ele era territ:rio dela e com certe+an$o estava gostando nem um pouco da postura da intrusa.

ar tinha de admitir que se sentia mais vivo do que vinha se sentindo há muitotempo. Bostava daquele ogo. as n$o ia vacilar quanto 0s regras. ovimentando aspernas, pegou o tele&one celular embaixo da mesa, que tirara propositadamente da bolsadela antes que ela se levantasse.

ar levantouse e dirigiuse a um canto privado do sal$o de untar. )le girou opequeno celular vermelho na m$o. )sperava que ela o tivesse usado para uma liga#$oparticular e n$o para a previs$o do tempo que n$o o levaria a lugar algum. as ent$o,ainda haveria o pessoal da co+inha. )le n$o teria o menor escr3pulo de ir até lá einterrogálos sobre como &icaram sabendo nobre as pre&er9ncias alimentares de sua

misteriosa convidada. %briu o celular e apertou o ;rediscar;. 1ma empresa de táxi seria ideal para locali+ar quem a levara de onde até ali, porém &ácil demais. )le sorriu enquanto o tele&one



chamava.8 %l27 8 )ra uma vo+ tr9mula. 4e mulher. 8 D voc9, Clare7 )le listou o nome

mentalmente.8 Hotel )xcelsior. /etor de %chados e *erdidos. %cabamos de receber esse tele&one

e nos orgulhamos de nossos servi#os.

%dorar(amos devolv9lo ao dono antes que ele &osse embora esta noite. Voc9 seriacapa+ de descrever o proprietário7 )u apenas apertei o ;rediscar;, ent$o signi&ica que odono do aparelho &alou com voc9 há pouco tempo. O tele&one é bem pequeno e vermelho.

*arece de mulher.8 4eve ser de Clare. 8 % mulher pigarreou. 8 Clare Harrison. )la é alta, tem

cabelos castanhos na altura dos ombros e olhos a+uis.Aingo! 1ma enorme satis&a#$o o invadiu.8 Obrigado. )u o devolverei imediatamente. 8 )le desligou, sorrindo. Clare

Harrison. )le a pegara agora.8 )ste n$o é um celular &eminino7ar virouse. >ohn era t$o ovem e ing9nuo sobre os assuntos mundanos que se

tornava um estilo de vida.8 /im... é sim.8 ) voc9 parece satis&eito, senhor.8 uito satis&eito. 8 ar p2s o celular nas m$os de >ohn. 8 )ntregueo ao

gar#om. 4iga que voc9 o achou.8 /im, senhor.8 Conhecemos uma tal de Clare Harrison7 O nome me soa &amiliar 8 arriscou ar.8 /im, senhor.ar levantou a cabe#a. )les conheciam7 Como podiam se conhecer7 )le amais

teria se esquecido daquele lindo rosto de mulher.8 6uem é ela7

8 ) uma das proprietárias da ?rans @nternacional. 1ma das menores empresas detransporte de oleoduto. 8 >ohn aeitou a gravata. 8 *or qu97

ar sentiu a tens$o invadilo. ?rans @nternacional. *equena e ino&ensiva. ascrescera rápido. 1ma pérola para acrescentar 0s propriedades dele, uma ve+ quecomprava empresas &alidas e as desmembrava.

8 *ensei que ninguém sabia sobre as nossas inten#=es com a [email protected] 5inguém deveria saber, senhor. %penas um seleto grupo envolvido em pesquisar e

reunir as in&orma#=es. Voc9 tem uma reuni$o com o outro s:cio na segunda&eira. )le é os:cio maoritário da ?rans@nter.

8 ?enho7 8 ar encarou >ohn, 8 /ob que nome voc9 marcou a reuni$o7 8)nganos n$o eram para ser tolerados.

>ohn era novo, mas ar deixara muito claro o que esperava dele. /e qualquer detalhe de seu plano &osse revelado antes que pusesse os pés dentro da sala do s:cio,n$o lutaria apenas com a concorr9ncia, mas com os empregados e o outro s:cio...

8 /ob o nome de ar >ohns, senhor.ar es&regou o maxilar. 1ma estratégia inteligente, e n$o totalmente &alsa. >ohn

&icaria com ele.)nt$o, com aquele arti&(cio usado, como a srta. Harrison descobrira7 ) o que tinha

planeado para ele7 % mente entrou em &ranca atividade. O que &aria para salvar o neg:ciose a mesa &osse virada7 5ada! 5$o podia evitar os pr:prios sentimentos, e quaisquer que&ossem os planos dela, estava ainda mais ansioso para saber.

Clare Harrison era completamente mulher. )le rebateria qualquer coisa que elaarremessasse no seu caminho. ) tinha certe+a de que gostaria do ogo.



"#$T%L& '(

*or um segundo Clare pensou ter reconhecido 8 um rosto na multid$o, mas quandoolhou de novo, á tinha desaparecido.

)la tocou o peito, sentindo se o cora#$o ainda batia. % 3ltima coisa que precisava eraalguém que prevenisse "ing contra ela e arruinasse seu plano.

5$o demoraria muito para que ele percebesse a liga#$o entre Clare e a irm$. <ionaligara para o escrit:rio dele mais de de+ ve+es num 3nico dia e nenhum dos tele&onemas&ora retornado. Clare seguiu /asha, passando pelas mesas e pelos outros convidados. % ovem estava requebrando com certo exagero. % menos que tivesse algum problema de

coluna, era :bvio que estava se exibindo... para Clare mais do que para qualquer um.4emarcando descaradamente seu territ:rio.Clare conhecera muitos homens como "ing. )ram como moedas de de+ centavos.

%proveitadores, cada um deles. )la sentiu o sangue esquentar. %prendera rápido comodetectálos e evitálos. /e tivesse audado a irm$ a desenvolver um radar para aquele tipode homem, n$o estaria nessa con&us$o agora.

)nquanto retocava o batom no toalete, notou que /asha a observava com olhosestreitos. @maginou o que estava por vir. ecolocando o batom na bolsa, deu uma olhadapara a garota que estava tentando &a+9la encarar o :bvio.

8 Voc9 gosta dele, certo78 /im. ) quero que voc9 saiba que meu pai é muito rico e... que sou obviamente

mais ovem que voc9 e loira. 8 )la mediu Clare dos pés 0 cabe#a com despre+o. 8 Voc9está perdendo seu tempo.

8 %cho que deveria prestar um pouco mais de aten#$o em "ing. )le n$o é t$oinocente quanto voc9 pensa. 5ecessita de um desa&io. 8 )la se conteve antes que &alassedemais. 8 ) ele gosta de morenas.

/anha abriu a boca, mas &echou em seguida.)le é um homem do mundo, /asha. 6uer alguém que possa acompanhálo e esse

alguém n$o é voc9. <a#a a si mesma um &avor e encontre um rapa+ ovem e gentil queadorará o ch$o que voc9 pisa.

/asha inclinou a cabe#a.8 apa+es ovens v$o me adorar78 Oh, sim. 8 Clare suspirou. 8 )ncontre um especial e aposto que ele amais a

trocará por alguém./asha virouse para o espelho e retocou sua maquiagem 0 per&ei#$o.8 Voc9 está di+endo isso para &icar com ar.8 )ntenda como quiser. 8 )la saiu pelas portas duplas e voltou ao sal$o de &estas.espirando &undo, organi+ou os pensamentos. )nt$o era isso. Hora de atrair "ing

para a sua casa. % mesa estava va+ia. Clare olhou ao redor. 5$o seria di&(cil locali+álo. Os cabelos

negros brilhantes, a &ormidável altura e o torno caro eram uma combina#$o &ácil de ser detectada.

)la caminhou para o canto reservado do sal$o de antar, diretamente para "ing, semhesita#$o. 6uando ele a viu, abriu um sorriso encantador, e Clare compreendeu o que suairm$ experimentara.



)la n$o titubeou. <itoulhe a boca sensual e diminuiu a distância entre os dois. )ra omomento de ser séria. Conversa era desnecessária. Havia uma coisa que "ing queria, eela estava lhe o&erecendo aquilo. Valia qualquer coisa para atingir o sueito.

8 )nt$o, como voc9 &e+...)la o beiou de repente, enquanto uma enorme excita#$o percorreu involuntariamente

seu corpo.)le levou apenas um momento para se recobrar da surpresa. Os lábios logocorresponderam aos dela e eram mais persuasivos e gentis do que ela ousava admitir.

) o gosto da boca era maravilhoso. %rrepios a percorreram... uma necessidade do(daque negara por tanto tempo. 1m deseo primitivo a dominou e Clare roubou os lábios delesem pena.

ar a puxou contra si, as m$os movendose com sensualidade por suas costas,acelerando a explos$o sexual com beios ardentes.

)xploroulhe a boca com delicado dom(nio, embora estivesse pressionando o corpono dela. Cada nervo de Clare estava ciente do homem, do calor dos bra#os a sua volta, dapress$o do corpo másculo contra o seu.

1m tosse pr:xima a eles &e+ Clare voltar 0 realidade. Onde estava, quem estavabeiando e o que &a+ia ali7*ara um primeiro beio, aquele &ora passional demais, sedento e até mesmo raivoso.

) seria inesquec(vel. )la se a&astou com relutância. )ra muito melhor beiar o sueito doque pensar sobre ele e sobre o que &i+era. 5$o era de se admirar que <iona tivesse seapaixonado. )le era um especialista.

Os lábios de Clare &ormigaram. 5$o podia se aguentar. ?estou os lábios delenovamente, ro#andoos de leve com os seus. *odia nunca mais sentilos, a&inal.

8 Obrigado, >ohn. 8 "ing a encarou.8 %cho que consigo escapar daqui.)la teve raiva de si mesma. 5em mesmo vira o assistente aproximandose. )stivera

t$o envolvida por "ing que n$o registrará mais nada. 1m calor perturbador coroulhe as&aces.

)la tocou os lábios tr9mulos sem deixar de &itálo.8 Voc9 gostaria de me levar para casa7 8 Clare sabia muito bem qual seria a

resposta. O corpo todo do homem preparavase para o sim.8 )u &icaria honrado. 8 )le lhe o&ereceu o bra#o e se moveu para a entrada

principal do sal$o de &estas, depois para o sagu$o do hotel e &inalmente dirigiuse para aavenida principal. Clare enganchou o bra#o no dele, o corpo todo pedindo por maisdaquele homem, a mente viva pela &acilidade que ele ca(ra no plano.

5$o podia acreditar que estava &a+endo aquilo. Cru+ou os dedos atrás das costas,observando os carros passarem velo+es.

8 *ensando melhor, vou colocála num táxi. 8 "ing estendeu o bra#o e acenou paraum táxi. 8 /erá mais seguro.

)la &icou at2nita.8 *ara voc9 ou para mim7 8 conseguiu di+er. O que estava acontecendo7 "ing

deveria ir para a casa dela!Clare &itou os olhos acin+entados, pensando nas possibilidades, tentando encontrar

algum eito de salvar a situa#$o. as a mente estava em branco.1m sorriso curvou os lábios de "ing.8 %lgum problema78 5$o, de eito nenhum. 8 )la tinha que ogar com calma. /e n$o &osse naquela

noite, seria na noite seguinte, ou na outra. as tinha que ser. /ua irm$ necessitava que&osse. )le á estava &isgado. 1m olhar para o sueito e para a maneira como reagia a elaera o su&iciente para &a+9la respirar aliviada. % qualquer momento e ele pediria o n3mero



de seu celular...1m táxi amarelo parou na &rente deles e "ing abriu a porta com uma rever9ncia

&loreada.Clare o encarou. % pulsa#$o ecoava em seus ouvidos. 6ualquer segundo agora e ele

pediria o n3mero, ou a beiaria, ou iria propor...

)la entrou no banco traseiro.8 ?em certe+a7 <a#o um ca&é especial 8 sugeriu enquanto o est2mago lutava coma comida. %quilo n$o podia estar acontecendo. )la n$o poderia ter deixado a o&erta mais:bvia...

"ing &echou a porta do táxi e sorriu.8 Obrigado, mas n$o.8 )le deu um passo para trás e lhe deu um leve aceno, e até

mesmo atreveuse a sorrir, os olhos acin+entados +ombando dela com uma express$oimpenetrável.

Clare ergueu a m$o e acenou vagamente. O que &i+era de errado7 Vasculhou océrebro por uma pista do que podia t9lo a&astado e comprometido seu plano. 5ada. )laconseguiu sorrir, re+ando que ele estivesse apenas provocandoa, brincando como um

gato &a+ com um rato. /: que ela n$o era um rato.Os olhos de "ing varreram o trá&ego na rua movimentada. )nt$o virouse e voltoupara dentro do hotel.

Clare recostouse no banco. ?udo aquilo por nada! )le nem mesmo esperara paraouvir o endere#o que ela dera ao motorista!

)la engoliu a amarga verdade. <alhara. ?odo o plano n$o signi&icara nada.Viu os prédios virando borr=es quando o táxi ganhou velocidade. )xigiria mais que

um vestido sex' para capturar "ing. )xigiria todo seu cérebro, seu corpo e toda a vangl:riaque pudesse reunir. %penas esperava que aquilo &osse o su&iciente.

Clare entrou em seu apartamento e ogou as chaves dentro de uma &ruteira de vidrono console do hall. Os ombros estavam doloridos de tens$o. O que tinha sa(do errado7

?ivera certe+a absoluta que ele estava capturado!@ndo para a co+inha, acendeu a lu+, iluminando os m:veis de co+inha de carvalho.

5unca se cansava da apar9ncia brilhante da madeira polida, de como o &og$o de a#obrilhava, de como tudo aquilo era seu.

Correu a m$o pela super&(cie lisa e se moveu através do banco. %cendeu a chaleira ealcan#ou uma lata, entre muitas, da prateleira da parede a+uleada. retirando a tampa,pegou um biscoito de chocolate e mordeu um pedacinho. /entiase totalmente perdida.5$o sabia o que &a+er. *ondo o resto do biscoito na boca, pegou mais dois da lata. )le n$olhe tele&onaria. %quilo era uma certe+a. 5$o sabia nem mesmo o seu nome.

8 Clare7 % vo+ esperan#osa de sua irm$ ca#ula a trouxe de volta 0 realidade. )la se

endireitou, olhando sua irm$ através do balc$o aberto para a sala.8 Como &oram as cosias7 8 <iona estava em pé na sala, os bra#os cru+ados sobre

os seios, o cenho &ran+ido.8 Como voc9 pode ver, querida, n$o muito bem. 8 Clare gesticulou a m$o ao redor

da co+inha va+ia, &itando a irm$ carinhosamenteE 5$o havia engano que elas eram irm$s.?inham a mesma cor de cabelos, o mesmo &ormato de rosto, mas Clare tinha olhos a+uis,como o pai, enquanto os de <iona eram castanhos. /e "ing tivesse percebido quem elaera e &i+esse uma conex$o...

<iona prendera os cabelos para trás, a maquiagem estava sutil e a cal#a de linhoseria mais apropriada para um escrit:rio do que para um apartamento. Clare tencionou.

/ua irm$ estava vestida e preparada para en&rentar ar... /e ele tivesse vindo para casacom ela.)mbora a casa de Clare tivesse o mesmo asseio r(gido que seu escrit:rio, ali ela



permitia diversas cores. 5aquele ano o tema era mexicano. Havia cactos e plantas dodeserto em grandes vasos de barro sobre o ch$o de madeira polida, um tapete amarelo evermelho na ampla sala e um enorme sombrero pendurado na parede a+ul.

8 )le... ele n$o gostou de voc97 F Havia uma mistura de esperan#a e medo no tomde <iona. )la andou pela sala vagarosamente. 8 ?alve+ ele n$o sea t$o ruim quanto

pensamos. ?alve+ s: n$o saiba onde me encontrar.Clare colocou o que restava de seus biscoitos na boca e deu a volta no balc$o indopara sala ao encontro da irm$. )nt$o, abrindo os bra#os, envolveua a &im de con&ortála.

8 )le n$o retornou nenhum de seus tele&onemas, e sabe onde voc9 trabalha,querida.

)la sentiu o corpo da irm$ tremer e aquilo a atingiu diretamente no peito, por saber oquanto n$o queria que sua irm$ &icasse deprimida. )n&rentaria uma d3+ia de bastardoscomo "ing se isso signi&icasse &a+er <iona &eli+.

Clare passara mais tempo tomando conta de <iona do que a pr:pria m$e. % m$eestivera sempre no trabalho e, tia ose, a m$e de *aul, &icara muito triste com a perda domarido para se preocupar com elas.

Clare apertou ainda mais a irm$ nos bra#os. 4evia ter &eito alguma coisa para a&astálo. as, independente do quanto vasculhasse o cérebro, n$o podia entender o que oaborrecera tanto. /e soubesse, podia ter uma chance de remediar o desastre no qualaquela noite se trans&ormara. as ent$o... estava sem sa(da.

8 Olhe, voc9 n$o precisa dele. 8 )la acariciou a irm$, suavi+ando ao vo+,esperando que seu otimismo pudesse ser captado. 8 ?em que &a+er o que é melhor paravoc9.

8 am$e também pensava assim. 8 <iona a&astouse do abra#o e encarou Clare.8 )la &e+ o que era melhor para ela e olhe onde isso a levou. ) a n:s.

8 %qui, querida, isso nos trouxe aqui. 5$o ser(amos quem somos hoe se papai n$otivesse partido como &e+. 8 Clare tocou a sobrancelha trilhando a linha de sua cicatri+.

8 ) onde é exatamente esse lugar7 8 perguntou <iona 8 Certo, voc9 tem dinheiro,uma casa pr:pria, sua independ9ncia. *orém, há mais coisas a viver além disso, Clare.uito mais, e é isso que quero. 6uero alguém para compartilhar minha vida.

8 <iona...8 5$o, estou cansada de voc9 me di+er o que devo &a+er, sei o que preciso. *reciso

dele. 8 )la se sentou numa cadeira e cobriu a &ace com as m$os. 8 ?alve+ voc9 tenhara+$o. 8 )la levantou o rosto 8 ?alve+ eu n$o possa t9lo. as preciso &alar com ele. *or &avor. Voc9 tem que &a+er alguma coisa.

Clare tirou as &ivelas dos cabelos, virouse para uma mesinha de centro, a qualdecorara com maracas coloridas e bonecos de corda.

8 ?udo dará certo. )u quase consegui.8 Voc9 vai tentar de novo78 Claro, querida. 8 Clare correu os dedos através dos cabelos que iam até os

ombros.)mbora, como poderia &a+er aquilo dar certo, n$o tinha a menor idéia. /eus planos

para aquela noite tinham de ter dado certo. ?udo á devia estar terminado a essas alturas.8 ) o que acontece se ele n$o vier78 5:s vamos conseguir.ar apertou a m$o do 3ltimo convidado. <ora uma noite memorável. 1m dos

melhores antares bene&icentes que á patrocinara. %s doa#=es tinham sido &antásticas, eno geral a noite &ora um sucesso. )m algum lugar, em algum momento, alguma pobre alma

se bene&iciaria daquela noite e uma grande satis&a#$o encheulhe o peito.*oderia ter &eito melhor, e normalmente se repreenderia por oportunidades perdidasou chances esquecidas. as naquela noite era Clare Harrison que n$o lhe sa(a da mente.



)la se divertira um bocado.) ele estava pronto para en&rentar o desa&io e descobrir tudo sobre ela.>á era tarde e estava cansado, mas a lembran#a de quando ela estivera em seus

bra#os, a sua mesa, estava ainda muito v(vida em sua mente. *or que ainda n$odescobrira qual era o ogo de Clare7 O que ela queria, a&inal7

8 ar, estou exausta. -eveme para casa. 8 /asha desli+ou a m$o pelo bra#odele.)le lhe o&ereceu um sorriso suave. )la &ora extremamente tolerante ao

comportamento dele. 4epois que Clare partira, ele &inalmente &i+era as apresenta#=es paraas quais ela havia ido. %ntes tarde do que nunca, pensou, embora /asha n$o parecesset$o interessada quanto ele esperara.

8 *e#a que tragam o carro na entrada. )starei lá em um minuto.ar viu /asha sair do sal$o de &estas, requebrando de maneira exagerada. )ra uma

garota bonita e uma boa amiga de sua irm$. >ess necessitava de bons amigos. >á so&rerao su&iciente e n$o precisava de mais nenhuma in&elicidade em sua vida.

O div:rcio dos pais deles &ora traumático. %crescentado a isso, o pai perdera tudo e

&alira, e >ess quase n$o escapara do envolvimento com drogas e álcool. 5$o era de seadmirar que sua pobre irm$ agora se apoiava nele para estabilidade.ar pensou que era uma ironia que agora tivesse o estilo de vida que seu pai tanto

lutara para conseguir. )le até mesmo &i+era um empréstimo ao pai no ano anterior paraque investisse em outra aventura.

% m$e também n$o estivera muito presente para >ess. )stava muito ocupada emprocurar ;o amor da sua vida; para se preocupar com a &ilha. <ora di&(cil para >essentender aquilo. 5um momento era a ;queridinha; da m$e, ent$o de repente &oi colocadade lado enquanto a m$e procurava um novo amor para si.

O pai era &amoso por planear &ormas de &a+er dinheiro rápido. Constru(ra sua &ortunanos anos oitenta... para perder tudo de novo em oitenta e seis. )nt$o come#ara de novo.

Bostava de estar ocupado, e isso signi&icava n$o ter tempo para >ess também. )lacertamente so&rera com tudo aquilo, mas pelo menos tinha a ele. ar nunca a deixariacair em depress$o. )le correu as m$os por entre os cabelos. /abia exatamente pelo queela passara e o que perdera.

Caminhou até a pista de dan#a e, &echando os olhos, es&or#ouse para se imaginar na posi#$o de Clare. *or que estaria lan#ando desa&ios a ele7 1ma onda de calor opercorreu. )staria avaliandoo como seu pr:ximo s:cio nos neg:cios7

)le se acalmou. 5$o haveria muito para avaliar, uma ve+ que ele era o dono daempresa. )la n$o poderia ter nada contra ele. esmo se tivesse pesquisado, teria obtidotodas as in&orma#=es que precisava saber, que ele levava os neg:cios muito a sério e quedaria o melhor de si pela ?rans@nter.

?alve+ ela estivesse vendo qu$o compat(veis eles eram7 Havia pouca d3vida alitambém. %quele beio! )le nunca &ora beiado com tanta energia, paix$o e intensidade.

8 O carro está pronto 8 soou a vo+ melosa de /asha.8 Vamos. 8 ar saiu rapidamente da pista. % enorme limusine preta estava na entrada do hotel, o cho&er segurando a porta

aberta. /asha entrou primeiro.8 Voc9 n$o estava pensando naquela mulher, estava7)le a encarou.8 %penas neg:cios. *or qu97 8 perguntou, acomodandose no banco ao lado dela./asha examinou suas unhas vermelhas.

8 *orque n$o gosto dela. )la n$o é da nossa classe... 8 )la lhe deu um olhar dedesdém. 8?entou me prevenir contra voc9."ing relaxou no assento.



8 )la &e+ isso7 8 )le n$o p2de evitar sentir um &ormigamento no corpo todo. 8 ) oque voc9 respondeu7

8 O que queria que eu dissesse7 8 /asha perguntou, irritada, aproximandosemais. )la tocou a manga do palet: dele e seguroulhe o bra#o. )nt$o &ixou olhos docesnele antes de abaixar os c(lios.

8 *rovavelmente que voc9 é apenas uma amiga e que portanto ela seria bemvindaa mim. 8 ) ele daria mesmo as boasvindas a Clare. % mente vagou pelo corpo dela,estampado em sua mem:ria outra ve+. uito bemvinda.

/asha abaixou a m$o e enrieceu o corpo.8 D isso que signi&ico para voc978 Voc9 é a melhor amiga de minha irm$. @sso signi&ica muito para mim. 8 )le viu os

olhos dela &aiscarem. 8 ) voc9 é ovem demais para um sueito como eu.8 as voc9 tem apenas trinta e tr9s anos. 8 )la cru+ou as duas m$os sobre o colo.

8 ) verdade que gosta de morenas78 Como7 8 )le &oi pego de surpresa. 8 *or que voc9 di+ isso78 )la disse. 8 /asha olhou para &ora através da anela. 8 %quela mulher que nos

interrompeu. %quela com a qual voc9 passou o antar inteiro conversando. %quela queobviamente capturou o seu interesse.8 )la disse isso7 8 )nt$o ela n$o estava apenas procurando dados sobre a vida

pro&issional dele. @ntrigante. )s&or#arase imensamente para descobrir cada pequenodetalhe sobre ele.

%parentemente.8 %cho que voc9 deve a sua irm$. ar &ran+iu o cenho.8 4evo o qu978 4ar uma chance a n:s dois.8 Oh, /asha... 8 )le segurou o rosto dela entre as m$os e a beiou na testa. 8

Voc9 n$o seria &eli+ comigo.

O carro parou na &rente da casa da &am(lia de /asha na parte alta de ?oora, ondecasas magn(&icas estavam constru(das e carros europeus adornavam as ruas.

8 *or que voc9 n$o experimenta7 8 sussurrou ela baixinho, os olhos brilhando.)nt$o a&astou o rosto das m$os dele, abriu a porta, desceu e correu pelo ardim. /em olhar para trás.

ar es&regou os m3sculos tensos da nuca. *arecia mesmo que n$o podia sair comalguma mulher sem se enroscar na teia. ?eria que desistir de encontros por enquanto... atéque conseguisse domar Clare Harrison.

"#$T%L& (

Clare estava deitada sobre o edredom, papéis espalhados a sua volta, deseando quea mente parasse de torturála com os acontecimentos do sábado 0 noite. @rritada, bateu notravesseiro. 5$o tinha um homem em sua vida há quase dois anos e a cama parecia t$o

va+ia e deprimente quanto ela se sentia.5$o pensava sobre >osh ultimamente. Compreens(vel, uma ve+ que tinha a situa#$odesagradável de <iona e "ing para lidar. ) era di&(cil n$o pensar em ar "ing.



)la olhou para os papéis 0 m$o, tentando se concentrar nos proetos que tinha para a?rans@nter. *oderia t9lo &eito maravilhosamente... se pudesse manter a mente no trabalhoe n$o no bonito rosto de "ing.

Vivera o bastante para ser &orte. )scolhera seguir algumas oportunidades quandosurgiram em seu caminho e reeitar outras. "ing, ela pre&eriria reeitar, mas por hora estava

presa ao homem e 0 con&us$o que ele criara.<ora uma decis$o traumática parar os estudos aos de+esseis anos, mas ela n$o tinhasido capa+ de assistir a sa3de da m$e deteriorar ainda mais. *ossu(a tr9s empregos e &ora:bvio até mesmo para uma menina como Clare que a m$e n$o era capa+ de seguir em&rente.

<ran Aolton, o dono da ?rans@nter, a contratara como escriturária3nior, ensinandoa e desa&iandolhe a mente com tare&as que requeriam racioc(nio. )la tornarase suaassistente pessoal em alguns anos, apesar da empresa possuir uma equipe de apenasdo+e &uncionários. *oder sustentar sua &am(lia &ora um sonho trans&ormado em realidade.) <ran a encoraará a estudar 0 noite e adquirir habilidades para audar a desenvolver aempresa.

)le &ora seu che&e por uns bons cinco anos antes que a esposa tivesse se cansadodele. 4eparandose com perdas no acerto &inanceiro do div:rcio, <ran acatara a o&erta deClare. )la comprara a parte da esposa dele na empresa por um pre#o mais do quera+oável.

Clare &echou os olhos. % heran#a de sua av: paterna chegara em boa hora. /eapenas seu pai n$o tivesse sido t$o teimoso esm rela#$o 0 &a+enda e seus princ(pios, avida da m$e dela n$o teria sido t$o dura ou solitária. ) ele poderia ter ido para a sepulturacom a &am(lia a seu lado.

*or causa das reclama#=es de <ran, Clare á sabia que a empresa n$o andavamuito bem, mas dedicouse com empenho aos neg:cios. ) ent$o conseguiu reeguer aempresa, &a+endo novos contatos e conseguindo grandes clientes.

Otimi+a#$o &ora a chave de tudo, e enquanto eles n$o conseguissem totalestabilidade, n$o perderiam dinheiro como as outras grandes companhias perdiam. %gora<ran estava semiaposentado e contente de receber os lucros enquanto ela dirigia aempresa.

Clare respirou &undo e deitouse no travesseiro. /erá que "ing soubera quem era<iona quando a &e+ cair a seus pés7 6ue tipo de problema estava querendo para si7 )lasorriu. ?inha certe+a de que ele sabia disso.

?entou ler mais um documento, mas as palavras embaralharamse na mente com anoite de sábado outra ve+. ?ocou os lábios com a ponta dos dedos. /e nada mais, elebeiava &antasticamente.

Com um sobressalto, sentouse na cama, untando os papéis e guardandoos na suapasta de m$o. 5$o ia pensar naquele homem. )le n$o valia nem o tempo desperdi#ado.)la &oi tomar um banho.

5$o ia deixar "ing esquivarse livremente desta ve+, nem mesmo se tivesse quealgemálo e tra+9l: arrastado até sua casa.

Clare aeitou as almo&adas a+uis da sala, deu um passo atrás ti observou o cenário.*er&eito. )xatamente como o de uma rovista.

>á escolhera o tema ;?aiti; para o ano que se aproximava e come#ara a colecionar en&eites e mob(lias. )ra um hobb' caro, mas, uma ve+ que leiloava o velho tema comoconunto completo, &icava sempre &altando apenas algumas poucas centenas de d:lares.)la n$o trocava a excita#$o de encontrar pe#as exclusivas por nada e aquilo n$o a&etava

seu trabalho de &orma alguma. ?inha um ano inteiro para achar tudo o que precisava.*assou pelo quarto de <iona e parou. O som aba&ado de desespero era aud(vel. )la abriua porta. Olhos vermelhos a encararam.



O est2mago de Clare se contraiu.8 5$o se preocupe. 5:s o pegaremos hoe. <iona secou os olhos.8 )spero que sim.Clare &echou a porta, o cora#$o batendo &orte.8 )u também 8 murmurou.

Clare consultou seu rel:gio. 6uase de+ da manh$. 5$o podia se lembrar de um 3nicodia que chegara t$o tarde para trabalhar. O pessoal do escrit:rio á devia estar preocupado.

)la caminhou pelo corredor, olhando para dentro das salas através das portas devidro que ladeavam ambos os lados do corredor. 1ma onda de satis&a#$o a aqueceuperante a vis$o do tumulto, dos caminh=es e dos &uncionários. @ndependente do queestivesse acontecendo em sua vida pessoal, poderia sempre contar com seu trabalho paramergulhar de cabe#a.

)spregui#andose, liberou a tens$o daquela experi9ncia di&(cil da manh$.5ormalmente adorava a vida urbana. %quilo a carregava de energia, a loucura organi+ada,como chamava. as aquela manh$ alguém sem considera#$o bloqueara seu carro.

8 Aom dia, srta. Harrison 8 cumprimentou ?ânia. % recepcionista era ovem, bonitae entusiasmada.8 Aom dia. %lgum recado7?ânia estendeulhe o pequeno bloco de tele&onemas e o celular dela.8 Voc9 o deixou no Hotel )xcelsior no sábado 0 noite. Clare virou o pequeno

aparelho nas m$os. *rovavelmente a bolsa n$o estivera bem &echada...8 Voc9 perdeu um homem e tanto! O sr. Aolton disse que eu n$o deveria lhe contar

sobre isso, mas... meu 4eus, ele era... O homem era realmente maravilhoso.8 O sr. Aolton7 8 Clare pegou o corredor em dire#$o 0 sala de <ran. )le mal

aparecia lá ultimamente. Comprara um barco e passava a maior parte do tempo pescandoe indo a clubes aquáticos. 8 6ual é o nome desse homem7

8 /r. ar >ohns.O nome n$o signi&icava nada para ela. Clare mordiscou o lábio in&erior. *odia ser um

vendedor de barcos, um representante de vendas ou alguém sem importância. as por que n$o lhe contar sobre ele7

8 4e que empresa ele era78 5$o &a#o a menor idéia. 5$o sei do que se tratava, mas havia um outro sueito

bonito com ele. Os dois estavam de terno. uito pro&issionais.Os m3sculos de Clare contra(ramse. /obre o que <ran n$o queria que ela

soubesse7 )mbora eles trabalhassem untos há anos, e Clare estivesse dirigindo aempresa para ele, <ran tinha o irritante hábito de poupála de preocupa#=es.

)la bateu primeiro e ent$o entrou na sala de <ran. *ostando as m$os na cintura,encarou seu mentor.

6uando encontrou os olhos dela, a &ace redonda de <ran corou. O nari+ grande e opesco#o grosso destacavamse na camisa branca com gravata a+ul. O palet: estava noencosto da cadeira.

8 ?(pico. )u deveria saber que aquela recepcionista n$o seguraria a l(ngua.8 O que está havendo, <ran7 8 Clare engoliu em seco. % resposta estava t$o clara

na express$o dele quanto nos registros da contabilidade trimestralE alguém queria aempresa.

<ran abaixou os olhos e tirou os :culos. )nt$o levantou o rosto.8 5ada. 5$o sei do que voc9 está &alando.

8 5$o sabe7 8 )la se inclinou sobre a mesa, olhandoo &ixamente. 8 5:s mal ovemos aqui ultimamente, muito menos de manh$ e com uma reuni$o misteriosa. )... 8 elaapontou o trae dele 8 de terno. 8 )nt$o &e+ uma pausa, deixando sua acusa#$o penetrar



na mente dele. 8 6uem s$o eles7<ran tamborilou um lápis na mesa.8 Clare, voc9 tem que entender minha posi#$o.8 ) qual é a sua posi#$o78 ) uma o&erta que eu seria um tolo se recusasse.

8 6ue o&erta7 8 )la tencionou. 4etestava estar certa. 8 Voc9 poderia ter meavisado.<ran desviou o olhar.Clare deu um passo para trás. 1m tremor percorreulhe o corpo. as soubera que

aquilo viria. /oubera desde o momento que eles tinham recebido o maior contrato detransporte, o qual determinava que a empresa deles tiraria proveito de algum predador.

8 5$o me diga que voc9 assinou alguma coisa.)la olhou para a caixinha de :culos dele. <ran n$o poderia ter estado lendo os

pormenores em um contrato... n$o sem lhe contar, sem &alar com ela, sem levar emconsidera#$o o quanto &i+era por ele e pela empresa.

8 5$o há meios de voc9 lutar contra isso, Clare. )u ia lhe contar tudo. as n$o

queria que voc9 se aborrecesse. 8 )le suspirou. 8 /abendo o quanto voc9 ama esselugar, n$o queria que voc9 se estressasse...8 6ue absurdo, <ran! Voc9 sabe o que a companhia signi&ica para mim. 8 )la

cerrou os punhos. % empresa era a sua vida. )ra sua âncora e seguran#a para sua &am(lia.4e modo algum, iria deixar que sua irm$ e m$e convivessem com a pobre+a novamente.1ma ve+ á &ora o su&iciente, e durara tempo o bastante para machucálas por uma vidainteira. 8 Voc9 poderia me dar uma chance. ?enho dado tudo por esta empresa, e n$o é usto alguém chegar e tirála de mim.

8 )u lhe sou grato por tudo que voc9 tem &eito, Clare, mas...8 /em ;mas;, <ran. 49me uma semana para que eu levante o capital antes que

voc9 venda sua parte na empresa. 8@ria ser uma sobrecarga emocional e de trabalho,

uma quantidade incomensurável de reuni=es para negociar e levar em &rente seusproetos... a menos que ela pudesse arranar o dinheiro primeiro.

)la se virou para a porta, brava consigo mesma por n$o estar preparada para aquelasitua#$o, brava com <ran por ter presumido que ela n$o estava.

8 Clare7)la virouse devagar, suprimindo uma resposta rude. <ran a &itou, o cenho &ran+ido,

e n$o disse nada.8 <ran, voc9 me deve isso.)le suspirou.8 ?udo bem, eu lhe darei quarenta e oito horas. 5$o há meios de &a+9los esperar

mais que isso.8 6uem quer a empresa7 8 perguntou ela. )ra estranho que alguém tivesse notado

a ?rans@nter e a quisesse.8 % Corpora#$o Hulex.)la abriu a porta e saiu, batendoa com satis&a#$o. O nome n$o lhe di+ia nada.

*rovavelmente uma subsidiária de uma subsidiária.8 ?ânia, na minha sala. %gora.O rel:gio na parede do escrit:rio bateu meiodia. O ca&é de Clare es&riara a seu lado,

esquecido, o &oco de sua aten#$o inteiramente dedicado a convencer alguém a emprestarlhe o dinheiro. )la bateu o tele&one de novo, a garganta doendo perante a ironia. /e n$otivesse levantado tanto a empresa, seria capa+ de bancar a parte de <ran. iscou outro

banco de sua lista.) apoiou a cabe#a entre as m$os.)stava perdendo o controle de sua empresa.



O peito doeu. ?rabalhara arduamente para comprar uma casa para a m$e e umapartamento para si mesma. -ágrimas marearam seus olhos. )s&or#arase pela seguran#adelas e se tivesse uma chance de salvar a empresa, teria de hipotecar tudo que possu(a,colocandoas em risco novamente.

O inter&one soou.

8 Clare7 <iona na linha dois.8 Obrigada. 8 )la respirou &undo e atendeu ao tele&one. 8 O que &oi, querida78 )stou me sentindo estranha aqui, sem &a+er nada.8 )u sei. as acho que mais um ou dois dias para se recompor... é apenas o que o

médico recomendou. ?ânia está indo bem.8 -iguei para saber sobre esta noite. *recisarei estar pronta. Clare olhou sem pensar

para o lápis em sua m$o.8 *ara qu97 Houve um sil9ncio.8 /e voc9 trouxer ar "ing esta noite.eu 4eus! Como podia ter se esquecido daquele homem78 Claro, querida. >á estou a caminho do escrit:rio dele.

8 Voc9 é a melhor irm$ do mundo. 8 )la desligou o tele&one. Clare meneou acabe#a. <iona n$o tinha a menor idéia! )la se levantou, aeitou a cal#a, ent$o hesitou.5unca deveria ter comido todos aqueles biscoitos. *recisava atrair o sueito! ?ocou a peledo rosto e re+ou para que o destino n$o a tivesse presenteado com espinhas também.

Aebeu dois copos de água e observouse no espelho. 5ada de espinhas... asquase deseou que as espinhas estivessem lá, assim poderia usar como desculpa, talve+.5$o podia acreditar no que estava indo &a+er naquele momento, bem no meio de umatrans&er9ncia de poder. % 3ltima coisa que precisava no momento era en&rentar "ing outrave+. 4everia &icar e salvar sua empresa. as aquilo era mais importante.

/aber da indi&eren#a de seu pai e de seu av2 para com a &am(lia, e quanto sua m$eso&rera com o resultado, era o bastante para convenc9la de que a &am(lia deveria sempre

ser a prioridade máxima.Clare deu diversas instru#=es a ?ânia quando ela entrou na sala. % garota poderia

cuidar das coisas enquanto ela estivesse &ora. %&inal, o encontro com "ing n$o seria muitodemorado... /e ele concordasse em v9la.

O escrit:rio de "ing era t$o audacioso quanto ela esperara. O edi&(cio imenso comportas automáticas de vidro na entrada, re&letia os prédios das redonde+as. )la adentrou o&ormidável ch$o de mármore, mantendo os olhos 0 &rente, recusandose a aceitar qu$olonge daquilo estava sua empresa.

"ing estava certamente trabalhando em grandes propor#=es. O sagu$o era grande,decorado com esculturas de mármore de arte abstra(a. 4ois seguran#as uni&ormi+adosestavam em pé contra a parede, de cada lado do conunto de elevadores.

% mulher no balc$o de recep#$o levantou os olhos do computador e lhe deu umsorriso agradável.

8 *osso audála78 /im, gostaria de &alar com o sr. "ing, por &avor. % mulher a observou mais atentamente, olhos estreitos.Clare endireitou os ombros, consciente de estar sendo medida. % cal#a cin+a e blusa

branca eram sociais, embora devesse ter levado sua pasta de executiva ou pelo menosuma pasta de couro embaixo do bra#o.

8 Voc9 marcou hora78 5$o. 8 Clare suspirou. >á esperara aquilo. as agora que estava ali e rodeada

por tudo aquilo, parecialhe ainda mais :bvio que &ora apressada demais em ir correndopara lá, presumindo que entraria, de um eito ou de outro.8 )nt$o, sinto muito mas...



8 )u gostaria que voc9 o avisasse que estou aqui. ?enho certe+a de que ele mereceberá. 8 )la cru+ou os dedos atrás das costas e olhou casualmente ao redor dosagu$o.

% mulher a olhou em d3vida.8 /eu nome7

Clare hesitou, mas n$o tinha escolha.8 adame acbeth. 8 Os m3sculos contra(ramse involuntariamente. 4everia ter pensado em outra alternativa naquela noite. %lgo mais normal! as ent$o, aquilode&initivamente n$o estivera nos planos.

% mulher lhe deu um sorriso nervoso.8 %cho melhor voc9 ir embora, querida.8 5$o sou sua querida e se voc9 quer manter seu emprego, sugiro que ligue para

ar. @sso n$o é brincadeira. 8 )la prendeu a respira#$o.Clare p2de sentir os dois seguran#as atrás de si, esperando um movimento errado de

sua parte, ou uma ordem da mulher at2nita atrás do balc$o.8 6ual é o assunto7 8 % mulher levantouse. )stava obviamente tendo di&iculdade

em lidar com a situa#$o.8 D pessoal. 8 Clare come#ou a tamborilar as unhas no balc$o. 8 5$o tenhotempo para isso. Olhe, simplesmente &a#a a liga#$o. /e eu &or uma louca, o máximo quevoc9 vai perder s$o alguns minutos de seu tempo. /e eu n$o &or e voc9 n$o ligar... ent$oserá o seu emprego que estará em ogo, eu lhe asseguro.

% mulher levantou o tele&one de comunica#$o interna de &orma hesitante, obviamentedescon&iada.

Clare &itou a porta de entrada, &ingindo tranquilidade. entalmente cru+ou os dedos,pedindo por sorte. /e "ing se recusasse a atend9la signi&icaria que ela &alhara e que<iona n$o teria sua chance.

8 Voc9 pode subir. 4écimo quinto andar 8 anunciou a recepcionista. 8 *egue o

elevador da esquerda, madame acbeth.)m qualquer outra circunstância, Clare teria rido do espanto da mulher.8 Obrigada./erá que "ing antecipara, naquela outra noite, que ela iria insistir7 % reei#$o dele ao

convite do sábado podia signi&icar que ele n$o queria que o ogo terminasse t$o rápido. Ouque iria ogar pelas pr:prias regras. 1m tremor a percorreu. Onde estava se metendo7

"#$T%L& ('

Clare subiu no elevador, aeitou as roupas e os cabelos, o cora#$o disparado denervoso.

)nt$o hesitou. ?odo mundo &a+ia tanto pelos irm$os ou ela era superprotetora7 <osseo que &osse, sabia que n$o poderia deixar <iona naquela situa#$o de incerte+a.4esabotoando os dois primeiros bot=es da blusa, re+ou para que "ing estivesse mais

&lex(vel naquele dia. %s portas do elevador se abriram. %s paredes de um rosapálido da recep#$o eram decoradas com quadros a :leo e um



carpete creme cobria o ch$o. icas samambaias pendiam lindamente de alguns cantos.Vasos de plantas ladeavam cada uma das tr9s mesas de secretária, dispostasestrategicamente para receber os visitantes, impedindo que qualquer pessoa adentrassesem ser notada.

)la respirou &undo. /eu apartamento inteiro caberia naquela sala. %quilo era um belo

exemplo de grandes neg:cios perdendo valor monetário pela seguran#a das apar9ncias."ing conseguira aquilo tudo de &orma desonesta, comprando empresas por um pre#obaix(ssimo, dividindoa em pequenas partes e vendendoas em leil=es por um custo muitomais alto, pensou ela com desgosto. )ra o trabalho per&eito para ele.

% secretária da esquerda deulhe um sorriso. O nome dela estava escrito numaplaqueta de bron+e sobre a mesa.

8 )le a está esperando. 8 )la apontou uma porta atrás de si. 8 adame acbeth.8 Obrigada, <reda 8 disse Clare, sentindo as &aces quentes. 4everia &a+er "ing

so&rer lentamente por &a+9la passar por tudo aquilo.)la parou nas portas duplas que levavam ao escrit:rio dele, deseando que as pernas

parassem de tremer. ?inha que &a+er dar certo dessa ve+.

8 )stá tudo bem. )le n$o é t$o ruim como todos pensam. Clare olhou para asecretária. % mulher mais velha sorriu. % quem estava enganando7 ?alve+ as secretárias estivessem a salvo do che&e.

*odiam se esconder atrás de seus :culos e computadores e &ingir que ele era per&eito.as ela sabia a verdade. %brindo as portas, entrou, endireitando os ombros.

)le estava sentado a uma grande mesa de ébano, recostado na cadeira de couro,observandoa com olhos escuros.

)stava t$o lindo quanto ela se lembrava.8 adame, eu sabia que a veria de novo.) t$o arrogante quanto. )la cerrou os dentes contra a resposta de seu corpo 0

pro&unda vo+, &or#andose a se aproximar.

8 Como eu poderia &icar longe78 )xatamente como pensei. 8 )le levantouse e encontroua na metade do

caminho. 8 %ceita um drinque78 )u adoraria. 8 Clare conseguiu um sorriso, dis&ar#ando o nervosismo. % cal#a

cin+a chumbo era impecável e se adequava com per&ei#$o ao corpo dele. % camisa brancamoldavalhe o peito largo, mostrando que ele era t$o bemestruturado quanto elaimaginara.

8 Conhe#o um Ca&é adorável bem aqui na esquina. )la tinha algo bem mais &orte emmente, mas assentiu.

8 ?udo bem."ing pegou o palet: do encosto da cadeira, colocouo sobre o ombro e redu+iu a

distância entre eles, enquanto condu+ia Clare para a porta.O calor da m$o queimoulhe a pele, o sangue e a mente. *or que ele n$o a levara

para casa7)le abriu a porta do escrit:rio com uma rever9ncia. <reda obviamente n$o o

esperava. <icou tensa, lixa de unha na m$o.8 /ra. ?hompson, estou saindo. Voltarei em uma hora 8 anunciou ele, &riamente. % secretária abriu a boca, mas n$o emitiu um 3nico som.O Ca&é tinha um piso de terracota, cheio de pequenas mesas redondas e cadeiras,

pessoas e gar#onetes. O aroma de ca&é &resco e p$o doce invadiu os sentidos de Clare."ing a condu+iu para uma mesa no canto e audoua a se sentar.

)la o encarou.8 Como voc9 sabia que me veria de novo78 Com todo aquele problema que voc9 criou no sábado, eu &icaria muito surpreso se



voc9 me deixasse em pa+ t$o &acilmente.O est2mago dela se contraiu.8 ) qual seria esse problema7 8 @magine se ele soubesse a armadilha que estava

lhe preparando!8 O vestido, os cabelos, a sedu#$o divina que voc9 estava irradiando...

)la relaxou.8 ) n$o estou agora78 5$o, voc9 está mais séria hoe. 8 )le observou os sapatos sociais e, a cal#a

cin+a, a blusa branca, descansando o olhar no lacinho do suti$, vis(vel através dos bot=esabertos. <inalmente voltou a encontrar os olhos dela.

8 Verdade7 )stou78 /im. 8 )le se aproximou. 8 Bosto dos seus cabelos soltos.Clare nem pensara sobre os cabelos. )la os tocou distra(da. *rovavelmente estavam

desalinhados por ter, &rustrada, desli+ado a m$o por eles durante toda a manh$.8 Voc9 vai me contar qual é o seu ogo78 5$o. 8 )la sorriu. /e estivesse com sorte, "ing n$o perceberia seu plano até que

&osse tarde demais.1ma gar#onete &oi até a mesa deles.8 O que voc9s gostariam7 8 perguntou. Clare sabia esta.8 Ca&é preto com pouco a#3car para o cavalheiro. Chá com leite e muito a#3car para

mim. % mo#a anotou o pedido.8 /: isso78 ) quero um p$o doce de &ramboesa.8 ) o senhor7 6uer um p$o doce também78 /im. 8 "ing olhou para Clare cuidadosamente.)la assistiu a gar#onete voltar para a co+inha. )nt$o cru+ou os bra#os sobre a mesa.

8 )u o surpreendo78 /empre.8 %cho di&(cil acreditar. ?endo recebido o pr9mio do solteiro mais eleg(vel, deve

haver mulheres apaixonadas em seu encal#o o tempo todo.)le levantou uma sobrancelha.8 5$o que eu saiba. )mbora eu tenha recebido muitos tele&onemas desde o

an3ncio, 8 "ing &icou sério. 8 4e todos os tipos de mulheres... Houve uma, minhasecretária me contou, que ligou de+ ve+es. /: espero que isso n$o piore com as &otos queser$o publicadas na pr:xima semana.

O cora#$o de Clare disparou. Com que &acilidade ele dispensava a irm$ dela.8 Voc9 ligou para alguma delas de volta7 8 )la podia imaginar aquelas mulheres

aumentando ainda mais o ego dele, pondo lenha na &ogueira.8 5$o. Bosto de escolher mulheres por mim mesmo. Clare o &itou diretamente no

rosto, recusandose a enrubescer sob o olhar examinador dele.8 ) se elas escolherem voc978 D necessário dois para dan#ar um tango.8 Com licen#a, senhor 8 interrompeu uma vo+ masculina. Clare olhou para cima. O

assistente de ar, >ohn, estava parado atrás deles, parecendo descon&ortável. )le alevara para o lugar onde costumava ir. )la olhou para os temperos na mesa, lutando contraa sensa#$o desagradável de imaginar que ele levava todas as suas mulheres lá.

8 /eu celular está desligado.

8 )u sei 8 respondeu "ing. 8 D porque n$o quero nenhuma interrup#$o.>ohn suspirou.8 1m cavalheiro ligou da Githerb'. %legou que n$o consegue &alar no n3mero que



voc9 deu a ele e pede que retorne a liga#$o. 4isse que voc9 o instruiu que era de altaprioridade.

8 -igarei para ele quando puder. 8 O tom de "ing era obviamente uma dispensa.>ohn virouse vagarosamente, os olhos baixos. Clare sentiu por ele o que sentiria por

um cachorrinho levando um tapa de seu dono por lhe levar os sapatos com marcas de

dente.8 /into muito quanto a isso 8 disse ele. 8 Os neg:cios 0s ve+es n$o me deixamem pa+.

8 /ei o que voc9 quer di+er. 8 )la levantouse 8 Vou ao toalete. 8 )nt$operguntouse que tipo de neg:cios ele tinha com a Githerb'. )ra loucura, mas sentiu quetinha algo a ver com ela... isso explicaria a grosseria de "ing para com >ohn.

4epois de &echar a porta do banheiro atrás de si, Clare discou do celular, pediuaux(lio 0 lista e &oi conectada.

8 @nvestiga#=es Githerb', quem está &alando78 <reda ?hompson. 8 respondeu ela. 8 )stou ligando em nome de ar "ing. )le

me pediu para veri&icar se voc9s á t9m alguma in&orma#$o.

8 /: um momento. Vou passar a liga#$o para o sr. oberts. 1m homem veio nalinha.8 )ntendi que o sr. "ing queria manter isso em particular.8 /im, sou a secretária particular dele. -ido com todos os seus assuntos delicados.

8 )la re+ou para que ele acreditasse e n$o &i+esse mais perguntas que n$o tinhacondi#=es de responder.

8 )ntendo 8 replicou o homem. 8 )sta Clare Harrison é muito transparente.O cora#$o dela bateu na garganta.8 O pai dela &ugiu com outra mulher quando ela tinha de+ anos, abandonando a

&am(lia. Clare Harrison é uma mulher realmente determinada... comprou uma parte de umaempresa de transportes com uma heran#a. 4i+em que vendeu o corpo para conseguir um

bom pre#o.)la reprimiu uma resposta.8 43+ias de namorados até dois anos atrás 8 continuou o homem. 8 *arece que

ela os usa e depois os oga &ora.8 Obrigada. 8 )la desligou, tentando acalmarse. )le sabia quem ela era. ) ainda

assim continuava o ogo. ) com os investigadores!Clare cobriu a boca. Havia uma chance de ele n$o ter &eito uma conex$o entre ela e

sua irm$7 /erá que até mesmo nem se lembrava do nome de <iona7 Ou ela era apenasmais uma divers$o que ele dispensara seis semanas atrás7

%ssumir que ela era apenas outra mulher devassa, atrás do corpo ou do dinheirodele, explicaria o investigador.

Clare olhou seu re&lexo no espelho. O rosto estava rubro e os olhos arregalados. 5$oera a imagem que queria proetar para "ing. espirando &undo, retocou a maquiagem paradis&ar#ar o ar preocupado. *odia lidar com isso. ?inha que lidar.

O pedido deles tinha chegado quando ela retornou.8 *roblemas7 8 )le p2s o ca&é na mesa.8 5$o. 8 )la sorriu e se sentou. 6ueria torturar a mente daquele sueito até que ele

n$o soubesse que caminho tomar. -evou a x(cara de chá aos lábios.Os olhos escuros de "ing brilharam e ele se aproximou.8 )nt$o, &aleme de voc9. 8 )le levantou o ca&é quente aos lábios, o convite no

olhar descaradamente :bvio.

O corpo dela reagiu instantaneamente. O sangue percorreu partes que ela pre&eriuignorar.8 *or que voc9 me pergunta7 ?enho certe+a que seu investigador &ará seu dinheiro



valer a pena.)la teve a satis&a#$o de v9lo chocado. Ca&é espirrou na mesa.8 O qu978 as n$o acredite em tudo que ouvir. %queles sueitos t9m o hábito de exagerar

para &a+er com que voc9 sinta que seu dinheiro valeu a pena.

"ing limpou o ca&é derramado com um guardanapo.8 )m que parte voc9 sup=e que eles exagerariam7)le se recuperou rapidamente. -argou o guardanapo molhado e tirou o celular do

cinto, discando n3meros, o cenho &ran+ido.8 4eixarei isso para que voc9 decida 8 disse ela. 8 )u n$o gostaria de tirarlhe

esse gostinho.)le a olhou descon&iado.8 Githerb'7 %qui é ar "ing 8 )le a &itou e Clare levantou as sobrancelhas

docemente. 8 O que voc9 tem para mim7 8 Houve uma pausa. 8 %cabou de passar asin&orma#=es7 *ara quem7 8 Outra pausa. 8 ) o relat:rio é...

Clare comeu o p$o doce t$o inocentemente quanto conseguiu. 5$o havia ra+$o em

&acilitar a vida para o sueito. /e "ing queria um mistério para solucionar, &atos n$o iamaudar.)le p2s o tele&one sobre a mesa e virou a cabe#a.8 Voc9 se passou por minha secretária7 )la deu de ombros.8 Voc9 sabe meu nome.8 Voc9 sabia o nome dela. )la deu de ombros de novo.8 Vi a plaqueta sobre a mesa dela. Há quanto tempo voc9 sabe quem eu sou7 8 ),

o mais importante, o que mais sabia sobre ela78 Celulares s$o coisas divertidas.

— ) &oi Clare Harrison quem come#ou essa pequena liga#$o. ) o ogo dela, n$o o meu.8)le co#ou o maxilar. ) que ogo!

CAPITULO VII

)les andaram em sil9ncio. ar quase podia sentir a impaci9ncia de >ohn pelo poder.uito parecido com ele naquela idade. 6uerendo tudo de imediato. )xatamente a mesmaousadia com a qual o pr:prio ar come#ara e com a mesma con&ian#a cega de quealcan#aria seu obetivo se tentasse duramente e por tempo bastante.

)les entraram novamente no edi&(cio e dirigiramse aos elevadores.

ar sabia o que acontecia quando relacionamentos corriam paralelos aos neg:cios./eu pai era testemunha daquilo, caindo em bancarrota duas ve+es por sustentar seusencantos com carros car(ssimos e mulheres magn(&icas. ) as &uncionárias dele ent$o7ais s(mbolos sexuais do que secretárias!

>amais esqueceria a primeira ve+ em que entrara no escrit:rio de seu pai quando eraainda bem pequeno. % loira espetacular sentada no colo do pai de&initivamente n$o era suam$e. ) o batom que cobria a boca, queixo e pesco#o do pai n$o tinha nada de pro&issional.

1m aperto na garganta o levou de volta 0 realidade. O grito de seu pai sobre boasmaneiras, o empurr$o, o haviam colocado para &ora do escrit:rio...

>ohn parou no décimo andar.8 %viseme quando os documentos para nossa negocia#$o com <ran Aolton

estiver pronta. 8 6uanto mais rápido comprasse a empresa, mais rápido capturaria ClareHarrison e saberia do que estava atrás. %té sabia que podia con&rontála a respeito



daquilo, mas o ogo dela parecia muito mais interessante do que a ?rans@nter naquelemomento.

8 /im, senhor. 8 %s portas do elevador &echaramse novamente.ar aeitou a gravata. O investigador dissera que ela vendera o corpo por um bom

neg:cio. /erá que usara o corpo para tomar posse da companhia7

O est2mago dele revirou. *oderia Clare ter usado o pr:prio corpo para assegurar seustatus7 )ra isso que estava &a+endo com ele7 %ssegurando a si mesma que continuaria nocontrole da empresa, vendendolhe o delicioso corpo7 @nteressante. )le estava pronto paraa o&erta7

6uando ouvira que Clare estava na portaria, ainda usando o nome que ele mesmolhe dera, imaginou que estava no meio de uma con&us$o. %&inal, ela á deveria saber queele tivera uma reuni$o com <ran e que comprar a ?rans@nter.

%s portas abriram e seguiu na dire#$o de seu escrit:rio. )nt$o dirigiuse a suasecretária particular.

8 /ra. ?hompson7)la levantou o rosto e tirou os :culos.

8 /im78 *reciso relembrála de que nossa imagem é sagrada7 8 )le &e+ uma pausa. 85$o é nada delicado lixar as unhas quando tiver alguém na minha sala ou nesta recep#$o.8 )le correu o olhar pelos assentos va+ios ao redor.

8 /im, senhor. 8 )la arrumou os papéis sobre a mesa 8 @sso n$o se repetirá. Dque eu tinha lascado minha unha no teclado e...

8 <ui claro7 8 )le n$o esperou pela resposta e virouse em dire#$o 0 porta de suasala.

8 /r. "ing7 8 % vo+ da sra. ?hompson estava trémula. 8 Há...8 5$o há nada mais a di+er.8 as...

)le empurrou as portas de sua sala./ua m$e estava sentada 0 &rente da mesa com sua irm$, >essica. )las se viraram em

un(ssono./e tirasse uns vinte e cinco anos de sua m$e, ele estaria olhando para um casal de

g9meas. %mbas muito loiras, olhos verdes e suaves.8 6uerido! 8 % m$e se levantou.ar ergueu uma sobrancelha e deu a volta na mesa. 1m homem nunca podia

escapar da m$e78 % que devo o pra+er da visita7 8 )le olhou para >ess, mas ela n$o estava lhe

dando respostas.8 Viemos convidálo para antar esta noite 8 respondeu sua m$e.6ue coisa! )las podiam ter tele&onado. )le tirou o palet:. as ent$o, sabiam que ele

teria escapado do convite.8 >á tenho um compromisso. 8 % mente viaou pelas curvas de Clare, os olhos

provocantes e aquela boca carnuda.8 ?em certe+a de que n$o pode mudar seus planos7 @sso é pela &am(lia 8 arriscou a

m$e.)le olhou para o teto, para esconder a impaci9ncia. 6uantas ve+es á escutara

aquela &rase7 /ua m$e &requentemente usava aquilo para convenc9lo de alguma coisa,ciente de que ele n$o poderia ignorar tal apelo.

8 O que voc9 tem em mente7

8 1ma pequena reuni$o lá em casa.8 *or &avor, vá 8 suplicou >ess com grandes olhos verdes.8 *or mim.



8 @sso n$o é usto, >ess. 8 ar n$o conseguia recusar nada 0 irm$ e ela sabiadisso, mas n$o poderia perder a oportunidade com Clare novamente. 6uase a capturara.

8 O que o está impedindo, &ilho78 >á disse, m$e. ?enho outros planos.8 5$o pode adiálos7

)ra a 3ltima coisa que ele queria &a+er. /eu corpo todo estava lateando paradescobrir quanto Clare Harrison tinha a o&erecer.8 5$o, n$o posso.8 O problema é uma mulher7 8 perguntou >ess, calmamente.8 /$o neg:cios 8 mentiu ele.8 Aem, tenho certe+a que isso pode esperar, querido. Voc9 precisa de um pouco de

la+er também. 8 Os olhos da mulher mais velha brilharam.Clare Harrison era exatamente o la+er que ele tinha em mente. ) precisaria muito

mais que a &am(lia dele para aterrori+ála a ponto de &ugir. % idéia repentina &e+ o sanguepulsar &orte nas veias. "ing sorriu. 1ma &esta &amiliar seria a 3ltima coisa que Clare estariaesperando.

8 6uero &isgálo desta ve+ 8 Clare ogou mais um vestido sobre a cama, segurandoo tele&one em uma das m$os. 8 as n$o tenho nada para vestir!8 5ada é provavelmente o que &uncionará melhor.Clare ouviu sua melhor amiga rindo do outro lado da linha.8 Oh, obrigada. *or que n$o pensei nisso antes78 Vamos lá, menina. Voc9 está levando tudo isso muito a sério. 8 Hale' riu.8 4e que outra &orma eu poderia levar7 Olhe o que ele &e+ a <iona sem pensar duas

ve+es.8 )u estava &alando sobre o que voc9 vai usar. @sso n$o importa. Voc9 &icará

maravilhosa independente do que vestir. )le &icará enlouquecido.Clare bu&ou. 5$o o queria enlouquecido. 6ueria que ele encarasse a

responsabilidade com sua irm$ para acabar de ve+ com tudo aquilo. )la pegou um vestidovermelho.

8 *or que voc9 n$o está aqui para me audar78 *orque meu v2o para a )uropa está marcado para daqui... 8 ela &e+ uma pausa

8 duas horas. 4igame porque &i+ isso comigo mesma78 *orque voc9 n$o sabe di+er n$o, Hale'. 8 Clare teve que sorrir. /ua amiga

sempre aceitava qualquer tare&a que a empresa onde trabalhava lhe impusesse. 4esdecomprar seda indiana em Calcutá até escudos tribais na &rica.

)la conhecera Hale' na escola noturna. Costumavam se sentar lado a lado, dando&or#a uma a outra quando a in&inita monotonia de leituras amea#ava &a+9las cochilar.4esde ent$o, eram grandes amigas e se viam com a &requ9ncia que o trabalho de ambaspermitia.

8 Voc9 tem ra+$o 8 murmurou Hale'. 8 Aem, vamos nos concentrar. O que voc9tem nas m$os agora7

8 eu vestido vermelho curtinho.8 *er&eito. 1seo. Vi um par de sapatos de salto alto vermelho no &undo do seu

guardaroupa da 3ltima ve+ que peguei um vestido seu emprestado.Clare &itou o material em suas m$os.8 as isso me &a+ parecer uma prostituta.8 5$o é isso que voc9 quer7 6ue ele pense que voc9 está se o&erecendo demais e

assim cairá na sua teia7

)la suspirou.8 /im, isso é o que quero. 8 4etestava quando outra pessoa estava certa,principalmente quando debatiase contra suas pr:prias inseguran#as.



8 ?enho que ir. %té a semana que vem.Clare &icou com o tele&one unto a orelha alguns minutos antes de desligar, contrária a

quebrar a conex$o e relutante a perder a desculpa para n$o se aprontar. )nt$o p2s ovestido, &echando os olhos. 5$o queria &a+er aquilo.

/: depois de colocar os sapatos, olhouse no espelho. Os cabelos estavam soltos,

com um ar descuidado e selvagem. % maquiagem estava carregada, mas o vestido por sis: á negava qualquer dec9ncia ali. )ra bem curtinho e mostrava uma boa parte daspernas. %bra#avalhe as &ormas, deixando muito pouco para a imagina#$o. ) certamentedeixaria "ing sem d3vida alguma sobre as inten#=es dela.

5$o podia acreditar que estava vestindo aquilo. Comprara a roupa tr9s anos atráspara uma determinada &esta, mas nunca tivera coragem de usar algo t$o audacioso... nemmesmo por >osh.

Hale' a audara com as consequ9ncias do &im do relacionamento com >osh. Claredeseava poder estar com ela agora, segurar a m$o da amiga naquela situa#$odesagradável. Aem, de qualquer &orma, apenas estaria usando aquele vestido malintencionado na chegada. %ssim que "ing chegasse 0 porta, ela o arrastaria para dentro.

5inguém veria a roupa ou a ulgaria por ela. )xceto ar "ing, mas ele n$o contava.Clare pegou seu copo e tomou o 3ltimo gole de conhaque. Olhou suspeitosamentepara o copo va+io. Con&ian#a deveria ter se in&iltrado através de seus poros agora.

-evando o copo para a co+inha, sentiu uma sensa#$o quente no est2mago. )nt$opegou outro biscoito da lata e provouo. %lguma coisa tinha que ameni+ar seus nervos."ing n$o escaparia aquela noite. % campainha tocou.

Clare estremeceu. )ra ele. )nquanto ia em dire#$o 0 porta, respirou pro&undamente ep2s um sorriso de boasvindas nos lábios. 6ueria acabar com aquilo e sair daquele vestidoo mais rápido poss(vel. %briu a porta. % máscara caiu. 1m estranho estava parado 0 porta.Vestido de terno preto, olhoua dos pés 0 cabe#a.

8 /rta. Harrison7 8 )le pigarreou. 8 O sr. "ing pede desculpas. <icou preso numa

reuni$o e pediume para apanhála.Clare abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu. %quele n$o era o plano!Os homens em volta da mesa discutiam &ervorosamente."ing consultou o rel:gio novamente. 5$o podia acreditar que estava preso ali,

enquanto a mulher mais &ascinante que á conhecera o esperava. Olhou pelas enormes anelas de vidro, a mente vagando sobre o corpo sex' de Clare Harrison.

al podia esperar para descobrir mais a respeito daquela mulher... testar suas teoriase beiar aquela boca suculenta de novo.

O inter&one tocou.8 /r. "ing, aquele pacote que voc9 queria chegou.8 Obrigado, sra. ?hompson. 4esculpemse, cavalheiros. 8 ar levantouse. 8

/into muito, mas tenho um problema importante para resolver.8 Voc9 n$o pode sair, "ing, n$o até que tenhamos decidido sobre isso.ar &ran+iu o cenho.8 5ossa 3ltima o&erta &ica valendo. %ceitea ou assuma as consequ9ncias. 8 )le

saiu da sala. 5$o podia mais esperar pelo pr:ximo encontro com Clare.Olhou novamente para o rel:gio, ent$o pegou sua maleta de executivo sobre a mesa

da sra. ?hompson e caminhou para o elevador. 5$o poderia &a+er Clare esperar um minutoalém do necessário. O subsolo estava quase deserto, o ar pesado. O cho&er abriulhe aporta.

8 Aoa noite, senhor.

ar cumprimentouo com um gesto de cabe#a e entrou no assento traseiro. Oaroma de rosas o golpeou de imediato. ) ent$o o trae dela.O sangue &erveu com a vis$o.



)la era a /carlet OIHara aquela noite. Os saltos eram vermelhos, as longas pernasnuas, as m$os sobre a bainha do vestido vermelho, tentando puxálo para os oelhos. )lesorriu perante a tentativa de pudor... %quilo &a+ia o e&eito todo mais estimulante ainda.

)le subiu o olhar, notando o &ormato dos quadris &emininos, a cintura &ina e os seiosvolumosos. O tecido mal os seguravam e o balan#o deles o hipnoti+ava.

8 /r. "ing.ar levantou o olhar para os v(vidos olhos a+uis.8 /rta. Harrison. 8 )le se aeitou no assento e p2s a pasta no banco oposto.Clare pousou as m$os no colo. % limusine partiu e ar &echou o vidro escuro que os separava do motorista.8 4esculpeme por n$o ter ido buscála. )u n$o esperava &icar preso até t$o tarde.8 /im. )u também n$o esperava por isso.)le a encarou. Havia alguma coisa di&erente nela aquela noite, algo que n$o podia

identi&icar. )le a&rouxou a gravata.Clare n$o p2de evitar olhar para ele. Os dedos &ortes estavam trabalhando no n: da

gravata, desatandoo.

)la prendeu a respira#$o.Os dedos másculos come#aram nos bot=es. % camisa se abriu, revelando um t:raxbemestruturado, delicadamente coberto com p9los.

)la abriu a boca. Vis=es de suas pr:prias m$os desli+ando por aquele peito largo, dequ$o r(gido e quente aquele corpo era, surgiram em sua mente.

8 O que voc9 está &a+endo7 8 )la tentou soar normal.8 4espindome.8 *osso ver isso. *or qu97 8 )la massageou as palmas. )le n$o podia estar

querendo di+er que iria possu(la naquele momento... Os corpos enla#ados, as m$osdevassas, os lábios vora+es.

)le sorriu.

8 )stamos atrasados. %cho que vou trocar de roupa durante o traeto. ?udo bempara voc97 8 Os olhos dele brilharam com o desa&io.

8 ?udo bem, nenhum problema. 8 )nquanto ele mantivesse as m$os em si mesmo.O &ato de sua irm$ ter sucumbido 0quele homem charmoso e atrevido estava se tornandocada ve+ menos misterioso.

)le puxou a camisa de dentro da cal#a e escorregoua pelos ombros bron+eados.Clare umedeceu os lábios. /im, os b(ceps eram t$o per&eitos quanto o resto dele.8 Voc9 &a+ ginástica7 8 perguntou sem pensar.8 /im. 6ue bom que voc9 notou. 8 )le a mediu dos pés a cabe#a. 8 Voc9 também

me parece em &orma.)la &echou a boca. *alavras pipocavam em sua mente... criticandoa, di+endolhe

para contar a verdade. 6ue, apesar do escandaloso vestido vermelho, n$o queria ter nadaa ver com ele.

"ing abriu a pasta e retirou uma camisa branca limpinha. Vestiua com uma lentid$ot$o deliberada que aquilo &oi uma tortura.

Clare n$o conseguia desviar os olhos.)le alcan#ou a cal#a. /em conseguir desviar os olhos, ela contemplou a encantadora

dan#a dos dedos másculos no bot$o e +(per.Olhos escuros encontraram os dela, e o sangue subiulhe 0s &aces perante o

signi&icado... )le havia percebido que ela o observava. Clare olhou pela anela, onde asruas da cidade passavam num borr$o.

Ouviu o ru(do do +(per.)les estavam numa avenida principal e pelo cenário, ela podia di+er que a limusineestava tra&egando para o sub3rbio leste de elbourne.



Clare conhecia bem a avenida principal leste. Visitava sua m$e em 4andenongs acada quin+e dias, principalmente agora que ela estava adoentada. /ua m$e n$o estavavencendo a batalha com a sa3de.

6uando ouviu o ru(do do +(per novamente, ousou um olhar. )le estava vestido,embora a camisa ainda estivesse aberta.

8 Voc9 está com medo78 Como78 )u n$o esperava pudor, Clare.O nome nos lábios de "ing vibraram através do corpo dela.8 *udor7 *ensei que estava sendo educada. 8 )la se permitiu respirar, esperando

que as &aces quentes n$o a entregassem.8 Verdade78 Voc9 &alou que estávamos atrasados 8 disse ela, calmamente. 8 5$o pensei que

quisesse se atrasar mais ainda.Os brilhantes olhos dele sugeriam que estava pensando sobre como eles seriam

untos... um ato de amor selvagem, apaixonado, sedento.

8 )u n$o teria me importado 8 veio a vo+ pro&unda.8 O seu cho&er poderia ter se importado.8 Voc9 n$o tem que se preocupar com isso. )le está acostumado a presenciar todo

tipo de coisas.8 5$o duvido. 8 Clare &itou através da anela e a limusine deixou a avenida

principal. 8 Onde estamos7"ing aproximouse, levantando uma m$o até o rosto dela. Clare acovardouse.)le hesitou. )nt$o a encarou, desli+ou vagarosamente a m$o pela &ace delicada,

retirandolhe os cabelos do rosto.8 /o+inhos. )stamos so+inhos.O cora#$o de Clare bateu descompassado. )le a estava testando, aquilo era tudo.

)la sorriu, mas evitou olhar o magn(&ico t:rax másculo ainda 0 mostra. )le poderia pelomenos ter a dec9ncia de &echar os bot=es da camisa.

)le tocoulhe a boca com as costas da m$o. )la &echou os olhos, entregue 0sensa#$o, bloqueando o homem em si, sabendo que o ogo come#ara ardentemente.

)nt$o beiou a m$o &orte com toda gentile+a que p2de reunir, inclinando a cabe#a esensualmente passando a boca nos dedos dele.

O motorista bateu no vidro.8 Chegamos, senhor.)la arregalou os olhos rapidamente.8 Onde7 8 ) re+ou para que ele n$o a tivesse levado para algum ;ninho de amor;.

% mente come#ou a procurar desculpas.8 5a casa da minha m$e.8 Casa da sua m$e7 8 Clare engoliu em seco. as por que ra+$o ele a estava

levando ali7 )la deveria ser apenas mais um caso de uma noite, e n$o ser levada para acasa da m$e! %baixando os olhos para os seios que amea#avam escapar do ousadovestido vermelho, para a quantidade de pernas que estava mostrando e os saltosexageradamente altos, sentiu o tipo de descon&orto que apostava que uma dan#arina decabaré sentiria numa :pera. Onde havia se metido7



"#$T%L& ('''

ar pegou a m$o de Clare e a audou a descer da limusine. ?entou n$o sorrir.

Certamente a surpreendera... ela parecia at2nita.8 %lgum problema7 )la sorriu.8 5$o, claro que n$o 8 respondeu, olhando ao redor como se estivesse buscando

&or#a extra. )nt$o se virou na dire#$o da casa e enrieceu o corpo. % mans$o branca estendiase em ambas dire#=es, com uma garagem para quatro

carros de cada lado. O centro era de dois andares com unia entrada enorme. 4uas portasde vidro com painel superior e lateral de madeira, todo arroo de um design. Os anexoslaterais eram adornados com anelas de vidro, assim como a entrada.

ar prendeu as abotoaduras com uma m$o, o palet: do terno sobre o bra#o.8Bosta7Clare virouse para ele, surpreendentemente calma.

8 D boa.)le &ran+iu o cenho. %quela n$o era a casa que ele crescera com a &am(lia, ent$osigni&icava pouco para ar, mas sua m$e sa(ra do pr:prio caminho para certi&icarse deque a casa era um grande status para seu estilo de vida. <icaria l(vida ao ouvir que eraapenas boa.

8 5$o &ique t$o desapontado. 1ma casa é uma casa. 8 )la se aproximou e pegou opalet: do bra#o dele. 8 *ermitame. 8 )nt$o o segurou para que ele o vestisse.

)le se virou e escorregou os bra#os dentro do palet:, aeitandoo nos ombros.8 Obrigado.8 /em problemas. 8 Clare p2s as m$os nos ombros dele e o virou para si.4eus, ela tinha olhos adoráveis! )ra poss(vel v9los brilhando até mesmo na parca

ilumina#$o de &ora. ar deu uma olhada para os dedos &emininos trabalhando nos bot=esde sua camisa.

8 O que voc9 está &a+endo78 O que acha que estou &a+endo7 Vestindo voc9. 8 )la olhou para a casa. 8 5$o

vou entrar por aquela porta vestida desse eito. 8 )nt$o apontou para o pr:prio trae. 8 )com voc9 vestido s: pela metade.

8 Com medo que eu possa arruinar sua reputa#$o7 )la hesitou.8 5$o, eu estava pensando na sua m$e.ar suspirou. 5em queria pensar na m$e. *egou as m$os de Clare nas suas,

colocandoas sobre o pr:prio cora#$o.)la o &itou diretamente nos olhos.Havia algo nos v(vidos olhos a+uis dela, uma &or#a, uma ânsia, que &alava

diretamente a alguma parte pro&unda dentro dele. )ra di&erente de todas as mulheres que á conhecera! *erigosamente di&erente.

)le abaixou as m$os. 5eg:cios eram neg:cios.8 *ronta78 Como sempre estarei. 8 Clare estava determinada a n$o ser um cordeirinho. /e

"ing &osse alguma indica#$o do que ela iria en&rentar com a &am(lia dele, teria uma noiteterr(vel. )la puxou um pouco o vestido sobre os seios e a bainha subiu. 5$o podia vencer.?eria que &a+er o melhor poss(vel numa má situa#$o. ) n$o havia como negar. )ra uma másitua#$o.

%guentar "ing enquanto ele se despia no carro á teria sido o bastante por uma noite,porém, ap:s en&rentar a &am(lia dele, estaria mais do que pronta para leválo para dentrode sua casa aquela noite.



5ovamente olhou para a mans$o. )ra &antástica. )norme, em um excelente bairro, eela gostava do modo como estava aninhada entre ardins sob o céu aberto. /eria um lugar adorável para criar &ilhos.

% campainha soou maestosa como a badalada do Aig Aen."ing entrela#ou os dedos nos dela, enviandolhe um calor que se irradiou pelo corpo

inteiro. % porta se abriu. 1ma mulher gordinha de preto com um avental branco sorriu para"ing.

8 /r. "ing. Voc9 está aqui! /ua m$e &icará contente. 8 )la olhou para Clare demaneira duvidosa. 8 )ntre.

Clare seguiu "ing, controlandose para n$o pegar na m$o dele... detestaria que elepensasse que estava com medo. )la n$o estava, mas encontravase totalmentedespreparada para uma reuni$o de &am(lia com um homem que abominava.

% casa era t$o extravagante por dentro quanto por &ora. *aredes cor de p9ssegoladeavam a grande entrada, um candelabro gigante pendia do teto alto, quadros a :leoadornavam as paredes. Os sapatos de salto alto vermelhos de Clare &a+iam ru(do contra o

assoalho de mármore.8 6uerido! )stou t$o &eli+ que tenha vindo!8 Olá, m$e. 8 % vo+ de "ing era carinhosa. 8 Bostaria de lhe apresentar Clare

Harrison. 8 )le deu um passo para o lado e deixou que a m$e e a sala inteira a vissemem toda sua gl:ria escarlate.

Clare olhou para a pequena mulher que usava um vestido creme, com colar, brincose pulseira de pérolas. Os cabelos loiros estavam penteados num coque &ormal e o queixoalto e os olhos estreitos n$o deixaram d3vidas sobre os sentimentos dela. Clare n$opoderia ter criado um contraste maior nem se tivesse tentado.

"ing deveria ter ido buscála em casa, con&orme o planeado. %quilo estaria acabadoagora e ela n$o estaria em pé ali como uma tola, numa sala cheia de estranhos, com uma

roupa inadequada. 6ue coisa, "ing! )le soubera que aquilo aconteceria.)ra tudo culpa dele e ela se certi&icaria que ele soubesse disso e se arrependesse.

Clare conseguiu um sorriso e aproximouse de "ing. /e ele quisesse ogar...*ondo a m$o no bra#o &orte de maneira possessiva, &itou os olhos verdes da m$e

dele.8 ) um grande pra+er conhec9la, sra. "ing. % mulher comprimiu a boca.8 5$o sou mais uma "ing. 5$o tenho sido há décadas. Bra#as a 4eus. 8 )la olhou

para o teto. 8 Chameme de /'lvia 8 disse, olhando Clare com despre+o.Clare n$o estava acostumada com aquele tipo de preconceito e sentiuse totalmente

inusti#ada. %pertou o bra#o de "ing, os m3sculos r(gidos sob sua palma.8 Voc9 tem uma casa linda, /'lvia 8 comentou ela, olhando ao redor da sala. Havia

pessoas bem vestidas, m:veis antigos e gar#ons uni&ormi+ados de preto, carregandobebidas em bandeas douradas. 8 ) um &ilho e tanto. 8 )la sorriu para "ing.

)le levantou uma sobrancelha, mas a express$o era ileg(vel.8 /im, bem... 8 /'lvia agitouse, apontando um gar#om com uma bandea de ta#as

de champanhe. 8 ?omem um drinque e &iquem 0 vontade. 8 )la conseguiu um pequenosorriso e voltouse para os convidados.

Como a mulher podia aborrec9la tanto7 5$o que quisesse que a m$e de "inggostasse dela. % mulher n$o signi&icava nada, assim como "ing também n$o signi&icavaabsolutamente nada para ela.

8 /atis&eito agora7 8 perguntou, &itando "ing. )le olhou para a m$o dela em seubra#o.8 D necessário um pouco mais para me satis&a+er. Clare retirou a m$o.



8 6uero di+er, está satis&eito de ter aborrecido sua m$e78 )u7 8 )le arregalou os olhos. 8 )stou agindo como o per&eito cavalheiro que ela

acha que sou. 8 )le envioulhe um sorriso cheio de charme. 8 5$o se preocupe. 4ona/'lvia n$o se aborrece com &acilidade. %cho que sobreviverá.

Clare mordiscou o lábio. /abia o quanto sua m$e lhe era preciosa. ) como &icaria

desapontada se soubesse o que ela estava &a+endo no momento.)ntrou na sala. 5$o teria brincado com "ing na &rente da m$e dele, mas n$o &oracapa+ de evitar... ser tratada com despre+o lhe despertara mem:rias dolorosas.

1m gar#om que estava passando parou e os serviu de uma ta#a de champanhe rose."ing levantou a ta#a.8 % que devemos brindar78 6ue tal ao sucesso7 8 )la n$o via a hora de ver a express$o dele depois que lhe

apresentasse sua irm$.8 6ue tipo de sucesso exatamente7 8 % vo+ dele estava provocativa e os olhos

viaavam pelos seus seios.Clare desviou o olhar. "ing era t$o transparente, mas ent$o sua atra#$o por ela era a

quest$o ali.8 5eg:cios, é claro 8 replicou ela.8 Voc9 sempre mistura neg:cios com pra+er78 5$o, e voc97 8 )la á sabia a resposta. -era bastante sobre ele para saber que o

homem mantinha as diretri+es estritas para si mesmo. O boato era que ele insistia nomesmo para seus empregados, com cada um em seu cargo, mantendo a mente &irme notrabalho.

8 Beralmente n$o. as estou disposto a &a+er exce#=es. )la o olhou descon&iada.8 %o sucesso ent$o, em todas as nossas pequenas aventuras. )la sorriu e bateu a

ta#a na dele. /im, obter o sucesso seria &ácil aquela noite."ing desli+ou uma m$o pela sua cintura e a condu+iu para o &im da sala.

8 )u queria perguntar a voc9 sobre sua empresa.8 Aem, n$o é minha. 5$o toda minha. 8 )la olhou ao redor, procurando por uma

distra#$o, detestando conversar sobre sua empresa com ele. % 3ltima coisa que precisavaera "ing se metendo em sua vida pessoal. Ou pior, em sua vida pro&issional.

8 *orém, voc9 a dirige, n$o78 /im. 8 )la sorriu. ?inha orgulho do que &i+era com a empresa desde que <ran

entregaralhe as rédeas. as n$o teria se sa(do t$o bem se <ran n$o tivesse con&iadoplenamente nela.

8 Como voc9 conseguiu essa posi#$o78 ?irei vantagem da situa#$o no momento certo. 8 /e <ran tivesse mantido a vida

pessoal equilibrada depois que sua esposa o abandonara, Clare n$o teria subido tanto et$o rápido. as, se tivesse tido a chance de &a+er a esposa de <ran mudar de idéia sobreo div:rcio, o teria &eito.

8 Voc9 &oi oportunista.8 /im, mas saga+. 8 Clare bebeu o l(quido espumante. <ran nunca reclamara

sobre o acordo. 6uem reclamaria7 6ualquer um &icaria radiante de receber os lucrosenquanto uma outra pessoa &a+ia o trabalho.

8 uito. 8 % vo+ dele &oi sugestiva.Clare o encarou. /e apenas pudesse lerlhe a mente... )le bebericou o champanhe.8 Voc9 sempre tem problemas com sua pr:pria ética em rela#$o 0 da empresa78 @sso é pro&undo. 8 Clare pegou um canapé de queio de uma bandea que passou.

8 e &a#a rir 8 disse ar calmamente. 8 )stou interessado.)la deu de ombros.8 % empresa vem em primeiro lugar. 8 )le estaria testando seu n(vel de



comprometimento com o trabalho antes de se envolver com ela7 /eria o primeiro a ser t$ocuidadoso. 8 /empre veio. ) sempre virá.

Os olhos de "ing se estreitaram.Clare provou o canapé e lambeu os dedos, procurando na sala por um gar#om com

guardanapos. 5$o serviu muito como distra#$o. /abia que estava perdendo "ing. )stava

sendo muito honesta e era :bvio que ele estava atrás de um caso passageiro com umamulher devassa. 5$o uma mulher de carreira com responsabilidades.)la se concentrou em tirar o queio derretido dos dedos, t$o sugestiva e

vagarosamente quanto poss(vel. Correu a l(ngua devagar pelos dedos, encontrando osolhos tempestuosos de "ing, desa&iandoo a manter controle.

)nt$o umedeceu os lábios antes de ir para o pr:ximo dedo.)la o hipnoti+ara.Os olhos do homem estavam &ixos em sua boca.8 <ilho, quero &alar com voc9. 8 % m$e de "ing pegou no bra#o dele.Clare se recomp2s e desviou o olhar. 5$o sabia se ria ou chorava por ser &lagrada

sendo t$o vulgar daquele eito, pela mulher mais velha. Aebeu um pouco do champanhe.

Chatear a m$e dele era a 3ltima coisa que pretendia &a+er. % pobre mulher á pareciaestressada o bastante sem que Clare a perturbasse ainda mais.8 Certo. 8 "ing pigarreou e um rubor subiulhe as &aces.8 /im, claro.Clare os observou partir, cuidando para n$o perder a &ormidável &igura de "ing

seguindo a pequena m$e através de uma porta branca de vaivém.5$o p2de evitar um sorriso. %doraria ser uma mosca para ouvir de perto a m$e dele

criticandoo por estar em atitudes t$o (ntimas na &rente dos convidados. Clare quase podiaouvir as palavrasE 5$o vai dar certo.

8 Olá 8 soou uma ovem vo+ calorosa.Clare virouse. % loira era ovem e sorridente, o rosto estranhamente &amiliar.

8 /ou >ess, a irm$ de ar, 5$o ligue para minha m$e.)la é apenas uma per&eccionista &anática. ) uma controladora.8 % garota deu de ombros. 8 Voc9 se acostumará a ela. Clare lhe deu um sorriso

amistoso.8 Obrigada.8 Voc9 veio com ar, n$o &oi7 8 >ess olhou para as m$os dela.8 /im, vim 8 respondeu Clare, cuidadosamente. 5$o tinha certe+a do que di+er.

5unca se sentira mais desconcertada sobre o que &a+er a seguir.8 ) voc9 gosta dele7 <a+ tempo que o conhece7 8 )la suspirou. 8 )stou

perguntando porque minha amiga gosta realmente dele. Voc9 deve t9la conhecido. Onome dela é /asha.

Clare assentiu. %gora come#ava a entender o &undamento daquela conversa.8 ) voc9 gostaria que eu me a&astasse de seu irm$o78 %penas se voc9 n$o estiver levando isso a sério. 8 )la &itou Clare nos olhos. 8

)u n$o me oporia a um amor verdadeiro. )nt$o...Clare engoliu em seco.8 5$o irei a lugar nenhum. >ess caiu na gargalhada.8 Voc9 o ama, n$o é7 8 )la olhou para a porta pela qual o irm$o e m$e haviam

sa(do. 8 )u sabia! *osso ser ovem, mas n$o sou cega. ) está tudo bem por mim... deverdade.

Clare abriu a boca. ) &echoua. O que poderia di+er 0 garota7

8 inha m$e quer alguém com um pouco mais de classe...8 >ess deu um passo atrás e correu os olhos pelo vestido ousado de Clare. 8 asacho que voc9 tem um estilo pr:prio. ) coragem. ar precisa disso. ?em convivido com



muitas ;dondocas;. )le precisa de uma mulher de verdade. 8 )la sorriu, os olhos verdesiluminados. 8 D voc9.

8 Obrigada. )u acho. 8 Clare estava nervosa. %quela era a situa#$o mais estranhaque á vivera!

>ess partiu de repente.

8 ?enho que ir. %lguém acaba de derramar vinho no tapete novo da minha m$e!)la viu >ess desaparecer na multid$o, agradecida por n$o ter tido tempo pararesponder 0 irm$ de ar. espirou &undo, deseando que pudesse &icar quietinha em umdos cantos. as o trae n$o lhe concedia discri#$o.

;6uero que ele me leve para casa logo para que tudo acabe de uma ve+;, pensou,olhando para a porta por onde "ing sa(ra.

4e repente, os pés moveramse por vontade pr:pria, seguindo o caminho que "ing&i+era. 5$o se importava em como era o relacionamento dele com a m$e, ou que tipo deproblema ela causaria aparecendo lá.

% co+inha estava em total desordem. ?r9s che&s e diversos assistentes estavamtrabalhando no enorme ambiente. *arecia que a &esta de /'lvia envolvia um grande antar.

Havia comida para um batalh$o.8 O qu97 8 perguntou o co+inheiro ao ouvir a vo+ de Clare.8 /'lvia7 8 Clare repetiu sob o murmurinho. O homem apontou para outras portas

vaivém 0 esquerda e ela se dirigiu para lá. % sala de antar era imensa. 1ma mesa de mogno grande para acomodar mais de

quarenta pessoas estava per&eitamente arrumada com talheres de ouro, &ina porcelanachinesa e cristais que qualquer restaurante cinco estrelas desearia. as "ing n$o estavalá.

Havia várias outras portas. )la ouviu atrás de cada uma até que escutou a vo+ de/'lvia.

8 Como p2de tra+er com voc9 alguém com aquela apar9ncia, pelo amor de 4eus7

Voc9 sabia quem estaria aqui esta noite. )la parece alguém que voc9 pegou numaesquina.

8 %par9ncia n$o é tudo. 8 % vo+ de "ing era surpreendentemente calma.8 Como pode di+er isso7 8 )la deu um suspiro exagerado.8 )la n$o está grávida, está7 Clare enrieceu. ar tossiu como se o champanhe

tivesse descido pelo canal errado.8 O qu978 Aem, por que mais voc9 traria uma mulher desse tipo78 )la me interessa.8 ) quanto a /asha78 O que tem /asha7 8 % vo+ dele era tensa.8 Voc9 n$o é cego. % garota está completamente apaixonada por voc9. ) seria muito

melhor para n$o s: para voc9, como para nossa &am(lia, do que essa... essa...Clare prendeu a respira#$o. 5$o queria ouvir. %quela mulher n$o sabia nada sobre

ela. %bsolutamente nada. )stava se baseando apenas nas apar9ncias. ) Clare sabiaexatamente onde aquilo a levaria.

8 5$o &ale, m$e. 5em pense nisso. )la é uma mulher muito interessante, e queroconhec9la melhor.

8 ?ome cuidado. Voc9 sabe do que esse tipo de mulher está atrás.O rosto de Clare queimou. )la abriu a porta, os pés movendose involuntariamente, a

mente em turbilh$o.

8 4o que elas est$o atrás, /'lvia7 8 perguntou ela, e p2de sentir a indigna#$ocrescendo como uma tempestade em seu interior. /'lvia n$o tinha idéia pelo que elaestava passando. O que sacri&icara por sua &am(lia. ) n$o tinha direito de &a+er tais



suposi#=es.8 Ouvindo atrás das portas7 6ue modos s$o esses7 Clare abriu a boca e &echou. O

que poderia di+er7 % situa#$o estava indo de mal a pior e a 3nica coisa que podia pensar era que em boca &echada n$o entra mosquito. "ing colocouse entre as duas.

8 *ode nos dar licen#a um momento, m$e7

8 Com pra+er. 8 /'lvia levantou o nari+ no ar e virouse. ar encarou Clare,pegandolhe as m$os e segurandoas contra o t:rax.8 /into muito, Clare. Voc9 n$o merecia isso. O est2mago dela se contraiu.8 )la n$o tinha o direito de di+er que sou uma prostituta.8 )u sei. as importa para voc9 o que ela pensa7 8 )le olhou para a boca de

Clare.)la umedeceu os lábios instintivamente.Os olhos dele estreitaramse.O cora#$o dela disparou.ar a pegou pelos ombros, a express$o séria, como se estivesse disputando uma

guerra interna e perdendo. )nt$o a empurrou contra a parede, envolvendoa nos bra#os,

ro#ando a boca na dela.Clare correspondeu ao beio, as m$os desli+ando nas costas másculas por dentro dopalet:.

*or que ele estava usando tanta roupa7 )la desceu as m$os um pouco mais, tirandoa camisa dele de dentro do c:s da cal#a. % pele estava quente e o corpo dela arrepiouse.O poder do homem a dominou. )ra como respirar o mesmo ar. ) ela queria mais. uitomais.

ar passou as m$os embaixo dos bra#os dela, tocandolhe de leve as laterais dosseios e desli+ou mais abaixo para cintura, quadris e pernas. )nt$o puxoua pelos quadris.Aeioulhe o queixo, o rosto, o pesco#o, enquanto ondas de puro encanto a percorriam.

)la desli+ou uma m$o através dos cabelos escuros, acariciandolhe a nuca. 6ueria

expressar verbalmente seu deseo por ele, mas o som &icou preso na garganta com o ru(doda porta. Clare abriu os olhos. O que estava &a+endo ali com ele, entregue ao pra+er daquele eito7

"ing a puxou para si com deseo evidente. Os lábios trilharamlhe o pesco#o.Olhos magoados encontraram os de Clare.8 /asha! "ing enrieceu.Clare tirou a m$o de dentro da camisa dele e se recomp2s.8 O que voc9 está &a+endo com ela7 8 % vo+ de /asha estava tr9mula. 8 )u

achei... 5:s..."ing a&astou as m$os do corpo de Clare e virouse.8 /asha... voc9 entendeu mal 8 % vo+ dele era gentil./asha virouse e saiu correndo da pequena sala.Clare prendeu a respira#$o. O corpo tremia inteiro, as m$os deseando rasgar a

roupa de "ing e beiar os lábios sex'. O que o homem &i+era com ela78 ?enho que ir atrás de /asha.1ma estranha onda de raiva e desgosto invadiu Clare.8 6ual exatamente seu relacionamento com ela7 8 *recisava ouvir para que seu

corpo se lembrasse de que homem horr(vel ele era.8 5$o há relacionamento. Caso comprovado.8 )nt$o por que...8 )la é ovem e entendeu as coisas de &orma errada. 8 )le tocoulhe o ombro e

depois a abra#ou, ro#ando os lábios nos dela.8 ais tarde7Clare assentiu. 5$o devia t9lo encoraado. )ra como brincar com &ogo.



)specialmente quando estava t$o entusiasmada para ser eleg(vel.Observandoo partir, cerrou os punhos. /e &osse homem, ela o agrediria e acabaria

de uma ve+ com aquela hist:ria, em ve+ de &icar tentando sedu+ilo. )ra hora paraneg:cios.

*recisava sobreviver 0 viagem de volta para sua casa sem perder o controle, as

roupas e o autorespeito. ) por que, perguntouse, os bons amantes eram todosbastardos7ar encontrou /asha do lado de &ora da casa. % &onte estava borbulhando e as

lu+es do ardim criavam uma atmos&era leve. /ua m$e sempre insistia no melhor e o bonito ardim n$o era exce#$o. 5em o gosto dela em mulheres adequadas para ele namorar.

)le desceu a escada da varanda, passou através de um arco de &lores de asmim ecaminhou pelo caminho de laotas através do ardim. /entiu o cheiro de lavanda. esmona lu+ parca, podia ver a combina#$o de cores das &lores das ardineiras. % lavanda e aal&a+ema plantadas enchiam o ar com seu aroma.

/asha estava em pé de costas para ele. O vestido longo preto a deixava com umaapar9ncia mais madura, assim como os cabelos presos no alto da cabe#a. as aquilo n$o

o enganava.8 O que está acontecendo, /asha7 Vim até aqui para esclarecer que n$o tenhointen#$o...

8 )u n$o esperava que voc9 a trouxesse aqui. 8 )la virouse para ele. Os olhosestavam mareados e o rosto rubro.

8 <oi uma decis$o de 3ltimo minuto 8 disse ele. 5$o lhe devia explica#=es. 8 as,/asha, voc9 e eu sa(mos apenas uma ve+ e...

8 Voc9 viu o que ela está usando78 /im, vi. 8 )le n$o p2de evitar um sorriso. 5$o se importava em chocar sua m$e e

os convidados. Clare tinha ra+$o. % vida dele tornarase organi+ada demais, controladademais.

8 )u nunca sonharia em comprometerme ou comprometer sua &am(lia usando umaroupa como aquela.

ar suspirou. 5$o queria mais la#os em sua vida. ?udo que queria era uma mulher bonita para acompanhálo a eventos sociais sem decidir que era dona dele.

8 /asha, quero deixar uma coisa bem clara. 5$o há nada entre voc9 e eu.8 ) claro que n$o. 8 )la riu. 8 )mbora eu apreciasse a chance 8 disse mais

seriamente.8 Como eu á disse antes, voc9 é boa demais para mim. % 3ltima coisa que ar queria era &erir os sentimentos dela. >ess nunca o perdoaria

se o &i+esse. )les tinham que ser amigos. /asha olhou as pr:prias m$os. )stava girandoum anel no dedo, os movimentos instáveis.

8 ) ela n$o é boa demais78 5$o, n$o é. 8 )le pensou na deleitosa tangente, imaginando qu$o perversa Clare

poderia ser. O sangue &erveu com o pensamento e ele n$o via a hora de descobrir seestava certo sobre aquilo.

/asha o &itou.8 Aem, no m(nimo voc9 tem que me retornar um &avor. 8 )la arrancou uma &lor

selvagem do ardim.8 6ue &avor78 %companhei voc9 naquele antar bene&icente. Voc9 tem que me acompanhar na

&esta de um amigo. 5a verdade, é amigo de um amigo, mas todo mundo estará lá.

ar es&regou o queixo. 5$o queria alimentar as esperan#as de /asha, porém lhedevia aquela.8 Claro. as com a condi#$o de que seamos apenas amigos. 5enhum la#o, certo7



8 %s palavras eram in3teis. /asha devia ter a aprova#$o de >ess e o conselho dela decomo conquistálo. %quela noite provavelmente &ora toda armada. *orém, elas n$o tinhamcontado com a presen#a de Clare.

/asha sorriu.8 )u n$o sonharia com isso.

ar a olhou com cuidado. ?eria que &icar atento. ?alve+ pudesse descobrir uma&orma de lhe mostrar que n$o era o homem certo para ela.Olhando em dire#$o 0 casa, viu a silhueta de Clare contra a anela. econheceria o

&ormato daquele corpo em qualquer lugar.1ma onda de deseo o invadiu. 5ossa, como a queria perto de si! Como queria beiá

la, abra#ála, tocála. ) queria que ela o deseasse até que gemesse suplicando por maisbeios e mais toques.

8 ?ele&one para mim 8 o&ereceu /asha.)le voltou para dentro da casa, o cora#$o descompassado, o sangue vibrando pela

mulher que esperava por ele. Aastava daquela &esta de sua m$e. )ra hora de descobrir exatamente o quanto Clare Harrison dedicavase a sua empresa.

"#$T%L& ')

Clare tentou dis&ar#ar o tremor das m$os quando en&iou a chave na &echadura. Otempo que durara o percurso para sua casa na limusine de "ing &ora preenchido de beiose car(cias, e n$o tivera como evitar. 5$o deveria t9lo provocado na &esta. 4everia ter previsto o que seria o traeto de volta depois de sedu+ilo. O que o cho&er dele pensara, s:4eus sabia...

Birando a chave, abriu a porta e re+ou para que <iona estivesse pronta. /ua irm$

sabia o que &a+er, contanto que n$o deixasse o nervosismo dominála... "ing ia receber exatamente o que estava destinado a ele.

) Clare nunca mais teria que se render 0queles beios maravilhosos, 0queles toques./eus lábios &ormigaram. ?alve+ pudesse beiálo s: mais uma ve+ para encaminhálo aogran &inale.

8 Voc9 mora so+inha7 8 % vo+ dele era quase um sussurro no seu ouvido enquantoo corpo másculo pressionavase contra suas costas, os bra#os desli+avam a sua volta,&a+endo o tecido do vestido escorregar sobre a barriga. )le beioulhe a nuca, desli+andoos lábios quentes sobre de seu pesco#o.

O corpo de Clare ardeu ao toque.8 Voc9 mora7 8 retrucou ela delicadamente, deseando que o corpo se

comportasse.8 /im. 4e ve+ em quando.)la adentrou o hall com "ing atrás de si. al tinham &echado a porta e ele a beiou

outra ve+.Clare n$o p2de evitar corresponder... tinha que certi&icarse de que ele n$o escaparia,

disse a si mesma. %lém disso, o beio era quente, macio... per&eito demais. )la correu osdedos pelo t:rax másculo e ent$o pelos ombros, tirandolhe o palet: e ogandoo no ch$oda sala.

)nquanto os lábios de "ing dan#avam magicamente sobre os dela, Clare come#ou acondu+ilo a seu quarto.

$os determinadas e vora+es desli+aram pelas costas de seu vestido e subiramnovamente para abrir o +(per. )la a&astou a boca da dele, gentilmente. 8 %inda n$o 8disse ent$o, tocandolhe os bra#os e guiando as m$os ávidas e másculas de volta a sua



cintura.)nt$o abriu a camisa dele, bot$o por bot$o, &itando pro&undamente os &aiscantes

olhos acin+entados. )le desli+ou uma das m$os até os volumosos seios e ela gemeuquando tremores de excita#$o a percorreram.

Clare se a&astou e respirou &undo, lutando contra o deseo ardente que amea#ava sua

racionalidade. 5$o podia hesitar. <itar aqueles olhos tempestuosos novamente, seria umgrande perigo. )le era um conquistador, um verdadeiro ca#ador de mulheres e ela podiaver porqu9, sentir porqu9, com cada célula de seu corpo. )le conhecia o caminho mágicopara o cora#$o de uma mulher.

)la saboreoulhe a boca, entregandose aquele 3ltimo beio. 6ueria que o momentodurasse para sempre, viver a ilus$o que ele era uma outra pessoa, alguém que elapudesse se permitir sentir algo, alguém que sentisse alguma coisa por ela. as n$o era. )ent$o, ela tinha que &a+er usti#a com <iona.

"ing levantou as m$os e tiroulhe os cabelos do rosto, os olhos brilhando com umapromessa que ela nunca vira antes.

Clare se a&astou.

8 %onde voc9 vai78 Volto em um minuto. 8 )la lhe lan#ou o que esperava que &osse um sorrisoprovocante e saiu do quarto.

<iona estava esperando na co+inha.8 )le está... 8 % vo+ de Clare &alhou. *igarreando, tentou a&astar o deseo sexual

que lhe consumia as entranhas. 8 )le está no meu quarto. Voc9 pode ir lá di+erlhe o quequer.

8 Voc9 acha que há alguma chance de um relacionamento7 Clare &itou a irm$, olhosarregalados.

8 5$o. 8 ar "ing n$o assumiria um relacionamento duradouro com sua doce edespretensiosa irm$. *elo que o conhecia, Clare n$o podia imaginálo numa rela#$o total

de entrega e amor... provavelmente ainda estaria andando atrás de saias aos oitenta anos.<iona saiu pela porta.Clare prendeu a respira#$o e mordeu o lábio. )ra isso. ?udo estaria acabado em

alguns minutos e n$o mais precisaria participar do ogo de "ing.5$o p2de ouvir nada, exceto o sil9ncio. 1ma dor pro&unda apertou seu cora#$o. %lguns segundos depois, ela ouviu a porta de seu quarto abrirse novamente e <iona

reapareceu na co+inha completamente pálida.8 O que aconteceu7 8 perguntou Clare at2nita. )la n$o podia entender como a

irm$ o dispensara t$o rápido, e t$o delicadamente! 8 Certamente voc9 poderia ter conversado mais... abusado dele ou algo assim... )s&orceime tanto para tra+9lo até aqui.

8 )u sei, Clare. 8 <iona mordiscou o lábio in&erior. 8 as n$o é ele.8 O qu97 8 Clare meneou a cabe#a. Ouvira direito7 ?alve+ "ing tivesse lhe a&etado

os ouvidos, assim como &i+era com o resto de seu corpo. 8 Como pode n$o ser ele78 5$o tenho a menor idéia. as aquele n$o é ar "ing. 8 )la tocou a pr:pria

barriga. 8 5$o é ele o pai desta crian#a.

"#$T%L& )

Clare &icou im:vel. % mente estava nublada. Como ele podia ser o sueito errado



depois de tudo que ela passara7)las tinham pesquisado sobre ar "ing. /abiam a data do aniversário dele, o nome

da m$e, da irm$, do pai, a brutal hist:ria da empresa inteira. Claro, n$o tinham tido tempopara pesquisar todos os papéis de neg:cios na expectativa de uma &oto dele... aquilonunca &ora levado em considera#$o. as... tinha que ser ele!

8 %quele é ar "ing. 8 Clare &ora ao antar de caridade, ao escrit:rio dele, 0 casada m$e dele! 5$o podiam todos estar enganados. 5$o havia meios de todos estaremerrados.

)la come#ou a andar de um lado para o outro. %parentemente <iona sucumbira aoutra pessoa.... a um homem que estava &ingindo ser "ing por alguma ra+$o insana. ) ela&i+era aquilo tudo por... nada.

Clare parou de andar e se apoiou no encosto da cadeira. Bastara tanto tempoperseguindo um estranho por usti#a, enquanto sua empresa estava sendo vendida pelassuas costas. <echou os olhos, sentindo a dor tomar conta de si. ?empo que poderia ter sido gasto salvando sua empresa!

Olhou para a sala, por cima do balc$o da co+inha americana. )ra loucura duvidar da

identidade dele, mas n$o podia desviar a aten#$o do palet: de ar "ing no ch$o da salaonde ela o deixara cair. 4ando dois passos 0 &rente, pegou o palet: e come#ou a vasculhar os bolsos.

8 O que voc9 está &a+endo7 8 % vo+ de <iona estava alta, o pânico evidente. )lanunca lidava bem com situa#=es estressantes, era mais do tipo que cobria os rosto com asm$os e chorava do que encarava o perigo de peito aberto.

Clare tinha que admitir que também n$o estava lidando muito bem com a situa#$o.Cada m3sculo do corpo estava tenso, a respira#$o curta e o&egante, as m$os tr9mulas. Osdedos tocaram uma carteira quadrada e ela a tirou do bolso. )nt$o giroua nas m$os,vagarosamente. 5o couro macio havia duas iniciais em ouroE ".

Clare &itou a irm$, ciente de que os segundos estavam voando.

8 )stou me certi&icando de que ele é ar "ing.)la abriu a carteira. 1m grande ma#o de notas &oi o que viu primeiro. Havia pelo

menos mil d:lares ali... dispon(veis para ele, pensou Clare. ) uma d3+ia de cart=es decrédito.

<iona se aproximou.8 )le deve ter um de cada banco. 8 )la suspirou. 8 6u$o rico voc9 acha que é

esse sueito78 uito. 8 Clare pegou um dos cart=es. O nome ar "ing estava lá em letras

grandes e leg(veis.8 %cho que podem ser &alsi&icados 8 sussurrou <iona. )la retirou a carta de

motorista da carteira. 5ovamente ar "ing, com uma &oto que combinava com o homemem seu quarto. )ra absurdo pensar que ele era outra pessoa, mas precisava se certi&icar. %s coisas estavam muito estranhas, principalmente depois que o cérebro dela parara de&uncionar racionalmente a respeito de tudo que o envolvia.

8 D ele. 8 Clare guardou a carteira de volta no bolso e olhou para a porta doquarto... O verdadeiro ar "ing estava lá, esperando por ela.

<iona a encarou.8 )nt$o quem era o homem que eu... 8 -ágrimas escorreram pelas &aces dela. 8

Oh, meu 4eus, Clare! )le pode ter sido qualquer um. 8 )la tentou engolir os solu#os. 8 Oque vou &a+er agora7

Clare abra#ou a irm$.

8 Voc9 n$o está so+inha. ?em a mam$e e a mim. 5:s a audaremos, sea qual &or sua decis$o.<iona assentiu e levantou a m$o.



8 ) o que voc9 vai &a+er com aquele homem ali7O corpo de Clare agitouse perante a no#$o de que o sueito errado a esperava no

quarto. 1m sueito que a &a+ia sentir coisas que nunca sentira antes, como o deseoardente de despilo.

8 %lguma sugest$o7 8 Clare n$o tinha idéia do que &a+er. >amais considerara

continuar com sua sedu#$o. O esperado era que ele &osse o mesmo ar "ing quedormira com sua irm$ e a evitara depois. ) naquele momento, de acordo com o plano, eledeveria ter sido con&rontado por sua irm$ e assumido suas responsabilidades, desviandotoda sua aten#$o de Clare. )la imaginarao escapando dali sem gra#a, mas agora arn$o iria embora sem con&rontarse com ela.

% mente come#ou a vagar. ?inha certe+a de que ar "ing seria uma experi9ncia aser lembrada. %queles beios t$o maravilhosos... %quilo n$o era certo.

O cora#$o apertou. O que ia di+er ao sueito quando voltasse ao quarto7 )ra incr(velque ele ainda n$o tivesse sa(do lá.

8 ?udo isso é culpa minha. 8 <iona limpou as lágrimas dos olhos. 8 )le estáesperando voc9 para... 8 )la tocou o ventre.

8 )u sei. ) o pensamento tanto a excitava quanto a amedrontava. 1ma parte suaqueria ogar todo o bom senso ao vento e renderse a tudo que "ing tinha a o&erecer.8 Olhe, vá embora. Vá para a casa de mam$e ou para algum lugar. )u contarei a ele

8 disse <iona.8 Contar a mim o qu97 8 perguntou ar, entrando na sala e aeitando as roupas.

8 /e voc9s duas á terminaram, eu gostaria de saber o que está acontecendo.8 5ada. 8 Clare conseguiu di+er. )la cerrou os dentes, procurando uma desculpa

ra+oável.ar avan#ou.8 Como nada78 1m problema de &am(lia. -amento, mas teremos que encerrar nossa noite mais

cedo. 8 Clare mentalmente cru+ou os dedos. *arecia que ia dar certo e...5$o podia encarálo. ar devia conhecer bastante sobre as pessoas para saber que

aquilo n$o era verdade. 4evia estar se perguntando o que havia mudado as coisas. O queele pensara sobre <iona irrompendo quarto adentro e &itandoo boquiaberta por algunssegundos antes de empalidecer e sair correndo, ela n$o tinha a menor idéia.

8 D minha culpa, realmente 8 declarou <iona. 8 )u pedi a ela...8 *ara audála. 8 Clare enviou um olhar de aviso 0 irm$. 8 )la me pediu que a

audasse com um problema.ar olhou para ela.8 Voc9 quer que eu &ique7Clare hesitou. O cora#$o apertou com o pensamento de ar "ing partindo. 5$o era

usto. 4everia contar a verdade a ele. 6ue pesquisara sobre ele, que perseguira esedu+irao por vingan#a. )la engoliu em seco. 5$o, aquilo n$o era uma op#$o.

*or mais que sua vontade &osse responder sim, n$o poderia. 5$o, dada 0scircunstâncias. *rimeiro, ele ainda era o inimigo. 1m tipo di&erente de inimigo, mas aindaassim um inimigo. ) segundo, <iona estava em seu apartamento. ) n$o precisava saber qu$o desesperada Clare estava por aquele sueito.

8 4esculpeme... 8 ela come#ou.8 /em problemas. 8 ar pegou o palet: da cadeira, puxou o celular de um dos

bolsos e ligou para um táxi. 8 )ssas coisas acontecem. /e houver algo que eu possa&a+er...

Clare observou o modo como ele cerrou os punhos antes de en&iar as m$os nosbolsos. O que estaria pensando dela agora7 <ora arroada e devassa, completamenteprovocante.



8 Obrigada, mas acho que podemos lidar com isso.)la &echou a porta rapidamente atrás de "ing, perguntandose como acabara naquela

situa#$o.

"#$T%L& )'

Clare tomou banho, porém, por mais que tentasse, n$o conseguia remover asensa#$o que "ing despertara em seu corpo. )nt$o encerrou o banho com uma ducha &riae saiu do box, enrolandose na toalha. % realidade era que, entregarse em pensamentosao deseo por ar "ing, n$o audaria salvar sua empresa.

Vestindo um conunto de saia e blusa creme, deseou que n$o tivesse deixado ar"ing com tanta raiva. )la meneou a cabe#a. %inda tinha di&iculdade em aceitar que "ingn$o era o sueito que aproveitarase cruelmente de sua irm$.

*rendeu os cabelos para trás e &ixouos com um palito apon9s na nuca.

)m momentos como aqueles, perguntavase como seria ter uma vida simples, semobriga#=es ou preocupa#=es. as ent$o a&astava a idéia. /entiriase entediada. %doravaum desa&io. ) que melhor desa&io haveria do que en&rentar ar "ing, mesmo que ele&osse o sueito errado7 )la cal#ou os sapatos caramelo. )nt$o &e+ uma pausa. )m toda acon&us$o da noite anterior, um &ato havia lhe escapado. )ra livre para explorar aquelesentimento que "ing lhe despertava. 1m tremor de deseo a percorreu.

as ele iria querer7 %p:s aquela desculpa es&arrapada, provavelmente n$o ia querer nada com ela. Clare contraiu os m3sculos, perguntandose o que mais poderia inventar que &i+esse algum sentido.

*egou uma ma#$ da &ruteira e as chaves. )nquanto mordia a &ruta pensou que haviauma chance de nunca mais v9lo, e s: a idéia a entristeceu.

O escrit:rio estava em plena atividade quando chegou. )la deu uma olhada para orel:gio, impressionada por estar meia hora atrasada e n$o ter nem mesmo notado.

8 Aom dia 8 cumprimentou <iona, levantando os olhos de sua mesa. 8 )u estavacome#ando a me preocupar com voc9.

Clare suspirou e sorriu.8 5$o, estou bem. D bom v9la de volta.8 )u n$o aguentaria &icar mais nem um dia em casa. )stava entediada demais. 8

<iona mordeu a caneta. 8 Voc9 está triste por causa de ontem7Clare meneou a cabe#a e entrou em sua sala. @ndo até a anela, olhou para &ora. %

propriedade industrial n$o tinha uma bela vista e as laterais da &ábrica n$o proporcionavam

muita distra#$o do mais recente drama de sua vida.<iona a seguiu.8 Voc9 vai v9lo de novo7



Clare mordiscou o lábio, mas n$o p2de evitar sorrir. /abia exatamente o que ia &a+er com ele se pudesse. )le tinha os lábios mais sensuais que ela á beiara e estava loucapara descobrir como seria a sensa#$o de t9los sobre seu corpo.

8 /e ele quiser me ver.8 Certo 8 disse <iona, alegremente. 8 *elo menos alguma coisa boa decorreu

dessa con&us$o toda. Voc9 acha que há alguma chance de encontrar o sueito que... 8 )laparou.Clare virouse e &ran+iu o cenho.8 5$o posso ver como. /em o nome dele... <iona abaixou o olhar, &itando as

pr:prias m$os. Clare so&reu pela irm$.8 ?alve+ se voc9 voltar ao lugar onde se conheceram 8 sugeriu. 8 ?alve+ ele vá lá

com &requ9ncia. )ra um ca&é local, certo78 /im. 8 <iona sorriu e deu uma olhada para seu rel:gio de pulso.8 Vá em &rente. 8 Clare tocou o ombro da irm$. 8 )stá na hora de uma x(cara de

ca&é. ?ragame um capuccino quando voltar.8 Obrigada. %h, e aqui está. 8 <iona lhe entregou alguns papéis. 8 Os seus

recados. % irm$ ca#ula lhe deu um sorriso esperan#oso e saiu da sala, &echando a porta. Clarerespirou &undo. 4eseou que pudesse &ugir dali e descobrir onde ar estava agora, massabia que teria de esperar. /ua empresa tinha prioridade sobre aquela situa#$o estranhaonde ela teria que con&essar seu plano tolo.

Clare leu as mensagens. ?odos os bancos haviam respondido negativamente aopedido de empréstimo por garantia insu&iciente. /em hipotecar a casa de sua m$e, assimcomo seu apartamento, n$o havia esperan#a de suprir os requisitos que os bancosestavam impondo. ) ela n$o &aria uma coisa dessas. 5$o podia arriscar a seguran#a dam$e por uma chance de comprar a empresa.

<echando os olhos, imaginou como seria ser a 3nica proprietária, che&e de si mesma.

?otal e completamente, sem ninguém para dar satis&a#=es, ninguém para lhe dar ordens eninguém para vender a empresa pelas suas costas.

1ma batida 0 porta interrompeulhe o devaneio.Clare levantou os olhos da mesa.8 )ntre. % porta se abriu. ar "ing estava parado ali. % apar9ncia era de tirar o &2lego. O

terno a+ulmarinho bem cortado combinava per&eitamente com o tom ambo da pele. %camisa de seda branca e a gravata turquesa apenas aumentavam o e&eito devastador. Omaxilar &orte estava bem barbeado. Os olhos escuros a imobili+aram.

8 /rta. Harrison.8 /r. "ing. 8 )la levantouse. 5$o tinha a menor idéia de como se aproximar de

ar. )le n$o era mais o mal&eitor de sua irm$. 5$o era mais um estranho. O que pensavadela no momento era o importante.

8 )u queria conversar sobre ontem 0 noite 8 soou a pro&unda vo+ masculina.8 )u também. 8 )la pigarreou. 8 Olhe, <iona... ar levantou uma m$o.8 5$o há necessidade de explicar. 8 )le se aproximou, n$o tirando os olhos

escuros dos dela.8 /im, há. 5$o quero que voc9 pense... 8 %s palavras &icaram presas na garganta.

)stava rendida aqueles olhos tempestuosos, determinados, brilhando com uma chamalatente que enviavam promessas silenciosas ao corpo dela. 8 6uero que voc9 saibaque... 8 recome#ou.

)le levantou a m$o vagarosamente e tocoulhe os lábios. ?odos os pensamentosdesapareceram da mente de Clare. <itando a boca sensual, deseou ser beiada, reviver apaix$o que sentira nos bra#os dele.



ar inclinou a cabe#a e beioua com paix$o, &a+endo seu sangue correr violentamente pelas veias.

)le envolveua nos bra#os, encaixandoa em sua &or#a. O calor que o corpo másculoemanava era como uma estrelaguia para o dela.

Clare n$o p2de resistir. 5$o conseguia controlar o deseo que lateava em seu ser.

Correspondeu ao beio, estimulandoo, trilhando beios pelo maxilar &orte e desli+ando parao pesco#o.ar gemeu.8 Clare...)ra gostoso demais ouvilo pronunciar seu nome de novo. ) desta ve+ era permitido

que ela abra#asse as emo#=es que ele lhe evocava.O tele&one tocou.)la desli+ou a m$o na camisa dele, sentindo cada m3sculo se contrair em deleite sob

seu toque, pragueando contra o &ato de que n$o poderia ignorar aquele tele&onema. *odiaser de um dos bancos.

8 ?enho que atender. inha secretária saiu. ar beiou o l:bulo de sua orelha.

8 5otei.)la estendeu uma m$o para pegar o tele&one, a outra vagando pelo pesco#o de ar,ro#andolhe a &ace recémbarbeada e os grossos cabelos negros.

8 Clare Harrison.8 Olá, Clare. D *aul. )spero que tudo tenha sa(do con&orme o planeado ontem 0

noite.)la cobriu o bocal do tele&one.8 5eg:cios. 8 -iberandose do abra#o de ar, a&astouse alguns metros,

o&erecendolhe um sorriso de consolo. 8 /im78 )stou ligando a respeito da nossa combinada troca de &avores, certo78 O momento n$o é muito apropriado. 8 )la &itou os pro&undos olhos acin+entados

do homem que estava em sua sala. % 3ltima coisa que queria &a+er era desperdi#ar umanoite com seu primo, quando poderia estar aproveitando a companhia de ar e... algomais. ar a observava com aten#$o, despindoa com o olhar. O corpo dela arrepiouseem antecipa#$o.

8 )sta noite 8 disse *aul. 8 ) sem desculpas. ?odo mundo estará lá. Voc9 tem queir, Clare. *rometeu.

)la podia imaginarse &a+endo coisas muito mais interessantes com ar "ing aquelanoite. as promessa era promessa e *aul a audara a entrar sem convite no antar bene&icente de "ing.

8 ?udo bem.8 )u a apanho 0s oito. 1se algo bem sex'.8 Certo. 8 as n$o o vestido vermelho... 5unca mais! )la desligou o tele&one e se

aproximou de ar.8 *roblemas78 5$o. 8 )la sorriu sem gra#a. 8 )stá tudo bem. 8 )ncostou o corpo no dele e o

abra#ou.)le a beiou de novo. O corpo de Clare respondeu imediatamente, abrindose para

ele e rendendose ao dom(nio másculo.)la trilhou o t:rax musculoso com os dedos, abrindo os bot=es da camisa de seda

para sentir o calor da pele sob as palmas.)le a&astouse um pouquinho e respirou &undo.

8 ?enho que ir. *osso ligar para voc97 8 )le deulhe um beio na testa, tra#ando o&ormato de seu rosto com o polegar.8 4e&initivamente sim. 8 Vagarosamente Clare come#ou a abotoar a camisa dele.



8 as tenho um compromisso esta noite.8 )u também. 5eg:cios. 8 )le a estudou. )la assentiu.8 @dem. 8 % 3ltima coisa que precisava era proclamar que ia sair com outro homem,

mesmo que &osse com *aul. ?inha que manter os dois, longe um do outro... %ssim, o queela &i+era no antar bene&icente e o porqu9, continuaria a ser um segredo.

8 5os vemos. 8 )le a olhou &ixamente, como se a estivesse memori+ando. )nt$oabriu a porta e enviou aquele sorriso devastador.O cora#$o de Clare disparou.8 /im. 8 Veria ar "ing muitas ve+es mais. %ssim que tivesse salvado sua

empresa.

"#$T%L& )''

ar &echou a porta do escrit:rio atrás de si e endireitou a gravata. *or mais quetentasse, n$o conseguia entender o que Clare estava querendo. as de uma coisa tinhacerte+aE iria descobrir, n$o descansaria enquanto n$o o &i+esse.

?ele&onara para vários investigadores, e contratara todos eles. 5$o se importava comos custos. )stava ansioso por respostas e as queria o quanto antes.

8 4esculpeme. )u n$o sabia que voc9 estava aqui. 8 1ma vo+ de mulher, baixinhae &raca soou.

)le virouse. % irm$ de Clare estava sentada 0 mesa da recep#$o, os olhosvermelhos.

8 5$o sabia que voc9 trabalhava aqui 8 disse ele enquanto olhava pela sala, e paraa mesa dela. 5$o havia nada ao redor que usti&icasse o porqu9 de ela estar chorando. 84esculpeme, mas acho que n$o guardei seu nome ontem 0 noite.

8 <iona. 8 )la limpou o nari+ no len#o. 8 5$o se preocupe comigo. 8 *egandouma pasta de arquivo, olhou para a papelada como se n$o a estivesse vendo.

8 *roblemas78 5$o 8 retorquiu ela, rapidamente. 8 /im. 8 -ágrimas marearamlhe os olhos. 8

1m dos grandes.ar n$o hesitou. 4eu a volta na mesa dela e agachouse a seu lado. )stava

acostumado 0s lágrimas de >ess e a darlhe o ombro para chorar.8 6uer que eu chame Clare para voc97 )la meneou a cabe#a.8 5$o há nada que ela possa &a+er.8 6uer se abrir comigo7 8 ar esperou, deseando sinceramente que pudesse

audar.<iona o encarou, os lábios trémulos.8 )u conheci um homem... 8 )la assoou o nari+ no len#o. 8 ) n:s... ) eu... estou

grávida.)le n$o p2de evitar olhar para a barriga &eminina, onde a m$o pousara

protetoramente.8 4eixeme adivinhar. )le &icou chocado e desapareceu7 <iona meneou a cabe#a.8 5$o é bem assim. 5:s nem ao menos podemos locali+álo para contarlhe. )le

sorriu.8 *osso lhe dar o tele&one de um investigador.)la cobriu a boca com o len#o, su&ocando um gemido.



8 5$o adiantaria.ar levantouse e abaixou o olhar, observandoa. *rovavelmente n$o era muito

mais velha que >ess. )le &echou os olhos e sentiu uma onda de raiva percorr9lo. /e umhomem tivesse &eito o mesmo com sua irm$...

8 *or que n$o adiantaria7

8 *orque ele usou o nome de uma outra pessoa... provavelmente para meimpressionar. 8 %s palavras eram pouco mais que um sussurro.ar n$o podia ver qual era o grande problema, 0 parte um cora#$o despeda#ado, o

qual se curaria com o tempo. O corpo era dela. /e o ca&aeste n$o queria ter nada a ver com o assunto, ela poderia decidir por si mesma. )le cerrou os punhos.

8 Voc9 gostava desse sueito78 /im. 8 )la suspirou. 8 Bostei muito dele. uito mesmo.)le suspirou. 6ueria di+er a ela que seguisse com a pr:pria vida, mas a express$o

de amor que dan#ava nos olhos da mo#a &e+ ar pensar em Clare novamente. *or queClare n$o o olhava daquela maneira7

8 )le deve ter alguma liga#$o com o sueito do qual usou o nome, a menos que sea

o nome de algum astro de cinema. 8 )le tentou sorrir. 8 6ue nome ele lhe deu7)la o encarou.8 O seu. 8 <iona solu#ou. 8 )le me disse que era ar "ing.ar enrieceu os m3sculos. O cora#$o disparou de repente. Olhou para ela e um

rompante de raiva o assolou.8 4escobri, é claro, que n$o era voc9. as agora &iquei sem nenhuma pista.

5enhum nome. 5ada. 5$o sei o que &a+er.8 )le usou o meu nome7 8 1m sueito oportunista usara o seu nome para

aproveitarse de uma pobre mo#a inocente7 Calor esquentoulhe o sangue. 8 4escrevaeste homem para mim.

8 %lto, moreno e muito bonito. 8 <iona corou e desviou o olhar do rosto de ar. 8

) tinha uma linda manchinha de nascen#a no quadril.)le virouse em dire#$o 0 porta. %quilo era mais do que precisava saber.8 @dade78 )le era um pouco mais novo que voc9. 8 )la arregalou os olhos sem gra#a. 8

4esculpeme, eu n$o quis di+er...8 /em problemas. 8 )le en&iou as m$os nos bolsos. 8 6uando tudo isso

aconteceu78 /eis semanas atrás. 5o Ca&é aqui perto. 8 )la levantou a cabe#a para ele, os

olhos cheios de esperan#a. 8 Voc9 pode audar7)le cerrou os punhos. 5$o precisava de mais nenhum detalhe. /abia bem onde

procurar o acusado.8 Verei o que posso &a+er. % mente de ar girou com as possibilidades, e n$o havia muitas. O maior dos

candidatos era um sueito que trabalhava em sua empresa. O que explicava porque Claresabia que ele estava atrás de sua empresa. 1m dos homens que estava inspecionando a?rans@nter, havia dormido com a irm$ dela.

)le cerrou os punhos. ed(ocre. ed(ocre demais. %pertando o 3ltimo andar no painel do elevador, sentiu a &3ria dominálo. 6ue tipo de

ca&aestes tinha trabalhando para si, que n$o apenas usava uma garota como aquela, masainda tentava enganar, comprometendo a empresa e usando o nome dele7 Cerrou osdentes e prometeuse que &aria o sueito virar p: quando pusesse as m$os nele.

Olhou &ixamente para o painel de controle. O que quer que &osse que Clare estivesseatrás, tivera tempo o bastante para trabalhar naquilo. /eis semanas! % negocia#$o todapoderia estar comprometida. )le secou as palmas 3midas de suor nas pernas da cal#a. /e



ela tivesse alguns investidores particulares na empresa, ele poderia acabar de m$osva+ias.

%quilo certamente provavalhe que devia con&iar em seus instintos. /oubera desde omomento que colocara os olhos em Clare que ela estava atrás de alguma coisa...provavelmente querendo distra(lo até que tivesse salvo sua pequena empresa das m$os

dele. O que ela n$o sabia era que ele estava preparado para o desa&io, e mais do queansioso para en&rentar qualquer coisa que ela tivesse planeado...

) a pobre <iona. /e alguém tivesse levado a irm$ dele por um caminho como aquele,ele &aria qualquer coisa para pegar o bastardo.

%s portas do elevador abriramse.8 /ra. ?ompson, na minha sala. %gora. % mulher largou tudo que estava &a+endo e o seguiu. ar bateu 0 porta e deu a volta

em sua mesa para encarar a secretária.8 6uero que voc9 consulte o arquivo da proposta de compra da ?rans@nternacional.

6uero cada um dos homens que trabalhou no recolhimento de in&orma#=es, aqui na minha

sala em quin+e minutos.)la o &itou, boquiaberta.8 as eles podem estar em qualquer lugar agora.8 6uin+e minutos.8 /im, senhor. 8 )la &oi para a porta, ent$o virouse.8 %lgum problema sério, senhor78 Haverá derramamento de sangue, sra. ?hompson. )u lhe garanto.8 Oh, meu 4eus! ?em certe+a7 )les s$o todos homens t$o corretos...ar a encarou.8 %gora, por &avor.)le caminhou de um lado para outro enquanto os minutos passavam. Como Clare

pudera desperdi#ar tempo brincando com ele enquanto vivia o dilema de sua irm$7 Ou o ogo para salvar a empresa das m$os dele era mais importante do que o problema dapr:pria irm$7

)le meneou a cabe#a. 5$o podia deci&rála.)stalou os dedos e concentrouse na satis&a#$o de resolver aquele problema para

Clare. 6u$o grata ela &icaria. 6u$o grata... Houve uma batida 0 porta.8 )ntre 8 disse ele, irritado.Cinco homens adentraram a sala em &ila, e se colocaram perante a mesa como se

&ossem um batalh$o preparado para a guerra. 5o humor de ar, aquilo era bem poss(vel.)le os observou. -oiros e morenos. 1m deles tinha bigode, o outro, barba. as sup2s

que n$o requereria muito tempo para deixar uma barbicha daquelas crescer, e apenasalguns segundos para cortar.

)le os mediu de cima a baixo, e pensou que deveria ter pedido mais detalhes 0 irm$de Clare.

8 Voc9. 8 )le apontou para o homem loiro da ponta. 8 % cor dos seus cabelos énatural7

O homem &ran+iu o cenho.8 /im, é.8 Vá.O homem hesitou.8 Como, senhor7

8 /aia! 8 )le olhou para os outros quatro. ?eria que contar com a rea#$o de umdeles. 5$o havia meios de pedir para ver a tal marquinha de nascen#a.O da ponta direita era o mais alto, porém muito magro, bem barbeado e com cabelos



castanhos. O pr:ximo da linha era o mais baixo do grupo, tinha uma barbicha e umabarriga generosa. O outro era um homem barbado, estatura mediana, peso mediano.<inalmente, o da esquerda era o do bigode, com um &(sico excessivamente musculoso.

ar es&regou o maxilar. 5$o selecionaria nenhum deles para a irm$ de Clare seapaixonar. %postava que todos deviam ter algo de interessante, mas ele pessoalmente n$o

conseguia detectar. ?alve+ devesse chamar a sra. ?hompson. %ndou atrás da mesa, enviando olhares para os quatro homens restantes. 5otou queos dois da esquerda usavam alian#a, mas sabia que n$o devia dispensálos da sala.*odiam muito bem ter &eito a &a#anha.

Outra batida 0 porta.8 )ntre. 8 )le olhou para os homens em &ila, medindo cada um de cima a baixo.

Como poderia um de seus &uncionários ter sido t$o petulante7/eu assistente pessoal adentrou a sala.8 O que está acontecendo aqui, senhor7 8 >ohn caminhou, colocandose no &im da

linha. 8 /e houve algum problema com a investiga#$o, ent$o voc9 deveria ter &aladocomigo. )u estava condu+indo essa equipe.

8 ?udo bem, >ohn. ?alve+ voc9 possa me responder por que Clare Harrison sabiaque eu estava interessado na ?rans@nter antes mesmo que eu conversasse com o s:ciodela7

/il9ncio.ar cru+ou os bra#os sobre o peito.8 5$o7 )nt$o talve+ um desses homens morenos e altos seriam gentis o bastante

para me explicar por que &oram contra minhas ordens de n$o misturar neg:cios compra+er7

/il9ncio.8 5$o7 )nt$o talve+ um dos homens dessa equipe saiba por que a irm$ de Clare

Harrison está deprimida porque n$o consegue contatar um homem com o qual teve um

caso por volta de seis semanas atrás7/il9ncio.8 5$o7 )nt$o quem sabe voc9s pudessem me contar porque ele escolheu usar meu

nome em ve+ do pr:prio7/il9ncio.8 5$o7 8 )le apontou para cada um dos homens. 8 )nt$o devo in&ormarlhes que

cada um de voc9s tem uma responsabilidade com uma ovem. 5$o apenas desculparsecom ela pelo comportamento indigno, mas auxiliála com a gravide+.

>ohn inclinouse para &rente, apoiandose na borda da mesa. ar olhou para oshomens e pragueou mentalmente.

8 Obrigado, rapa+es. %cho que encontramos o vencedor! 8 )le se virou e assistiu apartida dos homens. 6uando o 3ltimo a sair &echou a porta, lan#ou um olhar &rio para seuassistente pessoal.

8 Como voc9 p2de &a+er isso7 )ra um dos homens da minha con&ian#a.>ohn o &itou, obviamente es&or#andose para encontrar palavras.8 4esculpeme, senhor. as... n$o é... o que está pensando.ar girou a cadeira e se, sentou.8 Voc9 deliberadamente transgrediu as minhas ordens. *2s um neg:cio muito

lucrativo em risco...8 /enhor, eu n$o sabia sobre suas regras de manter neg:cios e pra+er separados

quando conheci <iona. )u a encontrei no Ca&é local. 5$o tinha a menor idéia de que

trabalhava para a irm$.)le se inclinou sobre a mesa.8 ) usou o meu nome7



8 )u... n$o tenho nenhuma desculpa para isso. )stava muito nervoso. 6ueriaimpressionála. 6ue melhor &orma do que usando seu nome7

8 Aaula#$o n$o o levará a lugar nenhum. >ohn respirou &undo.8 @sso n$o &e+ di&eren#a de qualquer &orma. )la nem mesmo reconheceu seu nome.

5$o o conhecia. )nt$o, tudo aquilo &oi por nada, porém, uma ve+ que eu á dissera seu

nome, n$o poderia voltar atrás. 5$o sem que ela pensasse que eu era um tolo.8 Voc9 é um tolo. 8 ar levantouse novamente e caminhou até a anela. 8 5$ohá usti&icativa para o que voc9 &e+. ?em alguma idéia de como ela está7

8 Brávida! 8 )le coptorceuse na cadeira. 8 4e um &ilho meu. 8 )le se levantou.8 ?enho que v9la. Contar tudo a ela.

8 Conte que voc9 está demitido.8 *or qu97 *or me apaixonar78 %paixonar7 %cho di&(cil de acreditar. *or que voc9 n$o a tem contatado7>ohn baixou a cabe#a.8 Certo, eu n$o sabia que isso era amor porque n$o tinha tido a chance de

descobrir. as n$o a contatei porque voc9 teve comigo aquela conversa sobre neg:cios e

pra+er. 4isseme que eu comprometeria meu emprego se n$o me adaptasse ao &ato. asent$o á era tarde. 8 )le suspirou. 8 *ensei que se eu esperasse... poderia v9la denovo. O neg:cio seria &echado e eu estaria livre para &icar com <iona.

% raiva de ar apertoulhe a garganta. 5a verdade, o 3nico culpado daquilo tudo eraele pr:prio. )ra ele o culpado pelo so&rimento da irm$ de Clare, por manter os ovensamantes separados.

8 Voc9 deveria ter me explicado tudo.8 ?entei. as voc9 n$o me dava chance. 8 )le olhou para ar. 8 4eixou claro

que n$o haveria exce#=es.ar se virou.8 )ntendi a mensagem. as se o neg:cio n$o sair por causa de sua tolice, vou &icar

extremamente irado. 8 )le &itou através da anela. 8 %cho que voc9 precisará de umemprego se vai cuidar de uma &am(lia, mas n$o há meios de mant9lo aqui na matri+.?odos pensar$o que amoleci. 8 )le apontou um prédio ao longe. 8Vou trans&erilo dedepartamento.

8 Obrigado, senhor. Voc9 n$o se arrependerá. 8 >ohn estava sorrindo. )nt$omoveuse rapidamente em dire#$o 0 porta.

ar tentou sorrir, mas n$o conseguiu.8 Vá. /aia daqui e &a#a aquela garota sorrir. ), no caminho, pe#a a sra. ?hompson

para deixar os papéis prontos a &im de que <ran Aolton possa assinálos amanh$ bemcedo.

/e Clare Harrison ia obstruir aquela negocia#$o, ele n$o ia &icar sentado esperando.Havia ainda algumas poucas surpresas deixadas por ele.

"#$T%L&)'''

Clare abaixouse sobre a mesa de trabalho e descansou a cabe#a nos bra#os.

)stava correndo contra o tempo. 5$o podia acreditar que aquilo estava acontecendo.Claro, os 3ltimos cinco ou seis anos haviam sido como um sonho, tendo assumido aempresa por si mesma e trans&ormadoa de algo med(ocre a um empreendimento s:lido.



as n$o esperara acordar desse sonho. *rincipalmente n$o para um grande pesadelo.)stava perdendo sua empresa e sua liberdade, coisas que trabalhara duro para

conseguir. ais de de+ anos de sua vida tinham sido gastos ali, tudo para que terminasse&racassada por causa de um dinheiro que ninguém lhe emprestaria sem que ela tivesseque p2r em risco tudo que adquirira trabalhando com a&inco.

/uspirou. *elo menos dera uma casa 0 m$e e um lugar para si mesma. %gora precisava se concentrar no que possu(a. Ou sea, sua &am(lia e ar "ing.Olhou para a porta do escrit:rio. 5$o havia nada que pudesse &a+er para salvar sua

posi#$o, mas lutaria com unhas e dentes para que seus &uncionários mantivessem oemprego.

)s&regando as sobrancelhas, bateu o punho &echado sobre a mesa. % pancada &orte ea dor na m$o, &i+eram pouco para con&ortála e nada para apagar a sensa#$o crescente dedesamparo.

Caminhou pela sala. 6ue coisa! O que poderia &a+er7 %guentaria &icar e trabalhar sobo comando de outra pessoa7 Ou venderia sua parte na sociedade e iria atrás de um novodesa&io7 6ueria chorar. ?odas as pessoas que conhecia, todos os amigos... tudo deixado

para trás. %briu a porta do escrit:rio.8 <iona, voc9 poderia pedir algo para eu almo#ar7 1ma salada ou...<iona estava olhando inexpressiva para a porta de entrada. % &ace pálida, as

bochechas coradas, os olhos arregalados.8 ?udo bem com voc97 8 Clare correu em dire#$o a ela, mas ent$o parou no meio

do caminho, os cabelos arrepiando na nuca.O assistente pessoal de ar "ing estava 0 porta. *arecia con&uso e atrapalhado.Clare soltou a respira#$o que estava retendo.8 >ohn, que surpresa! O que podemos &a+er por voc97 8 6ual era a 3ltima de

ar7 )staria a limusine lá embaixo esperando para levála a algum lugar sossegado e

romântico7>ohn manteve uma das m$os para trás, mas Clare notou o ; buque de rosas. 1ma

pontada no est2mago a assolou. Virouse para a irm$.8 <iona... temos um convidado.Os olhos de <iona ainda estavam im:veis, a express$o ileg(vel. Clare n$o podia

entender o que estava acontecendo com sua irm$, mas deveria tirar mais algum tempo delicen#a se ia &icar devaneando no escrit:rio perante pessoas importantes.

8 >ohn7 /eu nome é >ohn7 8 <iona levantouse da cadeira. Clare sentia a tens$ono ar. <iona ia assustar o sueito com aquele comportamento absurdo. )la queria as &lorese qualquer que &osse a mensagem que ar lhe estivesse enviando. 1m calor se espalhoupor seu corpo.

8 *or que voc9 me deu o nome de outro homem7 )stive procurando por voc9. 8)la se virou para Clare. 8 ) voc9 o conhece7

)la assentiu vagamente, a cabe#a girando perante as palavras da irm$.8 )le é o assistente pessoal de ar "ing.>ohn adentrou a sala, passou por Clare e p2s o buque para &rente. <iona circulou sua

mesa e diminuiu a distância entre os dois, os olhos &aiscando de &elicidade, a bocacurvandose num sorriso. %lgo que Clare n$o via há muito tempo.

Aoquiaberta, ela se deu conta do &ato. )ra >ohn o amante misterioso!8 *ensei que voc9 n$o se importasse comigo! 8 <iona exclamou correndo para os

bra#os dele, lágrimas descendo pelas &aces.

>ohn a envolveu nos bra#os, derrubando o buque para segurála ainda mais perto.8 )u estava esperando pelo momento certo.Clare cobriu a boca. O cora#$o estava t$o quente pela irm$ que pensou que poderia



incendiarse. 5unca vira nada t$o doce em sua vida inteira... O corpo pulsou deseando osbra#os de ar a sua volta.

8 %gora... 8 % vo+ de <iona era um solu#o de alegria.8 %gora é o momento certo78 /im, claro! 8 >ohn trilhou beios sobre a boca de sua irm$. 8 )u teria voltado... no

dia seguinte... se "ing... n$o tivesse me colocado a par... da pol(tica empresarial da

companhia.8 6ue pol(tica7 8 Clare n$o p2de se conter. 6ualquer in&orma#$o extra sobre ohomem poderia audar no relacionamento deles. ) agora ela tremia dos pés 0 cabe#a.

>ohn parecia acabar de notála. -evantou a cabe#a do pesco#o de <iona.8 1ma que di+ para n$o misturar neg:cios com pra+er.8 )u á sabia dessa. 8 Clare olhou para as pr:prias m$os, sentindose totalmente

perdida sobre o que di+er. 8 as ent$o, como...8 )sse é "ing. 8 >ohn deu mais beios na testa de <iona, nos olhos, &aces, nari+, na

boca. 8 5$o sei como ele descobriu. >uro que 0s ve+es aquele homem é inacreditável.8 Contei a ele 8 con&essou <iona. 8 5$o pude me controlar. )u estava chorando e

ele me con&ortou. )nt$o me peguei desaba&ando. )u devia estar parecendo uma tola, mas

ele n$o piscou um olho. <oi t$o gentil... e disse que me audaria.1ma alegria interior invadiu Clare pela considera#$o que ar tivera com sua irm$.)nt$o sentiuse tensa novamente.

8 Voc9 contou a ele que alguém havia usado seu nome7 8 )la &e+ uma careta.<iona contara a "ing que elas achavam que ele era o sueito!

8 /im. 8 <iona beiou >ohn outra ve+.O cora#$o de Clare disparou. %gora ele sabia qual &ora o ogo das irm$s... que &ora

tudo um plano elaborado para con&rontálo perante a situa#$o desagradável de <iona. 1mtremor a percorreu, &a+endo seu cora#$o apertar. )la tocou os lábios. 5unca mais sentiriaos lábios dele. Haviam realmente trocado o 3ltimo beio.

Clare adentrou o agradável hotel, obedientemente de bra#o dado com o primo. 5$o

deseava estar ali, mas promessa era promessa. /e *aul quisesse que ela oacompanhasse a alguma &esta luxuosa para mostrar status, assim seria.

8 )sse lugar é impressionante 8 comentou *aul, e &e+ um gesto de cabe#a,cumprimentando o porteiro enquanto eles passavam.

%costumado a conviver com restaurantes, hotéis e clubes mais &inos, *aul tinhaliga#$o em todo lugar. O que era bom, tanto para sua divers$o noturna, como para suacarreira.

Clare es&or#ouse para parecer bem. 4evia isso ao primo e os contatos que ele &ariaali poderiam alavancar sua carreira. % &esta era de&initivamente chique. %s roupas de gri&erevelavam so&istica#$o, assim como as :ias, o local e a orquestra de vinte m3sicos.

)la reconheceu diversos designers que vira nas mais recentes revistas de moda que<iona havia levado para casa. *aul a puxou para perto de si. 8 Vamos encontrar umamesa.

)la assentiu. )stava grata por estar sendo 3til para alguma coisa. /e apenaspudesse ser 3til para si mesma e arranar alguma solu#$o brilhante para seu problema&inanceiro... 5$o queria &icar sentada esperando, sem lutar, e deixar que alguém seapossasse de todo o seu trabalho árduo.

)les acharam uma mesa ao &undo, onde &eli+mente estava um pouco mais tranquilo.*ediram drinques e observaram as pessoas ao redor.

8 O que está acontecendo, Clare7 8 perguntou *aul. 8 Voc9 parece t$o longe.)la estava realmente distante e tinha consci9ncia disso. ?omara uns dois drinques

para condoerse de seu &racasso em comprar a parte de <ran antes de sair de casa, eestava planeando mais. ) se pudesse tirar ar "ing da cabe#a ao mesmo tempo...ar desviarase do pr:prio caminho para resolver o problema de <iona... por Clare



ou por si pr:prio7 )la n$o sabia mais o que pensar. % mente e o corpo estavam con&usospelos &atos, sentimentos, esperan#as, e ela continuava voltando ao &ato de que &ora elequem causara tanta con&us$o!

6ueria despre+ar "ing. as sentia saudade dele. 4os olhos sorridentes... da vo+... ecada célula de seu corpo o deseava. %quilo n$o era usto. *or que tudo n$o poderia ser

sincero78 /into muito, *aul.8 5$o se desculpe. 8 O primo sorriu. 8 %penas sorria e &ina que é alguma socialite

con&iante.)la pousou a m$o na de *aul sobre a mesa e recostouse no ombro do primo.8 4arei o melhor de mim.5$o entendia porque *aul precisava dela. /eu primo seria um homem muito bonito

se cortasse os cabelos escuros de ve+ em quando. % pele ambo seria linda se ele selivrasse daquele bigodinho ralo. )le provavelmente estava tentando parecer &ranc9s paraacelerar a carreira.

)la &echou os olhos. ?udo que podia ver era ar "ing. *odia perceber a presen#a

dele, quase sentir o aroma da col2nia c(trica, quase ouvir a vo+ pro&unda.8 Olá, Clare. 8 % vo+ de ar invadiulhe os pensamentos. )la se endireitou,at2nita.

8 O qu97 8 )la olhou diretamente dentro dos olhos pro&undos. % boca masculinaestava &ina, o maxilar tenso e a camisa branca de seda tinha diversos bot=esdesabotoados, revelando uma leve nuance de p9los no t:rax musculoso. 1ma das m$osestava no bolso da cal#a preta e a outra ligada 0 uma mulher.

8 6ue coincid9ncia encontrála aqui! 8 % vo+ de /asha soou através da m3sica. Onari+ estava empinado e os olhos &ixos em Clare.

8 /im, muita coincid9ncia. 8 Clare teve que olhar duas ve+es. 5$o havia nenhumad3vida sobre as inten#=es da garota naquela noite. O vestido vermelho sem costas

delineavalhe as curvas e o salto exagerado lhe dava uma altura extra para olhar paraar na altura do queixo.

Clare deixou o olhar vagar pela &ace de ar. %s sobrancelhas estavam &ran+idas eos olhos acin+entados, tempestuosos.

8 )u n$o sabia que voc9 &requentava esses c(rculos. )la ouviu um desa&io no tom.8 )u poderia di+er o mesmo de voc9. 8 *rovavelmente ele estava tentando

impressionar a ovem /asha, mostrando que n$o estava completamente &ora de moda e&requentava &estas modernas. Clare resistiu 0 vontade de colocar maior distância entre elae *aul. %&inal, ar também estava acompanhado.

/asha segurava o bra#o de ar com &irme+a, de maneira possessiva, e ele n$oestava resistente.

8 5eg:cios7 8 indagou ela com cinismo. )le levantou as sobrancelhas.8 5$o totalmente. Voc97)la engoliu em seco. ?alve+ ela e <iona n$o tivessem se enganado tanto assim a

respeito dele. ar podia muito bem ser o conquistador que chegaram a acreditar. )la oencarou.

8 Claro.8 Voc9 conhece /asha. 8 )le apontou a mulher a seu lado, ent$o lan#ou um olhar

curioso 0 companhia de Clare. 8 ) este é...Clare virouse para *aul.8 1m amigo.

*aul abriu seu mais intrigante sorriso.8 6uem é ele78 ar "ing. 8 )la cutucou o primo por baixo da mesa, a &im de garantir que ele



n$o &i+esse nada para embara#ála.8 O misterioso ar "ing, ent$o7 )m carne e osso7 8 *aul levantouse e apertou a

m$o de ar. 8 Ouvi &alar muito sobre voc9.8 )u gostaria de di+er o mesmo, mas...8 as n:s temos que ir 8 interrompeu Clare, levantandose e derrubando a ta#a. O

l(quido escorreu pela toalha. )la lan#ou a *aul um olhar de apelo.5$o queria que ar soubesse que ela sa(ra com o primo. Onde estava seu orgulho7/e "ing estava passeando pela cidade com uma garota pendurada no bra#o, cuaspropostas eram t$o transparentes quanto cristal...

8 ?enho uma reuni$o amanh$ cedo. 8 Clare tocou o ombro de *aul.8 *ode ir, Clare. 8 *aul acaricioulhe o ombro. 8 /eus olhos est$o mesmo quase

&echando. *osso lidar com isso aqui. Voc9 está bem para ir para casa so+inha7 8 *auldeu uma olhada para a multid$o ao redor, visuali+ando os contatos em potencial.

Clare sabia que n$o poderia arruinar o resto da noite do primo.8 Claro, pegarei um táxi.*aul a abra#ou.

8 Obrigado.ar podia entender aquilo como quisesse. )la mordiscou o lábio. 6ualquer chancecom ele á estava arruinada. %gora que ar sabia qual ogo de vingan#a ela iniciara comele, por <iona, n$o ia querer nada com ela. Clare se virou.

8 *ra+er em rev9lo. 8 )la atravessou a multid$o, partindo para longe de ar,/asha e *aul. /egurou as &aces entre as m$os, esperando que aquilo a audasse a &ocar avista.

)nt$o parou. Como pudera ceder 0 triste+a e tomar aquele 3ltimo drinque7 eu4eus, estava totalmente embriagada! % vida n$o poderia estar mais errada.

<echando os olhos, deixou a m3sica invadila. ar estava com /asha outra ve+. /en$o havia nada entre eles, porque estavam saindo untos7 )la &ran+iu o cenho. *or que se

importava com o &ato7 5$o havia esperan#as de um relacionamento com ar. ) mesmoque houvesse, ele n$o a encararia como uma rela#$o séria. )la se portara como umamulher devassa e n$o como uma companheira para uma rela#$o duradoura. /ashacombinava muito mais com o estilo de vida dele. )ra per&eita... para ele, a m$e dele e seuestilo de vida.

)la continuou a caminhada através da multid$o, re+ando para escapar dali.1ma m$o em seu bra#o a &e+ se virar.8 )i, devagar. *or que a pressa7Clare &itou silenciosamente os olhos escuros de ar. % vo+ dele suavi+ou.8 Voc9 parecia estar t$o tranquila até que eu tivesse chegado.8 Verdade7 8 )la o encarou.8 /im. <oi muito interessante ver. 6ue tipo de ogo voc9 está &a+endo com aquele

pobre sueito78 >ogo7 8 Clare enrubesceu, mas levantou o queixo. O plano &ora &eito com todo o

direito... o direito de errar por <iona e n$o alguma coisa insigni&icante e super&icial. )letinha que entender isso.

ar se aproximou.8 Voc9 gosta de ogos, n$o7 %s palavras eram um sussurro quente em seu ouvido. 1m tremor percorreulhe o

pesco#o, &a+endo com que seus seios se arrepiassem.8 5$o sei o que voc9 quer di+er. 8 )la baixou os olhos, &itando os sapatos pretos de

salto alto. )le merecia algo por ter reaproximado >ohn e <iona. )la respirou &undo. 8?enho que admitir, voc9 &e+ uma coisa bonita.)le pareceu pego de surpresa.



8 <i+78 <iona e >ohn... obrigada. 8 )le se movimentou, tentando clarear as idéias.8 /em problemas. )nt$o, quem é aquele sueito7 8 )le retomou o assunto e tocou

lhe os ombros sem tirar os olhos dela. 8 )le a embriagou7 8 1m m3sculo do maxilar semoveu e os lábios comprimiramse.

Clare n$o p2de evitar um sorriso. )le estava com ci3me!8 %quele sueito é meu primo.)le pareceu surpreso.8 6ue tipo de primo78 1m realmente importuno. 8 )la se inclinou nos bra#os dele. )ra t$o gostoso se

sentir protegida, e, sem mais problemas com o beb9 de <iona... estava livre para seentregar ao sentimento.

8 %cho que concordo com voc9. 8 ar deu uma olhada atrás de si. 8 4eixemelevála para casa.

Clare &echou os olhos, relaxando. % palavra casa tinha um som gostoso. /ua camaquente e aconchegante era tudo que precisava.

)la engoliu em seco.8 ) /asha78 )u a colocarei num táxi.8 %cha que ela vai apreciar isso7 8 Clare podia imaginar a atitude de /asha sendo

dispensada por causa dela outra ve+. 8 Voc9 pode p2r a mim num táxi.8 %credito que ela entenderá. Voc9 precisa de um ca&é quente e ar &resco. 5$o acho

que um motorista de táxi lhe dará isso.Clare a&astou algumas mechas do rosto.8 /asha n$o &icará muito &eli+ com voc9.)le ro#oulhe os dedos nos ombros e desceu pelos bra#os.8 *or qu97

8 )la gosta de voc9.8 )u sei. ) voc978 @sso importa7 8 as ela n$o conseguiu evitar sorrir. ?ocou os lábios masculinos

incrivelmente sensuais, relembrandose da sensa#$o que eles evocavam.ar agarroulhe o pulso e a&astoulhe a m$o.8 @sso mexe comigo. 8 )le &itoulhe os lábios, os olhos queimando, ent$o desceu a

boca na dela, como se a luta que viera travando consigo mesmo estivesse perdida.<oi um beio sedento. )le envolveulhe a boca com calor e paix$o e encontrou

imediatamente uma resposta de Clare. )la o envolveu, desli+ando as m$os nas costaslargas e acariciandolhe os cabelos, rendendose 0 s3plica desesperada de seu pr:priocorpo.

ar envolveua nos bra#os &ortes, puxandoa contra seu corpo r(gido, reprimindotodos os pensamentos.

)nt$o a&astouse, deixando a boca de Clare ardendo em brasas e o cora#$o batendodolorosamente porque queria mais. uito mais.

8 )spereme aqui. Voltarei logo. *reciso apenas contar a /asha o que estáacontecendo.

)la encostouse contra a parede e &echou os olhos. Os lábios ainda queimavam e ocorpo todo do(a de deseo.

8 Vamos. 8 % vo+ de ar alguns momentos depois era pro&unda e convidativa. 8Vamos sair daqui.



"#$T%L& )'(

Clare &echou os olhos enquanto ele dava a volta no carro e sentavase ao volante. %

emo#$o, a proximidade do pequeno espa#o, a privacidade, era quase demais parasuportar. 5$o sabia se &icava apavorada pelo que sentia por ar ou se abra#ava o &ato.5$o queria &a+er nada de que viesse a se arrepender depois, mas tudo indicava que

iria &a+er. %té ent$o n$o tivera muita sorte com os homens...1ma m$o quente no ombro a despertou. )la abriu os olhos e encontrou os escuros

de ar a cent(metros dos seus.8 Chegamos.Clare aceitou a m$o o&erecida e saiu do ve(culo. )nt$o &itou os grandes postes de

concreto, os carros entre eles e o teto &orrado de condu(tes de água e eletricidade.8 Voc9 n$o disse que ia me levar para casa78 4isse. )sta é a minha casa. 8 )le sorriu. 8 Vou preparar um ca&é para voc9. 8

)le pegou a m$o dela e a condu+iu para o elevador. 8 6uer comer alguma coisa7)la estava com &ome.8 O que voc9 tem para me o&erecer78 /ei preparar um &ettuccini especial. 8 )le chamou o elevador e virouse para ela,

os olhos brilhando.Clare n$o podia imaginálo na co+inha, usando um avental.8 Voc9 co+inha78 /im, e n$o &ique t$o surpresa. Co+inho t$o bem quanto cuido dos neg:cios,

acredite. 8 % porta do elevador se abriu. 8 /ou :timo em massas.)la sorriu.8 assa está :timo.

ar retribuiu o sorriso e guioua para dentro do elevador. %pertou no painel o bot$odo 3ltimo andar. Claro, a cobertura. )le poderia &acilmente ser o proprietário do prédiointeiro...

Clare estremeceu. O que estava &a+endo7 *rovavelmente aquilo n$o era certo, mas,por outro lado, n$o poderia perder uma oportunidade 3nica.

8 *roblemas7)la virouse para encarálo.8 %penas preocupada com minha virtude. )le levantou as m$os.8 <ique tranquila. Como minha m$e lhe diria, sou um per&eito cavalheiro.8 %gora voc9 é7 ) lá na limusine7 )le &icou mais sério.8 Clare... 8 )le a puxou para mais perto. 8 5$o vou pedir nada que voc9 n$o

estea preparada para me dar livremente.)la abriu a boca e ent$o &echou. 5$o ouvia uma &rase daquelas desde o colegial, e a

sinceridade no tom aqueceulhe o cora#$o. /orriu e ro#ou os lábios nos dele.8 Obrigada. % porta do elevador se abriu.)les sa(ram direto dentro do apartamento. )ra grande, arroado e revelava

claramente pertencer a um homem solteiro. % mob(lia era moderna, preta e totalmentecontrastante com as paredes e tapetes brancos. Clare tirou os sapatos e sentiu a macie+com os dedos dos pés.

ar se moveu até o aparelho de som enquanto ela olhava ao redor. )ra :bvio que

&ora decorado por pro&issionais... a aus9ncia de um toque pessoal era evidente demais. )lapassou os olhos pelos quadros abstratos nas paredes até as anelas de vidro que iam doch$o ao teto e corriam toda a extens$o para uma área aberta.



1m som come#ou, lento e melodioso. %quilo acariciou o corpo de Clare e seusm3sculos relaxaram.

% vista da cidade através das anelas era gloriosa. ilhares de lu+inhas piscavamcomo estrelas no hori+onte. )la respirou &undo.

% pele arrepiouse em antecipa#$o e soube que ar estava atrás dela, observando

a. % pulsa#$o acelerou perante o calor do corpo másculo, t$o perto do seu, mas elacontinuou olhando as lu+es de elbourne pela anela.8 Voc9 gosta7 8 veio a vo+ pro&unda de ar. )le pousou as m$os nos ombros nus

dela.Clare tremeu ao toque.8 Como poderia n$o gostar78 5ossa, voc9 é linda! 8 )le levantoulhe os cabelos e pousou lábios quentes em

seu pesco#o.O deseo dela era crescente. 6ueria ser tocada, beiada, possu(da por ele.)la hesitou. 4everia estar estabelecendo os parâmetros do relacionamento deles e

n$o se entregando com &acilidade.

8 @sso me parece uma técnica de sedu#$o, sr. "ing.)le n$o respondeu. as trilhou o pesco#o dela com os lábios, descendo até o ombro.Clare prendeu a respira#$o.8 5$o sou como as outras mulheres.8 Conteme sobre isso! 8 )le a virou para si. 8 *osso lhe di+er com toda

honestidade, que nunca conheci uma mulher como voc9.?odos os pensamentos &ugiram da mente de Clare quando ele lambeu os lábios.ar a puxou para si, envolvendoa nos bra#os.)la desli+ou a m$o em volta do pesco#o dele, pousando a cabe#a no ombro largo.

1m ombro &eito para deitar... para chorar... para descansar... se voc9 &osse a mulher certa.)la inalou a col2nia masculina c(trica, e re+ou para que &osse a mulher certa...

)les se moveram ao som da m3sica enquanto a boca de ar desli+ava peloscabelos de Clare, pressionandolhe beios sedentos no pesco#o.

)la sentiu o deseo ardente, tanto o seu pr:prio quanto o que emanava do corpo dele. %quilo era loucura. >á &ora &erida o bastante. -evantando os olhos, deparouse com

uma express$o cheia de promessas. )nt$o soube que n$o poderia escapar daquelehomem... a curva sensual da boca... a lembran#a do gosto dele. %s m$os do(am devontade de acariciálo. 5$o podia negar a pr:pria necessidade.

%lém do mais, n$o havia nada a temer sobre ar "ing. %bsolutamente nada.O tempo se derreteu perante Clare. % m3sica terminou e ar sustentou o olhar dela

com uma intensidade quase hipn:tica, &a+endoa consumirse em deseo.Clare tremeu.)le a encarou e pressionoulhe a m$o contra seu t:rax para que ela sentisse a batida

&orte de seu cora#$o.8 Voc9 quer aquele ca&é7 8 % vo+ dele estava rouca. 8 Ou a massa7)la sorriu. )le estava lhe o&erecendo uma escapat:ria para o deseo que eles

estavam vivenciando.8 )u quero voc9 8 sussurrou ela e &icou na ponta dos pés, tocando os lábios dele

com delicade+a e acariciando o peito másculo e pulsante.8 ?em certe+a7 8 )le a beiou em deleite e acaricioulhe belas curvas, como se a

estivesse memori+ando.8 /im 8 murmurou ela, ar&ante.

4edos &ortes subiram pelas costas de Clare e ent$o desceram de novo, abaixando o+(per. )le acaricioulhe os ombros desnudos, livrandoa do vestido.ar respirou &undo, deu um passo atrás e se permitiu estudar o corpo dela e as



duas pe#as de lingerie preta de renda que haviam restado.8 Clare... 8 )ra quase um gemido ressonante de deseo. )le trilhou a linha da &ace

dela com os dedos, puxandoa para si, tocandolhe os lábios gentilmente, quase comrever9ncia.

Clare n$o podia mais esperar. Com m$os impacientes, tirou a camisa dele de dentro

da cal#a, abrindo os bot=es com impaci9ncia. 6ueria sentir o corpo r(gido e quente contrao seu, explorálo, saboreálo.)la o beiou. %rdente. %nsiosa. 4ispersando o controle e convidandoo 0 paix$o.

)nt$o provocou a l(ngua dele com a sua até que ele estivesse lhe invadindo a boca comintensa urg9ncia.

Clare tirou a camisa dos ombros e correu as unhas pelas costas másculas, tocandoos m3sculos quentes, sentindo a pele bron+eada, querendo conhecer cada cent(metro dohomem, necessitando alcan#álo, conhec9lo verdadeiramente.

4e repente sentiu os m3sculos dele contra(remse e se a&astou. Os olhos de arestavam &aiscando, o deseo ressonando através da poderosa promessa do toque dele.

)le a puxou para si, pegandoa no colo e dirigindose para seu quarto. )la estava

leve, voluptuosa, &lutuante.Clare hesitou. /eria mais uma marca na cabeceira da cama dele7 ar mordiscoulhe o lábio, e &oi abaixandoa até que sentiu sob si a suavidade do len#ol de cetim quecobria a cama ing si+e. *oderia arriscar ser mais uma7

)le se a&astou um passo, abaixouse e beioua lentamente. % l(ngua passeava por sua pele nua, enquanto as m$os lhe acariciavam as coxas, as nádegas bem&eitas,abaixandolhe a calcinha de renda. % ternura do toque era maravilhosamente insuportável.

Os beios seguiram por onde as m$os tinham estado, deixandoa alucinada dedeseo. )la agarroulhe os cabelos numa s3plica para que ele subisse. Obedientemente,ar trilhou a l(ngua pela cintura, provocando o bico dos seios através da renda preta dosuti$. )nt$o clamou pelos lábios &emininos outra ve+, enquanto lhe desabotoava o suti$ e o

ogava no ch$o.Clare ro#ou o corpo no dele e deleitouse com a respira#$o o&egante de ar. )nt$o

acaricioulhe os cabelos e trilhou as costas másculas até a cintura. %brindo o cinto, puxouo de dentro dos passantes vagarosamente, largouo de lado e o encarou. )le a assistiucom uma intensidade que quase a incendiou. Clare desli+ou os dedos pelo t:rax, pelosmamilos, umbigo. % pele dele se arrepiou sob o toque e ela rego+iouse pelo poder queexercia sobre ar.

?rabalhou as m$os um pouco mais abaixo, abrindo o bot$o e o +(per da cal#a. )nt$oro#ou as pernas contra as coxas dele, até que a cal#a e a cueca desli+assem por completoe ele estivesse totalmente nu.

8 )u a quero demais 8 sussurrou ele. Clare respondeu instantaneamente 0desesperada agonia na vo+ de ar, correndo os dedos pela barriga r(gida até a evidentemasculinidade, inalando a col2nia masculina. )le gemeu, contemplandoa com olhostempestuosos. Certo ou errado, ele a &e+ sentirse inacreditavelmente especial, e com umanecessidade urgente de retornar o pra+er a ele.

*ousando as m$os no peito amplo, empurrouo delicada, porém &irmemente.ar caiu na cama, levandoa consigo. Corpo com corpo.Clare capturoulhe a boca e o beiou, enquanto os dedos o acariciavam com

gentile+a, explorandoo, &esteando a intimidade. 4eixou que suas m$os dissessem a ele oquanto o adorava, o quanto deseava saber e sentir como ele era especial. )ra sensual.)r:tico demais. @nacreditável.

8 5unca conheci alguém como voc9 8 murmurou ar, a vo+ cheia de paix$o.Clare sorriu.8 6ue bom.



Os m3sculos dele contra(ramse sob suas palmas. O corpo másculo estavarespondendo completamente. )la n$o conseguia parar de tocálo.

)le gemeu e rolou por cima dela, presenteandoa com beios selvagens. %s m$oseram sedutoras, sensualmente gentis, eroticamente sabendo onde tocála, saboreandolheo corpo, a boca quente e macia seguindo todo o traeto que as m$os &a+iam primeiro.

Clare &echou os olhos e deixou a sensa#$o carregála para onde quer que &osse.O som da pr:pria respira#$o misturada com a dele a preencheu, assim como o cheiromásculo misturado com seu per&ume &loral, e os gemidos de ambos criando um coraler:tico que cursava através das veias.

/uas coxas tremeram contra a virilidade r(gida de ar e ele lhe tomou os lábiosnovamente, absorvendolhe o calor. ovimentouse vagarosamente contra as coxasmacias de Clare, moldandose entre elas, os corpos clamando um pelo outro.

)la prendeu a respira#$o, as emo#=es descontroladas, ondas de violento deseodominandoa. %&astou as pernas e as envolveu no corpo que se movimentava devagar,mas &irmemente sobre o seu, enviandolhe cascatas de pra+er dos pés 0 cabe#a.

Clare arqueou o corpo e gemeu alto quando ele a penetrou, sentindo a s:lida &or#a

do membro viril preenchendoa.ar buscou por mais sensa#=es, indo mais &undo, &riccionandose com ardor contraa &eminilidade de Clare, até que os movimentos derreteramse em ondas de puro deleite.

Clare estava &lutuando.<inalmente relaxou, recompondose e acariciando os cabelos dele. ar beioua no

pesco#o, o&egante.5enhum dos dois &alou, mas o sil9ncio era belo, satis&at:rio e completo. )le saiu de

cima de Clare e a envolveu nos bra#os, puxando o cobertor sobre os dois. )nt$o beiouanovamente perto da orelha.

8 )u sabia disso.8 4o qu97 8 sussurrou ela.

8 6ue voc9 era uma mulher especial.Clare sorriu e se aninhou no calor do corpo dele. 5$o podia imaginar nada mais

per&eito do que aconchegarse nos bra#os de ar "ing. % vida s: poderia melhorar daliem diante.

"#$T%L& )(

O sol da manh$ brilhou através das anelas, iluminando o rosto de ar, num sonogostoso e relaxado. )le era t$o per&eito que Clare n$o resistiu tocarlhe o maxilar e beiálosuavemente na sobrancelha, boca, orelhas.



8 Aom dia 8 murmurou ele. 8 Voc9 pode me acordar desse eito sempre quequiser.

Clare tirou os cabelos da &ace e sorriu.8 @sso é um convite para que eu &ique por aqui7 8 )la n$o podia pensar em nada

melhor do que passar suas noites com ar.

)le sorriu.8 Voc9 é t$o bonita 8 murmurou, acariciandolhe o rosto com delicade+a. 8 5$oposso acreditar que n$o sea casada.

8 O mesmo digo eu. 8 1m medo &amiliar abalou a alegria de Clare. 8 %lgumasve+es, as pessoas n$o s$o quem parecem ser. 8 >osh era ainda uma mem:ria viva doque mentiras e ter o cora#$o partido por amar um homem podiam causar.

8 Voc9 tem que acreditar em alguém em algum momento da vida. 8 )le alisoulhe atesta, correndo os dedos por uma das sobrancelhas. 8 *or que n$o deixa que essealguém sea eu7

Clare &itou os lindos olhos acin+entados. 5unca amara alguém antes, sempre acharaarriscado demais. *orém, deitada ali na cama com ar, um calor delicioso

aconchegandolhe o corpo, soube que se tivesse que dar um nome para o que sentia por ele... )la engoliu em seco. Chamaria aquilo de amor.O cora#$o apertou. *oderia &inalmente ter se apaixonado pelo sueito certo7 ?ocando

os lábios dele com os seus, ro#ouos de leve e ent$o toda a dor do passado se dissolveu,deixando apenas ar, ela... e o amor.

*odia con&iar nele. /: de pensar naquilo á se sentiu mais leve e se aninhou aindamais no calor e na seguran#a do corpo quente a seu lado.

4eseou que pudesse &icar na cama com ele assim, para sempre. as havia umareuni$o naquela manh$... com o pessoal que queria tirarlhe a ?rans@nter.

8 <ale comigo, Clare.)la sabia que ele era ustamente a pessoa que poderia aconselhála sobre como

salvar sua empresa. /e ele se importasse. ) se estivesse sentindo o mesmo que ela, queexistia alguma coisa especial entre os dois, que talve+ até pudessem construir um &uturo untos.

)la respirou &undo. )ra agora ou nunca.8 Voc9 sabe que tenho uma empresa, n$o sabe7 Aem, n$o é totalmente minha. as

possuo parte dela.ar sorriu.8 /im, eu sei.8 Voc9 pode pensar que é uma tolice, mas investi tudo que tinha naquele lugar. 8

)la brincou com os p9los do t:rax dele. 8 )u tinha de+ anos quando meu pai nos deixou8 revelou.

8 /into muito.8 ar acaricioulhe os cabelos.8 ?ivemos que morar com minha tia vi3va. inha m$e n$o podia aguentar

&inanceiramente a casa so+inha. >untas, elas se es&or#aram. 8 Clare parou e suspirou.)le &ran+iu o cenho.8 ) isso7 8 )le tocou carinhosamente a cicatri+ na sobrancelha dela, os olhos

meigos e pro&undos.Clare abaixou o olhar.8 @sso n$o é nada.ar pegoulhe o queixo e levantoulhe a cabe#a, &a+endoa encarálo.8 Verdade7 %cho di&(cil de acreditar. )la cedeu.

8 <oi meu pai.Clare o sentiu recuar e abaixar a m$o. 5unca antes contara aquilo a ninguém. olouna cama, &icando de costas para ele, a dor na garganta amea#ando su&ocála.



8 )i!8 )le seguroua pelo ombro e viroua de volta para si. Voc9 quer &alar sobreisso7

)la &itou os pro&undos olhos escuros e engoliu em seco.8 *apai estava nos deixando 8 contou, tocando a cicatri+. 8 )u o segui. )le estava

com pressa e ent$o me empurrou contra uma porta.

8 eu 4eus! 8 )le a abra#ou &orte e beioua na testa.8 Voc9 n$o entende. 8 % vo+ dela tremeu. 8 <oi minha culpa. /e ele me amasse obastante, n$o teria partido.

Os olhos de ar se estreitaram.8 Clare, voc9 sabe que isso n$o é verdade. 5$o &oi culpa sua. )le tinha problemas

com a pr:pria vida. Voc9 n$o pode se culpar.)la &icaria ali naqueles bra#os para sempre, ouvindo as batidas &ortes do cora#$o

dele e deixando que as lágrimas corressem. )le acaricioulhe as costas e a segurou &irmeaté que a tens$o se dissipasse um pouco de seu corpo.

8 inha m$e tinha tr9s empregos 8 continuou ela &inalmente, solu#ando sob as&aces molhadas. 8 %ssim que cresci o su&iciente, abandonei a escola. 5$o tive outra

escolha. )la estava sobrecarregada e n$o havia meios de poder audála e ao mesmotempo &requentar a universidade. 8 Clare respirou &undo e se recomp2s. 8 %rranei umemprego com um homem chamado <ran Aolton. Comecei como estagiária e cresci pro&issionalmente dentro da empresa.

ar acaricioulhe o ombro com o polegar, enviandolhe arrepios pela espinha.8 )le me incentivou a voltar para a escola e torneime sua assistente pessoal. )nt$o

pude bancar &inanceiramente minha m$e e <iona. 8 )la passou a m$o pelo abdome r(gidodele, sentindose mais relaxada do que nunca. 8 6uando <ran se divorciou da esposa,usei um dinheiro que recebi como heran#a e comprei a parte dela na sociedade, a qual eramenor que a de <ran. % companhia estava em má situa#$o na época. <ran &icou meiodeprimido e eu tomei as rédeas. 8 )la parou, olhandoo. 8 %mo aquela empresa. <aria

qualquer coisa para...ar suspirou.8 )nt$o voc9 &inalmente vai esclarecer que tipo de ogo esteve &a+endo78 >ogo7 8 ecoou Clare, chocada.8 Voc9 pode parar de &ingir. 8 % vo+ dele era gentil. 8 5:s dois sabemos que estou

comprando sua empresa hoe. as o que n$o captei &oi porque voc9 me sedu+iu nasemana passada.

)la estava perplexa.O cérebro recusouse a raciocinar.5$o, n$o podia ser ele.?inha que ter ouvido errado.Clare o encarou e sentiu o sangue &erver. O homem que se reunira com <ran era

ar >ones... a terceira parte que estava roubando seu &uturo. ar e >ohn. O est2magorevirou.

% express$o dele estava nublada. )ra ele o inimigo!"ing, >ohn, <iona. Clare se deu conta. Claro! "ing estivera espionando sua empresa

desde o come#o. *orque nunca se perguntara como >ohn e a irm$ haviam se conhecido7Coincid9ncia7 /em chance. %postaria a vida nisso. )ra mesmo uma tola. /e apenas

tivesse visto a verdade antes... )la saiu da cama de ar e secou a umidade dos olhos.8 Oh, eu n$o ia querer estragar o ogo para voc9. Cabe a voc9 descobrir. 8 )la

abaixouse e recolheu a lingerie do ch$o.

%s roupas estavam por toda a parte. Vis=es do que compartilhara com "ing diversasve+es durante a noite anterior a atingiram. ?entou manter as m$os &irmes enquanto sevestia, concentrada em respirar, devagar e pro&undamente.



"ing apoiouse sobre o cotovelo.8 6uase enlouqueci tentando adivinhar. 5$o consigo entender. /em responder, ela

caminhou para a sala e recolheu o vestido do ch$o, chorando. *or que nunca aprendia7)le a seguiu.Clare virouse.

"ing estava encostado no batente, totalmente nu, &a+endoa relembrarse do quehaviam compartilhado. O corpo dela respondeu involuntariamente perante as mem:rias eela cerrou os dentes, lutando contra o deseo de tocálo novamente.

"ing irradiava um tipo de arrogância que mexia com seu interior, deixandoa com adura realidade de que ele soubera o tempo todo. Cada beio, cada toque, &ora para avaliar o ogo dela. Clare nem sabia mais o que aquilo signi&icava. Cal#ou os sapatos de salto.

)nt$o deu de ombros. 5$o con&iava em si mesma para &alar. O cora#$o do(a pelaironia... conseguira &a+er aquilo de novo. %paixonarse pelo homem errado!

8 Olhe, podemos conversar sobre isso7 8 sugeriu ele. 8 %berta e honestamente74epois dessa noite, achei...

Clare lhe enviou um olhar de despre+o. % 3ltima coisa que queria era que ele

levantasse os acontecimentos da 3ltima noite! ar pigarreou.8 ) :bvio que voc9 está triste... )la n$o respondeu.)le se aproximou.8 /ea o que &or, sinto muito.Clare caminhou para a porta do elevador e virouse para encarálo. )nt$o cerrou os

punhos nas laterais do corpo.8 /ente muito7 5$o sea c(nico, "ing!8 )u n$o compreendo... % porta do elevador se abriu e Clare adentrou.8 5$o se preocupe. Voc9 entenderá. as ent$o será tarde demais! % porta se &echou na &ace de "ing. @ndependente de qualquer coisa, ela n$o ia deixar

que ninguém tomasse sua empresa. uito menos ar "ing.

"#$T%L& )('

*ara ar, o barulho da porta do elevador sendo &echada teve o e&eito de um tapa norosto. eneou a cabe#a, tentando a&astar a sensa#$o de que perdera algo muitoimportante.

?encionou o corpo. %quilo era provavelmente mais um cap(tulo do ogo de Clare,tra#ado para deixálo perplexo, para con&undilo e tirálo de equil(brio. % idéia o machucou.*ensara que os ogos estivessem terminados. %creditara que eles haviam vivido algumacoisa muito especial, algo que poderia ter se tornado muito maior. as, obviamente Claren$o sentira o mesmo. ar bateu os punhos contra as coxas. /e ela pensava que ele iriater problemas em separar neg:cios e pra+er porque haviam compartilhado uma noite depaix$o, teria uma bela surpresa. 5eg:cios sempre vinham em primeiro lugar.

Olhou para a porta do elevador. /erá que Clare á planeara como iria mant9lo longeda ?rans@nter7 4ormir com ele &i+era parte do plano dela7

)le &echou os olhos. *odia ter se deixado levar pelo momento, por ela, por aqueleslábios deliciosos, pelo pro&undo a+ul dos olhos e pela maneira travessa que as m$osdelicadas tocavam seu corpo, mas soubera que eles estavam a salvo no apartamento



dele... n$o no dela. 6ualquer tipo de dispositivo de grava#$o ou chantagem estavam &orade cogita#$o. 4eus, ela era algo mais...

)le comprimiu os olhos &echados, es&or#andose 0 procura de uma pista sobre quetipo de ogo ela estava &a+endo. O cora#$o disparou no peito pela completa ignorância. )rauma sensa#$o que n$o estava acostumado a sentir e da qual n$o gostava nem um pouco.

/abia, sem d3vida, que engravidar n$o era o ogo de Clare. %pesar da situa#$odesagradável da irm$ dela, n$o era seu estilo... e n$o salvaria sua empresa. % ?rans@nternacional era a companhia per&eita para ele comandar e conquistar, e n$o

havia nada que o &i+esse desistir disso s: porque Clare Harrison era uma lutadora teimosacom um sorriso atraente.

)le pressionou os dedos contra as t9mporas. )la era um enigma. *or que ra+$orevelaralhe seu passado daquele eito7 %li n$o houvera nenhum ogo, nenhuma atua#$o...ou ent$o ele dormira com uma candidata ao Oscar na noite anterior!

Os solu#os de Clare o haviam atingido na alma, deixandoo com uma sensa#$o deinutilidade quanto ao &ato de n$o conseguir proteg9la de seu passado. O peito apertou.6uando ela chorara em seus bra#os, ele quase perdera o controle. /e pusesse as m$os

no pai dela...ar recolheu a camisa do ch$o e entrou no banheiro, pensativo. )la &icaracompletamente surpresa quando ele lhe &alara sobre a trans&er9ncia de poder da ?rans@nter naquele dia, como se n$o soubesse o que estava acontecendo.

%quilo n$o &a+ia sentido. Clare sabia que ele estava atrás de sua empresa. /abiaporque um homem usara o nome dele para sedu+ir <iona. )le &itou seu re&lexo no espelho.

Ou será que n$o7O cora#$o disparou.Os es&or#os de Clare para arrastálo até a casa dela... <iona irrompendo quarto

adentro daquele eito... Clare desaparecendo... 4eus, elas tinham pensado que &ora eleque dormira com <iona! ar cerrou os punhos. ) mirou os pr:prios olhos arregalados. %

verdade o &itou diretamente... Clare n$o sabia nada sobre ele e sobre a compra da ?rans@nter!

as ent$o, &e+ uma careta. %quilo n$o ia mudar as coisas. )le nunca misturavaneg:cios com pra+er. % compra da empresa dela era um neg:cio normal. Clare entenderiaaquilo. )le entenderia aquilo.

espirou pro&undamente e socou o espelho. )la revelaralhe a hist:ria de sua vida,assim ele a audaria a sair daquela con&us$o!

)le virouse da imagem que o encarava, a dor queimandolhe a m$o tanto quanto opeito. *assou a outra m$o sobre os dedos sangrando, lutando com a ang3stia. )la eraapenas mais uma mulher, de qualquer &orma.

/egurou a m$o embaixo da água corrente e o sangue correu na pia. )nt$o havia/asha. Aoa+inha, tranquila e apropriada. 4aria uma esposa per&eita para ele. )staria lácom os chinelos e o antar pronto quando ele chegasse em casa. % m$e dele a adorava.>ess a amava.

)ra hora de se austar. )le envolveu uma toalha de rosto bem apertada na m$o,encontrando satis&a#$o na press$o, na dor, na a#$o em si.

Clare n$o ia &a+er uma di&eren#a nos planos dele. )la sabia mais do que ninguémque neg:cios eram neg:cios.

Clare entrou no sagu$o da ?rans@nter ciente de que tinha apenas duas horas parasalvar sua empresa das m$os do maior exterminador de neg:cios. "ing se apossaria desua companhia, iria desmembrála e vender cada pedacinho como um comerciante de lixo

reciclável.)la parou 0 mesa de recep#$o, a respira#$o di&(cil. %penas duas horas até quevoltasse a encontrar o mentiroso outra ve+.



?ânia levantou os olhos.8 Aom dia, Clare. <iona tele&onou di+endo que n$o vem.Clare cerrou os dentes. >usto quando precisava da irm$. *odia imaginála nos bra#os

de seu amor, sorrindo, &eli+. )la meneou a cabe#a. 5$o precisava de ninguém. 5uncaprecisara e nunca precisaria.

<iona tinha >ohn agora. ) sua pr:pria vida.8 ) *aul lhe deixou uma mensagem oculta 8 adicionou ?ânia. 8 )le disseE;Obrigado pela intromiss$o. /asha é demais!;

)la engoliu em seco perante a ironia de que até mesmo seu tolo primo podia viver uma hist:ria de amor, enquanto ela era um desastre ambulante.

6ue assim sea, pensou. 5$o precisava daquilo.8 ?ânia, ligue para <ran e pe#a para que ele estea aqui o mais rápido que puder. )

chame meu corretor de t(tulos.8 @mediatamente. 8 ?ânia sorriu. 8 *roblemas7 % palavra bateu dentro do peito. O lindo rosto de "ing invadiulhe a mente sem

permiss$o.

8 5$o. 8 )la se virou e caminhou para sua sala. %quilo tinha que &uncionar.Cobriu a boca com a m$o, como se a a#$o &osse su&ocar sua estupide+. %paixonarase pelo sueito... pro&undamente, e agora ele a estava amea#ando. %mea#ando tirarlhe oque ela mais adorava.

<ora uma tola de ter &eito con&iss=es sobre sua vida na noite anterior. <alara demais.) estivera prestes a pedir auda a ele para salvar sua empresa! ?entou rir, mas o somparou na garganta, levando lágrimas a seus olhos.

Como pudera usála daquela maneira7)la e <iona estavam certas desde o in(cio. )la deveria ter parado enquanto estava

inteira, enquanto estava ainda emocionalmente intacta. ar "ing era um mulherengo deprimeiro grau. /omente havia demorado um pouco mais que o normal para que mostrasse

seu verdadeiro caráter. /e ela apenas tivesse percebido o caráter dele antes, n$o teriacolocado seu tolo cora#$o em risco outra ve+.

)mpurrou a cadeira para trás, contra a parede. )nt$o era assim. 5$o mais homens.5$o mais relacionamentos. )ra imprestável para essas coisas. %rranaria um gato paracuidar e daria o assunto por encerrado.

Clare sentouse na cadeira. )ra hora de aceitar que n$o nascera para uma vida&amiliar. 1m desastre ap:s o outro provara o &ato, e aquele &ora a gota dIágua.

)s&regou os olhos, lutando contra a onda de autopiedade que amea#ava dominála.*oderia culpar o álcool, mas n$o bebera o su&iciente para perder o controle. *or um lado,até gostaria que tivesse bebido, ent$o teria uma desculpa para t9lo amado loucamente anoite inteira.

8 <ran está aqui 8 soou a vo+ de ?ânia no inter&one. Clare respirou &undo.8 *e#alhe que venha até minha sala. 8 )la cru+ou os dedos e olhou para o teto. 8

*or &avor, meu 4eus, &a#a com que isso &uncione.6uando a porta se abriu, Clare se levantou, colocando um sorriso no rosto. 6ueria

que <ran se sentisse totalmente 0 vontade com ela e com o plano que ia lhe propor.5$o ia perder sua empresa para "ing, mesmo que á tivesse perdido seu cora#$o.

"#$T%L& )(''



% sala era um grande espa#o va+io, normalmente utili+ado pelos &uncionários para&estas. as n$o havia risadas e alegria naquele momento. -onge disso.

Clare sentouse na cabeceira da mesa retangular para a reuni$o mais importante desua vida. %s costas estavam viradas para a parede, a cadeira do inimigo situada

exatamente a sua &rente, na outra ponta.<ran sentouse a seu lado, segurandolhe a m$o. )les assistiram em sil9ncio osminutos passarem no rel:gio de parede, ambos sabendo o signi&icado da reuni$o.

<inalmente ?ânia abriu a porta.8 )ntrem, cavalheiros. Os proprietários os est$o esperando aqui.Clare retirou a m$o da de <ran e levantouse, sabendo muito bem a importância de

uma primeira impress$o. 4e &orma nenhuma iria deixar que alguém pensasse que estavaderrotada, principalmente "ing. )la prendeu a respira#$o.

Vários homens de terno adentraram a sala. ?odos lhe dirigiram um olhar observador,como se ela &osse uma inconsequente, o que, da perspectiva deles, ela era. )les seacomodaram nas cadeiras em volta da mesa. "ing entrou por 3ltimo.

O terno cin+achumbo de "ing se sobressa(a aos outros, assim como sua altura,estrutura muscular, os cabelos negros, o rosto extremamente bonito e os olhospenetrantes.

)le &icou em pé na cabeceira da mesa.8 /rta. Harrison... /erá que poder(amos conversar em particular antes de

come#armos a negocia#$o78 5$o, obrigada. 8 )la se sentou, &itando os documentos a sua &rente, as letras

emba#adas.8 5:s poder(amos &a+er um outro acordo. Clare lhe lan#ou um olhar &rio.8 )u pre&eriria entrar na aula de um le$o, sr. "ing.Os homens cobriram a surpresa, pigarreando. "ing se sentou. )la p2de sentir os

olhos dele sobre si. Os executivos tiraram papéis de suas pastas e um deles come#ou a&alarE

8 )stamos aqui hoe em nome do sr. "ing para negociar a compra da parte da?rans@nternacional que pertence ao sr. <ran Aolton.

Clare olhou para "ing, que teve a ousadia de encarála de volta.8 /r. <ran Aolton. 8 O executivo olhou de modo desa&iante para <ran. 8 Voc9

conseguiu a documenta#$o78 /im 8 respondeu <ran corado. )nt$o abaixou o olhar e as m$os estavam

tr9mulas quando pegou a papelada e passou para os homens."ing se inclinou, esticou a m$o, interceptandoos.Clare prendeu a respira#$o.)le analisou os papéis, &ran+indo o cenho.8 @sso n$o está certo. Onde está o restante7 8 indagou "ing. <ran virouse para

Clare, obviamente esperando que ela respondesse.)la tomou coragem.8 Aem, sr. "ing, parece que voc9 tirou conclus=es precipitadas. )m sua conversa

com <ran quando &e+ a proposta, voc9 omitiu quali&icar o quanto queria da parte dele.)le a encarou, os olhos estranhamente va+ios de emo#$o.8 Voc9 comprou o bastante para ser a s:cia maoritária. 8 % tom de "ing era &ormal.8 ) para &icar no controle. )le virouse para <ran.8 *ensei que voc9 quisesse se aposentar.

8 ) quero. 8 <ran pigarreou. 8 Clare tem se o&erecido para comprar partes deminhas a#=es da empresa a cada ano, caso voc9 n$o queira negociar a compra delas. 8)le &itou as pr:prias m$os, cru+andoas sobre a mesa.



8 /endo eu a parte maoritária agora, imagino que voc9 n$o vá mais querer a partede <ran, certo7 8 Clare pegou os papéis 0 sua &rente. 8 % porta é ali. /intase livre parapartir.

8 *elo contrário. 8 "ing sorriu perigosamente. %rrepios de deseo percorreram o corpo de Clare, assolandoa com lembran#as da

noite anterior e do deleite que experimentara nas m$os dele, nos lábios... no corpo inteiro.)la o &itou. O que ele poderia &a+er com a pequena parte de <ran7 5$o seria capa+de desmembrar a empresa e vend9la se n$o estivesse no controle! )la nem mesmoconsiderara a possibilidade de ele querer comprar. @maginara que se tornaria agressivo,viraria as costas e que nunca mais o veria.

Como que entorpecida, observou os executivos enquanto primeiro <ran e depois"ing assinavam o contrato da venda da parte de <ran. O sangue pulsava em seusouvidos e a mente girava, tentando entender o signi&icado daquela reviravolta nosacontecimentos.

8 )nt$o é isso. 8 "ing bateu uma palma na outra. 8 /e todos sa(ssem da salaagora, eu gostaria de conversar com a srta. Harrison em particular e &alar sobre táticas.

Clare assistiu os executivos saindo, a autocon&ian#a desaparecendo. <ran lhe deuum olhar t(mido, o&erecendolhe apenas um dar de ombros. % porta se &echou e ela virouse para encarar "ing. 6ualquer coisa que ele houvesse

planeado, ela n$o ia cair desta ve+.8 O que voc9 está &a+endo7 8 perguntou ela.8 ?endo a nossa primeira reuni$o de neg:cios.8 5ossa o qu97 8 % sala de repente pareceu pequena demais. 8 Voc9 n$o vai ter

nada a ver com essa empresa, ou comigo.8 *elo contrário. )stou apostando nesse neg:cio e, goste ou n$o, minha querida,

sou seu s:cio agora.)la abriu a boca. 5$o podia imaginar nada pior do que estar ligada a "ing.

8 as voc9 estará ocupado com todos os seus outros investimentos. 5$o terátempo.

8 5a verdade, estive pensando em contratar uma equipe de executivos para dirigir meu império, assim posso me concentrar onde sou mais necessário.

8 %qui7! 8 exclamou ela, ent$o mordiscou o lábio de raiva da &orma como seu corporeagia ao homem.

8 /im. )xatamente aqui, a seu lado. Voc9 poderia me mostrar minha nova sala7Como ela poderia v9lo todos os dias7)le era o inimigo, ) apesar de ela saber disso,

n$o demoraria para que en&raquecesse de novo e ca(sse nos bra#os dele.8 Claro 8 disso Clare com um &also ar de calma... %quilo era um ogo, :bvio. )le

n$o poderia estar verdadeiramente interessado em trabalhar na sala do <ran depois deter atingido o status que atingira em suas outras empresas. -igar o aparelho de ar condicionado no ver$o, a absurda conta de gás no inverno, e todos os es&or#os associadosa isso, por t$o pouco retorno &inanceiro.

)la o condu+iu até o antigo escrit:rio de <ran, ciente do olhar &ixo dele em seucorpo. *arou 0 porta e respirou &undo para se acalmar, lutando para su&ocar os insultosque deseava despear sobre a maneira insens(vel que ele a estava tratando. )nt$o virouse mais calma.

8 %qui está 8 disse, &riamente.ar sorriu, olhandoa dos pés 0 cabe#a.Clare sentiase tensa. 5$o estava vestida para sedu+ir e sim para uma batalha. ) se

ele ainda se sentia atra(do por ela, problema dele. )la n$o poderia se importar menos se oterno de "ing era impecavelmente cortado sobre o corpo maravilhoso, ou qu$o macia a&ace barbeada parecia, ou qu$o tentadores eram os lábios...



*orém, o corpo reagiu e a mente &oi preenchida com imagens dele nu. Ondas decalor a assolaram e tudo que p2de &a+er &oi lembrarse de que precisava &icar calma econtrolada. 5$o se importava que ele a atra(a loucamente...

"ing adentrou o escrit:rio, circundou a antiga mesa de carvalho e sentouse nacadeira girat:ria de <ran.

8 % sala tem um grande potencial. 8 )le olhou ao redor. 8 1ma pintura nova, talve+derrubar uma das paredes...Clare abriu a boca.8 4igame, Clare. /e voc9 tivesse escolha, o que pre&eriria7 *ossuir sua pr:pria

empresa ou uma chance de amar7)la &echou a boca rapidamente e o encarouo, um aperto no peito.8 5$o acredito no amor 8 disse, &inalmente. 8 ) quem é voc9 para &alar de amor7

Como se soubesse o que é! /eu obetivo é destruir as pessoas. Voc9 as usa quando lhesatis&a+ e ent$o as abandona quando n$o mais as quer.

/ubitamente a express$o nos olhos dele era de triste+a.8 4evo tomar isso como sua resposta7

8 )xatamente. 8 Os olhos de Clare arderam com a intensidade de seussentimentos. )la abaixou a cabe#a, contando as batidas do cora#$o, deseando quepudesse chorar. as n$o queria demonstrar &raque+a na &rente de "ing, acima de qualquer outra pessoa.

Ouviu um &ar&alhar de papel e uma caneta escrevendo e ent$o "ing empurrou umpapel pela mesa. )la levantou os olhos.

8 O que é isso78 /ua empresa, Clare. 8 )le levantouse e caminhou até a porta, a boca numa linha

&ina, os olhos &rios. 8 @sso é o que voc9 quer. /ea &eli+.)la analisou o papel. )le trans&erira a parte de <ran para ela! % mente girou perante

a magnitude daquilo. % empresa inteira era sua!

% mente ousou expandir mercados, compra de novos ve(culos, mais &uncionários,mais departamentos... ) aquilo tudo pareceu va+io. 1m buraco oco.

)la vacilou. *or que ar lhe dera um presente inestimável, o seu sonho, semprovoca#=es, sem ra+$o7 )la &itou a porta. %quilo era o que sempre quisera e ele sabia. )se importara!

<echando os olhos, deixou que as lágrimas corressem. *oderia se abrir para o amor e arriscar ser machucada de novo7 as n$o poderia desistir da vida ou do amor.

Clare correu para a porta e dirigiuse ao corredor. Olhou para a esquerda e para adireita, mas ar "ing á tinha partido.

/eguran#a7 Clare Harrison &alando. Voc9 vera um homem descendo, vestindo umterno cin+achumbo, chamado "ing detenhao para mim, por &avor.

)la sorriu e desligou o inter&one. %eitou a cal#a e abriu o bot$o superior da blusa commovimentos rápidos. 4eixálo suar por alguns instantes... como ela estava.

*enteando os cabelos com as m$os, &oi pelo corredor com toda a con&ian#a que p2dereunir. )ra hora do se dar uma chance.

ar estava com as m$os nos quadris quando a viu aproximandose.8 Voc9 n$o tem o direito de me deter 8 disse ele ao seguran#a. 8 5$o &i+ nada

errado...8 Obrigada, ?om. 8 O seguran#a acatou o gesto dela e se a&astou. ar virouse.8 O que signi&ica isso, Clare7 /ou um homem ocupado. )la &itou os pro&undos olhos

acin+entados.

8 )u queria lhe agradecer. 8 )la levantou o papel. Havia muito poder nas suasm$os, muito para controlar.8 as n$o quero isso, obrigada. 8 )la rasgou o papel aomeio e o deixou cair no ch$o.



ar pareceu perplexo.8 as isso era o que voc9 queria. )la meneou a cabe#a.8 5$o. )u n$o sabia o que queria. 8 Clare se aproximou, até que pudesse sentir a

respira#$o dele contra sua &ace. )nt$o seguroulhe o rosto bonito entre as m$os. 8 Voc9...8 )la ro#ou os lábios nos dele e a rea#$o instantânea do corpo a &e+ esquecerse do

restante do discurso que preparara. %p:s alguns segundos de sil9ncio, Clare &inalmente conseguiu di+erE8 5$o quero uma empresa. *reciso de um parceiro. ) voc9 é o parceiro per&eito

para mim.ar a envolveu nos bra#os, segurandoa &orte.8 )u amo muito voc9, Clare. )la sorriu docemente.8 ) quanto a &ilhos78 O que t9m eles7 8 "ing a beiou no pesco#o. 8 5$o vai me di+er que seu rel:gio

biol:gico está tocando o alarme.8 5$o, eu ia di+er que o seu está. )le riu.8 )stou pronto, deseoso e capa+. as e voc97 *ode lidar com tudo isso e também

com &ilhos7 8 )le gesticulou ao redor e ent$o pousou a m$o sobre os quadris dela.8 Voc9 pode7 8 )la sorriu de &orma travessa. 8 *osso lidar com qualquer coisadesde que voc9 estea ao meu lado.

8 %té com minha m$e7O sorriso de Clare murchou. )squecerase da m$e dele e da ovem /asha.8 ) /asha78 6uem7 8 ar sorriu e abra#oua. 8 ) voc9 pode come#ar de novo com minha

m$e. )la n$o é t$o má quanto parece.8 4i+iam o mesmo sobre voc9.8 )78 ) estavam todos errados. Voc9 é muito, muito mau. as eu o amo do mesmo eito.

)le pegou a m$o de Clare e acaricioulhe os dedos.8 6ual é a sua hist:ria sobre anéis... ou sobre a &alta deles7 Clare abaixou o olhar.8 %cho que eles signi&icam compromisso em um relacionamento. ) nunca tive isso.ar en&iou a m$o em um dos bolsos do palet:.8 Voc9 consideraria comprometerse comigo7 8 )le tirou uma caixinha de veludo

vermelho e abriua, revelando o diamante mais lindo que Clare á vira.8 Voc9 sabia! 8 exclamou ela, encantada.8 5$o, eu apenas esperava. 8 ar a envolveu em seus bra#os &ortes e beioua

longamente.8 )nt$o, voc9 se casa comigo7Clare &e+ uma careta, brincando,8 5ao sei. @sso é uma tomada de poder sutil78 Venha para casa comigo e lhe mostrarei exatamente no que voc9 vai se meter )la sorriu. al podia esperar. 5$o via a hora de descobrir o que mais o destino

reservava para eles.as, independente do que &osse, sabia que eles teriam um ao outro.*ara sempre.

A Chama Da Paixão Darcy Maguire

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