A criança e as relações espaciais

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Professora Tatiana Lima

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Professora Tatiana Lima

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O desenvolvimento da concepção da noção de espaço inicia-se antes do período de escolarização da criança.

Na escola a aprendizagem espacial está voltada para a compreensão das formas pelas quais a sociedade organiza seu espaço.

O trabalho de orientação, localização e representação deve partir do espaço próximo.

A realidade é o ponto de partida e de chegada.

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Refere-se ao espaço físico.

Vivenciado por meio do movimento e do deslocamento.

Apreendido por meio de brincadeiras ou de outras formas ao percorrê-lo, delimitá-lo ou organizá-lo segundo seus interesses.

Importância de exercícios rítmicos e psicomotores para que ela explore com o próprio corpo as dimensões e relações espaciais

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A partir de dois anos e meio: a criança deve conhecer o espaço imediato em que vive, nele se movimentar sem esbarrar nos móveis, ir sozinho de um lugar para outro.

A criança vai aprender a se movimentar em classe e no pátio. Assim, ela perceberá o espaço ativamente, mesmo sem saber designar pelo nome seus deslocamentos.

Através de jogos, a criança aprende a se orientar, de forma livre e agradável, em um espaço relativamente amplo. Jogos cantados, brincadeiras de obstáculos, etc.

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Não precisa ser experimentado fisicamente: a criança é capaz de lembra-se do percurso de sua casa à escola.

A análise do espaço passa a ser feita através da observação.

Propor atividades que desenvolvam conceitos e noções.

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Trabalhar diferentes noções

Noções de situações: dentro/fora; frente/atrás; no alto/embaixo; sobre/sob; contra/entre/ao lado; à esquerda/à direita; longe/perto; em volta.

Noções de tamanho: grosso/fino; grande/médio/pequeno; estreito/largo.

Noções de posição: em pé; deitado; sentado; ajoelhado; agachado; apoiado; inclinado; ereto.

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EXEMPLOS

Dentro:- entrar em uma caixa, no minhocão- esconder qualquer coisa nas mãos- jogar um papel no cesto de lixo- arrumar os jogos no armário.- Toca do coelho No alto, embaixo:- Crianças em filas. Passar a bola por cima e por

baixo.- Balanço: perceber quando está no alto e

embaixo.- Brincar de Gato

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Por volta dos 11/12 anos

Possível estabelecer relações espaciais entre elementos através de sua representação.

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O professor deve exercer um trabalho no sentido da estruturação do espaço, pois a criança tem uma visão sincrética do mundo, ou seja, para ela os objetos e o espaço que eles ocupam são indissociáveis.

A criança percebe o todo e não cada parte distintamente.

Crianças até mais o menos seis anos localização e deslocamento são definidos a partir de referenciais dela, quer dizer, de sua própria posição.

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O professor deve levar o aluno a estender os conceitos adquiridos sobre o espaço, localizando-se e localizando elementos em espaços cada vez mais distantes e, portanto, desconhecidos.

O professor deve introduzir a linguagem cartográfica por meio do trabalho pedagógico.

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A partir do nascimento inicia-se o processo de exploração e aprendizagem do espaço.

Nesse processo há dois aspectos essenciais: o esquema corporal e a lateralidade.

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“O esquema corporal é um elemento básico indispensável para a formação da personalidade da criança. É a representação relativamente global, científica e diferenciada que a criança tem de seu próprio corpo” (Wallon, 1968)

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A própria criança percebe-se e percebe os seres e as coisas que a cercam, em função de sua pessoa. Sua personalidade se desenvolverá graças a uma progressiva tomada de consciência de seu corpo, de seu ser, de suas possibilidades de agir e transformar o mundo à sua volta.

A criança se sentirá bem na medida em que seu corpo lhe obedece, em que o conhece bem, em que pode utilizá-lo não somente para movimentar-se mas também para agir.

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Arrastar-se no chão Andar normal, por cima de objetos, de

quatro, de joelhos. Corridas livres, de obstáculos, de

revezamento. Saltos: por cima de uma corda, por cima de

objetos pequenos, de uma mesa, de arco em arco.

Brincar de trem: fila indiana, dando as mãos. Amarelinha Jogos de bola: lançar uma bola contra uma

parede e apanhá-la, rolar uma bola, driblar.

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Jogos de equilíbrio: andar sobre um banco, passar de uma cadeira a outra, pular com um pé, ficar equilibrado em um pé.

Jogos de inibição: parar de correr ao toque do apito,“estátua”, parar diante de um obstáculo.

Perceber as partes do corpo: pedalar, aplaudir, brincar com uma boneca e lavar as diversas partes do corpo, cantar músicas que falem diferentes partes do corpo.

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Dominância de um lado em relação ao outro: será mais forte, mais ágil do lado direito ou do lado esquerdo.

Corresponde a dados neurológicos, mas também é influenciada por certos hábitos sociais.

Não devemos confundir lateralidade e conhecimento “esquerda-direita”

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Atividades Pular em um só pé; Exercícios de equilíbrio; Jogo de amarelinha; Controlar uma bola com os pés; Jogar dados; Girar a corda;

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Referem-se as primeiras relações espaciais que a criança estabelece. São as relações espaciais que se estabelecem no espaço próximo.

Começam a ser estabelecidas pela criança desde o nascimento.

Base para gênese posterior das relações espaciais mais complexas.

Processam-se na seguinte ordem: vizinhança, separação, ordem, envolvimento, continuidade.

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Vizinhança: objetos são percebidos no mesmo plano, próximos, contíguos. A criança percebe que os objetos vizinhos são separados, isto é, não estão unidos.

Separação: essa percepção aumenta com a idade.

Ordem ou de sucessão: objetos ocupam uma posição anterior, intermediária ou posterior a partir de um determinado ponto de vista.

Envolvimento: percepção de cada elemento e sua relação com os demais.

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Continuidade: o espaço é contínuo, não há possibilidade de ausência de espaço.

As relações topológicas elementares são a base para o trabalho sobre o espaço geográfico (e cartográfico).

A partir dessas relações é que se desenvolvem as noções de limites político-administrativos entre municípios, estados e países.

A localização geográfica constrói-se à medida que o sujeito se torna capaz de estabelecer relações de vizinhança, separação, ordem, envolvimento e continuidade.