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    09/05/12 Umbanda de Nego Vio: A Defumao

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    Este blog pretende discutir, resumidamente, aspectos fundamentais da prtica Umbandista: rito-liturgia; o fenmeno do transe; suatica; seus valores simblicos, e; a vivncia do Sagrado dentro das Leis de Umbanda.

    Umbanda de Nego Vio

    sbado, 30 de julho de 2011

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    isso.

    A Defumao

    Por: Gregorio Lucio

    Em continuidade ao assunto iniciado e tratado no post anterior (v ide: AsErvas), trataremos agora de outra questo extremamente presente no dia-a-

    dia da prtica umbandista: a defumao. A defumao como verdadeira magiapara a correo e harmonia das estruturas espirituais do templo eprincipalmente do indivduo.

    sabido por parte de todos os adeptos da noss a Umbanda como se preparar uma boa defumao. Os templosumbandistas fornecem essa orientao, alm de contarmos com uma considervel bibliografia no meio umbandistaque trata, pelo menos de maneira bs ica, a respeito deste fundamento.

    Entretanto, gostaramos nes te momento de aprofundar o olhar a respeito e reflexionar sobrecomo uma prtica, vista como um mero "exotismo" ou prtica primitiva ao olhar do leigo, estrevestida de tanta sabedoria e conhecimento a respeito das dimenses do ser humano e davida.

    A difuso cada vez maior de idias a respeito da realidade quntica do universo em nossacultura ocidental - a qual caracterizada pelo cientificismo e pelo racionalismo f ilosfico -, temsuscitado muitas discusses em nosso meio social e tambm nos meios acadmicos.

    A compreenso quntica do universo (preconizada pelo eminente professor de Fs ica da Universidade de Oregon,Amit Goswami) postula que a Realidade criada pela Conscincia, a qual escolhe, entre vrias possibilidadesprovveis, quais os contextos que iro surgir como realidades. Isso implica em dizer, sumariamente, que nossaconscincia objetiva ou de corpo (as sensaes corporais como calor, frio, dor, leveza, presso sobre a pele) enossa conscincia subjetiva ou psquica (percepo de individualidade, ass im como sentimentos, emoes, idias ,pensamentos), seriam causadas pela ao da Conscincia. A es te princpio foi dado o nome de causaodescendente (a Conscincia cria a realidade, o crebro e o corpo), implicando numa posio contrria aoparadigma cientfico materialista, tido como causao ascendente, o qual define o crebro como criador daconscincia e do sentido de indiv idualidade.

    A Conscincia seria, portanto, Causal.

    Obviamente, essa Conscincia, a qual essencialmente ns mesmos, opera essas "escolhas" num nvelinconsciente, por isso no temos a percepo objetiva e consciente de que estamos produzindo a realidade em quevivemos, sentimos, pensamos e nos movimentamos. Talvez ai more a chave central para a compreenso da LeiKrmica. Em outra oportunidade, voltaremos a este aspecto para refletirmos a respeito da Lei do Karma e doLivre-Arbtrio.

    importante fixarmos, deste conceito acima explicitado, que a partir do momento emque a Conscincia cria a Individualidade, a qual est localizada em vrios nveisdimensionais (natural - espiritual - divino, por exemplo), Ela (a Conscincia) manifestaestruturas paralelas que interagem dinamicamente e regulam-se umas as outras, nummovimento de equilbrio. Essas estruturas, fazendo uma ponte com os conhecimentosespiritualistas, podemos cham-las, didaticamente, de: corpo fsico (material), corpovital ("semi-material" ou etreo), corpo psquico (sutil) e corpo mental (sutilssimo).

    Uma vez que o movimento harmnico entre essas estruturas dinmicas implica na sade, consequentemente adesarmonia entre esses movimentos equivaleria doena (seja ela fsica, psquica ou espiritual).

    Cremos que o princpio espiritual (conhecido nos cultos de nao, nos Candombls, comoAx) est manifesto em

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    Gregorio Lucio

    Como Praticante e Estudioso daUmbanda, assim como daPsicologia Humana, busco ampliarconhecimentos e estabelecer

    reflexes em torno deste universo religioso.Entretanto, no conservo a inteno depromover qualquer tipo de doutrina oucodificao umbandista.

    Entendo que a transformao das expresses

    culturais - dentre elas a Religio - d-se pelareflexo e elaborao do pensamentocrtico/analtico em torno destas, propiciandosua constante dinmica e adequao ao contextosocial no qual se expressam.

    Assim, o estudo e a interface com outros ramosdo conhecimento humano (como seja a Filosofia,a Psicologia, a Teologia, Antropologia e aAntroposofia), tal como ora fazemos no blogUmbanda de Nego Vio, intenciona oentendimento do passado para umacontextualizao do presente, culminando naelaborao de interpretaes poss veis darealidade pertinente ao fenmeno religioso emquesto, a Umbanda, para que seja possvelmodificarmos nosso futuro e ampliarmos nossa

    possibilidade de interao consciente com estamesma realidade, em sua dimenso interior eexterior.

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    Postado por Gregorio Lucio s 03:30

    Marcadores: defumao; conscincia causal; causao descendente; estruturas sutis ; principio espiritual

    cada ser humano, cada Esprito, e em cada elemento da Natureza (por conta da prpria ao dos Orixs ), e estepode ser transmitido, ass imilado, compartilhado e renovado dentro deste S istema abarcado pela Conscincia.

    As ervas, na dimenso natural (Natureza), pelos processos de seu desenvolvimento, recolhem do solo os nutrientesnecessrios para sua subsistncia e perpetuao da espcie, alm da influncia da luz solar e da lua, as quaistambm contribuem nos fenmenos da fotossntese e no seu crescimento.

    J na sua dimenso espiritual, as ervas esto carreadas de grande acmulo etrico, por conta da absoro dasenergias sutis provindas dos 4 elementos (ar, fogo, gua e terra).

    Adicionalmente, na sua dimenso divina, as ervas carregam o princpio espiritual do(s) Orix(s).

    As ervas tambm so, portanto, manifestao da Conscincia Causal.

    Por carregarem em si substncias qumicas (seu princpio ativo), no momento de sua queima essas so liberadasno ambiente. Como muitas das ervas utilizadas na defumao possuem propriedades anti-spticas e curativas (porexemplo alecrim, eucalipto, arruda e guin), s ua fumaa age primariamente sobre o corpo e o ambientecontribuindo para o s aneamento destes.

    Em relao s estruturas etrica/espiritual, quando utilizamo-nos da defumao em nossas giras, os princpiosespirituais liberados pelas ervas no momento de sua queima e potencializados na fumaa, influenciam estasestruturas de cada indiv duo (encarnado ou desencarnado), estabilizando-as e contribuindo para que aIndividualidade possa recuperar-se ou fortalecer-se.

    No entanto, na prtica litrgica, este processo manifestar-se- sempre pelo comando do mdium/operador, cujaconscincia e o poder da vontade "dispara" o gatilho que ir promover sua mov imentao no plano espiritual.

    No podemos nos furtar a dizer da importncia de nossos Guias e Mentores neste processo, os quais dinamizam,no momento da defumao, seus prprios "princpios espirituais", verdadeiros "mananciais de luz", direcionando-

    os para todos, formando uma verdadeira "aura coletiva" da qual cada um retirar o que lhe seja necessrio.

    Finalizemos colocando um ponto de destaque. No cremos, particularmente, que essa i nfluncia nas estruturassutis da Individualidade, efetivada no ato da defumao, processe-se obedecendo s Leis Fsicas conhecidas eaceitas atualmente. Nossa proposta aqui, ao citarmos conceitos da Fsica Quntica, a de contemporizar nossaviso do universo espiritual, estabelecendo uma relao com assuntos atuais, provindos de um meio oposto aoreligioso, qual seja o meio cientfico acadmico.

    Pretendemos as sim situar o conhecimento humano como sendo o contemplador de ngulos de entendimento darealidade diversos mas ao mesmo tempo complementares, dos quais podemos dispor para darmos significados nossa existncia e realidade.

    Lembremos que somos a Conscincia e escolhemos a nossa realidade!

    Deixamos i sso claro para no parecer que estamos tentando dar explicaes cientficas para um processoessencialmente mgico e subjetivo, segundo nosso entendimento, embora totalmente eficaz e real.

    O amigo leitor deve estar se perguntando agora: U...a que tipos de Leis ento essa prtica de "transmisso deforas" obedecer?

    Respondemos: Temos uma linha de estudo que versa a respeito dos fundamentos de transmisso de forasespirituais dentro da prtica umbandista, sobre a qual trataremos em futura postagem, ok?

    Isso por que a explicao do processo implica no tratamento de alguns conceitos que tornariam o presente textomuito extenso. Ento, em futura postagem trataremos de "Simbolismo , Magia e Subjetividade na PrticaUmbandista".

    Enquanto isso... Sarav a Defumao!

    Defuma com as Ervas da Jurema,Defuma com Arruda e Guin,Benjoim, Alecrim e AlfazemaVamos defumar Filhos de F!

    Sarav a todos!

    Referncias:Goswami, Amit (2007). O Mdico Quntico

    (2007). A Fsica da Alma(1998). O Universo Autoconsciente

    Matta e Silva, W.W da (2007). Misterios e Praticas na Lei de Umbanda(2007) Lices de Umbanda nas Palavras de um Preto-Velho(2007) Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda(2009) Umbanda de Todos Ns

    Maes, Herclio (1967). Magia de Redeno (pelo Esprito Ramatis)Saviscki, Leni W. (2007). Causos de Umbanda, vol. I e II (pelo esprito Vov Benta)

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