A Doença de Alzheimer - Características, Sintomas e Intervenções

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    A DOENA DE ALZHEIMER:

    CARACTERSTICAS, SINTOMAS E INTERVENES

    2013

    Catarina Oliveira Lucas Psicloga Clnica

    Mestrado em Psicologia Clnica e da Sade na Universidade da Beira Interior Licenciatura em Psicologia na Universidade de Trs-os-Montes e Alto Douro

    Clmence Freitas

    Psicloga Clnica

    M Isabel Monteiro Psicloga Clnica

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    RESUMO

    O crescente envelhecimento populacional tem motivado uma maior incidncia de certas

    doenas, como por exemplo as demncias. Estas so atualmente uma das patologias mais

    verificadas em idades mais avanadas, como o caso da doena de Alzheimer, que tem vindo a

    ser alvo de sucessivas investigaes devido s limitaes que acarreta na qualidade de vida dos

    idosos e dos seus cuidadores.

    Assim, a Doena de Alzheimer consiste numa doena progressiva e degenerativa,

    caraterizada pela deteriorao cognitiva e emocional, que acarreta inmeras dificuldades

    associadas ao funcionamento ideal do sujeito, nomeadamente a nvel cognitivo, emocional,

    funcional e interpessoal. A sucessiva dependncia inerente ao quadro clnico implica o

    envolvimento constante dos cuidadores na patologia, bem como salienta a importncia que estes

    desempenham na promoo e manuteno da qualidade de vida dos doentes. Assim,

    impretervel que se criem projetos de interveno com o paciente e o cuidador, de modo a

    permitir a aquisio de competncias que facilitem a interao e compreenso da doena,

    promovendo a qualidade de vida de ambos.

    Palavras-chave: Alzheimer, cuidadores, interveno

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    INTRODUO

    As demncias afetam as capacidades mentais do ser humano, alterando progressivamente

    todo um conjunto de funes necessrias para o desenvolvimento de uma vida independente e

    autnoma. Com o aumento da esperana mdia de vida, certas doenas tm aumentado a sua

    prevalncia progressivamente, como o caso da Doena de Alzheimer (Casanova, 1999a).

    Descoberta em 1907 por Alois Alzheimer (Groisman, 2002), esta tem vindo a ser alvo de

    inmeros estudos relativos s suas origens e progresso. Apesar de no constituir uma patologia

    normativa ao processo de envelhecimento, a doena de Alzheimer o tipo de demncia mais

    comum nos pases desenvolvidos (Marksteiner, & Schmidt, 2004). Segundo a Organizao

    Mundial de Sade (2004; cit. por Falco & Dias, 2006), esta patologia surge independentemente

    da raa, nvel socioeconmico, etnia e regio geogrfica, afetando cerca de 5% da populao com

    idades compreendidas entre os 65 e os 74 anos, registando-se uma maior probabilidade de

    desenvolvimento da patologia em indivduos a partir dos 85anos. Em mdia, aps a realizao do

    diagnstico, os doentes tm uma esperana mdia de vida entre 8 a 10 anos, apesar de isto no

    ser linear e universal (Department of human health & human services, 2006a).

    Sendo muitas vezes rotulada como doena dos idosos, a doena de Alzheimer consiste

    numa doena neurodegenerativa progressiva e irreversvel com aparecimento insidioso, que

    pressupe perdas de memria, bem como um leque de distrbios cognitivos, comprometendo

    assim a autonomia do idoso (Smith, 1999; vila, 2003; Abreu, Forlenza, & Barros, 2005). Deste

    modo, de referir que o declnio da capacidade cognitiva provm dos processos fisiolgicos de

    um envelhecimento normal ou ento de um estdio de transio para as demncias. Idosos com

    declnio na sua capacidade cognitiva tm maior probabilidade de desenvolverem a Doena de

    Alzheimer, nomeadamente os que apresentam um dfice no mbito da memria espordica

    (Charchat-Fichman, Caramelli, Sameshima, & Nitrini, 2005).

    Apesar de influenciar maioritariamente o funcionamento do idoso, considerada uma

    doena social na medida em que toda a famlia atingida pela mudana de comportamento do

    idoso, pelo desconhecimento e pelos preconceitos que ainda existem (Vono, s.d.). Assim, um

    diagnstico precoce revela-se muito importante para os pacientes e seus familiares, j que

    permite o planeamento do futuro e ainda maiores oportunidades de tratamento dos sintomas da

    doena (Department of human health & human services, 2006a).

    Todavia, de referir que apesar dos avanos cientficos na rea, o diagnstico anterior

    morte do sujeito, apenas um diagnstico possvel ou provvel (Department of human health &

    human services, 2006a). Muitos esforos tm vindo a realizar-se com o intuito de se descobrirem

    as causas reais desta patologia e mediante os estudos realizados na rea, acredita-se que a doena

    de Alzheimer no resulta de uma causa em particular, mas sim de uma miscelnea de fatores que

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    afetam cada sujeito de forma diferente e que se desenvolvem ao longo dos anos (Department of

    Human health and human services, 2009). Apesar da idade ser o fator de risco mais conhecido,

    outros fatores como os gentico, podem interligar-se para motivar o surgimento da patologia

    (Department of human health & human services, 2006a). Assim, tm-se desenvolvido estratgias

    eficazes com o intuito de ajudar os cuidadores a lidarem adequadamente com estes sujeitos, alm

    de permitirem a identificao de possveis sintomas e fatores de risco de modo a reduzir a

    patologia (Department of human health & human services, 2008).

    Apesar dos tratamentos que se tm vindo a desenvolver, esta ainda irreversvel, sendo que

    os tratamentos actualmente disponveis, incluindo o farmacolgico, no permitem a cura mas

    apenas a melhoria e diminuio dos sintomas comportamentais. Isto alcanado atravs de

    medicao aliada a tcnicas cognitivas de reabilitao, alm da informao e apoio prestado no

    s aos pacientes como aos familiares e cuidadores (vila, 2003; Marksteiner, & Schmidt, 2004).

    Segundo Higuchi e colaboradores (2005), a esta demncia est associada perda de memria

    e de capacidades intelectuais que interferem nas atividades dirias, sociais e laborais, bem como

    alteraes de personalidade, humor e comportamento (Department of human health & human

    services, 2006b; Abreu, Forlenza, & Barros, 2005).

    SINTOMATOLOGIA

    A doena de Alzheimer apresenta uma grande diversidade de comportamentos e sintomas,

    sendo que os primeiros sintomas a surgir so os dfices na capacidade da memria, os quais

    geram ainda mais frustrao, pois influenciam a capacidade do paciente realizar as atividades

    dirias, comprometendo assim a sua qualidade de vida. Isto faz com que o doente, com o avano

    da patologia se torne cada vez mais dependente, o que implica o aumento da necessidade de

    cuidados (vila, 2003; Department of human health & human services, 2006b). Recentemente as

    investigaes confirmaram que estes doentes apresentam um maior risco de depresso, sobretudo

    se no receberem apoio adequado da famlia, dos amigos e da comunidade (Instituto Nacional

    sobre el Envejecimiento, 2006).

    As alteraes da linguagem so consideradas uma das manifestaes mais visveis nesta

    patologia (Cullell, Bruna, & Puyuelo, 2006), incluindo dificuldades para encontrar palavras,

    completar ideias ou seguir instrues, o que justifica o facto de uma das queixas mais

    mencionadas por familiares e cuidadores ser a dificuldade em manter a comunicao eficiente e

    independente, acarretando problemas nos relacionamentos com familiares e outros interlocutores.

    Sensaes de confuso e perdas na capacidade de julgamento so igualmente caractersticas

    (Carvalho, 2006).

    Alm disto, as perdas motivadas pela doena, podem tambm afetar as capacidades visuais,

    olfativas e gustativas, o que se revela muito complicado para o paciente e para a famlia, devendo

    assim ser empreendidas determinadas aes especficas tanto por parte do paciente como pelos

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    seus cuidadores e familiares. Visto a doena de Alzheimer ser uma patologia que gera

    incapacitao nos sujeitos, existem certos princpios que podem ser teis, nomeadamente a

    preveno dos riscos, a adaptao ao ambiente e a reduo do perigo, com a finalidade de

    promover um aumento da independncia dos mesmos (Department of human health & human

    services, 2006b). Posto isto, os cuidadores devem ter em considerao que novos ambientes,

    odores e sons, bem como mudanas na rotina diria, so fatores que podem aumentar a confuso

    e que provocam agitao num indivduo com Alzheimer (Department of health and human

    services division of aging, s.d.).

    Como referido por Bottino e colaboradores (2002), o Alzheimer implica a progressiva

    perda das habilidades cognitivas, a disfuncionalidade comportamental e perturbaes

    emocionais, prejudicando de forma significativa as actividades do sujeito (Davis, Massman, &

    Doody, 2001). Da que o planeamento adequado das atividades do dia-a-dia permita um melhor

    enquadramento dos sujeitos e dos seus cuidadores (Instituto Nacional sobre el envejecimiento,

    2006).

    Assim, esta doena pode ser dividida em 3 fases, mediante a sua progresso. So elas a fase

    leve, moderada e grave, as quais refletem o nvel de enfraquecimento cognitivo e consequente

    dependncia do sujeito (Bottino et al., 2002). Numa fase inicial da patologia, o doente apresenta

    essencialmente uma diminuio no desempenho de tarefas de mbito instrumental relativas

    vida diria, conseguindo no entanto executar satisfatriamente e de forma independente as

    actividades do dia-a-dia (Abreu, Forlenza, & Barros, 2005). Apesar de incomodativos, numa fase

    inicial, os sintomas so vistos como sendo de pouca gravidade por parte dos pacientes, no

    carecendo de preocupao. Todavia, isto no corresponde realidade, sendo que, os sintomas so

    preocupantes desde o momento que surgem. Porm, com o aumento dos sintomas que se vo

    agravando paralelamente doena, os familiares destes pacientes vem-se obrigados a pedir

    ajuda (Bottino et al., 2002; Abreu, Forlenza, & Barros, 2005; Department of human health &

    human services, 2006a;).

    Deste modo, na fase inicial da doena os sintomas que mais prevalentes so a perda de

    memria, os esquecimentos, a desorientao no tempo e no espao, a confuso face localizao

    de lugares familiares, a perda da espontaneidade e da iniciativa, bem como o descuido com a

    aparncia pessoal e no trabalho. Alm destes, ocorre maior dispndio de tempo na realizao de

    tarefas dirias, falta de ateno e de concentrao, problemas para lidar com dinheiro e

    pagamentos, capacidade de julgamento empobrecida, motivando decises erradas, perda da

    espontaneidade e esprito de iniciativa, alteraes de humor e de personalidade e ainda, aumento

    da ansiedade ou agressividade (Camargo, 2003; Helito & Kauffman, 2007; National Institute on

    Aging, 2008).

    Segundo Bottino e colaboradores (2002), numa fase moderada da doena, as dificuldades

    cognitivas acentuam-se relativamente fase anterior e a pessoa comea a necessitar de ajuda na

    realizao de tarefas instrumentais e nas tarefas bsicas do dia-a-dia (Helito & Kauffman, 2007).

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    O pensamento no claro, gerando esquecimento relativamente realizao de tarefas simples e

    ao no reconhecimento de pessoas e lugares conhecidos (Department of human health & human

    services, 2006a). Ocorre tambm diminuio da ateno, exteriorizaes inapropriadas, como por

    exemplo, exploses de raiva, dificuldades de linguagem, leitura, escrita e numricas, pensamento

    desorganizado e incoerente, dificuldades em aprender coisas novas e lidar com situaes

    inesperadas, inquietao, agitao, ansiedade, e choro, especialmente no final da tarde ou noite.

    Ocorrem movimentos repetitivos e contraes musculares ocasionais, podendo ainda ocorrer

    alucinaes e ideias sem sentido (Camargo, 2003; National Institute on Aging, 2008).

    Por fim, na ltima fase da doena, comum o paciente perder totalmente a sua

    independncia, ficando acamado. Isto gera a necessidade de cuidados permanentes, na medida

    em que surgem problemas ao nvel da deglutinao, sinais neurolgicos, incontinncia fecal e

    urinria (Bottino et al., 2002; Department of human health & human services, 2006a), mutismo,

    irritabilidade e morte (Camargo, 2003). Porm, necessrio salientar que estes sintomas variam

    de doente para doente, no devendo proceder-se generalizao do quadro.

    Quanto aos sentidos, a doena de Alzheimer pode motivar a sua deteriorao, causando

    dificuldades no sujeito relativamente avaliao daquilo que v, ouve, prova, e sente, apesar dos

    rgos que lhes correspondem estarem bem conservados. A nvel visual, os doentes de

    Alzheimer podem perder a capacidade de entender imagens visuais, tm dificuldade em entender

    o que veem devido s mudanas a nvel cerebral, apresentando ainda alteraes quanto

    perceo da profundidade. No que concerne ao olfato, esta patologia leva a uma diminuio da

    capacidade auditiva e discriminao dos sons e a nvel tctil, os sujeitos apresentam perdas,

    podendo mesmo ser incapazes de interpretar sensaes de calor, frio e desconforto. No que

    concerne ao paladar, este pode ser seriamente influenciado na medida em que frequente a sua

    perda, causando a incapacidade de discernimento que os leva a colocar coisas perigosas e

    inapropriadas na boca. Contrariamente aos sentidos referidos, a audio pode ser preservada, o

    que no impede que possa surgir uma incapacidade de interpretar criteriosamente o que

    escutado, podendo isto motivar uma certa confuso ou estimulao excessiva (National Institute

    on Aging, 2006b).

    Um aspeto que se deve ter em conta e que muitas vezes desvalorizado pelos prprios

    pacientes, est relacionado com a capacidade de conduo, a qual seriamente afetada por esta

    patologia. Considerando a sintomatologia subjacente doena, a conduo de veculos por parte

    de doentes de Alzheimer torna-se uma atividade potencialmente perigosa, tanto para eles como

    para os outros (National Institute on Aging, 2006b).

    Como refere o Department of Health and Human Services (2009), certos comportamentos,

    nomeadamente a manuteno de bons hbitos de sade podem ajudar na preveno e

    abrandamento do declnio cognitivo. Assim, um envelhecimento saudvel facilitado pela

    realizao de atividade fsica e uma dieta nutritiva, associadas ainda a atividades intelectualmente

    estimulantes e relaes sociais e familiares, as quais ajudam criando uma espcie de reserva

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    cognitiva, no sentido de permitirem ao crebro uma maior adaptabilidade e flexibilidade em

    certas reas do funcionamento mental, de modo a compensar o declnio de outras. As pessoas que

    se envolvem em actividades potencialmente estimulantes podem ter uma qualidade o estilo de

    vida que lhes permite uma relativa proteco face ao desenvolvimento da doena de Alzheimer

    (National Institute on Aging, 2008).

    INTERVENES

    As perturbaes psicolgicas e comportamentais representam uma consequncia da doena

    de Alzheimer, que provoca uma grande incapacidade e uma das ameaas vida pessoal e familiar

    do indivduo.

    Deste modo um tratamento multidisciplinar, permite que os pacientes alcancem um nvel

    cognitivo e funcional mais elevado (vila, 2003), produzindo uma significativa melhoria na

    qualidade de vida quer dos pacientes como dos seus cuidadores (Pea-Casanova, 1999; Souza,

    Guimares & Ballone, 2004).

    necessrio ter em conta que, os tratamentos no procuram a cura desta patologia, mas sim

    a promoo do alvio dos dfices cognitivos e alteraes comportamentais, bem como melhoria

    da qualidade de vida dos sujeitos e da famlia (Bottino et al., 2002). Os principais objetivos do

    tratamento da doena visam estimular e/ou manter as capacidades mentais, fortalecer as relaes

    sociais, dar segurana e aumentar a autonomia do paciente, estimular a identidade e autoestima,

    minimizar o stress e evitar reaes psicolgicas anormais, melhor o rendimento cognitivo e

    funcional, aumentar a autonomia pessoal nas atividades dirias, melhorar o estado de sade e a

    qualidade de vida do paciente e dos familiares ou cuidadores (Casanova, 1999b).

    Alm dos problemas relativos aos dfices cognitivos ou s alteraes comportamentais,

    outros so ainda mais frequentes, nomeadamente a discriminao social, a solido, problemas

    financeiros e desconforto emocional, potencialmente associados ao comprometimento fsico

    (vila, 2003).

    Como defende Pea-Casanova (1999), fundamental a definio adequada do problema

    psicolgico e comportamental do qual o paciente padece, sendo que para poder intervir

    adequadamente necessrio o conhecimento dos antecedentes da perturbao, o seu

    desenvolvimento e consequncias.

    A evoluo da doena de alzheimer e a rapidez com que ocorrem as alteraes a ela

    subjacentes, variam de pessoa para pessoa, sendo que nenhum tratamento consegue anular os

    efeitos da doena (Department of human health & human services, 2006a). Porm, como afirma

    Oliveira (2007), pesquisas recentes no mbito da interveno cognitiva demonstraram que a

    evoluo da doena pode ser retardada e a qualidade de vida dos pacientes e familiares

    melhorada.

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    PROGRAMAS EDUCACIONAIS

    Os programas educacionais e o treino do cuidador geram melhorias nos nveis de stress

    deste e do doente, bem como das perturbaes de comportamento do paciente e a reaco dos

    cuidadores a estes. A educao e o suporte permitem retardar a institucionalizao,

    principalmente com programas de interveno social, educacional, suporte psicolgico, auxlio

    aos servios de sade e ainda encaminhamentos. Estas intervenes apresentam bastante eficcia

    em diversos casos, sendo que, direccionadas para os cuidadores e para os pacientes, permitem

    diminuir o stress decorrente da patologia. Certas intervenes baseadas por exemplo na msica,

    passeios e exerccios lentos, levam reduo de problemas comportamentais, enquanto outras

    baseadas na presena simulada de familiares (vdeo com os familiares) podem ser eventualmente

    teis (Engelhardt, Brucki, Cavalcanti, & Forlenza, 2005).

    De facto, cuidar de pessoas com Alzheimer um constante desafio, pois estes necessitam

    constantemente de cuidados, exigindo-se aos seus cuidadores muita pacincia, criatividade e

    conhecimento sobre a patologia (Department of human health & human services, 2006b).

    INTERVENO FAMILIAR

    A interveno familiar pode ter benefcios significativos nos cuidados com os doentes de

    Alzheimer, tendo ainda um impacto positivo no comportamento destes. Assim, torna-se

    fundamental o apoio, a unio e o carinho da famlia, a qual deve ainda demonstrar conhecimento

    e compreenso no s da doena, mas principalmente da evoluo individual desta (Marriott,

    Donaldson, Tarrier, & Burns, 2000; Vono, s.d).

    A nvel prtico, a interveno familiar engloba trs componentes: a educao dos

    cuidadores, a gesto do stress e o treino de estratgias de coping. Considerada aceitvel para

    pacientes e cuidadores, a interveno reduz de forma significativa a sobrecarga nos cuidadores e

    as perturbaes comportamentais nos pacientes (Marriott, Donaldson, Tarrier, & Burns, 2000).

    Assim, a interveno familiar no mbito da doena tem como foco principal, a reduo do

    stress do cuidador, ao invs de qualquer modificao na doena (Marriott, Donaldson, Tarrier, &

    Burns, 2000), tendo como principais objetivos ajudar a familia a lidar com a sobrecarga

    emocional e ocupacional gerada pela patologia (Bottino et al., 2002). A interveno familiar

    permite assim uma perspetiva clara acerca das dificuldades e mudanas que ocorrem, tornando o

    comportamento dos cuidadores mais consistente face s contingncias da doena, procurando que

    as situaes se tornem mais previsveis (Marriott, Donaldson, Tarrier, & Burns, 2000).

    Deste modo, a educao e a informao sobre a doena so fundamentais tanto para o

    paciente como para a famlia, no s quanto patologia, mas essencialmente quanto s

    consequncias dela (Marriott, Donaldson, Tarrier, & Burns, 2000).

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    TRATAMENTO FARMACOLGICO

    Quanto ao tratamento farmacolgico, teve um forte desenvolvimento nos ltimos anos. A

    deteriorao da memria acompanha o desenvolvimento da doena, sendo que na fase

    inicial/precoce a principal dificuldade cognitiva a memria explcita enquanto que a memria

    de procedimento se encontra preservada. Visto que as intervenes procuram um uso mais

    eficiente da memria, so utilizadas tcnicas que permitam exercit-la, como o caso das

    tcnicas de repetio e treino, as quais partem da concepo de que os exerccios permitem um

    melhor funcionamento mnsico (Casanova, 1999b; Bottino et al., 2002).

    Existem medicamentos que ajudam a melhorar ou resolver as situaes, sendo que os

    neurolpticos reduzem o delrio, a agresso e a agitao melhorando a qualidade de vida do

    paciente e cuidadores (Pea-Casanova, 1999).

    Para certas pessoas, numa fase inicial com medicamentos como a tacrina (Cognex),

    donepezil (Aricept), rivastigmina (Exelon) o galantamina (Razadyne) podem contribuir para que

    os sintomas no piorem durante um certo perodo limitado de tempo. Quanto memantina

    (Namenda), esta demonstrou bons resultados no tratamento de sujeitos em fases moderadas ou

    graves da doena apesar dos seus efeitos serem limitados. O tratamento de sintomas como

    agitao, deambulao, ansiedade e depresso, contribui para que os pacientes se sintam mais

    cmodos e facilita a ao dos cuidadores (Department of human health & human services,

    2006a).

    Segundo vila (2003), os estudos tm demonstrado a eficcia dos inibidores de

    acetilcolinesterase, verificando-se a melhoria das funes cognitivas e do desempenho nas

    actividades de vida diria. Porm, outras intervenes no farmacolgicas como a reabilitao

    neuropsicolgica tm tambm alcanado resultados positivos quanto a melhorias cognitivas e

    desempenho nas atividades dirias.

    REABILITAO NEUROPSICOLGICA

    A reabilitao neuropsicolgica no se prende apenas com o melhoramento dos aspetos

    cognitivos, mas tambm com a modificao de comportamentos disfuncionais, reabilitao

    profissional e apoio psicossocial (Casanova, 1999a). No caso destes pacientes, qualquer pequena

    alterao cognitiva ou at mesmo a estabilizao de algumas funes cognitivas consiste num

    ganho, representando um benefcio na vida deste paciente e qualidade desta. Esta forma de

    interveno, consiste num processo ativo que procura capacitar os sujeitos com dfices

    cognitivos adquiridos a desenvolverem um funcionamento social, fsico e psquico adequado.

    Sendo um tratamento biopsicossocial, envolve os pacientes e os familiares tendo em conta as

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    mudanas fsicas e cognitivas do paciente, o ambiente onde vivem, fatores subjetivos e ainda a

    sua histria de vida. A reabilitao neuropsicolgica, quando aplicada quer em grupos pequenos

    e homogneos como a nvel individual tem alcanado efeitos positivos, alm de permitir que o

    paciente permanea durante mais tempo independente, evitando assim maiores sobrecargas aos

    familiares (vila, 2003).

    A interveno cognitiva na doena de Alzheimer constri-se a partir dos princpios de

    reabilitao neuropsicolgica e de seleo de algumas tcnicas especficas desenvolvida para as

    demncias e perturbaes de memria (Casanova, 1999a). A interveno cognitiva na doena de

    Alzheimer deve abranger desde os aspetos cognitivos at aos aspetos emocionais, passando pelos

    comportamentais, sendo a sua aplicao personalizada, flexvel e fundamentada no conhecimento

    profissional. As estratgias de interveno cognitiva devem centrar-se no contexto geral do

    tratamento da pessoa afetada pela demncia.

    REABILITAO COGNITIVA

    A reabilitao cognitiva sendo somente uma componente da reabilitao neuropsicolgica,

    pode ajudar na estabilizao do quadro da patologia por perodos variveis, em sujeitos com

    doena leve a moderada (Casanova, 1999a; Engelhardt, Brucki, Cavalcanti & Forlenza, 2005).

    Neste sentido, impretervel manter um nvel contnuo e satisfatrio de estimulao, de modo a

    no acentuar a deteriorao cognitiva, apatia e conformismo, sendo que, deve focar-se

    essencialmente a memria a curto prazo e a memria autobiogrfica.

    A aprendizagem sem erro e o uso de tcnicas que usem a memria de procedimento

    parecem ser mais adequadas. Alm disso, o treino cognitivo de habilidades especficas no

    generalizvel para a vida diria, devendo ser utilizadas tcnicas que possam ser adaptadas pelos

    cuidadores vida diria do paciente. Este treino quando associado medicao para melhoria das

    capacidades cognitivas pode levar a melhores resultados.

    REABILITAO DA MEMRIA

    A reabilitao da memria objetiva uma melhoria na performance, atravs de tcnicas

    especficas ou estratgias e auxlios externos (vila, 2003). Assim, a utilizao das tcnicas de

    reabilitao cognitiva revelam-se eficazes em pacientes com Alzheimer de gravidade leve a

    moderada. O treino cognitivo de habilidades especficas, como a memria e a linguagem, pode

    revelar-se til, sendo que certas tcnicas permitem alcanar melhorias na atividade do dia-a-dia

    (Engelhardt, Brucki, Cavalcanti, & Forlenza, 2005). Segundo Davis, Massman e Doody, (2001),

    alguns programas de estimulao cognitiva tm demonstrado eficcia nestes doentes,

    verificando-se que estes apresentam uma maior facilidade em recordar-se de nomes e

    informaes pessoais depois de receberem este tipo de interveno.

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    Quanto reabilitao dos doentes, o treino deve envolver tarefas relacionadas com dfices

    individuais especficos, alm de ser realizado dentro do prprio contexto em que a habilidade

    ser posteriormente usada. Tcnicas como as mnemnicas permitem melhorias no

    armazenamento, na codificao e evocao da informao, podendo ser eficazes em alguns casos

    de Alzheimer. As atividades que envolvem diferentes registos sensoriais, como verbais e visuais

    ou cinestsicos e motores, so positivas e esto relacionadas com a memria de procedimentos e

    implcita. No entanto, o doente no aprende sozinho as tcnicas que facilitam melhorias na

    memria, sendo que a repetio, o treino, e as estratgias de aprendizagem devem ser aplicadas

    nas situaes e contextos particulares e especficos e relacionadas com questes ou aspectos da

    vida quotidiana (Bottino et al., 2002).

    As estratgias compensatrias so tcnicas utilizadas com pacientes com demncia, e

    apesar da eficincia limitada apresentam mais eficcia em fases precoces da patologia. A Terapia

    de Orientao da Realidade, baseia-se na apresentao de dados da realidade ao paciente de

    forma contnua e organizada. Assim, procura-se orientar os sujeitos nas interaces sociais,

    promovendo a comunicao, sendo que, quando submetidos a esta terapia apresentam melhorias

    significativas na orientao verbal, na ateno e interesse pelo ambiente e no desempenho em

    escalas de interaco e funcionamento social e intelectual (Casanova, 1999a Bottino et al., 2002).

    A terapia de Orientao para a realidade, estimula assim os pacientes a superarem as suas

    limitaes e a aumentarem a sua autonomia. Deste modo, esta terapia utiliza elementos como a

    reminiscncia ou a adaptao. No que concerne terapia da reminiscncia, esta uma tcnica

    que permite a recuperao de emoes anteriormente vividas, tendo por objetivo estimular o

    resgate de informaes atravs de figuras, fotos, jogos e outros estmulos que possam relacionar-

    se com a juventude do paciente (idem.).

    A associao de tcnicas de reabilitao cognitiva com o tratamento farmacolgico, auxilia

    na estabilizao sintomtica podendo motivar melhorias nos dfices cognitivos e funcionais. A

    realizao de intervenes de suporte e de aconselhamento direccionadas no s ao paciente

    como tambm aos familiares, influenciam positiva e significativamente o bem-estar dos

    referidos, o que implica que os tcnicos devem sempre considerar a associao do tratamento

    medicamentoso a uma interveno psicossocial (Bottino et al., 2002). Esta ideia vai ao encontro

    do referido por vila (2003) que defende que um tratamento multidisciplinar, engloba a

    medicao, reabilitao neuropsicolgica e grupo informativo.

    Segundo Pea-Casanova (1999), geralmente a melhor interveno engloba no s a

    combinao de informao e apoio familiar, como tambm a procura de mudanas no contexto

    de vida do paciente de modo a minimizar as causas de problemas psicolgicos e

    comportamentais.

    Apesar da patologia, os doentes devem ser dignificados e respeitados, devendo sempre ter-

    se em conta que so seres humanos e que portanto tm sentimentos, pelo que ser melhor no

    falar do estado da doena na presena destes, de forma a no ferir os seus sentimentos. Os

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    enfrentamentos e discusses no se justificam nem fazem sentido quando as pessoas tm perdas

    de memria e dificuldades de raciocnio, devendo ter-se em considerao que os dfices

    apresentados se devem patologia, mantendo assim a calma, de forma a ultrapassar a situao.

    Alm disto, facilitar a independncia, um objetivo da terapia que facilita a segurana e

    autoestima do doente, sendo que neste aspeto deve ajudar-se a pessoa a desenvolver as suas

    capacidades o mais que possa, tendo em conta as suas possibilidades, minimizar o stress e

    adaptar-se, o que significa aceitar as limitaes do paciente bem como as reaes prprias da

    doena (Pea-Casanova, 1999).

    Um dos pontos a ter em conta nesta patologia a adaptao ao ambiente, a qual deve ser

    alcanada de modo a permitir que o doente desenvolva as suas capacidades ao mximo. Assim,

    deve existir a preocupao de que o ambiente seja simples (a vida diria deve ser simplificada

    sem no entanto ser despersonalizada, devendo manter-se os objetos e recordaes pessoais),

    estvel (a rotina o princpio fundamental de qualquer tarefa, no devendo mudar-se as coisas de

    stio, os hbitos, os objetos, cores ou formas) e seguro (ter uma casa segura e manter fechados

    objetos potencialmente perigoso) (Pea-Casanova, 1999).

    A interveno em doentes de Alzheimer no fcil nem linear, da que quanto s atitudes

    empreendidas face a estes, enquanto profissionais devemos esclarecer os demais no s acerca da

    patologia, mas essencialmente procurar uma manuteno ou melhoria nas capacidades cognitivas

    e funcionais do paciente e consequentemente promover o seu bem-estar e qualidade de vida.

    DISCUSSO/CONCLUSO

    Com o crescimento do nmero de idosos que se tem verificado, torna-se cada vez mais

    urgente a criao planos de promoo de contextos que garantam a sade fsica, psicolgica e

    social dos idosos portadores de Alzheimer, assim como dos seus cuidadores.

    A doena de Alzheimer, afeta toda a famlia do paciente, sendo de facto, necessrio dar-se

    especial ateno a este grupo de pessoas, devido s alteraes adversas que sofrem em diversas e

    importantes reas da sua vida. Deste modo, necessrio investir na assistncia aos cuidadores,

    identificando e reconhecendo as situaes para assim poder intervir no sentido de permitir um

    maior bem-estar tanto nos cuidadores, como nos doentes. Aquando da criao de um plano de

    interveno ser sempre necessrio ter em ateno as necessidades dos cuidadores, pilar fulcral

    na promoo da qualidade de vida dos doentes.

    Portanto, a constituio de grupos de apoio e a criao de programas de interveno tanto

    nos familiares como nos seus cuidadores constituem um recurso precioso para ajudar o cuidador

    a lidar com o doente. Estes programas devem incluir as suas principais dificuldades e modos de

    interagir com o doente e permitir ainda a partilha de experincias e sentimentos entre os diversos

    cuidadores que constituem o grupo.

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