A Doutrina Da Maçonaria

8/16/2019 A Doutrina Da Maçonaria

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A DOUTRINA DA MAÇONARIA

1 - DEFINIÇÃO DE DOUTRINA

Doutrina significa ensinar, indicar, apontar alguma coisa, instruir educar.

No sentido etimológico, doutrina é o ensino, é a educação, é a cultura ou sistema deconduta.

Segundo Aurélio Buarque de Holanda, “Doutrina é o conjunto de princípios que servemde base a um sistema Religioso, Político, Filosófico, Científico, etc .

Na Filosofia, tomou o sentido do conunto de Dogmas ou dos princ!pios nos quais se"aseia uma crença religiosa ou um sistema filosófico, ou pol!tica, etc.

#essaltamos que, $Dogma% significa em Filosofia $opinião e&plicitamente formulada como'erdadeira%, isto é, ponto fundamental e indiscut!'el numa doutrina. #e'elando(se aqui,

caracter!stica $autorit)ria%. *omo a +açonaria não professa nem impe Dogmas +aç-nicos,'isto que ela não se proclama deposit)ria de nenuma #e'elação, pois que, ela só tem/rinc!pios, $ Não condena o pensamento dogm)tico em si, dei&ando a cada +açom o direito

de ser dogmatista. 0ntretanto, de'emos como +açons todo o cuidado com o $ser dogmatista%,que significa1 partid)rio do dogmatismo2 pessoa de idéias autorit)rias2 intolerante.

Finalmente, Doutrina é o conunto de teses e noçes que constituem um sistema#eligioso, Filosófico, /ol!tico, ou de qualquer ramo do conecimento umano, que se pretende

di'ulgar2 é aquilo que é o"eto de ensino, de instrução.

2 - CONTEÚDO DA DOUTRINA MAÇÔNICA

A +açonaria é deposit)ria de Doutrinas +orais, #eligiosos e Filosóficas, origin)rias deuma tradição multissecular, contidas nos antigos documentos dos +açons 3perati'os

medie'ais e nas constituiçes de Anderson. *omo estes documentos destina'am(se a incultosoper)rios medie'ais, as doutrinas por sua 'e4, são muito simples.

2.1 - AS DOUTRINAS MORAIS

56m como "ase a Fraternidade, os ensinamentos de "ondade e os de'eres do +açompara com o seu pró&imo. Seus ensinamentos são transmitidos atra'és de s!m"olos, cuas

interpretaçes sempre estarão ao n!'el intelectual e moral do iniciado.

" O escopo moral da Maçonaria baseado sobre seu caráter social, é de fazer homens melhores de quaisquer outros; de cultivar o amor fraternal, e inculcar a

prática de todas aquelas virtudes que são essenciais para a perpetuação de umafraternidade" (Mace!#

2.2 - AS DOUTRINAS RELIGIOSAS

7imitam(se na +açonaria, na crença de De! e na "#$r%a&"dade da aa.

2.' - AS DOUTRINAS FILOS(FICAS

Sendo "astante modestas, elas t6m apenas o propósito de fa4er +açons 4elosos, que,segundo +ac8e9, !"quele que nada con#ece a respeito da Filosofia da $a%onaria sempre


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estar& apto a torna'se indiferente e desinteressado, mas aquele que l#e dedicar maior aten%(oencontrar& crescente entusiasmo no estudo!)

As Doutrinas Filosóficas acam(se desen'ol'idas no Sim"olismo.

' - )ONTOS *+SICOS DA DOUTRINA MAÇÔNICA

A Maç$nar"a %e# ,$r a!e O Grande Ar/"%e%$ d$ Un"0er!$.

5odos +açons reconecem uma força superior um princ!pio criador ( que é Deus ( daqual proclamam a sua e&ist6ncia so" o nome de Grande Arquiteto do Universo.

C$#$ Rera a Le" Na%ra&.

0ntende(se neste caso, o que dirige e regula a +açonaria é a lei natural.

0m Filosofia lei natural é a fórmula geral que enuncia uma relação constante entre

fen-menos de uma dada ordem.

A 7ei natural é a 'ontade de Deus com relação :s açes umanas, "aseadas nasdiferenças morais, e que se desco"re por uma causa natural como sendo o"rigatória

para a umanidade.

)$r Ca!a a erdade e L"erdade e a Le" #$ra&.

A 'erdade, a li"erdade, e a lei moral são os pilares para que a Arte #eal e&ista.

A ;


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0ntende(se por ;/rinc!pio;, a origem, o começo . 0m Filosofia é a fonte ou causa de uma ação.

A ;=gualdade; manifesta(se quando os direitos e de'eres, as prescriçes e as penas são iguaispara todos os cidadãos, sem consideração ao nascimento e : fortuna. >ética e pol!tica?. A

+açonaria reconece que todos os omens nasceram iguais e as @nicas distinçes que admitesão os méritos, o talento, a sa"edoria, a 'irtude e o tra"alo.

A ;Fraternidade; é o maior o"eti'o que a +açonaria tende a alcançar entre os omens,indiferente de credo pol!tico ou religioso, de nacionalidade, raça, cor ou condiçãosocial. #esume(se, portanto em est!mulo para a pa4, a Caridade e o Amor Universal.

A ;*aridade; é um sentimento de amor para com os demais e que é de'ido sea a umadisposição muito 'i'a da alma, sea a concepçes filosóficas e morais, sea a idéiasreligiosas. A *aridade é um dos de'eres morais do omem, e consiste em socorrer nossos semelantes por todos os meios de que dispomos, na medida das nossasforças considerando que a caridade redispe a alma para o "em, e consequentementepara a perfeição moral do omem, a +açonaria a inclui entre os seus postulados. De'eser esclarecido, no entanto, que a caridade maç-nica não se e&erce por meio deesmolas.

)$r Fr%$! a "r%de a S$c"a"&"dade e $ )r$re!!$.

A ;


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verdadeiro Maçom busa a luz e proura dissipar as trevas, #azendo om que oon$eimento remova a ignor&nia. O aspirante ignorante é sempre um egotateando no esuro".

A ;+entira; é a falsidade, a dissimulação, a fraude e a impostura, que o +açom de'econtinuamente com"ater.

3 ;Fanatismo; é a dedicação cega a uma doutrina2 o 4elo e&cessi'o para uma religião eo a"uso das pr)ticas religiosas pode le'ar até a e&altação que impelem o fan)tico apraticar atos criminosos em nome da religião. 0mprega(se tam"ém, para indicar aintolerncia o"stinada daquele que luta por uma posição, que considera e'idente e'erdadeira, e que est) disposto a empregar até a 'iol6ncia para fa4er 'aler suas opiniese para con'erter a outros que não aceitam as suas idéias. A +açonaria condena ofanatismo, considerando um de seus inimigos.

A ;Superstição; é opinião religiosa fundada em crendices. C atri"uir a o"etos, açes quepor sua própria nature4a não as possuem. São sentimentos de 'eneração religiosafundados no temor ou na ignorncia que condu4 geralmente ao conecimento e

cumprimento de falsos de'eres, ao receio de coisas fant)sticas, ou a uma confiança emcoisas inefica4es.

0m 5eologia, a superstição consiste em transportar : criatura o culto que não é de'idosenão a Deus, ou a oferecer a Deus um culto ileg!timo e desordenado.

e) )ra%"car a 5!%"ça c$#$ 0erdade"ra !a&0aarda d$! d"re"%$! e d$!"n%ere!!e! de %$d$! e a %$&ernc"a /e de":a cada # $ d"re"%$ de e!c$&?er e!e"r !a re&""4$ e $,"n"e!.

;ustiça; em direito natural, consiste em tratar cada um de acordo com o seu direito,dando(le o que é de'ido. A ustiça nos ensina em darmos a cada ser umano o que

merecidamente le é de'ido, sem distinção de nenuma espécie ou categoria.

A ;5olerncia; significa em latim, suportar. Atualmente tem o sentido de consentir,permitir, condescender relati'amente nos pontos de 'istas aleios. tam"ém uma atitude

de indulg6ncia no ulgar a outrem e de compreensão para com as suas fraque4as. A+açonaria não impe nem aceita uma doutrina como definiti'a e e&clusi'a, ou como suaprópria, e não pretende go'ernar as consci6ncias, ao contr)rio, ela estimula os +açons atudo e&aminar. Não coloca limites ao seu campo de in'estigação, dei&ando(os li'res em

matérias de opinies pol!ticas e religiosas.

;3 +açom de'e ser tolerante, sem, entretanto, pactuar com o erro;.

f) De,&$rar $! /e erra# e!=$rçand$-!e ,$r8# ,ara rec$ndB"-&$! a$ 0erdade"r$

ca#"n?$.

*omo 'imos, o +açom de'e com"ater sem tréguas as pai&es e os '!cios que degradamo omem, para conquistar o dignamente o seu lugar na sociedade e o inicio dessa

ornada encontra(se firmado no e*emplo pessoal de cada $a%om)

g) Ir a !$c$rr$ d$ "n=$r%Hn"$ e da a=&"ç4$.

3 +açom não de'e negar o socorro a outrem. 0ntretanto, de'e fa46(lo com equidade,dentro dos limites da ra4ão e de suas posses, e sem esperar recompensas, além datranquilidade de consci6ncia. 0ste de'er en'ol'e a fraternidade, a solidariedade, a

filantropia e a caridade, 'irtudes estas, demonstradas no itens anteriores.


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- NOÇJES GERAIS DOS DEERES MAÇÔNICOS

.1 - O DEER DO MAÇOM

Segundo +ac8e9, o de'er de um +açom requer a sua onestidade nos contratos,sinceridade em afirmar, simplicidade em negociar e lealdade em e&ecutar. Dormir poucoe estudar muito2 falar pouco e ou'ir e pensar muito2 ensinar, o que é capa4 de fa4er, e

depois fa4er com 4elo e energia tudo o que e&ige o "em de seus companeiro, do pa!s eda umanidade.

.2 - OS DEERES EM MAÇONARIA

3s de'eres em +açonaria di'idem(se em tr6s classes1 os da 7oa para com os +açons2os dos +açons para com a 7oa e seus =rmãos2 e dos Dignat)rios e 3ficiais para com

todos os +açons.

A 7oa de'e proteção, apoio e instrução a todos os seus mem"ros. 3s +açons de'empraticar o amor e auda entre si, e respeito e o"edi6ncia : 7oa e seus representantes.

3s Dignat)rios e 3ficiais de'em cumprir a missão de seus cargos, sueitando(se aosregulamentos e estatutos.

.' - OS DEERES DO A)RENDIK MAÇOM

De acordo com a Doutrina e *onstituiçes +aç-nicas, o Aprendi4 tem ')riosde'eres a cumprir, porém, os principais são1

a S""&$6 conforme a promessa feita por uramento, que de'e ser guardadoin'iola'elmente principalmente na presença de profanos. #efere(se a tudo o que se

tena sido confiado ao =rmão so" a fé e a confiança maç-nica.

encer a! ,a":e! "nnc"a ! &e"! #açn"ca e ,r$=ana.

. - OS DEERES DO COM)AN7EIRO MAÇOM

a? De'eres para com o rande Arquiteto do Eni'erso.

"? De'eres para com o pró&imo.

c? De'eres para com consigo mesmo.

3s detales desses de'eres são os mesmos dos $De'eres do +açom%, conforme aDoutrina +aç-nica >item G?.

- AS O*RIGAÇJES DO MESTRE MAÇOM

3 no'o +estre +açom ao prestar o seu uramento, assumir) as suas o"rigaçes quesão em n@mero de sete?1

a? 3 sigilo +aç-nico2

"? A o"edi6ncia :s 7eis e #egras da 3rdem2

c? A discrição2


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d? 3 culto : fraternidade2

e? Socorrer o +estre +açom2

f? Dom!nio de suas pai&es2

g? A Fidelidade : 3rdem.

O S""&$ Maçn"c$1 #efere(se a tudo o que se tena confiado ao +açom so" a fé e aconfiança maç-nicas, de'endo ser guardado in'iola'elmente. 3 sigilo +aç-nico tem p-r finalidade $o despertar $nos raus inferiores, o interesse pela "usca do conecimento.

A O*EDINCIA PS LEIS E REGRAS DA ORDEM

As leis e regras são os #ituais, as *onstituiçes, #egulamentos, os 0statutos, asnormas e as tradiçes.

a+ s Rituais são os li'ros que cont6m a ordem, as fórmulas e as instruçes para a

pr)tica uniforme e regular dos tra"alos +aç-nicos, desse modo, os #itos e seusrespecti'os raus, os di'ersos tipos de *erim-nias, todos eles possuem os seus

#ituais próprios. 3s #ituais não podem sofrer alteraçes, a não ser as traduçes, asadaptaçes : l!ngua 'ern)cula e atuali4açes de conceitos filosóficos.

b+ " Constitui%(o é : "ase da administração e necess)ria para o registro ci'il daentidade, para que tena o car)ter ur!dico. Sempre que necess)rio, pode ser alterada

periodicamente.

c+ s Regulamentos são disposiçes esclarecedores dos artigos das *onstituiçes2tratando(os minuciosamente e estão sueitos a alteraçes constantes.

d+ s -statutos são regulamentos particulares de cada corpo e são independentes2constituem interpretação restrita de cada loa2 são leis internas.

e+ "s .ormas são emitidas pelos rãos(+estres de acordo com os casos que surgem,constituindo(se quase uma urisprud6ncia.

f+ " /radi%(o di'ide(se em1 $os 7andmar8s% que são normas primiti'as, m!sticas eimut)'eis2 a lei não escrita2 refere(se :s interpretaçes que passam de um +açom aooutro, mantendo sempre uma mesma tend6ncia e uma só interpretação so"re o que

não est) escrito.0ssas tradiçes di4em respeito mais no campo moral e social.

A D"!cr"ç4$. C o sil6ncio no fiel cumprimento do de'er e da ustiça esta terceira o"rigação

é um de'er a ser praticado com amor e "ene'ol6ncia.

C&%$ Fra%ern"dade. C ação espec!fica de +estre2 esta disposição en'ol'e muito demoral, de comportamento, de socia"ilidade e de atração pelo grupo. 3 +estre de'e emqualquer circunstncia defender e amparar o seu =rmão e a sua fam!lia, quando se fi4er

necess)rio. 0sse de'er ser) reali4ado em segredo e sempre com a auda dos 3"reiros daloa.

A Q"n%a $r"aç4$ c$n!"!%e e# !$c$rrer $ Me!%re Maç$# /e =aça $ 3S"na&.

A Se:%a $r"aç4$ d"B re!,e"%$ a$ D$#;n"$ de !a! ,a":e! /e !4$ # en%ra0e !a e0$&ç4$.


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A F"de&"dade sin-nimo de lealdade, consagra ao +estre um fiel adeptoda 3rdem +aç-nica, tra"alando com todas as forças para o seu auto

engrandecimento e dignidade.

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