A Civilização Romana: da Monarquia à dissolução do Império ... · Instaurou o Dominato...

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A Civilização Romana: da Monarquia à dissolução do Império Romano (753 a.C – 476 d.C) Prof. Rafael Duarte 7° Ano

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A Civilização Romana:

da Monarquia à dissolução do Império Romano

(753 a.C – 476 d.C)

Prof. Rafael Duarte

7° Ano

Os antigos romanos surgiram em uma

pequena aldeia às margens do rio Tibre,

na região do Lácio, na península itálica.

Eram originariamente “latinos”.

Próximos a eles viviam outros povos originários

também daquela região; Etruscos, Lucânios,

Ômbrios, Sabinos e Sumnitas (povos itálicos)

Os etruscos eram um

daqueles

povos que habitavam o

norte península

itálica

As evidências históricas indicam que Roma surgiu pela unificação dos etruscos no século VII a.C.

Segundo a tradição literária (mito), no entanto, o fundador teria sido Rômulo. Segundo a narrativa,

ele e seu irmão gêmeo, Remo, seriam descendentes de Enéias, filho de Anquises, rei de Tróia, e

da deusa Vênus.

Ontem: Hoje:

A Loba capitolina esculpida em 480 A.C por Vulca de

Veios, artista etrusco e exposta no Museu Capitolinos em

Roma.

Texto sobre a lenda de

Rômulo e Remo. (p. 172)

Escudo da equipe da

Associação Esportiva Roma

As influências Etruscas:

Roma se transformou em

uma aldeia fortificada

Roma se transformou em

um grande polo comercial

Os etruscos ensinaram os

Latinos a pavimentar estradas,

drenar pântanos, construir pontes

e redes de esgotos

Houve uma gradual adaptação

dos alfabetos Etrusco e Grego,

originando o Latim, que será a

base de diversos idiomas

utilizados até hoje, como o

português, o espanhol, o italiano

e o francês.

1) As origens de

Roma: entre o mito

e a História

2) A Estrutura da Sociedade Romana:

Por essa época a sociedade romana era formada majoritariamente

de indivíduos livres, divididos entre:

PATRÍCIOSEram o grupo detentor de maior poder.

Formado por grandes proprietários de terras,

que acreditavam descender de Rômulo.

PLEBEUSComposto de artesãos, comerciantes

e pequenos proprietários.

Não podiam casar com patrícios nem

exercer cargos públicos ou religiosos.

Tinham que servir no exército.

CLIENTESDependiam completamente

dos patrícios.

ESCRAVOSPrisioneiros de guerra ou devedores.

Eram usados nos trabalhos pesados.

Seus donos tinham poder de vida e

de morte sobre eles

Sociedade

Patriarcal

MONARQUIA(753 a.C. á 509 a.C.)

Governada por reis etruscos que

detinham poderes quase absolutos:

Governava a cidade, o exército,

os júris e os cultos religiosos.

Um desses reis, Numa Pompílio,

foi o responsável pela criação do

calendário lunar. Em 509 a.C. os

etruscos forma expulsos do Lácio,

a monarquia foi extinta e substituída

pela república.

REPÚBLICA(509 a.C. à 27 a.C)

Era governada por uma complexa

estrutura político-administrativa

formada por: Magistraturas (executivo),

Senado: (legislativo) o mais poderoso

e Assembleias: que elegia senadores

e cônsules.

Período de grande expansão territorial

e de domínio sobre os demais povos

da Europa na época.

IMPÉRIO(27 a.C. à 476 d.C.)

Período de maior expansão e

brilho da civilização romana.

Neste período Roma passa a

ser governada por imperadores

que centralizam os poderes em

suas mãos chegando a serem

confundidos com deuses

3) As três formas de organização política da

Sociedade Romana:

REIREI

SENADO

Era um Conselho de Anciãos:

Davam conselhos e indicavam reis.

Era formado por patrícios

COMITIA CURIATA

Assembléia de representantes

de famílias livres.

Aprovava ou rejeitava a indicação

dos reis

Em 509 a.C. Patrícios e Plebeus se uniram para expulsar os etruscos do Lácio.

Extinguiram a Monarquia e criaram a República (Res Publica = coisa pública)

4) A Monarquia (753 a.c – 509 a.c):

O rei possuia amplos poderes!

MAGISTRADOS

(executivo)

MAGISTRADOS

(executivo)

Cônsules: controla o

senado e o exército

Censores: encarregados

de realizar o censo

Edis: cuidavam dos

serviços públicos

Questor: cuidava das

finanças

SENADOSENADO

Senadores: homens

originários de famílias

patrícias.

O cargo de senador era

vitalício. Os senadores

faziam as leis e tomavam as

decisões políticas mais

importantes

ASSEMBLEIASASSEMBLEIAS

Assembleia tribal: elegia alguns

magistrados

Assembleia centuriata: elegia

os Senadores e decidia sobre a

guerra e a pazPretor: responsável pela

justiça

5) A república (509a.c. - 27a.c.):

Dever cívico

Senado e o Povo de Roma

Senatus Populusque Romanus

A cidade era controlada pelos patrícios, que governavam a favor de si próprios e

excluíam os plebeus das decisões políticas.

Forma de governo oligárquica

Plebeus começam a se contrapor

aos Patrícios exigindo uma maior

participação política

As conquistas da Plebe:

• Tribuno da plebe (494 a.C) → poder de vetar decisões de magistrados ou do

Senado

• A Lei das doze tábuas (450 a.C) → primeiro código de leis escritas, inviolável e

que determinava a igualdade dos cidadãos

• Lei da Canuleia (445 a.C) → permissão do casamento entre Patrícios e Plebeus

• Leis de 367 a.C → abolição da escravidão por dívidas e eleição de Plebeus ao

senado e às magistraturas

5.1) As Guerras Púnicas (264 a.C – 146 a.C):

República de Roma X Cartago (Origem Fenícia)

Disputa pelo controle de entrepostos comerciais e regiões ricas em

Ferro e Prata

Sucessivas vitórias de Roma Expansão territorial de Roma

“delenda est Carthago”

1°Guerra (264 a.C)

5.2) A luta pela posse da Terra: o

caso dos irmãos Graco

5.2) A luta pela posse da Terra: o

caso dos irmãos Graco

Como consequência da expansão romana após as

Guerras Púnicas, os Patrícios acumularam cada

vez mais terras (terras públicas) em suas mãos,

aumentando a desigualdade econômica entre

Patrícios e Plebeus

Assassinato de Tibério Graco

A morte dos Graco agravou as diferenças

entre patrícios e plebeus,

levando a uma Guerra Civil por quase

um século que acabou destruindo o sistema

Republicano

Tibério Graco lutava por uma reforma agrária

que pudesse pôr fim ao êxodo rural e

estabelecessem limites à propriedade da terra.

Revoltados com a ideia os senadores (de origem

patrícia)

assassinaram Tibério e 300 de seus seguidores

Levando em consideração a luta dos irmãos Graco: a questão do acesso à

terra ainda é um problema no mundo e no Brasil atualmente?

Retirado de: https://anistia.org.br/noticias/massacre-de-

eldorado-dos-carajas-20-anos-de-impunidade-e-violencia-

campo/

“Acaba de ser lançado um relatório feito

pela Oxfam Brasil - organização que tem

como principal objetivo estudar a

desigualdade social - onde os números

não deixam dúvidas. Com dados do Censo

Agropecuário de 2006, já que não existem

registros mais novos, o estudo mostra o

desequilíbrio da sociedade brasileira

também no meio rural. Grandes

propriedades somam apenas 0,91% do

total dos estabelecimentos rurais

brasileiros, mas concentram 45% de

toda a área rural do país. Por outro

lado, os estabelecimentos com área

inferior a dez hectares representam

mais de 47% do total de

estabelecimentos do país, mas ocupam

menos de 2,3% da área total.”

Retirado de: http://g1.globo.com/natureza/blog/nova-etica-

social/post/estudo-mostra-concentracao-de-terras-no-brasil-

expressao-maxima-da-desigualdade-social.html

Os trabalhadores do Movimento dos

Sem Terra faziam uma caminhada até a

cidade de Belém, quando foram

impedidos pela polícia de prosseguir.

Mais de 150 policiais – armados de

fuzis, com munições reais e sem

identificação nas fardas – foram

destacados para interromper a

caminhada, o que levou a uma ação

repressiva extremamente violenta e

na morte dos trabalhadores. Vinte

anos depois, apenas dois comandantes

da operação foram condenados –

Coronel Mario Colares Pantoja,

condenado a 258 anos, e Major Oliveira,

condenado a 158 anos – e estão presos

desde 2012. Nenhum policial ou

autoridade política foi responsabilizado.

Para distrair os Plebeus das condições duras de vida e conquistar o seu voto

para os cargos do Senado e da Magistratura, os patrícios davam esmolas e

realizavam grandes lutas de gladiadores que alcançariam grande sucesso durante a

República e o Império

Essa política, conhecida mais tarde como “PÃO E CIRCO”, contribuiu para

que a nobreza patrícia acumulasse poder e passasse a controlar o Senado

e os principais cargos públicos.

https://www.youtube.com/watch?v=zuSxJVDASo0

5.3) A política do Pão e Circo:

Coliseu de Roma Duelo entre escravos Gladiadores

A conquista da Grécia durante a fase republicana,

fez com que, pouco a pouco, a partir do século III a.C.,

valores culturais, literários, filosóficos e científicos da

civilização grega passaram a fazer parte do

cotidiano de Roma.

Zeus = Júpiter Atena = Minerva Afrodite = Vênus

5.4) A Helenização de Roma:

Assim, a lei deixou de ser uma tradição sagrada (vontade

dos deuses) passando a representar a vontade dos

homens que a fizeram.

O Direito Romano surge do contato entre Romanos

e Gregos.

Surgem, cria-se uma ciência jurídica (o direito) cuja

finalidade é interpretar as leis e determinar como um

julgamento deve funcionar baseado na retórica e nas

obras de juristas reconhecidos em busca da prudência

(equilíbrio)

5.5) O surgimento do Direito Romano:

A Justiça: uma Deusa romana

Lúcio Cornélio Sila

82 a.C.

Eleito como ditador perpétuo

pelo Senado, deu início a uma

onda de terror e perseguições,

restringiu a autoridade dos

tribunos e das assembléias

Pompeu Júlio César Marco Crasso

Marco Antônio Caio Otávio Lépido

Em 27 a.C. Otávio se torna senhor

absoluto do maior

império que o mundo já vira.

1° Triunvirato (60 a.C):

2° Triunvirato (43 a.C):

Caio Mário

104 a.C

Eleito Consul, busca

fortalecer o exército ao

começar a pagar salário para

os soldados

6) O Império Romano: dos ditadores aos

imperadores

6.1) O principado de Otávio Augusto:

• Fortaleceu as Fronteiras para proteger o império →

Pax Romana.

• Aprofundou a política assistencialista do Estado

conhecida por “Política do Pão e do Circo”.

• Dividiu a sociedade em bases censitárias.

Início do alto Império

• Não aceitavam o imperador como um deus vivo e nem a

religião politeísta de Roma;

• No início, era uma religião dos oprimidos e dos

deserdados;

• Os primeiros cristãos condenavam a guerra;

• Contrários os combates de gladiadores e animais selvagens;

• Os Mártires cristãos eram vistos como heróis.

6.2) O surgimento do Cristianismo em Roma:

Os cristãos passarão a serem perseguidos pelos imperadores

de Roma até 313 d.C

6.2) CRISE DO SÉCULO III:

● Também chamada de “a Crise do Escravismo”.

● A insegurança e a crise econômica aceleraram o processo

de desagregação da sociedade:

● Moedas perdendo valor;

● Elevação dos salários e dos preços;

● Piora na situação dos Plebeus

● Revoltas populares e rebeliões de escravos;

● Movimentos separatistas. (exemplo: Gália);

● Exército fora de controle

Séc. III d.C: limite máximo da

expansão territorial.

● Diocleciano (284 d.C - 305 d.C):

● Instaurou a Tetrarquia, entretanto o próprio acabava se impondo sobre

os demais.

● Instaurou o Dominato (monarquia despótica e militar, de tipo

Helenístico).

● Reformulou a divisão política das províncias e perseguiu os cristãos.

● Com o Edito Máximo (301) procurou congelar a economia, mas

fracassou.

● Constantino (306 d.C – 337 d.C):

● Transferiu a capital para Constantinopla, antes Bizâncio.

● Promulgou o Edito de Milão em 313 concedendo liberdade de culto aos

cristãos.

● Teodósio (378 d.C - 395 d.C):

● Edito de Tessalônica em 380 transformou o cristianismo em

religião oficial do Império

● Em 395 dividiu o Império Romano em:

● Império Romano do Ocidente com capital em Roma;

● Império Romano do Oriente com capital em Constantinopla.

6.3) O BAIXO IMPÉRIO (285 d.C – 476 d.C):

• Declínio motivado por vários fatores:

–Diminuição de escravos

–Corrupção administrativa

–Gastos elevados para manter o exército e a máquinaadministrativa

–Ruralização da Economia, formaram-se as vilasromanas (Latifúndios auto-suficientes, escravossubstituídos pelo colonato)

– Invasões bárbaras:

1. Roma é saqueada pelos Visigodos em 400 d.C

2. As legiões romanas foram expulsas da Bretanha

3. Em 452 d.C os Hunos arrasaram Milão e Pádua

4. Roma é conquistada pelos Hunos em 476 d.C

https://www.youtube.com/watch?v=A9ao3aV93SE

A língua grega, o respeito ao

imperador e a religião cristã foram se

tornando influenciados pela cultura

helenística.

A subordinação da

Igreja ao Estado

denomina-se

cesaropapismo.

(definido pelo

Código Justiniano)

7) O Império Bizantino (395-1453 d.C):

O CISMA DO ORIENTE (1054) → a divisão da Igreja Católica

A era de Justiniano (527 –

565 d.C): tentativa de

reconstrução do Império

Romano através do

cristianismo

Um Jesus um pouco diferente do

apostólico Romano: quais são as

diferenças?

A queda do Império Romano do ocidente marca o fim de uma era

(História Antiga) e o início de outra (período Medieval)