A Constituição dos Atenienses atribuída a Xenofonte.pdf

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.... s.- ... Unlversldede Federei do Rio de Janeiro Laborat6rto de História Antiga IFCS Largo de S.Franclsco no 1 sala 211 Rio de Janelro,CEP 20051 070 Tel: (021) 2528033 ramal 205 FAX (021) 2944317 e .mai!: them~omega .Ince.br Prof. o- Neyde Theml A Constituição dos Atenienses Atribuída à Xenofonte - Pseudo Xenofonte data provável ou 445 ou 440 ou431 ou424 ou 413 aC.) Xenofonte:- ± 427 a C. 'Ü' ± 355 aC. Tradução: Prof. D~ Neyde Theml e Prof == Dr. André Leonardo Chevitarese LIVRO I 1.1- E, no que concerne a constituição dos atenienses A8fjvaíwv_ noÀt TEÍaç , eu não os aprovo por terem escolhido o comportamento político que implica esta constituição; a razão disto é porque eles escolheram os interesses dos piores (má qualidade) rrovnpoi. ç em detrimento dos interesses das pessoas honestas (honradas) XP no ror' ç; e é isto exatamente que eu não aprovo. Mas como eles decidiram assim, eu pretendo demonstrar que eles preservam perfeitamente sua constituição e que por isso obtêm bons resultados os quais são compreendidos como falta à~apTáv[l v , aos olhos dos outros helenos. I. 2- O que eu tenho a dizer desde o inicio é que parece justo 8 [KOiO\ em Atenas que os pobres TIÉVíITEÇ. e o povo 8Tl~oç prevaleçam sobre os nobres y r vvc iurv e os ricos TIkjU0i~_:\', porque é o povo que faz navegar os barcos de guerra e que dá a pólis seu poder; porque são os pilotos, os chefes da navegação, os mestres da tripulação; eles providenciam os timoneiros, os mestres de navios, os suo-mestres de navios, os segundos pilotos e os construtores de navios: são eles que fazem a póüs mais poderosa 5Ú\'C:~l v do que os hoplitas, os nobres y Ev vo io: e as pessoas respeitáveis (xp ET!0TOí). Por isso parece justo que todos participem das magistraturas (àp XlJJv). por tiragem a sorte e eleição e que a palavra seja dada a todo o cidadão que a solicite. I. 3. Por outro lado, por ser as magistraturas que salvam Ow8TfjptaV o povo se elas são bem gerenciadas e trazem a sua perda se mal; a estas magistraturas

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  • ....s.-...

    Unlversldede Federei do Rio de JaneiroLaborat6rto de Histria Antiga IFCSLargo de S.Franclsco no 1 sala 211 Rio de Janelro,CEP 20051 070 Tel: (021) 2528033 ramal 205

    FAX (021) 2944317e .mai!: them~omega .Ince.br

    Prof. o- Neyde Theml

    A Constituio dos AteniensesAtribuda Xenofonte - Pseudo Xenofontedata provvel ou 445 ou 440 ou431 ou424 ou 413 aC.)Xenofonte:- 427 a C. '' 355 aC.

    Traduo: Prof. D~ Neyde Theml e Prof == Dr. Andr Leonardo ChevitareseLIVRO I

    1.1- E, no que concerne a constituio dos atenienses A8fjvawv_

    not TEa , eu no os aprovo por terem escolhido o comportamento polticoque implica esta constituio; a razo disto porque eles escolheram osinteresses dos piores (m qualidade) rrovnpoi. em detrimento dos interessesdas pessoas honestas (honradas) XP no ror' ; e isto exatamente que eu noaprovo. Mas como eles decidiram assim, eu pretendo demonstrar que elespreservam perfeitamente sua constituio e que por isso obtm bons resultadosos quais so compreendidos como falta ~apTv[l v , aos olhos dos outroshelenos.

    I. 2- O que eu tenho a dizer desde o inicio que parece justo 8 [KOiO\ emAtenas que os pobres TIVITE. e o povo 8Tl~o prevaleam sobre os nobresy r vvc iurv e os ricos TIkjU0i~_:\', porque o povo que faz navegar os barcos deguerra e que d a plis seu poder; porque so os pilotos, os chefes danavegao, os mestres da tripulao; eles providenciam os timoneiros, osmestres de navios, os suo-mestres de navios, os segundos pilotos e osconstrutores de navios: so eles que fazem a ps mais poderosa 5\'C:~l v doque os hoplitas, os nobres y Evvo io: e as pessoas respeitveis (xp ET!0TO).Por isso parece justo que todos participem das magistraturas (p XlJJv). portiragem a sorte e eleio e que a palavra seja dada a todo o cidado que asolicite.

    I. 3. Por outro lado, por ser as magistraturas que salvam Ow8TfjptaV o povose elas so bem gerenciadas e trazem a sua perda se mal; a estas magistraturas

  • 2o povo no pede para participar delas - eles acham que a estrategia e a ~hipparchia no Ihes so teis W
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    EUVqlOU~VTlC; , sob o qual ele seria escravo, OOUEn v ; o que ele quer ser livre iE8EpO e governar apXEl v e pouco lhe importa que o regimepoltico seja desprovido de harmonia. Com efeito aquilo que voc no consideracomo regime polltico de obedincia as leis Euvo~ETa8al - zvouic justamente o que d ao povo poder e liberdade.

    I. 9- Ora, se um regime harmonioso svopi cv que voc procura, vocver, de inicio, os mais hbeis E,lWTTOU estabelecer as leis vuoo . Aseguir, os homens honestos XPTlOTOl mantero no justo lugar os pioresTIOVTlPOL e sero os homens honestos XP no roi que decidiro sobre osnegcios da plis e interditaro todos aqer~sSque no tenham conhecimento~Ol vour vcuc v8puJTIou (com mania bquica), pois a estes no cabemtomar decises, de falar ou de reunir a Assemblia. Entretanto como o resultadodestas excelentes medidas, o povo ofjpo no tardaria em cair em escravido,.. 1 IOOUI\El avo

    I. 10-Quanto aos escravos Te))V oof.J.lV e os metecos T1.1)V~E:TOl KWV somuito numerosos, em Atenas eles gozam de uma vida indisciplinada oxoaola;ai, no permitido Ihes bater e os escravos no se afastam quando voc passa.Vou dizer a razo deste costume VflO, se fosse legal para um homem livre(fliEU8pCll) bater em um escravo, um meteco (ut roi 1\0\") ou em um liberto(O:TIE:/IElJ8E:pov), um cidado ateniense seria confundido com um escravo, j que,por suas roupas, o povo no se distingue dos escravos e dos metecos e nemmesmo por sua aparncia exterior eles no so melhores pETou.

    I. 11- surpreendente que os atenienses admitam que seus escravos tenhamuma existncia confortvel, e mesmo muitos vivam muito bem; mas isto tambm posslvel de se demonstrar, mesmo neste caso trata-se de bom senso. Comefeito numa- polis cujo o poder 8vafl martimo VaUTll(-l , para ter riquezaXPTlflTUJV, necessrio avayKv (sofrimento, misria pobreza) que se sejaescravos dos escravos ( a fim de adquirir riquezas) e os deixem agir com toda aliberdade. Onde h ricos escravos TIOOlOl OOOl, no til que o escravotenha medo de mim ou de voc ( na Lacedemonia que o escravo tem medo devocl

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    I. 12- por isso que se d a liberdade da palavra 1or1":;c:1 v aos escravos('C Ol

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    ricos que exercem a funo de trierarca e de gimnasiarcas e o povo quepreside as trirremes. O povo, pois sente-se bem em ganhar para cantar bwv,correr TpXWV , danar 6PXO~EVO 6pXo~at ,navegar TIwv nos barcosvcooi v, de modo que se tomem ricos e os mais ricos, pobres TIOOlOlTIEVOT spoi. E, nos' tribunais b1KaoTTlP Ol1- c". . c '.:... ..,

    I. 14- Com relao aos seus aliados ou~xwv, os atenienses tem a -"'>reputao de passar pelo mar para extorquir os bens dos homens honestos -,XPTlOTOL C; e em troca recebem o seu dio ( eles sabem que obrigatoriamenteque aquele que domina objeto de dio daquele que dominado e que, vir omomento em que os ricos nlloolol e os honestos XPTlOTo das pleis reagiro _~'2.'e o poder pX~ do povo ateniense no ir muito longe, por este motivo que osatenienses privam os homens honestos de seus direitos cvicos cnqlOUOl. ,pilham suas riquezas, os expulsam e os matam enquanto promovem os interessesdos piores nOVTlPoL C;. Os homens honestos atenienses XPTlOTo asseguram asaliadas, a salvao dos homens honestos, porque eles sabem que ser bompara eles salvar as elites f3ETloTou.

    I. 15- Poder-se-ia objetar que o poder de Atenas est justamente em teraliadas afortunadas para pagar tributos. Mas os homens do povo pensam queseria melhor para cada um dos antenienses possuir a ruiqueza dos seus aliadosde tal modo que eles no tenham mais que o necessrio para viver, e que elestrabalhem e que sejam incapazes de tramarem uma conspirao ETIl~UE'-JEl v.

    I. 16- Os atenienses so mal aconselhados KaKw ~U/,[[o8Q\ quando

    obrigam as aliadas oU~l1xou a viajarem at Atenas para acompanhar os seusprocessos 8 Ka. Mas os atenienses raciocinam, o contrrio, que o povoateniense se beneficiam com este procedimente. Primeiro, cobra o ~l a8v ~durante o ano, dos bens depositados em juizo (no pritaneu). A seguir, ficandotranqilos entre eles sem precisar sair com os barcos, dirigem os negciosrelativos as pleis aliadas e , nos tribunais protegem os processos dos partidriosdo povo e arrunam os dos seus adversrios. Mas, se os aliados tivessem cadaum, localmente, as suas instncias, eles fariam fracassar os processos daquelesconcidados que fossem os melhores amigos

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    presente, ao povo ateniense que todo aliado obrigado a adular KoaKEEl pois eles sabem que a quitao ou condenao daquele que vem a Atenas noest necessariamente em outras mos seno nas do povo ( com efeito a leiVflO em Atenas). Assim ele obrigado nos tribunais a reverenciar a todos osjuizes blKaaTT'jpl01 e Ihes segurar as mos quando eles entram. por istoque os aliados aIlllaxo1 tomaram-se escravos bOUOl do povo ateniense.

    I. 19 - Por causa de suas possesses xrf]o e das magistraturas dp X que exercem fora de sua plis, os atenienses e seus aclitos aKou801 temaprendido, sem dar conta, a remar; com efeito, inevitvel que um homem quefreqentemente esteja no mar saiba conduzir o remo, tenha tudo como fosse seuescravo e tenha aprendido os termos que se usa na marinha.

    I. 20- E mesmo, eles se tomaram bons pilotos, graas as experincias com anavegao e sua prtica de pilotagem. Muitos adquiriram esta ltima pilotandopequenos barcos, outros em navios comerciais o/,Kba na construo detransportes, outros ainda, abandonaram seus ofcios para passar para astrirremes. A maior parte capaz de remar to logo subam nos barcos pois sopreparados para isso durante toda a sua vida.

    LIVRO II11. 1- Quanto ao corpo dos hoplitas, que tem a reputao de ser muito fraca,

    tem sido deliberadamente assim constitudo pelos atenienses; eles se L....>reconhecem mais fracos e menos numerosos que seus inimigos, mas eles sobem mais fortes, mesmo sobre terra, que seus aliados que Ihes pagam tributosq>pov e eles estimam que o corpo dos hoplitas o suficiente, j que eles somais fortes que seus aliados.

    11. 2- Em fim, os atenienses devem sorte TXf]\' por terem a seguintevantagem: os povos continentais submetidos tem a possibilidade de reunir aspequenas pleis n7'1El em uma s e de combater' todos em conjunto. Aocontrrio os. povos martimos submetidos - todos os insulares, ao menos - notem a possibilidade de reagrupar suas pleis e de tomar armas conjuntamente; omar, com efeito, os separa, e seus mestres so os mestres do mar90/IOOOOKpTOp . Mesmo supondo que os insulares pudessem se unir numas ilha, eles morreriam de fome /lqJWl. 11. 3 - Quanto as pleis continentais queso submetidas ciPxt-!Evm aos atenienses, o medo oo que submete asgrandes e pela necessidade XpE: av submete as pequenas; porque no h umas pleis que tenha o que exportar ou importar qualquer coisa, e isto no serproblema se elas se submetem aos senhores do mar G;JXVTWV9a/1nTlfS.

    11. 4- Contudo, possvel aos senhores do mar fazer o que os senhores docontinente nem sempre podem fazer; eles podem pilhar o territrio daqueles queso mais fortes do que eles, porque eles podem abordar l onde se encontra osinimigos, ou l onde esto em pequenos nmero; sair e chegar, embarcar edesembarcar, ou ficar largo, agindo assim eles tem poucas dificuldades desocorro do que aqueles que esto a p.

    11. 5- Alm disto, os senhores do mar, podem sobre seus navios, se distanciarda sua terra e ir no importa a onde no entanto aqueles que esto a p no

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    r't;:' ~ .o.podem se distanciar, porque marchando se deslocam lentamente, e quando se/_V?)desloca a p no se pode carregar provises por longo tempo, 'aquele que sedesloca a p tem que atravessar territrio do amigo ou abrir vitoriosamente umapassagem pelas armas; ao contrrio, aquele que se desloca de barco ele tem apossibilidade de escolher um ponto de desembarque, ou mesmo continuar atque encontre um territro amigo ou um mais fraco do que ele.

    li. 6 - Depois, os mais fortes senhores do continente xproo no sofrem comaquelas calamidades quando Zeus atinge as colheitas, e suportam isto comdificuldades, enquanto que os senhores do mar superam com facilidade;considerando que toda a terra no atingida ao mesmo tempo, de maneira queos mestres do mar 8a:ATTTjS ap xouo \ v podem trazer as colheitas de umaregio em plena prosperidade.

    11.7 - E se for preciso lembrar as vantagens de menor importncia, de inicio, graas o seu poder no mar que eles tem relaes com outros povos, osatenienses descobriram como se viver muito bem EUlJJX1WV. As especialidadesda Siclia, do Egito, da Itlia, de Chipre, da Ldia, do Ponto, do Peloponeso oude muitos outros lugares, eles tem tudo junto num nico lugar graas o domniodo mar.

    11.8 - Alm disto, eles entendem toda a sorte de lngua q)iJJVftv noavOXOOVT [S, e eles tomam emprestado tal nome de um lugar, tal de outro;enquanto que os outros helenos, em relao a lngua

  • li. 12- Alm do mais, nossos inimigos no tero possibilidades de exportar, ou( se eles o fazem) eles no podero utilizar a via marltima. E eu, sem nenhuma .,....,.,"pena, procuro todos os produtos da terra graas ao mar; mas no h nenhuma 'plis no mundo que se procure duas coisas ao mesmo tempo: madeira e linho noso fornecidos pela mesma plis, mais ao contrrio onde o tinho abunda faltamadeira; o cobre e o ferro no so fornecidos pela mesma ps, no se encontranem dois nem trs produtos fornecidos pela mesma polis, ao contrrio um deum lugar o outro de um outro l.

    11. 13 - Em fim a tudo isto, cada terra firme tem um promontrio, ou uma ilha nolitoral, ou um estreito, de tal maneira que posslvel para aquele que domina omar, chegue e ultraje wf3o8m aqueles que habitam a terra.

    11. 14- Mais h uma coisa somente que falta aos atenienses. Como senhoresdo mar, se eles vivessem em uma ilha, eles poderiam fazer todo o mal KQKl} -aos seus inimigos, se eles desejassem, enquanto que, eles prprios" ~permaneceriam imunes devastao ou invaso do seu territrio [ I-lfj~

    c.Tl-lfjGflvm T~ auTwv yflv I-lfjbE npoooEo8m), corr tanto que, elescontrolassem o mar. Na situao presente, os agricultores ":'EwpydJVTE

  • gexecutar aquilo que eles no querem mais. E se h [ ... ) algum mal resultado elesresponsabilizam a minoria yOl que por sua oposio, os sabotaram. Emtroca se os resultado feliz yaev, a eles mesmo que os ateniensesatribuem o mrito.

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    11.18- Os atenienses no permitem que as comdias falem mal KaKw do-povo, para que ele no tenha m reputao. Mas se de um particular tOla que'o autor se utiliza, eles permitem, porque eles sabem que aqueles que foramcolocados em cena, na maioria das vezes, no pertencem nem ao povo ov~ovnem a massa n~90u , se trata ao contrrio, de um rico T.ooo ou de um

    nobre y evvcic, ou de um poderoso fi OUV~EVO i yc:. . H com efeitopoucos pobres n evrrrtov e homem do povo Tl~OTlKWV colocados em cena maseles so aqueles que procuram se destacar do povo: de sorte que os ateniensesno se sentem tocados quando estes homens so colocados em cena.

    lI. 19- A minha opinio pessoal, que o povo em Atenas, sabe quem so oscidados nol TWV honestos XPTlOTo e os maus novnpoi ; mas apesar desteconhecimento eles manifestam afeio aqueles que os amam e os servem,mesmo que sejam os maus novrjpoi e ao contrrio desprezam os homens

    honestos XPTlOTOl~S' eles pensam que a virtude destes ltimos no trazem o bempara o povo mas sua infelicidade. Por outro lado, h pessoas que sopartidrias do povo, mas que por sua natureza 4lO Iv no so do povo OL: I,o npor rxoi e io r.

    11. 20- Pessoalmente desculpo o povo por seu dernccracia porque desculpvel que cada um procure o seu interesse. Mas aquele que sem ser do 'povo prefere viver numa plis democrtica do que numa oligarquica um homemque deseja viver sem respeitar a lei IKE\V , e toma conhecimento que o malKOK4i passa desapercebido numa plis democrtica que numa oligrquica.

    Livro I11111 - 1- No que concerne a constituio dos atenienses A8Tjvawv 'U

    nOIlI1Elao, eu no elogio a sua forma. Mas se eles decediram governar-sedemocraticamente, eu acho que eles tm preservado bem 2. democracia, pelosmeios que eu indiquei.

    E noto tambm que objees so levantadas contra os atenienses porquemuitas vezes no possvel para uma pessoa entabular nego:iaes nem com oConselho ~ouA~. nem com o povo O~f1u)l, ainda que espere um ano inteiro. Istoacontece em Atenas porque eles no so capazes de atender e despachar atodos.

    111- 2- Com efeito como poderiam eles fazer isso? Se eles tem de inicio maisfestas a celebrar que qualquer uma das pleis gregas ( ora quando estasacontecem pouco provvel que qualquer questo da plis possa ser realizada).Depois, eles tm que presidir tribunais pblicos e conduzir investigaes sobre aconduta de um magistrado ElJ8vac; a um grau muito alm de todos os outroshomens, enquanto que o Conselho ~oulI~\' tem que deliberar muitas questes,

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    como a guerra lTo:~ou, as rendas XPTl~TWV, as promulgaes de leisV~WV,problemas locais, quando eles ocorrem e tambm questes em favor dosaliados au~xol , receber tributos 4>pov e cuidar dos estaleiros e santurios.O que estranho, nestas condies, que os atenienses se ocupam de umgrande nmero de negcios e no sejam capazes de acordar uma audincia aosparticulares?

    111.3- certo contrapor: se um homem aV8pWlTOlC; se apresentar diante do .L -'Conselho ~u~v ou da Assimblia 8fl~ov, com recursos XPTwaTlam, ento:' . ,as questes sero consideradas. Pessoalmente eu concordo com eles que em ~ ,Atenas, com recursos, faz-se muitas coisas e se tem muitas vantagens. Portantoeu estou absolutamente seguro que a plis incapaz de lidar com todos ospedidos que so colocados diante dela, e nem mesmo se voce propusesse darqualquer quantidade de ouro ou prata.

    111.4- Ainda mais, os casos que os atenienses tem que julgar ( nos seustribunais); eles julgam tudo, (o trierarca) que restitui um barco no reparado, outodo aquele que constroi em terreno pblico [ ..]; eles julgam disputas sobre aproviso dos cregos designados para as Dionisias, as Targelias, asPanatenias, as festas de Prometeu e de Hefestos e eles devem fazer isto acada ano. Cada ano, igualmente, designa-se quatrocentos trierarcas, e eles temque julgar qualquer apelo que seja colocado. Alm disto, eles tem que procedera dokimsia 80Kl~ola dos magistrados O:PX e o seu juigamento, o examebOK 1uo 1a dos rfos op1 ) durante as quais os tribunais no funcionam e eles celebram duasvezes mais festas que qualquer outra ptis. Contudo, mesmo se algum buscasseargumentar que eles tem mais festas entre aquelas pleis que realizam poucas,mesmo assim, seria impossvel, na minha opinio, que os negcios atenienses

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    npy~aTa Ae~vTla\ v se apresentem de outra forma do estado que est, salvose for possfvel proceder, progressivamente, cortes e adies; mas no se podedeslocar muita coisa sem atingir a democracia 8Tl~oKpaTl ao

    111.9 - possvel de se imaginar vrios meios para se aperfeioar umaconstituio no 1TE av. Mas descobrir aquela que assegure tudo e mantenhatambm a democracia, no fcil, a menos que se faa cortes e adies

    111.10 -No caso que se segue, igualmente, os atenienses tomamaparentemente uma deciso, que aos meus olhos no justa p 8: nas pleistomadas pela guerra civil, eles apoiam os (inferiores XE 1poi' C;). Mas aquitambm eles agem com bom senso. Se eles apoiassem os melhores f3ETloueles tomariam partido daqueles que so contra eles: no existe plis, cuja a elitef3.TlOTOV seja simptica aos atenienses ~~Wl, assim em todas as pleis agentalha KK10TOV lhe simptica, porque se tem simpatia por aqueles que Ihesso iguais 0IlOtOl . Eis porque os atenienses unem-se aos que Ihes sobenvolos EVOol .

    111.11- Em troca quando eles tomam partido dos melhores f3ET OTOU eles

    nada ganham. Ao contrrio ... faz pouco tempo, na Becia, o povo 8fl~oc; caiuem escravido tOOEUOEV, o mesmo aconteceu em Mileto, os melhorespLlnloTou se revoltaram e massacraram KOT.KOI{JOV o povo. De novoquando eles apoiaram os lacedemnios em detrimento dos messnios, oslacedemnios subjugaram KGTOOTp Eu~EVOl os messnios e fizeram guerraaos atenienses.

    li/. 12 - Poder-se-ia acreditar que em Atenas ningum perde injustamente 1KLJJ os seus direitos polticos ~T flUJVTOl . Eu digo que existe pessoas queperderam injustamente seus direitos civicos mas de fato so poucos olyOl.Com isto, no h necessidade de considerar aquelas pessoas que perderam osdireitos polticos justamente, mas sim aqueles que perderam injustamente.

    111.13 - Como poder-se-ia crer que existe em Atenas homens injustamenteprivados de seus direitos polticos; ento o povo 8ilflO que exerce asmagistraturas ap Xu}\' T apx C; ? ( Magistrado injusto); os cidados que porsuas palavras e seus atos transgride a lei, estes so as pessoas que soprivadas de seus direitos em Atenas Se refletirmos sobre isto, somos obrigadosa pensar que os cidados privados de seus direitos no representam nenhumaameaa a Atenas.

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    DesignaesGrupos antagnicos: t bliston e t kskiston T p:I(J~OV T/

    l'aKIOTOV (oposio: nome, nascimento, riqueza, eouca o, gnero de vida)o nvT)TES oi noooI ( pobres X ricos)r ~ ,. " ,

    OI nOVllpOI = miserveis , os maus X 01 XPllOT01 = homens honestoseducao fsica e moral estilo de vida

    oi (3ETlOU = os melhores - oi (3:TIOTOI = as elites/

    EUyEVll yEVVUIO qualidades pessoais que pertencem a uma boalinhagem

    c /01 XPllOTOl

    DUALlDADE DO TEXTO1-Absoluto - relativo; tica- til2- Estabelece uma situao social relacionada a uma situao polticauma preponderncia militar e uma classe militar e polticauma relao econmica e demogrfica entre os grupos antapnicos3- ausncia da mulheres4- estabelece uma ligao entre pollteia e trpoi ( manera de ser, cultura,

    valores) Tpnov comportamento

    5 y:VEOI

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    ordem aJTa~a I disciplina controle de si awq>poavll I obedinciana9apxa

    8- Critrio das diferenas sociais1- educao f1sica e moral e a linhagem, 2- economica quem tem a terra e

    quem no tem

    nMTol - ij~H; - Kfipo - ll~lapXlKv YPOJlJlOTElOU3- pelo nmero yOl - &fi~o - xo ( multido desordenada)

    9- Theognies de Megara apresentara os grupos antagnicos com os seguintevocabulrio

    01. ya80 - 01. Eo9o X oi KaKo - 8Elo vulgar , pobre,desgraado

    emprega pela primeira vez

    01. OlUpO v8pE homens penosos01. q>opTT]yO transportador de ms-cadorlas por mar (navio de carga)distino era feita pela eduo e linh.demos atributos

    T K\o ~ o18w (honra; ~ pr~ 6 voc ( inteligncia,razo) rl yV