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Prefeito João Paulo Lima e Silva Vice-Prefeito Luciano Siqueira Secretária de Educação Edla de Araújo Lira Soares Secretário Adjunto Sávio Assis de Oliveira Diretoria Geral de Ensino Marileide de Carvalho Costa Departamento de Educação Infantil Socorro Barros de Aquino Departamento de 1º e 2º Ciclos Maria da Conceição Castelo Branco da Bôa Viagem Departamento de 3º e 4º Ciclos e Ensino Médio Semadá Ribeiro Alves de Azevedo Departamento de Educação de Jovens e Adultos Leila Maria Lopes Loureiro Departamento de Educação Especial Tânia Maria Carneiro da Cunha Temporal Departamento de Acompanhamento Escolar Mabel Ann Black Albuquerque Departamento de Atividades Culturais e Desportivas José Clementino de Oliveira Assessoria: Ana Flávia Araujo Pinho Catarina Fernandes de Oliveira Fraga Cláudio José Moura Castilho Ednar Carvalho Cavalcanti 1

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PrefeitoJoão Paulo Lima e Silva

Vice-PrefeitoLuciano Siqueira

Secretária de EducaçãoEdla de Araújo Lira Soares

Secretário AdjuntoSávio Assis de Oliveira

Diretoria Geral de Ensino Marileide de Carvalho CostaDepartamento de Educação InfantilSocorro Barros de AquinoDepartamento de 1º e 2º CiclosMaria da Conceição Castelo Branco da Bôa ViagemDepartamento de 3º e 4º Ciclos e Ensino MédioSemadá Ribeiro Alves de AzevedoDepartamento de Educação de Jovens e AdultosLeila Maria Lopes LoureiroDepartamento de Educação EspecialTânia Maria Carneiro da Cunha TemporalDepartamento de Acompanhamento EscolarMabel Ann Black AlbuquerqueDepartamento de Atividades Culturais e DesportivasJosé Clementino de Oliveira

Assessoria:Ana Flávia Araujo PinhoCatarina Fernandes de Oliveira FragaCláudio José Moura CastilhoEdnar Carvalho CavalcantiFernando Antônio Gonçalves de AzevedoFlávia Campos FariaJoão Simão NetoJonatan Bezerra de AlmeidaJorge Costa do NascimentoJosé Reginaldo Veloso de AraújoMarcílio Barbosa Mendonça de Souza JuniorValéria Maria de Lima Borba

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Equipe pedagógica

Afonso Ivo de Lira Alexandre José F. Lippi Alfio Mascaro Grosso Ana Lúcia C. Arteiro Ana Maria F. Prosini Áurea Maria de Alencar Bezerra Carlos Alberto C. da Silva Dorotéia Maria S. Marques Almeida Eleta de Carvalho Freire Eliane de Almeida Gonçalves Elzanira de A. Carlos Magno Eroflim João de Queiroz Fátima Maria R. Melo Gilson da Silva Gisélia Maria Sátiro da Silva Givaldo Araújo Tenório Glícia Pessoa F. Lima Jaísa Farias de Souza Freire Leopoldina Maria Araújo de Miranda Lúcia Bahia Barreto Campelo Lúcia Regina S. Oliveira Lucidalva da Silva Marco Aurélio Jardim

Marcos Manoel Tavares Maria Alice Mendes da SilvaMaria Auxiliadora Aroucha Maria Auxiliadora de Almeida Maria de Fátima Cavalcanti Guerra Maria de Lourdes Silva Maria do Socorro Nascimento Oliveira Maria Luiza Lemos Maciel Maria Simone Simões Campelo Maria Tereza de Jesus G. de Queiroz Maria Tereza Faria Maristela Torres de Aguiar Maximina Magda de França Santos Noemia Maria Zaidan Pedro Ferreira da Silva Jr. Rachel Costa de A. Melo Roberta Rodrigues Santos Roberto José da Silva Santiago Rosa Cândida Bezerra CavalcantiSilvana Maria Oliveira Valmir José Gomes de Sá Walenska Maysa G. Santana Zeny Maria de Faria Silva

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Apresentação3

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PROPOSTA PEDAGÓGICADA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE

- CONSTRUINDO COMPETÊNCIAS -

Este documento se constitui um subsídio à reflexão e à ação do professor acerca do processo avaliativo e da elaboração do registro de acompanhamento das aprendizagens e do desenvolvimento do aluno, tendo como referência as competências definidas para o percurso. Resultado da discussão compartilhada entre professores, coordenadores, dirigentes, assessores e equipe técnico-pedagógica da rede municipal de ensino sobre a organização do currículo, este documento busca novas alternativas às questões que emergem do cotidiano da prática pedagógica e requer a contínua contribuição de todos para superar as lacunas nele existentes, apresentando-se, portanto, ora em versão preliminar.

IntroduçãoAs sociedades contemporâneas passam por grandes

transformações, exigindo que os sujeitos sociais interajam com as novas tecnologias e a comunicação de massa que invadem seu cotidiano. Outros desafios também lhes são impostos, como lidar com um número cada vez crescente de pessoas, de diferentes formações sociais e culturais, e compreender as complexas estruturas da vida em sociedade, por onde permeiam seus direitos, deveres e desejos.

A gestão 2001-2004, por constatar a existência desses múltiplos interesses, busca formar, por meio da educação, sujeitos

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capazes de dialogar com estes complexos desafios e, ao invés de se afirmarem nas relações de competitividade com a conseqüente premiação dos bem-sucedidos, promovam entre eles a consciência de si mesmo e do outro, a co-responsabilidade e o respeito às diferenças.

Pautada em princípios éticos, expressos por meio da solidariedade, liberdade, participação e justiça social, a secretaria de educação da prefeitura municipal do Recife se empenha em promover a qualidade de vida coletiva. Estes princípios se traduzem, no âmbito educacional, através da democratização das relações sociais vividas nas escolas, levando a sociedade a compreender que a educação com qualidade social é direito de todos que vivem e convivem na cidade.

Pensar a escola e a formação do sujeito, nessa perspectiva, exige, também, uma mudança na compreensão do processo de ensino-aprendizagem. Durante muito tempo, o professor e o ensino ocuparam o lugar central desse processo. Atualmente, o foco recai sobre a relação professor-aluno e sobre o modo como a aprendizagem ocorre. É necessário acrescentar, ainda, que, nesta concepção, se destaca a importância do aspecto cognitivo, emocional, social e cultural como dimensões indissociáveis no processo de desenvolvimento dos alunos e definidoras de suas diferentes construções.

De acordo com o paradigma sócio-interacionista, o homem aprende e se desenvolve na relação com o outro social. É interagindo com o outro que ele constrói a objetividade do conhecimento e também a subjetividade, constituindo-se, assim, como sujeito histórico que influencia e é influenciado pela cultura.

Considerando, portanto, esse processo de desenvolvimento e aprendizagem, a educação busca formar um sujeito que seja capaz de aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

Deste modo, a formação do cidadão não pode se restringir apenas ao domínio de componentes curriculares de forma

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desarticulada. É preciso superar a lógica positivista de fragmentação do conhecimento, assegurando a interdisciplinaridade como objetivo do trabalho pedagógico.

Neste sentido, busca-se reconhecer as singularidades e a interação que se estabelecem entre os conhecimentos. As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (BRASIL, 2001), em relação ao Ensino Médio, organizam o conhecimento em três grandes áreas: Linguagens e Códigos; Ciências Humanas; Ciências da Natureza e Matemática. Na rede municipal do Recife, esta forma de organização do conhecimento é ampliada para a Educação Infantil e Ensino Fundamental, considerando o diálogo permanente que existe entre as áreas e entre os componentes curriculares que as constituem.

Essa organização não se apresenta de forma arbitrária. De acordo com o documento supracitado:

é fácil constatar que algumas disciplinas se identificam e se aproximam, outras se diferenciam e se distanciam em vários aspectos: pelos métodos e procedimentos que envolvem, pelo objeto que pretendem conhecer, ou, ainda, pelo tipo de habilidades que mobilizam naquele que a investiga, conhece, ensina ou aprende (p. 80).

Portanto, a organização em três grandes áreas de conhecimento se justifica pelas afinidades existentes entre os diversos componentes curriculares.

De modo bastante resumido, pode-se caracterizar a área de Linguagens e Códigos como sendo constituída de componentes curriculares que veiculam as diferentes formas de expressão, dentre eles: Língua Portuguesa, Artes, Educação Física, Língua Estrangeira e a Informática. Esta área é considerada de grande importância para a veiculação e formalização dos conteúdos dos diversos componentes curriculares.

A área das Ciências da Natureza e Matemática tem como representantes as ciências físicas, químicas e biológicas e suas interações e desdobramentos, como forma indispensável e indissociável de ver, compreender e significar o mundo,

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desvelando os mistérios da natureza e despertando a curiosidade, a indagação e a descoberta. Nessa mesma área, se localiza também a Matemática pelo seu aspecto científico e pela sua afinidade com as ciências da natureza.

Por fim, a área das Ciências Humanas se compõe dos componentes curriculares que têm como expressão o desenvolvimento da compreensão do significado da identidade, da sociedade e da cultura, que são organizadas no campo do conhecimento da História, Geografia, Antropologia, Direito, entre outros.

A tecnologia, por sua vez, permeia todas as áreas, já que se expressa em toda e qualquer ciência, contribuindo para seu avanço, atuando como ferramenta e permitindo contextualizar os conhecimentos de todas as áreas e componentes curriculares.

Considerando a interdisciplinaridade e contextualização como elementos fundamentais ao processo de construção do conhecimento, devem-se rever algumas práticas pedagógicas, que se limitam apenas a uma mera transmissão do conhecimento, em que os mais diversos conteúdos são “depositados” na cabeça dos alunos de forma desprovida de significado. Segundo Philippe Perrenoud (2000a), a conseqüência dessa prática é que os alunos acumulam saberes, mas não conseguem mobilizar o que aprenderam em situações reais.

O trabalho com a idéia de competência traduz, de certa forma, o desejo de superar o modo de aprender fragmentando o conhecimento, o que geralmente ocorre nas chamadas disciplinas. A escola precisa formar sujeitos capazes de articular e relacionar os diferentes saberes, conhecimentos, atitudes e valores, construídos dentro e fora da escola, ou seja, formar sujeitos competentes. Para Marise Ramos, citada por Carlos Cruz (2002), essa articulação se constrói a partir das necessidades da vida diária, das emoções e do enfrentamento das situações desafiadoras, com as quais temos que dialogar. A autora afirma que a competência associa-se à conjugação dos diversos saberes

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mobilizados pelo indivíduo (saber, saber-fazer e saber-ser) na realização de uma atividade. Ela articula não somente os seus conhecimentos formais, mas toda uma gama de aprendizagens interiorizadas nas experiências vividas, constitutivas de sua própria subjetividade. A competência seria, portanto, uma ação cognitiva, afetiva e social que se traduz em práticas e ações que remetem a conhecimentos sobre o outro e sobre a realidade.

Para Philippe Perrenoud (1999; 2000b), trabalhar com as competências na escola não significa desprezar os saberes advindos dos conteúdos escolares, pois estes serão necessários tanto quanto os saberes do senso comum, que exigem noções de variados conhecimentos na elaboração de hipóteses, no processo de resolução de situações-problema. A idéia de competência invade a escola com o objetivo de conectar saberes escolares a saberes tácitos, ou seja, aqueles constituídos nas inter-relações e interações extra-escolares.

Nesta perspectiva, portanto, se considera mais importante que o aluno saiba lidar com a informação e não simplesmente retê-la. Ele precisa saber porque está aprendendo e ter clareza em relação aos objetivos e ao processo educativo e como isto se articula com os processos da vida fora do contexto escolar.

Bibliografia básicaBRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Educação Básica. Brasília. 2001._______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996._______. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.CAVALCANTI FILHO, José Paulo. Educação e Direito: uma visão democrática. Recife, 2002 (mimeo).

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CRUZ, Carlos Henrique Carrilho. Competências e habilidades: da proposta à prática. Coleção fazer e transformar (vol. 2). São Paulo: Edições Loyola. 2002. FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade. 3ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.______. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.______. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1991.______. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.______. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à pratica educativa. 23a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Editora Mediação, 1993.MARTINS, Paulo Henrique. Cultura, identidade e vínculo social: pensando a cidadania democrática na escola pública. Recife, 2002. (mimeo).PAVÃO, Antônio Carlos et al. Educação para a Ciência. Recife, 2002 (mimeo).PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.______.Construindo competências. Revista Nova Escola. Ano XV. N. 135 Set. 2000a.______. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000b.______. Pedagogia diferenciada: da intenção à ação. Porto Alegre: ArtMed, 2000c.RECIFE. Secretaria de Educação. Os ciclos de aprendizagem e organização escolar. Recife: SE/PCR, 2001.VYGOSTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

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ÁREA: LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

FundamentaçãoAs diretrizes da política educacional da Rede Municipal de

Ensino do Recife estão baseadas nos princípios de solidariedade, liberdade, participação e justiça social. Em consonância com esses princípios, a área de Linguagens, Códigos e suas tecnologias ressalta a importância que a articulação das linguagens busca estabelecer através das diversas relações entre as formas de expressão e de comunicação, a construção dos conhecimentos e das identidades dos alunos, de modo a contemplar as possibilidades científicas, artísticas, lúdicas e motoras de conhecer o mundo.

Considerar a linguagem como mediadora das aprendizagens, fator de socialização, de construção e de constituição dos vínculos sociais, é dar oportunidade ao sujeito de viver situações de interação e delas se apropriar e se sentir como cidadão autônomo, responsável, crítico, desafiante, desejoso, estético e ético, que constrói sua história e identidade cultural na relação com o outro.

Logo, o objetivo maior dessa área é possibilitar ao aluno o uso das diferentes linguagens, articulando-as nas mais diversas situações e contextos sociais com interlocutores, enquanto leitor e/ou produtor.

Competências gerais da área Fazer uso dos sistemas simbólicos das diferentes linguagens, de forma crítica e criativa, como meios de organização cognitiva, afetiva, social e cultural da realidade, construindo significação, expressão, comunicação e informação. Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a

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natureza, a função, a organização e a estrutura das manifestações literárias, artísticas e culturais, de acordo com as condições de produção e recepção. Compreender e usar as diversas linguagens – verbal, visual, gestual, sonora – e seus sistemas simbólicos para criar significados a partir da interação com a realidade física e social, construindo a própria identidade cultural, estética e ética. Entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informação, associando-os aos conhecimentos científicos, “as linguagens que lhes dão suporte e aos problemas que se propõem solucionar”.

Componente curricular: Língua Portuguesa

FundamentaçãoEntendendo a escola como âmbito privilegiado das

atividades de elaboração e articulação dos saberes indispensáveis para a formação da identidade cultural, social e histórica, é fundamental a revisão cotidiana da prática pedagógica como forma de adequar concepções às necessidades de ação sobre o meio. Tal prática requer que se referenciem, dentre outros, os caminhos percorridos pelos diferentes protagonistas do processo de aprendizagem, a fim de identificar e estabelecer processos, objetivos e concepções na área do conhecimento.

Nessa perspectiva, o ensino da língua materna não prescinde de uma reflexão de como ela se dá como prática coletiva, com existência social na e para além da escola, constituída histórica, cultural e simultaneamente com múltiplos sujeitos em realizações concretas de interação. Como o texto é a forma materializada, manifestação da língua e, portanto, mediador desses vínculos, pois a relação ocorre com outro sempre por meio dele, seja verbalmente ou não, propõe-se que ele, na escola, seja

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também reflexo dos diferentes contextos. Para Antunes (1999), “aprender a língua é, simultaneamente, aprender os diferentes usos da língua em vigência na comunidade em que se insere o sujeito aprendiz” (p. 26). Apropriar-se da língua, então, implica inserir-se na dinâmica do mundo natural e social, identificando, compreendendo, significando e articulando os saberes e vínculos constituídos.

A língua estabelece processos de interação entre sujeitos, nos quais, como interlocutores, vão construindo sentidos e significados ao longo de suas trocas lingüísticas - orais ou escritas -, representações que se constituem segundo a relação que cada um mantém com a língua, com o tema sobre o qual fala, escreve, ouve ou lê, de acordo com seus conhecimentos prévios, suas atitudes, pré-conceitos e as relações que os interlocutores mantêm entre si, a situação específica e o contexto social em que ocorre a interlocução.

É importante frisar que, numa escola transformadora, a articulação dos conhecimentos produzidos por diferentes teorias se faz a partir de uma concepção política definida para a constituição de sujeitos autônomos e co-responsáveis, uma escola vista como espaço de atuação de forças que podem levá-la a contribuir na luta por transformações sociais. Nesse sentido, faz-se necessário que acompanhe a velocidade das mudanças sociais e tecnológicas para melhor atender às necessidades de seus alunos e contribuir na construção de competências no domínio e no uso da língua materna, em diversos contextos e situações, recurso imprescindível à constituição e à inserção dos sujeitos nas variadas práticas sociais.

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Competências1- Linguagem oral

Comunicar-se adequadamente com o grupo. Ouvir com atenção e respeitar a fala do outro. Expressar suas idéias oralmente, por gestos e dramatizações. Interpretar e explicitar a compreensão sobre textos lidos. Resumir as idéias centrais dos textos lidos. Contar histórias conhecidas, mantendo-se próximo do texto original. Ouvir uma história e ser capaz de (re)contá-la, dar um final diferente para ela ou de criar outra. Narrar fatos respeitando a temporalidade e registrando as relações de causa e efeito. Adequar a linguagem às comunicações formais do cotidiano escolar e social. Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a língua oral, a escrita e seus códigos sociais, contextuais e lingüísticos. Participar de diferentes situações de comunicação oral, expressando, de forma clara e ordenada, sentimentos, experiências, idéias, pensamentos e opiniões, segundo o contexto. Confrontar opiniões e pontos de vista sobre diferentes manifestações da linguagem verbal. Identificar, reconhecer e analisar criticamente os usos sociais da língua oral como veículo de valores e de possibilidades de preconceitos de classe, credo, gênero e etnia.

2- Leitura e compreensão de textos Conhecer os traços distintivos que caracterizam o sistema alfabético. Ler textos, convencionais ou não, atribuindo-lhes sentido. Identificar os contextualizadores do texto. Realizar leitura do texto não-verbal, estabelecendo relação de significado com o texto verbal e vice-versa.

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Estabelecer relações entre textos lidos, fotos conhecidos e a realidade sociocultural. Compreender e dominar os diferentes usos e finalidades sociais da leitura. Usar diversas estratégias de leitura como recurso de compreensão textual e de ampliação dos sentidos do texto. Usufruir e compartilhar do prazer do ato de ler. Identificar, analisar e avaliar idéias, opiniões e valores. Estabelecer relações lógicas de fatos, tempo, causa, explicação, finalidade, comparação etc. Conhecer e analisar criticamente os usos da língua como veículo de valores, preceitos de classes, credo, gênero, etnia etc. Considerar as opiniões alheias e respeitar diferentes modos de vida e de expressão. Ler textos de diversos gêneros, combinando as estratégias de decifração, seleção, antecipação, inferência e verificação, de acordo com as situações e contextos.

3- Escrita Produzir textos, considerando as características do sistema alfabético. Construir imagens com finalidade comunicativa. Produzir textos a partir de seus desenhos e/ou temas vivenciados. Elaborar textos de diversos gêneros, considerando suas especificidades, finalidades e usos sociais. Resumir, por escrito, as idéias centrais dos textos lidos. Valorizar/utilizar a escrita como fonte de informação, nutrição do imaginário, extensão da memória, entre outros, sendo capaz de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes objetivos. Produzir textos, utilizando os recursos básicos da coesão e da coerência, expressando pensamentos, sentimentos, experiências, idéias e posicionamentos com clareza, objetividade e adequação ao contexto de interação.

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Revisar e refazer os próprios textos até considerá-los suficientemente bem-escritos para a finalidade a que se destinam. Analisar e avaliar idéias, opiniões e valores. Compartilhar com o outro o prazer da prática da escrita.

CONTEÚDOS DE LÍNGUA PORTUGUESAEixos Conteúdos Ed. Inf. Ens.Fund EJA

1- Linguagem oral

ClarezaCoesãoCoerênciaFluênciaExpressividadeAdequação vocabularConsistência argumentativaVariações sociodialetaisMarcas lingüísticasA narrativa e seus elementos.A descrição e seus elementos

Para todos osciclos e módulos

2- Leitura Usos e funções sociais da leituraGêneros, portadores e contextualizadores Diagramação textualDeterminação temática e assuntosIdéias principais e secundáriasCoerênciaCoesãoInterpretação de expressões metafóricas e comparativasAntecipação e confirmaçãoInferênciasPontos de vista discursivosTexto verbal , não-verbal e misto Verso e prosaPropaganda, fato e opiniãoDecodificação do sistema alfabético

Para todos osciclos e módulos

3- Escrita Usos e funções sociais da escritaCoesãoCoerência Adequação do texto à situação de interação Adequação ao tema propostoProgressão temáticaPontos de vista discursivoAdequação argumentativaEmprego de contextualizadoresEmprego de comparação e metáforaDiagramação textualAdequação vocabularOrtografiaPontuação adequada

Para todos osciclos e módulos

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LegibilidadeCodificação do sistema alfabético

Referência bibliográfica específicaANTUNES, Irandé. Leitura e escrita: partes integrantes da comunicação verbal. Leitura, teoria e prática, ano 6, n.10, p. 25-27, dez.1987.

Componente curricular: Arte

FundamentaçãoEm nosso cotidiano, somos solicitados freqüentemente a

interagir com imagens, cenas e sonoridades que compõem o universo da arte. Esse universo simbólico é rico, sobretudo por que é múltiplo, varia de cultura para cultura, tornando-se assim documento que conta um pouco ou muito da história da diversidade cultural da humanidade. Não é por acaso que as inscrições e traços gravados por nossos ancestrais nas paredes das cavernas tenham sido motivo de estudo ao longo da história – entendida como arte de outros tempos e de outras culturas as inscrições rupestres intrigaram, provocaram questões e continuam, até hoje, desafiando a inteligência e a sensibilidade das novas gerações de filósofos, cientistas, artistas e educadores.

Atualmente, a Arte também nos convida ao diálogo, a reflexão, ao questionamento do próprio caráter e sentido das obras e objetos de arte (um quadro, um filme, um poema, uma música, um vídeo clip, uma novela, uma fotografia, uma peça de teatro ou dança) por provocarem no leitor um processo analítico, que o leva à transformação de sua visão de mundo e da própria arte em sua vida.

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Benedito Nunes (1989) enfatiza que o artista de nosso tempo, como previa Hegel, filósofo alemão, tornou-se um tipo reflexivo. Desse modo, segundo o autor, o artista de nosso tempo:

[...] sente-se responsável pelo destino da Arte e assume este destino como risco de sua condição no mundo que vive. Essa consciência de responsabilidade, que se associa com o sentimento de risco, manifesta-se positiva ou negativamente, transformando-se para uns em tarefa social ou encargo político, e para outros em gesto de revolta e atitude de protesto. Estamos muito distantes do artista romântico, senhor de si e da Natureza, para quem a Arte era uma certeza incontestável. O artista do nosso tempo põe em discussão a própria Arte. Seu modo de produzir é polêmico: cria interrogando-se e interrogando a Arte, a qual deixou de ser para ele uma certeza evidente, guiando as suas relações com o mundo. Agora, a Arte é uma dúvida que o agita, uma interrogação que o angustia, um resultado a alcançar, algo problemático, que ele está empenhado em possuir e conquistar e não mais um objetivo conquistado e possuído (p.107/108).

Fundamentado nas idéias acima, podemos concluir que o artista de nosso tempo propõe um diálogo com o leitor a partir de uma situação-problema evidenciada através da criação. O leitor, ao interpretar a Arte, se apropria dela, recria a seu modo, participa; ele passa da romântica atitude de contemplação para uma atitude mais questionadora.

O caráter problematizador das criações artísticas de hoje provocam questões do tipo: Isto é Arte? Questão que pode ser compreendida como um dos princípios do ensino de Arte, pois seu principal papel é mediar as obras/objetos de arte e artefatos artísticos de nosso tempo e de outros tempos, assim como a estética do cotidiano que se traduz em diversas manifestações artísticas e culturais.

A proposta triangular é pensada como um sistema aberto de abordagem da Arte, seu ensino e sua história. Nela, três ações básicas do processo ensino e aprendizagem são articuladas: o ler, o fazer e o contextualizar, que se apresentam como relevante para Educação Infantil; Ensino Fundamental, Ensino Médio e

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Educação de Jovens e Adultos, por compreender a Arte como construção histórico, social e cultural.

A proposta triangular foi sistematizada, no Brasil, por Ana Mae Barbosa nos anos 80/90; embora tenha sido gestada para as Artes Visuais, ela vem sendo discutida e reelaborada por arte-educadores das linguagens de Teatro, Dança e Música.

Esta abordagem busca articular conteúdos referentes às três ações do processo ensino e aprendizagem, aqui compreendidas como eixos: a leitura da Arte e de outras manifestações estéticas com o fazer artístico do aluno e a contextualização (histórica, geográfica, social, cultural, psicológica, antropológica, entre outras). A contextualização pode ser estabelecida pelo professor, de acordo com seus conhecimentos e pode, também, ser uma exigência da obra ou objeto de arte em estudo. LER

CONTEXTUALIZAR FAZER

Sendo um sistema aberto, a proposta triangular não privilegia nenhuma das ações do processo ensino e aprendizagem, nem as hierarquiza, mas enfatiza as conexões e interseções existentes entre elas. Assim, cada professor a organizará a seu modo, pensando no contexto de seus alunos e nas necessidades de aprendizagem dos mesmos em cada ciclo, objetivando que os

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ARTE

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alunos construam competências em Arte. Sugerimos que além das competências apresentadas neste documento, o professor elabore, a partir dos desafios de seu cotidiano, outras competências considerando a cultura estética e artística dos seus alunos.

A seguir, destacamos o que afirma Ana Mae Barbosa, em seu trabalho ainda não publicado Integração do Currículo:

O principal objetivo da Arte na escola é levar os indivíduos a se confrontarem com símbolos de realidade e experiências compartilhadas, o que é fundamental para a compreensão social e do mundo em que vivem. Expressão pessoal e interpretação pessoal não são construtos espontâneos, mas resultado da ativa negociação entre o indivíduo e a sociedade, capacidade e necessidade, liberdade e legalidade, particularidade e universidade (no prelo).

A proposta curricular em Arte da Rede Municipal do Recife está comprometida com a população escolar no acesso à Arte e ao patrimônio cultural, fundamentada em três eixos da política educacional: Educação sob a ótica do direito; Cultura, identidade e vínculo social; Ciência, tecnologia e qualidade de vida, por isso não pode sonegar à Arte seu ensino e sua história para todos os níveis da escolaridade.

Partimos da compreensão que o processo educativo deve ser também um processo de enriquecimento cultural que se manifesta na interação e na inter-relação entre culturas. Desta maneira, a proposta é de ampliação e articulação entre as áreas de conhecimento em um processo interdisciplinar.

Considerações metodológicasCompreende-se que o objeto de estudo, investigação e

leitura da Arte são as obras/objetos de arte e as manifestações artísticas e culturais nas diferentes linguagens e contextos.

Segundo Martins, Picosque e Guerra (1998), o professor é um mediador entre o universo da arte e o aluno. Dessa forma, torna-se incumbência do professor planejar as situações e promover encontros com artistas e/ou com a arte que sejam

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provocadores, instigantes e significativos. Para tal, algumas atitudes são consideradas relevantes, tais como:

Escolher cuidadosamente as obras, levando em consideração o conteúdo dos aprendizes e o conteúdo curricular, tendo clareza do foco que será abordado. É preciso cuidar da apresentação das obras, com boas reproduções (...); desafiar leituras com a mesma profundidade para os trabalhos de artistas e dos aprendizes; promover o acesso a artistas vivos, contemporâneos, brasileiros, não só pintores, como também escultores, gravadores, músicos, compositores, bailarinos, atores; estar consciente de que nem sempre a leitura da obra precisa gerar trabalhos que a focalizam - ela pode ampliar referências para outros trabalhos num sentido mais amplo; promover visitas aos museus e galerias, teatros, salas de concerto – [...] atividades especialmente provocantes, quando o caráter de passeio ou visita é transformado em expedição – artística, exploratória, científica – planejada anteriormente com os alunos; um livro, uma história, um conto bem contado, um vídeo, uma montagem de exposição com boa curadoria, um catálogo ou programas de espetáculos podem ser também mediadores instigantes; e não se pode esquecer das esculturas nas praças, os murais nos bancos e os grupos de teatro amador (p.141).

A partir de uma postura pedagógica inclusiva, chama-se a atenção para a importância dessa mediação com alunos com necessidades educacionais especiais, para os quais poderemos pensar em formas diferenciadas de contato com a Arte. Precisamos vivenciar e descobrir outras e novas estratégias, pois o processo de inclusão na nossa rede de ensino tem se ampliado pela legitimação do direito de acesso a todos, tornando-se mais um desafio e objeto de estudo no nosso ensinar.

Competências Expressar idéias e sentimentos ao interagir com obras/objetos de arte e manifestações artístico-culturais. Perceber e reconhecer a Arte como construção estética, histórica, social e cultural, identificando suas transformações e relações com a tecnologia.

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Ler e interpretar obras/objetos de arte e manifestações artístico-culturais como discursos que possuem códigos próprios e podem ser analisados sob variados pontos de vista: social, antropológico, político, histórico, ideológico, cultural, estético, entre outros. Reconhecer, identificar e relacionar as obras/objetos de arte e as manifestações artístico-culturais no âmbito local, regional, nacional, latino-americano e internacional de maneira dialética e multicultural. Expressar conhecimentos e significados ao elaborar textos artísticos, em qualquer linguagem, meio e/ou tecnologia, revelando sua identidade poética e cultural. Respeitar as produções artísticas, pessoais e de diferentes autores e preservar o patrimônio artístico e cultural da cidade e de outras localidades por reconhecer seus valores. Pesquisar e utilizar recursos como: glossários, dicionários, textos, livros, entrevistas, catálogos, jornais, revistas, vídeos entre outros, para interpretar e contextualizar obras/objetos de arte e manifestações artístico-culturais. Organizar e zelar os ambientes, recursos e meios de pesquisa, leitura e produção de arte. Refletir, discutir e posicionar-se criticamente sobre a discriminação de gênero, etnia e/ou minorias veiculadas através das produções artísticas, pelas diversas mídias. Reconhecer e compreender os desafios da arte contemporânea e explorá-los na articulação entre o fazer, o ler e o contextualizar.

Caracterização das artes visuaisO mundo hoje é predominantemente visual. Somos

constantemente bombardeados no nosso dia-a-dia por imagens nas mídias que vendem todo tipo de produtos, idéias, conceitos e comportamentos.

O conceito de artes visuais engloba desde a pintura, desenho, gravura, arquitetura, escultura, modalidades mais

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tradicionais às contemporâneas: fotografia, cinema, televisão, vídeo, holografia, web arte, instalação, performance, objetos, assamblagens, moda, design, entre outras.

As artes visuais requisitam um olhar apurado, um buscar ângulos mais significativos, isto é, uma espécie de edição das imagens com as quais interagimos. Neste sentido, ressaltamos que a atitude de olhar se aprende, se constrói. Para tanto, devemos considerar o que afirma Analice Dutra Pilar (2002): “O olhar de cada um está impregnado com experiências anteriores, associações, lembranças, fantasias e interpretações. O que se vê não é um dado real, mas aquilo que se consegue captar, filtrar e interpretar acerca do visto, o que nos é significativo” (p. 74).

O professor tem o papel de mediar esse processo, para que ele aconteça de uma maneira dialética, interativa e contextualizada. O ensino das artes visuais privilegia o acesso à leitura de obras e objetos de arte e das imagens do cotidiano.

As imagens ou textos visuais, por sua vez, são construídos por articulações entre os elementos, tais como: linha, forma, cor, textura, dimensão, ritmo, luz, planos, entre outros e as novas tecnologias. Por meio de um processo de mediação, elas podem ser descritas, interpretadas e analisadas pelos alunos desde a Educação Infantil, a partir dos seus referenciais pessoais e culturais.

O fazer artístico, como uma das ações do processo ensino e aprendizagem, sempre foi privilegiado ao longo da história do ensino de Arte. Enfatizamos, então, a necessidade da ampliação desse processo, oferecendo aos alunos, além da diversidade de acesso aos materiais (convencionais e não convencionais), a construção de um fazer respaldado por experiências vivenciadas em pesquisas, leituras contextualizadas, visando a ampliação da identidade estética e cultural dos alunos.

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Competências em artes visuais Perceber e reconhecer, no cotidiano, qualidades estéticas nas imagens fixas e em movimento, em obras/objetos de arte, artefatos, publicidade, entre outras. Ler, reconhecer e relacionar obras e objetos de arte de tempos históricos e culturas diversas, reconhecendo, os intertextos (releituras, apropriações e citações). Perceber e reconhecer o uso de diferentes materiais, técnicas e tecnologias nas obras e objetos de arte identificando as estratégias visuais. Elaborar textos visuais articulando os elementos compositivos da linguagem visual, explorando diversos materiais, suportes e novas tecnologias, revelando sua identidade estética. Valorizar e saber interagir com os espaços expositivos: museus, galerias, sítios históricos, pinacotecas, entre outros. Conhecer e/ou explorar os percursos da arte contemporânea e sua relação com as tecnologias (vídeo, vídeo clipe, fotografia, computação gráfica, cinema, televisão, web, entre outras).

Caracterização da linguagem teatralVárias culturas, em diferentes épocas, contaram e

mostraram fatos de suas histórias por meio da linguagem dramática/teatral.

As primeiras manifestações da expressão dramática acontecem quando a criança imita, brinca de faz-de-conta e vivencia personagens de histórias e do cotidiano. Dessa forma, o teatro é introduzido na escola através do jogo dramático ou jogo simbólico.

Os jogos com regras, denominados jogos teatrais, são desenvolvidos com crianças que sabem lidar com regras, jovens e adultos, considerando os aspectos cognitivos, afetivos, sociais e culturais. Na situação de jogo teatral, é possível introduzir os

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signos do teatro (a palavra, a entonação, o cenário, a iluminação, a indumentária, o gesto, entre outros) e a sua contextualização.

Trata-se, aqui, do teatro como linguagem, como conhecimento que se constitui na relação entre diversas outras linguagens (música, literatura, dança) e que, organizadas no espaço cênico, formam uma rede intertextual e interdisciplinar.

A articulação entre o fazer, o ler e o contextualizar na linguagem teatral é vivenciada através dos jogos, improvisações, leituras de espetáculos, produções teatrais elaboradas pelos alunos, filmes, fotografias que enfatizem cenas, vídeos, programas/folderes de espetáculos, livros, jornais, pesquisas, entrevistas, entre outros.

Tal articulação sustenta a proposta contemporânea do ensino do teatro como também das outras linguagens da Arte.

Competências em teatro Vivenciar jogos dramáticos e/ou jogos teatrais como possibilidade de descobertas e reelaborações. Reconhecer e explorar o corpo como instrumento fundamental de expressão na linguagem teatral. Reconhecer o teatro como linguagem e como produção coletiva, identificando as articulações entre as várias ações, meios, tecnologias e profissionais nos espetáculos e produções teatrais. Ler, interpretar e analisar textos, espetáculos e produções teatrais identificando autores, gêneros, estilos, signos e as relações entre eles. Explorar as possibilidades de elaboração e reelaboração do texto dramático, utilizando suas características textuais, técnicas e/ou teorias relativas à linguagem teatral. Articular conhecimentos sobre conceitos, fatos e contexto da história do teatro para ampliar o fazer artístico nesta linguagem. Perceber, no cotidiano, as cenas, as falas, o gestual, os figurinos e outros elementos como fontes de pesquisa para o fazer teatral.

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Caracterização da linguagem musical A música é uma linguagem da arte produzida através da combinação de sons e do silêncio. Ela comunica sonoramente impressões e expressões das experiências vividas pelos compositores em seus tempos, espaços e culturas diversas.

A música, como outras linguagens da Arte, é bastante antiga e sempre esteve presente na maioria das civilizações; portanto, compõe o patrimônio cultural construído pela humanidade. Ela interage bem com as demais linguagens: literária; cênica e visual, como também com as outras áreas do conhecimento. Seu caráter interdisciplinar é abrangente. O processo de musicalização ou iniciação musical na escola deve ser vivenciado a partir da Educação Infantil, pois visa favorecer o desenvolvimento de competências relacionadas à leitura e à produção sonora/musical, análise e reflexão sócio-cultural e estética dos bens musicais, como também à construção de conhecimentos sobre seus códigos, elementos da criação musical, vida e obras dos compositores e poetas e ao desenvolvimento de atitudes de respeito e valorização das formas de expressão em diferentes culturas, épocas e contextos. A expressão e escuta musical podem ser desenvolvidas a partir do seu caráter lúdico, através de brincadeiras de roda, jogos e brinquedos musicais, até a participação em coros e em pequenos grupos instrumentais, entre outras, de acordo com as necessidades e possibilidades de aprendizagem dos alunos em cada ciclo ou nível de ensino. Essa vivência pode garantir o ensino da música como linguagem artística e cultural, colocando o mundo sonoro e musical ao alcance do aluno. É fazendo música, individual e coletivamente, criando sons, interpretando obras, escutando e conhecendo diversos gêneros musicais de várias épocas, culturas e compositores, que o aluno vai construindo, também, a sua identidade musical e o sentido de

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grupo. Então, o trabalho com musicalização e iniciação musical é um caminhar pela linguagem dos sons que podem ser percebidos na ambiência natural e cultural e produzidos por meio da exploração de objetos sonoros e/ou instrumentos musicais convencionais e não convencionais industrializados e/ou confeccionados pelo aluno.

Trabalhar com a linguagem musical pode ser bastante gratificante para o aluno e o professor, proporcionando momentos de aprendizagem, prazer, alegria, socialização, respeito e cooperação. Enfim, é possível desfrutar do prazer da vivência musical com magia e encantamento.

Competências em música Perceber e identificar diferentes sons produzidos pelo corpo, objetos sonoros e instrumentos musicais nas produções musicais, eventos sonoros e sonoridades do cotidiano. Perceber e reconhecer de forma contextualizada os parâmetros do som (altura, intensidade, duração, timbre e densidade); os elementos básicos da música (melodia, ritmo e harmonia) bem como, os gêneros e estilos nas produções musicais. Comunicar-se, articulando os códigos da linguagem musical (parâmetros do som e elementos da música), o pensamento crítico e o senso estético. Elaborar e construir brinquedos sonoros e/ou instrumentos musicais convencionais e/ou não convencionais, a partir da pesquisa de diversos materiais, recursos e da articulação com os conhecimentos básicos da linguagem. Improvisar, interpretar e/ou compor com objetos sonoros, voz, corpo e/ou instrumentos musicais, fazendo uso das descobertas e conhecimentos construídos, atuando individualmente e/ou participando de conjuntos (grupos) instrumentais e/ou vocais.

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Agir com autoconfiança, respeito aos outros e cooperação ao desenvolver a prática musical (vocal, corporal e/ou instrumental) individual e coletivamente.

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CONTEÚDOS DE ARTEEns. Fundamental EJA

EIXOS CONTEÚDOS DE ARTES VISUAIS EI I II III IV I eII II III IV

CONTEX-

TUALIZAR

Multiculturalidade: Multiculturalismo nas artes visuais;

X X X X X X X X X Artes visuais produzidas nas diferentes culturas,

gêneros*, etnias e minorias* (art-naif, imagens do inconsciente, arte indígena, outras).

X X X X X X X X X

Construção de conceitos: Multiculturalidade; Artes Visuais como linguagem; Artes Visuais; Gêneros/estilos/movimentos (nomenclaturas); Modalidades (suas variações e interseções) Outros

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Movimentos artísticos: (historia / contextos) Renascimento; Neoclassicismo; Barroco; Romantismo; Realismo; Impressionismo; Expressionismo; Fovismo; Abstracionismo; Surrealismo; Futurismo; Dadaísmo; Modernismo; Outros.

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Artistas / autores: (temporalidades e culturas diversas) Locais Regionais Nacionais Latino-americanos Internacionais

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Estética do cotidiano: . Moda; design; artefatos; mobiliários; edificações; publicidade; outros

X X X X X X X X X

Arte contemporânea: . Arte conceitual; instalação; apropriação; releitura; citação; objeto; vídeo-arte; performance; assemblage; fotografia; arte xerox; arte postal; body-

X X X X X X X X X

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art; grafitagem; outros.* Gênero aqui refere-se a classificação do humano quanto ao sexo (masculino e feminino) e não aos gêneros artísticos.* O termo Minorias refere-se aos grupos humanos / sociais que têm pouca representatividade ao nível do poder.Formas de representação / composição (da pré-história a contemporaneidade)

figurativas (estilizadas, esquemáticas e acadêmicas); abstratas; conceituais.

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LER Leitura de obras / objetos de arte e manifestações artístico-culturais:

FAZER ARTÍSTICO

exploração dos aspectos simbólicos; interpretação dos significados (emocionais, estéticos, ideológicos ...).

exploração dos aspectos formais: percepção/ identificação/ análise de: elementos visuais (linha, forma, cor, luz ...) composição (especialidade/dimensionalidade, ritmo/movimento, peso/leveza, equilíbrio); modalidades (desenho, pintura, escultura, arquitetura, gravura, colagem, objeto, instalação, vídeo, fotografia, cinema, assemblage, entre outras); técnicas/ tecnologias / materiais; gêneros (retrato, auto-retrato, natureza-morta, paisagem); estilos/ formas de representação / poéticas; artistas / autores.

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Produção em artes visuais:

Exploração e utilização de diferentes materiais, suportes, recursos (convencionais e/ou não convencionais); Pesquisa e exploração das características e modos de uso dos diferentes materiais, suportes e instrumentos; Exploração e articulação dos elementos visuais e possibilidades de composição;

Pesquisa, elaboração e produção em diversas modalidades, técnicas/ tecnologias, estilos, gêneros poéticas;

Construções em/com formas planas e

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volumétricas ( bi e tridimensional);

X X X X X X X X X

Ens. Fundamental

EJA

EIXOS CONTEÚDOS DE TEATRO EI

I II III

IV

I e II III

IV

V

CONTEX- Multiculturalidade:TUALIZAR Multiculturalismo no teatro;

Teatro produzido nas diferentes culturas, gêneros*, etnias e minorias* .

XX

XX

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XX

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XX

Construção de conceitos: Multiculturalidade; X X X X X Teatro como linguagem; X X X X X X X Artes Cênicas; X X X X X X X X X Teatro; X X X X X X X X X Jogo Dramático; X X X X X X X X X Jogo Teatral; X X X X X X X X Signos teatrais (cada nomenclatura); X X X X X X X X X Gêneros/estilos/movimentos

(nomenclaturas);X X X X X X X X X

Teatro de bonecos; X X X X X X X X XGêneros / estilos / movimentos (história/contextos):

Comédia; X X X X X X X X Tragédia; X X X X X X X X Farsa; X X X X X X X X Drama; X X X X X X Melodrama; X X X X X X Realista; X X X X Naturalista; X X X X Simbolista; X X X X Expressionista; X X X X Épico; X X X X Futurista; X X X X Crueldade; X X X X Absurdo; X X X X Happing; X X X X X X Performance; X X X X X X

Autores / atores / encenadores: (temporalidades e culturas diversas)

Locais X X X X X X X X X Regionais X X X X X X X X X Nacionais X X X X X X X X X Latino-americanos X X X X X X X X X Internacionais X X X X X X X X X

* Gênero aqui refere-se a classificação do humano quanto ao sexo (masculino e feminino) e não aos gêneros artísticos.* O termo Minorias refere-se aos grupos humanos /

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sociais que têm pouca representatividade ao nível do poder.Leitura de espetáculos / produções teatrais / cenas de novela, filmes, vídeos e textos dramáticos:

LER exploração dos aspectos simbólicos; X X X X X X X X X> interpretação dos significados emocionais, estéticos, ideológicos, entre outros.

exploração dos aspectos formais - percepção/ identificação/ análise de:

X X X X X X X X X

> signos do ator (a palavra, a entonação e o gesto);l>signos fora do ator(cenário, a luz, a indumentária);> gêneros / estilos;> artistas / autores;> tecnologias;

FAZER Produção em Teatro :ARTÍSTICO relaxamento/alongamento/aquecimento

corporal;X X X X X X X X X

jogo dramático; X X X X X X X X X jogo teatral; X X X X X X X X improvisações a partir de: textos

jornalísticos,textos dramáticos, objetos de cena, cenário, figurino, filme, poema entre outros;

X X X X X X X X

leitura de texto teatral; X X X X X X X elaboração de texto teatral; X X X X X X X construção de personagem; X X X X X X X X X confecção de adereço, figurino,cenário,

objeto de cena entre outros;X X X X X X X X

pesquisa musical, de indumentária de movimentos, de contextos históricos entre outras;

X X X X X X X

marcação do espaço cênico; manipulação de bonecos (mamulengo,

marote, marionete, boneco de vara entre outros);

X X X X X X X X X

Ens Fundamental

EJA

EIXOS CONTEÚDOS DE MÚSICA EI I II III IV I e II

III IV V

CONTEX- Multiculturalidade:TUALIZAR Multiculturalismo na

música;X X X X X X X X X

Música produzida nas diferentes culturas, gêneros*, etnias e minorias.

X X X X X X X X X

Construção de Conceitos:

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Multiculturalidade; X X X X X X X Música como linguagem; X X X X X X X X X Som / Silêncio; X X X X X X X X X Música / Ruído; X X X X X X X X X Eventos sonoros /

Sonoplastia;X X X X X X X X

Orquestra; X X X X X X X X Compositor / Interprete /

Regente;X X X X X X X X X

Melodia / Ritmo / Harmonia; X X X X X X X X Instrumentos (percussão,

sopro, corda);X X X X X X X X X

Gêneros / Estilos / Movimentos (nomenclaturas)

X X X X X X X X

Compositores / Intérpretes / Orquestras / Grupos: (temporalidades e culturas diversas)

Locais; X X X X X X X X X Regionais; X X X X X X X X X Nacionais; X X X X X X X X X Latino-americanos; X X X X X X X X X Internacionais. X X X X X X X X X

Gêneros / Estilos / Movimentos: (história/contextos)

Folclórica; X X X X X X Popular; X X X X X X Instrumental; X X X X X X Eletrônica; X X X X X X Erudita; X X X X X X Acústica; X X X X X X Armorial; X X X X Tropicalismo; X X X X X X Bossa Nova; X X X X Manguebeat X X X X X X Jazz; X X X X X X Rock; X X X X X X Rap; X X X X X X Jingles; X X X X X Outros. X X X X

* Gênero aqui refere-se a classificação do humano quanto ao sexo (masculino e feminino) e não aos gêneros artísticos.* O termo Minorias refere-se aos grupos humanos / sociais que têm pouca representatividade ao nível do poder.

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LER

Leitura de Produções Musicais (diversas origens, culturas, gêneros, estilos) e de Eventos Sonoros (sons da natureza, de diferentes ambientes, sonoplásticos):

Exploração dos aspectos simbólicos:

X X X X X X X X X

> interpretação dos significados emocionais, culturais, ideológicos, entre outros;

Exploração dos aspectos formais:

X X X X X X X X X

> percepção / identificação / análise: do som / silêncio; dos parâmetros do som (altura, duração , timbre, intensidade, densidade); dos elementos básicos da música (melodia, ritmo e harmonia); dos autores / interpretes; gêneros / estilos.> identificação / interpretação da escrita musical (símbolos não convencionais e/ou convencionais).

FAZER Improvisação / Composição Musical:ARTÍSTICO Com o corpo; X X X X X X X X X

Com a voz; X X X X X X X X X Com objetos sonoros; X X X X X X X X X Com instrumentos

(bandinhas, flautas, outros).X X X X X X X X X

Brinquedos / Jogos Musicais / Instrumentos:

Experimentação; X X X X X X X X X Construção. X X X X X X X X X

Expressão Vocal: Eventos sonoros; X X X X X X X X X Onomatopéias; X X X X X X X X X Parlendas e travalinguas; X X X X X X X X X Histórias cantadas; X X X X X X X X X Cantigas de roda; X X X X X X X X X Cânones; X X X X X X X X Canto coral. X X X X X X X X

Escrita Musical: Por desenhos; X X X X X X X X X Por símbolos (não

convencionais e/ou convencionais).

X X X X X X X X X

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Prática Instrumental (individual e/ou coletiva):

Improvisação; X X X X X X X X X Interpretação (obras de

diferentes autores e culturas);

X X X X X X X

Composição. X X X X

Bibliografia específicaAMARAL, A. M. Teatro de formas animadas: máscaras, bonecos, objetos. São Paulo: Edusp, 1991.BARBOSA, Ana Mae. A imagem do ensino de Arte. São Paulo: Perspectiva, 1991._______. Tópicos utópicos. São Paulo: Ed. Com/Arte, 1998._______.(org.) Inquietações e mudanças no ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2001.BENNET, Roy – Uma breve história da música. (Cadernos de música da Universidade de Cambridge). Rio de Janeiro: Jorge Zahan, 1986 BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. São Paulo: Ed. Perspectiva, 2000.COHEN, Renato. Work in progress na cena contemporânea. São Paulo: Perspectiva, 1998.COURTNEY, Richard. Jogo, teatro e pensamento. São Paulo: Perspectiva, 1980.DEHEIZELIN, Monique. A fome com a vontade de comer: uma proposta curricular de educação infantil. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.DERDYK, Edith. Formas de pensar o desenho. São Paulo: Scipione, 1989.FERRAZ, Maria Heloísa; FUSARI, Maria F. Arte na educação escolar. São Paulo: Cortez, 1993._________. Metodologia do ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 1993.JAPIASSU, Ricardo Ottonivaz. Metodologia do ensino do teatro. Campinas, São Paulo, 2001.

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JEANDOT, Nicole – Explorando o universo da música. São Paulo: Scipione, 1990.KOURELA, Ingrid Dormien. Jogos teatrais. São Paulo: Cortez, 1992.MÁRSICO, Leda Osório. A criança e a música: um estudo de como se processa o desenvolvimento musical da criança. Porto Alegre: Globo, 1982.MARTINS, Mirian, PICOSQUE, Gisa; GUERRA, M. T. T. Didática do ensino de arte – a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.PARAÍBA. UFPB. Música na escola: analisando a proposta dos PCN’s para o Ensino Fundamental. Documento do Grupo Integrado de Pesquisa em Ensino das Artes – UFPB.NUNES, Benedito. Introdução à filosofia da Arte. São Paulo: Ática, 1989.PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. São Paulo, 1999.PENNA, Maura. Dó, ré, mi, fá e muito: discutindo o que é música. Documento do Grupo Integrado de Pesquisa em Ensino das Artes, UFPB.PILLAR, Analice Dutra (org.). A educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999.RECIFE. Secretaria de Educação. Tecendo a proposta pedagógica: Arte. v. 3. Recife, 1996.ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982.SPOLIN, Viola. O fichário de Viola Spolin. São Paulo: Perspectiva, 2001.________. O jogo teatral no livro do diretor. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1999.

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Componente curricular: Inglês

FundamentaçãoO processo educativo tem função de inserir o cidadão em

um contexto que delineia a sua ação enquanto ser protagonista, formador e transformador da sociedade. Nesta perspectiva, a ação educativa prevê autonomia do educando e atitude de busca do conhecimento, que permita a sua transformação e o possibilite a transformar, construir e reconstruir o seu ambiente. Esta transformação-construção implica na reflexão e ação coletiva, na qual perpassam valores ético-sociais que se entrelaçam com valores de outras culturas.

O ensino da língua estrangeira nas escolas da rede municipal do Recife, nos 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, propõe desenvolver com o aluno competências lingüísticas que o levem a interagir na escola e principalmente fora dos limites dela.

A proposta pedagógica de língua inglesa envolve os estudos temáticos que estimulam e fortalecem o conhecimento da estrutura-padrão e expressões idiomáticas.

As competências básicas a serem desenvolvidas pelo aluno são elencadas aqui, como essenciais para todos os ciclos e módulos.a) Ler e compreender textos em inglês.b) Ouvir e compreender as diferenças fonéticas da língua inglesa.c) Produzir textos em inglês: cartas, relatórios.d) Comunicar-se em inglês, utilizando estruturas básicas.

A construção de competências, de produção oral e escrita, envolve os seguintes temas:a) Eu, minha família, meus amigos.b) Eu, minha escola, meu bairro, nosso cotidiano.c) Eu, minha comunidade, minha cidade, meu país e outros países.d) Eu, valores ético-sociais universais.

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Os temas se dividem em sub-temas incluindo os conteúdos lingüísticos pertinentes.- Família, amigos, descrição - Pronomes física das pessoas. - Verbos- Casa, partes da casa. - Adjetivos pátrios- Bairro, serviços essenciais, -Expressões idiomáticas lugares públicos, etc. - Locuções adverbiais - As pessoas e preferências - Vocabulários- A comunidade, as profissões, - Estrutura frasalatividades e lazer.- A cidade, o país os aspectos sócio-culturais e geográficos.

A proposta de não listar todos os conteúdos lingüísticos sugere que o professor trabalhe livremente, à medida que perceba a necessidade de utilizar o que é sugerido, bem como o que achar pertinente e exeqüível em cada tema abordado, sendo-lhe assegurada plena liberdade para decidir qual conteúdo venha a compor cada tema.

Os temas sugeridos na proposta devem ser trabalhados em consonância com o projeto pedagógico da unidade escolar, para atender às necessidades específicas da sua comunidade.

CONTEÚDOS DE INGLÊSEIXOS TEMAS GERAIS Sub-temas Ens.

Fund.EJA

3º 4º IV VProdução oralOuvir/falarLer/falarContex-tualizar

. Eu,minha família,meus amigos

Eu, minha escola, meu bairro, nosso cotidiano

Eu, minha comunidade, minha cidade, meu país, outros países

.Família, relações familiares; descrição física e características de pessoas; idade, profissão, nacionalidade, endereço; utilizando pronomes, números, adjetivos, verbos, advérbios de lugar;. Casa, partes da casa, relacionar mobília dos ambientes; atividades referentes ao lar;. Escola, ambiente escolar, pessoas e atividades na escola;. Bairro, lugares públicos, serviços essenciais; profissionais, atividades e locais de lazer;. Comunidade, pessoas de destaque sócio-

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Eu, valores éticos sociais universais

cultural e realizações e ações sociais;.A cidade, o país; aspectos sócio-culturais e geográficos

Em cada sub-tema, o professor deve utilizar texto verbal (diálogos, músicas, entrevistas, cartas crônicas) texto não verbal (desenhos, gráficos, cartazes, fotografias, cartões postais) para explorar e ampliar vocabulário, utilizar dicionário e estimular a produção de novos textos.

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Produção escritaLer/escreverContextualizar

Leitura Conteúdos lingüísticosVerbos e pronomesAdjetivos pátrios e qualificativosModal: CANModals: CAN, MAY, MUST, HAVE TOVerbo: There to be Advérbios e locuções adverbiaisPresente simples dos verbosSimple Past e Present PerfectFuturo dos verbosExpressões idiomáticas

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XXX

XX____

XXXXXXXXXX

Bibliografia específicaCELANI, M. A. A. Ensino de segunda língua: redescobrindo as origens. São Paulo: EDUC, 1997 _______. A integração político-econômica do final do milênio e o ensino de língua(s) estrangeira (s) no 1º e 2º graus. ABRALIN: Boletim da Associação Brasileira de Lingüística, n.18, p. 21-36, 1996._______. As línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização dos currículos da escola pública. Claritas ,n. 1, v.9. p. 19-19, 1995. DECLARACIÓN UNIVERSAL DE DERECHOS LINGÜÍSTICOS (DUDL). Barcelona: Pen Club Internacional; Centro Internacional Escarré para Minorias y Naciones (Ciemen); UNESCO, 1996. Disponível na Internet: http://www/troc.es/mercator/dudl-gb.htm.

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GOMES DE MATOS, F. E. CARVALHO, N. Como avaliar um livro didático: Língua Portuguesa. São Paulo: Pioneira, 1984.NUNAM, D. Language teaching methodology: a textbook for teachers. Nova York: Prentice Hall, 1989._________. Designing tasks for the communicative classroom. Cambridge: Cambridge University Press,1989._________. Understanding language classrooms: a guide for teachers. Nova York: Prentice Hall, 1989.PASCHOAL, M. Z e CELANI, M. A. A. (orgs.). Lingüística aplicada: da aplicação da lingüística à lingüística transdisciplinar.São Paulo: EDUC, 1992.PENNYCOOK, A. English in the world/the world in inglish. In: TOLLEFSON,J. W. (ed) Power and inequality in language education. Cambridge: Cambridge University Press, 1995._________. English an international language and the insurrection of subjugated know ledges. Comunicação apresentada na Fifth International Conference of Language in Education. Hong Kong. “LULTAC’89”, 1989._________. The concept of method, interested knowledge, and the politics of language teaching. Tesol Quarterly. n. 23, p. 589-618, 1989.PHILIPS, S. Participant structures and communication competence: Warm Springs children in community and classroom. In: CAZDEN, C. B.; JOHN, V. P. e HYMES, D.(eds) Functions of language in the classroom. Nova York: Teachers College Press, 1972.RUTHERFORD, J. (eds). Identity: community, culture, difference. Londres: Lawrence & Wishart, 1990.

Componente curricular: Educação Física

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FundamentaçãoO processo de escolarização ainda se depara com

problemas advindos da organização escolar instituída. O fracasso escolar (evasão e repetência), assim como a violência, nos informam que há problemas na aprendizagem dos alunos. Nesse sentido, fundamentado nas diretrizes da atual política educacional para as escolas da rede municipal do Recife (RECIFE, 2001), compreende-se que a proposta é promover, com competência e criatividade, o processo de aprendizagem dos alunos, reinventando a escola e suas práticas, indo em busca da materialização de três grandes eixos educacionais, sendo estes: a educação sob a ótica do direito; cultura, identidade e vínculo social; ciência, tecnologia e qualidade de vida.

Nessa perspectiva, entende-se que o trabalho docente, no componente curricular Educação Física, precisa estar voltado para a aprendizagem de regras de convívio e a construção dos vínculos sociais, contribuindo para a formação de uma nova concepção fundada em práticas e valores éticos e na garantia dos direitos sociais. Para tanto, se faz necessária a apropriação crítica dos conhecimentos culturais e científicos específicos desse componente, visando à construção de competências que possibilitem aos alunos se reconhecerem como sujeitos de ações emancipatórias e transformadoras.

Sendo parte da área de Linguagens, a Educação Física contribuirá, junto com todos os componentes que integram as demais áreas do currículo da educação básica, para materializar a escola como direito social, possibilidade efetiva do exercício de outros direitos, espaço de apropriação dos conhecimentos sobre o mundo físico, social e virtual, enfim, como território de constituição da identidade cidadã na perspectiva da qualidade social (RECIFE, 2001).

As diferentes linguagens se configuram, portanto, como maneiras de se apropriar e comunicar a realidade social, sejam elas verbais ou corporais, icônicas ou sonoras, convencionais ou

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alternativas. A Educação Física, juntamente com Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Informática e Artes, constitui a área das Linguagens, Códigos e suas tecnologias, e objetiva a constituição de competências e habilidades que permitam ao educando:

“compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação; confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas; analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, a função, a organização, a estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção” (BRASIL, 2001, p. 96).

A inserção da Educação Física na área das Linguagens, Códigos e suas tecnologias é fruto de uma história de conflitos, resistências e, por vezes, tentativas de consensos provisórios, tanto no âmbito da educação geral, como no campo das Ciências e Tecnologias, quanto na própria Educação Física.

Tais conflitos, nesse componente curricular, se estabelecem desde sua própria denominação, mas vão também até seus fundamentos teóricos e objetivos educacionais, refletindo acerca de seu objeto de estudo, de sua legitimidade pedagógica e até mesmo de sua luta por um estatuto científico.

No Brasil, por volta da década de oitenta, surgem diferentes propostas pedagógicas para o ensino da Educação Física na escola de educação básica, porém, não repensando apenas sua designação, mas defendendo sua legitimidade pedagógica, principalmente num movimento de renovação de seu ensino, naquela época e talvez ainda hoje, muito fundamentado no que se chama esportivização das aulas de Educação Física.

Após longo trabalho de estudos com os autores de quatro dessas propostas pedagógicas: Tani (1988), Freire (1989), Betti (1991) e Coletivo de Autores (1992), professores de Educação

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Física da rede municipal do Recife, em meados da década de 90, sistematizaram uma proposta para o ensino da Educação Física.

Naquele instante, mesmo não se filiando a uma proposta ou a outra, fundamentaram-se mais especificamente nos estudos de Tani (1988) e Betti (1991), apesar de procurar ir além deles. Hoje, um novo quadro se apresenta, porém a posição de não-filiação a uma determinada proposição permanece. Após vários debates e reflexões, a opção foi apresentar, como se compreendeu, a inserção da Educação Física na área das Linguagens, Códigos e suas tecnologias, para assim pensar as competências a serem formadas pelos alunos no currículo escolar, reconhecendo os fundamentos de aproximações com a organização pedagógica da rede municipal de ensino da cidade do Recife, somando esforços para reinventar a escola e suas práticas, na construção de uma educação radicalmente democrática, pautada na perspectiva da qualidade social (RECIFE, 2001).

Como já se afirmavam nos pressupostos teórico-metodológicos da Proposta de Educação Física da Rede Municipal (RECIFE, 1996), entenderam que um dos primeiros sistemas de identificação e apreensão do mundo e das pessoas se dá pelo mover-se. Baseando-se nessa referência, pensaram ser o mover-se a ligação entre a Educação Física e a área das Linguagens, pois é através dele que o ser humano interage com o mundo que o cerca.

Inspirando-se em Tamboer (1985), citado Kunz (1988), faziam referência ao mover-se, compreendendo-o como “uma intencionalidade sempre dirigida por uma compreensão de mundo pela ação-reflexão, uma interpretação de um mundo de significados relacionados ao contexto sociocultural e uma modalidade ou forma de acordo com uma conceituação espaço-temporal” (RECIFE, 1996, p. 10).

Partindo dessa compreensão, acredita-se que a Educação Física possibilita sintetizar e sistematizar representações do mundo no que concerne à produção histórica e social de algumas das dimensões/elaborações/manifestações da cultura humana, tais

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como: jogo, esporte, ginástica, luta e dança. Dispondo de sua intencionalidade, o homem, em interação com outros homens e com a natureza, produz, expressa e incorpora essa cultura em forma de signos, idéias, conceitos e ações nas quais interpenetram dialeticamente as intenções dos próprios homens e a realidade social.

Competências Construir/reconstruir seu próprio mundo de significados motores a partir do resgate e da ampliação de vivências relacionadas ao mover-se. Apreciar e analisar criticamente a cultura advinda do mover-se, presente na sua comunidade, estado, região e país, discernindo quanto à incorporação de valores relacionados a essa cultura. Agir numa perspectiva crítica e consciente em relação à cultura advinda do mover-se, na busca de um estilo de vida de qualidade, incluindo o uso inteligente do tempo livre. Reconhecer possibilidades de organização e reorganização do mover-se, sem perder de vista seus aspectos históricos, sociais, políticos, culturais, tecnológicos e científicos, voltados para os níveis de realização individual e coletiva no cotidiano. Entender e avaliar os efeitos emocionais, sociais e fisiológicos das vivências relativas à cultura advinda do mover-se. Reconhecer nos hábitos e atitudes que o mover-se, no sentido da humanização, integra sentimento, pensamento e ação. Identificar as diferentes expressões rítmicas, presentes em diversos contextos socioculturais, percebendo seus elementos comuns e particulares de modo a criar e recriar novas possibilidades. Perceber as habilidades motoras requisitadas na execução dos fundamentos característicos de cada modalidade esportiva, fazendo uso adequado às situações, adotando atitudes de respeito

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mútuo, cooperação, solidariedade e repudiando qualquer espécie de exclusão e de violência. Reconhecer possibilidades de organização e reorganização das modalidades esportivas coletivas, sem perder de vista seus princípios básicos, seus elementos técnicos e táticos, voltados para os níveis de realização individual e coletiva no cotidiano. Discernir quanto aos aspectos históricos, sociais, culturais e políticos do esporte, explorando temáticas atuais, tais como mídia e esporte, esporte e violência, inclusão e exclusão esportiva. Compreender as transformações das regras dos esportes e sua relação com o desenvolvimento do nível técnico e a influência da mídia e da cultura. Discernir quanto aos aspectos históricos, sociais, culturais e políticos do jogo, explorando temáticas, tais como transformação do jogo em esporte, história dos jogos. Resolver problemas referentes aos aspectos motor e organizacional nas vivências, no resgate e na reformulação de jogos, em função das necessidades individuais e coletivas e dos limites dos participantes, tendo por princípios a solidariedade, a liberdade, a participação e a justiça social. Discernir sobre os padrões de beleza e estética corporal impostos pelo meio e pela mídia, tendo como referência a diversidade presente na cultura advinda do mover-se, evitando a adoção crítica e o preconceito. Reconhecer elementos essenciais a um programa de atividades motoras na perspectiva de um estilo de vida de qualidade, que lhe permita autogerenciá-lo.

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CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

EIXOSTEMÁTICOS

SABERES/HABILIDADESEd

InfantilEnsino

FundamentalEJA

1º 2º 1º 2º 3º 4ºElementos básicos

do mover-seMovimentos de locomoção, manipulação e estabilização

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Esquemas motores e seus significados: Lateralidade, percepção espaço-temporal etc

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O mover-se e asexpressões rítmicas

Brinquedos cantados e variações rítmicas X X X X X XTipos de danças: nacionais, internacionais; populares, folclóricas, clássica; moderna, contemporânea

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Jogo: elementos lúdicos e simbólicos

Jogos populares X X X X XJogos de salão X X X XJogos esportivos coletivos e individuais e suas possibilidades na prática cotidiana

X X X X X

Esporteinstitucionalizado

Modalidades coletivas: voleibol, futebol, handebol, basquetebol, futsal etc.

X X X

Modalidades individuais: judô, atletismo, ginástica olímpica, ginástica rítmica desportiva

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Treinamento personalizado XOrganizações esportivas: torneios, campeonatos, festivais

X X

Treinamento esportivo: princípios e métodos XO mover-se e a

qualidade de vidaPadrões de beleza e estética X XEfeitos sociais e emocionais do mover-se X XAspectos anátomo-fisiológicos do mover-se X XQualidades físicas básicas: velocidade, resistência, força, flexibilidade, coordenação, agilidade, equilíbrio e ritmo

X X X

Bibliografia específicaBETTI, Mauro. Educação Física e sociedade. São Paulo: Movimento, 1991.COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. São Paulo: Scipione, 1989.GO TANI. Educação Física escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: EPU, 1988.

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KUNZ, Elenor. Educação Física: ensino e mudanças. Ijuí: Ed. Unijuí, 1991.RECIFE. Secretaria de Educação. Tecendo a proposta pedagógica: Educação Física. Recife, 1996.

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ÁREA: CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

FundamentaçãoOs conhecimentos super especializados nas ciências

levaram a uma fragmentação do saber, desconectando os múltiplos campos do conhecimento. Portanto, faz-se necessário uma revisão e transformação no sentido de uma maior diversificação e articulação desses campos. Neste sentido, o processo de integração do ensino da Matemática das Ciências da Natureza e suas tecnologias manifesta-se, nesta proposta, apresentando a necessidade de integração com diferentes graus de interdisciplinaridade, na busca de contribuir para a solução de problemas de dispersão do conhecimento. É necessário reunir diferentes disciplinas para compreender os problemas, buscar soluções e realizar novos questionamentos.

Para que se possa superar as fragilidades explicativas dos fenômenos como resultantes da fragmentação do conhecimento, cabe oferecer respostas numa ação conjunta com a Matemática, Ciências da Natureza e suas tecnologias integradas a diferentes conhecimentos.

Desse modo, a partir da realidade, do cotidiano e ao mesmo tempo sem perder de vista a totalidade, num permanente diálogo entre teoria e prática, e de modo interdisciplinar, esta área volta-se para a compreensão, conhecimento e transformação do mundo.

De acordo com Freire (1991): [...] há uma pluralidade nas relações do homem com um mundo, na medida em que responde a ampla variedade dos seus desafios (p. 43-44). Tais desafios devem ser enfrentados com competência, com mobilização de um repertório de recursos, de capacidades e conhecimentos diversos. Nesta perspectiva e conforme Perrenoud (2000c), os conteúdos da área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias

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devem estar relacionados a objetivos e a situações de aprendizagem. O domínio dos conteúdos desta área se constrói em:

situações abertas e tarefas complexas, aproveitando ocasiões, partindo dos interesses dos alunos, explorando os acontecimentos, em suma, favorecendo a apropriação ativa e a transferência dos saberes, sem passar, necessariamente, por sua exposição metódica, na ordem prescrita por um sumário (p.27).

Competências gerais da área Compreender e atuar no mundo físico o social, de forma crítica e criativa, subsidiado pelos conhecimentos de diversas áreas, entre elas as da Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias, estabelecendo relações cada vez mais complexas entre as informações disponíveis. Estabelecer relações, interagindo com o ambiente, partindo das necessidades que se apresentam, utilizando instrumentos de comunicação e leitura, que favoreçam a resolução de problemas, compreensão de fenômenos, permanentes questionamentos e com análise crítica, tornando-se agente transformador desse mundo. Organizar-se em grupos, planejando e decidindo, através de negociações e estabelecendo metas, definindo estratégias e metodologias de ação; Aplicar os aspectos das ciências físicas, químicas e biológicas, no processo de compreensão e aquisição de conceitos matemáticos, visando a melhoria da qualidade de vida;

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Componente curricular: Ciências

FundamentaçãoA Ciência pode ser compreendida como uma das partes

que compõe a cultura de uma sociedade e relaciona-se com as diversas áreas do conhecimento. O conhecimento científico contribui para o exercício da cidadania e transformação da realidade. Tal conhecimento se constrói de modo histórico e conjunto, influenciado pelo contexto sócio-econômico, compreendido como questionável e transitório. Desse modo, não pode ser tomado como verdade última e deve ser tratado com atitude crítica e questionamento dos métodos. Assim, a produção científica pode ser percebida como ação coletiva, histórica, não neutra e o desenvolvimento científico vinculado às forças produtivas. Cabe refletir sobre a relação ciência-tecnologia e suas implicações com aspectos positivos e negativos na sociedade.

Portanto, para ensinar Ciências faz-se necessário ensinar como o conhecimento é produzido. Tratá-lo de forma dialógica, conforme Freire (1987) e numa dimensão histórica, considerando os aspectos sócio-econômicos.

O ensino de Ciências deve sempre: [...] levar em conta o nível de percepção do mundo que as crianças apresentam, e promover, a partir desse nível, a compreensão, um entendimento novo e mais elaborado do mundo. Deve igualmente levar as crianças a perceber a Ciência como forma de produção humana e histórica de um mundo novo pela transformação, através do saber, desse mundo da percepção imediata. Se o ensino partir do real vivido, ele permitirá que os educandos compreendam a importância da saúde, alimentação, habitação, urbanização, e a importância da natureza, da higiene, do espaço ideológico (RODRIGUES, 1991, p.108).

Quanto ao componente curricular voltado para a área de Ciências tem como objetivo colocá-la a serviço da formação da cidadania, de modo que os conhecimentos de natureza científica e tecnológica possibilitem a quem a desenvolve analisar,

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compreender, atuar conscientemente na busca da transformação da realidade.

Em relação ao livro-texto de Ciências, segundo Fraga (1994), com o seu papel de material de apoio didático, cabe destacar que se vincula à visão crítica e atuação do professor. Pois as competências e conteúdos apresentados neste material podem estar relacionados ou não com a realidade dos alunos, fragilizados de modo interdisciplinar, compartimentalizados, articulado ou inadequado à idade dos educandos, com sugestões de atividades de experimentação de acordo ou em descompasso com as condições disponíveis. Comprometendo, assim, a vivência do concreto do aluno que estabelece uma visão de totalidade, na busca de novos questionamentos. Portanto, cabe ao professor e não aos livros o desenvolvimento das aulas de Ciências.

No tocante à atividade de experimentação, é fundamental, porém, que estas atividades não devem ser comparadas às pesquisas desenvolvidas pelos cientistas. Sugere-se que estas devam ser contextualizadas e vivenciadas de modo que contribuam para a construção do conhecimento, voltadas para a investigação de problemas, mudanças conceituais e possibilitando novos questionamentos. Tais atividades, quando planejadas somente para comprovação de leis e teorias, tornam-se frágeis aos objetivos do ensino-aprendizagem de Ciências. As experimentações devem ser elaboradas numa ação conjunta, com participação cooperativa, com discussões e interpretações dos resultados esperados ou não.

O processo de avaliação acorda com os pressupostos que fundamentam o ensino e com uma visão crítica num perspectiva qualitativa, que contribui para construção do conhecimento. Contudo, sabe-se que toda e qualquer ação avaliativa é carregada de intenções, reveladora de posturas de vida (Hoffmann, 1993). Quando se trata de avaliação, deve-se refletir sobre a questão do erro, sendo este compreendido como tentativa de construção do conhecimento e não como insapiência.

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As formas de avaliação são muitas, entre elas, pode-se destacar a observação, a apresentação de trabalhos individuais ou em equipes. Os resultados devem servir como reflexão e orientar a tomada de decisões para as atividades didáticas seguintes. Perrenoud (1999) diz que se avalia para agir, orientando a inovação e ampliando a eficácia do ensino, e acrescenta que a avaliação é um processo contínuo e que auxilia na melhoria da aprendizagem.

No que se refere às competências e conteúdos, o autor supracitado propõe que sejam tratados de acordo com as necessidades e níveis de escolaridade, considerando as características regionais e locais, da cultura e da economia, podendo ser tratados em diferentes ciclos e com adequadas abordagens metodológicas, no sentido de uma menor para uma maior complexidade.

Compreende-se que as competências e conteúdos não se apresentam seriados, uma vez que podem ser desenvolvidos e se inter-relacionar em todos os ciclos, conforme suas necessidades e interesses. Quando apresentados junto aos alunos, consideram-se as suas condições objetivas de vida, buscando diferentes estratégias de ensino e aprendizagem para ensinar, aprender e desenvolver competências.

Contando com a competência dos professores e com o empenho no aperfeiçoamento da prática pedagógica, acredita-se na permanente busca de novas abordagens conteúdo/metodológicas para um maior significado ao conhecimento escolar e contribuição para formação de cidadãos atuantes no mundo.

Os conteúdos sugeridos no componente curricular Ciências podem se apoiar nos seguinte momentos pedagógicos: problematização inicial, organização do conhecimento e aplicação do conhecimento.

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Na problematização inicial, sugere-se que o professor, na introdução do conteúdo, lance questionamentos, dúvidas, encaminhando os alunos para a resolução de um problema.

Na organização do conhecimento para resolução dos problemas levantados, sob a orientação do professor, o conhecimento será sistematizado com abordagens metodológicas adequadas e considerando os conhecimentos prévios dos alunos.

Com relação à aplicação do conhecimento, é proposta uma contextualização do conteúdo trabalhado, de modo que possibilite a aplicabilidade do conhecimento da Ciência estudada.

Quanto às competências, cabe destacar que os conhecimentos ou capacidades adquiridas em Ciências não garantem a competência se o aluno não souber mobilizá-los de modo pertinente e oportunamente. A competência mobiliza os saberes e são utilizados em situações concretas.

Para Delizoicov e Angotti (1991) as habilidades que contribuem para instrumentalização dos alunos, algumas são características da disciplina Ciências e sugere que estejam desenvolvidas com maior empenho, dentre elas: observação, classificação, registro e tomada de dados, construção de tabelas, análise, síntese e aplicação.

Na prática pedagógica considera-se que os alunos estudam, aprofundam os conhecimentos, acumulam saberes e constróem competências que são indispensáveis para melhor compreender a realidade onde se inserem, possibilitando uma atuação consciente. A competência é compreendida como uma capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situação (PERRENOUD, 1999).

O processo histórico de construção das competências apresentadas aqui, foi desenvolvido a partir das sugestões elaboradas nas escolas pelos professores, como também da realização de oficinas e encontros pedagógicos mensais (EPM’s) com professores de todos os níveis de ensino (Educação Infantil,

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Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA) voltados para a área de Ciências.

A proposta curricular de Ciências para a Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e EJA da Secretaria de Educação da Prefeitura do Recife apresenta o ambiente como eixo central e os blocos temáticos componentes, fenômenos e interações ligados ao tema central, de forma cíclica e multidirecional, não obedecendo a uma seqüência rígida. Evita-se a compartimentalização e busca-se a interdisciplinaridade, com a intenção de que se estabeleça, na prática pedagógica, uma relação entre o conhecimento sistematizado e as questões da vida real e de sua transformação. O tratamento dos conteúdos são saberes ligados a questionamentos, produzindo formas de pensar e agir, de estar no mundo e de relacionar-se com ele de forma competente.

O esquema a seguir, sintetiza a proposta do eixo e blocos temáticos no componente curricular Ciências:

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AMBIENTE

COMPONENTES

FENÔMENOS INTERAÇÕESCIÊNCIAS

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Eixo central: ambienteBlocos temáticos e suas competências gerais:1. Componentes*

Reconhecer as inter-relações entre os componentes bióticos e abióticos do ambiente, levando ao desenvolvimento de posturas integradas ao meio, refletindo em ações ambientalmente sustentáveis numa perspectiva do particular para o geral ou vice-versa.2. Fenômenos* Identificar os fenômenos físicos, químicos e biológicos, problematizar e propor posturas para a atuação humana, quando necessário, na transformação do meio.3. Interações*

Reconhecer-se como parte integrante da natureza enquanto ator histórico, culturalmente questionador e transformador, de modo a valorizar e articular a diversidade natural e sócio-cultural.

Competências

Ambiente / Recursos Naturais / Conservação Formular explicações sobre os fenômenos da natureza, a partir da observação, experimentação e sistematização das informações; Compreender a ação do homem sobre a natureza e a sociedade, estabelecendo relações entre o meio físico e o modo de vida que se desenvolve nele, percebendo-se como sujeito do mundo físico e social; Elaborar questionamentos, a partir da observação direta da diversidade de fenômenos físicos, biológicos e sócio-culturais, argumentando, criticamente, acerca de tais fenômenos, em situações que desenvolvam confronto de informações;

* Embora os pontos estejam apresentados de forma ordenada, não se pretende estabelecer prioridades, tampouco compartimentalização.

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Compreender a importância da preservação da natureza na promoção da qualidade de vida do homem; Perceber as características e propriedades dos objetos e seres, para fazer classificação; Conscientizar a comunidade escolar para o direito e exercício da cidadania, entre outros, com relação à importância dos recursos naturais; Sensibilizar a criança/jovem de que a prática da conservação do ambiente contribuirá para a qualidade de vida, despertando o interesse do aluno em conservar o ambiente em que vive; Reconhecer a realidade local, trabalhando a questão ambiental e despertando a criticidade do aluno sobre os problemas ambientais buscando prevenir e combatê-los; Observar e registrar semelhanças e diferenças entre diversos ambientes (lago, sala de aula, fazenda, cidade, etc.) reconhecendo as inter-relações existentes entre os elementos e o produto da ação humana sobre eles; Caracterizar espaços do planeta que podem ser ocupados pelo homem, relacionando o tipo de ocupação com a qualidade de vida; Avaliar e propor alternativas para um ambiente escolar saudável; Apontar e refletir sobre problemas ambientais globais, a partir de situações locais, identificando suas causas, buscando relações e selecionando soluções; Refletir, compreender e construir a consciência crítica, participando da conservação do meio onde está inserido; Estabelecer relações entre características e comportamentos dos seres vivos, condições do ambiente e níveis de alteração para o convívio com o meio; Reconhecer, articular e conviver com os recursos naturais renováveis ou não, buscando uma relação consciente com o meio; Identificar os componentes bióticos e abióticos e suas inter-relações, para que se reconheça como parte integrante do planeta;

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Reconhecer os componentes bióticos e abióticos e suas inter-relações, compreendendo os elos da cadeia trófica na perspectiva da importância da preservação e conservação do meio ambiente (água, ar, solo); O conhecimento da forma, função e nomenclatura científica contribuem para uma defesa fundamentada cientificamente da flora e fauna regional; Reconhecer o homem como ator histórico, responsável pelas transformações ecológicas, sociais e econômicas do planeta; Desenvolver a consciência humana, como fator que influencia na qualidade de vida do planeta e de uma forma racional de mudança; Entender a importância da preservação e conservação do meio (água, ar, solo) e articular de forma consciente; Compreender as inter-relações do homem com o ambiente e suas conseqüências; Conhecer-se e reconhecer-se como agente modificador do ambiente. Reconhecer a importância da reciclagem do lixo, promovendo grupos de trabalho, desenvolvendo ações nesta perspectiva; Classificar materiais recicláveis e processos de tratamento, buscando a conscientização e mobilização da comunidade quanto à seleção do lixo; Reconhecer as causas e conseqüências da poluição da água, do ar, do solo, das queimadas, dos esgotos e do lixo e mobilizar ações de prevenção; Compreender a importância da coleta e tratamento de água e de esgoto para a qualidade de vida da população; Contribuir ativamente para melhoria do ambiente; Agir com responsabilidade em relação à sua saúde a saúde coletiva; Saber utilizar recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos.

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Corpo Humano / Saúde / Qualidade de vida Observar e identificar características do corpo humano e os comportamentos nas diversas fases da vida humana (noção de ciclo vital) e respeito à diferença; Reconhecer e valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde (alimentação, higiene pessoal, espaço onde vive, etc.); Compreender o corpo humano como um conjunto integrado que possibilite desenvolver ações para o bem-estar físico e psíquico; Responsabilizar-se pelo cuidado com o espaço que habita; Identificar os sistemas do corpo humano, seu funcionamento e integração ao meio físico-químico, biológico e psicossocial; Conhecimento e conscientização das estruturas que formam o corpo, limites e interações com o ambiente; O conceito fundamentado de saúde e doença subsidia ao cidadão o questionamento das políticas públicas de saúde; Compreender a dinâmica da integração funcional dos sistemas do corpo humano e sua relação com o meio; O conhecimento da diversidade dos alimentos, sua composição e importância para o corpo possibilitam ao indivíduo uma seleção adequada para a sua alimentação.

Química e Física (matéria e energia) Reconhecer processos e etapas de transformação dos materiais; Problematizar e fazer experimentos simples com materiais e objetos do ambiente (experiências); Identificar diferentes fontes de energia: luz, calor, eletricidade, som e suas aplicações; Reconhecer que tudo que nos rodeia é formado por matéria e que sua transformação gera energia; Conhecer a matéria e entender suas propriedades, processos de transformação e experimentação;

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Evidenciar e articular convenientemente os diversos tipos de matéria e energia, suas fontes e aplicabilidade na dinâmica dos sistemas ecológicos; Contextualizar, questionar e democratizar as grandes descobertas científicas.

Interações sociais (relacionadas às competências propostas) Questionar a realidade, formulando problemas e tentar resolve-los se apropriando da capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação. Explorar as diversas formas de manifestação cultural, conhecendo as danças, músicas, costumes, artesanato, folclore como forma de expressão de um povo. Estabelecer relações entre os fenômenos naturais e sociais, que se apresentam nos diferentes ambientes que o cercam, construindo conceitos sobre os mesmos; Confrontar seu conhecimento “espontâneo”, advindo de experiências anteriores ligadas à realidade física, biológica e sócio-cultural, com o conhecimento sistematizado, elaborando hipóteses; Comunicar suas conclusões de modo oral, por escrito, com desenhos, perguntas suposições e dados; Criar hipóteses sobre os problemas em estudo; Formular perguntas, suposições coerentes e criativas para viabilizar situações; Organizar e registrar informações utilizando desenhos, quadros, esquemas, listas e pequenos textos; Conscientização para modificação de atitudes repensando questões como: violência, preservação e tratamento aos demais; Desenvolvimento de projetos de defesa e conservação da natureza junto à comunidade com base nos conhecimentos adquiridos na escola; Exercitar a cidadania através da atuação como agente transformador em relação às questões ambientais;

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Conscientização e socialização de atitudes de boa convivência; Expressar sua opinião sobre os assuntos em discussão, colocando-se com segurança, argumentando e defendendo seu ponto de vista; Buscar, selecionar e analisar informações para resolver problemas; Exercitar direitos e deveres políticos, civis e sociais; Adotar no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças; Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais; Utilizar o diálogo para mediar conflitos e tomar decisões coletivas; Construir a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país; Conhecer e valorizar a pluralidade sócio-cultural brasileira, como aspectos sócio-culturais de outros povos e nações; Agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;

CONTEÚDOS DE CIÊNCIASInicialmente, sugere-se que os temas propostos a seguir

sejam tratados, evidenciados e aprofundados de acordo com os diferentes níveis de escolaridade, a partir do processo de avaliação dos professores, de suas realidades e de seus alunos. (Exemplificados no quadro a seguir)

EIXO CENTRAL: AMBIENTE

COMPONENTES + FENOMENOS + INTERAÇOES

EDUCAÇÃO INFANTIL E ENS. FUNDAMENTALEI I II III IV

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOSMI MII MIII MIV MV

Cor

po H

uman

o

Desenvolvimento do ser humano (etapas da vida) X X X X X

Órgãos dos sentidos X X

Higiene física e mental X X X X

Órgãos do corpo humano X X X X

Sistemas do corpo humano X X

Alimentos/Nutrição/Desnutrição X X X X

Saúde/Doença X X X X X

Drogas: licitas e ilícitas X X X

Prevenção de acidentes/Primeiros Socorros X

Sere

s Viv

os:

Ani

mai

s / V

eget

ais

Biodiversidade X X X X

Biosfera X X

Ecossistemas X X

Cadeia/teia alimentar X X

Habitat X X

Ciclo vital X X

Classificação geral X X

Importância/utilidades X X X X

Fotossíntese X X

Águ

a

Composição X X

Propriedades X X

Ciclo da água X X X X

Estados físicos X X

Utilidades/importância X X X X

Poluição/contaminação X X X X

Tratamento/Distribuição X X

Saneamento básico X X

Solo Composição X X

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Tipos de solo X X

Utilidades/importância X X X X

Poluição/contaminação X X X X

Ar

Composição X X

Propriedades X X

Utilidades/importância X X X X

Poluição/contaminação X X X X

Ast

rono

mia

Sol X X X X

Luz e calor X X X X X

Sistema solar X X

Movimentos da Terra X X

Orientação espacial: pontos cardeais X X

Gravidade X X

Outros corpos: lua/planetas/satélites/cometas/estrelas X X

Ener

gia

Fontes de energia X X X

Utilidades/importância X X X

Combustão X X

Cuidados X X X

Que

stõe

s A

mbi

enta

is

Equilíbrio ecológico X X X X

Desequilíbrio ecológico X X X X

Efeito estufa X X

Camada de Ozônio X X

Erosão/desertificação X X

Poluição ambiental X X X X

Exploração de recursos naturais X X X X

Conseqüências do desequilíbrio ecológico X X X X

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Extinção de espécies X X XQ

uím

ica

Matéria X

Átomo X

Elementos químicos/ ligações químicas X

Reações e funções químicas X

Físi

ca

Movimento X

Força X

Trabalho e potencia X

Calor X

Eletricidade X X

Magnetismo X X

Ciê

ncia

s e T

ecno

logi

a

Ciência e desenvolvimento tecnológico X X

Desenvolvimento tecnológico e sociedade X X X

Bibliografia específicaALVES, R. Filosofia da Ciência: introdução ao jogo e suas regras. 13ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1990.ASTOLFI, J.P.; DEVELY, M. A Didática das Ciências. Campinas: Papirus, 1990.DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. Metodologia do ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 1991.FRACALANZA, H. O ensino de ciências no primeiro grau. São Paulo: Atual, 1986.FRAGA, C.F.O. O Ensino de Ciências e o livro-texto no cotidiano escolar. Recife. UFPE, Dissertação (Mestrado em Educação), 1994. MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Brasília: UNESCO, 2000.

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SONCINI, M., CASTILHO, J.M. Biologia. São Paulo: Cortez, 1991.

Componente curricular: Matemática

FundamentaçãoAs mudanças sócio-econômicas culturais e ambientais, que

ocorrem cada vez mais rápidas1, de formas diversificadas e complexas, exigem que o sujeito saiba agir e esteja preparado para respondê-las, atuando de forma crítica, autônoma e criativa. Torna-se necessário, portanto, que este sujeito escolha de forma lúcida, consciente e responsável a sua conduta pessoal e social. E, por isso mesmo, não pode prescindir de organizar-se em grupos – compartilhando, planejando e decidindo – fundamentado em negociações, definindo estratégias e metodologias de ações, em benefício da coletividade, respeitando as diversidades culturais, visando, ainda, a clareza dos seus direitos e a construção da cidadania.

A Matemática surgiu na antiguidade por necessidades cotidianas, servindo assim de poderoso instrumento para o conhecimento do mundo em que se vive e para o convívio com a natureza de forma harmônica. A necessidade de contar, calcular, medir, organizar o espaço e as formas, gerou a idéia de que a Matemática é a ciência da natureza e do espaço, originando conceitos que se inter-relacionavam com a aritmética e a geometria.

1 Decorrente do desenvolvimento dos aparatos tecnológicos cada vez mais avançados e por que não dizer, da evolução dos meios de comunicação que nos apresentam as informações em tempo real e que aproxima cada vez mais as pessoas que vivem em pontos distantes do planeta, quebrando limites geográficos.

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Como componente curricular, a Matemática assume um papel relevante no processo de formação do cidadão, levando-o a entender as exigências da sociedade contemporânea, assumindo um papel formativo, ajudando-o a estruturar o pensamento e o raciocínio dedutivo e funcional, já que, é aplicável à vida prática; pois os conhecimentos matemáticos deverão favorecer a leitura e a interpretação.

Seguindo esta linha de pensamento, pode-se perceber que, para os alunos construírem competências, precisam mobilizar uma gama de saberes, que estariam contemplados nos eixos temáticos trabalhados na presente proposta, que são: números e operações; grandezas e medidas; espaço e forma; álgebra e funções; e o tratamento de informações.

O desenvolvimento de competências pressupõe a utilização de conhecimentos, que são recursos mobilizáveis pelo sujeito para enfrentar e resolver situações-problema; mas o conhecimento, por si só, não garante a formação de competências. Segundo Perrenoud (1999), uma competência também pode ser utilizada como um recurso capaz de favorecer o desenvolvimento de “competências mais amplas”.

A abordagem de ensino-aprendizagem por competências, onde os conhecimentos são utilizados como recurso a serem mobilizados para enfrentar e resolver problemas, exige do professor o abandono da tradicional exposição de conhecimentos, seguido de exercícios de fixação e memorização e a adoção de uma prática, em que o aluno é convidado a participar de forma ativa, reflexiva e coletiva na construção de novas competências, sendo-lhe dada a oportunidade de expor as suas idéias, fazer estimativas e cometer erros, objetivando a compreensão e a posterior transposição do conhecimento para situações de sua realidade.

Para a efetivação de um trabalho que se apóia na resolução de situações-problema, de modo contextualizado, se faz necessário que tais situações sejam propostas de forma negociada, para que se

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tornem significativas e mobilizadoras das ações dos alunos, pois só assim serão sujeitos no processo de construção do conhecimento.

Para que mobilize ações, o ensino da Matemática deve proporcionar ao aluno perceber que esse componente é uma ciência viva, com linguagem própria, e que seja capaz de reconhecer e realizar articulações, entre conceitos, algoritmos, procedimentos e diferentes representações matemáticas com outras áreas do conhecimento para o exercício da cidadania.

Diante da construção de competências, partindo de habilidades, é preciso perceber a avaliação com o dinamismo e a não linearidade de algo que se constrói. Ao se optar pela resolução/elaboração de situações-problema como ponto de partida, o professor deverá fazer observações sobre o que antes não era parâmetro, que é o desenvolvimento da aprendizagem; deve levar em consideração, não somente o registro escrito do aluno, mas suas justificativas e argumentações, ou seja, a expressão oral do seu pensamento. Assim, o processo de avaliação deve ser um permanente exercício de interpretação, visando a reorganização da prática pedagógica.

Competências Eixos: Número e operações; Espaço e forma; Medidas e grandezas;Tratamento de Informações;Funções e álgebra Apropriar-se de diferentes linguagens, utilizando palavras, números, símbolos e imagens, para se estabelecer uma efetiva comunicação em Matemática, articulando, de forma sintética, as informações para resolver problemas em diversas situações; Compreender e identificar número considerando todos os aspectos que o compõem: seqüência; inclusão; agrupamento; conservação; ordenação, indicador de quantidade e código,

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aplicando-o no contexto social, na resolução de situações cotidianas, que favoreçam o exercício da cidadania; Construir e desenvolver o conceito de estruturas aditivas e multiplicativas, utilizando-as na resolução de problemas do contexto social por diferentes procedimentos (cálculos mentais, cálculos escritos e o uso da calculadora); Identificar, compreender e construir o conceito de direção e sentido, utilizando-o na localização e deslocamento de objetos e de pessoas no espaço; Reconhecer, identificar e relacionar formas geométricas bidimensionais e tridimensionais presentes na natureza e nas construções humanas estabelecendo analogias e relações entre elas, como recurso para leitura do mundo; Reconhecer, identificar e relacionar as transformações no plano e no espaço utilizando-as para leitura e compreensão do mundo, e ação sobre a realidade; Reconhecer, compreender e construir o conceito de medidas e grandezas, utilizando, situações problemas, que possibilitem a sua aplicação e uso no contexto; Ler, interpretar e transpor informações em diversas situações e diferentes configurações (do tipo: charges, anúncios, gráficos, tabelas, propagandas), utilizando-as na compreensão de fenômenos sociais e na comunicação, agindo de forma efetiva na realidade em que vive.CONTEÚDOS DE MATEMÁTICA

EDUCAÇÃO INFANTIL

EIXOS TEMÁTICOS

CONTEÚDOS

Números Naturais e RacionaisConceito e representações: contagem; classificação; seriação; agrupamento;

conservação; correspondência biunívoca; inclusão; seqüência.

Sistema de Numeração DecimalNÚMEROS Conceito de unidade e dezena; leitura e escrita; valor

posicional;composiçãoE e decomposição e; comparação de numerais.

OPERAÇÕES Ordem crescente e decrescente; antecessor e sucessor.Operações com Números Naturais

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Problemas envolvendo as estruturas aditivas e os algoritmos respectivos.Números RacionaisConceito de inteiro e metade; representações; conservação e equivalência.

Comprimento: noções de tamanho; altura e largura.Área: amplo; estreito

GRANDEZAS Volume: grosso; fino

E Massa: pesado e leve

MEDIDAS Tempo: antes; depois; durante; agora; ontem; amanhã.

Temperatura: quente; frio

Valor monetário: caro; barato

Sólidos geométricos Cubo; cilindro; esfera; cone; pirâmide e paralelepípedo.

Características: redondo;não redondos; bicudos;os que rolam e os que não

ESPAÇO Formas Planas

E Triângulo; retângulo; quadrado; círculo.

FORMA Características: pontudas e redondas

Composição de figuras a partir de outras.

Transformações no PlanoTranslação; simetria em torno de um eixo e reflexão no espelho

TRATAMENTO Noções de Estatística: Leitura de gráficos de barras e/ou pictóricos;noçõesDA de probabilidade

INFORMAÇÃO

PRIMEIRO CICLO DE APRENDIZAGEMEIXOS TEMÁTICOS

CONTEÚDOS

Números Naturais e RacionaisConceito (contagem; classificação; seriação; agrupamentos;conservação;inclusão; seqüências e correspondência biunívoca) e representações.Sistema de Numeração DecimalOrdens (unidade, dezena. Centena); leitura e escrita; valor posicional;composição e decomposição; comparação; ordem crescente

NÚMEROS e decrescente; antecessor e sucessor; numerais ordinais; paresE

MEDIDASe ímpares.

Operando com Números Naturais

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Problemas envolvendo a idéia das quatro operações fundamentaiselaboração e resolução dos mesmos; uso do algoritmo convencionale não convencional; conceito de dobro/quíntuplo, inteiro, metade,terço e outras.Números RacionaisRepresentação simbólica; comparação e equivalência.Comprimento, Massa e VolumeNoções e medições, com referências convencionais e não convencionaisTempo e valor monetárioSemana; mês; ano; hora e meia hora.

Características dos Sólidos GeométricosCubo; esfera; cone; paralelepípedo; cilindro e pirâmide; Posteriormente: faces e vértices, incluindo a planificação dos mesmos

ESPAÇO Características das Figuras PlanasE Triângulo; retângulo; quadrado e círculo; lados e ângulos; composição de

FORMA figuras planas a partir de outras; composição dos sólidos a partir das figurasplanas.Transformações no PlanoTranslação; simetria em torno de uma reta; reflexão em torno de eixo

TRATAMENTO Classificação; organização; interpretação de dados; uso de gráficos e tabelas;

DA noções de probabilidade.INFORMAÇÃO

SEGUNDO CICLO DE APRENDIZAGEMEIXOS TEMÁTICOS

CONTEÚDOS

Números Naturais e RacionaisAgrupamento e Representação NuméricaSistema de Numeração DecimalOrdens e classes; leitura e escrita; valor posicional; composição e decomposição;comparação; ordem crescente e decrescente; antecessor e sucessor.

NÚMEROS Operando com Números NaturaisE Problemas envolvendo a idéia das quatro operações fundamentais,

elaboraçãoOPERAÇÕES E resolução; uso do algoritmo convencional e não convencional; uso de

números multiplicativos; valor do termo desconhecido;expressões numéricas

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Números RacionaisRepresentação simbólica e numérica; leitura e escrita; comparação e equivalência;operações com frações; elaboração e resolução de problemas.Números DecimaisConceito; representações; leitura e escrita; comparação; problemas e operações.Comprimento, Área, Massa e VolumeMedições com referências convencionais; problemas envolvendo perímetro;

GRANDEZAS relações entre as medidas.MEDIDAS Tempo e valor monetário

Semana; mês; ano; hora; minuto e segundo

Características dos Sólidos GeométricosCubo; esfera; cone; paralelepípedo; cilindro e pirâmideElementos: faces; vértices e arestasPlanificação dos sólidos geométricosCaracterísticas das Figuras PlanasTriângulo; retângulo; quadrado; trapézio; losango e círculo

ESPAÇO Elementos: lados; ângulos (reto, agudo e obtuso); centro; raio e diâmetro.E Composição de figuras planas a partir de outras e construção dos sólidos

FORMA geométricos a partir das figuras planasLinhasPerpendiculares e paralelasTransformações no PlanoTranslação; simetria em torno de um ponto e em torno de um eixo; reflexãoem torno de um eixo; rotação em torno de um eixo; homotetia.

Classificação; organização; interpretação de dados. TRATAMENTO

DAINFORMAÇÃO

TERCEIRO CÍCLO DE APRENDIZAGEMEIXOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS

Números Naturais, Inteiros e RacionaisSistema de NumeraçãoHistoricidade; outros sistemas de numeração; o sistema decimal; princípio posicional,o papel do zero; leitura e escrita dos números.Números Naturais

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Estruturas aditivas e multiplicativas e propriedadesDivisibilidadeDivisores e múltiplos de um número; decomposição de um número em fatores primos;critério de divisibilidade; mmc e mdc: conceito, propriedades e solução de problemas.

NÚMEROS PotenciaçãoE Conceito; representação e leitura; Cálculo de potências

OPERAÇÕES Radiciação: radiciação de números quadrados

Expressões aritméticas; resolução literal de problemasNúmeros InteirosConceito de número negativo; comparação e ordenação; operações: estruturas aditivase multiplicativas; potenciação e radiciaçãoNúmeros Racionais AbsolutosRepresentação de frações; operações com frações; problemas; representação decimalde frações; frações cujo denominador são potencias de 10.

MEDIDASConceito de medida; unidades não padronizadas.Comprimento Transformações de unidades; perímetro de polígonosÁreaTransformação de unidades; área de triângulos e quadriláteros; decomposição de figuras

GRANDEZAS Volume e capacidadeE Massa

MEDIDAS ÂngulosO grau e seus submúltiplos; tipos de ângulos e classificação quanto à medidaTempo e valor monetárioGRANDEZASProporcionalidadeGrandezas direta ou inversamente proporcionais; grandezas não proporcionais; razões;proporções e aplicações em problemas; porcentagem e juros simples.

PLANO E ESPAÇO: noção de plano e espaçoFIGURAS PLANAS: triângulos, quadrados, retângulos e polígonos em geral;circunferência; congruência e semelhança de figuras planas.ÂNGULOS: conceito de ângulo; classificação quanto à medida;soma dos ângulos internosde um triângulo; soma dos ângulos internos de um polígono convexo qualquer; classifica-

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ESPAÇO ção dos triângulos quanto à medida dos seus ângulos internos.E RETAS PARALELAS E PERPENDICULARES: ângulos formados por retas

FORMA Coplanares cortadas por uma transversal; ângulos adjacentes e opostos pelovértice; bissetriz de um ângulo.FIGURAS ESPACIAIS: Cubos e paralelepípedosTRANSFORMAÇÕES NO PLANO e NO ESPAÇO: translação; simetria; rotação; reflexão; homotetia; revolução.ESTATÍSTICA

TRATAMENTO Coleta de dados; classificação, organização e interpretação de dados; construção DA de tabelas e gráficos; leitura e interpretação de gráficos e tabelas;

INFORMAÇÃO amostra e probabilidade.

FUNÇÕES Equações do primeiro grau em Q: conceito de equação; tradução algébricaE de problemas;resolução de equações e de problemas do primeiro grau.

ÁLGEBRA

QUARTO CICLO DE APRENDIZAGEMEIXOS TEMÁTICOS

CONTEÚDOS

Números ReaisNÚMEROS Caracterização dos números racionais; introdução do conceito de número

irracional;E aproximação por seqüência de racionais.

OPERAÇÕES OperaçõesRadicais: conceito e propriedades; operações;Juros e porcentagem

MedidasComprimento; massa; tempo; volume e capacidade; valor monetário.Áreas e perímetros

GRANDEZAS Comprimento da circunferência e perímetro dos polígonos convexosE Áreas dos polígonos convexos: regulares e não regulares

MEDIDAS Área do círculo e dos polígonos regulares inscritos em uma circunferênciaÁrea de um setor circular e problemas envolvendo área e perímetro

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Área total da superfície dos sólidos geométricos: prismas; cilindros; pirâmides;cones

GeometriaGeometria dedutiva; Teorema de Pitágoras; Diagonal do quadrado e do retângulo;bissetriz de um ângulo; pontos notáveis de um triângulo; casos de congruência e

ESPAÇO semelhança de triângulos.E Teorema de Tales; relações métricas no triângulo retângulo; relações

trigonometriaFORMA no triângulo retângulo; relações métricas nos polígonos regulares;

Cálculo do lado e do apótema de um polígono regular inscrito em uma circunferên-cia de raio dado; relações métrica no círculo:arcos, cordas e ângulos; cubos; para-lelepípedos; prismas retos.

TRATAMENTO Coleta de dados; classificação; organização e interpretação dos dados; construção

DA de gráficos e tabelas; leitura e interpretação de gráficos e tabelas; amostra e proba-

INFORMAÇÃO bilidade.

Soma algébrica e expressões algébricas; operações com monômios e polinômios;

FUNÇÕES produtos notáveis; mmc e mdc de expressões algébricas; fatoração de expressões

E algébricas; frações algébricas; equações e inequações do primeiro grau em R;

ÁLGEBRA equações do segundo grau; problemas do segundo grau; inequações do segundograu; funções e gráficos.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - MÓDULO IEIXOS TEMÁTICOS

CONTEÚDOS

Número NaturalConstrução do significado de número natural; associação: indicador de quantidade;

NÚMEROS posição e código; comparação de números naturais; correspondência E biunívoca; estimativa; sucessor e antecessor; seqüências crescentes e de- OPERAÇÕES crescentes: um em um; dez em dez; cem em cem; Regularidade na

representaçãooral e escrita; Resolução de problemas envolvendo estruturas aditivas;

MEDIDAS Construir a noção de medida de comprimento; reconhecer unidades de medi E das de tempo e relacioná-las; valor monetário. GRANDEZAS

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Translação no plano de objetos e pessoas; noções de direção e sentido ESPAÇO Formas geométricas bidimensionais e tridimensionais: semelhanças e

diferenças; E relação natureza X mundo físico FORMA

TRATAMENTO Função social do número como código; utilização e organização de informações:

DE número de telefone; catálogo telefônico; documentos de identificação; INFORMAÇÕES calçados; roupas; placas de veículos; endereços; resolução de problemas

envolvendo informações representadas em tabelas e gráficos.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS MÓDULO IIEIXOS TEMÁTICOS

CONTEÚDOS

Número NaturalNúmeros naturais no contexto social, como: indicador de quantidade, ordem e como código.Comparação de quantidades, correspondência biunívoca e estimativa.

NÚMEROS Comparação de números naturais pela ordem (unidade, dezena e centena). E Contagem em escalas crescente e decrescente; significado de sucessor e OPERAÇÕES antecessor; seqüências crescente e decrescente (de um em um; dez em

dez; cem em cem); relação entre a representação escrita do número e a quantidade em agrupamentos de dez em dez; base e valor posicional; resoluçãode problemas envolvendo estruturas aditivas e multiplicativas; númerosdecimais, no contexto social, como indicador de medida de grandezas.

Uso de instrumentos não convencionais e convencionais para medir comprimentos;

MEDIDAS relações entre unidades de medida de tempo; unidades de valor monetário: E resolução de problemas; modos de representação de quantias em GRANDEZAS dinheiro.

ESPAÇO Formas geométricas bidimensionais e tridimensionais: semelhanças e diferenças;

E reconhecimento na natureza e nas construções humanas. FORMA Construção e identificação de representação de figuras planas e de sólidos

geométricos.

Ler e interpretar informações contidas em: charges; anúncios e propagandasem jornais, revistas e na televisão; documentos; receitas e outros.

TRATAMENTO Ler e localizar telefones e endereços em listas telefônicas;guia dos correios

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DA mapas da cidade ou da região; guias de cidades. INFORMAÇÃO Resolução de problemas interpretando informações apresentadas em tabelas

e gráficos.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - MÓDULO IIIEIXOS TEMÁTICOS

CONTEÚDOS

Número Natural e RacionalProdução, leitura e interpretação de números naturais a partir da compreensãodas características do sistema hindu-arábico; infinitude do conjunto a partir do significado de sucessor; resolução de problemas utilizando as estruturasaditivas e multiplicativas; compreensão dos algoritmos; cálculos por estimativae com a calculadora; números decimais como indicador de medidasde grandeza; valor posicional dos algarismos na representação decimal; produção,

NÚMEROS leitura e interpretação de números decimais, a partir das regras doE sistema de numeração decimal; resolução de problemas de números

racionaisOPERAÇÕES utilizando as estruturas aditivas; problemas envolvendo operações com

números racionais na forma decimal, através das estruturas aditivas, utilizandocálculos por estimativa e a calculadora; representação de números racionaisna forma fracionária; relacionar parte todo e quociente utilizando contextosrelativos; produção, leitura e escrita de representações fracionárias de númerosracionais.

Unidades convencionais de medidas de comprimento, de superfície, de capacidade

GRANDEZAS e de massa, e suas utilizações no contexto social e resolução de problemasE

MEDIDAS Unidades de medidas de tempo e valor monetário em contextos de resoluçãode problemas.

Leitura , descrição e interpretação da posição de pessoas ou objetos em mapas,

ESPAÇO maquetes, croquis ou desenhos.E Formas geométricas tridimensionais: semelhanças e diferenças;

identificaçãoFORMA na natureza e nas construções humanas.

TRATAMENTO Gráficos e tabelas: ler e interpretar informações em contextos diversos; construir

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DA tabelas e gráficos a partir de experimentos simples (consumo diário de água;INFORMAÇÃO energia; e outros); resolução de problemas envolvendo informações

apresentadasem tabelas e gráficos.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - MÓDULO IVEIXOS TEMÁTICOS

CONTEÚDOS

Números Naturais Escrita de números naturais no sistema hindu-arábico: produzir; interpretar; explorar as diferentes representações; composição e decomposição; valorposicional; Estruturas aditivas e multiplicativas: utilizar os algoritmos articu- lando-os com a resolução de problemas; problemas envolvendo as noções

NÚMEROS de múltiplos comuns e divisores comuns.E Números Racionais fracionários e decimais: produção e interpretação da

OPERAÇÕES escrita; representações escritas diferentes; equivalência de números fracionário rios; estruturas aditivas; noção de equivalência; resolução de problemas;problemas envolvendo as estruturas multiplicativas dos racionais decimais;noção de porcentagem associada à noção de fração decimal.Números inteiros Positivos:construção da noção de potência e de raiz quadradaMedidas de comprimento, superfície, volume, capacidade e massa:construção da noção; comparação de grandezas de mesma natureza;

GRANDEZAS resolução de problemas de contextos diversos; relações entre unidades E convencionais das medidas referidas no item.

MEDIDAS Medidas de tempo, temperatura, valor monetário e ângulos: resolverproblemas em contextos diversos.Perímetro e área de figuras planas: construir a noção; associar às idéiasde contornar e ladrilhar.

Espaço BidimensionalDescrever o deslocamento de objetos; noção de direção e sentido e de coor-denadas; uso de instrumentos diversos (mapas, croquis, plantas baixas, etc)Noção de ângulos associada à idéia de mudança de direção;identificação de

ESPAÇO ângulos e seguimento de retas em figuras poligonais; caracterização de figuE ras geométricas planas.

FORMA Planificação e representação de vistas de formas tridimensionais. Simetria de Reflexão: construir figuras explorando as propriedades características associando as figuras às formas da natureza e as construídos pelo homem;Noção de paralelas e perpendiculares.

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TRATAMENTO Leitura, interpretação e construção de gráficos e tabelas; estabelecer rela-ções entre as informações existentes nesses registros; construção do signi-

DA ficado de média aritmética;calcular a média aritmética em diferentes contex-INFORMAÇÃO tos; problemas envolvendo interpretação de informações representadas em

tabelas e gráficos.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - MÓDULO VEIXOS TEMÁTICOS

CONTEÚDOS

Números Inteiros Relativos, Racionais Relativos e IrracionaisNÚMEROS Produção, interpretação e escrita dos números inteiros e racionais relativos;

E Operações com números relativos, associadas à resolução de situações proOPERAÇÕES blemas utilizando as estruturas aditivas; números decimais periódicos; dízi-

mas periódicas; relação entre dízima periódica e fração ordinal; identificação de números irracionais.

GRANDEZAS Proporcionalidade entre grandezas: grandezas diretamente e inversamenE te proporcionais; problemas de proporcionalidade em contextos diversos;

MEDIDAS Juros simples e compostos: construção da noção; procedimentos para calculá-los em situações que envolvem contextos sociais e matemáticos.

Figuras bidimensionais no plano: representação usando malhas; seme-lhança de figuras planas; transformação no plano (homotetia); relações de se

ESPAÇO melhança entre triângulos; relações métricas no triângulo retângulo;Teorema

E de Pitágoras; resolução de problemas em contextos diversos; FORMA Polígonos: soma dos ângulos internos; perímetro; área de quadrados, retân

gulos, triângulos, paralelogramos e trapézios; relações entre áreas e períme-tros de quadrados e retângulos reduzidos segundo uma razão.

TRATAMENTO Problemas envolvendo informações representadas em tabelas e gráficos; DA construção do significado de moda e mediana; problemas envolvendo os in-

INFORMAÇÃO dicadores de tendência central (moda, mediana e média aritmética) em com-textos diversos

Desenvolvimento da noção de variável; construção das noções de incógnita

FUNÇÕES e de equação; resolução de problemas de contexto envolvendo equações E simles; resolução de sistemas de equações simples do primeiro e do segun

ÁLGEBRA do graus e aplicação em contextos diversos.

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CONTEÚDOS DE MATEMÁTICANÍVEIS DE ENSINO EI Ens. Fundamental EJA CONTEÚDOS EI C1 C2 C3 C4 M1 M2 M3 M4 M5Número Natural X X X X X X X X X

Conceito X X X X X X X XRepresentação X X X X X X X XOperações com números naturais X X X X X X X XSistema Numeração Decimal X X X X X XNúmeros Inteiros Relativos X XOperações com números inteiros X XNúmeros Racionais X X X X X X XOperações com Números Racionais X X X X XPorcentagem X X XProporcionalidade X X X XJuros X X X XNúmeros Irracionais: conceito e operações

X X

Números Reais: conceito e operações X X

Comprimento X X X X X X X X X XTempo X X X X X X X X XValor Monetário X X X X X X X X XPerímetro X X X X X X XÁrea X X X X X X X xVolume X X X X X X XMassa X X X X X X XTemperatura X X X XCapacidade X X X XÂngulo X X X X X X

Formas bidimensionais X X X X X X X X X XFormas tridimensionais X X X X X X X X XTransformações no plano X X X X X X X X X XTransformações no Espaço X X X XGeometria Dedutiva XParalelismo X X X X X XPerpendicularismo X X X X X XSemelhança e congruência de figuras X X X X X X XRelações métricas no triângulo X X

Gráficos X X X X X X X X X XTabelas X X X X X X X x

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Amostras X X X X x xGráficos X X X X x xModa X X x x

Mediana X X x x

Média Aritmética X X X XNoções de Probabilidade X X X X X X XLeitura e intepretação de informaçõesveiculadas em contextos diversos X X X X X

Equações do primeiro grau em Q X X XProblemas do primeiro grau X X X

Expresões Algébricas X XMonômios e polinômios XProdutos notáveisEquações do primeiro grau em R X X XInequações do primeiro grau em R XEquações do segundo grau X XInequações do segundo grau em R XProblemas do segundo grau X XFunções e gráficos X x

Bibliografia específicaCARRAHER, D. W. Educação tradicional e educação moderna. In: Terezinha Nunes Carraher (org.). Aprender pensando: contribuições da Psicologia Cognitiva para a Educação. 9a ed., Petrópolis: Vozes, 1994.MORETTO, V. P. Reflexões construtivistas sobre habilidades e competências.Disponível em: www.uol.com.br/fvc/nebe06.pdf.>. 2002.

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ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

FundamentaçãoO ensino das Ciências Humanas fundamenta-se nos

princípios do direito à igualdade e no respeito às diferenças, nos valores da ética e da autonomia como pressuposto para a construção e exercício permanente da cidadania. Em consonância com Machado (1997), entende-se que “educar para a cidadania deve significar também semear um conjunto de valores universais, que se realizam com o tom e a cor de cada cultura” (p.107).

Nessa perspectiva, compreendendo os campos de conhecimento da educação, da História, da Geografia, da Sociologia, da Filosofia, da Psicologia e do Ensino Religioso, o ensino das Ciências Humanas deverá proporcionar aos alunos o conhecimento de si mesmos, com vistas ao estabelecimento de relações sociais pautadas na solidariedade e na afetividade. E é neste sentido, que Freire (1996) afirma que “como experiência especificamente humana, a educação é uma forma de intervenção no mundo” (p.110).

Deverá, ainda, possibilitar aos estudantes situar-se no tempo e no espaço, estabelecendo relações entre diferentes momentos e espaços (CARRETERO, 1997) e compreendendo os significados da identidade, da sociedade e da cultura.

Entende-se, também, que a proposta das Ciências Humanas para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos deverá ter como eixos orientadores do trabalho docente os conceitos básicos dos componentes curriculares estudados nestas modalidades de ensino. Neste sentido, Carretero (1997) sugere “uma introdução progressiva desses conceitos, que leve em consideração o conhecimento prévio do aluno e o nível de complexidade e abstração da informação” (p. 50).

Assim, a História e a Geografia deverão ter na sua base conceitual o tempo, o espaço, a natureza, a cultura e as relações

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sociais que, tal como estão colocados, ou seja, na base, possibilitarão seu desdobramento e conseqüente formação de uma rede conceitual que permita maior compreensão dos fenômenos estudados. NATUREZA

TEMPO RELAÇÕES SOCIAIS ESPAÇO

CULTURA

Competências gerais da área Ler, contextualizar e interpretar os significados dos fenômenos histórico-sociais expressos pela humanidade, através de diferentes linguagens, com vistas a posicionar-se criticamente diante dos acontecimentos do seu cotidiano na busca de soluções que favoreçam a coletividade. Desenvolver atitudes de preservação da memória coletiva, zelando pelo patrimônio cultural, social e ambiental e entendendo-o como bem coletivo. Utilizar as ferramentas fornecidas pelas ciências humanas em ações propositivas que visem a melhoria da qualidade de vida das pessoas, garantindo o respeito à diversidade e o direito a oportunidades iguais. Compreender como a experiência da humanidade pode interferir na sua maneira de viver, de pensar e de resolver as questões presentes no cotidiano. Perceber que existem diferentes leituras e maneiras de refletir sobre um mesmo fato e que o conhecimento pode ser construído,

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com autonomia, a partir das incertezas, da crítica e da comparação entre fatos diversos.

Componente curricular: História

Fundamentação A História é aqui compreendida como ciência, que através dos seus procedimentos de análise e dos conceitos utilizados, busca retratar o movimento das sociedades, compreender seus mecanismos e reconstituir os processos históricos. Compreende que a realidade é social, logo culturalmente construída e, desta forma, considera as dimensões da pluralidade e da diversidade, tanto em relação aos sujeitos e grupos, como no que se refere aos temas tratados. A História envolve a produção do conhecimento, a experiência humana e as práticas sociais e incorpora a dimensão do cotidiano como expressão das representações socialmente construídas, dos sonhos e dos desejos presentes nessas representações.

Assim, propomos estudar a história das mentalidades, do cotidiano, da cultura e da vida material, trabalhando de forma articulada às histórias individuais e coletivas, à História do Brasil e à História Geral, na perspectiva de integrar o estudo da História com o de outros componentes curriculares.

Nessa proposta, entende-se que o ensino de História deverá suscitar a reflexão a respeito da atuação humana em diferentes períodos e sociedades, privilegiar a construção de esquemas cognitivos, desenvolver competências e incitar a permanente atitude investigativa dos alunos, favorecendo, assim, o exercício da cidadania no seu sentido mais amplo. Nesse sentido, estudar História é aprender a refletir criticamente sobre tudo que nos diz

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respeito e para isso é necessário ler textos e interpretá-los, comparando, confrontando e questionando diferentes idéias.

Sugere-se, ainda, que imagens como fotografias, desenhos, mapas e gráficos sejam utilizadas em sala de aula como fonte documental para informar sobre a cultura dos povos e levar os alunos a refletir sobre os diversos olhares revelados diante de um acontecimento.

Desta forma, os estudantes deverão compreender que não existe apenas uma maneira de pensar e de ver o mundo, a partir da dúvida, da reflexão e da crítica, com autonomia, deverão construir seus conhecimentos.

Competências Identificar-se como ser histórico, escrevendo a própria história e considerando as histórias individuais como parte integrante das histórias coletivas. Estabelecer relações temporais entre passado e presente de maneira sistemática. Identificar diferenças e semelhanças nas formas de organização social Analisar, sintetizar e interpretar situações, dados e fatos históricos, expondo seu pensamento para participar ativamente da sociedade. Ler e interpretar os significados dos diversos acontecimentos históricos, expressos por meio da utilização de variadas linguagens. Narrar e analisar os acontecimentos da vida humana em diferentes tempos históricos. Respeitar a diversidade étnica, religiosa, social e de gênero, considerando critérios éticos.

CONTEÚDOS DE HISTÓRIA

CONTEÚDOS DE HISTÓRIAEd.Inf. Ensino

FundamentalEJA

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IICICLOS MÓDULOS

I II III IV I II III IV V

Construção da identidade social

Nome do aluno, dos familiares, história do aluno, elementos de identificação do cidadão.

X X X X X X X X X X

A humanidade e a história X X X XOrigem da humanidade X X X X

Relações e ordenações temporais

Relações temporais imediatas: antes e depois.

X X

Relações temporais: construção das noções de seqüência

X X

Relações temporais: construção das noções de duração e simultaneidade.

X X X X X X

Ordenações temporais: dia e noite

X

Ordenações temporais: dia e noite, dias da semana.

X

Ordenações temporais: dia, mês, ano, século.

X X X X X X X

Elementos e manifestações

culturais

Elementos e manifestações culturais da comunidade.

X X X X X

Elementos e manifestações culturais do bairro

X X X X

Elementos e manifestações culturais do Recife.

X X

Elementos e manifestações culturais de Pernambuco

X X

Formas de organização

social

Organização social da família e da escola.

X X

Organização social, política e econômica do bairro ontem e hoje.

X X

Organização social e política do Recife ontem e hoje: diferentes modos de vida no município

X X

Organização social e política de Pernambuco ontem e hoje: diferentes modos de vida nas sub-regiões do estado: litoral, mata, agreste e sertão.

X X

Formas de organização social dos primeiros grupos humanos

X X

História dos grupos humanos

História do bairro: origem, nome, primeiras edificações, formas de organização.

X X

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História do Recife: origem, povoamento, processo de urbanização; invasões e movimentos sociais.

X X

História de Pernambuco: origem, povoamento, processo de ocupação do interior, invasões, movimentos políticos e sociais.

X X

História dos grupos humanos

As civilizações clássicas ocidentais

X X

As primeiras civilizações da América

X X

Ocidente medieval X XImpério Bizantino X XOcidente moderno X XAmérica colonial X XBrasil colônia X XRevoluções burguesas na Europa

X X

Era napoleônica X XCrise do sistema colonial americano

X X

Brasil Império. X XConsolidação do capitalismo no mundo ocidental

X X

Expansão do capitalismo no século XX

X X

Brasil: república velha X XRegimes totalitários na Europa X XBrasil: era Vargas X XSegunda Guerra Mundial X XA guerra fria X XBrasil: nova república X XNova ordem internacional X XO Brasil no contexto da nova ordem internacional

X X

CONTEÚDOS DE HISTÓRIA DO RECIFE

CONTEÚDOSEns.Fund. EJAIII IV IV V

Origem e localização X XOrganização econômica e social no período colonial

X XOs holandeses no Recife X XConflitos políticos entre o Recife e Olinda no século XVIII

X XOs movimentos liberais do Recife X X

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Estrutura urbana e arquitetura histórica X XOrganização social, política e econômica do Recife nos séculos XIX e XX X XManifestações culturais do Recife X X

Componente curricular: ILT - Introdução às Leis Trabalhistas

FundamentaçãoA disciplina Introdução às Leis Trabalhistas deverá

possibilitar aos alunos conhecimento e a compreensão histórico-social sobre o mundo do trabalho, permitindo-lhe a formação de uma consciência critica e favorecendo sua formação integral como cidadão.

Competências Questionar, se o direito à cidadania está sendo respeitado e se seu exercício é garantido para toda a população. Analisar e criticar a legislação social procurando atuar sobre ela. Organizar-se para defender os interesses individuais e coletivos, divulgando a legislação existente.

CONTEÚDOS DE ILT

CONTEÚDOS DE ILTEd.Inf Ensino Fundamental

IICICLOS MÓDULOS de EJA

I II III IV I II III IV VHistórico das lutas trabalhistas x xReivindicação dos trabalhadores x xA ação direta dos trabalhadores x xOs congressos operários x xA legislação trabalhista na era Vargas x xA consolidação das Leis do Trabalho x x

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Contrato de trabalho x xJornada de trabalho x xO trabalho da mulher e do menor x xHoras extras x xFérias x xF.G.T.S. x xRepouso semanal remunerado x xSegurança no trabalho x xTrabalho noturno x xPiso salarial x xSalário mínimo x xSalário referencial x xRescisão do contrato de trabalho x xSaque do F.G.T.S. x xAviso prévio x xO novo contrato de trabalho (Lei 9.601/98) x xO trabalho doméstico x x

Bibliografia específicaAUMONT, J. A Imagem. Campinas: Papirus, 1993.BARLEUS, Gaspar. História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil. Fundação de Cultura da cidade do Recife. Recife, 1980.BERNARD, Jean Claude e RAMOS, Aklcides. Cinema e História do Brasil. São Paulo: Contexto, 1988.BOBBIO, Norberto. Liberalismo e democracia. 3ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1990BORI , Alfredo. Cultura brasileira. São Paulo: Ática, 1987.BURKE, Peter. (org.) A escrita da História. São Paulo: UNESP; 1992.CABRINI, Conceição. et al. O ensino de História: revisão urgente. São Paulo: EDUSP, 1996.CALVINO, Ítalo. Seis propostas para o novo milênio. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

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________ . Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.CARDOSO, Ciro Flamarion S. Iconografia e História. Resgate, Campinas: Unicamp, v. 1, p. 09-17, 1990.CARDOSO, Ciro Flamarion S. & BRIGNOLI, Hèctor Pérez. Os métodos em História. 2ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 1981.CARRETERO, Mario. Construir e ensinar: as Ciências Sociais e a História. Trad. Beatriz Affonso Neves. Porto alegre: Artes Médicas, 1997. CROUZET, Maurice. História geral das civilizações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, v.1, 1998.DIDIER, Maria. T.; REZENDE; Antônio P. Rumos da História. São Paulo: Atual, 2001.ENGELS; Friederich. A origem da família da propriedade e do estado. São Paulo: Global Editora, 1985.FONSECA, Selva Guimarães. Caminhos da História ensinada. Campinas: Papirus, 1993.HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções (1789 – 1884). Rio de Janeiro: Paz e Terra: 1977.HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.MACHADO, Nilson José. Ensaios transversais: cidadania e educação. São Paulo: Escrituras Editora, 1997.NOVAIS, Fernando. História da vida privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.PAGANELLI, Tomoko Y. et. al. A noção de espaço e de tempo e o mapa gráfico. Rio de Janeiro: Secretaria de Educação do Estado, s.d.PANNUTI, Maria Regina V. (org.). Estudos sociais: Uma proposta para o professor. Petrópolis: Vozes, 1985.PENTEADO, Heloísa Dupas. Metodologia do ensino de História e Geografia. São Paulo: Cortez, 1991.PIAGET, Jean. A noção do tempo na criança. Rio de Janeiro: Record, s.d.

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SKIDMORE; Thomas. Brasil: de Getúlio a Castelo. 9ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.VIOTTI DA COSTA, Emília. Da senzala à colônia. São Paulo: Difel, 1996._______ . Da monarquia à república. Momentos decisivos. São Paulo: Difel, 1966. ZAIDAN, Michel. A história como paixão. 3ª ed. Recife: Editora Universitária, 1993.

Componente curricular: Geografia

FundamentaçãoTendo o espaço geográfico como objeto de estudo da

sociedade, a Geografia constitui uma dimensão da Ciência Social, sem a qual as pessoas não conseguem analisar e interpretar a sua realidade existencial, para transformá-la. Lefebvre (1989) e Santos (1980) argumentam que esse espaço é, simultaneamente, meio e condição para a concretização do processo de formação – econômica, social, cultural, política e territorial – da sociedade. Por esta razão, o espaço geográfico é um espaço social no qual as pessoas concretizam ações que buscam – de acordo com objetivos, interesses, desejos e sonhos – transformar as suas condições objetivas e subjetivas de existência.

Convém, ainda, reforçar, no sentido acima exposto, que o espaço geográfico, de acordo com Santos (1997), constitui um conjunto indissociável, contraditório e solidário de sistemas de objetos e sistemas de ações; os primeiros, representando o resultado da materialização das ações sociais – casas, prédios, hospitais/postos de saúde, escolas, ruas/avenidas, bairros etc – e os segundos, constituindo as próprias práticas e experiências sociais que usam aqueles mesmos objetos para se realizarem – ações

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individuais e coletivas, movimentos sociais, execução de gestões públicas, ações solidárias etc – num movimento permanente e inacabado.

No que tange ao papel do espaço geográfico na ação educativa, Freire (1991) alerta os educadores para estarem atentos ao fato de que há uma pedagogicidade indiscutível na materialidade do espaço. Nesse sentido, diz ele que se faz:

[...] incrível que não imaginemos a significação do ‘discurso’ formador que faz uma escola respeitada em seu espaço. A eloqüência do discurso ‘pronunciado’ na e pela limpeza do chão, na boniteza das salas, na higiene dos sanitários, nas flores que adornam (p. 50).

Da mesma maneira, pode-se pensar sobre a situação dos lugares nos quais vivem os nossos alunos e as nossas alunas.

Não podemos também deixar de mencionar outro momento no qual a importância do espaço, enquanto suporte, aparece na reflexão de Freire (1991):

A invenção da existência a partir dos materiais que a vida oferecia levou homens e mulheres a promover o suporte [...]. A experiência humana no mundo muda de qualidade com relação à vida animal no suporte. O suporte é o espaço, restrito ou alongado, a que o animal se prende ‘afetivamente’ tanto quanto para resistir, é o espaço necessário a seu crescimento e que delimita seu domínio. [...] Faltam ao ‘movimento’ dos outros animais no suporte a linguagem conceitual, a inteligibilidade do próprio suporte de que resultaria inevitavelmente a comunicabilidade do inteligido, o espanto diante da vida mesma, do que há nela de mistério (p.56).

Ademais, o espaço é tão importante à vida humana que, argumenta Santos (1987), cada ser humano é valorizado e respeitado na sociedade em função do lugar de onde ele vem. Desse modo, faz-se mister que a condição da cidadania se faça presente em todos os lugares para que a cidadania também seja ampliada aos homens e mulheres. A análise das vivências socioespaciais facilita a realização das abstrações necessárias para o entendimento da realidade concreta – nos seus níveis local,

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regional e global – sem as quais as pessoas não se percebem como parte do espaço.

Diante da importância do espaço como instância social dos homens, os professores de Geografia se vêem com o compromisso de, juntos com os colegas que atuam nas demais dimensões do conhecimento, fazerem um esforço transdisciplinar para, norteados por uma pedagogia da esperança (FREIRE, 1999), contribuírem no sentido da construção de competências que assegurem a formação de sujeitos autônomos e, portanto, capazes de intervir no processo de construção da sua sociedade de modo democrático; ao mesmo tempo, desmanchando discursos e consensos político-ideológicos que, calcando-se em ações no espaço – modernização, revitalização/renovação urbana, turistificação de lugares... – apenas mascaram privilégios e reforçam as exclusões e as desigualdades socioespaciais.

Dentre os inúmeros significados da noção de competência, definimos este termo, com Perrenoud (1999):

[...]como sendo uma capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles. Para enfrentar uma situação da melhor maneira possível, deve-se, via de regra, pôr em ação e em sinergia vários recursos cognitivos complementares, entre os quais estão o conhecimento (p.7).

O que significa, então, para a Geografia, esse agir eficazmente em um determinado tipo de situação apoiado em conhecimentos sem, no entanto, limitar-se a estes conhecimentos, numa sociedade desigual? Significa apreender a lógica do processo contemporâneo de construção do espaço, apoiada num conhecimento geográfico, construído transversalmente com outras dimensões da Ciência, bem como nos conhecimentos fundamentados na experiência de vida dos educandos. Isso, sem limitar-se a esses conhecimentos, a fim de deixar espaço para o afloramento da autonomia para pensar e para ser criativo.

O ensino de Geografia propõe, portanto, garantir aos estudantes o acesso aos princípios e simbologias específicos desta

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dimensão da Ciência, considerando-os como representações de fatos e fenômenos materializados no espaço, a partir das interações entre o natural e o social. A Geografia preocupa-se em facilitar a leitura concreta do mundo concreto, mostrando as relações que se estabelecem no tempo-espaço entre a natureza e as sociedades por meio do espaço, tal como dito acima.

A prática pedagógica para o ensino da Geografia deverá privilegiar o desenvolvimento da capacidade de observação, identificação, comparação, análise, síntese e interpretação, ao invés de utilizar procedimentos didáticos que contemplem apenas a descrição das paisagens, como fazia a Geografia Tradicional.

Compreendendo que o aluno é sujeito do seu processo de aprendizagem, a Geografia deverá contribuir para a construção da identidade cidadã do estudante, expressa na sua identificação com o espaço – lugar, território... – que ocupa e que usa no mundo, buscando a igualdade de oportunidades, a luta pela melhoria da qualidade de vida e o respeito à diversidade. Respeitando esses pressupostos, o ensino da Geografia deverá proporcionar situações que levem à sistematização dos saberes empíricos, bem como à aquisição de novos conhecimentos sobre o espaço geográfico no qual os alunos estão inseridos.

Competências Reconhecer o lugar como espaço vivido mediato e imediato na interação dos homens e mulheres com o mundo, estabelecendo relações de inclusão espacial. Situar-se no espaço geográfico, nas diversas escalas espaciais de referência; para se encontrar e atuar nos seus lugares de existência. Utilizar-se do conhecimento acerca do espaço geográfico, e das diferentes formas espaciais; para posicionar-se e atuar nos processos de construção dos espaços urbano e rural.

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Analisar o espaço geográfico através das suas diversas formas de representação espacial; para interpretar o processo de organização territorial dos homens e mulheres no mundo, intervindo nesse processo. Reconhecer a delimitação das fronteiras dos territórios, como uma manifestação das relações de poder no espaço; na busca de soluções para os conflitos socioterritoriais. Identificar as diversidades sócio-ambientais contidas nos diferentes espaços geográficos, contextualizando a questão ambiental; na busca da construção do desenvolvimento sustentável. Analisar as desigualdades sócio–espaciais; para entender os processos de segregação social e atuar na construção do espaço do cidadão.

CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA

CONTEÚDOS DE GEOGRAFIAEd.Inf Ensino Fundamental

CICLOS EJA

II I II III IV I II III IV V

Orientação e localização

espacial

Relações topológicas (em frente, atrás, em cima, embaixo, dentro, fora) entre as pessoas e os objetos

X

Relações projetivas: (lateralidade - direita / esquerda) entre os objetos e as pessoas da casa e da escola a partir do ponto de vista do observador

X X

Direções cardeais: Norte, Sul, Leste,Oeste

X X X X X X X

Direções cardeais e colaterais: Norte, Sul, Leste, Oeste; Nordeste, Sudeste, Noroeste, Sudoeste

X X X X X

Orientação e localização espacial do bairro no município e em relação aos bairros vizinhos

X X

Orientação e localização espacial dos espaços rurais e urbanos do município do Recife

X X

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Limites do Estado de Pernambuco

X X

Localização espacial através das coordenadas geográficas

X X

Organização espacial: relações de inclusão entre

os diversos espaços.

Relações de inclusão espacial: entre o aluno, a sala de aula e a escola

X X X

Relações de inclusão: entre o aluno, a sala de aula, a escola e o bairro

X X X

Inclusão do Recife no Estado de Pernambuco e no Brasil, através de mapas

X X

Inclusão do Estado de Pernambuco no Nordeste, no Brasil, na América do Sul e no mundo, através de mapas

X X

Representação espacial

Representação do espaço vivido através do desenho ou da linguagem oral

X X X

Representação do contorno e da forma dos objetos, das pessoas e dos lugares a partir da visão oblíqua (a partir do chão) e da visão vertical (a partir do alto e de cima para baixo)

X X X X X X

Representação e identificação de objetos, pessoas e lugares em seu tamanho real e a partir da sua redução proporcional (escala) em desenhos, fotografias, maquetes e mapas

X X X X X X X

Semiologia espacial: construção e leitura de legendas (significantes e seu significado)

X X X X X X X X X

Leitura e representação espacial do Recife

X X

Leitura e representação espacial de Pernambuco

X X

Leitura e representação espacial do Brasil.

X X X X

Leitura e representação espacial do mundo.

X X X X

Elementos naturais e culturais do

espaço de vivência

Elementos naturais X X XElementos culturais X X XDiferenças e semelhanças entre os elementos naturais e culturais

X X

Os movimentos da Terra

determinando

Influência do movimento de rotação da Terra na vida das pessoas

X X X X X X X X

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mudanças nos ritmos biológicos.

Influência do movimento de translação da Terra na vida das pessoas

X X X X X X X

Paisagens naturais: clima e vegetação,

relevo e hidrografia.

Clima, vegetação, relevo e hidrografia interferindo e recebendo interferência do cotidiano das pessoas que ocupam ou ocuparam o bairro

X X

Clima, vegetação, relevo e hidrografia interferindo e recebendo interferência do cotidiano das pessoas que ocupam ou ocuparam o Recife

X X

Clima, vegetação, relevo e hidrografia interferindo e recebendo interferência do cotidiano das pessoas que ocupam ou ocuparam as sub-regiões de Pernambuco.

X X

Atividades econômicas

Comércio, serviços, indústria, atividades extrativas e atividades reprodutivas (agricultura e pecuária) expressas nas atividades do cotidiano do bairro.

X X

Comércio, serviços, indústria, atividades extrativas e atividades reprodutivas (agricultura e pecuária) expressas nas atividades do cotidiano do Recife.

X X

Comércio, serviços, indústria, atividades extrativas e atividades reprodutivas (agricultura e pecuária) das sub-regiões de Pernambuco.

X X

Os serviços públicos oferecidos à população do bairro e a importância da participação da sociedade na gestão e manutenção desses serviços

X X

Os serviços públicos oferecidos à população do Recife e a importância da participação da sociedade na gestão e manutenção desses serviços

X X

Relações sociedade-natureza e desenvolvimen-to

sustentável

O relevo terrestre e a sua apropriação pelos homens e mulheres.

X X X X

Recursos hídricos: apropriação e impactos ambientais

X X X X

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Atmosfera, biosfera e as inter-relações com as sociedades humanas

X X X X

Conceito e importância da

Geografia

A Geografia no dia-a-dia X X X X X X X X X XPrincípios da Geografia X X X X

As inter-relações entre a cidade e o

campo

Lugares e modo de vida urbano e rural.

X X

Problemas da cidade e problemas do campo: serviços sociais e cidadania

X X

As paisagens naturais do Brasil e a sua apropriação

X X

Dinâmica demográfica brasileira no contexto mundial

X X

As atividades econômicas brasileiras e as relações internacionais

X X

A singularidade geográfica das regiões brasileiras e a identidade nacional

X X

Regionalização mundial

Continentes e oceanos X XPaisagens naturais dos diversos continentes: sua influência e apropriação humana

X X

Divisão internacional do trabalho e modelos sócio-econômicos: capitalismo, socialismo, social-democracia...

X X

Nova divisão internacional do trabalho e blocos internacionais de poder: UE, NAFTA, MERCOSUL e outros

X X

Crescimento econômico e apropriação da riqueza mundial: desenvolvimento x subdesenvolvimento; centro x periferia; primeiro mundo x segundo mundo x terceiro mundo; norte x sul.

X X

Impactos ambientais globais

e lutas pela preservação

Efeito estufa, buraco na camada de ozônio, escassez de água doce, industrialização e consumismo, produção e destino dos resíduos sólidos.

X X

A mundialização da economia e as

novas territorialidades

Diversidade cultural e conflitos nacionais: Pais Basco e Catalunha x Espanha; Irlanda do Norte x Grã-Bretanha, Indonésia, África e outros

X X

Narcotráfico e novos paraísos X X

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fiscaisNovos movimentos sociais: de bairro, de gênero e o papel das Organizações Não-Governamentais.

X X

Diversidade étnico-religiosa e conflitos políticos: árabes x israelenses, muçulmanos x católicos e outros.

X X

Bibliografia específicaALMEIDA, R. D. & PASSINI E. Y. O espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo: Contexto, 1989.ALMEIDA, R. D. SANCHEZ, M. C. PICARELLI. As Atividades cartográficas: ensino de mapas para jovens. São Paulo: Atual, 1997.ANDRADE, M. C. O desafio ecológico: utopia e realidade. São Paulo: Hucitec, 1994 ANDRIGHETTI, Y. Nordeste: mito e realidade. São Paulo: Moderna, 1998.ARAÚJO, Tânia Bacelar et al. A opção brasileira. Rio de Janeiro: Contraponto, 1998.IANNI, Octávio. A sociedade global. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1992.KRUGMAN, Paul. Globalização e globobagens. Rio de Janeiro: Campus, 1998.LEFEBVRE, Henri. A revolução urbana. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG, 1999.PAGANELLI, T. Y. et al. A noção de espaço e tempo o mapa e o gráfico. Rio de Janeiro: Secretaria de Educação do Estado, s.d.PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e o livro didático: uma análise crítica. Belo Horizonte: Lê, 1994.SANTOS, M. Por uma Geografia nova: da crítica da geografia a uma geografia crítica. 2a ed. São Paulo: Hucitec, 1980.______. O espaço do cidadão. São Paulo: Hucitec, 1987.______. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1997.

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______. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 4ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.SANTOS, M. et al. Fim do século e globalização. São Paulo: Hucitec/Anpur, 1993.SANTOS, M.; SOUZA, M.A. e SILVEIRA, M. A. Território: globalização e fragmentação. São Paulo: Hucitec, 1994.SANTOS M. et al. Natureza e sociedade de hoje: uma leitura geográfica. São Paulo: Hucitec/Anpur, 1997.SIMIELLI, M. E. R. Cartografia e ensino. São Paulo. Tese (Doutorado) FFLCH, USP, Departamento de Geografia, 1997.

Componente curricular: Ensino Religioso

FundamentaçãoO ensino Religioso assegurado na Constituição Federal

(artigo 210 – parágrafo 1º); respaldado na LDBEN nº 9.394/96 com sua nova redação, lei nº 9.475/97, artigo 33,§2º, acorda o seguinte: “À escola compete garantir o acesso ao conhecimento religioso, a seus componentes epistemológicos, sociológicos e históricos, assegurando o respeito à diversidade cultural-religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.” Alicerça-se nos princípios da cidadania, no respeito ao outro. Como área do conhecimento, trata do conhecimento religioso, tendo como objeto de estudo o fenômeno religioso.

Visando ao desenvolvimento integral da personalidade do aluno, o ensino religioso é componente curricular do processo educativo, parte integrante da formação do ser humano, como pessoa e cidadão. Tem como objetivo a compreensão da busca do transcendente, tal como é concebido nas mais variadas culturas e tradições religiosas, e o sentido da vida, que dão critérios e segurança ao exercício de valores universais. Sendo assim, tudo que diz respeito à felicidade, à plenitude da humanidade é questão

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prioritária do Ensino Religioso, pois este também se preocupa com o sentido da existência do ser humano. Questiona a religião que justifica o sistema vigente e mostra que a razão dos problemas sociais é social. Deus é libertador dos oprimidos e compactua com ações de transformação, justiça, solidariedade, fraternidade e igualdade entre todos.

A educação, a cultura, a identidade e vínculo social, também dependem da autenticidade dos valores que se solidificam a partir da certeza transcendental, e de uma ética que se consolida, sobretudo, através do processo educativo iniciado na família, valorizado na educação escolar e, particularmente, no ensino religioso.

Tem o compromisso de proporcionar oportunidade para que o educando descubra o sentido mais profundo da existência; encontre caminhos e objetivos adequados para sua realização; e valores que lhe norteiem o sentido pleno da própria vida, conferindo-lhe assim, especial dignidade como ser humano e respeito por si mesmo, pelos outros e pela natureza, na luta pela construção de uma sociedade mais justa, centrada na solidariedade, na defesa e na promoção integral da vida.

Competências Analisar o papel das tradições religiosas na estrutura e manutenção das diferentes culturas e manifestações sócio-culturais; Compreender o significado das afirmações e verdades de fé das tradições religiosas; Situar-se como elemento construtor da sua realidade, estabelecendo compromissos solidários na escola, comunidade e trabalho; Reconhecer as possíveis respostas norteadoras do sentido da vida: Ressurreição, reencarnação, ancestralidade, nada;

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Compreender o sentido da vida sustentado pelas crenças, doutrinas, normas e métodos de relacionamento com o transcendente, com os outros e consigo mesmo; Reconhecer o fenômeno religioso como experiência universal, identificando as expressões religiosas predominantes na sociedade, nas organizações populares e o papel destas frente às formas de agressão à vida; Analisar problemas relacionados com a vivência na comunidade; Identificar formas de agressão à vida, interagindo com a não violência; Contribuir com condutas que promovam a verdade, a paz, o amor e a vida; Respeitar a diversidade e a pluralidade religiosa, percebendo a unidade na diversidade das tradições religiosas, como por exemplo, a defesa da vida, a busca de sentido, a necessidade da transcendência; Identificar os símbolos mais importantes de cada tradição religiosa, comparando seus significados e importância para o ser humano; Identificar as causas da violência e da injustiça com que se depara a vida sobre a terra, desenvolvendo o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justiça; Valorizar e respeitar as manifestações religiosas e culturais da comunidade; Reconhecer os ritos utilizados pelas tradições religiosas com o relacionamento com o transcendente, consigo mesmo, com os outros e com o mundo; Conscientizar-se de que o amor fraterno é condição prioritária e imprescindível para transformação da sociedade; Construir um projeto de vida positiva, criadora, esperançosa e feliz; Desenvolver a sensibilidade, a solidariedade e o compromisso diante de situações em que se atente contra os direitos humanos;

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Discernir e desenvolver ações adequadas à preservação da natureza como atitude de respeito à vida; Questionar se o direito à cidadania está sendo respeitado e se seu exercício e garantido a todos; Conscientizar-se de que é colaborador do progresso e agente da construção da história.

CONTEÚDOS DE ENSINO RELIGIOSOCONTEUDOS Ens.

Fund.III IV

- As orientações para o relacionamento com o outro, permeado por valores x- A idéia do transcendente na visão tradicional e atual x- A função política das ideologias religiosas x- A evolução da estrutura religiosa nas organizações humanas no decorrer dos tempos x- O conhecimento do conjunto de normas de cada tradição religiosa, apresentado para os fieis no contexto da respectiva cultura

x

- A fundamentação dos limites éticos propostos pelas várias tradições religiosas x- O conjunto de muitas crenças e doutrinas que orientam a vida do fiel nas tradições religiosa

x

- As possíveis respostas norteadoras do sentido de vida: Ressurreição, reencarnação, ancestralidade, nada

x

- As determinações da tradição religiosa na construção mental do inconsciente pessoal e coletivo

x

Bibliografia específica _______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996._______. Fórum Nacional Permanente de Ensino Religioso. Parâmetros curriculares nacionais: Ensino Religioso. 3ª Ed. São Paulo: AM Edições, 1999_______. Fórum Nacional Permanente de Ensino Religioso. Capacitação para um novo milênio. Cadernos de estudo. Curso de ensino religioso. Edição, própria, 2000.REVISTA DIÁLOGO. A matriz cultural religiosa brasileira. São Paulo: Paulinas, 1996. ENSINO RELIGIOSO. Referencial curricular para a proposta pedagógica da escola. Caderno temático. nº 1 FONAPER 2000.

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