A crise econômica de Nova York (1929)
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Transcript of A crise econômica de Nova York (1929)
Os traumas da Primeira Guerra se fizeram sentir não apenas nos corpos
das populações atingidas, mas também – e, sobretudo – em suas
mentes.
Países devastados tiveram de se reerguer sob condições extremas
adversas.
A Alemanha, por exemplo, saiu derrotada, perdeu territórios e foi
obrigada a pagar duras reparações.
A década de 1920 misturou traumas, ressentimentos e graves crises econômicas.
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) teve duras consequências para as
sociedades diretamente envolvidas no conflito...
A partir de 1918, as economias que estavam ocupadas em atender as
necessidades da guerra tiveram de se readaptar.
Enquanto o império russo desmoronava em meio a uma guerra civil, a Alemanha
era obrigada a pagar pesadas reparações.
Na Europa, ondas de desemprego e superinflação agravavam as crises
econômicas em diferentes países.
Por sua vez, os Estados Unidos, depois de um breve recuo econômico, passou
por um período de prosperidade.
Nos anos 20, os Estados Unidos estavam em pleno desenvolvimento.
A indústria também atingiu grande lucratividade.
O consumo aumentou e passou a ser um dos pilares do American
way of life – modo de vida americano.
O país possuía metade das reservas de ouro existentes... e o dólar era a moeda
mais valorizada do mundo.
Em novembro de 1929, a inflação na Alemanha era tão alta que 1
dólar americano chegou a valer 4.200 bilhões de marcos alemães.
O país esgotara-se com o pagamento das reparações de guerra. A
hiperinflação foi um drama para a economia.
Diversos planos - Plano Dawes, em 1924, e Plano Youg, em 1929 –
foram postos em prática pelos Estados Unidos para socorrer os
alemães e diminuir o impacto das sanções sobre a economia.
Em 1929, a economia tinha voltado a seus níveis de antes da guerra.
Logo em seguido veio a quebra na bolsa de Nova Iorque.
Ao fundo, uma sorridente família norte-americana confirma os dizeres da
propaganda – O mais alto padrão de vida do mundo. Não há modo de vida
melhor que o modo americano.
No primeiro plano, uma fila de desempregados revela o duro momento de crise
econômica que passou os Estados Unidos ao longo da década de 1930.
Essa foto de 1937, expressa, de forma muito interessante, a contradição entre: a
propaganda do modo de vida americano – tão em voga na década de 1920 e a
crise econômica que arrastou boa parte do mundo ocidental a partir de 1929.
Os Estados Unidos tinham vivido uma década eufórica, representada
pelo American way of life.
Depois de um período áureo, a economia norte-americana entrou em
bancarrota, com o crash da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 24
de outubro de 1929.
Em alguns dias, o valor das ações desabou, arruinando o patrimônio
de centenas de milhares de pessoas.
O choque estendeu-se aos bancos e muitos faliram. Na verdade, houve
impacto na economia como um todo.
Depois da prosperidade nos anos 1920, a América entra em uma
profunda crise econômica que ficou conhecida como Grande
Depressão.
Por falta de demanda, as atividades produtivas diminuíram seu ritmo.
Com isso, as empresas dispensaram seus funcionários.
Uma parte significativa dos norte-americanos caiu em extrema
pobreza, passou fome e foi obrigada a se submeter a péssimas
condições de moradia.
Entre 1929 e 1932, a produção industrial americana caiu 46%. Em 1932, o desemprego
atingiu 25% da população ativa.
Em virtude da importância assumida pelos Estados Unidos no
cenário mundial, a crise repercutiu e se difundiu pelo resto do mundo.
A crise alcançou, primeiro, os países que dependiam dos Estados
Unidos para exportações ou investimentos.
Japão, países da América Latina, Alemanha e Áustria, além de
Inglaterra, foram rapidamente atingidos.
Depois da prosperidade nos anos 1920, a América entra em uma
profunda crise econômica que ficou conhecida como Grande
Depressão.
Por falta de demanda, as atividades produtivas diminuíram seu ritmo.
Com isso, as empresas dispensaram seus funcionários.
Uma parte significativa dos norte-americanos caiu em extrema
pobreza, passou fome e foi obrigada a se submeter a péssimas
condições de moradia.
A crise econômica e social foi tão profunda que, por vezes, pareceu incontornável e acabou
fragilizando os regimes democráticos liberais.
Para enfrentar a crise, os Estados Unidos promoveram uma
experiência original – o New Deal ou Novo Acordo.
O New Deal foi proposto pelo candidato democrata vencedor da
eleição presidencial de 1932, Franklin Delano Roosevelt.
A equipe de Roosevelt havia sido influenciada pelas ideias do
economista britânico John Maynard Keynes.
Keynes era um crítico do liberalismo e defendia o aumento das
despesas públicas, com risco de déficits orçamentários como forma
de reerguer a economia.
O que é liberalismo?A palavra liberal deriva do latim, liber – livre ou não escravo. O
liberalismo é, portanto, um sistema político e econômico que se baseia
na defesa da liberdade individual e de mercado, da propriedade privada
e da menor interferência possível do Estado na economia.
Franklin
Delano
Roosevelt
O governo norte-americano...
• Saneou o setor bancário, à beira da falência;
• Desvalorizou o dólar em 40% para favorecer as exportações;
• Fez esforços, por meio de diversas medidas, para recuperar saláriose preços;
• Financiou e dirigiu programas de grandes obras;
• Diminuiu a jornada de trabalho, com o objetivo de aumentar asvagas de emprego;
• Adotou importantes leis sociais – sobre aposentadorias, indenizaçãodos desempregados, sindicatos.
Estavam lançadas as bases do chamado Estado de bem-estar social –welfare state.
Esse regime se consolidou a partir do fim da Segunda Guerra Mundial –1939-1945.
Por não gerar resultados econômicos espetaculares, o New Deal foi
duramente criticado pelos republicanos, defensores do liberalismo
clássico.
Os republicanos censuravam também a crescente personalização do
poder em torno do presidente.
Muito popular, Roosevelt foi reeleito em 1936.