A Disciplina Eclesiástica

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A Disciplina Eclesiástica Primeiramente temos que elucidar o que é disciplina eclesiástica, são duas palavras à primeira, significa correção e a segunda significa igreja, ou seja, correção na igreja, mas segundo. GRUDEM, 1999. Não é só a igreja passiva de correção, pois esta situação e tida como uma batalha espiritual, por isso ele começa sua explicação citando, quando ele olha os governos do mundo e para outras organizações educacionais e empresariais que possuem grandes influencia, então considera as nossas igrejas locais e denominacionais, a igreja pode parecer-nos fraca e ineficiente. Além disso, quando reconhecemos o rápido crescimento do mal visto diariamente em nossa sociedade, podemos duvidar se a igreja tem poder para fazer qualquer mudança. Ele afirma que por outro lado, em alguns países a igreja oficialmente reconhecida tem grande influencia sobre o andamento das questões nacionais. Ex: igreja católica Roma. Podemos definir o poder da igreja da seguinte maneira: o poder da igreja está na autoridade dada por Deus para levar a efeito a batalha espiritual, proclamar o evangelho e exercer a disciplina da igreja. O poder da igreja é diferente da influencia mundana exercida por exércitos e governos humanos, que afeta diretamente o reino espiritual. a. A BATALHA ESPIRITUAL Paulo lembra aos coríntios: “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne”. (2co 10.3-4). Entre essas armas usadas contra forças demoníacas que impedem a

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A Disciplina Eclesiástica

Primeiramente temos que elucidar o que é disciplina eclesiástica, são duas palavras à

primeira, significa correção e a segunda significa igreja, ou seja, correção na igreja, mas

segundo. GRUDEM, 1999. Não é só a igreja passiva de correção, pois esta situação e tida

como uma batalha espiritual, por isso ele começa sua explicação citando, quando ele olha os

governos do mundo e para outras organizações educacionais e empresariais que possuem

grandes influencia, então considera as nossas igrejas locais e denominacionais, a igreja pode

parecer-nos fraca e ineficiente. Além disso, quando reconhecemos o rápido crescimento do

mal visto diariamente em nossa sociedade, podemos duvidar se a igreja tem poder para fazer

qualquer mudança.

Ele afirma que por outro lado, em alguns países a igreja oficialmente reconhecida tem

grande influencia sobre o andamento das questões nacionais. Ex: igreja católica Roma.

Podemos definir o poder da igreja da seguinte maneira: o poder da igreja está na

autoridade dada por Deus para levar a efeito a batalha espiritual, proclamar o evangelho e

exercer a disciplina da igreja. O poder da igreja é diferente da influencia mundana exercida

por exércitos e governos humanos, que afeta diretamente o reino espiritual.

a. A BATALHA ESPIRITUAL

Paulo lembra aos coríntios: “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo

a carne”. (2co 10.3-4). Entre essas armas usadas contra forças demoníacas que impedem a

propagação do evangelho e o avanço da igreja encontra-se oração, a adoração, autoridade para

repreender forças demoníacas, as palavras das escrituras, fé e a armadura própria para isso

que esta em (Ef 6.10-18).

Tal poder espiritual de derrotar a oposição maligna era visto com frequência na igreja

primitiva e também no juízo sobre Herodes Agripa I, na cegueira de Elimas etc.

Todavia, Paulo orientou a igreja de coríntios a exercer disciplina eclesiástica num caso

de incesto na igreja, fazendo-o “reunidos vós e o meu espírito, com poder de Jesus, nosso

senhor” (1co 5.4). Parecem aplicáveis aos cristãos em geral, e poucos hoje negariam que a

igreja possui autoridade para orar contra o mal e para falar com autoridade contra a oposição

demoníaca à obra do evangelho.

Notadamente se vê que quando se exerce a disciplina eclesiástica sempre é em

momentos de luta direta contra satanás, a disciplina serve para manter a ordem na igreja assim

como na comunidade onde ela esta inserida.

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B. AS CHAVES DO REINO.

“As chaves do reino dos céus”? Há dois fatores que sugerem que a autoridade das

chaves também inclui a autoridade de exercer disciplina dentro da igreja: (1) O plural

“chaves” sugerem autoridade sobre mais de uma porta. Assim, aqui está implícito mais do que

a simples entrada no reino; alguma autoridade dentro da igreja também e sugerida. (2) Jesus

completa a promessa sobre as chaves com uma declaração sobre “ligar” e “desligar”,

significam respectivamente colocar sob disciplina eclesiástica e livrar de tal disciplina.

E, se ele não atender dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o

como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido

ligado nos céus, e tudo que desligardes na terra terá sido desligado nos céus (Mt 18.18-18).

Aqui está bem cloro que isso é tratado como uma disciplina eclesiástica dentro da igreja local

dando ela poder para tratar seus assuntos internos para que não aja dano ao corpo de cristo.

Por causa de que pecado a disciplina eclesiástica deve ser exercida? Os exemplos de

pecados sujeito à disciplina eclesiástica no novo testamento são extremamente diversificados:

divisão na igreja, incesto, ociosidade e rejeição ao trabalho, desobediência aos escritos de

Paulo, blasfêmia, e o ensino de doutrinas heréticas. A disciplina eclesiástica não só mente era

aplicada a membra sia da igreja como também aos lideres.

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A Disciplina Eclesiástica

Visto que a disciplina eclesiástica é um aspecto do uso do poder da igreja, é conveniente

apresentar aqui uma discussão dos princípios bíblicos relevantes para a prática da disciplina

eclesiástica.

1. O propósito da disciplina eclesiástica

Restauração e reconciliação do cristão que se está desviando. O pecado impede a

comunhão com outro cristão e com Deus. Para que aja reconciliação, o pecador precisa ser

tratado. Portanto, o proposito principal da disciplina eclesiástica é alcançar o duplo alvo de

restauração (levar o pecador ao comportamento coreto) e de reconciliação (entre cristãos e

com Deus).

Assim como pais sábios disciplinam seus filhos (Pv.13.24: “Mas o que o ama (o

filho),cedo, o disciplina”), e assim como Deus, nossa pai, disciplina a quem ama, também a

igreja em sua disciplina age em amor para trazer de volta um irmão ou irmã que se tenha

desviado, estabelecendo de novo tal pessoa em comunhão e livrando-a dos caminhos

destrutivos da vida.

A esperança é que a disciplina pare no primeiro passo, quando alguém vai sozinho: “se

ele ouvir ganhaste a teu irmão”. A frase “ganhaste a teu irmão” implica que aqueles que

exercem a disciplina devem manter o alvo de reconciliação pessoal entre os cristãos sempre

em mente. Paulo lembra-nos que devemos “restaurar” o irmão (irmã) pecador “com espirito

de brandura” (Gl 6.1), e Tiago incentiva-nos a “converter o pecador do seu caminho errado”

(Tg 5.20).

De fato, se membros da igreja estivessem ativamente envolvidos aconselhando em

particular com palavras brandas de admoestação e orando pelo outro quando o primeiro sinal

claro de conduta pecaminosa é visto pouquíssima disciplina eclesiástica precisaria ser

exercida, porque o processo teria início e terminaria com uma conversa entre duas pessoas

para nunca se tornar publico.

Mesmo quando o passo final da “excomunhão” (isto é, colocar alguém fora da

comunhão da igreja) é dado, ainda o é com a esperança de que isso resulte em

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arrependimento. Paulo entregou himeneu e Alexandre a satanás “para que aprendessem a não

blasfemar” (1Tm 1.20).

Se os cristãos que devem dar os passos relativos à disciplina eclesiástica continuarem

alembrar-se desse primeiro proposito- a reconciliação dos cristãos que se estão desviando,

tanto na relação mútua como com respeito a Deus, e a restauração dos mesmos a padrões de

vida corretos- será muito mais fácil continuar a agir em amor genuíno em favor das partes

envolvidas, e os sentimentos de ira ou os desejos de vingança da parte dos que foram feridos,

que com frequência estão à flor da pele, serão muito mais facilmente evitados.

A disciplina eclesiástica impede que o pecado se espalhe, atingindo outros. Embora

o primeiro alvo da disciplina eclesiástica seja restauração e reconciliação do crente que está

no erro, nessa presente era a reconciliação e restauração nem sempre acontecerão. Mas quer

ocorra à restauração quer não, a igreja está ordenado a exercer disciplina, pois dois outros

propósitos também estão em vista.

Um desses propósitos é impedir que o pecado se espalhe, atingindo outros. O autor de

Hebreus pede que os cristãos atentem para que “nem haja alguma ‘raiz de amargura’, que

brotando vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (Hb 12.15). Isso

significa que se o conflito entre pessoas não for resolvido logo, os efeitos podem espalhar-se,

atingindo muitas outras – algo que infelizmente parece ser verdade em muitos casos de

divisão de igreja.

Paulo também disse a Timóteo que os lideres que persistirem no pecado deve ser

repreendidos na presença de todos, “para que também os demais temam” (Tm 5.20).

Proteger a pureza da igreja e a honra de cristo. O terceiro proposito da disciplina

eclesiástica é que a pureza da igreja deve ser protegida, para que cristo não seja desonrado. “O

nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa”. (Hb 2.24).

Por causa de quais pecados a disciplina deve ser exercida? Por um lado, o ensino de

Jesus em Matheus 18.15-20 fala-nos que se uma situação que envolve um pecado de alguém

contra outrem não pode ser resolvido em uma reunião privada ou de um grupo pequeno, o

assunto deve, então, ser levado a igreja. Os exemplos de pecados sujeitos a disciplina

eclesiástica no novo testamento são extremamente diversificados: divisão na igreja, incesto,

ociosidade e rejeição ao trabalho, desobediência aos escritos de Paulo, blasfêmia, ensino de

doutrinas heréticas.

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O autor também trata da disciplina dos lideres: Também permitira ao líder em

pecado dar inicio ao processo gradual de reconstruir relacionamentos e de reconquistar a

confiança da igreja, pois ele não terá de lidar com pessoas que tem centenas de opiniões sobre

qual teria sido o seu pecado, mas com gente que sabe qual foi o seu pecado e que pode ver o

arrependimento e a mudança genuínos naquela área de sua vida.

Devemos encarar a disciplina na igreja como complementares, não como contraditória,

como indivíduos, devemos sempre perdoar de coração sem guardar ressentimentos. Todavia,

podemos certamente perdoar alguém de coração e ainda assim procurar exercer a disciplina

eclesiástica para o bem da própria pessoa que cometeu o pecado, para o bem da igreja, pela

honra de cristo e por que a palavra de Deus assim ordena.