A dança é a mãe de todas as artes. Música e poesia se · “Momento Itália-Brasil” que...
Transcript of A dança é a mãe de todas as artes. Música e poesia se · “Momento Itália-Brasil” que...
“A dança é a mãe de todas as artes. Música e poesia se
encontram no tempo, pintura e a escultura figuram no espaço. Porém, a
dança vive conjuntamente no tempo e no espaço. O criador e a criação.
O artista e sua obra (...) a representação animada de um mundo visto e
imaginado, criado pelo homem, pelo seu próprio corpo por meio da
dança”. CURT SACHS (1901-1959)
Fig.1 – Desenho de ALINE LEAL CHAVES
Professor PDE: Dilva Terezinha Battistuz Miotto
Área PDE: Educação Física
NRE: Pato Branco
Professor Orientador IES: Vânia Roscznieski Brondani
IES vinculada: Unicentro
Local de Implementação: Colégio Estadual São Luís - EFM
Público objeto de intervenção: 8ª série do Ensino Fundamental
A dança é tão antiga quanto à própria
humanidade. É uma das mais antigas formas de
expressão e espetáculo do mundo. É a arte que
revela emoções e sentimentos sem necessidade
das palavras e objetos. Individual, em duplas,
trios ou grupos, desperta sensibilidade, atrai
plateias, cativa multidões. Por meio de gestos
rudimentares, nasceu para comunicar e
expressar as emoções primitivas do homem com
o seu meio, fazendo parte de todos os
acontecimentos de sua vida. Fig.2 Desenho de ALINE LEAL CHAVES
homem pré–histórico dançava, para referendar seus deuses,
pedindo sucesso nas caçadas, lutas e desafios da vida
cotidiana. Dançavam ainda, por diversos outros motivos como
euforia, conquistas, agradecimentos, elevação espiritual, festejos de
nascimentos, casamentos, fertilidade, curas, colheitas, lamentações de dor ou
morte. Era tida como divertimento, mas chamada de sagrada, por ter uma
finalidade prática: como na agricultura, para estimular a germinação e o
crescimento das plantas, ao redor do fogo para atrair o sol, além às danças de
caça e de guerra, fingindo o ataque ao inimigo.
Segundo Isadora Duncan (1878-1927) “O Homem deve falar, depois
dançar. A fala é o cérebro, o homem pensante. Cantar é emoção. Dançar é o
êxtase dionisíaco que carrega com tudo” (BOORSTIN, 1995,p.605). Da mesma
forma “O gesto em si nada significa, seu valor reside nos sentimentos que o
O
inspira, e a dança jamais terá validade, se não tiver calçada em movimentos e
emoções humanas” (DALCROZE apud BREGOLATO, 2000 p.136). Sendo
assim, “Dançar é a capacidade de transformar qualquer movimento em Arte”
(EARP in Fahlbusch, 1990, apud BREGOLATO, 2000, p. 24).
“Folclore é o retrato da cultura de um povo” (BREGOLATO, 2000 p. 88).
É um saber popular, transmitido de geração em geração. Todos os
povos, tribos e nações possuem seus costumes, hábitos, crendices e
tradições que voluntária ou involuntariamente vão sendo transmitidos
às suas gerações ou descendências. O folclore se faz presente na
música, nas danças, nos artesanatos, nas festas, na religiosidade, mitos
e outros que nasceram ou vão nascendo e se desenvolvendo entre o
povo. Representa a identidade social de uma comunidade, através de
suas criações individuais ou coletivas.
As Danças Folclóricas retratam usos, costumes, espaços geográficos,
épocas, e etapas do desenvolvimento sócio-econômico e cultural de um povo,
traduzidas por gestos e movimentos, representando suas emoções, crenças e
estado de espírito. Acompanhadas ou não de música, canto ou instrumentos
peculiares, expressam e resgatam sentimentos vividos.
É a manifestação espontânea dos povos do campo ou das cidades, sem
autor conhecido, sendo repetida de geração a geração, perpetuando assim os
costumes e tradições de um povo. Através da dança folclórica e popular
difunde-se uma cultura regional ou local, mostrando seus valores, costumes
crenças e significados (BREGOLATO, 2003).
Vamos conhecer uma dança bem
interessante?
As danças populares italianas podem ser divididas em grandes grupos,
identificadas nas áreas geográficas, do Norte, Centro e Sul da Itália. As do
Norte representadas pelas Manfrinas, e Furlanas são danças bem
estruturadas, com números de pares e figuras definidos. A área geográfica
central é representada pelo Saltarello. (Regiões do Lázio, Molise, Umbria,
Emiglia Romgana, Marche e Abruzzo). Ao sul se encontra a área das
Tarantellas (Campania, Calabria, Puglia e Sicília). Também faz parte da Região
da Campania a Tammuriata e na Região da Puglia o fenômeno Pizzica. (VITA,
[1998?], apud Romagnani, 2007). A Sardenha por seu isolamento histórico e
geográfico, apresenta uma cultura diferente do restante da península italiana,
tornando suas danças e tradições populares diferenciadas das demais.
Pesquisa: Divididos em 04 grupos, faremos uma pesquisa no laboratório de
informática da escola sobre a Itália e a imigração italiana para o Brasil. Em sala
de aula, cada equipe irá preparar o material para apresentação das pesquisas,
podendo ser: cartazes, painéis, apresentação em mídias, etc. Os temas serão:
- Regiões da Itália.
- Situação sócioeconômica atual da Itália.
- Situação física e geográfica.
- Curiosidades e pontos turísticos.
Você já ouviu falar em Tarantela,
em dança folclórica italiana?
Atividade extraclasse:
a) Entrevistar pais, avós ou pessoas idosas da comunidade para ouvir suas
histórias e conhecimentos sobre a imigração italiana para o Brasil.
b) Pesquisa bibliográfica sobre a imigração italiana para o Brasil.
Sistematização:
Apresentação em formato de seminário dos resultados das atividades
anteriores, com a complementação do conteúdo referente ao tema indexado no
endereço: http://www.youtube.com/watch?v=4RiZEf4vLg4
A Itália é um país milenar, de predominância montanhosa, com poucas
planícies e muitas colinas de cultivo difícil e penoso. Devido ao grande
crescimento demográfico, aliado a crise econômica, fez com que mais de 7
milhões de cidadãos deixassem definitivamente sua Pátria entre os anos de
1870 a 1920. Destes, cerca de 1,4 milhões vieram no Brasil em busca de
sobrevivência e de uma vida melhor.
Pouca terra, baixos preços nos produtos, altos impostos, famílias
numerosas, falta de trabalho e espaços para produzir, doenças, miséria,
sofrimento e fome constituíam uma situação de desespero para grande parte
da população italiana da época. A notícia que no Brasil havia terra, trabalho e
fartura em abundância, a imigração constituía uma oportunidade de equilíbrio
socioeconômico para o país e uma esperança para o povo.
O Brasil por sua vez, no mesmo período, possuía grande falta de mão
de obra para produzir alimentos e, necessitava povoar seu imenso território
para garantir segurança, progresso e desenvolvimento. (FAUSTO, 2000).
Os imigrantes viam na América o lugar dos sonhos. O desejo de
liberdade, de ter sua própria terra para trabalhar, produzir e prosperar fez com
milhões de camponeses e operários se despojassem do pouco que possuíam
e embarcassem para o Brasil, deixando para trás, parentes, amigos e a velha
e saudosa Pátria. Muitos aqui se perderam de parentes, amigos e conhecidos
como também, de sua própria identidade.
Com o objetivo de aproximar os sentimentos de afinidade entre
brasileiros e italianos, os governos dos dois países firmaram convênio
estabelecendo para outubro de 2011 o início do “Ano da Itália no Brasil” ou
“Momento Itália-Brasil” que deverá mexer com os sentimentos dos mais de 25
milhões de descendentes de italianos residentes no Brasil atualmente.
Conheça um pouco mais sobre a imigração italiana para o Brasil,
visitando os sites abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=EpwX5tfZsm8
http://www.youtube.com/watch?v=FzCldQLBIp0&feature=related
Tarantela (em italiano tarantella)
é uma dança popular caracterizada
pela troca rápida de casais. É
encontrada em diversas regiões do
Sul do País (Campânia, Puglia,
Basilicata, Calábria, e Sicília), com
“privilégios” de surgimentos na Puglia.
A maioria das tarantelas é dançada
por diversos casais, embora, algumas
raras, executadas por apenas um
dançarino ou dançarina. São danças
Fig. 3 Desenho de ALINE LEAL CHAVES livres, feitas pela improvisação dos
participantes em cima de passos e figuras coreográficas básicas, respeitando
as tradições de cada região. Originalmente eram executadas pelos
camponeses e, como todos conheciam os passos e as figuras, todos cantavam
e dançavam juntos em locais públicos, vilas e praças.
Tarantella com o sufixo diminutivo “ella” (muito comum no sul do país) vem
da palavra “taranta” que indica “tarantula” (Lycosa Tarentula), tipo de aranha
muito comum encontrada em torno de Tarento – Taranto no território da Puglia,
no sul da Itália no século XVII.
A tradição conta que a pessoa picada pela tarântula deveria dançar
durante dias até o veneno injetado pela aranha ser totalmente eliminado do
corpo através da transpiração.
Surgiu assim o “tarantismo” ou “tarantolato” fenômeno, ritual místico,
para curar ou venerar a (“pinch”) picada da tarântula, que causava fortes dores
abdominais, sudorese, palpitação e catelepsia. A música e a dança constituíam
uma terapia, uma espécie de exorcismo em grupo para expelir o veneno da
aranha.
Então acesse os sites abaixo e assista algumas tarantelas, assim
conhecerá um pouco mais desta dança e suas variações. Aproveite e perceba
também os instrumentos que ajudam a dar mais ritmo, vigor e alegria a essas
Danças.
http://www.youtube.com/watch?v=uwnD6Si-sSA&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=2IX5OAUVLKU
http://www.youtube.com/watch?v=HLZJ4t0PUqY
Que tal aprendermos as Tarantelas Napolitanas que assistimos nos dois
primeiros vídeos?
As manfrinas ou monferrinas são danças muito antigas, originárias de
monferrato, sendo a maior família de danças da Região Norte e Central da
Itália (Toscana, Umbria, Ligúria, Lombardia, Emíglia Romagna, Marche e
Piemonte). A maioria são executadas em círculos aristocráticos. Possivelmente
descende da Monfredina do século XIII e Monfrolina no século XV, havendo um
aumento de variantes ao longo do tempo, em quase todas as comunidades que
a dançavam. Do dialeto "Monferrina" tornou-se "Manfrina, muito embora, ainda
chamada por nomes diferentes, todos semelhantes entre si: munfrina,
monferrina e manfrina.
Em si, a dança, expressa alegria, comemoração, diversão, sociabilidade
e agregação. Não é muito rígida na imposição de movimentos. Cada casal
pode mostrar suas habilidades, usando sua criatividade e executando seus
próprios passos.
Originalmente, tinha-se esta dança como um pretexto para iniciar um
namoro longo, feito de gestos e suspiros.
Até algumas décadas atrás, foi certamente uma das músicas mais
conhecidas e mais dançadas na região de Piemonte.
O isolamento geográfico dos vales altos fez com que a tradição
chegasse intacta até hoje, tanto no repertório como no canto.
Fig. 4 (Pano de fundo) –Desenho de ALINE LEAL CHAVES
-
Vamos aprender uma Manfrina, em forma de dança de integração. Você pode
visualizar uma no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=-
Lvd0I30NRU&feature=related
Pizzica Pizzica (pega pega), uma das danças folclóricas italianas mais
bonitas. Fazem parte do fenômeno
tarantismo. Pertencente não apenas a
região da Puglia, mas também da
Calábria e da Sicília (MANICONE,
1807 p.157 apud GIORELLI, 2008
p.26) onde as comunidades das
aldeias tinham o hábito de tratar com
música e dança as pessoas
consideradas afetadas pela doença
causada pelo “aperto” ou beliscão da
aranha tarântula nos séculos XVII e XVIII. Fig.5 - Desenho de ALINE LEAL CHAVES
São danças rituais antiguíssimas, onde as mulheres extremamente
reprimidas social e sexualmente podiam aproveitar-se do momento, com
movimentos, gestos e gritos desfreados, provocar suor e se libertar do veneno
da aranha.
Esses rituais geralmente aconteciam durante os meses mais quentes do
ano, que coincidiam com a época de maior trabalho no campo, sendo as
mulheres as mais afetadas pelo mal.
As cerimônias de libertação se iniciavam logo após o almoço e davam
especial atenção a tarantata (mulher mordida pela aranha) Os amigos e
vizinhos eram convidados para assistir e participar do ritual supersticioso e os
músicos das redondezas eram chamados para nesta ocasião efetuarem o
papel de médicos. A paciente era levada para fora, vestida com roupas
brancas, adornadas com uma variedade de fitas coloridas, folhas de videiras,
ornamentos diversos e uma espada desembainhada na mão. Os músicos
tentavam sucessivos sons e melodias para acordar as emoções da adoentada.
Quando conseguiam atrair sua atenção os músicos exibiam toda sua arte,
acelerando gradualmente o ritmo da música. A paciente despertada de sua
misteriosa doença começava a dançar uma sucessão de músicas animadas,
primeiro sozinha, depois, jogando um lenço, convidando um dos espectadores
como parceiro, depois outro, e mais outros. Ninguém podia recusar seu
convite. Ao seu dispor era colocado um grande vaso com água onde ela podia
durante a sessão ir referescando seu próprio rosto com água fria. (GRIMALDI,
1818 apud GIOELLI 2008) “Ela grita e dança, contra sua vontade, mesmo que
tenha o compromisso de não parecer assim” (PIGONATI, 1779 apud GIOIELLI,
2008, pág 21).
Finalmente, quando vencida pelo cansaço, dava fim à sua exibição,
jogando a água do jarro sobre o própria cabeça. Então, era levada de volta
para sua cama. As pessoas presentes aproveitavam o momento para saborear
o jantar, já devidamente preparado para a ocasião. (KRAVEN, 1821 appud
GIOIELLI 2008)
Na Calábria, durante os intervalos em que a tarantata descansava ou
dormia, os convidados podiam divertir-se tomando o seu lugar (GORE, 1837
apud GIOIELLI, 2008). Já, na Puglia, o seu último parceiro tinha o direito de
convidar outras mulheres, continuando a dança desta forma mais variada e
divertida. (GRIMALDI, 1918 apud GIOELLI 2008).
Os instrumentos musicais comumente utilizados para a animação do
tarantolado eram: o pandeiro, o violino, o acordeão, o tamurra e o bandolin.
O Tarantismo fenômeno que durante séculos intrigou médicos,
psiquiatras, antropólogos, viajantes, artistas e religiosos, hoje é quase extinto
na prática viva, embora permaneça forte no Salento – Puglia como uma
releitura do mito aracnídeo original, da forma camponês.
.
Que tal construirmos um ritual para resgatar os momentos intrigantes do
tarantismo através de uma Pizzica?
Mapa interativo:
O nosso mapa interativo – DANÇAS ETNOCULTURAIS – precisa ser
aprimorado. Então, a tarefa agora é usar novamente o levantamento de
informações para descobrir as demais manifestações folclóricas Italianas em
forma de dança. Vamos dividir a turma em 04 grupos para pesquisar a origem
das seguintes danças: Saltarello, Trescone, Tammuriata e Ballo Sardo. Mas, se
vocês descobrirem outras não citadas, ótimo! Tragam-nas para a nossa sala de
aula. Se encontrarem também algumas curiosidades sobre as Tarantelas,
Manfrinas e Pizzicas já estudadas, melhor ainda, assim, aprofundaremos mais
nossos conhecimentos. A partir desta pesquisa construiremos um mapa
situando as danças folclóricas pertencentes a cada região italiana.
DANÇA ITALIANA: QUEM PRATICA
SABE A FORÇA E O VALOR QUE TEM!
A maioria dos instrumentos folclóricos utilizados para acompanhamento
das danças e canções italianas são de origens antigas e imprecisas,
influenciados por diversas culturas que dominaram o território italiano nos
séculos passados.
O acordeão é um instrumento musical com fole
de cana e aerofone livre. Foi e continua sendo um
instrumento muito popular e dinâmico na tradição
folclórica italiana. Fig. 6: Desenho de
ALINE LEAL CHAVES - SÃO JOÃO-PR
O Friscalettu (também chamado flauto, fischiettu frischiettu ou faraùtu frischiettu
ou faraùtu), é um instrumento musical de sopro de origem grega, feito com madeira de
cana mediterrânea e que produz um som muito forte e agudo. Durante a construção, cana
é cortada antes e após dois nós de modo produzir a
boca e o fechamento do instrumento. O friscalettu
mede de 12/30 centímetros e um diâmetro de 10/20
mm. Na parte superior do cano, são feitos sete furos,
enquanto na parte inferior dois furos, além de um
terceiro buraco, o sfiatoper e mais o suporte para se
colocar a boca.
Fig.7: Desenho de ALINE LEAL CHAVES
Instrumento de percussão da família dos membranofones. É uma
ferramenta de cabo tubular em que o som é produzido pelas
batidas ou raspadas na pele esticada sobre uma extremidade do
tudo.
Fig. 8: Desenho de ALINE LEAL CHAVES
O instrumento a Tammorra ou tammurro é um grande tambor com a
membrana de pele seca (geralmente de cabra ou de ovelha) esticado sobre
uma armação de madeira circular. O diâmetro varia de 30 a 60 cm. A prancha
de madeira que compõe o círculo (quadro) é de
até 15 cm de altura com buracos ao seu redor
a partir dos quais sao colocados os sinos da
lata ou pequenos pratos. O tammorra é
caracterizado por um som sedutor marcante.
Especialmente no Vesúvio, a tammorra está
presente nos eventos recreativos e nos ritiais
como as frequentes peregrinações à Nossa
Senhora.
Fig.9 - Desenho de
ALINE LEAL CHAVES – SÃO JOÃO - PR
Instrumento musical de percussão constituído
por uma membrana de pele esticada sobre um
aro de madeira, como poucos centímetros de
altura e decorado com fitas coloridas. A pele
pode ser pintada com passos de dança ou
paisagens da região que as danças
representam.
Fig.10-Desenho de ALINE LEAL
CHAVES
A castanhola é um instrumento de percussão de origem milenar. É
constituído por dois pedaços de madeira de castanheiro em forma de prato
fundo, perfurado e ornamentado com uma fita que se coloca em redor do
polegar. O seu nome deriva do seu formato, que lembra uma castanha.
Chegou à Itália através da influência espanhola.
As castanholas emitem um som seco e oco, de entoação imprecisa,
servem de acompanhamento rítmico para muitas danças folclóricas, como
algumas tarantellas, por exemplo. Em qualquer par de castanholas há uma
que tem o som mais agudo do que a outra, distinguindo-se, respectivamente,
com os nomes de castanholas-fêmea e
castanholas-macho.
Para tocá-las, deve-se segurá-las com
o polegar através do cordão que as une; o
qual atravessa a sua parte superior, chamada
"orelha", fazendo-as estalar através da
percussão rítmica dos restantes dos dedos. Fig. 11 - Desenho de
ALINE LEAL CHAVES – SÃO JOÃO - PR
É um instrumento musical
cordofono, tocado com as pontas dos dedos, unhas ou com palheta. O som é gerado pela
vibração das cordas que são esticadas sobre o tampo, a qual, por sua vez, repousa sobre
a mesa de som que amplifica-o. As
cordas são estendidas entre os
tiracordes, fixados sobre a ponte e as
nozes, No punho, o teclado permite
encurtar o comprimento da corda
vibrante, a fim de tocar as notas que
desejar.
Fig. 12 - Desenho de ALINE LEAL CHAVES
O bummulu, também chamado de "jarra", nasceu na Sicília,
para transportar ou guardar água. Devido à forma invulgar e
os materiais feitos de argila ou barro cozido em fornos de
altas temperaturas, foi adaptada, talvez acidentalmente, como uma
ferramenta musical. De fato, o vento ao entrar adequadamente em
sua embocadura, produz um som diferenciado.
Fig. 13-Desenho de
ALINE LEAL CHAVES – SÃO JOÃO - PR
Um traje típico autêntico é aquele que retrata fielmente uma região,
localidade, vila ou cidade. Ele demonstra a situação social e confessional do
grupo, da família que pertence, do estado civil, das posses, da idade, e o
momento do seu uso, como festas, dia a dia ou trabalho. Os trajes dos ricos e
proprietários eram mais coloridos e abundantes, enquanto os dos moradores
do interior possuíam cores mais neutras e menos marcantes. Os trajes de festa
e do dia a dia diferenciavam-se apenas na qualidade dos tecidos e
ornamentos, mantendo os mesmos cortes e modelos. De acordo com as
possibilidades as pessoas trocavam partes dos seus trajes, para simbolizar as
etapas já percorridas.
A escolha de um traje folclórico deve ser baseada em algo que lhe dê
significado especial como à cidade ou região de origem dos integrantes do
grupo, ou das danças que são executadas.
- Saia de cós, com pregas franzidos ou godês. Seu
comprimento deve ficar de 15 a 20 cm do chão. Os tecidos devem ser de linho,
seda ou damasco, usando-se gregas, fitas ou bordados, somente quando a
região pedir.
– Forrado, de forma a ficar bem junto ao corpo, podendo ser
separado ou costurado à saia. Tecidos em veludo, damasco, seda, algodão,
liso ou estampado. Bordados, somente quando a região pedir.
– Panos retos, franzido ou com pregas, de forma a atingirem
metade do diâmetro da cintura e, de 5 a 8 cm mais curto que a saia. A tira de
amarrar deve ter 8 cm de largura e no comprimento da saia. O tecido pede ser
de seda ou algodão, liso ou estampado. Bordados e rendas somente quando e
como a região pedir.
- Deve ser branca, de algodão ou popeline finalizadas com
rendas de algodão ou crochê. (Raras regiões usam blusa de cor para
diferenciar as de festas com as de trabalho). Mangas ou decotes conforme a
estação do ano. Bordados e rendas conforme a região.
– Lenço de seda ou tecido bem leve, liso ou estampado,
formando um quadrado de 90 cm, com franjas de macramê ou crochê.
Bordados somente quando a região pedir.
- Sempre branca, feita de tecido de algodão e
com comprimento abaixo do joelho. Acabamento com rendas de algodão ou
crochê. Pode-se usar aparecendo seu bordado.
– Branca, de tecido algodão e de forma godê.
– De lã ou linha branca, colorida ou bordada, conforme a
região.
– Sapato preto, fechado, de ponta arredondada, de couro
ou camurça. O salto deve ter no máximo três centímetros de altura.
– Preso em coque, trança ou com touca. Chapéu e fitas
conforme a região.
– A maquiagem deve ser Leve e em tons suaves.
– De tecido, couro ou veludo, conforme a região. Comprimento
abaixo do joelho “pescador” com ilhós ou botões ou fitas nas laterais, ou longa,
nas cores preto, branco, bege, cinza marrom ou verde.
– Feito de veludo, seda, gabardini ou brim, no comprimento e
nas cores de acordo com cada região. Devem ser forrados e folgados.
Bordados e gregas, somente se a região pedir.
– Branca, em algodão e com rendas da mesma cor. Mangas
longas e fofas, apertadas no pulso.
– Conforme a região. É composto por uma longa faixa de seda
colorida, teminando com uma franja, envolta por três vezes ao redor da cintura
e atada no lado esquerdo.
– Lenço de seda ou algodão, liso ou estampado de
aproximadamente 90 cm x a 5 cm, preso por um anel dourado ou prateado.
– De lã, forrado, modelo e cor de acordo com a região.
– Sapato preto de couro, ou botas, dependendo da região.
– De lã ou linha de trama fechada.
– Os modelos e as cores dos chapéus variam muito de
região para região. Quando se tratar de gorros, os mesmos devem ser sempre
de lã.
Conheça melhor alguns trajes visitando o site: http://www.grifasi-
sicilia.com/costumi.htm
Aguarde duas horas após ter se alimentado para
praticar dança italiana.
Use roupas leves, confortáveis e limpas.
Hidrate-se com bastante água antes, durante e
após as atividades.
Capriche no antitranspirante, porém, modere no
perfume.
Faça um bom alongamento seguido de
aquecimento antes de começar a dançar.
A Dança Italiana é um excelente remédio para a
timidez e o baixo astral. Relaxe, estamos prontos
para ajudá-los.
Esteja sempre atento aos passos e movimentos do
corpo na hora da prática.
Se você transpira muito, tenha sempre à mão uma
toalhinha.
Capriche na expressão facial, já que a alegria é
uma característica marcante da Dança Italiana.
Boa Sorte!
Agora, vamos rever e ensaiar as coreografias aprendidas.
Produção Pedagógica: Em virtude do Momento Itália-Brasil, que será
comemorado a partir de 05 de outubro deste ano, vamos produzir pequenas
enquetes e gravar em áudio e vídeo envolvendo os temas estudados? Depois
disso, podemos divulgar nas demais turmas do Colégio e apresentar nos
programas da Rádio local com o intuito de divulgar o trabalho realizado e
eternizar os traços marcantes da cultura italiana. Também poderemos postar
os vídeos produzidos no site do nosso Colégio e no you tube, disponibilizando
as informações para um grande número de pessoas.
–
Encerramento: Que tal encerrarmos com um grande Jantar Italiano
envolvendo alunos, professores, pais, funcionários e a comunidade em geral?
No evento podemos apresentar os resultados do nosso projeto e as danças
aprendidas, culminando com a degustação de saborosos pratos típicos da
culinária italiana ao embalo de belas melodias folclóricas.
7. AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá durante a aplicação desta unidade didática, incidindo
sobre todas as atividades desenvolvidas. Serão utilizadas as seguintes práticas
avaliativas:
- Participação dos alunos nas atividades individuais e em grupos.
- Participação nas atividades práticas.
- Participação nas discussões e pesquisas.
- Produções realizadas.
Questionamentos finais:
Como foi a vivência desta proposta de trabalho?
Quais as dificuldades encontradas?
Ë importante aprender dança na escola? Por quê?
A Dança Italiana pode ser uma abertura para o aprendizado de outros estilos?
O que é possível realizar de agora em diante?
Elenque os benefícios que a prática desse estilo de dança pode proporcionar.
8- REFERÊNCIAS
ARCO-VERDE. Y. F. S.; e Outros. Diretrizes Curriculares de Educação Física para Educação Básica do Estado Paraná. Curitiba: Jam3 Comunicação. 2008.
BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal da DANÇA. São Paulo:
Ícone. 2000
BOORSTIN, Daniel J. Os criadores. Uma história da criatividade humana. São Paulo: Civilização Brasiliense, 1995. BUSSETTI, Luca Eid e Marco. LE DANZE TRADIZIONALI E MODERNE NELLA SCUOLA. Dalmine: S.r.l., 2010.
DE MARTINO, Ernesto. La terra Del rimorso. 4ª. Ed. Milano: Il Saggiatore.
2008
FAUSTO, Boris. Fazer a América. 2ª. ed São Paulo: Edusp. 2000.
KONGSHAUSEN & NEUMANN. La Prima Danza - Wurzburg: Artes
Performáticas, 2004.
MACHIOSKI, Fábio Luiz. A Preservação da Identidade Cultural em um Grupo Imigrante Italiano, Curato de Colombo, 1888 – 1910. (artigo)
MARQUES, Isabel Azevedo. Dançando na escola. 4 ed. São Paulo:
Cortez.2007.
MARQUES, Isabel Azevedo. ENSINO DE DANÇA HOJE: textos e contextos. 5 ed. São Paulo: Cortez.2008.
NANNI, Dionísia. Dança Educação – pré-escola à universidade. 4 ed. Rio de Janeiro: Sprint. 2003.
POZENATO, José Clemente. A Cocanha. Porto Alegre: Mercado Aberto,
2000.
TOSCHI, Paolo. IL Folklore. Roma: Studium, [19--].
TOSCHI, Paolo. Invito al Folklore Italiano. Roma: Studium, 1967.
TOURIN CLUB ITALIANO. IL FOLCKLORE Tradizioni, vita e arti popolari. Vol XI. Milano: Touring Club Italiano,1967.
“Utriculus”, trimestrale, numero monografico sul tarantismo, anno XII, n. 46, Una Danza chiamata pizzica (1779-1818) aprile-giugno 2008, pp. 21-24. Acesso 22 de setembro de 2010. “Utriculus”, trimestrale, numero monografico sul tarantismo, anno XII, n. 46, Il tarantismo in Calabria. Esposizione diacronica di alcune fonte letterarie, aprile-giugno 2008, pp. 25-28. Acesso 22 de setembro de 2010.
Sítio Web - http://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia. Acesso 22 de setembro de 2010.
Sítio Web - http://www.tuttoballo.net/PDFRIVISTE/Num89-Recensione-Romagnani-permette-un-ballo.pdf 2007. Acesso 22 de setembro de 2010.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Física. Curitiba: Secretaria
de Educação de Estado do Paraná, 2008.