A CORRELAÇÃO ORTOGRAFIA x PRONÚNCIA

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A CORRELAÇÃO ORTOGRAFIA x PRONÚNCIA Além das diferenças fonéticas entre os dois idiomas, temos a questão da interpretação ortográfica. Isto é, com que sons devemos interpretar as letras de um texto. Em primeiro lugar, a interpretação da ortografia em inglês apresenta diferenças em relação ao português. Em segundo lugar, e mais importante, a correlação entre ortografia e pronúncia em inglês é notoriamente irregular no âmbito das vogais. Quer dizer: o mesmo grafema (letra) não corresponde sempre ao mesmo fonema (som), isto é, não tem sempre a mesma interpretação, a mesma pronúncia. Para o estrangeiro que está estudando inglês, que tem contato com textos mas não tem a oportunidade de contato freqüente com a língua falada, portanto, que não desenvolveu familiaridade com a forma oral do inglês, a interferência da ortografia na pronúncia das palavras é nociva e persistente Em seu prefácio à peça Pygmalion (1912), o dramaturgo Bernard Shaw escreve: The English have no respect for their language, and will not teach their children to speak it. They cannot spell it because they have nothing to spell it with but an old foreign alphabet of which only the consonants - and not all of them - have any agreed speech value. É importante lembrar que as pessoas por natureza acreditam mais naquilo que vêm do que naquilo que escutam. No estudo do inglês como língua estrangeira, entretanto, temos que nos acostumar a não acreditar no que vemos; e o ditado popular ver para crer precisa ser substituído por ouvir para crer. Em muitos casos e, especialmente com as vogais, a ortografia não serve como indicativo de pronúncia, chegando a ser enganosa e induzindo o aluno freqüentemente ao erro. Vejamos como exemplo o grafema oo. boot - [buwt] book - [bUk] blood - [blâd] brooch - [browtsh] Imagine-se alguém que acabou de aprender a pronúncia da palavra book /bUk/. Muito provavelmente ele irá pronunciar /blUd/ para blood /blâd/. Uma vez corrigido, bem poderá aplicar a nova regra e pronunciar /bât/ para boot /buwt/, ou talvez /mân/ para moon /muwn/, e assim por diante. Outro exemplo notório de interferência da ortografia na pronúncia, é a pronúncia do sufixo _ed referente ao passado: play [pley] - played [pleyd] need [niyd] - needed [niydId] work [wârk] - worked [wârkt] Veja mais sobre isso em: O sufixo de passado ...ed. A constante frustração para o aluno principiante de inglês pode ser facilmente demonstrada pelos exemplos abaixo: OBS.: O fonema vogal neutro do inglês conhecido por "schwa", tradicionalmente representado pelo símbolo //, é aqui representada por /â/, devido às limitações da linguagem HTML. bough - [baw] cough - [khóf] dough - [dow] rough - [râf] through - [thruw] hiccough - [hIkâp] oblige - [âblaydzh] obligation - [ablâgeyshân] obligatory - [âblIgâthowriy] knife - [nayf] fruit - [fruwt] island - [aylând] psychology - [saykhalâdzhiy] country - [khântriy] county - [khawntiy] knowledge - [nalIdzh] sew - [sôw] chaos - [kheyaz] occur - [âkhâr] vehicle - [viyâkâl]

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A CORRELAÇÃO ORTOGRAFIA x PRONÚNCIA   

  Além das diferenças fonéticas entre os dois idiomas, temos a questão da interpretação ortográfica. Isto é, com que sons devemos interpretar as letras de um texto. Em primeiro lugar, a interpretação da ortografia em inglês apresenta diferenças em relação ao português. Em segundo lugar, e mais importante, a correlação entre ortografia e pronúncia em inglês é notoriamente irregular no âmbito das vogais. Quer dizer: o mesmo grafema (letra) não corresponde sempre ao mesmo fonema (som), isto é, não tem sempre a mesma interpretação, a mesma pronúncia. Para o estrangeiro que está estudando inglês, que tem contato com textos mas não tem a oportunidade de contato freqüente com a língua falada, portanto, que não desenvolveu familiaridade com a forma oral do inglês, a interferência da ortografia na pronúncia das palavras é nociva e persistente

Em seu prefácio à peça Pygmalion (1912), o dramaturgo Bernard Shaw escreve:

The English have no respect for their language, and will not teach their children to speak it. They cannot spell it because they have nothing to spell it with but an old foreign alphabet of which only the consonants - and not all of them - have any agreed speech value.

É importante lembrar que as pessoas por natureza acreditam mais naquilo que vêm do que naquilo que escutam. No estudo do inglês como língua estrangeira, entretanto, temos que nos acostumar a não acreditar no que vemos; e o ditado popular ver para crer precisa ser substituído por ouvir para crer. Em muitos casos e, especialmente com as vogais, a ortografia não serve como indicativo de pronúncia, chegando a ser enganosa e induzindo o aluno freqüentemente ao erro. Vejamos como exemplo o grafema oo.

boot - [buwt]book - [bUk]blood - [blâd]brooch - [browtsh]Imagine-se alguém que acabou de aprender a pronúncia da palavra book /bUk/. Muito provavelmente ele irá pronunciar /blUd/ para blood /blâd/. Uma vez corrigido, bem poderá aplicar a nova regra e pronunciar /bât/ para boot /buwt/, ou talvez /mân/ para moon /muwn/, e assim por diante.

Outro exemplo notório de interferência da ortografia na pronúncia, é a pronúncia do sufixo _ed referente ao passado:

play [pley] - played [pleyd]need [niyd] - needed [niydId]work [wârk] - worked [wârkt]Veja mais sobre isso em: O sufixo de passado ...ed.A constante frustração para o aluno principiante de inglês pode ser facilmente demonstrada pelos exemplos abaixo:

OBS.: O fonema vogal neutro do inglês conhecido por "schwa", tradicionalmente representado pelo símbolo //, é aqui representada por /â/, devido às limitações da linguagem HTML. bough - [baw] cough - [khóf] dough - [dow] rough - [râf] through - [thruw] hiccough - [hIkâp] oblige - [âblaydzh] obligation - [ablâgeyshân] obligatory - [âblIgâthowriy]

knife - [nayf]fruit - [fruwt] island - [aylând] psychology - [saykhalâdzhiy] country - [khântriy]county - [khawntiy]knowledge - [nalIdzh]sew - [sôw] chaos - [kheyaz] occur - [âkhâr] vehicle - [viyâkâl] wound - [wuwnd]

Embora a irregularidade seja mais acentuada nas vogais, também pode ser observada nas consoantes. Ex:

check - [tshék]chocolate - [tshaklât]-----------------------------machine - [mâshiyn]Chicago - [shâkhagow]----------------------------chaos - [kheyaz]

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characteristic - [khærâktârIstIk]Exemplos não faltam para demonstrar a péssima correlação entre ortografia e pronúncia no inglês. Mazurkiewicz faz um interessante comentário a respeito:

Comparando línguas quanto a correspondência entre grafemas (ortografia) e fonemas (pronúncia), veremos que espanhol, finlandês e italiano têm uma ótima correlação, alemão apresenta uma correlação de 90 por cento e russo 94 por cento. Italiano, por exemplo, tem 27 fonemas e 28 letras ou combinações de letras para representá-los. Dividindo 27 por 28, podemos dizer que italiano tem uma correlação de 96 por cento entre pronúncia e ortografia. No caso do inglês, entretanto, um breve estudo da ortografia usada em dicionários completos mostra haver de 340 a 360 formas de ortografar os 44 fonemas que os mesmos dicionários usam. Isto nos leva a concluir que inglês apresenta uma correlação de apenas 12 a 13 por cento. (21, minha tradução)

D’Eugenio inclusive encontra uma explicação para isso:

O processo de padronização da língua inglesa iniciou em princípios do século dezesseis com o advento da litografia, e acabou fixando-se nas presentes formas ao longo do século dezoito, com a publicação dos dicionários de Samuel Johnson (1755), Thomas Sheridan (1780) e John Walker (1791). Desde então, a ortografia do inglês mudou em apenas pequenos detalhes, enquanto que a sua pronúncia sofreu grandes transformações. O resultado disto é que hoje em dia temos um sistema ortográfico baseado na língua como ela era falada no século 18, sendo usado para representar a pronúncia da língua no século 20. (319, minha tradução)

O OUTRO LADO DA MOEDA

Não é apenas a pronúncia que torna-se difícil para os estrangeiros, estudantes de inglês, mas também a ortografia se constitui num verdadeiro problema para todos aqueles que falam inglês como língua mãe, especialmente para as crianças em escola de primeiro grau. Nos países de língua inglesa todo jovem cedo defronta-se com esta aparente falta total de lógica no sistema ortográfico da língua cujos sons ele já tem assimilados. O problema tem sido alvo de iniciativas diversas. Por volta de 1960, por exemplo, foi criado na Inglaterra um alfabeto fonético de 44 caracteres para facilitar o aprendizado da língua escrita. O ITA (Initial Teaching Alphabet) não passou de uma das inúmeras tentativas de se encontrar uma solução para o problema.

Mesmo Chomsky e Halle, que defendem um ponto de vista diferente quando escrevem que

A ortografia do inglês, apesar de sua inconsistência freqüentemente mencionada, chega muito próxima de ser um sistema perfeitamente adequado ao inglês. (49, minha tradução)

também admitem que

Ortografia é um sistema projetado para leitores que conhecem a língua, que compreendem suas frases e portanto têm domínio sobre a estrutura superficial das frases. (49, minha tradução)

Mais adiante os mesmos autores acrescentam:

Um sistema deste tipo é de pouca utilidade para aquele que busca apenas comunicar-se de forma tolerável, sem propriamente conhecer a língua. (49, minha tradução)

CONCLUSÃO

A interferência negativa da ortografia é um problema sério; uma das principais dificuldades para estudantes de inglês em geral. Esta desconcertante falta de correlação entre ortografia e pronúncia, sendo uma das principais características do inglês, serve como argumento contra aquilo que ainda predomina no ensino de línguas: preocupação excessiva com materiais impressos e contato prematuro com a língua na sua forma escrita. Serve também como forte argumento em favor de abordagens baseadas em assimilação natural ao invés de estudo formal da língua, para se alcançar fluência.

Por outro lado, apesar da extrema irregularidade entre a ortografia e a pronúncia do inglês, encontra-se regularidade na interpretação de consoantes e é até mesmo possível estabelecer algumas regras de interpretação de vogais em palavras monossilábicas.

PRONÚNCIA DE LETRAS VOGAIS EM INGLÊS, EM PALAVRAS MONOSSILÁBICAS

SPELLING-TO-SOUND RULES FOR ENGLISH VOWELS IN ONE-SYLLABLE WORDS

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Ricardo SchützAtualizado em 18 de junho de 2004

In spite of all that has been said about the heavy irregularity between spelling and pronunciation, we do find some regular patterns in this area. Several grapheme to phoneme relationships can be demonstrated and presented as spelling-to-sound rules to provide a little light at the end of the tunnel. It's worth remembering that the occurrence of one-syllable words in English is very high, as we demonstrated in our study about phonetic signalling.

The dialect used in this paper is the General American English.

OBS.: The English neutral vowel phoneme "schwa", traditionally represented by the character / /, is here represented by /â/ because of HTML editing limitations.

Apesar da extrema irregularidade entre a ortografia e a pronúncia do inglês - principalmente no âmbito das vogais - é possível se encontrar uma certa regularidade na pronúncia das letras vogais, quando estas ocorrem em palavras monossilábicas. Embora limitadas e de utilidade questionável, essas regras, quando apresentadas ao aluno iniciante, podem ter o efeito positivo de demonstrar que nem tudo está perdido. É bom lembrar entretanto que a ocorrência de palavras monossilábicas em inglês é muito alta, como demonstramos em nosso estudo sobre sinalização fonética.

O dialeto analisado neste estudo é o General American English.

OBS.: O fonema vogal neutro do inglês conhecido por "schwa", tradicionalmente representado pelo símbolo / /, é aqui representada por /â/, devido às limitações da linguagem HTML.

A

1. The grapheme "a" represents the phoneme /a/ as in father, when it is followed by an "r" in spelling.

A

1. A letra "a" representa o fonema (som) /a/, como em father, sempre que for seguida da letra "r" na ortografia.

Examples: bar, bark, car, card, cart, far, farm, jar, scar, scarf, star, start, tarExceptions: war /wor/, ward /word/, warm /worm/, warn /worn/, warp /worp/

2. The grapheme "a" represents the phoneme /e/ as in pet, when the spelling of the word ends with "_re". 

2. A letra "a" representa o fonema /e/, como em pet, sempre que a palavra, na sua forma ortográfica, terminar em "_re".

Examples: bare, care, dare, fare, scare, stare, tareException: are /ar / 

3. The grapheme "a" represents the phoneme /æ/ as in map, when the spelling of the word ends with a consonant other than "r".

3. A letra "a" representa o fonema /æ/, como em map, sempre que a palavra, na sua forma ortográfica, terminar numa consoante que não "r".

Examples: at, back, bad, bath, can, cap, fad, fat, glad, hat, Jack, lack, lad, mad, man, mat, pal, pan, rack, rat, Sam, shack, tack, tap, van, whack

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Exception: was /wâz/, /waz/

4. The grapheme "a" represents the phoneme /ey/ as in table, when the spelling of the word ends with a consonant other than "r" followed by the letter "e".

4. A letra "a" representa o fonema /ey/, como em table, sempre que a palavra, na sua forma ortográfica, terminar numa consoante que não "r", seguida da letra "e".

Examples: ate, bake, bade, bathe, cane, cape, fade, fate, glade, hate, Jake, lake, lade, made, male, mane, mate, pale, pane, pave, rake, rate, same, shake, take, tape,

vaneException: have /hæv/

5. The grapheme "a" represents the phoneme /o/ as in dog and law, when it is followed by an "l" in spelling.

5. A letra "a" representa o fonema /o/, como em dog e law, sempre que for seguida da letra "l" na ortografia.

Examples: bald, ball, call, chalk, fall, hall, mall, stalk, talk, tall, walk, wallException: pal /pæl/, calm /kam/

E

6. The grapheme "e" represents the phoneme /e/ as in pet, when the spelling of the word ends with a consonant other than "w" and "y".

E

6. A letra "e" representa o fonema /e/, como em pet, sempre que a palavra, na sua forma ortográfica, terminar em consoante menos "w" e "y".

Examples: bet, check, deck, fell, kept, left, lend, melt, pet, pen, rent, spell, tell, ten, vet, well, when

7. The grapheme "e" represents the phoneme /â/ as in bird and but, when it is followed by an "r" in spelling.

7. A letra "e" representa o fonema /â/, como em bird e but, sempre que for seguida de "r" na ortografia.

Examples: berg, Bert, clerk, nerd, per, sperm, term, verb, wereExceptions: where /wher/, mere /mIr/

I

8. The grapheme "i" represents the phoneme /I/ as in hit, when the spelling of the word ends with a consonant other than "gh" and "ght".

I

8. A letra "i" representa o fonema /I/, como em hit, sempre que a palavra, na sua forma ortográfica, terminar em consoante, menos "gh" e "ght".

Examples: bit, dim, fill, fin, kit, lip, mill, pick, pill, pin, rip, six, spit, till, tilt, will, win

9. The grapheme "i" represents the 9. A letra "i" representa o fonema /ay/,

Page 5: A CORRELAÇÃO ORTOGRAFIA x PRONÚNCIA

diphthong /ay/ as in my, when the spelling of the word ends with "_gh" or "_ght".

como em my, sempre que a palavra, na sua forma ortográfica, terminar em "gh" ou "ght".

Examples: high, thigh, fight, light, might, night, right, tight

10. The grapheme "i" represents the diphthong /ay/ as in my, when the spelling of the word ends with "_e".

10. A letra "i" representa o fonema /ay/, como em my, sempre que a palavra, na sua forma ortográfica, terminar com a letra "e".

Examples: bite, dime, dive, file, fine, five, kite, knife, lie, mile, nine, pie, pike, pile, pine, ripe, site, spite, strive, tile, while, wine, wire

Exceptions: give /gIv/, live /lIv/

11. The grapheme "i" represents the phoneme /â/ as in bird, when it is followed by an "r" in spelling.

11. A letra "i" representa o fonema /â/, como em bird, sempre que for seguida da letra "r" na ortografia.

Examples: dirt, firm, flirt, irk, Kirk, shirt, skirt, stir, whirl

O

12. The grapheme "o" represents the phoneme /a/ as in father, when in spelling:1) it is not followed by an "r";2) the word ends with any consonant but "_w".

O

12. A letra "o" representa o fonema /a/, como em father, sempre que na ortografia:1) não seja seguida da letra "r";2) a palavra terminar em qualquer consoante, menos "w".

Examples: bomb, bond, clock, con, cop, cot, flop, glob, hop, hot, mod, mop, not, on, pond, rob, tom, top

Exceptions: comb /kowm/, dog /dog/, from /frâm/, tomb /tuwm/, ton /tân/

13. The grapheme "o" represents the phoneme /ow/ as in go, when the spelling of the word ends with "_e".

13. A letra "o" representa o fonema /ow/, como em go, sempre que a palavra, na sua forma ortográfica, terminar com a letra "e".

Examples: clove, cope, cote, globe, hope, mode, mope, note, robe, tone, topeExceptions: done /dân/, love /lâv/, none /nân/, gone /gon/

14. The grapheme "o" represents the phoneme /o/ as in dog and law, when it is followed by an "r" in spelling.

14. A letra "o" representa o fonema /o/, como em dog e law, sempre que for seguida da letra "r" na ortografia.

Examples: born, corn, fort, horn, lord, norm, pork, port, tornExceptions: word /wârd/, world /wârld/, worm /wârm/

Page 6: A CORRELAÇÃO ORTOGRAFIA x PRONÚNCIA

U

15. The grapheme "u" represents the phoneme /â/ as in but, when the spelling of the word ends with a consonant.

U

15. A letra "u" representa o fonema /â/, como em but, sempre que a palavra, na sua forma ortográfica, terminar em consoante.

Examples: blurb, blush, cub, cup, curt, cut, duck, dull, flush, fun, hug, junk, luck, pun, purr, rug, run, rush, trunk, tub, up

Exceptions: bush /bUsh/, pull /pUl/, push /pUsh/

16. The grapheme "u" represents the phoneme /uw/ or the diphthong /yuw/ as in too or you, when the spelling of the word ends with "_e".

16. A letra "u" representa os fonemas /uw/ ou /yuw/, como em too ou you, sempre que a palavra, na sua forma ortográfica, terminar com a letra "e".

Examples: cube, cure, cute, duke, huge, Luke, nude, pure, rule, tubeExceptions: sure /shUr/, curve /kârv/