A Cumplicidade Da Igreja Com o Nazismo e o Fascismo ....

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    A cumplicidade da igreja com o nazismo e o fascismo

    A igreja apia ativamente o crescimento do fascismo na Europa. Em Portugal, ela apiaSalazar. O cardeal Cerejeira (amigo do ditador) chega a dizer que Salazar a tinha a missodivina de governar Portugal.Na ustria, a igreja apia o Austro-Fascismo de Dollfuss e

    Schuschnigg.O primaz Innitzer o principal apoiante do regime. Innitzer mais tarde apoiaria a"Anschluss" nazista.

    Na catlica Polnia, a igreja apia Pilsudski (e sucessores). O regime polaco anexa partes daUcrnia e Bielorssia e promove a aculturao forada das 2 naes. Os idiomas (ucraniano ebielorrusso) e a igreja ortodoxa so proibidos. Vrios ortodoxos (inclusive padres) so presos eexecutados. Igrejas ortodoxas so destrudas pelos piedosos catlicos poloneses. Essarepresso duraria quase 20 anos (s pararia com a invaso da Polnia em 1939). O Vaticano foiconivente com a opresso. Essa opresso contra a minoria ucraniana serviria de pretexto maistarde para o Exrcito Insurgente Ucraniano (Ukrainska Povstanska Armiya, ou UPA)promover o massacre de 100000 poloneses em Volinia (incluindo crianas e padres) em 1944.

    Na Itlia, a igreja assina com o Mussolini uma concordata que faz do catolicismo a religio deestado. A igreja sacrifica em grande parte as suas prprias associaes (inclusive o PartidoPopular de Sturzo, no intuito de ajudar Mussolini consolidar sua ditadura): todas, exceto aAo Catlica, devem integrar as organizaes fascistas. O Vaticano promete a Mussolini defazer com que a AC no se deixe tentar por aes antifascistas. Mussolini, depois de terassinado a concordata dita "Patti Lateranensi", qualificado pelo papa como "o homem daprovidncia". Em 1932, o ditador recebe das mos do papa, a Ordem da Espora de Ouro, que a mais alta distino concedida pelo Estado do Vaticano. O Vaticano apoiaria a invaso italianana Abissinia, sob protexto de que os soldados italianos estavam levando valores cristos. Estesbons soldados de Cristo cometem inmeras atrocidades contra os brbaros da Abissnia,

    como por exemplo, o uso de gs mostarda.

    Na Alemanha, em maro de 1933, o Zentrum, partido catlico, cujo lder um padre (LudwigKaas), vota a favor de plenos poderes para Hitler (A lei habilitante, que se aprovada noparlamento, daria poderes ilimitados ao Executivo): Hitler pode assim atingir a maioria de doisteros necessria instituir uma ditadura. Com uma caridade toda crist, o Zentrum (e oVaticano) aceita tambm fechar os olhos pros crimes nazistas. Depois a igreja comea anegociar uma concordata com a Alemanha: nesse cenrio, ela sacrifica o Zentrum, ento onico partido significativo que os nazistas no tinham proibido. Na realidade ele tinha-oajudado a chegar ao poder. Em 5 de julho de 1933, o Zentrum se dissolve sob solicitao doVaticano (cujo Secretrio de Estado era Pacelli, futuro Pio XII), deixando o caminho livre para oNSDAP de Hitler, ento partido nico (A Alemanha assinou a Concordata com o Vaticano emvirtude dos votos importantes do Zentrum. Em suma, foi um clientelismo).Hitler declara-secatlico no "Mein Kampf", o livro onde ele anuncia o seu programa poltico. Tambm afirmaque est convencido ser ele um "instrumento de Deus". A igreja catlica nunca colocou no seundex o "Mein Kampf"(ao contrrio dos livros de Rousseau,Sartre,Pascal e Voltaire), mesmoantes da ascenso de Hitler ao poder. Podemos acreditar que as idias de Hitler nodesagradavam igreja. Hitler mostrar o seu reconhecimento tornando obrigatria uma precea Jesus nas escolas pblicas alems, e reintroduzindo a frase "Gott mit uns" (Deus estconosco) nos uniformes do exrcito alemo. Hitler tambm foi apoiado pela igrejaprotestante, a ponto dessa igreja criar o movimento nazi-protestante chamado "DeutscheChristen" liderado pelo pastor Ludwig Mller. Mller e outros religiosos (catlicos eprotestantes) se tornariam membros do NSDAP. O bispo Alois Hudal (membro do NSDAP),publica um livro que concilia vrios aspectos do catolicismo com o nazismo. Ele defende viso

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    arianizada do cristianismo. Hudal nunca foi condenado pelo Vaticano. Hudal mais tardeajudaria nazistas a fugir da Europa.

    Na Espanha, os militares tentam um golpe de estado, que aborta, mas degenera em guerracivil. A igreja os apia, padres e bispos benzem os canhes de Franco, celebram com muita

    pompa e Te Deum as suas vitrias contra o governo republicano legtimo (que havia acabadocom os privilgios do clero). A guerra faz mais de um milho de mortos, e Franco fuzila todosos prisioneiros. Franco se mostrar reconhecido por seus santos aliados, nomeando diversosmembros da Opus Dei para o seu governo. A influncia da Opus Dei crescer ao longo daditadura franquista, ao ponto de se chegar a mais de metade dos ministros serem membrosdessa venervel instituio catlica. Franco probe todas as religies, com a exceo bvia docatolicismo. A minoria protestante sofreria anos de perseguio por parte do piedoso regimefranquista. O Vaticano nunca condenou essa perseguio.

    Na Eslovquia (fantoche nazista), o piedoso padre Jozef Tiso assume o poder e promove umaviolenta perseguio de opositores, ciganos e judeus (parte das vtimas foi deportada pra

    Auschwitz). O Vaticano jamais excomungaria este sacerdote exemplar (ao contrrio de padresque defendem camisinha, aborto, fim do celibato clerical etc.). Tiso ajudaria Hitler a invadir acatlica Polnia. O Vaticano no condena os 2 ditadores, pois ficou sabendo que a Polniainvadida serviria de base pra uma futura invaso URSS (odiada pela igreja).A Polnia foiliteralmente trada pelo Papa.

    Na Frana (Vichy), a igreja declara que "Petain a Frana": ela prefere de fato o Trabalho-Famlia-Ptria de Vichy ao Libert-galit-Fraternit da Repblica, que sempre ahorrorizaram. Ptain suspende a laicidade do Estado instituida em 1905 e restabelece osprivilgios clericais. Em retribuio, o clero fecha os olhos pros abusos do regime de Ptain.

    Na Blgica, a igreja catlica apia o movimento fascista "Rexisme" (nome derivado de ChristusRex) chefiado pelo devoto Leon Degrelle. Degrelle acabaria influenciado mais tarde pelasidias de Hitler. Durante a 2 guerra, Degrelle vira oficial nazista e chefia as SS Wallonie, com apresena de capeles. O padre Cyriel Verschaeve se torna capelo das SS Langemarck(formada por belgas flamengos). Estes 2 catlicos exemplares fugiriam da Blgica (seriamcondenados por colaboracionismo) e viveriam no exterior pro resto de suas vidas.

    Na Crocia "Ustasha"(fantoche nazi), a igreja apia plenamente (e ativamente) os crimes deAnte Pavelic (lder Ustasha). Cerca de 1000000 de pessoas (srvios, ciganos, judeus, croatasantifascistas etc.) seriam brutalmente assassinadas. Os terrveis crimes Ustasha chocariam atmesmo os nazistas, aliados de Pavelic.Os padres cooperam com o genocdio promovido pelosUstashas. Os piedosos padres tambm promovem a converso forada dos srvios (cristosortodoxos) ao catolicismo, sob ameaa de tortura e morte. Vrias igrejas ortodoxas sodestrudas e o clero ortodoxo sofre terrveis atrocidades por parte dos piedosos Ustashas.Oregime de Pavelic constri o terrvel campo de extermnio de Jasenovac, cujo comandante erao sdico padre franciscano Filipovic (O "Irmo Satan"). Os guardas de Jasenovac executam asvtimas friamente com facas, machados, marretas e outros mtodos cruis. O franciscanoBrzica, um guarda de Jasenovac, degola mais de 1000 prisioneiros. A crueldade Ustasha(e acumplicidade dos padres) jamais seria condenada pelo primaz Stepinac (aliado de Pavelic.Stepinac acabaria beatificado pelo Vaticano em 1998) e nem mesmo pelo Vaticano do Papa PioXII. Pavelic e outros piedosos Ustasha conseguiriam fugir da Europa ps-guerra com a santaajuda do Vaticano. At hoje, o Vaticano nunca pediu perdo por sua cumplicidade com Pavelic.(a cumplicidade catlica com Pavelic lhe renderia mais tarde um processohttp://www.vaticanbankclaims.com/)

    http://www.vaticanbankclaims.com/http://www.vaticanbankclaims.com/http://www.vaticanbankclaims.com/
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    Na Eslovnia, o bispo Gregory Rozman chefia uma terrvel milcia pr-nazi. Rozman acabariafugindo de seu pas, procurado como criminoso de guerra (a exemplo do piedoso bispoUstasha Ivan Saric).

    Durante a 2 guerra mundial, o Vaticano estava ciente das atrocidades nazistas. O papa Pio XIIpensou em condenar os nazistas, mas desistiu por causa de seu anticomunismo ferrenho eachando que uma vitria russa seria pior (o Vaticano chegou a considerar a invaso da URSSpor Hitler uma cruzada contra o bolchevismo ateu). Na rdio-mensagem de Natal de 1942,Pio XII critica o comunismo, ao contrrio de Hitler e seus serviais (Tiso,Pavelic,Ptain,Franco,Mussolini etc.). Ele falou em sua mensagem natalina das centenas de milhares

    de pessoas que sem culpa nenhuma da sua parte, s vezes s por motivos de nacionalidade ouraa, se vem destinadas morte ou a um extermnio progressivo, porm ele no citou asvtimas e nem os carrascos nazistas. Em 1943, os nazistas ocupam Roma. O terror nazistachega diante das portas do Papa. Eles perseguem judeus, comunistas e outros grupos. Em 23de maro de 1944 um grupo de guerrilheiros atacou um comando nazista e matou 33

    invasores. Este ato heroico foi duramente criticado pelo Vaticano e definido como terrorismo.A resposta alem foi assassinar friamente 335 italianos nas Fossas Ardeatinas sob o comandode Erich Priebke. A Santa S simplesmente se lastimou pelas pessoas sacrificadas em lugar

    dos culpados. Em outras palavras, o Papa no se oporia se os fuzilados fossem os membrosda resistncia italiana. A preocupao de Pio XII no era com as vtimas dos nazistas, ou com aocupao nazi, mas com os partisans que lutavam pela libertao da Itlia. Temia que umaabrupta sada dos alemes pudesse deixar a cidade nas mos da resistncia comunista. Apesardisso, o Vaticano ajudaria alguns perseguidos pelos nazistas quando viu que a derrota alemera iminente. Depois da guerra, o Vaticano ajudaria Mengele, Eichmann, Priebke e outrosnazistas a fugirem da Europa atravs das "Ratlines".

    A igreja apoiou tambm ditaduras na Amrica Latina e frica. Na Argentina, a igreja colaboroucom a represso, a ponto de padres cooperarem com a tortura e morte de opositores,inclusive nos vos da morte, onde os opositores eram atirados ao mar.A igreja tambm apoiou a represso de minorias (testemunhas de Jeov e gays, por exemplo).Catlicos dissidentes, a exemplo do bispo Angelelli, das freiras francesas e dos padrespalotinos, foram mortos perante o silncio cmplice da igreja. O nncio Pio Laghi foi umnotvel apoiante da represso na Argentina, alm de ter tido amizado com a cpula militar. Aigreja apoiou tambm Pinochet, Somoza, Stroessner, Trujillo e outros fascistas da regio. EmRuanda, padres e freiras cooperaram com o genocdio local. (houve cumplicidade tambm delderes de igrejas protestantes e adventistas). O Vaticano jamais excomungou os religiososenvolvidos no genocdio, alm de proteger alguns deles.

    http://pt.radiovaticana.va/storico/2005/09/02/igreja_cat%C3%B3lica_alem%C3%A3_indeniza_594_escravos_do_nazismo/bra-47351IGREJA CATLICA ALEM INDENIZA 594 ESCRAVOS DO NAZISMOhttp://pt.radiovaticana.va/storico/2008/03/26/igreja_na_alemanha_reconhece_que_explorou

    _cerca_de_seis_mi/bra-195190IGREJA NA ALEMANHA RECONHECE QUE EXPLOROU CERCA DE 6000 DEPORTADOS DURANTE ONAZISMOhttp://www.concordatwatch.eu/showsite.php?org_id=843

    *Seria bom lembrar que o Vaticano, que foi conivente com o nazifascismo, condenaria diversasvezes o comunismo e outros sistemas polticos "herticos", a ponto de pedir pros catlicosresidentes em pases comunistas e laicos pra que promovessem rebelies, desobedincia civil,e outras formas de resistncia aos governos vigentes. O Vaticano apoiou os "Cristeros" contra

    http://pt.radiovaticana.va/storico/2005/09/02/igreja_cat%C3%B3lica_alem%C3%A3_indeniza_594_escravos_do_nazismo/bra-47351http://pt.radiovaticana.va/storico/2005/09/02/igreja_cat%C3%B3lica_alem%C3%A3_indeniza_594_escravos_do_nazismo/bra-47351http://pt.radiovaticana.va/storico/2005/09/02/igreja_cat%C3%B3lica_alem%C3%A3_indeniza_594_escravos_do_nazismo/bra-47351http://pt.radiovaticana.va/storico/2008/03/26/igreja_na_alemanha_reconhece_que_explorou_cerca_de_seis_mi/bra-195190http://pt.radiovaticana.va/storico/2008/03/26/igreja_na_alemanha_reconhece_que_explorou_cerca_de_seis_mi/bra-195190http://pt.radiovaticana.va/storico/2008/03/26/igreja_na_alemanha_reconhece_que_explorou_cerca_de_seis_mi/bra-195190http://www.concordatwatch.eu/showsite.php?org_id=843http://www.concordatwatch.eu/showsite.php?org_id=843http://www.concordatwatch.eu/showsite.php?org_id=843http://pt.radiovaticana.va/storico/2008/03/26/igreja_na_alemanha_reconhece_que_explorou_cerca_de_seis_mi/bra-195190http://pt.radiovaticana.va/storico/2008/03/26/igreja_na_alemanha_reconhece_que_explorou_cerca_de_seis_mi/bra-195190http://pt.radiovaticana.va/storico/2005/09/02/igreja_cat%C3%B3lica_alem%C3%A3_indeniza_594_escravos_do_nazismo/bra-47351http://pt.radiovaticana.va/storico/2005/09/02/igreja_cat%C3%B3lica_alem%C3%A3_indeniza_594_escravos_do_nazismo/bra-47351
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    o governo mexicano, o sindicato Solidariedade de Lech Walesa contra os comunistaspoloneses, a revolta anticomunista na Hungria em 1956 etc.

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