A convergência entre comunicação e arte indígena

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Pretendeu-se, por meio desse estudo, uma leitura semiótica do artesanato Pataxó da Bahia, a luz da contribuição da Teoria do Signo não-verbal, a fim de que sejam identificados os valores simbólicos que são atribuídos ao fazer artístico da comunidade, tanto pelos seus produtores quanto pelos consumidores. Os estudos propostos permitiram o levantamento dos procedimentos tradicionais que contribuem para a afirmação étnica e da identidade cultural do índios Pataxó do extremo sul da Bahia, possibilitando o conhecimento das leituras atribuídas ao artesanato Pataxó, notadamente o produzido pelos moradores da aldeia Tibá – Prado (BA).

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IV SEMINÁRIO DE PESQUISA E EXTENSÃO DO EXTREMO SUL DA BAHIA Contradições do século XXI e os desafios para a Educação, Ciência e Tecnologias

Publicação impressa maio/2013

ANAIS DO IV SEMINÁRIO DE PESQUISA E EXTENSÃO DO EXTREMO SUL DA BAHIA – UNEB – CAMPUS X, SET 2008

COMUNICAÇÕES LETRAS 76

A CONVERGÊNCIA ENTRE COMUNICAÇÃO E ARTE INDÍGENA – O ARTESANATO PATAXÓ

COMO PRODUÇÃO DE LINGUAGENS E DE SENTIDOS

Profª M. Sc. Helânia Thomazine Porto Veronez

Professora – UNEB/CAMPUS X

Pretendeu-se, por meio desse estudo, uma leitura semiótica do artesanato Pataxó da Bahia,

a luz da contribuição da Teoria do Signo não-verbal, a fim de que sejam identificados os

valores simbólicos que são atribuídos ao fazer artístico da comunidade, tanto pelos seus

produtores quanto pelos consumidores. Os estudos propostos permitiram o levantamento

dos procedimentos tradicionais que contribuem para a afirmação étnica e da identidade

cultural do índios Pataxó do extremo sul da Bahia, possibilitando o conhecimento das

leituras atribuídas ao artesanato Pataxó, notadamente o produzido pelos moradores da

aldeia Tibá – Prado (BA) que tem como um dos meios de escoamento dos trabalhos, a

venda de artesanatos no Departamento de Educaçao – Campus X/UNEB, na sala do

Núcleo de Pesquisa e Extensão – NUPEX. Para o estudo da arte indígena, elegeu-se Berta

Ribeiro (1989), Godoy (2003) e Novais (1983), estabelecendo-se um diálogo com outros

autores referente à construção da identidade indígena, como: Campos (1998), Sampaio

(1999) e a análise das produções não-verbais foi realizada partindo das teorias de

Santaella (1989), (2000), (2002) e (2003); Pignatari (1987) e Noth (2003) entre outros

autores que constituem os pilares da semiótica da comunicação sem perder de vista as

interações com a materialidade e suas representações icônicas, indiciais e simbólicas que

a arte indígena permite. Nesse sentido, o artesanato dos Pataxó da Bahia se configura

como uma expressão cultural e política, uma vez que é um símbolo eleito como de

resistência, um ícone de fortalecimento da cultura coletiva e índices que retomam a

questão da territorialidade, isto é, sobreviver do artesanato produzido com matéria-prima

natural – sementes de árvores da mata atlântica que ainda se fazem presentes na região.

Palavras-chave: Cultura indígena, Artesanato, Comunidade Pataxó. Semiótica.