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GUIA DE MEDICAMENTOS

ORDEM DE INFUSÃO

DE QUIMIOTERÁPICOS

TERESINA - 2017

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ELABORADORA

LANA REGIA MATIAS SOARES

FARMACEUTICA DO CENTRO DE ONCOLOGIA UNIMED

REVISOR

CLÁUDIO HENRIQUE LIMA ROCHA

COORDENADOR DO CENTRO DE ONCOLOGIA UNIMED

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ÍNDICE PÁG.

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................................. 06

PROTOCOLOS TERAPÊUTICOS DE TRATAMENTO .........................................................................................

* ORDEM DE APRESENTAÇÃO DOS PROTOCOLOS COM NOMES (ACRÔNIMOS).............................

** ORDEM DE APRESENTAÇÃO DOS PROTOCOLOS POR DESIGNAÇÃO DOS FÁRMACOS...........

07

08

08

01. PROTOCOLO: ABVD .................................................................................................................................................... 09

02. PROTOCOLO: A C ......................................................................................................................................................... 09

03. PROTOCOLO: AC-T E ACT ........................................................................................................................................ 10

04. PROTOCOLO: AL-SARRAF ....................................................................................................................................... 10

05. PROTOCOLO: B E P ..................................................................................................................................................... 11

06. PROTOCOLO: BOML ................................................................................................................................................... 11

07. PROTOCOLO: C A E ...................................................................................................................................................... 12

08. PROTOCOLO: C A P ................................................................................................................................ ..................... 13

09. PROTOCOLO: CHOP .................................................................................................................................................... 14

10. PROTOCOLO: CMF - 21 E CLÁSSICO ................................................................................................................... 15

11. PROTOCOLO: COP OU CUP ..................................................................................................................................... 16

12. PROTOCOLO: CVD ....................................................................................................................................................... 17

13. PROTOCOLO: DARTMOUTH OU CBDT ............................................................................................................. 18

14. PROTOCOLO: DCF ........................................................................................................................................................ 19

15. PROTOCOLO: DTPACE .............................................................................................................................................. 20

16. PROTOCOLO: ELF ........................................................................................................................................................ 21

17. PROTOCOLO: FAC ........................................................................................................................................................ 22

18. PROTOCOLO: FAM OU IFAM .................................................................................................................................. 23

19. PROTOCOLO: FAM2 .................................................................................................................................................... 24

20. PROTOCOLO: FLOX ............................................................................................................................. ........................ 25

21. PROTOCOLO: FOLFORI ............................................................................................................................................. 26

22. PROTOCOLO: FOLFOX – 4 (QUATRO) E 6 (SEIS) ........................................................................................ 27

23. PROTOCOLO: FOLFOXIRI ........................................................................................................................................ 28

24. PROTOCOLO: ICE ......................................................................................................................................................... 29

25. PROTOCOLO: IROX ..................................................................................................................................................... 29

26. PROTOCOLO: MVAC ................................................................................................................................................... 30

27. PROTOCOLO: R – ABVD ............................................................................................................................................ 31

28. PROTOCOLO: R – CHOP ............................................................................................................................................ 32

29. PROTOCOLO: VAC COM DACTINOMICINA ..................................................................................................... 33

30. PROTOCOLO: VAC COM DOXORRUBICINA .................................................................................................... 34

31. PROTOCOLO: R - COP ou R – CVP ........................................................................................................................ 35

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32. PROTOCOLO: TAC ....................................................................................................................................................... 36

33. PROTOCOLO: TIP ......................................................................................................................................................... 37

34. PROTOCOLO: VAD ...................................................................................................................................................... 38

35. PROTOCOLO: ÁCIDO FOLÍMICO E FLUORURACILA .................................................................................. 39

36. PROTOCOLO: ÁCIDO FOLÍMICO E METOTREXATO .................................................................................. 39

37. PROTOCOLO: CARBOPLATINA E DOCETAXEL ............................................................................................ 40

38. PROTOCOLO: CARBOPLATINA E ETOPOSIDEO .......................................................................................... 40

39. PROTOCOLO: CARBOPLATINA E IFOSFAMIDA ........................................................................................... 40

40. PROTOCOLO: CARBOPLATINA E PLACLITAXEL ......................................................................................... 41

41. PROTOCOLO: CICLOFOSFAMIDA E DOCETAXEL ........................................................................................ 41

42. PROTOCOLO: CICLOFOSFAMIDA E FLUDARABINA .................................................................................. 42

43. PROTOCOLO: CICLOFOSFAMIDA E ETOPOSIDEO ...................................................................................... 42

44. PROTOCOLO: CISPLATINA E DOCETAXEL ..................................................................................................... 43

45. PROTOCOLO: CISPLATINA E DOXORRUBICINA ......................................................................................... 43

46. PROTOCOLO: CISPLATINA E ETOPOSIDEO ................................................................................................... 44

47. PROTOCOLO: CISPLATINA E GENCITABINA ................................................................................................. 44

48. PROTOCOLO: CISPLATINA, GENCITABINA E PACLITAXEL ................................................................... 45

49. PROTOCOLO: CISPLATINA E IFOSFAMIDA .................................................................................................... 45

50. PROTOCOLO: CISPLATINA E IRINOTECANA ................................................................................................. 46

51. PROTOCOLO: CISPLATINA E PACLITAXEL .................................................................................................... 46

52. PROTOCOLO: CISPLATINA E VINORELBINA ................................................................................................. 47

53. PROTOCOLO: DOCETAXEL E GENCITABINA ................................................................................................. 47

54. PROTOCOLO: DOCETAXEL E IFOSFAMIDA .................................................................................................... 48

55. PROTOCOLO: DOXORRUBICINA E IFOSFAMIDA ....................................................................................... 48

56. PROTOCOLO: DOXORRUBICINA E PACLITAXEL ....................................................................................... 49

57. PROTOCOLO: FLUORURACILA E METOTREXATO .................................................................................... 49

58. PROTOCOLO: GENCITABINA E PACLITAXEL ................................................................................................ 50

59. PROTOCOLO: GENCITABINA E VINORELBINA ............................................................................................ 50

60. PROTOCOLO: IFOSFAMIDA E MESNA ............................................................................................................... 51

61. PROTOCOLO: IFOSFAMIDA, MESNA E VINORELBINA.............................................................................. 52

62. PROTOCOLO: PACLITAXEL E TRASTUZUMABE .......................................................................................... 52

63. PROTOCOLO: PERTUZUMABE, TRASTUZUMABE E DOCETAXEL ..................................................... 53

64. PROTOCOLO: OXALIPLATINA E RALTITREXATO ...................................................................................... 53

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APRESENTAÇÃO:

Ao se retratar a ordem de infusão dos antineoplásicos, muitas são as teorias que

orientam qual medicamento será administrado primeiro e qual a razão de determinada

administração. Com a falta de pesquisa científica nessa área, as teorias aparecem como

resposta a propor rotinas com bases em evidências. As teorias que devemos enfatizar e

discutir em relação à administração correta dos antineoplásicos são:

Farmacocinética/ farmacodinâmica (FA/FC), fase do ciclo celular em que os medicamentos

atuam incompatibilidade físico-química entre medicamentos, características de irritabilidade

dos medicamentos (vesicante/irritante) e ordem dos medicamentos conforme o artigo

original (protocolos).

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1. PROTOCOLOS TERAPÊUTICOS DE TRATAMENTO

Existem dezenas de protocolos de tratamento antineoplásicos, muitos possuem “nomes”

oriundos do acrônimo dos medicamentos que compõem tal protocolo. A apresentação desta

diversidade de protocolos em ordem racional é um desafio e a ordenação segundo patologia

de base se torna inviável, uma vez que diferentes patologias podem utilizar o mesmo

protocolo. Em razão disso, a ordem alfabética foi à escolhida, contudo, dividindo os protocolos

com acrônimos clássicos e os protocolos que não possuem acrônimos bem estabelecidos,

gerando duas listas.

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* ORDEM DE APRESENTAÇÃO DOS PROTOCOLOS COM NOMES (ACRÔNIMOS)

ABVD Dartmouth IROX AC DCF MVAC AC-T E ACT DTPACE R-ABVD AL-SARRAF ELF R-CHOP BEP FAC R-COP ou RCVP BOMP FAM ou IFam TAC CAE Fam2 TIP CAP FLOX VAC com Actinomicia CHOP FOLFORI VAC com Doxorrubicina CMF-21 E clássico FOLFOX-4 e 6 VAD COP ou CVP FOLFOXIRI CVD ICE

* ORDEM DE APRESENTAÇÃO DOS PROTOCOLOS POR DESIGNAÇÃO DOS FÁRMACOS

ÁCIDO FOLÍNICO e FLUORURACILA CISPLATINA e IFOSFAMIDA ÁCIDO FOLÍNICO e MTX CISPLATINA e IRINOTECANO CARBOPLATINA e DOCETAXEL CISPLATINA e PACLITAXEL CARBOPLATINA e ETOPOSIDEO CISPLATINA e VINORELBINA CARBOPLATINA e IFOSFAMIDA DOCETAXEL e GENCITABINA CARBOPLATINA e PACLITAXEL DOCETAXEL e IFOSFAMIDA CICLOFOSFAMIDA e DOCETAXEL DOXORRUBICINA e IFOSFAMIDA CICLOFOSFAMIDA e FLUDARABINA DOXORRUBICINA e PACLITAXEL CICLOFOSFAMIDA e ETOPOSIDEO FLUORURACILA e METOTREXATO CISPLATINA e DOCETAXEL GENCITABINA e PACLITAXEL CISPLATINA e DOXORRUBICINA GENCITABINA e VINORELBINA CISPLATINA e ETOPOSIDEO IFOSFAMIDA e MESNA CISPLATINA e GENCITABINA IFOSFAMIDA,MESNA E VINORELBINA CISPLATINA, GENCITABINA e PACLITAXEL OXALIPLATINA e RALTITREXATO PACLITAXEL e TRASTUZUMABE PERTUZUMABE, TRASTUZUMABE E

DOCETAXEL

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1. PROTOCOLO: ABVD

Medicamentos:

Doxorrubicina, Bleomicina, Vimblastina e Dacarbazina

Ordem de Infusão:

1º Vimblastina

2º Doxorrubicina

3º Bleomicina

4º Dacarbazina

Justificativa:

Não foram encontradas evidências que apontem para alguma interação grave entre os

medicamentos ou designação clara da ordem de infusão. Com relação à compatibilidade

físico - química para infusão em dispositivos de infusão múltipla via (Y), todos estes

medicamentos apresentam compatibilidade entre si, entretanto a compatibilidade de

Dacarbazina com Doxorrubicina não foi testado, devido ser interpretada como

incompatibilidade em potencial.

Bleomicina e Vimblastina são medicamentos ciclo específico, enquanto Doxorrubicina e

Dacarbazina são consideradas como ciclo não específica. Dacarbazina possui ação irritante e

Doxorrubicina e Vimblastina possuem elevado potencial vesicante tecidual e do endotélio

vascular. Aconselha-se iniciar a administração por Vimblastina (vesicante e ciclo específico)

depois a Bleomicina, seguido de Doxorrubicina (vesicante e ciclo inespecífico) e por fim o

medicamento Dacarbazina (irritante e ciclo inespecífico).

2. PROTOCOLO: A C

Medicamentos:

Doxorrubicina e Ciclofosfamida

Ordem de Infusão:

1º Doxorrubicina

2ºCiclofosfamida

Justificativa:

A primeira ordem será da Doxorrubicina por ser um medicamento com alto potencial

vesicante tecidual e do endotélio vascular. Os dois medicamentos são tidos como ciclo

específico, embora saibamos que a Doxorrubicina age em diversos mecanismos celulares,

incluindo a inibição da topoisomerase II.

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3. PROTOCOLO: AC-T E ACT

Medicamentos:

Doxorrubicina, Ciclofosfamida e Paclitaxel.

Ordem de Infusão:

1º Doxorrubicina

2º Ciclofosfamida

3º Placlitaxel

Justificativa:

O paclitaxel é um medicamento que atua em fases específicas do ciclo celular, enquanto

a Doxorrubicina e Ciclofosfamida são ciclo não especifico. Doxorrubicina e Paclitaxel são

medicamentos que possuem ação vesicante tecidual e do endotélio vascular. A administração

de Ciclofosfamida, que é uma pró-droga, após Paclitaxel traria melhor perfil de segurança,

em razão de sua ativação mais lenta, além disso, possibilitaria a infusão de um medicamento

irritante e fase específica antes da Ciclofosfamida.

4. PROTOCOLO: AL-SARRAF

Medicamentos:

Cisplatina e Fluoruracila

Ordem de Infusão:

1º Fluoruracila

2º Cisplatina

Justificativa:

É aconselhado que ocorra a administração do medicamento Cisplatina apenas depois

de alcançado o débito urinário desejado. Essa ordem de infusão, iniciando com Fluoruracila

são concordantes com a teoria de ciclo específico primeiro, uma vez que a Fluoruracila é um

medicamento antimetabólico que interfere na síntese do DNA, e na Cisplatina é um

medicamento ciclo inespecífico que age formando ligações cadeias de DNA. A teoria de

vesicantes, primeiro não se enquadra, uma vez que ambos medicamentos são irritantes do

endotélio vascular e tecido e a Fluoruracila deve ser infundida continuamente.

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5. PROTOCOLO: B E P

Medicamentos: Bleomicina, Cisplatina e Etoposideo

Ordem de Infusão: 1ºBleomicina 2º Etoposideo

3º Cisplatina

Justificativa: Bleomicina e Etoposideo são medicamentos ciclo específico, enquanto Cisplatina é ciclo

não específico. Cisplatina e Etoposideo possuem características de irritações teciduais e do endotélio vascular. Outro dado que temos que levar em consideração é o fato da Bleomicina pode ser administrada em bólus lento, fato este que implica diretamente na organização da logística de infusão.

6. PROTOCOLO: BOML

Medicamentos:

Bleomicina, Cisplatina, Mitomicina e Vincristina

Ordem de Infusão:

1º Vincristina

2º Bleomicina

3º Mitomicina

4º Cisplatina

Justificativa: Todos os medicamentos apresentam compatibilidade físico-química para infusão em

dispositivos de infusão múltipla via (Y). Bleomicina e Vincristina são medicamentos ciclo específico, enquanto Cisplatina e

Mitomicina são ciclo não específico. Mitomicina e Vincristina são medicamentos que possuem ação vesicante e Cisplatina possui ação irritante tecidual e do endotélio vascular.

Analisando dados farmacológicos desses medicamentos, Bleomicina possui metabolismo microssomal e excreção principalmente renal. Vincristina apresenta metabolismo hepático, sobretudo do citocromo P450, subtipo 3A, e excreção principalmente

pela bile e fezes. Mitomicina apresenta poucos dados cinéticos, parece ser pouco excretada na urina na forma ativa e na forma de diversos metabólitos. Cisplatina é sanguínea, com potencial competição por eliminação renal com outros medicamentos. Não é relatada a ocorrência de irritação medicamentosa entre estes fármacos. Embora haja poucos indícios farmacocinéticos, que embasem a proposta de qualquer ordem de infusão, avaliando os medicamentos vesicantes e ciclo específicos, bem como logística de infusão, podemos sugerir iniciar com Vincristina (vesicante e ciclo específico), seguindo de Bleomicina (ciclo específico), Mitomicina (vesicante ciclo não específico) e Cisplatina (irritante ciclo não

específico).

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7. PROTOCOLO: C A E

Medicamentos:

Ciclofosfamida, Doxorrubicina e Etoposideo

Ordem de Infusão:

1º Doxorrubicina

2º Etoposideo

3º Ciclofosfamida

Justificativa:

Os medicamentos citados não possuem relatos de interação medicamentosa. Todos

apresentam compatibilidade físico-química para infusão em dispositivo de infusão múltipla

via (Y).

Doxorrubicina e Etoposideo são medicamentos altamente vesicantes e irritantes,

respectivamente, tecidual e do endotélio vascular. Com relação à fase do ciclo celular que

atuam, Etoposideo age inibindo a enzima topoisomerose II na fase G2, Doxorrubicina embora

seja considerado um medicamento ciclo inespecífico age em fases especificas do ciclo, e

Ciclofosfamida é um medicamento ciclo não especifico. Considerando essas informações, e

principalmente devido os riscos de um extravasamento com Doxorrubicina a ordem sugerida

é iniciar com Doxorrubicina, mesmo este sendo um medicamento ciclo específico clássico,

seguido de Etoposideo, que tanto é irritante como ciclo específico e a seguir infundir

Ciclofosfamida, que é ciclo não específico e administrado por último por possuir menor risco

de competir pelo metabolismo da Doxorrubicina e Etoposideo.

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8. PROTOCOLO: C A P

Medicamentos:

Ciclofosfamida, Cisplatina e Doxorrubicina

Ordem de Infusão:

1º Doxorrubicina

2º Ciclofosfamida

3º Cisplatina

Justificativa:

Cisplatina possui excreção renal, característica que interfere na excreção de diversos

medicamentos, embora não haja nenhum estudo correlacionado a infusão prévia de

Cisplatina com aumento da toxidade da Ciclofosfamida, uma vez que a Ciclofosfamida já

apresenta considerável toxidade renal, considera-se mais seguro administrar a Cisplatina

após a Ciclofosfamida. Com relação a interação entre Doxorrubicina e Ciclofosfamida, a

Doxorrubicina deve ser administrada antes para evitar possível aumento da toxidade.

Os medicamentos com mais riscos de extravasamento são Doxorrubicina e Cisplatina,

respectivamente, vesicante e irritante tecidual e do endotélio vascular. Os três fármacos são

considerados ciclos não específicos. Contudo, a ordem de infusão sugerida é iniciar com

Doxorrubicina, seguido por Ciclofosfamida e Cisplatina. Observa-se que essa ordem além de

potencialmente mais segura, permite maior tempo para alcançar débito urinário adequado

para infusão de Cisplatina e melhor fluxo para atendimento ambulatorial.

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9. PROTOCOLO: CHOP

Medicamentos:

Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina e Prednisona

Ordem de Infusão:

Opção Nº01

1º Doxorrubicina

2º Ciclofosfamida

3º Vincristina

4º Prednisona Oral pela manhã

Opção Nº02

1º Vincristina

2º Doxorrubicina

3º Ciclofosfamida

4º Prednisona Oral pela manhã

Justificativa:

A única interação medicamentosa encontrada nesse protocolo é com relação à

Doxorrubicina e Ciclofosfamida, em que a administração concomitante pode aumentar a

cardiocixidade do tratamento.

A vincristina é um medicamento ciclo específico, enquanto a Doxorrubicina e

Ciclofosfamida são considerados como medicamentos ciclo não específicos. Doxorrubicina e

Vincristina são medicamentos que possuem ação vesicantes tecidual e do endotélio vascular.

O último medicamento desse protocolo é a Prednisona, medicamento administrado via oral e

que deve ser seguido por um total de 5 (cinco)dias pós ciclo. Este medicamento afeta o ciclo

cardíaco do cortisol no organismo, desta maneira, é indicado sua administração em horário

similar ao pico natural, durante a manhã. Portanto, indica-se a administração em dose única

diária entre as 8 (oito) e 10 (dez) horas da manhã para pacientes com hábitos de sono

noturnos.

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10. PROTOCOLO: CMF - 21 E CLÁSSICO

Medicamentos:

Ciclofosfamida, Fluoruracila e Metotrexato

Ordem de Infusão:

1º Metotrexato

2º Ciclofosfamida

3º Fluoruracila

Justificativa:

Nesse protocolo os medicamentos não apresentam, nenhuma interação medicamentosa

grave. Todos os medicamentos possuem compatibilidade físico-química para infusão em

dispositivos de infusão múltipla via (Y), embora haja relato de incompatibilidade entre

Metotrexato e Fluoruracila.

O pré-tratamento com Metotrexato aumenta a ativação do Fluoruracila. Além disso, não

se sabe de nenhuma outra possível interação cinética neste esquema. Os medicamentos

Metotrexato e Fluoruracila são ciclos específicos, agindo de modo complementar, enquanto a

Ciclofosfamida é ciclo inespecífico. Fluoruracila possui características de irritação tecidual e

do endotélio vascular.

Diante dessa situação indica-se a administração inicial do Metotrexato, que também

possui metabolismo hepático para inativação e excreção seguindo a Ciclofosfamida, que

necessita de metabolismo hepático para sua ativação, e por fim do Fluoruracila, que vindo

após o Metotrexato se beneficia ao aumentar sua ativação intracelular.

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11. PROTOCOLO: COP OU CUP

Medicamentos:

Ciclofosfamida, Vincristina e Prednisona

Ordem de Infusão:

1º Vincristina

2º Ciclofosfamida

3º Prednisona Oral pela manhã

Justificativa:

Nenhuma interação medicamentosa grave é relatada na utilização desses

medicamentos, contudo, é importante ressaltar que a Vincristina possui metabolismo

hepático no citocromo P450 subtipo 3A4, sendo sua concentração de meia vida afetadas por

medicamentos indutores e substratos desta enzima. Por sua vez, Ciclofosfamida sofre

metabolismo hepático para sua ativação, podendo ocorrer alteração da velocidade de

excreção da Vincristina caso seja administrada após Ciclofosfamida.

Com relação a compatibilidade físico-química para infusão em dispositivos de infusão

múltipla via (Y), Vincristina é compatível com Ciclofosfamida. A Vincristina é um

medicamento ciclo específico, enquanto Cilcofosfamida é ciclo não especifico. Vincristina

possui ação vesicante tecidual e do endotélio vascular.

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12. PROTOCOLO: CVD

Medicamentos:

Cisplatina, Dacarbazina e Vimblastina

Ordem de Infusão:

1º Vimblastina

2º Dacarbazina

3º Cisplatina

Justificativa:

Nenhuma interação medicamentosa grave é relatada na utilização desses

medicamentos. Com relação à compatibilidade para administração em dispositivo de infusão

múltipla via (Y), Vimblastina é compatível com Cisplatina e Dacarbazina, contudo a

compatibilidade da Dacarbazina com Cisplatina não foi testada. Vimblastina possui ação

irritante tecidual e do endotélio vascular. Vimblastina é um medicamento ciclo específico,

enquanto Dacarbazina e Cisplatina não específico.

Tanto para minimizar possíveis interações entre Vimblastina e os demais

medicamentos, e por este se tratar de um medicamento ciclo específico, sugere-se iniciar a

infusão por Vimblastina possibilitando que o medicamento vesicante seja administrado

primeiro e que a infusão se inicie com o medicamento que pode ser administrado em bólus

lento, auxiliando o fluxo de serviços ambulatoriais e o controle adequado da diurese. Vale

ressaltar a importância crucial de lavagem do sistema de infusão com solução compatível

antes da administração da Dacarbazina.

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13. PROTOCOLO: DARTMOUTH OU CBDT

Medicamentos:

Carmustina, Cisplatina e Dacarbazina

Ordem de Infusão:

1º Dacarbazina

2º Casmustina

3º Cisplatina

Justificativa:

Nenhuma interação medicamentosa grave é relatada na utilização destes

medicamentos. Com relação à compatibilidade para administração em dispositivos de

infusão múltipla via (Y), Cisplatina é compatível com Casmustina, porem as compatibilidades

de Dacarbazina com Casmustina e Cisplatina não foram testadas.

Todos os medicamentos deste esquema são ciclo não específicos, sendo que a

Dacarbazina, Casmustina e Cisplatina possuem características de irritação tecidual e do

endotélio vascular.

Dacarbazina é um medicamento que depende da ativação hepática para se tornar ativo.

Por sua vez a Casmustina possui meia-vida curta, com alto metabolismo hepático e toxidade

dose dependente.

Cisplatina compete pela excreção renal de diversos medicamentos e metabólicos.

Diante desses dados, sugerimos que a infusão inicie pela Dacarbazina, para que possa ser

ativada sem prejuízos pela hepatotoxidade da Casmustina, seguida da Casmustina e

Cisplatina.

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14. PROTOCOLO: DCF

Medicamentos:

Cisplatina, Docetaxel e Fluoruracila

Ordem de Infusão:

1º Docetaxel

2º Fluoruracila

3º Cisplatina

Justificativa:

A única interação medicamentosa relatada na utilização destes medicamentos, entre

Cisplatina e Docetaxel, é considerada uma interação moderada, em que pode ocorrer o

aumento do risco de neuropatia na utilização concomitante. Todos os medicamentos

possuem compatibilidade físico-química para infusão múltipla via (Y).

Docetaxel e Fluoruracila são ciclo específico enquanto Cisplatina é ciclo não especifico.

Cispaltina e Fluoruracila são medicamentos que possuem características de irritação tecidual

e do endotélio vascular. Ainda não é claro, mas Docetaxel pode apresentar ação vesicante

tecidual e do endotélio vascular.

A administração de Docetaxel depois de Cisplatina esta correlacionada com maior risco

para toxidade do Docetaxel. Levando em consideração a fase de ativação e possível ação

vesicante, sugere-se que a infusão inicie com Docetaxel, seguido de Fluoruracila e Cisplatina.

Essa proposta além de evitar risco de toxidade, permite que os medicamentos ciclo

específicos sejam administrados entes do medicamento ciclo não especifico. Em variações do

protocolo DCF, em que a Fluoruracila é infundido por 5 (cinco) dias de modo continuo, pode-

se realizar a administração concomitante do Fluoruracila com Cisplatina, de modo

semelhante ao que ocorre no esquema AL-Sarraf.

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15. PROTOCOLO: DTPACE

Medicamentos:

Doxorrubicina, Etoposideo, Ciclofosfamida e Cisplatina

Ordem de Infusão:

1º Doxorrubicina

2° Etoposideo

3º Ciclofosfamida

4º Cisplatina

Justificativa:

É um complexo esquema, que possui medicamentos de administração oral, a

Dexametasona e a Talidomida, e conta com uma infusão continua, e concomitante de

Ciclofosfamida, Doxorrubicina e Etoposideo. A administração da Dexametasona deve ser

realizada preferencialmente em dose diária única pela manhã, seguindo o ciclo circadiano do

cortisol. A Talidomida deve ser administrada pela noite.

A única interação medicamentosa relatada na utilização destes medicamentos, entre

Cisplatina e Doxorrubicina, é considerada uma interação grave com longo período de

latência, em que pode ocorrer o aumento do risco de leucemia secundaria ao tratamento. É

importante informar que todos os medicamentos são compatíveis entre si quando testados

separadamente.

O Etoposideo e Cisplatina possuem ação de irritação, e a Doxorrubicina possui ação

vesicante tecidual e do endotélio vascular, por isso a estabilidade do acesso e conexões se

tornam cruciais para a administração segura. Em relação a fase de atuação, apenas

Etoposideo é ciclo especifico.

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16. PROTOCOLO: ELF

Medicamentos:

Etoposideo, Àcido Folínico e Fluoruracila

Ordem de Infusão:

1º Etoposideo

2º Ácido Fólimico

3º Fluoruracila

Justificativa:

Não foi relatada nenhuma interação medicamentosa na utilização destes

medicamentos. Todos os medicamentos possuem compatibilidade físico-química para a

infusão em dispositivo de infusão múltipla via (Y).

Como é bem pautada na literatura, a pré-administração do Fluoruracila, uma vez que

aumenta o substrato necessário para a formação do complexo ativo do Fluoruracila são

medicamentos ciclo especifico, sendo que estes fármacos possuem características de

irritação tecidual e do endotélio vascular.

Ainda não é claro se para melhor ação do Acido Folímico, é necessário que se

transcorra o tempo mínimo para administração do fármaco e metabolismo intracelular, cerca

de 30 (trinta) minutos. Como o tempo de infusão do Etoposideo visualmente é o tempo

mínimo 1 (uma) hora em razão do risco de hipotensão, sugere-se iniciar a infusão pelo

Etoposideo, seguido pelo o Ácido folímico (IV), e ao final Fluoruracila. Se for administrado

Ácido folímico, deve-se calcular para administrar 30(trinta) minutos antes do Fluoruracila.

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17. PROTOCOLO: FAC

Medicamentos:

Ciclofosfamida, Doxorrubicina e Fluoruracila

Ordem de Infusão:

1º Doxorrubicina

2º Fluoruracila

3º Ciclofosfamida

Justificativa:

A única interação medicamentosa presente é com relação à Doxorrubicina e

Ciclofosfamida, em que a administração concomitante pode aumentar a cardiotoxicidade do

tratamento. Ciclofosfamida apresenta estabilidade físico-química para infusão em

dispositivos de infusão múltipla via (Y) com Doxorrubicina e Fluoruracila, contudo,

Doxorrubicina e Fluoruracila possuem compatibilidade variável, ou seja, deve ser

interpretado como uma incompatibilidade em potencial.

Fluoruracila é um medicamento ciclo específico, enquanto Ciclofosfamida e

Doxorrubicina são medicamentos que possuem, respectivamente, ação vesicante e de

irritação tecidual e do endotélio vascular. Conforme, informado sugere-se iniciar a infusão

com Doxorrubicina, seguida de Fluoruracila e Ciclofosfamida. Essa ordem permite que o

medicamento vesicante seja administrado inicialmente, seguido do medicamento ciclo

especifico, fato que propicia um intervalo até ao administrador da Ciclofosfamida,

diminuindo, uma possível competição pelo metabolismo hepático.

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18. PROTOCOLO: FAM OU IFAM

Medicamentos:

Doxorrrubicina, Fluoruracila e Mitomicina

Ordem de Infusão:

1º Doxorrubicina

2º Fluoruracila

3º Mitomicina

Justificativa:

A única interação medicamentosa presente é com relação a Doxorrubicina e

Mitomicina, em que a administração concomitante pode aumentar a cardiotoxicidade do

tratamento. Mitomicina possui compatibilidade físico-química com Doxorrubicina e

Fluoruracila para administrar em dispositivos de infusão múltipla via (Y), porém

Doxorrubicina e Fluoruracila possuem compatibilidade em potencial.

A Fluoruracila é um medicamento ciclo específico e Doxorrubicina e Mitomicina

possuem ação vesicante e Fluoruracila possui característica de irritação tecidual e do

endotélio vascular.

Não existem estudos que nos tragam dados a cerca de uma possível alteração cinética

entre estes medicamentos. Nesse sentido, optou-se pela infusão de Doxorrubicina e

Mitomicina intercaladas por mais espaçados, espera-se teoricamente, menos

cardiotoxicidade. Além disso, esta ordem permite que o medicamento ciclo especifico

anteceda ao menos um dos medicamentos ciclo não especifico.

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19. PROTOCOLO: FAM2

Medicamentos:

Citarabina, Fludarabina e Mitoxontrona

Ordem de Infusão:

1º Citarabina (24 horas de infusão)

2º Mitoxontrona (4,5 horas após inicio da Citarabina)

3º Fludarabina (5 horas após o inicio da Citarabina)

Justificativa:

O esquema abordado conta com fonte potencialização dos medicamentos entre si, o uso

da Fludarabina pode gerar aumento da citotoxidade da Citarabina e aumento da atividade da

Mitoxontrona. Todos os medicamentos possuem compatibilidade físico-química para infusão

em dispositivo de infusão múltipla via (Y).

Mitoxontrona é um medicamento ciclo não especifico, enquanto Citarabina e

Fludarabinba são ciclo especifico. Mitoxontrona possui ação de vesicante tecidual e do

endotelio vascular. Existem relatos de pontecialização da ação quando se utiliza Fludarabina

seguida por Prebet et al (2004), em que se inicia a infusão por Citarabina (24horas de

infusão), seguida de Mitoxontrona (30minutos de infusão iniciando 270 minutos após inicio

da Citarabina) e Fludarabina (Logo após Mitoxontrona - 5 horas após inicio da Citarabina)

Essa ordem inicia-se com a infusão de um medicamento ciclo especifico (Citarabina),

em infusão prolongada (24horas). Mitoxontrona, segundo medicamentos de esquema, deve

ter sua infusão iniciada 4,5 horas após o inicio da ação da Citarabina. Ao iniciar a

administração dos medicamentos de infusão intermitente, começa-se pelo medicamento

vesicante, só depois sendo infundido a Fludarabina.

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20. PROTOCOLO: FLOX

Medicamentos:

Ácido Folímico, Fluoruracila e Oxaliplatina

Ordem de Infusão:

1º Oxaliplatina

2º Ácido Folímico (em Y)

3º Fluoruracila

Justificativa:

Não foi relatada interação na utilização destes medicamentos. Ácido Folímico possui

compatibilidade físico-química para administração em dispositivos de infusão múltipla via

(Y) com Oxaliplatina e Fluoruracila, porem a compatibilidade entre Fluoruracila e

Oxaliplatina não foi testada, devendo ser interpretada como uma incompatibilidade em

potencial.

A pré administração de Ácido Folímico potencializa a ação do Fluoruracila. Fluoruracila

é ciclo especifico, enquanto Oxaliplatina é não especifico e ambos possuem características de

irritação tecidual e do endotélio vascular.

Oxaliplatina possui um efeito de inibir a principal enzima responsável pelo

metabolismo tecidual do Fluoruracila, sendo comparado o sinergismo quando o paciente

recebe Oxaliplatina antes da Fluoruracila. Desta forma, para otimizar o tempo de infusão e o

tratamento, sugere-se iniciar a infusão pela Oxaliplatina concomitante com Ácido Folímico,

em dispositivo de infusão múltipla via (Y).

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21 . PROTOCOLO: FOLFORI

Medicamentos:

Irinotecano, Ácido Folimico e 2(Duas) Infusões de Fluoruracila, 1(Uma) em Bólus e outra em

infusão Contínua

Ordem de Infusão:

1º Irinotecano e Ácido Folímico (em Y)

2º Fluoruracila (Bólus)

3º Fluoruracila (Infusão Contínua)

Justificativa:

Não foi relatada nenhuma interação medicamentosa grave destes medicamentos. Ácido

Folímico possui compatibilidade físico-química para administração em dispositivos de

infusão múltipla via (Y) com Irinotecano e Fluoruracila, contudo, Fluoruracila e Irinotecano

são incompativeis.

A pré-administração de Ácido Folímico potencializa a ação do Fluoruracila. Fluoruracila

e Irinotecano são medicamentos ciclo específicos e possuem características de irritações

tecidual e do endotélio vascular.

Estudos mostram que pode haver uma importante alteração dos dados cinéticos do

Irinotecano se infundido após Fluoruracila, sendo que a administração do Irinotecano antes

do Fluoruracila produz o perfil com menos toxidade.

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22. PROTOCOLO: FOLFOX – 4 (QUATRO) E 6 (SEIS)

Medicamentos:

Ácido Folímico, Oxaliplatina e 2 (Duas) Infusões de Fluoruracila, 1 (Uma) em Bólos e outra

em infusão contínua

Ordem de Infusão:

1º Oxaliplatina e Ácido Folímico (em Y)

2º Fluoruracila (Bólus)

3º Fluoruracila (Infusão contínua)

Justificativa:

Não foi relatada nenhuma interação medicamentosa grave entre os 3 (três)

medicamentos. Ácido Folímico possui compatibilidade físico-química para administração em

dispositivo de infusão múltipla via (Y)com Oxaliplatina e Fluoruracila, a compatibilidade

entre Fluoruracila e Oxaliplatina não foi testada, devendo ser interpretada como uma

incompatibilidade em potencial.

A pré-adinistração de Ácido Folímico potencializa a ação do Fluoruracila. Fluoruracila

é ciclo especifico, enquanto Oxaliplatina é não especifico. Fluoruracila e Oxaliplatina

possuem características de irritação tecidual e do endotélio vascular.

Oxaliplatina possui o efeito de inibir a principal enzima responsável pelo metabolismo

tecidual do Fluoruracila, sendo comprovado o sinergismo quando o paciente recebe

Oxaliplatina antes da Fluoruracila.

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23. PROTOCOLO: FOLFOXIRI

Medicamentos:

Ácido Folímico, Irinotecano, Oxaliplatina e 2 (Duas) infusões de Fluoruracila, 1 (Uma) em

Bólus e outra em infusão contínua

Ordem de Infusão:

1º Irinotecano

2º Oxaliplatina e Ácido Folímico (em Y)

3º Fluoruracila (Bólus)

3º Fluoruracila (Infusão contínua)

Justificativa:

Não foi relatada nenhuma interação medicamentosa entre os medicamentos citados. O

Ácido Folímico possui compatibilidade físico-química para administração em dispositivos de

infusão múltipla via (Y) com Oxaliplatina, Irinotecano e Fluoruracila. Bem como Oxaliplatina

e Irinotecano são compatíveis Fluoruracila e Irinotecano são incompatíveis. Fluoruracila e

Irinotecano são incompatíveis para administração em dispositivos de infusão múltipla via

(Y), e a compatibilidade entre Fluoruracila e Oxaliplatina não foi testada, devendo ser

interpretada como uma incompatibilidade em potencial.

Irinotecano e Fluoruracila são medicamentos ciclo específico, enquanto Oxaliplatina é

não específico. Estes 3 (Três) medicamentos possuem características de irritação tecidual e

do endotélio vascular.

De modo geral, a pré-administração de Ácido Folímico potencializa a ação do

Fluoruracila. O Irinotecano tem seu perfil cinético mais seguro quando administrado antes

do Fluoruracila. E a Oxaliplatina potencializa os efeitos da Fluoruracila se infundido antes

destes medicamentos. E por fim, estudos demonstram que pode haver um aumento dos

efeitos colaterais colinergicos do Irinotecano quando ele é administrado após Oxaliplatina.

Com isso, a sugestão para ordem de infusão, é Irinotecano, seguido por Oxaliplatina e Ácido

Folímico concomitante em dispositivo de infusão múltipla via(Y) por Fluoruracila em Bólus e

Fluoruracila infusão contínua.

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24. PROTOCOLO: ICE

Medicamentos:

Carboplatina, Etopósideoe Ifosfamida

Ordem de Infusão:

1º Etoposideo

2º Ifosfamnida

3º Carboplatina

Justificativa:

Não foi relatada nenhuma interação grave entre esses medicamentos. Todos os

medicamentos possuem compatibilidade físico-químico entre si, para administração em

dispositivo de infusão multipla via (Y).

Carboplatina e Ifosfamida são medicamentos ciclo não específico, e Etoposideo e

Ifosfamida possuem características de irritação tecidual e do endotélio vascular. Ifosfamida é

uma pró-droga, ou seja, necessita ser metabolizada no fígado para se tornar ativa. De modo

similar ao que ocorre com a Cisplatina, a Carboplatina possui efeito de diminuir o clearance

renal de alguns medicamentos, dentre eles do Etoposideo. A administração do Etoposideo

antes da Ifosfamida pode apresentar menor toxidade do pico da concentração do Etoposideo

antes da ativação máxima da Ifosfamida.

25. PROTOCOLO: IROX

Medicamentos:

Irinotecano e Oxaliplatina

Ordem de Infusão:

1º Irinotecano

2º Oxaliplatina

Justificativa:

Não há nenhuma interação medicamentosa grave entre esses medicamentos. Os

medicamentos possuem compatibilidade físico-química entre si para administração em

dispositivos de infusão múltipla via (Y).

O Irinotecano é um medicamento ciclo específico, enquanto Oxaliplatina é não ciclo

específico. Sendo que os 2 (Dois) medicamentos possuem características de irritação tecidual

e do endotélio vascular.

Existem alguns estudos que demonstram que pode haver um aumento dos efeitos

colaterais colinérgicos do Irinotecano quando é administrado após Oxaliplatina.

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26. PROTOCOLO: MVAC

Medicamentos:

Cisplatina, Doxorrubicina, Metotrexato e Vimblastina

Ordem de Infusão:

1º Vimblastina

2º Metotrexato

3º Doxorrubicina

4º Cisplatina

Justificativa:

A única interação medicamentosa relatada na utilização desses medicamentos é entre

Cisplatina e Doxorrubicina, sendo considerada uma interação grave com longo período de

latência, em que pode ocorrer o aumento do risco de leucemia secundaria ao tratamento.

Todos os medicamentos possuem compatibilidade físico-química entre si para administração

e dispositivos de infusão multipla via (Y).

Metotrexato e Vimblastina são medicamentos ciclo específicos, enquanto Cisplatina e

Doxorrubicina são não específicos. Doxorrubicina e Vimblastina possuem ação vesicante, e

Cisplatina possui características de irritação tecidual e do endotélio vascular. Poucas são as

evidências concretas de alteração da cinetica neste esquema terapeutico. Dados cinéticos dos

medicamentos isolados mostram que Metotrexato possui importante excreção renal, que

Vimblastina e Doxorrubicina possuem metabolismos hepático como principal forma de

inativação no citocromo P450 e que Cisplatina, em razão de sua possível alteração da

clearance renal, possui teoricamente maior segurança quando administrado por último. Por

essas razões, sugere-se iniciar a infusão com um medicamento vesicante, preferencialmente

ciclo especifico (Vimblastina), antes de infundir Doxorrubicina pode-se realizar a infusão do

Metotrexato, que além de ser ciclo específico possibilita um intervalo entre Vimblastina e

Doxorrubicina, fato que pode contribuir para o metabolismo hepático. E por último, a

Cisplatina, que pode alterar a velocidade de excreção dos demais fármacos se administrada

antes.

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27. PROTOCOLO: R - ABVD

Medicamentos:

Rituximabe, Vimblastina, Doxorrrubicina, Bleomicina e Dacarbazina

Ordem de Infusão:

1º Rituximabe

2º Vimblastina

3º Doxorrubicina

4º Bleomicina

5º Dacarbazina

Justificativa:

O Rituximabe faz parte do grupo de medicamentos denominados Anticorpos

Monodonais, dada a sua constituição e ele apresenta elevado índice de reações infusionais,

em especial a primeira infusão. Não foi encontrada nenhuma interação medicamentosa grave

entre os medicamentos.

O Rituximabe é um medicamento que ativa especificamente em células com sinergismo

teórico.

Observa-se que Rituximabe possui incompatibilidade físico-química com

Doxorrubicina, fato que não oferece risco no referido esquema, uma vez que tem sua

administração intercalada tanto no primeiro ciclo como nos seguintes. Rituximabe é

compatível com Vimblastina e não há informações disponíveis sobre sua compatibilidade

com Dacarbazina.

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28. PROTOCOLO: R - CHOP

Medicamentos:

Rituximabe, Vincristina, Doxorrubicina, Ciclofosfamida e Prednisona Oral para manhã

Ordem de Infusão:

Opção Nº 01

1º Rituximabe

2º Doxorrubicina

3º Ciclofosfamida

4º Vincristina

5º Prednisona Oral pela manhã

Opção Nº 02

1º Rituximabe

2º Vincristina

3º Doxorrubicina

4º Ciclofosfamida

5º Prednisona Oral pela manhã

Justificativa:

Esse protocolo é uma variação do CHOP, em que é mais detalhe sobre a ordem de infusão dos demais medicamentos vide esquema CHOP. Não foi encontrada nenhuma interação medicamentosa grave entre os medicamentos. Rituximabe possui incompatibilidade físico-química com Doxorrubicina, mas é compatível com Ciclofosfamida e Vincristina para administração em dispositivos de infusão múltipla via (Y). Sendo o Rituximabe um anticorpo monoclonal, com ação específica nas células em que ativa sua infusão inicial e desejada para otimização da terapia.

Conforme foi feito com o seguinte esquema CHOP, para o R-CHOP sugerimos as duas

opções de protocolos de infusão, sendo que temos mais dados científicos de segurança para a opção 2 (dois), uma vez que a Vincristina e Rituximane são compatíveis para administração em dispositivos de infusão múltipla via (Y), e logo, infusões subseqüentes praticamente não apresentam riscos de precipitações, embora seja recomendado a lavagem do sistema de infusão após a infusão de cada medicamento.

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29. PROTOCOLO: VAC COM DACTINOMICINA

Medicamentos:

Vincristina, Dactinomicina e Ciclofosfamida

Ordem de Infusão:

1º Vincristina

2º Dactinomicina

3º Ciclofosfamida

Justificativa:

Não foi relatada nenhuma interação medicamentosa grave entre esses medicamentos.

Em relação à compatibilidade físico-química para administração em dispositivo de infusão

múltipla via (Y), todos os medicamentos são compatíveis entre si.

Vincristina possui atuação ciclo específica no ciclo celular, enquanto Ciclofosfamida e

Dactinomicina são ciclo não específico. Dactinomicina e Vincristina possuem ação vesicante

do endotélio vascular e tecidos. Poucas são as evidencias concretas de alteração da cinética

nesse esquema terapêutico. De modo separado, Ciclofosfamida e Vincristina possuem

metabolismo hepático, contudo, o metabolismo da Dactinomicina ainda é desconhecido,

embora apresente excreção renal e biliar com importante acumulo de tecidos. Com isso,

sugere-se iniciar a infusão por Vincristina, seguida de Dactinomicina e Ciclofosfamida. Essa

ordem possibilita que o medicamento ciclo especifico seja administrado inicialmente, bem

como os dois medicamentos vesicantes. Adicionalmente, a Dactinomicina intercalada com

Vincristina e Ciclofosfamida, pode diminuir a competição pelo metabolismo hepático entre

2(dois) últimos.

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30. PROTOCOLO: VAC COM DOXORRUBICINA

Medicamentos:

Ciclofosfamida, Doxorrubicina e Vincristina

Ordem de Infusão:

1º Vincristina

2º Doxorrubicina

3º Ciclofosfamida

Justificativa:

A única interação medicamentosa encontrada nesse protocolo é entre Doxorrubicina e

Ciclofosfamida, em que a administração concomitante pode aumentar a cardiotoxicidade do

tratamento; contudo, Vincristina pode ter seu metabolismo alterado quando administrado

após medicamentos indutores do Citocromo P450. Com relação à compatibilidade físico-

química para administração em dispositivo de infusão múltipla via (Y), todos os

medicamentos são compatíveis entre si.

Vincristina possui atuação ciclo específica no ciclo celular, enquanto Ciclofosfamida e

Doxorrubicina são ciclo não específico. Doxorrubicina e Vincristina possuem ação vesicante

do endotélio vascular e tecidos.

Justificativa: Esse protocolo é uma variação do CHOP, em que é mais detalhe sobre a

ordem de infusão dos demais medicamentos vide esquema CHOP. Não foi encontrada

nenhuma interação medicamentosa grave entre os medicamentos. Rituximabe possui

incompatibilidade físico-química com Doxorrubicina, mas é compatível com Ciclofosfamida e

Vincristina para administração em dispositivos de infusão múltipla via (Y). Sendo o

Rituximabe um anticorpo Monoclonal, com ação específica nas células em que ativa sua

infusão inicial e desejada para otimização da terapia.

Conforme foi feito com o seguinte esquema CHOP, para o R-CHOP sugerimos as duas

(Duas) opções de protocolos de infusão, sendo que temos mais dados científicos de

segurança para a opção duas (Dois), uma vez que a Vincristina e Rituximabe são compatíveis

para administração em dispositivos de infusão múltipla via (Y), e logo, infusões subsequentes

praticamente não apresentam riscos de precipitações, embora seja recomendada a lavagem

do sistema de infusão após a infusão de cada medicamento.

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31. PROTOCOLO: R - COP ou R - CVP

Medicamentos:

Rituximabe, Vimcristina, Ciclofosfamida e uso de Prednisona Oral para manhã

Ordem de Infusão:

1º Rituximabe

2º Vincristina

3º Ciclofosfamida

4º Prednisona Oral pela manhã

Justificativa:

Esse protocolo é uma variação do COP (ou CUP), em que é acrescentado o medicamento

Rituximabe, para mais detalhes sobre a ordem de infusão dos demais medicamentos vide

esquema COP. Não foi encontrada nenhuma interação medicamentosa grave entre os

medicamentos. Rituximabe possui incompatibilidade físico-química com Ciclofosfamida e

Vincristina para administração em dispositivos de infusão múltipla via (Y).

Sendo o Rituximabe um anticorpo monoclonal com ação específica nas células em que

ativa, sua infusão inicial é desejada para otimização da teoria.

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32. PROTOCOLO: TAC

Medicamentos:

Ciclofosfamida, Docetaxel e Doxorrubicina

Ordem de Infusão:

1º Docetaxel

2º Doxorrubicina

3º Ciclofosfamida

Justificativa:

Esse protocolo apresenta duas (Duas) importantes interações medicamentosas:

01 - Docetaxel e Doxorrubicina, que pode resultar em icterícia colestática e colite

pseudomembranosa.

02 - Doxorrubicina e Ciclofosfamida, pois a administração concomitante pode aumentar a

cardiotoxicidade do tratamento. Com a relação à compatibilidade físico-química todos os

medicamentos são compatíveis entre si para administração em dispositivos de infusão

múltipla via (Y). Docetaxel é medicamento ciclo específico, enquanto Ciclofosfamida e

Doxorrubicina são considerados como ciclo não específico. Doxorrubicina possui ação

vesicante tecidual e do endotélio vascular, este dado ainda não e claro para Docetaxel, que

alem de ter ação irritante, pode apresentar ação vesicante.

Pode haver uma possível interação entre Ciclofosfamida e Doxorrubicina, por essa razão,

considera-se mais segura à administração de Doxorrubicina primeiro. O mesmo fato pode

ocorrer com Docetaxel diminui a velocidade de ativação da Ciclofosfamida, e

consequentemente melhora seu perfil de segurança.

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33. PROTOCOLO: TIP

Medicamentos: Cisplatina, Ifosfamida, Mesna e Paclitaxel

Ordem de Infusão: 1º Paclitaxel 2º Ifosfamida e Mesna*

3º Ciclofosfamida 4º Mesna *50 % da dose na primeira administração e 25% nas administrações seguintes.

Justificativa: Esse protocolo possui duas (Duas) importantes interações medicamentosas:

01 - Paclitaxel e Cisplatina, em que pode haver aumento das concentrações de Placlitaxel no plasma, em razão da diminuição do clearance renal do mesmo a Cisplatina podem aumentar

a nefrotoxidade quando associada à Ifosfamida. Com relação à combinação de infusão físico-química, todas as combinações de infusão são compatíveis entre sua estabilidade testada, devendo ser interpretada como incompatibilidade em potencial.

Paclitaxel é um medicamento com atuação ciclo especíifico, enquanto Cisplatina e Ifosfamida são não específicos. Paclitaxel possui ação vesicante e Cisplatina e Ifosfamida possuem ação irritante tecidual e do endotélio vascular.

Em razão da interação medicamentosa existente, é recomendado que Paclitaxel seja

administrado antes da Cisplatina para diminuir a toxidade. Em teoria, a administração de Ifosfamida, que é uma pró-droga, após Paclitaxel traria melhor perfil de segurança, em razão de sua ativação mais lenta. Não existem estudos que cursem sobre esta interação, contudo, ha maior toxidade da Ciclofosfamida quando se administrada Paclitaxel primeiro. Estudo, em vitro utilizando Ifosfamida ativa e Paclitaxel demonstrou antagonismo de efeito quando o Paclitaxel era administrado por último. Essa informação pode orientar que a infusão do presente protocolo ocorre com Paclitaxel sendo infundido primeiro, porem, temos que observar que o estudo foi in vitro, ou seja, extrapolação para a prática clinica precisam ser

cautelosas. Outro ponto a ser observado é que o teste in vitro utiliza Ifosfamida em sua forma ativa, e a forma que administram, é uma pró-droga que precisa sua ativação, fato que o corre ao longo da infusão, e não de forma instantânea.

Devido à contradição das evidências disponíveis, é necessário optar por uma ordem. Em razão disso, o possível aumento teórico na segurança não justifica a infusão da Ifosfamida antes do Paclitaxel, uma vez que um possível efeito de antagonismo da ação seria muito pior ao tratamento.

Dessa forma, iniciar a ordem de infusão com Paclitaxel, seguido por Ifosfamida e Mesna (Sendo o tempo de infusão da Mesna variável de acordo com o protocolo), e Cisplatina. Com relação à infusão de Mesna é importante que a dose total (preferencialmente 100% da dose da Ifosfamida sejam fracionadas em três administrações de 50%, 25% e 25%). A primeira dose deve sempre ser administrada em conjunto, ou ao início, da Ifosfamida. As outras doses devem ser administradas em três e seis horas, ou em quatro e oito horas após o inicio da administração da Ifosfamida. Caso seja solicitada a administração de Mesna por via Oral, deve-se recalcular a dose levando em consideração uma biodisponibilidade de

aproximadamente 50%.

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34. PROTOCOLO: VAD

Medicamentos:

Dexametasona, Doxorrubicina e Vincristina

Ordem de Infusão:

1º Vincristina

2º Doxorrubicina

3º Dexametasona pela manhã

Justificativa:

Não existe nenhuma interação medicamentosa grave entre esses medicamentos. Em

relação à compatibilidade físico-química para administração em dispositivo de infusão

múltipla via (Y), Doxorrubicina e Vincristina são compatíveis entre si.

Vincristina possui ação ciclo específica no ciclo celular. Doxorrubicina e Vincristina

possuem ação vesicante do endotélio vascular e tecidos. Dexametasona é um medicamento

com ação imunomoduladora, não se enquadrando na classificação quanto à atuação no ciclo

celular.

Dexametasona interfere no ciclo circadiano do cortisol no organismo humano, em

razão disso sua administração deve ser realizada preferencialmente pela manhã durante aos

dias de tratamento. Originalmente esse esquema foi concebido para que se realize infusão

continua de Doxorrubicina e Vincristina, contudo, em razão do risco prolongado de

extravasamento (são medicamentos vesicantes) e taxas de resposta semelhantes, muitos

serviços podem optar por administrar essas medicações em infusão curta.

Se realizada infusão sequencial recomenda-se que se inicie pela Vincristina seguida de

Doxorrubicina, assim ciclo específico é administrado antes e pode haver uma menor

interferência no metabolismo da Vincristina.

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35. PROTOCOLO: ÁCIDO FOLÍMICO E FLUORURACILA

Ordem de Infusão:

1º Ácido Folímico

2º Fluoruracila Justificativa:

Não foi relatada nenhuma interação medicamentosa entre esses medicamentos. Ácido

Folímico possui compatibilidade físico-química para administração e dispositivo de infusão

múltipla via (Y), com Fluoruracila.

Fluoruracila atua no ciclo celular de modo específico, e possui característica de

irritação tecidual e do endotélio vascular. O Ácido Folímico age como um potencializador, e

não apresenta evidencias de lesão ou irritação tecidual ou do endotélio vascular.

Em razão da potencialização da ação da Fluoruracila acusada pelo Ácido Folímico, a

ordem de infusão é bem estabelecida, sendo ideal iniciar com Ácido Folímico e depois seguir

a infusão da Fluoruracila. Contudo, o intervalo de tempo entre os medicamentos, necessário

para melhor otimização do tratamento, ainda não é bem estabelecido. Esse tempo depende

da forma farmacêutica de administração do Ácido Folímico. (Comprimido ou EV), sendo

aconselhável um intervalo de ao menos 30(trinta) minutos após administração da forma

farmacêutica comprimido, ou pode ser administrada imediatamente antes do Fluoruracila se

o Ácido Folímico for EV.

36. PROTOCOLO: ÁCIDO FOLÍMICO E METOTREXATO

Ordem de Infusão:

1º Metotrexato

2º Ácido Folímico Justificativa:

Não possui nenhuma interação medicamentosa entre esses medicamentos. Com relação

à estabilidade físico-química para infusão em dispositivo de infusão múltipla via (Y), Ácido

Folímico é compatível com Metotrexato.

Metotrexato, com relação à fase do ciclo celular de atuação é classificado como ciclo

especifico.

O Metotrexato possui como mecanismo de ação a inibição da enzima di-hidrofolato

redutase, impedindo assim a redução de dihidrofolato em tetrahidrofalato ativo. Em

esquema terapêuticos que empregam altas doses de Metrotexato deve-se, dentro de até

42(Quarenta e duas) horas, realizar o resgate com ácido Folímico. Grande parte dos

esquemas possui doses fixas e intervalos bem delimitados, contudo, a monitorização dos

níveis sérios do Metotrexato é o melhor parâmetro para definição de doses e intervalos para

o resgate.

A ordem de infusão é muito bem estabelecida na hidratação, e de acordo com o

protocolo, após um intervalo de tempo, visualmente não inferior a 24(Vinte e quatro) horas,

se inicia o resgate com o Ácido Folímico.

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37. PROTOCOLO: CARBOPLATINA E DOCETAXEL

Ordem de Infusão:

1º Docetaxel

2º Carboplatina Justificativa:

Não consta nenhuma interação medicamentosa grave entre esses medicamentos,

estudos observacionais indicam haver aumento da toxidade quando se administra

Carboplatina seguida de Docetaxel. Com relação à compatibilidade físico-química para

administrar em dispositivo de infusão múltipla via (Y), os medicamentos são compatíveis

entre si.

Docetaxel é ciclo específico, enquanto Carboplatina é ciclo não especifico.

Carboplatina possui efeito de diminuir a clearance renal de alguns medicamentos

embora não se saiba se este efeito ocorre com o Docetaxel, considera-se que a infusão inicie

com Docetaxel (possível vesicante), seguida por Carboplatina, fato que ainda permite que o

medicamento ciclo especifico seja administrado inicialmente.

38. PROTOCOLO: CARBOPLATINA E ETOPOSIDEO

Ordem de Infusão:

1º Etoposideo

2º Carboplatina

Justificativa:

Não consta nenhuma interação medicamentosa grave entre esses medicamentos. Eles

apresentam compatibilidade físico-química entre si para administração em dispositivo de

infusão múltipla via (Y). Carboplatina é um medicamento ciclo não específico, enquanto

Etoposideo é ciclo específico. Etoposideo e Carboplatina possuem características de irritação

tecidual e do endotélio vascular. Levando em consideração possível alteração no clearance

renal do Etoposideo a ativação no ciclo celular, sugere-se que a infusão inicie com

Etoposideo, seguida de Carboplatina.

39. PROTOCOLO: CARBOPLATINA E IFOSFAMIDA

Ordem de Infusão:

1º Ifosfamida

2º Carboplatina

Justificativa:

Não há relatos de interação medicamentosa grave entre esses medicamentos. Eles são

compatíveis entre si para administração em dispositivo de infusão múltipla via (Y).

Carboplatina e Ifosfamida são medicamentos ciclo não específico, e com ação irritante

do endotélio vascular e tecido.

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40. PROTOCOLO: CARBOPLATINA E PLACLITAXEL

Ordem de Infusão:

1º Paclitaxel

2º Carboplatina

Justificativa:

Não apresenta nenhuma interação medicamentosa grave entre esses medicamentos.

Eles apresentam compatibilidade físico-química entre si para administração e dispositivo de

infusão múltipla via (Y).

Carboplatina é um medicamento ciclo não específica, enquanto Paclitaxel é ciclo

específico possui ação vesicante e Carboplatina ação irritante tecidual e do endotélio

vascular. A clearance renal de alguns medicamentos, embora não se saiba ao certo o

mecanismo, essa interação pode alterar a depuração do Paclitaxel.

Levando em consideração possível alteração no clearance renal do Paclitaxel, atuação

no ciclo celular e possível lesão tecidual sugere-se que a infusão inicie com Paclitaxel,

seguido de Carboplatina.

41. PROTOCOLO: CICLOFOSFAMIDA E DOCETAXEL

Ordem de Infusão:

1º Docetaxel

2º Ciclofosfamida

Justificativa:

Não há nenhuma interação grave entre esses medicamentos. Ciclofosfamida e

Docetaxel possuem compatibilidade físico-química para administração em dispositivo de

infusão múltipla via (Y).

Docetaxel é um medicamento ciclo específico, enquanto Ciclofosfamida é ciclo não

específico. Docetaxel possui ação irritante e relato vascular vesicante tecidual e do endotélio

vascular. Pode haver uma possível interação entre Docetaxel e Ciclofosfamida, em que a

administração do Docetaxel primeiro diminui a velocidade de ativação da Ciclofosfamida, e

consequentemente melhora seu perfil de segurança. Conforme toda essa informação sugere-

se a ordem de infusão citada acima.

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42. PROTOCOLO: CICLOFOSFAMIDA E FLUDARABINA

Ordem de Infusão:

1º Fludarabina

2º Ciclofosfamida

Justificativa:

Em relação à compatibilidade físico-química para administração em dispositivo de

infusão via (Y), os medicamentos são compatíveis entre si.

Fludarabina é um medicamento ciclo não especfico, enquanto Ciclofosfamida é ciclo

não específico. Com relação à lesão endotelial e tecidual estes medicamentos não são

considerados como vesicantes ou irritantes.

Não há na literatura clareza sobre possível alteração no perfil cinético na administração

desse protocolo, e uma vez que os mecanismos de metabolismo para ativação e excreção são

distintos. Contudo, sugere-se iniciar pelo medicamento ciclo especifico, no caso, Fludarabina,

seguido de Ciclofosfamida.

43. PROTOCOLO: CICLOFOSFAMIDA E ETOPOSIDEO

Ordem de Infusão:

1º Etoposideo

2º Ciclofosfamida

Justificativa:

Não há relatos de interação medicamentosa grave entre esses medicamentos. Com

relação à estabilidade físico-química para administração em dispositivo de infusão múltipla

via (Y), Ciclofosfamida e Etoposideo são compatíveis. Etoposideo possui características de

irritação tecidual e do endotélio vascular. Em relação à fase do ciclo celular que ativa

Etoposideo é ciclo específico, enquanto Ciclofosfamida é ciclo inespecífico.

Considerando essas informações, a ordem sugerida é iniciar com Etoposideo, que tanto

é irritante como ciclo específico, e depois infundir Ciclofosfamida, que é ciclo inespecífico.

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44. PROTOCOLO: CISPLATINA E DOCETAXEL

Ordem de Infusão:

1º Docetaxel

2º Cisplatina

Justificativa:

Os medicamentos acima citados possuem uma interação medicamentosa considerada

moderada, em que pode ocorrer o aumento do risco de neuropatia na utilização

concomitante. Em relação à estabilidade físico-química para administração em dispositivo de

infusão múltipla via (Y), Cisplatina e Docetaxel são compatíveis.

Docetaxel é ciclo específico e Cisplatina é não específico. Cisplatina é um medicamento

com características de irritação tecidual e do endotélio vascular enquanto Docetaxel pode

apresentar ação vesicante.

Sugere-se que o medicamento vesicante seja administrado primeiro, e depois o

irritante.

45. PROTOCOLO: CISPLATINA E DORRUBICINA

Ordem de Infusão:

1º Doxorrubicina

2º Cisplatina

Justificativa:

Não há nenhuma interação medicamentosa grave entre esses medicamentos. Com

relação à estabilidade físico-química para administração em dispositivo de infusão múltipla

via (Y), Cisplatina e Doxorrubicina são compatíveis. Doxorrubicina e Cisplatina são

compatíveis.

Doxorrubicina e Cisplatina são medicamentos que possuem, respectivamente, ação

vesicante e de irritação tecidual e do endotelio vascular.

Com relação à fase de ativação os dois fármacos são considerados ciclo não especifico.

Sugere-se que o medicamento vesicante seja administrado primeiro, que o irritante.

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46. PROTOCOLO: CISPLATINA E ETOPOSIDEO

Ordem de Infusão:

1º Etoposideo

2º Cisplatina

Justificativa:

Esses medicamentos apresentam compatibilidade físico-química para infusão em

dispositivos de infusão múltipla via (Y), e não relatada nenhum interação medicamentosa

grave no uso desse protocolo.

Etoposideo é um medicamento ciclo específico, enquanto Cisplatina é ciclo não

especifico, sendo que ambos possuem características de irritação tecidual e do endotélio

vascular.

Em razão da alteração de excreção do Etoposideo, bem como por este ser ciclo

específico recomenda-se iniciar a infusão com Etoposideo, seguido por Cisplatina.

47. PROTOCOLO: CISPLATINA E GENCITABINA

Ordem de Infusão:

1º Cisplatina

2º Gencitabina

Justificativa:

Os medicamentos citados acima apresentam compartilham físico-química para infusão

em dispositivo de infusão múltipla via (Y), e não em dispositivo é relatada nenhuma

interação medicamentosa grave entre si.

Gencitabina é um medicamento ciclo especifico, enquanto Cisplatina é ciclo não

específico. Cisplatina possui características de irritação tecidual e do endotélio vascular.

Embora Cisplatina possua efeito sobre a excreção de diversos medicamentos, este

efeito parece não ocorrer com a Gencitabina. Sugere-se iniciar a infusão por Cisplatina,

seguida de Gencitabina.

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48. PROTOCOLO: CISPLATINA, GENCITABINA E PACLITAXEL

Ordem de Infusão:

1º Paclitaxel

2º Cisplatina

3º Gencitabina

Justificativa:

Os medicamentos relacionados acima apresentam compatibilidade físico-química para

infusão em dispositivo de infusão múltipla via (Y). Paclitaxel e Cisplatina apresentam, uma

irritação medicamentosa grave, em que pode haver aumento das concentrações de Paclitaxel

no plasma, em razão da diminuição do clearance renal do mesmo.

Gencitabina e Paclitaxel são medicamentos ciclo específico. Paclitaxel possui ação

vesicante e Cisplatina possui ação irritante tecidual e do endotélio vascular. É recomendado

que o Paclitaxel seja administrado antes da Cisplatina para diminuir a toxidade e que

Paclitaxel anteceda Gencitabina.

Sugere-se que a ordem de infusão seja iniciada com Paclitaxel, seguido de Cisplatina e

Gencitabina. O uso dessa sequência permite que o medicamentos vesicante seja administrada

primeiro, e depois o irritante.

49. PROTOCOLO: CISPLATINA E IFOSFAMIDA

Ordem de Infusão:

1º Ifosfamida e Mesna*

2º Cisplatina

3º Mesna

Justificativa:

Não existe nenhuma interação medicamentosa grave entre esses medicamentos e eles

apresentam compatibilidade físico-química entre si para administração em dispositivo de

infusão múltipla via (Y).

Cisplatina e Ifosfamida são medicamentos ciclo não especifico, e com características de

irritação tecidual e do endotélio vascular. Dependo da dose administrada de Ifosfamida, é

necessária a infusão de Mesna. É importante ressaltar que Cisplatina e Mesna não possuem

testes de estabilidade físico-química para administração em dispositivo de infusão múltipla

via (Y).

A Cisplatina altera a eliminação e toxicidade de diversos medicamentos, incluindo a

Ifosfamida, que pode apresentar maior toxicidade se administrada após Cisplatina. Contudo,

sugere-se que a ordem mais segura seja administrada Ifosfamida seguida da Cisplatina. * Caso prescrita, deve seguir recomendações de infusão discutidas no esquema Ifosfamida e

Mesna e o sistema de infusão deve ser adequadamente lavar antes e após a administração

da Cisplatina.

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50. PROTOCOLO: CISPLATINA E IRINOTECANA

Ordem de Infusão:

1º Irinotecano

2º Cisplatina

Justificativa:

Não existe nenhuma interação medicamentosa grave entre esses medicamentos e eles

apresentam compatibilidade físico-química entre si para administração em dispositivo de

infusão múltipla via (Y).

Irinotecano é um medicamento ciclo específico, enquanto Cisplatina é ciclo não

específico. Os dois medicamentos citados apresentam características de irritação tecidual e

do endotélio vascular. Como não existe estudo que informe a ordem de administração destes

medicamentos com maior tocixidade. Com isso, devido à lógica de possível alteração da

excreção provocada pela Cisplatina em diversos fármacos, sugere-se iniciar a infusão com

Irinotecano e depois Cisplatina.

51. PROTOCOLO: CISPLATINA E PACLITAXEL

Ordem de Infusão:

1º Paclitaxel

2º Cisplatina

Justificativa:

O protocolo citado possui uma importante interação medicamentosa, podendo haver

aumento das concentrações de Paclitaxel no plano, em razão da diminuição do clearance

renal do Mesna. Existe a compatibilidade físico-química entre esses dois medicamentos e

pode ser feita a infusão em dispositivos de infusão múltipla via (Y). O Paclitaxel é um

medicamento ciclo específico a Cisplatina é ciclo não específico. Paclitaxel possui ação

vesicante e Cisplatina possui ação irritante tecidual e do endotélio vascular. Devido à

interação medicamentosa existente, é recomendada a infusão primeira do Paclitaxel e em

seguida a Cisplatina para que ocorra a diminuição da toxidade.

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52. PROTOCOLO: CISPLATINA E VINORELBINA

Ordem de Infusão:

1º Vinorelbina

2º Cisplatina

Justificativa:

Existe uma importante interação medicamentosa entre esses dois medicamentosos.

A Ciplastina pode alterar a excreção da Vinorelbina e ocasionar aumento da tocixidade,

em especial granulocitopenia. Com relação à compatibilidade físico-química, esses

medicamentos são compatíveis entre si. Para infusão em dispositivo de infusão múltipla via

(Y).

Vinorelbina é um medicamento ciclo específico e possui ação vesicante, enquanto

Cisplatina e ciclo não específico e possui ação irritante. Devido à interação medicamentosa

existente, é recomendado que a Vinorelbina seja administrada antes que a Cisplatina para

diminuir a tocixidade.

53. PROTOCOLO: DOCETAXEL E GENCITABINA

Ordem de Infusão:

1º Gencitabina

2º Docetaxel

Justificativa:

O protocolo citado possui uma importante interação medicamentosa grave. Eles

possuem compatibilidade físico-química entre si e podem apresentar administração em

dispositivo de infusão múltipla via (Y).

Docetaxel e Gencitabina atuam em fases especificas do ciclo celular. Docetaxel pode

apresentar ação vesicante tecidual e do endotélio vascular.

Alguns estudos apresentam nenhuma ou pouca alteração do perfil farmacocinético

desses medicamentos independentemente da ordem de infusão. Em decorrência da pouca

alteração informada, pode-se encontrar na literatura a sugestão de iniciar a administração

por Docetaxel, seguido de Gencitabina. Com toda essa informação, a sequencia mais relatada

nos estudos cinéticos, é iniciar por Gencitabina e depois Docetaxel.

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54. PROTOCOLO: DOCETAXEL E IFOSFAMIDA

Ordem de Infusão:

1º Docetaxel

2º Ifosfamida

3º Mesna

Justificativa:

Não há nenhuma interação medicamentosa grave entre esses medicamentos existe a

compatibilidade físico-química entre esses dois medicamentos e ocorre à administração em

dispositivos de infusão múltipla via (Y).

Docetaxel é um medicamento ciclo específico e apresenta ação vesicante tecidual e do

endotélio vascular, enquanto a Ifosfamida é ciclo não específico e com ação irritante. Sugere-

se a administração do Docetaxel primeiro, devido ocorrer à diminuição da velocidade de

ativação da Ifosfamida e consequentemente melhora o seu perfil de segurança.

Obs.: Dependendo da dose de Ifosfamida, pode ser necessária a infusão de Mesna.

55. PROTOCOLO: DOXORRUBICINA E IFOSFAMIDA

Ordem de Infusão:

1º Doxorrubicina

2º Ifosfamida e Mesna*

3º Mesna

Justificativa:

Não existe interação medicamentosa entre esses dois medicamentos. Ele apresenta

estabilidade físico-química para administração em dispositivo de infusão múltipla via (Y).

A Doxorrubicina é um medicamento vesicante e apresenta um ciclo não específico,

enquanto a Ifosfamida possui ação irritante do endotélio vascular e tecidos e possui também

ciclo não específico.

Sugere-se que a Doxorrubicina seja infundido primeiro devido ser um medicamento

vesicante e depois faça a infusão da Ifosfamida.

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56. PROTOCOLO: DOXORRUBICINA E PACLITAXEL

Ordem de Infusão:

1º Doxorrubicina

2º Paclitaxel

Justificativa:

Os medicamentos citados apresentam estabilidade físico-química para administração

em dispositivos de infusão múltipla via (Y).

Existe uma grave interação medicamentosa, entre esses dois medicamentos, uma vez

em que pode haver aumento dos níveis de Doxorrubicina e seus metabólicos em razão da

presença de Paclitaxel, que diminui a depuração da Doxorrubicina. Tanto a Doxorrubicina

como o Paclitaxel são medicamentos que possuem ação vesicante tecidual e do endotélio

vascular.

Paclitaxel atua em fase específica do ciclo celular, enquanto Doxorrubicina é ciclo não

específico.

Recomenda-se que a infusão inicie por Doxorrubicuna, sugerida de Paclitaxel. Nessa

ordem, o medicamento vesicante é administrado primeiro e diminui-se a possibilidade de

retardamento da excreção da Doxorrubicina, considerando assim a ordem de infusão com

melhor perfil de segurança potencial.

57. PROTOCOLO: FLUORURACILA E METOTREXATO

Ordem de Infusão:

1º Metotrexato

2º Fluoruracila

Justificativa:

Esses dois medicamentos não apresentam nenhuma interação medicamentosa entre

eles. Eles são compatíveis entre si.

O pré- tratamento com Metotrexato aumenta a ativação do Fluoruracila, não se sabe de

nenhuma outra possível interação cinética neste esquema. Metotrexato e Fluoruracila

possuem características de irritação tecidual e do endotélio vascular. Com isso, aconselha-se

a administração inicial do Metotrexato, que também possui metabolismo hepático para

inativação e excreção, sugerido por Fluoruracila, que vindo após Metotrexato apresenta

maior ativação intracelular.

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58. PROTOCOLO: GENCITABINA E PACLITAXEL

Ordem de Infusão:

1º Paclitaxel

2º Gencitabina

Justificativa:

Os medicamentos não apresentam nenhuma interação medicamentosa grave e são

compatíveis entre si.

Gencitabina e Paclitaxel ação medicamentos que atuam em fases específicas do ciclo

celular. Paclitaxel possui características de vesicante tecidual e do endotélio vascular.

As evidências mais sólidas apontam para uma manutenção do perfil cinético da

Gencitabina quando Paclitaxel é administrado antes. Em razão de ambos os fármacos

possuírem ação ciclo específicos e pela ação vesicante do Paclitaxel recomenda-se que a

infusão se inicie por paclitaxel sugerida de Gencitabina.

59. PROTOCOLO: GENCITABINA E VINORELBINA

Ordem de Infusão:

1º Vinorelbina

2º Gencitabina

Justificativa:

Não apresentam nenhuma interação medicamentosa e são compatíveis entre si.

Gencitabina e Vinorelbina são medicamentos que atuam em fases específicas do ciclo

celular, sendo que vinorelbina possui características de vesicante tecidual e do endotélio

vascular. Sugere-se que o medicamento vesicante (Vinorelbina) seja infundido primeiro e em

seguida a Gencitabina.

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60. PROTOCOLO: IFOSFAMIDA E MESNA

Ordem de Infusão:

1º Ifosfamida e Mesna*

2º Mesna*

3º Mesna*

Justificativa:

Não há nenhuma interação medicamentosa entre esses fármacos, sendo que eles

apresentam compatibilidade físico-química para administração em dispositivo de infusão

múltipla via (Y) e para manipulação na mesma bolsa, sem alteração significativa do perfil

farmacocinético.

Ifosfamida é considerado um medicamento com ação não específica no ciclo celular.

Ifosfamida possui ação irritante do endotélio vascular e tecido.

Mesna não é um medicamento antineoplásico, mas sim antagonista de compostos

tóxicos à bexiga, como a acroleína. Em razão de sua meia-vida mais curta que a dos primeiros

medicamentos que são metabolizados gerando acroleina, como Ifosfamida e Ciclofosfamida,

sua administração deve ser adequada ao esquema terapêutico com o objetivo de evitar

toxidade no trato urinário. Do ponto de vista cinético, a infusão continua de Mesna apresenta

melhor perfil de segurança, quando comparado com administração concomitante

intermitente. Com isso, essa modalidade de administração necessita de maiores cuidados e

possui custos mais elevados, por essa razão, muitos serviços empregam as infusões de

acordo com os protocolos de cada instituição. A última dose de Mesna pode ser administrada

por via oral, mas neste caso, é necessário realizar o ajuste de dose, uma vez que a

biodisponibilidade da Mesna administrada por via oral é relatada em 50%.

* 50% da dose na primeira administração e 25% nas administrações seguintes.

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61. PROTOCOLO: IFOSFAMIDA, MESNA E VINORELBINA

Ordem de Infusão:

1º Vinorelbina

2º Ifosfamida e Mesna*

3º Mesna*

4º Mesna*

Justificativa:

Não há interação medicamentosa entre esses dois medicamentos e são compatíveis

entre si. Ifosfamida é considerado ciclo não específico, enquanto Vinorelbina é ciclo

específico. Vinorelbina apresenta ação vesicante e Ifosfamida ação irritante do endotélio

vascular e tecidos e Mesna é um medicamento uroprotetor.

A administração da Vinorelbina após Ifosfamida é considerada segura, embora

apresente depuração mais rápida do quando é administrada isolada.

Vinorelbina é metabolizada no fígado, pelo citocromo P450, subfamília CYP3A4,

enquanto Ifosfamida é metabolizado pelo citocromo P450 3A e subfamília CYP2B1 e CYP2B6.

Embora sejam subfamílias diferentes, pode haver competição cruzada por

metabolismo. Com isso, em decorrência a falta de evidencias científicas que sustentam

qualquer ordem específicas, pode-se assumir que a infusão inicial de Vinorelbina, seguida de

Ifosfamida e Mesna seja segura.

62. PROTOCOLO: PACLITAXEL E TRASTUZUMABE

Ordem de Infusão:

1º Trastuzumabe

2º Paclitaxel

Justificativa:

São medicamentos compatíveis entre si.

O Paclitaxel pode ocasionar a diminuição do clearance do Trastuzumabe, provocando

aumento da concentração sévica.

Paclitaxel é um medicamento ciclo específico já Trastuzumabe é um Anticorpo

Monoclonal. Paclitaxel possui características vesicante tecidual e do endotélio vascular.

Os esquemas que utilizam anticorpos monoclonais dão preferência para infusão inicial

destes medicamentos, uma vez que teoricamente pode haver ganho terapêutico.

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63. PROTOCOLO: PERTUZUMABE, TRASTUZUMABE E DOCETAXEL

Ordem de Infusão:

1ª OPÇÃO:

1º Pertuzumabe

2º Trastuzumabe

3º Docetaxel

2º OPÇÃO:

1º Trastuzumabe

2º Pertuzumabe

3º Docetaxel

Justificativa:

Pertuzumabe e Trastuzumabe são classificados como Anticorpos Monoclonais. Os

esquemas que utilizam anticorpos monoclonais dão preferência para infusão inicial destes

medicamentos, uma vez que teoricamente pode haver ganho terapêutico. É recomendado a

administração de Docetaxel por último. São medicamentos compatíveis entre si.

64. PROTOCOLO: OXALIPLATINA E RALTITREXATO

Ordem de Infusão:

1º Raltitrexato

2º Oxaliplatina

Justificativa:

Nenhuma interação medicamentosa grave é relacionada na utilização desses

medicamentos. Eles não tiveram sua compatibilidade para administração em dispositivo de

infusão múltipla via (Y) testada, sendo, portanto, mais seguro interpretar como uma

incompatibilidade em potencial.

Raltitrexato é um medicamento ciclo específico, enquanto Oxaliplatina é não

específico. Oxaliplatina possui característica de irritação tecidual e do endotélio vascular.

Raltitrexato possui metabolismo intracelular e principalmente excreção renal. Oxaliplatina

possui metabolismo plasmático e no citocromo P450, em que sofre biotransformação e

principalmente excreção renal.

A infusão nessa ordem permite que o medicamento ciclo específico (Raltitrexato) seja

administrado inicialmente, com possível otimização terapêutica. Caso ocorra alguma

competição pela excreção entre estes medicamentos, com a Oxaliplatina sendo infundida por

último, teoricamente, minimizar possíveis alterações na excreção do Raltitrexato. Além disso,

é imprescindível a limpeza do sistema de infusão entre estes medicamentos.

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Bibliografia:

Ordem de Infusão de Medicamentos Antineoplásicos, Renne Rodrigues, Atheneu-São

Paulo/SP, 2015.

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