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A comunicação na vida do professor... A comunicação é muito mais do que o simples ato de falar. É um universo com poderosíssimas ferramentas que você, professor, pode usar no dia-a-dia para melhorar a qualidade do seu trabalho. Mas, afinal, o que engloba o universo da comunicação? Segundo o Dicionario Aurelio, “comunicação é o ato ou efeito de comunicar(-se). Emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual”. Ou seja, além da fala, as expressões corporais, o olhar, o silêncio dentro da sala de aula e a maneira de se vestir também são formas importantes de se comunicar. Dentro dos estudos formulados pelo Instituto de Comunicação, uma das primeiras constatações é de que “mais do que falar durante a aula inteira e passar o conteúdo, o professor precisa conquistar a atenção do aluno, e, para que isso aconteça, é importante utilizar todas as formas que a comunicação oferece. Todos esperam uma comunicação eficaz do professor. É cobrado deste profissional uma fala fluente e total domínio da oratória. Falar em público é uma das atribuições mais importantes de todos. Apesar de simples, os discursos e apresentações para grupos são a parte mais temida da carreira de muitos profissionais. Veja o resultado de uma pesquisa feita pelo jornal inglês Sunday Times com 3.000 pessoas. A pergunta era: Qual o seu pior medo?! As respostas obtidas foram: 41% têm medo de falar em público 32% têm mais medo de altura 22% de insetos 22% de ter problemas financeiros 19% de doença 19% da morte Uma outra pesquisa realizada com 10.000 australianos mostra que um terço dos entrevistados diz preferir a morte a falar em público. Você pode não ter chegado a esse ponto, o que é bem razoável, mas tente se lembrar de quantas vezes você quis sumir quando soube que teria que fazer uma apresentação? Ou ficou quieto numa reunião com medo de dar a sua opinião. Ou, ainda, recusou convites que seriam importantes para a sua carreira. Como é que um projeto pode ser aprovado se você estiver tremendo nas bases na hora de apresentá-lo? Será que algum cliente deixou de comprar porque você não estava confiante ao expor seu produto? A História Até o século V a.C, aproximadamente, a arte de falar em público era vista como dom natural e privilégio de algumas poucas pessoas. Com o fim das tiranias e a instituição das assembléias e conselhos populares, nas póleis, o cidadão comum passou a reconhecer a importância de dominar bem a arte da oratória. Pouco mais tarde, na metade do século V a.C, a eloqüência já era considerada uma capacidade que podia ser adquirida e desenvolvida através de estudo e treinamento. Os sofistas foram os primeiros a dominar com facilidade a palavra. Entre os objetivos que possuíam, visando uma completa formação, três eram procurados com maior intensidade: julgar, falar e agir. Desenvolviam seu aprendizado na arte de falar, praticando leituras em público, fazendo comentários sobre os poetas, treinando improvisações e promovendo debates. Enganam-se aqueles que imaginam a extinção do estudo da oratória nos dias atuais. O que houve, na verdade, foi uma grande transformação nas exigências dos ouvintes e conseqüentemente na orientação do estudo do “ler e falar”. O auditório de hoje solicita uma fala mais natural e objetiva, sem os adornos de linguagem e a rigidez da técnica empregada até o princípio do século. Em todas as profissões é necessária uma boa comunicação. Todos precisam falar bem para enfrentar as mais diferentes situações. Não é preciso falar rebuscadamente para falar bem. A simplicidade pode fazer de você um bom comunicador. Estes devem ter sido apenas alguns dos fatores que motivaram você a participar do nosso grupo. A nossa intenção é ajudar você a identificar o medo e enfrentá-lo. Essas são as melhores formas de impedir que ele atrapalhe o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

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A comunicação na vida do professor... A comunicação é muito mais do que o simples ato de falar. É um universo com poderosíssimas ferramentas que você, professor, pode usar no dia-a-dia para melhorar a qualidade do seu trabalho. Mas, afinal, o que engloba o universo da comunicação? Segundo o Dicionario Aurelio, “comunicação é o ato ou efeito de comunicar(-se). Emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual”. Ou seja, além da fala, as expressões corporais, o olhar, o silêncio dentro da sala de aula e a maneira de se vestir também são formas importantes de se comunicar. Dentro dos estudos formulados pelo Instituto de Comunicação, uma das primeiras constatações é de que “mais do que falar durante a aula inteira e passar o conteúdo, o professor precisa conquistar a atenção do aluno, e, para que isso aconteça, é importante utilizar todas as formas que a comunicação oferece. Todos esperam uma comunicação eficaz do professor. É cobrado deste profissional uma fala fluente e total domínio da oratória. Falar em público é uma das atribuições mais importantes de todos. Apesar de simples, os discursos e apresentações para grupos são a parte mais temida da carreira de muitos profissionais. Veja o resultado de uma pesquisa feita pelo jornal inglês Sunday Times com 3.000 pessoas. A pergunta era: Qual o seu pior medo?! As respostas obtidas foram:

41% têm medo de falar em público

32% têm mais medo de altura

22% de insetos

22% de ter problemas financeiros

19% de doença

19% da morte

Uma outra pesquisa realizada com 10.000 australianos mostra que um terço dos entrevistados diz preferir a morte a falar em público. Você pode não ter chegado a esse ponto, o que é bem razoável, mas tente se lembrar de quantas vezes você quis sumir quando soube que teria que fazer uma apresentação? Ou ficou quieto numa reunião com medo de dar a sua opinião. Ou, ainda, recusou convites que seriam importantes para a sua carreira. Como é que um projeto pode ser aprovado se você estiver tremendo nas bases na hora de apresentá-lo? Será que algum cliente deixou de comprar porque você não estava confiante ao expor seu produto? A História Até o século V a.C, aproximadamente, a arte de falar em público era vista como dom natural e privilégio de algumas poucas pessoas. Com o fim das tiranias e a instituição das assembléias e conselhos populares, nas póleis, o cidadão comum passou a reconhecer a importância de dominar bem a arte da oratória. Pouco mais tarde, na metade do século V a.C, a eloqüência já era considerada uma capacidade que podia ser adquirida e desenvolvida através de estudo e treinamento.

Os sofistas foram os primeiros a dominar com facilidade a palavra. Entre os objetivos que possuíam, visando uma completa formação, três eram procurados com maior intensidade: julgar, falar e agir. Desenvolviam seu aprendizado na arte de falar, praticando leituras em público, fazendo comentários sobre os poetas, treinando improvisações e promovendo debates. Enganam-se aqueles que imaginam a extinção do estudo da oratória nos dias atuais. O que houve, na verdade, foi uma grande transformação nas exigências dos ouvintes e conseqüentemente na orientação do estudo do “ler e falar”. O auditório de hoje solicita uma fala mais natural e objetiva, sem os adornos de linguagem e a rigidez da técnica empregada até o princípio do século. Em todas as profissões é necessária uma boa comunicação.

Todos precisam falar bem para enfrentar as mais diferentes situações. Não é preciso falar rebuscadamente para falar bem. A simplicidade pode fazer de você um bom comunicador. Estes devem ter sido apenas alguns dos fatores que motivaram você a participar do nosso grupo. A nossa intenção é ajudar você a identificar o medo e enfrentá-lo. Essas são as melhores formas de impedir que ele atrapalhe o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

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...A grande ferramenta da comunicação verbal!

Certo orador famoso falou que "nenhum curso ensina como perder o medo de se falar em público e ter uma comunicação eficaz. O que pode ser aprendido é como DOMINAR o nosso medo". A Voz A voz e a grande ferramenta para a comunicação verbal do professor, no entanto, quando usada de forma inadequada, pode trazer prejuízos na qualidade do trabalho e problemas de saúde. Fonoaudiólogos garantem: a voz influencia diretamente no desenvolvimento da aula. Um professor cuja voz esta rouca, cansada ou abafada, poderá causar um desestímulo e, as vezes, uma certa irritabilidade no aluno. Isso depende do grau da alteração e da frequência com que ocorre, mas que tanto o professor quanto o aluno sofrem com a situação. O primeiro, por ter seu instrumento de trabalho comprometido e ineficiente, e o segundo, por ter seu ministrante, muitas vezes, estressado com o problema.

O tom de voz é uma característica própria de cada pessoa e deve ser explorado nas modulações, ou seja, dar ênfase correta às palavras para que transmitam a intenção do que deseja destacar. O ritmo também é um aspecto da personalidade. PRESTE ATENÇÃO: Normalmente, os professores mais ansiosos tendem a falar rápido, enquanto os mais retraídos falam lentamente. No exercício das aulas, é contra-indicado os extremos. As palavras devem ser faladas de forma bem articulada e sem exageros. O professor também deve cuidar com os excessos de pausas, pois uma aula assim torna-se cansativa.

O que passaremos agora são dicas úteis para se controlar este medo. PRATIQUE - O medo de se falar em público só é controlado quando praticamos. Com o tempo você fará tudo automaticamente. Não se preocupe se hoje você não fez "grandes coisas". Amanhã pode ser o seu dia.

Lembre-se: todos aqueles que você admira falar, já passaram pelo que você passa. Quando estiver diante de uma platéia lembre-se e de que você não deve nada a ninguém. A melhor recompensa que um orador pode receber é a atenção que os ouvintes podem lhe dar. O olhar, os braços, a expressão facial, a postura do ouvinte são elementos que nos falam e transmitem mensagens em códigos que quando bem captadas lhe dá uma visão geral de seu desempenho e do andamento da pregação. Assim poderá se adequar ao momento e até mesmo dar um outro rumo em sua pronunciação.

Tenha estas 07 dicas como conselhos a serem seguidos SEMPRE ! ! !

1) SAIBA O QUE VOCÊ VAI FALAR E EVITE OS VÍCIOS DE LINGUAGEM A primeira coisa que você deve ter em mente quando for falar é: saiba o que vai dizer. Leia, pesquise, se interesse, domine o assunto. Isso vale para qualquer tipo de apresentação, tanto para duas linhas quanto para um elaborado discurso de formatura da pós-graduação. A maioria dos erros e problemas enfrentados nas apresentações em público acontecem por pura falta de preparo. É preciso ter intimidade com o assunto. Assim, mesmo que você esqueça um detalhe técnico na hora da apresentação, poderá relatar algum fato interessante. Uma boa história pode ser mais eficiente para

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passar o que você precisa. Conheça o máximo que você puder. Nunca ache que você sabe o bastante e não precisa aprender mais. É importante sobrar informação. Tenha em mente um bom roteiro do que quer falar, das principais idéias. E, principalmente, cuidado com os vícios de linguagem !

2) FALE PARA TODOS OS ALUNOS Muitos estudos mostram que as pessoas se lembram de poucos fatos ou informações que os professores passam, apenas de maneira oral, durante uma aula. Portanto, você deve atingir os alunos cinestésicos, visuais e auditivos.

P alavras T o m Vo z F isio no miaLinguagem

Estudo realizado pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, mostra que apenas 07% do impacto provocado no público vêm da parte verbal da apresentação. Os maiores impactos vêm da voz (38%) e da linguagem corporal (55%).O que não quer dizer que você não deve dar máxima atenção ao conteúdo, que é a razão de ser de qualquer apresentação.

55 %

38 % Só não faça dele uma fonte inesgotável de ansiedade.Concentre-se

naquilo que você quer que fique na cabeça das pessoas. Outro dado para ajudar a diminuir seu medo: quando esquecemos uma palavra, o branco que parece durar uma eternidade demora apenas alguns segundos para quem nos assiste. Para os outros, pode parecer apenas uma pausa natural.

07 %

Lembre também que dificilmente você será requisitado para falar de algo que não entenda. Por isso pense que: toda vez que você esta na frente do público, pense que é a melhor pessoa do mundo para falar daquele assunto. Esse é um recurso que é muito eficiente numa apresentação importante.

ATENÇÃO: Não seja arrogante e nem subestime a inteligência de quem está ouvindo você. Seria um

grande erro. É preciso ter uma atitude equilibrada. Nem arrogância, nem submissão. Além de dominar o assunto (o que é essencial para se sentir seguro), você deve acreditar nas idéias que pretende passar. Se não estiver convencido, dificilmente vai conseguir convencer os outros. Outra dica: você só consegue persuadir seu público se o seu discurso tiver emoção, se você der a entonação correta. 3) APRENDA A SE RELACIONAR COM O PÚBLICO O receio de não conseguir cativar o aluno é comum. Em primeiro lugar, tire da cabeça a idéia de que o público está lá para criticar você. Pode parecer absurdo, mas muita gente sente isso e acaba ficando na defensiva. Ele está ali porque quer, ou porque precisa ouvir você. A platéia torce pelo seu sucesso. Se você é daqueles que ainda tem medo de “dar uma aula”. Lembre-se: as pessoas também morrem de medo de falar em público, assim como você. E admiram a sua coragem. O julgamento dos alunos é menos rigoroso do que o seu. Outra dica importante: olhe para o aluno. Escolha algumas pessoas e foque nelas. Não fique com o olhar perdido. É absolutamente essencial que você veja a audiência. Mesmo quando tiver de baixar os olhos para apanhar uma ou outra palavra, suspenda o contato com a audiência por apenas alguns instantes. Tente criar uma certa intimidade. Cada pessoa tem que sentir que você está falando só para ela. Muito do que fazemos nas conversas cara a cara pode ser usado, com alguns ajustes, em aulas ou apresentações para públicos maiores. Você pode, por exemplo, circular na platéia antes de começar sua aula. Além de criar uma certa proximidade, isso pode até ser útil para a sua apresentação.

4) SEJA VOCÊ MESMO

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A melhor forma de ser bem-sucedido é não se considerar um mestre em oratória. Não tente ser nada além de você mesmo. Crie o seu estilo. Não faça piadas se você não é naturalmente engraçado. Uma das piores sensações do mundo é o silêncio pairando no ar depois de fazer uma gracinha. Não ande pelo palco, ou onde quer que você esteja, se isso não for confortável para você. As pessoas se comparam a imagens ideais. Quando vêem que não vão chegar aos seus pés, ficam inseguras. Você até pode - e deve - incorporar ao seu estilo aquilo que mais lhe

agrada em professores que você vê como modelos. Desde que você não desrespeite o seu jeito de ser.

Há alguns outros pontos importantes para você conquistar a sua audiência. Sorrir é um deles. O sorriso abre um campo magnético positivo e as pessoas, sem perceber, caem dentro do seu campo de atração. Ser humilde e não ficar excessivamente preocupado com o que os outros estão pensando de você também pode garantir uma certa tranqüilidade. Há ainda um outro problema: as pessoas acham que falam pior do que realmente falam.

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5) VÁ EM FRENTE, MESMO COM UM FRIOZINHO NA BARRIGA A falta de experiência também gera insegurança. E a melhor forma de superá-la é enfrentar as situações que aparecerem. Quem costumava fazer perguntas na sala de aula e apresentar os trabalhos em grupo desde a época da escola provavelmente não fica tão intimidado na hora de se expor. Não recuse convites, não fuja de reuniões e nem tente adiar alguma apresentação. Seja persistente. Vá aos poucos. Peça a palavra numa reunião, ofereça-se para ler um texto quando sentir que tem espaço. Há quem vá além. Há ainda mais um motivo para você encarar as dificuldades de frente. 6) TREINE, TREINE E TREINE Mesmo que você siga tudo o que está aprendendo até agora, é só a prática que vai lhe dar mais segurança. Treinar, treinar e treinar é o mais eficaz antídoto para o medo do palco e outras calamidades que atingem o ato de “dar uma aula” ou discursar. A qualidade dela será proporcional à quantidade de tempo que você gastou se preparando. Um dos pré-requisitos de qualquer boa apresentação é falar como se fala. Converse com o seu aluno. Quem tenta falar como escreve perde a naturalidade. Procure ser quem você é no dia-a-dia. Decorar o texto é uma boa solução? Há controvérsias.

Alguns especialistas no assunto dizem que sim; outros, que não. O estadista inglês Winston Churchill, um dos maiores oradores da História, não tinha o costume de decorar. Ele sempre escrevia o que queria dizer, depois transformava o texto escrito em observações que rabiscava de próprio punho ou datilografava após dar o acabamento que o deixava satisfeito. Não importava o lugar ou a ocasião, ele não tinha o menor pudor de mostrar que tinha anotações em suas mãos, independentemente do tipo de público.

NÃO CONFIE EM SUA MEMÓRIA. As pessoas percebem se você está repetindo exatamente um texto decorado. E se tiver

anotações, não tente escondê-las. Concentre um pouco mais a sua atenção no começo da apresentação. É a fase de maior nervosismo e o momento fundamental para criar empatia com o público. Saiba muito bem como vai começar e respire fundo.

“É IMPOSSÍVEL SEDUZIR O PÚBLICO, SE VOCÊ PARECE PEDIR DESCULPAS POR EXISTIR”.

Prof. Oswaldo Melantonio

Voz, este instrumento maravilhoso! O instrumento mais fascinante que existe é o mecanismo responsável pela produção da voz, por ser incrivelmente flexível e capaz de produzir combinações infinitas de sons. Em linhas gerais, o processo de fonação ocorre no trato vocal durante a expiração. A corrente de ar vem dos pulmões, passa através da laringe e vibra as pregas vocais, que se encontram aproximadas; quando não estamos falando, as pregas vocais se afastam para a entrada do ar. O nome popular de “cordas vocais” é incorreto, pois não se tratam de ‘cordinhas’ mas sim pregas de musculatura. São apenas duas e estão em posição paralela ao solo, como se estivessem deitadas (fig. 01).

FIG. 01 -PREGAS VOCAIS (estruturas básicas)

Elas se localizam dentro da laringe, órgão que tem como funções principais proteger as vias aéreas inferiores, impedindo a entrada de corpos estranhos nesta região. Também funcionam como um mecanismo valvular, para atividades físicas e fisiológicas.

A vibração das pregas vocais gera um som que é modificado e amplificado devido às variações de tensão, tamanho e forma das estruturas e cavidades localizadas na região da cabeça e pescoço. Grande parte da beleza e da

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qualidade da voz é produzida por estas câmaras de ressonância. No caso da voz a laringe, faringe, boca, fossas nasais, seios frontais e paranasais constituem cavidades de ressonância importantes para determinar a qualidade e a projeção da voz (fig. 02).

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FIG. 02 – CAVIDADES DE RESSONÂNCIA (estruturas básicas)

A fala é um processo mecânico da comunicação verbal na qual ocorre a associação da voz com o ato de articular os sons através da movimentação da língua, lábios, mandíbula, dentes, palato e outras estruturas. Estes movimentos devem ser precisos e corretamente encadeados nas palavras e nas frases para que sejam produzidos sons claros, tornando inteligíveis a fala e a mensagem que se quer transmitir.

Qualidade vocal A qualidade vocal é determinada pelo conjunto de características que identificam a voz de uma pessoa. É o índice mais completo dos atributos da emissão de um indivíduo sendo capaz de fornecer dados relacionados às dimensões físicas, sócio-culturais e emocionais. É a sua “impressão digital”. Em relação à comunicação, é um diferencial na vida do profissional, um instrumento de trabalho, uma ferramenta imprescindível para a comunicação eficaz. O CORPO FALA A postura corporal tem íntima relação com a produção vocal, pois nos comunicamos utilizando não somente a voz, mas sim todo o nosso corpo. O estado corporal é fruto das pressões externas e internas que sofremos. Quando estas entram em choque, provocam conflitos e modificam o equilíbrio, alterando a forma do corpo. Tensões musculares na região da cabeça, pescoço e ombros refletem diretamente na laringe tendo, como conseqüência, uma alteração na produção vocal. Uma postura relaxada é fundamental para que o indivíduo apresente uma produção adequada de voz. Devemos lembrar que a voz é um prolongamento do nosso corpo e este equilíbrio deve estar bem conscientizado. SIMPLESMENTE RESPIRE A respiração é um processo natural, automático e um dos parâmetros fundamentais na produção da voz, pois utilizamos o ar que expiramos nesta função. Quando falamos, a inspiração é rápida e a expiração é longa. Caso a respiração seja curta, rápida e superficial, provoca cansaço e falta de ar durante a fala. Desta forma, a realização de pequenas pausas durante a fala é fundamental. No caso do uso profissional, a respiração mais indicada é a inferior, na qual há um maior aproveitamento de ar e uma maior movimentação do músculo diafragma, principal músculo respiratório. SOLTE A VOZ O controle da intensidade requer a consciência da exata dimensão do outro, um refinado controle de projeção vocal no espaço. A intensidade geralmente é classificada em forte, fraca e adequada sendo determinada por três fatores: distância entre o falante e o ouvinte, ruído ambiental e características da personalidade do falante. A intensidade forte de voz é um dos maiores causadores de cansaço e esforço vocal. É possível controlar a intensidade de voz. CUIDADO COM O RITMO A velocidade de fala e o ritmo são parâmetros conectados à articulação das palavras. Esta pode ser rápida, lenta ou adequada. Uma velocidade de fala lenta passa desmotivação e desinteresse para quem ouve, além de demonstrar falta de organização de idéias e lentidão de pensamento. A velocidade rápida não abre espaço para o interlocutor. Expressa vontade de omitir dados do discurso, dificulta o entendimento do ouvinte, reflete ansiedade, tensão e gera cansaço vocal. A velocidade rápida de fala é um dos abusos vocais mais comuns, gerando sobrecarga em todo o corpo.

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PRONUNCIE BEM AS PALAVRAS Uma dicção ‘perfeita’, com sons bem definidos, indica controle e transmite ao ouvinte segurança, credibilidade, clareza de idéias e desejo de ser compreendido. A articulação não deve ser exagerada, com muita movimentação de mandíbula e lábios; nem tampouco travada, com pouca abertura de boca, o que pode levar a um esforço vocal e diminuir a projeção da voz. Alterações articulatórias são fatores que muito prejudicam a inteligibilidade da fala e, consequentemente, o equilíbrio no processo de comunicação. USE (MAS NÃO ABUSE) DAS EMOÇÕES A mudança correta do tom de voz é importante para a beleza do discurso. São as ênfases e inflexões que dão “colorido”, brilho e vida às palavras, demonstrando habilidade e fluência do pensamento. É um traço distintivo da linguagem oral, isto é, varia tanto de língua para língua como de região para região. Também varia de acordo com a situação em que o falante se encontra. APRENDA A OUVIR Falar é ouvir! A audição é indispensável e extremamente importante para a aquisição de uma linguagem bem construída, ou seja, para que um indivíduo tenha uma fala clara e articulação correta dos fonemas requer uma discriminação auditiva normal. A audição também influencia a qualidade vocal, pois todo monitoramento vocal é feito por meio da via auditiva, que deve estar preservada. Perdas auditivas dificultam a aprendizagem do indivíduo, transtornam a afetividade e alteram o comportamento social.

O que é disfonia?!

Disfonia é qualquer dificuldade que impeça a emissão da voz com suas características naturais. São de grande importância, pois afetam principalmente pessoas que utilizam a voz profissionalmente como cantores, atores, pregadores, locutores e outros. As queixas mais comuns observadas em pessoas que utilizam constantemente a voz são: rouquidão, cansaço vocal, fadiga vocal, pigarro, tosse, dor na garganta, perda de voz, garganta seca, falta de ar, incômodo e sensação de “bola na garganta”. Observe abaixo as principais causas da disfonia:

MAU USO respiração

projeção vocal ritmo

articulação modulação

TENSÕES CORPORAIS

pescoço ombros

braços e pernas

ABUSO VOCAL falar alto

gritar falar muito pigarrear

tossir sussurrar

ALTERAÇÕES EMOCIONAIS

personalidade stress

Se algum destes sintomas persistir por mais de 15 dias, deve ser realizada uma avaliação específica com profissionais que atuem na área da voz... OTORRINOLARINGOLOGISTAS ou FONOAUDIÓLOGOS.

Saúde vocal Higiene é um termo muito amplo que está relacionado a procedimentos necessários para conservar a saúde. Assim sendo, como a higiene corporal exige cuidados diários, a higiene vocal necessita de igual atenção. Isto não quer dizer que as pregas vocais estão “sujas” ou precisam ser “lavadas”. São apenas alguns cuidados básicos que auxiliam a preservar a saúde vocal e a prevenir o aparecimento de lesões e/ou doenças. Devem ser considerados principalmente por pessoas que utilizam a voz profissionalmente e também aquelas que apresentam tendências a distúrbios vocais. Não devemos nos esquecer que, nem sempre, uma orientação dada é válida para casos específicos, pois as reações do corpo são únicas e dependem de cada indivíduo em cada momento.

Beber pelo menos 2 litros de água por dia A hidratação proporciona uma melhor lubrificação do corpo e do trato vocal, permitindo que a vibração das pregas vocais ocorra de modo mais livre e com atrito reduzido. Essa hidratação sistêmica deve ser feita gradativamente, ao longo do dia, antes, durante e depois da utilização intensiva da voz. Tosse seca pode ser sinal de que seu corpo pede água. Em casos de problema renal, consultar um especialista.

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Atenção especial ao pigarro e tosse seca O ato de pigarrear - ou tossir - gera um alto impacto das pregas vocais, podendo ocasionar futuras lesões. O importante é saber a causa. O excesso de secreção na laringe ou pulmão pode ser decorrente do fumo, refluxo gastro-esofágico, desidratação, alergias respiratórias ou emocionais. A produção demasiada desta secreção é a defesa do organismo diante desses quadros irritativos. Ao invés de pigarrear beba água, pois o próprio movimento da deglutição desloca a secreção. No caso de crise de tosse, aguda ou crônica, consulte um especialista. Cigarro Nem é preciso dizer que é altamente nocivo para a saúde. Indivíduos fumantes apresentam 40 vezes mais chance de ter câncer de laringe que os não fumantes. Quando a fumaça é tragada agride todo sistema respiratório principalmente as pregas vocais. Sua interferência na laringe é direta, podendo causar irritação, edema, tosse, pigarro, aumento de secreções e infecções. O Brasil está no 2o lugar do ranking mundial de câncer de laringe. Álcool Tem propriedades que desidratam a mucosa do trato vocal e anestesiam o corpo, inclusive a laringe. O excesso de bebida, associado a ambientes ruidosos, leva ao abuso vocal; afinal a sensibilidade do corpo está diminuída. Fora isso, é mito que as bebidas destiladas (conhaque, uísque, vodca etc.) aquecem a voz. O que acontece é a perda da inibição e o aumento da temperatura interna do corpo pelo efeito vaso dilatador. Você "solta o corpo e a voz" sem perceber o esforço que está fazendo. Alimentos Determinados alimentos exercem influência direta ou indireta sobre a produção da voz e fala. Atenção ao consumir estes alimentos:

- Leite e derivados: bioquimicamente, aumentam a viscosidade do muco do trato vocal. Temos novamente uma possível sensação de pigarro, prejuízo da ressonância na articulação. - Cafeína: contida no café, chá-mate, chá preto e chocolate, pode aumentar a acidez no estômago desencadeando, para quem tem tendência, o refluxo gastroesofágico. Além disso, a cafeína também desidrata a mucosa e deixa a saliva mais espessa.

- Alimentos pesados: ou em grandes quantidades lentificam a digestão e dificultam a movimentação do diafragma, músculo essencial para a respiração. Dê preferência a alimentos como:

- Maçã: conhecida como a “vassoura” do corpo, é uma ótima aliada da saúde corporal, pois ajuda a eliminar as toxinas corporais. Sua propriedade adstringente (pectina) ajuda a reduzir saliva espessa da boca e faringe. Sua consistência firme exige 'mais' da mastigação, preparando assim os articuladores. A maçã favorece tanto a ressonância quanto a articulação dos sons da fala.

- Frutas cítricas e abacaxi: aumentam a salivação e com isso um maior número de deglutições, que acarretam um relaxamento na musculatura da garganta e favorecendo toda dinâmica do trato vocal.

- Chás de frutas e bebidas isotônicas: também podem ser considerados preferenciais, pois ajudam na reposição de perdas minerais que são eliminadas pela urina e transpiração. Soluções caseiras Não há comprovação científica da eficácia destas substâncias. Lembre-se: nem tudo o que o outro usa ou faz, é saudável para sua vida!

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Aluno hostil: o que fazer?! Identificamos que professores novatos, ou, até mesmo os experientes ficam “incomodados” sempre que surge uma nova turma. O principal receio, são possíveis hostilidades. Consultores que falam em público, quase diariamente, acreditam que o segredo para ser bem-sucedido é se preocupar com a apresentação antes, durante e depois. E se o público for hostil? Nesse caso, a melhor forma de lidar com isso é amortecer as perguntas agressivas. Continue sendo simpático mesmo que a pergunta seja para atacar você. Não responda em cima da pergunta, agradeça, respire, ganhe alguns segundos. Mesmo que a platéia esteja do seu lado, se você responder de forma agressiva, é possível que ela se volte contra você. Existem três tipos de hostilidade mais comuns: ao tema, ao orador e ao ambiente. 1) AO TEMA – Neste caso devemos elaborar uma apresentação inicial num campo neutro. Assim, estabeleceremos uma identidade de pensamento entre o orador e o auditório, e este passará a deduzir que aquele defende as mesmas idéias que as suas. Com este sentimento despertado, os ouvintes baixarão a guarda. Lembre-se: por mais que a nossa opinião e a

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do aluno sejam diferentes e antagônicas, sempre poderemos encontrar pontos comuns de pensamento e, com um pouco de reflexão, será possível, por mais adversa que possa ser a circunstância, planejar e construir esse campo de neutralidade que nos auxilie a estabelecer a identidade com os ouvintes. 2) AO ORADOR – Podemos identificar que existe uma hostilidade com o orador em algumas situações: ter falta de credibilidade; ter pouca idade ou ser inexperiente; ser desconhecido; ser invejado ou despertar rivalidade. Vamos detalhar algumas estratégias:

Ter falta de credibilidade: os ouvintes desconhecem a sua competência sobre o assunto. De uma forma sutil, demonstre a sua autoridade e conhecimento. Com isso, a platéia tende a se tornar dócil e receptiva por conhecer a sua autoridade.

Ter pouca idade ou ser inexperiente: faça a citação de uma frase, um pensamento, um estudo ou uma conclusão de uma autoridade no assunto abordado e que seja respeitada pelos ouvintes. Haverá boas chances de que a credibilidade desse autor seja transferida para aquele que fala.

Ser desconhecido: para romper essa resistência, o orador precisará encontrar pontos de identificação com os ouvintes. Pode ser uma circunstância de pessoa, de tempo ou de lugar.

3) AO AMBIENTE – O público será hostil com o ambiente quando se sentir incomodado no local do evento. O recurso mais indicado para conquistar o auditório é a promessa de brevidade. Ao perceber que o orador não vai consumir muito tempo e que o seu incômodo não será prolongado, o público presta atenção e fica interessado na mensagem.

Mãos à obra ! ! !

ESQUEMA DE UMA AULA/APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO

vocativo

PREPARAÇÃO

proposição narração divisão

ASSUNTO CENTRAL

confirmação refutação

CONCLUSÃO

recapitulação epílogo

INTRODUÇÃO: a conquista da platéia Vocativo: é o cumprimento ao público, uma forma educada de nos dirigirmos a ele, chamando a sua atenção para a nossa presença. Ele deve ser um tipo de abraço que damos no auditório, mais ou menos o mesmo comportamento caloroso que temos quando cumprimentamos um amigo. LEMBRE-SE: ele faz parte da introdução, cujo objetivo é conquistar a platéia.

O vocativo “Senhoras e Senhores” resolve a maioria das situações, pois é respeitoso para qualquer tipo de público, evita a quebra de ritmo e não cansa o auditório com os intermináveis cumprimentos. Já para um grupo de subordinados ou colegas de trabalho, com quem nos relacionamos há muito tempo, é suficiente algo menor formal. Que tal: “Olá pessoal” ou “Como vão todos?”

Professores sempre são chamados para participar de solenidades formais. Portanto, é importante conhecer regras de protocolo e cerimonial. No caso de uma solenidade ou reunião com mesa composta de autoridades ou superiores, devemos antes cumprimentá-los e, em seguida, os demais ouvintes. Os cumprimentos devem ser feitos da pessoa com cargo de maior importância para àquelas de menor importância. (Verificar corretamente os nomes. Não existe nada mais constrangedor do que errar ou pronunciar erroneamente nomes). Se a mesa for numerosa e não existir um protocolo rigoroso que obrigue o cumprimento a todos os seus componentes, podemos utilizar alguns recursos que sempre são úteis nessas circunstâncias.

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Saudação de uma mesa de honra

Mesa de honra com número par de cadeiras esa de honra formada com número ímpar de cadeiras Vejamos dois exemplos:

Cumprimentar todas as pessoas

da mesa ao mesmo tempo... “Autoridades que compõem a mesa de honra, senhoras e senhores...” “Componentes da mesa que dirige esta reunião, senhoras e senhores...”

M

e

cumprimento aos demais componentes...

m

demais componentes da mesa, senhoras e senhores...”

Eleger uma pessoa representativa da m sa ou o presidente da reunião, saúda-lo e estender o

“Excelentíssimo prefeito fulano de tal, muito boa noite, e eseu nome estendo os meus cumprimentos a todos os

As atitudes que devem ser evitadas no começo de uma aula:

co

L e d s

, n or ão c

pidamente quando alguém não está preparado

Não começar pedindo

PROBped

desculpas por problemas físicos e nem pela falta de

nhecimento, ou pela falta de preparo sobre o

naquele fato. Talvez, se o coFALTA DE PREPAROconhecer o assuntoobrigado a falar, n

EMAS FÍSICOS: Por exemplo, se naquele dia o comunicador está rouco eesculpas, a partir deste momento o público passa a prestar atenção apena

assunto... precisa contar, o ouvinte percebe rapara falar.

nteúdo for bom, a platéia nem perceberá o problema. OU CONHECIMENTO: Se não estiver preparado ou se não ão fale. Agora, se não estiver devidamente preparado e fonte ao ouvinte que não está preparado. Até porque não

Não tome partido em assuntos polêmicos no início da apresentação...

Se tomarmos partido no início sobre uma posição ou outra, perderemos a parte do público que pensa diferente de nós. Pior ainda é que a parcela que está sendo perdida representa exatamente as pessoas que precisaríamos conquistar, até porque aquelas que se posicionam como nós já estarão conquistas.

Nã a

apresentação contando piadas para o auditório...

vir o som da própria voz e conquistar o auditório; a adrenalina está o iniciar um

O início da apresentação é o pior momento que enfrentamos. Você chega na frente do auditório, está tentando encontrar a melhor posição em frente ao público, tentando oucorrendo solta no corpo. E se a sua piada não for boa e engraçada? O silêncio do auditório após a piada te deixará constrangido e prejudicará o restante da apresentação.

Não fazer perguntas qua os

: “Existe uma

ue.

ndo não desejamrespostas...

Imaginem um orador começando a sua apresentação com a perguntasolução política para o Brasil?”. E antes que ele inicie a sua explanação com as soluções, alguém na platéia levante a mão e comece a discorrer sobre o assunto. E mais, peça permissão para ir até à frente para dar a sua resposta! Não se arrisq

Começar a sua resentação m palavras

de, a a apresentação. Portanto devemos evitar palavras como

Não é só no início que devemos excluir palavras que possuem pouca objetividamas também durante tod

ap coinconsistentes...

“bem”, “bom”, “veja bem”, “então”, “aí então”, porque nada acrescentam à nossa mensagem e dependendo do número de expressões dessa natureza, o orador poderá até irritar a platéia.

Ainda devem ser evitados no início ma

indesejáveis e temperaturas inconvenientes. Só comente algo que você pode • comentários sobre fatos que estejam incomodando o público, como ruídos

de uapresentação...

resolver. • outro erro comum de oradores novatos, é mostrarem-se muito humildes diante

de ouvintes importantes. Essa atitude poderá tirar a credibilidade e enfraquecer a apresentação.

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Todo professor deveria se preo lusão de aula. Estudos mostram que um encerramento ensado e elaborado gera uma boa ansiedade pelo próximo encontro.

A ra os a em desse poder de persuasão. Para e apresentação, guarde estas tr

etanto, ao encerrar, sentirmos o auditório/aluno frio e não receptivo a gens emocio do de espírito e concluir com informações leves, que não

forcem a emoção al parada para receber.

Podemos concluir de d o a velocidade e a intensidade da fala ou diminuindo a velocidade e intensidade da fala. sempre, uma forma de o orador dizer que terminou de falar: se a infle a voz for correta, para encerrar, ele nem precisará desse recurso.

rio do que muitos imaginam, improvisar nada tem a ver com “falar sobre o que desconhece”. É exatamente o contrário disso: improvisar significa “falar sobre

que se conhece” com total propriedade, fluência e naturalidade, exatamente porque se conhece muito do assunto.

Observe em você mesmo como isso

bre o trabalho que você exerce atualmente ou sobre um hobbie oderá improvisar muito bem, porque colocará todo o seu

cê possui do assunto.

te a dissertar sobre temas

é saber que elas ue você só poderá contar

Algumas considerações sobre improviso: Improviso não é desorganização. Qualquercompreensão. Por isso, ao improvisar sobreseqüência do que será falado. Dessa forma v

cupar com uma boa concp

ntes de encerrar, faça uma lunos o que já falamos. É uma

recurso é que, ao res

recapitulação, que é o momento em que, numa única frase ou duas, contamos pa espécie de resumo da essência do assunto abordado. Uma grande vantag

umir o conteúdo da mensagem, ele associa os argumentos mais importantes e amplia ontender melhor a recapitulação e se lembrar sempre de como deverá agir numaês frases:

1º - Conte sobre o que vai falar

2º - Fale

3º - Conte sobre o que falou

Epílogo: é o último momento daquela aula. Nessa fase da conclusão, as palavras precisam ser dirigidas mais para o entimento do que para a razão. Se entrs

mensa nais, devemos considerar esse estaém da que a platéia/sala está pre

uas maneiras: aumentand O obrigado no final é, quase

xão d

A importância do Improviso

Ser professor requer habilidade de improviso. Como já vimos lá no início da Apostila, quanto mais natural e espontânea for a comunicação, melhor. Por isso o improviso é essencial: quando improvisamos estamos colocando toda nossa habilidade de comunicação natural a serviço da fala. Ao contrá

o

acontece:

Supondo que você não trabalhe na área de aviação, se eu lhe pedir para improvisar sobre o tema, provavelmente terá muita dificuldade porque, mesmo tendo um vocabulário rico e habilidade de comunicação, você não terá argumentos suficientes para realizar o improviso. - Experimente falar um pouco de improviso sobre a rotina de um aeroporto. Por outro lado, se eu pedir que você improvise soue você tenha há algum tempo, com certeza você pq

conhecimento à disposição da sua comunicação. Experimente agora falar sobre a rotina do seu local de trabalho.

Assim, podemos concluir que a base do improviso é o conhecimento que vo

Mas improviso não se refere exclusivamen

momento e q

preestabelecidos. Muitas situações em um estúdio de rádio irão requerer a sua habilidade de improvisar: equipamentos que não funcionam, notícias de última hora, comportamento de ouvintes e muitas outras que não podemos sequer imaginar.

com essas situações A melhor maneira de lidar odem acontecer a qualquerp

com sua comunicação para resolver o ocorrido. Aprender a improvisar requer muito treino, por isso, faça incansavelmente os exercícios propostos.

idéia, para ser transmitida, necessita de uma estrutura lógica de algum assunto, você deverá organizar (mentalmente ou no papel) a ocê estará “roteirizando o improviso”.

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Aprenderemos como fazer isso, em breve, mas antes vamos conhecer algumas dicas importantes na hora de

são, pois não terá 100% de

e uma frase sem saber ao certo qual a idéia que ela contém e como ela irá terminar.

ue quer transmitir. Assim, as palavras virão aturalmente.

eu vocabulário, assim você terá mais palavras à sua disposição para expressar uma idéia. Como se

nica palavra, por exemplo.

improvisar: • Jamais misture improviso com leitura. Isso irá atrapalhar o desenvolvimento da sua idéia e poderá fazer com que você coloque no meio do improviso trechos da leitura que não se ligam à idéia ou à estrutura de composição da frase. Ao misturar improviso com leitura, você estará aumentando sua carga de tencontrole sobre a comunicação (parte está escrita e não na sua cabeça). • Jamais inici • Considere sempre que as idéias são mais importantes do que as palavras. Quando você quer transmitir uma idéia, e tem a clara noção do que ela significa, não corre o risco de ter o famoso “branco”, quando somem as palavras. A dica é simples: não procure as palavras, e sim concentre-se na idéia do qn • Amplie o samplia o vocabulário? Lendo, lendo, lendo muito!!! • Nunca decore um texto. Decorar não é improviso, e com certeza irá lhe colocar em más situações, caso você esqueça uma ú

Atenção: Não se decepcione se no começo sua comunicação “travar” ou você sentir que não está conseguindo

improvisar adequadamente. Só a persistência e os diversos erros farão você aprimorar gradualmente sua habilidade de improvisar. E lembre-se: leia e informe-se muito. Esta é uma condição para o seu sucesso na

comunicação!

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Obras consultadas par desta apostila: BEHLAU, Mara & PONTE ene vocal: cuidando da voz, 2ª edição, São Paulo, 1999. COBRA, Rubem Q.

TERNET, Brasília, 2 www.cobra.pages.nom.br,

POLITO, ReinaldPaulo, Brasil. POLITO, ReinaldBrasil. PRESIDÊNCIA D il.

Referências Bibliográficasa elaboração

S, Paulo - higi

0- Pronomes de tratamento. Site www.cobra.pages.nom.br, 02. IN

COBRA, Rubem Q. - Pronomes de tratamento. SiteINTERNET, Brasília, 2002. KING, Norman. Os primeiros cinco minutos. Tradução por Felipe Rajabally. São Paulo: Nobel, em 1991. PINHO, Silvia – Manual de higiene vocal para profissionais da voz, São Paulo, 1997. o - Como falar corretamente e sem inibições, 108º Edição, Editora Saraiva, em São

o. Gestos e Po Falar Melhor, 23º Edição, Editora Saraiva, em São Paulo, sturas para

A REPÚBLICA, Manual de Redação da, 1º Edição, Editora Oficial, em Brasília. Bras1991. TELLES, Ruy. A Fácil Arte de Falar em Público. São Paulo. Editora Ciência Moderna. 2003. São Paulo, Brasil. VIANA, Mario Gonçalves. A Arte de Falar em Público. Portugal: Editorial Domingos Barreira, [ca. 1989]

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Franco Junior é radialista, consultor e conferencista com especialização em m

alista da 96FM de Bauru é também professor do SENAC no cursorofessor de Expressão Verbal para professores e alunos de pós-graduação dos cursos da Faculdade de dontologia de Bauru -, da USP/SP. Ministrou diversos cursos de comunicação na UNESP - Universidade de São

o. É professor do curso de Expressão Verbal do SENAC. Especializou-se no treiexecutivos, políticos e profissionais liberais de alto nível e, desde 2001, forma, anualm

inistra treinamentos para executivos e colaboradores de grandes organizações - Cadbury Adams, TIM, LG,

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Franco Junior arketing político e comunicação.

de radialismo e técnicas de locução. Foi

RadipOPaul namento de empresários,

ente, centenas de alunos. MSerasa, Correios, VIVO, Caixa Econômica Federal, Grupo Lwart - e de dezenas de outras empresas igualmente importantes. É colunista em diversos sites e revistas brasileiras, entre eles, www.administradores.com.br; www.artigos.com e Revista RCB. Na área de marketing político, atuou em várias campanhas desde 1996. É especialista em técnicas para professores dinamizarem aulas (treinamento já realizado em dezenas de prefeituras e universidades).