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A DEPENDÊNCIA DE DROGAS NA MULHER Palestrante: Palestrante: Valéria Rocha Valéria Rocha Brasil Brasil Psicóloga – Dir. Clínica Psicóloga – Dir. Clínica [email protected] [email protected] Instituto ROCHA BRASIL Rua Araguari, 817 andar 12, cj. 122 Moema – CEP 04514-041 – São Paulo - SP Tel. (11) 3898 0070 www.rochabrasil.com.br - e-mail: [email protected]

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A DEPENDÊNCIA DE DROGAS NA MULHER

Palestrante: Palestrante:

Valéria Rocha Valéria Rocha BrasilBrasil

Psicóloga – Dir. ClínicaPsicóloga – Dir. Clí[email protected]@rochabrasil.com.br

Instituto ROCHA BRASILRua Araguari, 817 andar 12, cj. 122

Moema – CEP 04514-041 – São Paulo - SPTel. (11) 3898 0070

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GÊNERO MASCULINO E FEMININO

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Joan Scott Gender: a useful category of historical analyses.Gender and the politics of history. New York, Columbia University Press. 1989.

TRADUÇÃO: Christine Rufino DabatMaria Betânia Ávila

GÊNERO MASCULINO E

FEMININO

Gênero é um elemento constitutivo de relações sociais baseado nas diferenças percebidas entre os sexos;

1) símbolos culturalmente disponíveis que evocam representações múltiplas (freqüentemente contraditórias); 2) Conceitos normativos que colocam em evidência interpretações do sentido dos símbolos que tentam limitar e conter as suas possibilidades metafóricas (Esses conceitos são expressos nas doutrinas religiosas, educativas, científicas, políticas ou jurídicas e tipicamente tomam a forma de uma oposição binária que afirma de forma categórica e sem equívoco o sentido do masculino e do feminino);

O gênero implica em elementos relacionados entre si:

3) As relações de gênero devem incluir uma noção do político, tanto quanto uma referência às instituições e organizações sociais.

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GÊNERO: discurso sobre a diferença dos sexos. Ele não remete apenas a ideias,

mas também a instituições, a estruturas, a práticas cotidianas e a rituais, ou seja, a tudo aquilo que constitui as relações sociais. O discurso é um

instrumento de organização do mundo, mesmo se ele não é anterior à organização social da diferença sexual. Ele não reflete a realidade biológica primária, mas ele constrói o sentido desta realidade. A

diferença sexual não é a causa originária a partir da qual a organização social poderia ter derivado; ela é mais uma estrutura social movediça que

deve ser ela mesma analisada em seus diferentes contextos históricos (SCOTT, 1998: 15 – tradução minha).

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diferenças entre dependentes químicos do sexo feminino e masculino:

Fatores orgânicos, sociais e familiares, impactam distintamente nos dois grupos

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A dependência de drogas feminina não é um grupo homogêneo. As mulheres que iniciam o uso de álcool entre 20 e 30 anos tem mais história de alcoolismo na família, referem mais freqüentemente rejeição e estigmatização em relação ao problema e bebem com mais freqüência em público, já as mulheres de meia – idade, iniciam o uso mais tardiamente, após algum evento estressor (os filhos cresceram e saíram de casa, divórcio, viuvez e etc.) e costumam beber mais privadamente, escondido e em casa (Dutra, 1996). O organismo feminino metaboliza as drogas

diferentemente do masculino. Estudos demonstram que o corpo da mulher, devido a questões metabólicas e hormonais, se debilita com o uso de drogas mais rapidamente que o do homem(Dutra, 1996);

O estigma social também é mais intenso nesta população (Dutra, 1996);

Matisse

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Outro ponto importante na diferenciação de gênero masculino e feminino é em relação ao abuso sexual. Estudos ressaltam que há um predomínio de abuso sexual na infância em mulheres alcoolistas, se comparados aos homens (Cesar, 2006);

O relacionamento com o cônjuge é marcado por dificuldades de comunicação, problemas sexuais e agressões físicas e/ou verbais, além de um predomínio da presença de companheiro alcoolista. Elas sofrem violência por parte de seus cônjuges, diferentemente dos homens alcoolistas que geralmente agridem as suas esposas (Dutra, 1996);

Matisse

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O USO DE DROGAS NO BRASIL

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O USO DE DROGAS NO BRASILO USO DE DROGAS NO BRASIL

O uso de drogas vem aumentando nos últimos anos (Andrade, Duarte,Oliveira e al.,2010; Carlini, Galduróz e al. 2005; Galduróz et al., 1997);

As drogas mais usadas são o álcool e o tabaco (Andrade, Duarte,Oliveira et al.,2010; Carlini, Galduróz et al. 2005; Galduróz et al., 1997);

O uso da maconha também aumentou e hoje é a terceira droga mais usada entre os estudantes brasileiros e a primeira se comparada com as ilícitas (Andrade, Duarte,Oliveira et al.,2010; Carlini, Galduróz et al. 2005);

As mulheres permanecem usando predominantemente as drogas lícitas, dentre elas o álcool, Barbitúricos, estimulantes, benzodiazepínicos, orexígenos, xaropes, e os opiáceos (Carlini, Galduróz et al. 2005);

Média de idade para início do uso de bebidas alcoólicas é de 12,5 anos;

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O USO DE DROGAS NO BRASILO USO DE DROGAS NO BRASIL

80% dos adolescentes já beberam alguma vez na vida;

Jovens entre 14 e 17 anos consomem 6% de todo o consumo anual de bebidas alcoólicas no país;

22% dos jovens estão sob risco de desenvolver dependência de álcool (SENAD);

33% dos alunos do ensino médio consumiram álcool excessivamente no mês anterior à pesquisa realizada pela UNIFESP;

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UM OLHAR EM RELAÇÃO A DEPENDÊNCIA DE DROGAS NA FAMÍLIA

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Sistema fundamental na construção e desconstrução da dependência de drogas;

Retroalimentação entre os membros do sistema familiar (circularidade);

A dependência de drogas vista como um movimento que denuncia o funcionamento familiar (Sudbrack ,2000) ;

É uma síndrome e um sintoma ao mesmo tempo;

interdependência dos diversos sistemas (individuais, familiares, sociais, culturais e históricos);Padrões de funcionamentos intergeracionais em relação a dependência de drogas (Carter, Mcgoldrick et all,1995; Stanton, Todd et all,1990; Martini, Bernardelli, Pagliarini,2010; Horta, Horta, Pinheiro, 2006; Schenker; Minayo et all, 2005);

O impacto da dependência de drogas depende de Variáveis internas e externas de cada família e do ciclo vital ;

Dance of Youth

Pablo Picasso

FAMÍLIA E DEPENDÊNCIA DE

DROGAS

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dependência de drogas E

INTERGERACIONALIDADE

Os Meus Avós, os Meus Pais e Eu - 1936

Magdalena Carmen Frieda Kahlo Calderón

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A construção da “identidade” familiar em torno da dependência de drogas, isto é, as suas condutas reguladoras (rotinas cotidianas, rituais de família e estratégias para a resolução de problemas) se organizam a partir do uso, abuso e/ou dependência de substâncias psicoativas (Steinglass, Bennett, Wolin e Reiss,1997);

As relações rígidas no sistema familiar respeitam um padrão complementar de retroalimentação, estabelecendo um equilíbrio homeostático, mantenedor do “status quo” ao longo dos anos (Stanton, Todd et all,1990);

Os Modelos de identificação intergeracionais são aspectos significativos na transmissão da dependência de drogas (Horta, Horta e Pinheiro, 2006; Schenker, Minayo et all, 2005; Stanton, Todd et all,1990; Martini, Bernardelli e Pagliarini, 2010).

o alcoolismo na família, seja qual for a geração, dificulta o processo de diferenciação de seus membros; nestas, as fronteiras geralmente são rígidas ou difusas demais e os papeis estão freqüentemente trocados ou de alguma maneira inadequados (Carter e Mcgoldrick 1995) .

“Family Tree” 1959Norman Rockwell

INTERGERACIONALIDADE

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Vínculos frágeis e relacionamento ruim entre pais e filhos permeados por distanciamento, discussões e etc. (Tavaresa, Bériab e Lima,2004; Schenker e Minayo,2003) ;

Mães que “usam” os filhos para preencherem os seus vazios, estabelecendo com os mesmos, vínculos extremamente fortes, abusivos e muitas vezes simbióticos e narcísicos (Martini, Bernardelli e Pagliarini, 2010;Rezende, 1997; Stanton, Todd y cols, 1990, Kalina,1988) ;

A droga serve como uma “pseudo diferenciação” para o dependente de drogas (Martini, Bernardelli e Pagliarini, 2010; Stanton, Todd y cols. 1990; Kalina, 1988);

Na dependência de drogas feminina, ocorre uma aliança muito forte entre pai e filha, chegando a ser incestuosa, simbólica ou concretamente (caracterizando abuso sexual). A mãe coloca - se à “margem” e, ao mesmo tempo, é excluída, sendo a relação mãe e filha permeada pela competição (Roig,Thomaz,1999; Stanton, Todd y cols, 1990).

Dance of Youth

Pablo Picasso

PADRÕES DE FUNCIONAMENTO

FAMILIAR

O papel do pai é periférico, reforçando o vínculo simbiótico entre mãe e filho (Martini, Bernardelli e Pagliarini, 2010, Rezende, 1997; Kalina, 1988);

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Problema de relacionamento dos pais. A função da dependência de drogas é de desfocalizar tais dificuldades e, ao mesmo tempo manter a conjugalidade (Tavaresa, Bériab e Lima, 2004; Schenker e Minayo ,2005);

Pais com atitudes permissivas gerais, inclusive em relação ao uso de drogas. Apresentam dificuldades de colocar limites e estabelecer um padrão claro e bem definido das regras e normas familiares(Schenker; Minayo e all, 2005). Inconsistência e incoerência educacional em que, muitas vezes, os pais não entram em acordo e desqualificam um ao outro, propiciando uma falta de porto seguro familiar. O jovem estabelece alianças conforme as suas conveniências (Rezende, 1997);

Relações de extremos entre pais e filhos, isto é, pais muito liberais ou autoritários (Tavaresa, Bériab e Lima,2004);Dance of Youth

Pablo Picasso

PADRÕES DE FUNCIONAMENTO

FAMILIAR

Dificuldade de comunicação e a rigidez excessiva dos papeis vivenciados pelos membros destes sistemas familiares (Rezende,1997);

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Padrões de educação que superprotegem os filhos, infantilizando – os, podendo dificultar o processo de autonomia dos mesmos, gerando muita insegurança, fragilidade e vulnerabilidade para a tomada de suas próprias decisões e caminhos (Schenker,2005);

Compulsões (comida, trabalho, jogo e etc.) nos outros membros das diversas gerações destes sistemas (Rezende,1997);

Os movimentos inter – relacionais estão marcados pela dependência, em que a dependência de drogas de um membro impacta nos demais e vice versa, se retroalimentando e fazendo o sistema se organizar em torno do problema, de modo que todos, de alguma forma são afetados, havendo os que estabelecem superenvolvimento e subenvolvimento com o dependente de drogas;Dance of Youth

Pablo Picasso

PADRÕES DE FUNCIONAMENTO

FAMILIAR

Outra característica comumente encontrada nas famílias de dependentes de drogas são os abandonos implícitos ou explícitos dos pais em relação aos filhos. Micro e macro abandonos. Pais que delegam a responsabilidade dos cuidados e monitoramento dos filhos a outros. (Schenker e Minayo ,2003; Kalina ,1999).

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Correlação entre perdas e vivências de luto . Em muitas famílias de dependentes de drogas ocorre um predomínio de mortes prematuras, inesperadas e rompimentos precoces, isto é, o sistema familiar como um todo, vivem situações em que perdem pessoas significativas em tenra idade, onde ainda necessitam muito dos cuidados e da relação afetiva com os membros que “partiram”(Stanton e Todd ,1990);

Algumas vezes os rompimentos vivenciados pelas famílias de dependentes de drogas não estão diretamente relacionados a mortes de parentes próximos, mas sim a mudanças de cidade, estado ou país, o que também se configura como perda e, conseqüentemente, um luto. As famílias de imigrantes sofrem profundas rupturas culturais e sociais que afetam seus descendentes, principalmente as primeiras gerações nascidas no novo ambiente (Bergeret e Leblanc, 1991; Stanton e Todd ,1990);Dance of Youth

Pablo Picasso

PADRÕES DE FUNCIONAMENTO

FAMILIAR

“cegueira familiar” que impossibilita a percepção da drogadicção em seu nascedouro, adiando por muito tempo um pedido de ajuda e a tomada de atitudes necessárias para evitar o agravamento do problema (Bergeret/J. Leblanc,1991)

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TRATAMENTO TRATAMENTO

Guernica 1937

Pablo Picasso

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A VISÃO SISTÊMICAA VISÃO SISTÊMICA

Não há verdade absoluta e estática

Visão do todo e das partes/contexto/ relaçõesConsiderar todos os sistemas envolvidos

Circularidade X Linearidade

PARADIGMA

VISÃO DE MUNDO

PARADIGMA

VISÃO DE MUNDO

Flexibilidade; Revisão das posturas e práticas adotadas.

Identificar e trabalhar o contexto no qual o dependente está inserido, envolvendo a família;Trabalhar as relações que se estabelecem nos diversos sistemas;

Evitar o pensamento de causa e efeito ;Sair do maniqueísmo (culpados e inocentes);Considerar o processo;

SistemasVerificar qual o caminho mais viável ;

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A VISÃO SISTÊMICAA VISÃO SISTÊMICA

Complementaridade X Exclusão

Não generalizar

Complexidade X Simplicidade

PARADIGMA

VISÃO DE MUNDO

PARADIGMA

VISÃO DE MUNDO

Ser integrado e não fraguimentado;

O Ser Humano como um ser Biopsicosocial e espiritual

Equipe Transdisciplinar;

Considerar diversos recursos de tratamento;

O “ou” é substituído pelo “e”;O trabalho de rede;

Levar em consideração as necessidades e características de cada caso;

Considerar paradoxos/ contradições/ Incertezas/ Variáveis;

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A POSTURA DO TERAPEUTAA POSTURA DO TERAPEUTA

Faz parte do sistema

Caminha entre a postura do não saber e a do especialista

Acolhedora, presente e firme

Envolve os sistemas que fazem parte do problema

Usa os códigos de comunicação do clienteO foco está no momento e necessidades do clienteTrabalha momento a momento

Trabalha com sub – sistemas se necessário

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TRATAMENTO TRATAMENTO

dependência de drogas

E FAMÍLIA

Médicosadvogadospsicólogos

Assistentes Sociais

Grupos de ajuda mútua

EmpresasEscolas

Igrejas

TRABALHO INTEGRADO / REDE SOCIAL

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GRUPOS HOMOGÊNEOS;

CONSIDERAR A MATERNIDADE;

SEXUALIDADE FEMININA;

AUTO – ESTIMA/ ESTIGMAS;

CICLO VITAL E REORGANIZAÇÃO DE VIDA;TRABALHAR A FAMÍLIA E A VALORIZAÇÃO DA MULHER NO SISTEMA;

CONJUGALIDADE E DEPENDÊNCIA DE DROGAS.

TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA DE TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA DE DROGAS DIRECIONADO ÀS MULHERESDROGAS DIRECIONADO ÀS MULHERES

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MUITO OBRIGADA

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