A diferença entre multidão e discípulo

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A diferença entre multidão e discípulo 1 Por: Pastor Vinícius de Oliveira 2 Jesus , por causa de Sua unção, sempre atraiu as multidões, por onde Ele passava a multidão o seguia. Seu foco, porém era os 12, por que Ele sabia que, desde o princípio os olhos de Deus eram voltados para o modelo dos 12. Jesus nunca teve compromisso com a multidão. A revelação sempre foi dada aos doze, por que estes são o modelo do Reino de Deus. “E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes, como ovelhas que não têm pastor.” (Mateus 9:36). Vemos que Jesus olhava a multidão e sentia compaixão por que eram como que ovelhas sem pastores, eram absolutamente dispersas e viviam a margem dos milagres. Jesus ministrava às multidões por compaixão, mas quem se aproximava do Messias para ser ensinado eram os doze. “E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo”. Mateus 5:1-2. Existem enormes diferenças entre discípulos e multidão, algumas até antagônicas. Em vários momentos veremos atitudes desses dois “grupos” que demonstram quem devemos ser. A primeira ficou evidente no versículo que fora citado, Mateus 5:1. Jesus viu a multidão, mas quem se aproximou foram os doze. Os doze se aproximam de Jesus, enquanto a multidão fica de longe, observando o que acontece. 1 Criado em 17 de agosto de 2009 e reeditado em 28 de julho de 2010. 2 Líder da Geração Torre Forte e do Resgate, Ministério Jovem. Pastor voluntário do Ministério Essência da Adoração.

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A diferença entre multidão e discípulo 1

Por: Pastor Vinícius de Oliveira 2

Jesus , por causa de Sua unção, sempre atraiu as multidões, por onde Ele passava a

multidão o seguia. Seu foco, porém era os 12, por que Ele sabia que, desde o princípio os olhos de

Deus eram voltados para o modelo dos 12. Jesus nunca teve compromisso com a multidão. A

revelação sempre foi dada aos doze, por que estes são o modelo do Reino de Deus.

“E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes,

como ovelhas que não têm pastor.” (Mateus 9:36). Vemos que Jesus olhava a multidão e sentia

compaixão por que eram como que ovelhas sem pastores, eram absolutamente dispersas e viviam a

margem dos milagres. Jesus ministrava às multidões por compaixão, mas quem se aproximava do

Messias para ser ensinado eram os doze. “E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assen-

tando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo”.

Mateus 5:1-2.

Existem enormes diferenças entre discípulos e multidão, algumas até antagônicas. Em vários

momentos veremos atitudes desses dois “grupos” que demonstram quem devemos ser. A primeira

ficou evidente no versículo que fora citado, Mateus 5:1. Jesus viu a multidão, mas quem se

aproximou foram os doze. Os doze se aproximam de Jesus, enquanto a multidão fica de longe,

observando o que acontece.

E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas. E, como o dia fosse já muito adiantado, os seus discípulos se aproximaram dele, e lhe disseram: O lugar é deserto, e o dia está já muito adiantado; Despede-os, para que vão aos lugares e aldeias circunvizinhas, e comprem pão para si; porque não têm que comer. Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer… ( Marcos 6:34-36).

Jesus ensinou aos discípulos a terem compaixão das multidões. Quando viram que já estava

ficando tarde e não havia comida suficiente para todos, sugestionaram que despedisse a multidão.

Muitos ali – imagino – deveriam estar reclamando da fome. Jesus porém ordenou aos discípulos que

dessem de comer à multidão. Enquanto a multidão pede de comer, os doze dá o alimento. Os doze

são alimentados com algo que vem do Trono de Deus para derramar aquilo que receberam. Pedro e

João não tinham ouro nem prata, mas deram do que tinha àquele coxo, deram milagre! “E disse Pe-

1 Criado em 17 de agosto de 2009 e reeditado em 28 de julho de 2010.2 Líder da Geração Torre Forte e do Resgate, Ministério Jovem. Pastor voluntário do Ministério Essência da Adoração.

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dro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o nazareno,

levanta-te e anda”. (Atos 3:6). Jesus quer que sejamos doze, para implantar nesta terra o Seu Reino

A multidão sempre foi espectadora. Sempre assistia ou levava um necessitado de cura física

para ver os milagres, mas se esqueciam que a maior doença está na alma, em suas próprias almas.

As palavras de Jesus normalmente iam de encontro às suas almas para conforto, por isso sempre os

seguiam, mas quando ouviram uma palavra de confronto não suportaram, por que não tinham com-

promisso com o Messias.

Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? Sabendo, pois, Jesus, em si mesmo, que os seus discípulos murmuravam disto, disse-lhes: Isto escandaliza-vos? Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava? O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita: as palavras que eu vos disse são espírito e vida. Mas há alguns de vós que não crêem. Porque bem sabia Jesus, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar. E dizia: Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai lhe não for concedido. Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele. Então disse Jesus aos doze: Quereis vós, também, retirar-vos? Respon-deu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus. (João 6:60-69)

Quando a multidão recebe uma palavra dura, que a tira da zona de conforto e a leva a

arena de confronto, simplesmente vira as costas e vai embora, por que não quer ter o caráter

parecido com o de Jesus.

Cristo perguntou aos doze se eles também iriam embora. Pedro, em nome dos outros,

reconheceu que as palavras de Jesus eram vida. Muitos se dizem discípulos, mas na hora do

confronto fogem, por que têm medo se serem expostos diante de Deus. O discípulo se rende rápido,

pois sabe que a palavra do líder dá vida às promessas.

Nosso relacionamento com Deus deve sair da esfera de multidão e entrar na esfera do

discipulado. Jesus nos ensinou um modelo, um modelo de relacionamento que cura e liberta. Se

fomos feridos por pessoas, pessoas serão usadas para nos curar. “Atraí-os com cordas humanas,

com cordas de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas; e lhes dei

mantimento”. (Oséias 11:4). A multidão fugia do discipulado por que tinha medo de se relacionar,

tinha medo de perdas. Doze não tem medo de perda, por que com Deus não há perdas. Nada deixa o

céu sem que primeiro algo deixe a terra.

Referencia bibliográfica:Textos extraídos da Bíblia digital Mundo Bíblico. Criação: Idéias Sem Fim.