A Crise Demográfica na China

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CRISE DEMOGRÁFICA NA

CHINA                        

Trabalho  Realizado  por:  Lia  Rosa,  nº10  

Marta  Augusto,  nº11                

Escola Secundária com 2º e 3º ciclos Anselmo de Andrade Geografia C 2013/2014

12ºC

Professora Emília Costeira Maio de 2014  

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ÍNDICE  

1. Introdução 4  

2. Conceito de Crise Demográfica 5  

3. Situação Demográfica na China 6  

4. Medidas para atenuar a crise demográfica 8  

5. Realidade nos Media 10  

6. Conclusão 11  

7. Bibliografia 12  

8. Anexos   13  

                             

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho é sobre a crise demográfica na China, mais concretamente a situação em que se encontra atualmente, políticas demográfica impostas e medidas que possam inverter a crise demográfica. Os objetivos deste trabalho são: relacionar a situação demográfica com as políticas em vigor e ainda apontar medidas que possam inverter a tendência que se tem vindo a observar nos últimos anos.

Está organizado em 4 partes. Na 1º parte iremos abordar o conceito de crise demográfica. Na 2º Parte iremos mostrar a situação demográfica na China. Na 3ª parte iremos falar sobre as políticas demográficas em vigor. Na 5ª parte iremos falar sobre algumas das medidas que consideramos importantes para reverter esta crise.

A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com noticias.

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CONCEITO DE CRISE DEMOGRÁFICA Uma crise demográfica é uma queda brusca de população provocada pela violenta elevação da taxa de mortalidade acompanhada de um recuo da natalidade. As causas destas subidas da mortalidade e recuos da natalidade normalmente devem-se a fatores sociais como guerras e catástrofes naturais (como por exemplo: fome, epidemias, terramotos, tsunamis e alterações climáticas súbitas).

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SITUAÇÃO DEMOGRÁFICA NA CHINA A China é o quinto país com mais população e caracteriza-se por uma grande

população, relativamente reduzida na faixa etária jovem, uma vez que o país adotou a política do único filho. As políticas demográficas implementadas na China desde 1979 ajudaram a evitar 400 milhões de nascimentos extras, os quais levariam a população atual a cerca de 1,7 mil milhões de habitantes. Quando realizou o seu primeiro censo em 1953, a China contava com 582 milhões de habitantes enquanto que no seu quinto censo, em 2000, contava com quase o dobro da população, cerca de 1,2 mil milhões de habitantes. No início dos anos 50, o governo chinês adotou várias medidas e programas de planeamento familiar e de controlo populacional. O rápido crescimento demográfico levou o governo chinês a implementar a política do filho único, em 1979, esta política veio a reduzir e a estabilizar a taxa de fertilidade, uma vez que em 1971 as mulheres tinham em média 5,4 crianças e em 2004 a taxa de fertilidade rondava 1,7 crianças por mulher. Nos dias de hoje, a população chinesa continua a crescer, porém com sério desequilíbrio de género, uma vez que os dados do censo de 2000 revelaram que para cada 100 meninas nascem 119 meninos, o que levou o governo chinês a proibir o aborto seletivo de fetos do sexo feminino. A população chinesa tem envelhecido consideravelmente e estima-se que em 2020, 11,8% dos chineses terão 65 anos ou mais, resultado, principalmente do gigantesco crescimento económico que a China vem a ter desde os últimos anos, o que consequentemente, eleva as condições de vida do país.

 

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A POLÍTICA DO ÚNICO FILHO, O CONTROLO DE NATALIDADE E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS NO GÉNERO:     Como  já  referimos  neste  trabalho,  em  1979  foi  implementada  na  China  a  política  do  filho  único,  que  proibia  as  famílias  de  ter  mais  de  um  filho.  Assim  as  famílias   que   tivessem   mais   de   um   filho   sofreriam   e   sofreram   consequências  como  a  perda  de  certos  benefícios  sociais,  pagamento  de  multas  e  até  a  perda  do  emprego.       Para   ajudar   o   controlo   do   crescimento   da   população   chinesa,   foram  também   implementadas   outras   medidas   anti-­‐natalistas,   como   a   divulgação   de  métodos   contraceptivos,   como   a   pílula   e   até   medidas   mais   drásticas   como   a  esterilização  forçada  da  população,  principalmente  nos  casais  que  já  tiveram  um  filho.       As  consequências  desta  política  foram  fatais  principalmente  porque  havia  uma  preferência  para  que  os   filhos  do  casal   fossem  do  sexo  masculino,  e  como  apenas  poderiam  ter  um  filho,  seguia-­‐se  a  tradição  para  que  o  único   filho   fosse  homem.   Este   facto   fez   com   que   a   os   casais   que   tinham   filhas   as  matassem   ou  abandonassem  para  poderem  ter  um  filho.  Esta  “tradição”  originou  um  resultado  trágico,   pois   atualmente,   havendo   mais   homens   do   que   mulheres,   não   é   fácil  casar  ou  procriar,  o  que  originará  uma  crise  demográfica  ainda  mais  grave,  pois  sem  mulher  para  procriar  não  nascem  nem  bebés  do  sexo   feminino  nem  bebés  do  sexo  masculino.  

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MEDIDAS PARA ATENUAR A CRISE DEMOGRÁFICA: Atualmente, a China encontra-se perante o mesmo problema demográfico que a maioria dos países europeus enfrenta, o envelhecimento demográfico. Apresenta também outros problema grave que consiste na existência de mais rapazes do que raparigas (devido à cultura chinesa e à política do filho único). Para reverter esta situação é necessário que:

ü A China retire a política do filho único, de modo a que haja uma maior taxa de natalidade e de que os bebés do sexo feminino deixem de ser abandonados pelos pais

ü A China imponha politicas natalistas, tais como: ü Benefícios Fiscais ü Aumento da licença de maternidade ü Crie serviços públicos de apoio à infância ü Entre outros,...

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CHINA: SOBREVIVER ÀS MARGENS DA LEI O conceito de família feliz, na China, resume-se ao pai, mãe e uma filha ou filho, como manda a tradição, para perpetuar o apelido de família.

Escolher ter mais que uma criança é uma decisão com consequências num país onde se tenta controlar o crescimento demográfico.

Wu Weiping engravidou pela segunda vez, sugeriram-lhe o aborto mas não o fez. Divorciou-se do marido. Perdeu o emprego. Exigiram-lhe mais de 14 mil euros de multa. Não pagou, fugiu para Xangai e escondeu-se num apartamento onde teve o bebé.

“Na maior parte do tempo preocupava-me não puder dar à luz o meu filho em segurança. Conheci muitos casos de mulheres que tentaram ter duas crianças e foram forçadas a abortar. Estava mesmo preocupada porque podia ser a próxima vítima do sistema”, conta Wu Weiping.

Li Yongan, professor universitário, tinha uma filha de 13 anos quando a mulher voltou a engravidar. Tiveram a criança. Ele perdeu o emprego, hoje dá aulas de xadrês. A filha mais velha estuda numa universidade privada, para o mais novo, a escola pública não foi opção. O custo de vida é incomportável mas assume a escolha que fez.

“Não me arrependo mas há anos que vivo com uma depressão e raiva. Sofri uma enorme tortura mental e passei por muitas lutas porque tive duas crianças. Isto não faz sentido nenhum”, explica Li Yongan.

A China é o país mais populoso do mundo, representa 20% da população mundial. Segundo números oficiais, foram realizados mais de 260 milhões de abortos em três décadas.

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População da China envelhece e cria 'fardo' para os mais jovens

A população da China está envelhecendo. Até 2050, segundo dados das Nações Unidas, mais de um quarto dos chineses terá mais de 65 anos de idade. Com o envelhecimento da população do país, as gerações mais jovens carregarão um fardo sem precedentes, apontam especialistas. Menos crianças No fim dos anos 70 e no começo dos anos 80, o governo passou a defender um estilo de vida conhecido como "mais tarde, mais longo e menos" - em referência a casamentos mais tardios, períodos mais longos entre cada gravidez e menos crianças. As autoridades também instauraram a polêmica política de um filho por casal. O conjunto de medidas foi tomado com vistas a inibir o crescimento populacional e modernizar a economia. Atualmente, as chinesas têm menos filhos, mas o fato de uma geração menor seguir-se a uma explosão populacional - aliado à crescente expectativa de vida no país - significa que até 2050, para cada cem cidadãos entre 20 e 64 anos, existirão 45 com mais de 65 anos, em comparação com apenas 15 hoje em dia, indicam estimativas.

BBC BRASIL, 1/10/2012

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CONCLUSÃO

Neste trabalho abordámos o assunto da crise demográfica que se tem vindo a observar na China, nos últimos anos, mostrámos o panorama geral da situação demográfica, demos a entender de que forma é que as políticas demográfica em vigor contribuem para a atual situação demográfica da China e indicámos medidas que poderão ajudar na inversão da crise.

Cumprimos todos os objetivos a que nos tínhamos proposto. Este trabalho foi muito importante para a nossa compreensão e

aprofundamento deste tema, visto que nos deu a conhecer politicas que não sabíamos que eram aplicadas na China e deu-nos uma visão completamente diferente do país em termos demográficos, além de nos ter permitido aperfeiçoar as nossas competências de investigação, seleção e organização.

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BIBLIOGRAFIA http://pt.wikipedia.org/wiki/Crises_demogr%C3%A1ficas  

http://pt.wikipedia.org/wiki/Demografia_da_Rep%C3%BAblica_Popular_da_Chi

na  

https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/3818/1/o%20problema%20

da%20demografia%20chinesa.pdf  

http://chinademo.blogspot.pt/  

   

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ANEXOS

       

     

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