A EDUCAÇÃO FÍSICA NO AUXÍLIO À PREVENÇÃO DA OBESIDA DE NA

ADOLESCÊNCIA

¹Cristina Marques Motta

²Dr. Sérgio Luiz Carlos dos Santos

RESUMO: O objetivo deste trabalho é promover conhecimento bem como

oportunizar formas de intervenção buscando prevenir uma seríssima doença

nutricional, a obesidade, que tem interferido de maneira contundente na vida de

inúmeros adolescentes, trazendo prejuízos físicos e emocionais à estes. Os

participantes do presente estudo foram adolescentes de duas turmas de sétima

série, de uma escola pública do Estado do Paraná. Para a coleta de dados foram

utilizados questionários com perguntas fechadas e abertas e a interpretação dos

dados se deu pela análise de conteúdos. Concluímos neste trabalho que há uma

urgente necessidade de conscientização para uma reeducação alimentar tendo em

vista que 63% da população alvo da pesquisa possui hábitos alimentares

inadequados.

Palavras chave : Obesidade; reeducação alimentar; atividade física

RESUMEN: El objetivo de este trabajo es promover el conocimiento y favorecer las

formas de asistencia con fines de prevención para enfermedad nutricional muy

grave, la obesidad, que ha interferido abruptamente en la vida de innumerables

jóvenes, aportando daños físicos y emocionales a ellos. Los participantes de la

presente investigación han sido adolescentes de dos grupos de la enseñanza

fundamental, de escuela pública del Estado del Paraná. Para recolectar los datos se

utilizó cuestionarios con preguntas cerradas y abiertas y la interpretación de los

datos fue a través de análisis del contenido. Llegamos a la conclusión de que existe

una necesidad urgente de reeducación alimentaria, pues los números analizados

demostraran que el 63% de la población blanco tiene hábitos alimentares

inadecuados.

Palabras Clave: Obesidad, reeducación alimentaria, actividad física.

[ ¹] Professora da Rede Pública Estadual do Paraná.

[²] Prof. Dr. Chefe do Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Paraná.

INTRODUÇÃO

O avanço nas ciências e tecnologias trouxe grandes benefícios à este século,

porém as comodidades advindas deste, propiciaram certo conforto à população em

geral, especialmente aos nossos adolescentes que acabam passando grande

parcela de seu tempo de lazer em jogos eletrônicos, computadores e televisão.

Quase sempre estas atividades são realizadas com acompanhamento de

lanches ou guloseimas que são consumidos indiscriminadamente. Os grandes

centros de compras, com seus "fast foods", são também uma opção bastante

popular entre nossos adolescentes.

Tais hábitos alimentares inadequados e incorporados no cotidiano familiar são

associados ao sedentarismo, ou seja a falta de atividade física regular. Esses são

fatores desencadeantes de sobrepeso e obesidade.

Buscamos encontrar uma metodologia adequada para que na escola onde

intervimos, sistematizarmos o combate ao sobrepeso e a obesidade nos alunos

adolescentes, através de um trabalho de reeducação (alimentar/atividade física) e

conscientização familiar.

Encontramos a metodologia adequada através de palestras com

nutricionistas, ex obesos que sofreram cirurgia bariátrica, textos de conscientização

sobre o tema abordado e conseguimos adesão dos alunos e pais.

OBESIDADE

A gordura tem sua função no corpo humano, e desde que em quantidades

adequadas ela atua de forma a favorecer o funcionamento do nosso organismo, pois

é uma fonte de energia, age como isolante térmico do organismo, protege órgãos

vitais e serve como depósito e veículo para outras substancias lipossolúveis,

inclusive as vitaminas.

“A obesidade é provavelmente a enfermidade metabólica mais antiga que se

conhece. Pinturas e estátuas antigas já representavam figuras de mulheres obesas.

A mesma evidencia de obesidade foram vistas em múmias egípcias, pinturas e

porcelanas chinesas da era pré-cristianismo, em esculturas gregas e romanas e,

mais recentemente, em vasos dos maias, astecas e incas na América pré-

colombiana.” (Repetto,1998 p.3)

“Antigamente identificar as pessoas com o peso corporal ideal era uma tarefa

simples. Tratava-se mais de escolher o que estivesse dentro dos critérios de melhor

aparência e mais belo. Entretanto, este perfil se foi modificando com o passar do

tempo, inclusive através dos modismos da época.” (Angelis, 2006 p.91).

FISBERG (1995, p.10) conceitua obesidade como “um acúmulo do tecido

gorduroso regionalizado ou em todo o corpo, causado por doenças genéticas ou

endócrino-metabólicas ou por alterações nutricionais. A obesidade exógena ou

nutricional reflete um excesso de gordura decorrente de um balanço positivo de

energia entre a ingestão e o gasto calórico.”

Para MONTEIRO (1998, p.31) “a obesidade é um excesso de gordura

corporal relacionado à massa magra. A obesidade coincide com um aumento do

peso, embora esta condição possa eventualmente não estar presente.

(excepcionalmente pode-se aumentar a quantidade e porcentagem de gordura

corporal em indivíduos de peso normal). De modo inverso nem todo aumento de

peso está relacionado à obesidade”.

A obesidade não se desencadeia apenas pelo excesso de comida ingerida,

existem outros fatores tais como genéticos, ambientais e sociais que propiciam a

obesidade.

“A obesidade seria conseqüente ao fato de ao assistir televisão por longas

horas, facilitar o aumento da ingestão de alimentos de alto conteúdo calórico

anunciado nos intervalos comerciais, e na redução de gasto energético e atividade

física pelo efeito do sedentarismo. O consumo de alimentos nos comerciais

televisivos apresenta personagens magros, comendo com freqüência e que não

engordam, veiculando uma mensagem implícita de que é possível comer

constantemente sem o risco de obesidade”. (Dietz, 1986)

“As células de gordura estão distribuídas por todo o corpo, principalmente na

região subcutânea e ao redor dos órgãos internos, formando um grande depósito de

energia que se modifica constantemente para adequar-se ao balanço energético do

organismo. Este “depósito” pode aumentar ou diminuir de duas maneiras: pela

modificação dos tamanhos das células ou pelo aumento do numero das

células.”(Nahas (1999-p25)

O excesso de alimentação durante a infância aumenta o numero de células

adiposas e isto é irreversível, pois este número não mais diminuirá.

Temos que repensar nossos hábitos alimentares, os “fast-foods” tão atrativos

e a alimentação rica em gorduras provocam entupimento das artérias, aumentam o

nível de colesterol e podem desencadear a diabetes, entre outras doenças.

Alimentação

O sedentarismo e a alimentação inadequada são dois grandes fatores de

risco para a obesidade. Se ganha peso quando se ingere energéticos em maior

quantidade que a necessidade para o gasto.

“Existe uma diferença entre fome e apetite. O apetite procura o prazer, a

satisfação libidinosa, não obedece a reservas calóricas, tanto que para os humanos,

é privilégio comer sem ter fome. O apetite está submetido a um múltiplo controle

envolvendo estímulos sensoriais como o olfato, distensão estomacal, processos

metabólicos e fatores psicológicos.” (Kahtalian, 1992)

“A fome que sentimos resulta de um equilíbrio construído e selecionado

através da evolução dos nossos antepassados com a finalidade de resistir à falta

permanente de alimentos, numa época em que as refeições eram alternadas por

longos períodos de jejum forçado. Através dos tempos o alimento tem feito parte de

rituais religiosos e seculares envolvendo significado de sustento, apoio, amor e

beleza, e desde as eras remotas representa e simboliza tudo o que é essencial à

vida. Tempos de fartura trouxeram novos significados para o ato de se alimentar que

se confundem com a fome dita biológica, desagradável, desprazerosa e que

somente a comida pode aliviar, com o prazer de comer.” (Battistoni, 1996)

“A associação entre comida e prazer não é privilégio dos obesos. Em quase

todas as culturas, famílias e grupos se reúnem para a refeição e a maioria das

comemorações, festividades e confraternizações acontecem em torno de uma mesa

de alimentos e bebida. A comida farta é sinal de status social, pois em diversas

culturas, pessoas abastadas usam a fartura ou desperdício de alimentos como forma

de ostentação de seus poderes econômicos.” (Battistoni, 1996).

“Quando o alimento é utilizado para preencher necessidades emocionais

ligadas a desejos que estimula o seu consumo, o efeito de saciedade parece não ser

reconhecido pelo individuo. Pessoas ansiosas impulsionadas por conflitos

inconscientes podem sentir-se constantemente ameaçadas por algo que não

conseguem discriminar. Sentem-se como se precisassem estar sempre com o

organismo preparado para uma luta ou fuga, gerando impotência para reagir aos

sentimentos internos. O indivíduo passa a não ter controle sobre seus próprios

impulsos ou necessidades, sente um vazio interior que o compele a preencher com

a comida.” (Pizzinatto, 1992)

“Saciedade é a sensação de satisfação plena com o que já foi ingerido.”

(Angelis, 2006 p. 9).

“Quanto menor a idade em que a obesidade se manifesta e quanto maior sua

intensidade, maiores serão as possibilidades dela se instalar na adolescência e

idade adulta. Retrospectivamente se verifica que mais da metade dos adultos

obesos o foram também na infância”. (Fisberg, 1995 p.12)

A alimentação deve ser o mais natural possível, deve-se evitar o consumo de

alimentos industrializados e doces.

As pessoas fazem uso de muitos artifícios para perder peso, como por

exemplo uso de diuréticos, medicamentos para inibição do apetite, jejuns

exagerados, cirurgias e regimes que prometem milagres. A maioria deles não produz

o efeito que se deseja e deveriam ser evitados.

O nosso comportamento alimentar interfere diretamente na manutenção de

nosso peso e determina o equilíbrio de nosso organismo. Porém segundo

Cunha(2008 - p1), são vários fatores que influenciam este comportamento:

“- fatores fisiológicos: fome, saciedade, estado de plenitude

- fatores psicológicos: estado emocional, ansiedade e estresse

- fatores cognitivos e comportamentais: preferencias e aversões alimentares

que são aprendidas e adquiridas ao longo de nossa vida.”

Devido aos fatores acima, o homem deixa de ser guiado por suas sensações

alimentares.

A fome e a saciedade são mensagens que nosso organismo nos envia, e

precisamos dar à elas atenção.

“Comer bem e normalmente não é uma questão de força de vontade, mas sim

uma resposta ao nosso organismo que sabe muito bem do que precisa, em que

momento e em que quantidade.” (Cunha 2008, p2)

A pressão exercida pela mídia para que se tenha o “corpo ideal” e se perca

peso, exerce influência tal sobre o adolescente que pode ser desencadeante de um

transtorno alimentar como anorexia ou bulimia nervosa.

“É importante que na alimentação estejam presentes todos os alimentos, em

quantidade moderada, para que não faltem nutrientes importantes para a

manutenção das funções de proteção e prevenção e também para evitar excessos”.

(Angelis, 2006 p. 91)

Atividade Física

Segundo Saba (2008:50) o exercício físico se define como:

“Diferentemente de uma atividade física qualquer que pode ser absolutamente espontânea como sair correndo para não perder um ônibus, o exercício físico é sistematizado. Andar, por exemplo, é uma atividade física quando o objetivo dos passos é meramente ir de um lugar para outro, mas é um exercício físico se a intenção é obter as benesses de caminhar, como uma melhor condição cardiorrespiratória, a perda de gordura ou o trabalho muscular.”

O exercício físico é indispensável para que um programa de redução de peso

alcance sucesso.

“Toda ação humana que envolva movimentação e acelere os batimentos cardíacos acima da freqüência de repouso é considerada uma atividade física. Portanto ao praticar muitas das suas atividades cotidianas como ir a pé até a padaria, participar de um passeio ciclístico, subir escadas, fazer faxina,

dançar, brincar de pega-pega, subir em arvore, cavalgar, jogar uma pelada etc.. você esta praticando uma atividade física.” (Saba 2008 p.46).

Além disso, “a atividade física melhora a auto-estima, e a sensação de bem-

estar, reduz o estresse, a depressão e a ansiedade”. Está comprovado que quando

os exercícios são prolongados ou de alta intensidade aumenta o nível de endorfina

cerebral responsável pelas sensações acima descritas. Exercícios leves ou

moderados não elevam de maneira significativa os opióides cerebrais. (Radominski

1998, p253)

Com relação à obesidade a atividade física age diretamente na redução do

volume (hipertrofia) das células adiposas evitando assim que elas atinjam o tamanho

máximo e se dividam aumentando seu número e predispondo a obesidade.

“Quando um indivíduo obeso perde peso, há uma redução do tecido adiposo,

mas também de massa magra (água, eletrólitos e tecido muscular). Quanto mais

intensa for à perda de peso, maior é a perda de massa magra. Quando o tratamento

não inclui uma atividade física, esta perda chega a ser de 25% a 30% da redução

total do peso.”. (Radomisnki, 1998 p.251)

“A forma mais eficaz de manter um peso equilibrado e um metabolismo

saudável é aumentar o nível de atividade física”. Isso desencadeia a liberação de

endorfinas, os analgésicos naturais do corpo que combatem o estresse e fornecem

energia. (Hunter, 2003 p.99)

Manter uma atividade física prazerosa, associada a hábitos alimentares

saudáveis trará resultados significativos à sua saúde promovendo maior qualidade

de vida.

METODOLOGIA

O referido projeto foi aplicado no Colégio Estadual Prefeito Joaquim da Silva

Mafra por um período compreendido entre os meses de fevereiro a abril do ano de

dois mil e nove.

Nossa primeira ação foi apresentar o projeto à direção e equipe pedagógica à

fim de que tomassem ciência do método a ser desenvolvido respaldando-os. Logo

após o projeto foi apresentado aos pais ou responsáveis para que os mesmos se

inteirassem desse e apoiassem seus filhos nas medidas a eles sugeridas para

reeducação dos hábitos inadequados diagnosticados. Na seqüência se deu início ao

trabalho com a população alvo. Primeiramente realizamos entrevista para detectar

os hábitos alimentares dos alunos adolescentes visando identificá-los, classifica-los

como adequados ou inadequados, e caso detectássemos uma insignificância

estatística nos inadequados, realizarmos uma intervenção dentro do proposto nos

nossos objetivos.

Objetivo Geral

Conscientizar o educando da necessidade de mudanças comportamentais a

fim de evitar o sobrepeso, a obesidade e suas conseqüências, através da

reeducação de hábitos alimentares e estímulo à prática de uma atividade física que

lhe seja prazerosa, objetivando uma maior qualidade de vida.

Objetivos Específicos

- Identificar hábitos alimentares inadequados vivenciados pelo educando em seu dia

a dia;

- oportunizar mudanças desses hábitos inadequados através de um trabalho de

reeducação alimentar;

- conscientizar familiares através de material pedagógico;

- verificar peso, altura e IMC antes e depois da intervenção nutricional;

- conscientizar sobre a necessidade de se praticar atividade física prazerosa a fim de

que se desfrute dos benefícios biopsicossocial que ela proporciona.

Através da realização desses objetivos, e da participação dos alunos,

conhecendo seu IMC, bem como buscando diagnosticar casos de sobrepeso e

obesidade, promovemos mudanças de atitude nos casos detectados. Utilizamos o

método dos exames biométrico e cálculo do IMC, com os valores prescritos pela

tabela fornecida pela OMS para encontrar possíveis casos de sobrepeso e

obesidade. Também trabalhamos textos que tratavam sobre a obesidade, distúrbios

alimentares e atividade física, buscando oferecer aos alunos subsídios e

conhecimentos específicos quanto aos assuntos supracitados, estimulando-os a

desenvolver uma consciência crítica que fomentasse mudanças de hábitos.

Realizamos ainda entrevistas com os alunos, a respeito da prática de atividade

física, objetivando conhecer seus hábitos de atividade física para diagnosticar casos

de ociosidade. A fim de reconhecer conceitos preestabelecidos pela mídia e

sociedade incorporados pela população alvo foi realizada uma produção de texto

sob o título "O corpo ideal".

Tendo em vista aprofundar o conhecimento dos educandos e de toda a

comunidade escolar sobre o tema obesidade, bem como alertá-los quanto ao risco

que tal patologia proporciona, foi desenvolvido um trabalho de pesquisa, que além

de visar o tema em questão, focou também os distúrbios alimentares como bulimia e

anorexia, com montagem de painéis expositivos para posterior apresentação à

comunidade escolar. Consideramos de suma importância para o nosso projeto a

participação de um profissional habilitado na área de saúde, reforçando assim o

estímulo para que nossos alunos pudessem sanar suas dúvidas e receber novas

informações sobre a temática trabalhada.

Com essa atitude visamos conscientizá-los sobre seus hábitos e classificá-

los, identificando os inadequados, relativos a sua alimentação e substituí-los por

novos que os conduzissem a uma melhor qualidade de vida.

Posteriormente trabalhamos os componentes de uma dieta alimentar

equilibrada e adequada baseada na Pirâmide Alimentar. O objetivo dessa atividade

foi para que os alunos aprimorassem seu conhecimento a respeito do assunto e

reavaliassem sua dieta pessoal, percebendo a necessidade de uma alimentação

balanceada para a promoção de saúde.

Na finalização do projeto foram realizados depoimentos de ex obesos os

quais, inclusive, passaram por cirurgia bariátrica. Essa atividade objetivou propiciar

ao educando lições de vida visualizando a experiência de pessoas que vivenciaram

a obesidade e sofreram sérias consequências.

AÇÕES DESENVOLVIDAS NA APLICAÇÃO DO PROJETO

1 - Apresentação do trabalho à direção e equipe pedagógica

2 - Apresentação do trabalho à família dos alunos envolvidos no projeto a fim de que

recebam apoio com relação às ações envolvidas no projeto nos quesitos reeducação

alimentar e pratica de atividade física regular.

3 - Entrevista inicial sobre hábitos alimentares a fim de diagnosticar para posterior

reeducação dos hábitos alimentares inadequados

4 - Entrevista sobre a prática de atividade física para averiguar ociosidade quanto a

estes hábitos.

5 - Produção de texto com o título “O corpo ideal”, objetivando uma reflexão sobre o

corpo que temos, o corpo que queremos, o que o adolescente entende por saúde,

bem como diagnosticar conceitos de beleza pré-estabelecidos pela mídia e

incorporados por eles.

6 - Desenvolver com os alunos trabalhos de pesquisa sobre obesidade, montando

painéis expositivos sobre o tema, que poderão ser apresentados à comunidade

escolar, para que aprofundem seus conhecimentos sobre o assunto.

7 -Trabalhar com os alunos os componentes de uma dieta alimentar adequada e

equilibrada baseada nos componentes da Pirâmide Alimentar a fim de que

identifiquem se há necessidade de mudanças em seus hábitos alimentares

pessoais.

8 - Palestra com nutricionista sobre o tema em questão, com o intuito de aprofundar

o conhecimento e sanar duvidas existentes.

9 - Exame Biométrico e Cálculo do IMC com os alunos para que os mesmos tomem

ciência de seu IMC e para diagnóstico de casos de sobrepeso e obesidade a fim de

que se faça um trabalho de intervenção.

10 - Trabalhar textos e vídeos visando uma reflexão sobre o tema obesidade e

enfocando os distúrbios alimentares como anorexia, bulimia além da vigorexia.

11 - Depoimento de ex-obesos, que chegaram a ponto de recorrer à cirurgia

bariátrica. O objetivo desta atividade é que os adolescentes assimilem lições de vida

através da experiência de pessoas que vivenciaram a obesidade e suas sérias

conseqüências.

RESULTADOS DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NA APLICAÇÃO DO PROJETO

Ação nº 3 - PESQUISA SOBRE HÁBITOS ALIMENTARES

As questões de análise dos hábitos alimentares dos escolares avaliados nos

levou aos seguintes dados:

Gráfico l : Quem prepara as refeições em sua casa?

86%

8% 5% 1%

mãe ou avós ele mesmo funcionários irmãos

ENTREVISTA SOBRE ALIMENTAÇÃO - PREPARO DE ALIMENTOS

Na sua grande maioria, ou seja, 91%dos adolescentes tem as refeições

preparadas por um adulto, mãe ou avó. Apenas 9% tem suas refeições preparadas

por eles mesmos ou por seus irmãos.

Gráfico II :Você consome frutas e legumes regularmente? ( ) sim ( ) não

Costuma consumir alimentos gordurosos? ( ) sim ( ) não

Come doces e refrigerantes com freqüência? ( ) sim ( ) não

Um índice elevado da população alvo da pesquisa (63%) consome alimentos

gordurosos e doces diariamente. Estes números denotam a necessidade de uma

conscientização e reeducação alimentar evitando assim que este fator venha

posteriormente a desencadear o sobrepeso e obesidade.

63%

37%

63%

37%

1

ENTREVISTA SOBRE HABITOS ALIMENTARES "B"

CONSOME ALIMENTOS GORDUROSOS DIARIAMENTE NÃO CONSOME ALIMENTOS GORDUROSOS DIARIAMENTE CONSOME DIARIAMENTE DOCES E REFRIGERANTES NÃO CONSOME DIARIAMENTE DOCES E REFRIGERANTES

Ação nº 4 – Pesquisa sobre a prática de Atividade F ísica

Gráfico III: Quanto aos hábitos relativos a atividade física você se considera:

( ) muito ativo (diariamente realizo atividades físicas intensas)

( ) ativo (realizo atividades física 3 ou mais vezes por semana)

( ) moderadamente ativo (realizo atividades moderadas como caminhar rápido, uso

de escadas)

( ) inativo (passo a maior parte do tempo sentado e caminho distancias curtas)

Na avaliação geral de práticas habituais de atividade física a população alvo

apresenta um índice satisfatório, pois 75% destes se exercitam regularmente, 19%

são moderadamente ativos e apenas 6% apresentam inatividade.

41% 34%

19%

6%

Muito Ativo Ativo Moder. Ativo Inativo

TABELA FINAL GERAL: ATIVIDADE FÍSICA

Gráfico lV: Quanto aos hábitos relativos a atividade física você se considera:

( ) muito ativo (diariamente realizo atividades físicas intensas)

( ) ativo (realizo atividades física 3 ou mais vezes por semana)

( ) moderadamente ativo (realizo atividades moderadas como caminhar rápido, uso

de escadas)

( ) inativo (passo a maior parte do tempo sentado e caminho distancias curtas)

Observou-se que quanto ao gênero, os meninos se exercitam mais que as

meninas sendo que 75% deles estão entre os Ativos e Muito Ativos. Constatou-se

que entre os meninos o índice de inatividade é nulo.

43%

32% 25

%

MUITO ATIVO ATIVO MODER. ATIVO

TABELA FINAL DE ATIVIDADE FISICA: POR GENERO - MASCULINO

Gráfico V: Quanto aos hábitos relativos a atividade física você se considera:

( ) muito ativo (diariamente realizo atividades físicas intensas)

( ) ativo (realizo atividades física 3 ou mais vezes por semana)

( ) moderadamente ativo (realizo atividades moderadas como caminhar rápido, uso

de escadas)

( ) inativo (passo a maior parte do tempo sentado e caminho distancias curtas)

Neste caso 57% das meninas estão entre Ativas e Muito Ativas. O sexo

feminino apresenta 14% de inatividade, o que não ocorre entre os meninos.

37%

20%

29%

14%

MUITO ATIVO ATIVO MODER. ATIVO INATIVO

TABELA FINAL DE ATIVIDADE FÍSICA: POR GENERO - FEMININO

Após a aplicação do questionário a respeito dos hábitos relativos a atividade

física constatou-se que nesta idade (12 a 16 anos) o adolescente na sua maioria tem

o habito de se exercitar.

No âmbito geral (75%) são classificados entre Muito ativos e Ativos. Este

índice se deve ao fato de nossa clientela não dispor de muitas opções de lazer e

também do município ofertar treinamento desportivo com opção para varias

modalidades. Em nossa cidade existe o habito de se utilizar a bicicleta como meio

de transporte, sendo assim, a maioria dos alunos a usa para seu deslocamento em

geral, e pelo fato de ser uma cidade litorânea muitos praticam o surf, caminhadas ou

corrida a beira mar. Ainda assim foram trabalhados textos sobre os benefícios da

pratica regular e orientada de atividade física, e como estímulo à pratica esportiva

levamos os alunos para assistirem a fase municipal dos Jogos colegiais em suas

várias modalidades.

Ação nº 5 – Relatório da Produção do Texto “O corpo ideal”

No dia seis de março de dois mil e nove, foi solicitado aos alunos a produção

do texto acima objetivando diagnosticar os conceitos dos adolescentes a respeito de

saúde e beleza bem como observar sua auto-estima antes da aplicação do projeto.

Constatou-se que a grande maioria dos alunos tem uma visão bastante

realista do que é uma pessoa saudável, atrelam a saúde a uma alimentação

equilibrada e a prática de atividade física. Apesar disto observa-se que este

conhecimento nem sempre interfere nos seus hábitos diários e na forma como se

alimentam pois uma boa parte deles se deixa seduzir pelos apelos visuais de uma

alimentação não tão recomendada. Para eles a beleza está extremamente

relacionada àquela apregoada pela mídia . Muitos adolescentes demonstraram

certa insatisfação com seu corpo e expressaram desejo de se moldar aos padrões

de beleza estabelecidos pela sociedade, inclusive demonstrando frustração ante a

impossibilidade de fazê-lo. Observamos que o homem por sua natureza sente

necessidade de se identificar individual e socialmente com o outro por isso são

criados os estereótipos. O detalhe é que nem sempre os estereótipos (ou seja, a

imagem mental padronizada tida coletivamente por um grupo que muitas vezes

reflete uma opinião demasiadamente simplista) são positivos, porém influenciam o

comportamento humano. Estamos vivendo cercados por uma pluralidade de

valores que inclusive podem ser contraditórios, daí a necessidade de se trabalhar

questões como justiça social, solidariedade e aceitação dentre outros.

Ação nº 6 – Exposição de cartazes produzidos pelos alunos, temas:

Obesidade, Anorexia e Bulimia.

Utilizando recursos audiovisuais foram trabalhados os 4 temas supracitados.

Na seqüência a turma foi subdividida em grupos. Cada grupo deveria optar por

estudar dois dos assuntos acima, sendo responsáveis por produzir um cartaz para

cada assunto, desta forma eles puderam ampliar seus conhecimentos através de

pesquisas pessoais. Na seqüência fizemos uma exposição dos trabalhos por eles

produzidos no pátio da escola para que toda a comunidade escolar tivesse também

acesso a este conhecimento. Este trabalho foi bastante produtivo, porque além do

caráter preventivo foi detectado um caso de bulimia, onde a aluna bulímica

reconheceu seu distúrbio através da leitura dos cartazes, ela já havia perdido 15

quilos em menos de dois meses, e o quadro de vômito induzido era severo. A família

tomou ciência do fato que até então desconhecia e a adolescente foi encaminhada

para acompanhamento médico necessário.

Ação nº 7 – Palestra com nutricionista

Tivemos a satisfação de contar com a disposição de uma nutricionista em

colaborar com o nosso projeto de maneira voluntária.

Foi realizada a palestra que objetivava propiciar aos alunos e familiares

conhecimentos necessários a uma dieta equilibrada e adequada.

Na oportunidade, os alunos puderam sanar suas duvidas e foi comentado

sobre os excessos quanto à alimentação que foram diagnosticados na entrevista

realizada anteriormente.

Não houve a participação esperada dos pais neste trabalho, até mesmo

devido à disponibilidade de tempo das partes (a grande maioria dos pais trabalha 8

horas diárias), porém o publico alvo foi atingido. Acreditamos que o trabalho de

conscientização e reeducação feito com os alunos venha a render frutos dando a

eles a oportunidade através do conhecimento e conscientização da importância de

se desenvolver hábitos alimentares saudáveis e uma escolha mais acertada daquilo

que ele ingere habitualmente.

Agora mais preparados, os alunos foram divididos em grupos e elaboraram

uma dieta alimentar adequada para 3 dias tendo como base a pirâmide alimentar, o

material teórico que receberam em aulas expositivas anteriores sobre o tema e a

palestra. Sabemos que como adolescentes que são, o objetivo desta atividade era

uma reflexão sobre uma alimentação equilibrada, comparando-a assim com seus

hábitos anteriores a fim de que houvesse conscientização da necessidade de

reeducação quando fosse o caso.

Ação nº 08 – Exame Biométrico e Cálculo do IMC

Gráfico nº VI

IMC de uma forma geral apresentou níveis satisfatórios, pois o índice de

obesidade foi de apenas 1 % , com 8% apresentando sobrepeso.

91%

8%1%

NORMAL SOBREPESO OBESIDADE

IMC GERAL

Gráfico nº VII

77

23

NORMAL SOBREPESO

IMC POR GENERO - MASCULINO

Para o sexo masculino o índice para peso normal é de 77%, ocorrendo neste

caso um acréscimo de sobrepeso de 23% porém, não foram detectados casos de

obesidade neste grupo.

Gráfico nº VIII

Com relação ao gênero a porcentagem daqueles cujo peso se encontra

dentro dos parâmetros normais para o sexo feminino aumenta para 94%.

94%

3%

3%

NORMAL SOBREPESO OBESIDADE

IMC POR GENERO - FEMININO

Ação nº 9 -,Vídeos sobre bulimia e anorexia

Através destes vídeos foi realizado um trabalho de sensibilização com os

alunos. Muitos deles tinham pouco conhecimento sobre bulimia e anorexia. Sabe-se

que ex obesos muitas vezes correm o risco de passarem pelo quadro de bulimia

pelo fato de que se não resistem à compulsão pelo alimento são tomados por

sentimentos de culpa e isto muitas vezes os levam a indução do vomito. Decidiu-se

abordar anorexia e bulimia neste trabalho por se tratar de um distúrbio alimentar que

a cada ano que passa vem atingindo uma parcela maior de nossos adolescentes. A

participação e envolvimento dos alunos com a atividade foi excelente por se tratar de

assunto interessante para eles. Foram utilizados vídeos com depoimentos e outros

com imagens reais de jovens e adolescentes que vivenciam ou vivenciaram estes

distúrbios.

Ação nº 10 – Depoimentos de ex-obesos.

Foram convidadas a contribuir com este trabalho, duas pessoas da

comunidade que vivenciaram a obesidade com todas as suas conseqüências.

Elas deram um depoimento muito rico, enfatizando as limitações que sofriam

como conseqüência da obesidade nas áreas biológicas, psicológicas e sociais.

Foram apresentadas fotos aos alunos do “antes e depois” do quadro de obesidade.

Alguns deles se mostraram bastante sensibilizados com as pressões e humilhações

sofridas pelas ex obesas, pois nunca tinham parado para refletir em como eles se

sentem. Alguns deles se identificaram como um daqueles que impingia certos tipos

de humilhações aos obesos através de chacotas, comentários maldosos e escárnios

dentre outros.

CONCLUSÃO

Nossa pesquisa não detectou índices alarmantes de sobrepeso e obesidade

junto ao grupo analisado, entretanto ao investigarmos seus hábitos alimentares,

detectamos que 63% dos entrevistados ingerem uma grande quantidade diária de

alimentos gordurosos e com altos níveis de açúcar e ainda utilizam os “fast foods”

para algumas de suas refeições diárias. Segundo nossa análise bibliográfica,

encontramos referenciais respaldando que esse tipo de hábito alimentar ocasionará

com o tempo, distúrbios metabólicos, que associados à falta de atividade física

regulamentar, a baixa auto-estima, promoverão sobrepeso, obesidade ou outras

patologias advindas desta falta de orientação alimentar e conhecimento do próprio

corpo, apresentada pelos dados analisados.

Nossos números também nos levaram a concluir que a família exerce

influência fundamental na formação dos hábitos alimentares saudáveis, pois os

familiares (91%) são responsáveis pela produção dos alimentos ingeridos. Com

estes dados concluímos que se faz necessário que os pais estejam inseridos em um

programa de reeducação alimentar. Ao encontrarmos esta realidade no colégio

objeto da pesquisa, e em consonância com nossos objetivos promovemos palestras

com nutricionistas, ex-obesos que realizaram cirurgia bariátrica atendendo assim a

busca da conscientização por parte dos participantes da pesquisa, sobre a

problemática da obesidade e da melhora de sua qualidade de vida.

Para os familiares, repassamos os materiais pedagógicos elaborados,

informamos dos resultados avaliados (IMC, peso, altura) e convidamos para as

palestras.

Com os participantes da pesquisa realizamos verificação do peso, do IMC e

dos hábitos alimentares, assim como da importância deles conhecerem o próprio

corpo, entendendo de como a atividade física pode contribuir na prevenção, no

combate e na melhoria de sua qualidade de vida.

BIBLIOGRAFIA ANGELIS,R. C.; – “Riscos e prevenções da obesidade” – Fundamentos fisiológicos e nutricionais para tratamento – Ed. Atheneu, S. Paulo – 2006, p. 08, 9 91. BARBOSA, L. ª ET ALI - “Obesidade na Infância e Adolescência” - Obesidade, dislipidemia e riscos para doenças cardiovasculares – org. por Fisberg M. - Fund. Byk – 1995, p. 65, 66. BATTISTONI, M. M. M. – “Obesidade feminina na adolescência” - Revisão teórica e casos ilustrativos- Visão psicossomática- Campinas – 1996 CUNHA L. N. - “Anorexia bulimia e compulsão alimentar”- Editora theneu – 2008 p 1,2 Dietz Jr.,W. H. – “Prevention of childhood obesity” . Pediatr Clin North Am, 3(4): 823-3, 1986. FIRSBERG, M.; et ali - “Obesidade na infância e adolescência” – Fund. Byk – 1995, p. 10, 12 , 70. GUEDES D. P.; Guedes, J.E. R. P. – “Crescimento, composição corporal e desempenho motor de crianças e adolescentes”. São Paulo- Ed CLK . KAHTALIAN, A. “Obesidade: Um desafio. In: MELLO, F.J. – Psicossom ática Hoje”- Porto Alegre: Ed artes médicas, 1992- p. 273-279. MONTEIRO J. C -. “Obesidade: diagnóstico, métodos e fundamentos”- 1998- Lemos editorial - São Paulo – p.31 NAHAS M. V. “Obesidade, controle de peso e atividade física” - Editora midiograf- 1999 - p25 PIZZINATTO, V. T. - “Obesidade Infantil – processo psicossomático evo lutivo” - S. Paulo, Sarvier – 1992, p.153. RADOMINSKI R. B. – Obesidade-“A importância da atividade física no tratamento da obesidade”- 1998- Lemos editorial-S. Paulo- p.251,253. SABA, F. – “Mexa-se – Atividade Física, Saúde e Bem Estar” – Ed. By Phorte, 2 ed. , R. janeiro – 2008. p. 46,50. ZANELLA, M. T. “Obesidade” - Obesidade e anormalidades cardiovascu lares” – Ed. Lemos, S. Paulo – 1998, p. 173.

ANEXOS:

RELATÓRIO DA PRODUÇÃO DO TEXTO “O CORPO IDEAL”

No dia seis de março de dois mil e nove, foi solicitado aos alunos a produção

do texto acima objetivando diagnosticar os conceitos dos adolescentes a respeito de

saúde e beleza bem como observar sua auto-estima antes da aplicação do projeto.

Constatou-se que a grande maioria dos alunos tem uma visão bastante

realista do que é uma pessoa saudável, atrelam a saúde a uma alimentação

equilibrada e a prática de atividade física. Apesar disto observa-se que este

conhecimento nem sempre interfere nos seus hábitos diários e na forma como se

alimentam, pois uma boa parte deles se deixa seduzir pelos apelos visuais de uma

alimentação não tão recomendada. Para eles a beleza está extremamente

relacionada àquela apregoada pela mídia. Muitos adolescentes demonstraram certa

insatisfação com seu corpo e expressaram desejo de se moldar aos padrões de

beleza estabelecidos pela sociedade, inclusive demonstrando frustração ante a

impossibilidade de fazê-lo.

Os alunos foram estimulados a refletir sobre como uma visão distorcida do

próprio corpo ou os padrões que se estabelece socialmente podem interferir na vida

do adolescente inclusive levando-os a desenvolver distúrbios alimentares como

anorexia, bulimia e vigorexia. Orientamos os educandos no estudo e produção de

cartazes sobre a Obesidade, anorexia, bulimia e vigorexia.

Utilizando recursos audiovisuais foram trabalhados os 4 temas supracitados.

Na seqüência a turma foi subdividida em grupos. Cada grupo deveria optar por

estudar dois dos assuntos acima, sendo responsáveis por produzir um cartaz para

cada assunto, desta forma eles puderam ampliar seus conhecimentos através de

pesquisas pessoais. Na seqüência fizemos uma exposição dos trabalhos por eles

produzidos no pátio da escola para que toda a comunidade escolar tivesse também

acesso a este conhecimento. Este trabalho foi bastante produtivo, porque além do

caráter preventivo foi detectado um caso de bulimia, onde a aluna bulímica

reconheceu seu distúrbio através da leitura dos cartazes, ela já havia perdido 15

quilos em menos de dois meses, e o quadro de vômito induzido era severo. A família

tomou ciência do fato que até então desconhecia e a adolescente foi encaminhada

para acompanhamento médico necessário.

DEPOIMENTOS

Apesar do baixo índice de obesidade encontrado, convidamos duas pessoas

da comunidade que vivenciaram a obesidade com todas as suas conseqüências.

Elas deram um depoimento muito rico, enfatizando as limitações que sofriam

como conseqüência da obesidade nas áreas biológicas, psicológicas e sociais.

Foram apresentadas fotos aos alunos do “antes e depois” do quadro de obesidade.

Alguns deles se mostraram bastante sensibilizados com as pressões e humilhações

sofridas pelas ex obesas, pois nunca tinham parado para refletir em como eles se

sentem. Alguns deles se identificaram como um daqueles que impingia certos tipos

de humilhações aos obesos através de chacotas, comentários maldosos e escárnios

dentre outros.