A Doutrina Do Homem

download A Doutrina Do Homem

of 12

description

Estudo sobre a perspectiva teológica sobre a constituição do homem.

Transcript of A Doutrina Do Homem

Apresentao do PowerPoint

A DOUTRINA DO HOMEMO HOMEM FOI CRIADO POR DEUSPor que Deus Criou o homem?Para sua glria (Ef 1.11,12; Is 43.7).Qual o nosso propsito na vida? Glorific-lo (1Co 10.31; Ap 4.11; Atos 12.21-23).Como a imagem de Deus no homem (Gn 1.26)?Tselem = Imagem; Demut = algo que semelhante, mas no idntico.Ado gerou um filho sua imagem, mas no idntico a ele (Gn 5.3).Tal como Deus, o homem uma pessoa.

O fato de que o homem feito imagem de Deus significa que o homem como Deus e representa Deus. o significado que Deus planejou fazer uma criatura como ele. A palavra hebraica traduzida "imagem" (tselem) e a palavra hebraica traduzida como "semelhana" (demut) se referem a algo que semelhante mas no idntico ao que ou o que uma "imagem". A palavra imagem pode tambm ser utilizado para denotar algo que representa uma outra coisa. O fato de que o homem criado imagem de Deus significa que o homem como Deus nos seguintes aspectos: capacidade intelectual, pureza moral, natureza espiritual, domnio sobre a terra, criatividade, habilidade para tomar decises ticas e imortalidade.

2O QUE HOUVE COM A IMAGEM DE DEUS?Na queda, a imagem de Deus foi distorcida, mas no perdida. O aspecto moral da imagem foi corrompido (Gn 1.31; 9.6; Ec 7.29). O homem ainda a imagem de Deus (Tg 3.9).Cristo promove a recuperao gradual dessa imagem (Cl 3.10; 2Co 3.18; Rm 8.29).Quando Ele retornar a imagem ser plenamente restaurada (1Jo 3.2).

O homem foi criado bom. Todas as suas tendncias eram boas. Todos os sentimentos do seu corao inclinavam-se para Deus, e nisto consistia a sua semelhana moral com o Criador. As Escrituras ensinam mui claramente que o homem foi criado natural e moralmente semelhante a Deus, e ensinam tambm que ele perdeu esta semelhana moral quando caiu pelo pecado.O homem ainda a imagem de Deus. O Novo Testamento confirma isso quando Tiago 3:9 diz que as pessoas em geral, no apenas os crentes, so "criados imagem de Deus." No entanto, desde que o homem pecou, no mais to plenamente como Deus, como era antes. Sua pureza moral foi perdida e natureza pecaminosa no reflete em toda a santidade de Deus. Seu intelecto est corrompido pela mentira e engano, o seu discurso nem sempre glorifica a Deus, e suas relaes so muitas vezes regidas pelo egosmo e no amor, e assim por diante. 3DE QUANTAS PARTES COMPE-SE O HOMEM?Todos concordam que temos um corpo fsico; e a maioria das pessoas creem na existncia de uma parte imaterial que sobrevive aps a morte (uma alma). H quem creia na existncia de mais uma parte, um esprito que se relaciona mais diretamente com Deus. Esse pensamento chamado tricotomia.

Quantas partes constituem o homem? Ns todos concordamos que temos corpos fsicos. A maioria das pessoas (cristos e no cristos) acham que tambm tm uma parte imaterial, uma "alma" vai viver depois de seus corpos morrem. Mas a o acordo termina. Algumas pessoas acreditam que, alm de "corpo" e "alma", temos um terceiro, um "esprito", que o que mais diretamente se relaciona com Deus. O conceito de que o homem feito de trs partes (corpo, alma e esprito) chamado tricotomia. Embora essa seja uma ideia comum no ensino bblico evanglico popular, poucos estudiosos que defendem hoje. De acordo com muitos tricotomistas, a alma do homem, abarca seu intelecto, suas emoes e sua vontade. Eles argumentam que todo mundo tem uma alma, e que os diferentes elementos da alma podem servir a Deus ou ser entregue ao pecado. Eles argumentam que o esprito do homem a maior faculdade do homem que revive quando uma pessoa se torna um cristo . 4TRICOTOMIAA tricotomia apoia-se em dois textos bblicos: 1Ts 5.23 e Hb 4.12.Em 1Ts 5.23, Paulo usa termos sinnimos para nfase, tal como Jesus faz em Mt 22.37 e Mc 12.30. Isso era comum na poesia hebraica (Pv 16.18; Sl 19.1; Pv 18.15).Paulo no afirma que alma e esprito so entidades distintas, s diz que, seja qual o for o nome dado parte imaterial, deseja que Deus continue a nos santificar em tudo at o dia de Cristo.

A frase "esprito, alma e corpo" no em si conclusiva. Paulo poderia apenas estar emparelhando sinnimos para enfatizar algo, como por vezes feito em outras partes das Escrituras. Por exemplo, Jesus diz: "Amars o Senhor teu Deus com todo seu corao e com toda tua alma e com toda tua mente" (Mateus 22:37).Isso significa que a alma separado da mente e do corao? [7] O problema ainda mais complicado em Marcos 12:30: "Amars o Senhor teu Deus com todo seu corao e com toda tua alma e com todo o teu entendimento e com toda sua fora." Entendendo que tais listas de termos falam sobre diferentes partes do homem, o esprito deveria ser adicionado a essa lista (e talvez tambm o corpo). Ns teramos, portanto, cinco ou seis partes do homem! Mas isso certamente uma concluso falsa. muito melhor de entender que Jesus, assim como Paulo, usou sinnimos para enfatizar que devemos amar a Deus com todo nosso ser.

5TRICOTOMIAO mesmo acontece em Hb 4.12.O autor diz que a Palavra de Deus tem um poder to penetrante que mesmo os elementos mais ntimos do nosso ser no podem se ocultar dela. Essa viso originou-se na filosofia grega, que entendia que para Deus se relacionar com o mundo material havia a necessidade de um terceiro elemento ou de um ser intermedirio.

Hebreus 4:12 - O autor no est dizendo que a Palavra de Deus ao ponto de dividir alma e esprito, mas est usando uma srie de termos (alma, esprito, juntas, medula, pensamentos, intenes do corao) para asseverar que os elementos mais ntimos do nosso ser no podem se esconder ante o poder penetrante da Palavra de Deus. Se queremos chamar isso de nossa "alma", a Escritura penetra l e descobre as nossas intenes mais profundas. Se chamamos de "esprito" para esta parte no-fsica de nosso ser mais profundo, em seguida, as Escrituras penetram l e conhecem nossos mais secretos pensamentos e intenes. Ou se voc preferir dizer metaforicamente que o mais ntimo de ns esto se escondendo em nossas juntas e medulas, podemos dizer que as Escrituras so como uma espada pode penetrar no interior dos nossos ossos. [8] Em todos esses casos, a palavra de Deus to poderosa que pode trazer luz qualquer desobedincia ou falta de submisso a Deus. Em qualquer caso, o autor no pensar que a alma eo esprito so duas coisas diferentes so apenas termos adicionais que falam das profundezas do nosso ser. O conceito do homem tripartido originou-se na filosofia grega, que entendia a relao mtua entre o corpo e o esprito do homem segundo a analogia da mtua relao entre o universo material e Deus. Pensava-se que, justamente como estes s podiam ter comunho um com o outro por meio de uma terceira substncia ou de um ser intermedirio, assim aqueles s podiam entrar em relaes mtuas vitais por meio de um terceiro elemento, ou de um elemento intermedirio, a saber, a alma.6TRICOTOMIAO mesmo pensamento aparece no espiritismo kardecista. Segundo creem, o fluido csmico universal o elemento intermedirio entre esprito e corpo.

O FCU (Fluido Csmico Universal) um elemento no qual todo o Universo est mergulhado: os planetas, constelaes, sis, mundos e seres. No existe o vazio absoluto.Perisprito o envoltrio semimaterial do esprito. Tambm o denominam de corpo fludico ou corpo espiritual.O nome perisprito foi proposto pela primeira vez por Kardec.O perisprito, ou corpo fludico dos Espritos, um dos mais importantes produtos do fluido csmico; uma condensao desse fluido em torno de um foco de inteligncia ou alma... (Gnese).Liga o esprito matria(neste como em outros mundos) e a ele serve de instrumento para agirsobre o plano fludico ou material. Guarda os registros dos efeitos de toda ao e os envia ao Esprito, ao arquivo definitivo de todas as passagens da entidade pelo processo evolutivo. As inmeras experincias vivenciadas pelo Esprito so captadas e arquivadas no seu perisprito.

7TRICOTOMIAEssa doutrina foi considerada hertica, desde o princpio do Cristianismo.No sculo IV, Apolinrio, bispo de Laodiceia, usou essa concepo para explicar a dupla natureza de Cristo. De acordo com ele, Jesus tinha um corpo e uma alma humana, mas no teria um esprito, o que negava sua plena humanidade. Por isso, o conclio de Constantinopla (381 d.C.) a considerou uma heresia.

Esta doutrina de uma constituio trplice do ser humano adotada por Plato foi parcialmente introduzida na Igreja primitiva, mas logo veio a ser considerada danosa, se no hertica. Os gnsticos sustentaram que o [gr. pneuma, esprito] no homem era parte da essncia divina e incapaz de pecar; e os apolinarianos [seguidores dos ensinamentos do bispo Apolinrio] afirmaram que Cristo possua apenas um [gr. soma, corpo] e [gr. psyche, alma] humanos, mas no um , e a Igreja rejeitou tal doutrina de que e o eram substncias distintas, uma vez que tais heresias nela se fundamentavam... Todos os protestantes, luteranos e reformados, foram, pois, mais prudentes em sustentar que alma e esprito, e , so uma e a mesma substncia e essncia. E essa, como j se observou, tem sido a doutrina comum da Igreja.Desde o Conclio de Constantinopla a idia de que a alma e o esprito seriam elementos distintos caiu em total descrdito, e a partir da a dicotomia firmou-se como o ponto de vista preponderante dentro do Cristianismo, por cerca de 1500 anos. Foi s no sculo XIX que a tricotomia foi revigorada por alguns telogos alemes e ingleses.8O QUE A BBLIA DIZ?Ela usa alma e esprito como sinnimos (Jo 12.27; 13.21; Lc 12.20; 23.46).Em Ec 12.7, o escritor de Eclesiastes, ao falar sobre aquilo que acontece no momento da morte, entendia que o homem constitudo de dois (e no trs) elementos: um elemento material, o p (corpo), que retorna terra, e um elemento imaterial, o esprito (flego da vida), que volta a Deus; aludindo Gn 2.7.

De acordo com Gnesis 2.7, Deus criou Ado com apenas duas partes: uma parte material, o corpo, formado do p da terra, e uma parte espiritual, o flego da vida, soprado por Deus em suas narinas. Em Eclesiastes 12.7, o escritor inspirado, ao fazer uma ntida aluso ao texto de Gnesis 2.7, estabelece um contraste muito interessante: enquanto a passagem de Gnesis 2.7 mostra o homem sendo criado, recebendo vida, Eclesiastes 12.7 mostra o inverso disso, ou seja, como a morte do homem. Alguns tricotomistas, ao lerem o texto de Gnesis 2.7, alegam que a unio do p da terra com o flego da vida teria gerado um terceiro elemento na constituio humana: a alma vivente. Contudo, essa interpretao no pode ser sustentada, uma vez que alma vivente (heb. nephesh haya) significa, no contexto de Gnesis 2.7, criatura viva, ser vivo. Ou seja, antes de Deus soprar o flego da vida nas narinas de Ado, este no passava de um boneco de carne e ossos, sem vida, inanimado. Porm, aps receber o flego vida, Ado transformou-se numa alma vivente, ou seja, num ser vivo (seu crebro e demais rgos passaram a funcionar). Alma vivente, portanto, de forma alguma se refere a um terceiro elemento de nossa composio. 9O QUE A BBLIA DIZ?Tudo o que a alma , o esprito tambm , e tudo o que a alma faz, o esprito tambm faz:Ambos so imateriais e imortais (Gn 35.18 e Ap 6.9-11 X Tg 2.26 e At 7.59; 1Rs 17.21 X Lc 8.55). Tanto a alma quanto o esprito tm sentimentos (Jo 12.27; 13.21; Lc 1.46,47; At 17.16) e intelecto (1Co 2.11; 1Pe 3.19; Ap 20.4).Esprito e alma se relacionam com Deus (Is 26.9; Sl 25.1; 146.1;1Sm 1.15).

Isso, evidentemente, vai de encontro concepo tricotmica, pois esta apregoa que a alma e o esprito seriam dois elementos distintos, que realizariam tarefas distintas. Esprito e alma vivificam o corpo. Quando saem, o corpo morre; quando retornam, o corpo vivificado (Gn 35.18; 1Rs 17.21, 22; Mt 10.28; At 2.27, 31; 20.10; Ap 6.9-11; 20.4 X Sl 146.4; Ec 12.7; Lc 8.55; At 7.59; Hb 12.23; Tg 2.26). Ambos relacionam-se com Deus (Ap 6.9-11; 20.4; At 7.59; Hb 12.23). Isso depe contra a idia de alguns tricotomistas de que a alma cessa de existir quando o corpo morre, restando apenas o esprito. Tanto a alma quanto o esprito do vida ao corpo fsico. Ou seja, alma e esprito foram criados por Deus com uma mesma funo: vivificar o corpo material. Tanto a alma quanto o esprito dos justos vo para o cu, para desfrutar da presena do Senhor. Em 1Reis 17.21, 22, quando a alma-nephesh sai do corpo, a pessoa morre. Em Lucas 8.55, quando o esprito-pneuma sai do corpo, a pessoa tambm morre. Em 1Reis 17.21, 22, quando a alma-nephesh volta ao corpo, a pessoa revive. Em Lucas 8.55, quando o esprito-pneuma volta ao corpo, a pessoa tambm revive. Para os autores bblicos, era indiferente dizer que a alma ou o esprito se relacionava com Deus, pois a mentalidade hebraica, tanto dos dias do Antigo quanto do Novo Testamento, desconhecia qualquer diferena entre esses dois termos.Em momento algum a Bblia diz que alma e esprito foram para o cu ou foram entregues a Deus. S aparece um ou outro (Mt 10.28; Lc 23.46)

10O QUE A BBLIA DIZ?A Bblia atribui alma ao Senhor (Am 6.8; Jr 9.9; Hb 10.38).A Escritura afirma que corpo e alma constituem o homem todo (Mt 10.28; 1Co 5.5).Nem sempre alma e esprito dizem respeito parte imaterial do homem (x 1.5; 1Sm 30.12).Para os tricotomistas, a sede da vontade, intelecto e emoo a alma, mas o esprito que se relaciona com Deus. Como?

Em xodo 1.5, nephesh significa pessoas. J no contexto de 1Samuel 30.12, ruach tem o sentido de foras, vigor, e no de um esprito imaterial que teria sado e, depois, retornado ao corpo daquele homem que recebera alimento. Ou seja, nesses dois versculos o contexto no nos fornece qualquer informao sobre nossa natureza. De acordo com os tricotomistas, a alma responsvel pelo intelecto (pensamento, raciocnio, etc.), emoes (alegria, tristeza, etc.) e volio (vontade, deciso, etc.). J o esprito, este a parte que se relaciona com Deus (espiritualidade). Porm, entendemos que essa distino feita entre alma e esprito acaba gerando uma grande contradio para a concepo tricotmica, como explicamos abaixo. Sabe-se que os atributos que qualificam um ser pessoal so intelecto, emoo e vontade, de modo que qualquer criatura desprovida dessas faculdades no pode ser considerada uma pessoa. (Uma pedra, uma rvore ou um animal irracional, por exemplo, no so seres pessoais, pois no possuem essas qualidades.) Em vista disso, como que fica a posio tricotmica ao ensinar que tais atributos esto presentes apenas na alma? Ora, se o nosso esprito no pensa, no sente e no tem vontade, ento s podemos concluir que ele no uma pessoa, mas uma coisa, um elemento impessoal. Porm, como que uma coisa pode relacionar-se com Deus ou com quem quer que seja? Como que os tricotomistas solucionam essa contradio? 11COMO SURGE A ALMA?Existem trs teorias acerca disso:Preexistencialismo da alma;Criao imediata;Transmisso (Gn 1.24,28; Hb 7.10)

12