A Cidade Medieval Portuguesa

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Agosto 26, 2015 Numa época de lutas constantes pela definição do território de Portugal, o perfil da cidade medieval portuguesa era dominado pelos Castelos e pela Sé Catedral. Em muitas cidades de hoje ainda é visível este núcleo medieval, algumas preservando o castelo e troços da muralha. Cronologicamente, a cidade medieval portuguesa coincide com os primeiros séculos da nacionalidade, num período compreendido entre o séc. XI e o séc. XV. O papel defensivo detém uma função estruturante no desenvolvimento urbano medieval, uma vez que durante a Idade Média travam-se lutas constantes, para conquistar terrenos aos mouros e defender os limites do território português. A população concentra-se em núcleos urbanos muralhados ou em torno dos mosteiros. A maioria das cidades portuguesas medievais goza de uma posição geográfica privilegiada e condições naturais favoráveis ao seu desenvolvimento. Normalmente implantam-se num ponto elevado do terreno, o que lhes permite o domínio visual sobre a envolvente e uma melhor defesa natural. Evolução dos limites do território português (HTTP://WWW.ARQUITETURAPORTUGUESA.PT) A CIDADE MEDIEVAL PORTUGUESA NOTICIAS (HTTP://WWW.ARQUITETURAPORTUGUESA.PT/CATEGORY/NOTICIAS/) PROJETOS (HTTP://WWW.ARQUITETURAPORTUGUESA.PT/CATEGORY/PROJETOS/) PESSOAS (HTTP://WWW.ARQUITETURAPORTUGUESA.PT/CATEGORY/PESSOAS/) PERSPECTIVAS (HTTP://WWW.ARQUITETURAPORTUGUESA.PT/CATEGORY/PERSPECTIVAS/) CONSTRUÇÃO (HTTP://WWW.ARQUITETURAPORTUGUESA.PT/CATEGORY/CONSTRUCAO/) URBANISMO (HTTP://WWW.ARQUITETURAPORTUGUESA.PT/CATEGORY/URBANISMO/) ARTE URBANA (HTTP://WWW.ARQUITETURAPORTUGUESA.PT/CATEGORY/ARTE- URBANA/)

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Cidades na idade média em Portugal

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Agosto 26, 2015

Numa época de lutas constantes pela definição do território de Portugal, o perfil da cidade medieval portuguesa era dominado pelos

Castelos e pela Sé Catedral. Em muitas cidades de hoje ainda é visível este núcleo medieval, algumas preservando o castelo e troços da

muralha.

Cronologicamente, a cidade medieval portuguesa coincide com os primeiros séculos da nacionalidade, num período compreendido entre

o séc. XI e o séc. XV.

O papel defensivo detém uma função estruturante no desenvolvimento urbano medieval, uma vez que durante a Idade Média travam-se

lutas constantes, para conquistar terrenos aos mouros e defender os limites do território português. A população concentra-se em

núcleos urbanos muralhados ou em torno dos mosteiros.

A maioria das cidades portuguesas medievais goza de uma posição geográfica privilegiada e condições naturais favoráveis ao seu

desenvolvimento. Normalmente implantam-se num ponto elevado do terreno, o que lhes permite o domínio visual sobre a envolvente e

uma melhor defesa natural.

 

Evolução dos limites do território português

 

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A CIDADE MEDIEVAL PORTUGUESA

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Morfologicamente, a cidade medieval apresenta um núcleo muralhado, a alcáçova, no interior do qual se localiza o castelo, onde residem

os nobres. Este constitui em muitas cidades o seu núcleo primitivo, desde a sua fundação no período romano. A zona para lá da muralha

é denominada de arrabalde.

A igreja, que na época ganha grande importância, passa a ser, a par do castelo, um elemento central na cidade, em torno da qual se

desenrola a vida quotidiana.

O crescimento da maioria das cidades faz-se de modo orgânico e por consolidação da malha urbana. Contudo, o aumento populacional

registado na época leva a que surjam novos bairros habitacionais fora das muralhas, nos arrabaldes. Este facto leva a que, nos séculos

XIII e XIV, o perímetro muralhado de alguns aglomerados seja alargado e reforçado. Por vezes, os arrabaldes são também habitados por

pessoas ligadas a determinadas profissões, comerciantes, como por exemplo a Baixa de Coimbra ou de Lisboa, ou pescadores e

pessoas ligadas ao mar.

 

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Évora, 1503

Coimbra, 1566

Lisboa, 1572

Braga, 1594

 

O comércio é a principal atividade económica na Idade Média, escoando toda a produção agrícola. A nível urbano, isto reflete-se na

necessidade de criação de espaços para venda ao ar livre, o chamado largo de feira ou rossio, que ocupa uma posição central no burgo.

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necessidade de criação de espaços para venda ao ar livre, o chamado largo de feira ou rossio, que ocupa uma posição central no burgo.

Também os artesãos vendem diretamente os seus produtos, surgindo o comércio de rua. A toponímia das ruas associa-se às atividades

dos artesãos. As ruas dos ofícios têm nomes como rua dos sapateiros, rua dos oleiros, entre outros. Em aglomerados mais pequenos

um só eixo, a rua Direita, que liga o centro à periferia rural, concentra atividades comerciais de tipo variado.

Nas cidades permanecem pequenas comunidades de mouros e judeus organizados em bairros, as Mourarias e as Judiarias. Mas

enquanto as mourarias normalmente se localizavam nos arrabaldes, as judiarias detinham uma posição adjacente ao núcleo comercial.

Ainda hoje, em muitas das nossas cidades, existem marcas destas comunidades e preserva-se a toponímia destes bairros. O bairro da

Mouraria em Lisboa, outrora arrabalde árabe localizado ao fundo de um vale a norte da alcáçova, é um destes exemplos.

 

Em muitas das cidades portuguesas podemos ainda ver hoje o seu núcleo medieval e visitar o seu castelo, nomeadamente em

Guimarães, Bragança, Lisboa e Silves.

 

Castelo de Guimarães

Castelo de Bragança

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Castelo de Lisboa

Castelo de Silves

 

Mas aglomerados mais pequenos como Óbidos, Monsaraz, Marvão ou Valença oferecem-nos uma autêntica viagem no tempo. Passear

nas suas ruas empedradas, visitar o castelo ou percorrer a cintura de muralhas apreciando a paisagem envolvente, é poder vivenciar um

pouco o modo de vida medieval.

Óbidos(fotografia wikimedia)

 

 

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