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A Eletroterapia Aplicada na Estética Facial A eletroterapia vem sendo cada vez mais utilizada nos tratamentos estéticos faciais e corporais, sendo até considerada como fundamental por muitos profissionais da área. Por esse fato, é imprescindível o conhecimento pleno das técnicas e sua correta utilização evitando lesões, assim como sua aplicação. Esse texto tem como objetivo definir as técnicas, no sentido de elucidá-las sem aprofundar detalhes técnicos sobre as mesmas, nem mesmo detalhes de sua aplicação. O ideal é que as técnicas apresentadas a seguir devem ser utilizadas por profissionais capacitados, ou seja esteticistas, médicos e fisioterapeutas, entre outros profissionais da área da saúde, que tenham em seu currículo matérias básicas, como anatomia, fisiologia e principalmente eletroterapia. Corrente Galvânica: É uma corrente do tipo contínua e com sentido unidirecional, ou seja, os elétrons caminham num só sentido do pólo negativo para o positivo. São utilizados dois eletrodos, um positivo (vermelho) outro negativo (preto), havendo necessidade de ambos estarem em contato com o cliente fechando o circuito. Com a corrente galvânica são realizadas as seguintes técnicas faciais: • Ionização. • Desincruste • Eletrolifting ou Galvanopuntura • Eletrólise ou EletrocoagulaçãoProporciona alguns efeitos fisiológicos no organismo, tais como: • Hiperemia local

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A Eletroterapia Aplicada na Estética Facial

A eletroterapia vem sendo cada vez mais utilizada nos

tratamentos estéticos faciais e corporais, sendo até considerada

como fundamental por muitos profissionais da área. Por esse fato, é

imprescindível o conhecimento pleno das técnicas e sua correta

utilização evitando lesões, assim como sua aplicação.

Esse texto tem como objetivo definir as técnicas, no sentido de

elucidá-las sem aprofundar detalhes técnicos sobre as mesmas,

nem mesmo detalhes de sua aplicação.

O ideal é que as técnicas apresentadas a seguir devem ser

utilizadas por profissionais capacitados, ou seja esteticistas,

médicos e fisioterapeutas, entre outros profissionais da área da

saúde, que tenham em seu currículo matérias básicas, como

anatomia, fisiologia e principalmente eletroterapia.

Corrente Galvânica: É uma corrente do tipo contínua e com sentido

unidirecional, ou seja, os elétrons caminham num só sentido do pólo

negativo para o positivo. São utilizados dois eletrodos, um positivo

(vermelho) outro negativo (preto), havendo necessidade de ambos

estarem em contato com o cliente fechando o circuito. Com a

corrente galvânica são realizadas as seguintes técnicas faciais:

• Ionização.

• Desincruste

• Eletrolifting ou Galvanopuntura

• Eletrólise ou EletrocoagulaçãoProporciona alguns efeitos

fisiológicos no organismo, tais como: • Hiperemia local

Page 2: A Eletroterapia Aplicada na Estética Facial...A Eletroterapia Aplicada na Estética Facial A eletroterapia vem sendo cada vez mais utilizada nos tratamentos estéticos faciais e corporais,

• Vasodilatação local

• Elevação da temperatura local

• Elevação do metabolismo

• Otimização da circulação sangüínea

• Analgesia

Ionização

É uma técnica que facilita a penetração das substâncias ativas dos

cosméticos através da pele. A química a define como o processo

pelo qual um átomo ganha ou perde elétrons transformando-se em

íon. Quando ganha torna-se um íon negativo ou ânion e quando

perde torna-se positivo ou cátion. A utilização da corrente elétrica

“quebra” as moléculas do princípio ativo do produto transformando-

as em íons, os quais possuem massa e tamanho menores que a

molécula.

Essa dissociação facilita a passagem do produto pela pele, pela

membrana celular e pelos folículos pilo-sebáceos, permitindo

melhores absorção e penetração. Sabemos que substâncias com

cargas iguais se repelem e substâncias com cargas opostas se

atraem; o mesmo ocorre entre os íons e os pólos da corrente.

Ionizando o produto com o pólo de mesma carga, estamos

provocando uma repulsão entre o produto e o eletrodo e uma

atração entre o produto e o organismo, facilitando sua penetração.

Geralmente os produtos utilizados são ampolas nutritivas à base de

uréia, colágeno, elastina, extrato placentário, DNA, vitamina C,

entre outros.

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Além de favorecer a penetração de substâncias nutritivas, também

estimula os tecidos promovendo um aumento do metabolismo e

melhora da atividade celular.

Essa técnica é indicada para tratamentos preventivos de

envelhecimento ou involução cutânea ou mesmo para atenuar os

sinais do envelhecimento.

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Podem ser utilizados os dois eletrodos em esfera, movimentados ao

mesmo tempo, ou um esfera e o outro bastonete, ou com e eletrodo

caneta, especial para linhas de expressão, e o bastonete.

Desincruste

É uma técnica que utiliza a corrente galvânica para facilitar a

retirada do excesso de secreção sebácea da superfície da pele.

Geralmente é utilizado um produto com ativos à base de carbonato

de sódio, salicilato de sódio ou lauril sulfato de sódio, que possuem

características alcalinas.

Esses produtos realizam saponificação ou efeito detergente com os

ácidos graxos presentes na secreção sebácea, transformando-o em

sabão, o qual é facilmente removível com água. A função da

corrente é facilitar a penetração do produto, por isso a polaridade

selecionada no aparelho deve ser a mesma do produto, seguindo o

mesmo princípio da ionização.

A diferença entre a ionização e desincruste é que este último atinge

a camada mais superficial da pele. A aplicação do desincruste deve

ser feita principalmente na zona T, ou seja, testa, nariz e queixo.

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Os eletrodos que devem ser utilizados são o gancho (jacaré)

envolvido por algodão embebido na solução e o bastonete, que a

cliente deve segurar durante a aplicação.

Essa técnica também tem sido bastante utilizada nos tratamentos

capilares para redução da oleosidade nos quadros seborréicos.

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Eletrolifting ou Galvanopuntura

É uma técnica que utiliza a corrente galvânica juntamente com uma

agulha de 5mm no pólo negativo, com o objetivo de atenuar vincos

e linhas de expressão. Não se caracteriza por um método invasivo,

pois a agulha atinge apenas a superfície da pele sem aprofundar-

se.

Esse método consiste em provocar uma sutil agressão na camada

superficial da epiderme, sobre as rugas ou linhas de expressão nas

regiões naso-labiais, perioculares, frontal, entre outras, com o intuito

de estimular a produção de novas células, de colágeno e elastina e

ainda incrementar a nutrição do local, agindo sobre os tecidos que

se encontram desnutridos e desvitalizados.

O resultado varia de acordo com a profundidade da ruga, a idade e

os cuidados que se tem com a pele. A técnica também pode ser

utilizada em estrias, apresentando ótimos resultados.

Para a aplicação, são utilizados os eletrodos bastonete e porta-

agulhas e o profissional deve estar especializado neste tratamento.

Eletrólise ou EletrocoagulaçãoTambém denominada por depilação

“definitiva”, é uma técnica que utiliza a corrente galvânica e uma

agulha metálica de 7mm como um recurso para destruir a raiz do

folículo pilo-sebáceo, bloqueando, assim, o crescimento do pêlo.

Essa destruição ocorre devido a uma descarga elétrica através da

agulha, pois é na raiz que se encontram os nutrientes necessários

para o crescimento do pêlo.

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Não é um método invasivo pois, a agulha atravessa a epiderme e

chega à derme onde atinge a capa germinativa do bulbo e a papila,

sem portanto ultrapassá-la. Para localizar o bulbo é necessário o

auxílio de uma lupa.

Pode ser utilizada em qualquer região do organismo onde se deseja

a eliminação de pêlos indesejáveis tanto da face como do corpo,

porém é utilizada com mais freqüência no buço, peito, virilhas e

sobrancelhas.

Os eletrodos utilizados são o porta-agulhas, o bastonete e um pedal

que libera a passagem da corrente, sendo que esta não passa de

forma contínua para o cliente e sim quando o pedal é acionado pelo

profissional.

Para a aplicação desta técnica é necessário localizar com precisão

o bulbo piloso, sendo imprescindível que o profissional esteja

capacitado, tornando a técnica eficaz e sem causar lesões

cutâneas.

Embora seja denominada por definitiva, a técnica pode não eliminar

por completo o folículo e o pelo pode vir a crescer novamente,

porém com muito menos resistência e espessura, facilitando sua

retirada posteriormente. Além disso, sabemos que o termo definitivo

é muito comprometedor, visto que não existe um método cem por

cento definitivo.

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Legenda: Eletrodos Utilizados na Galvânica: Porta Agulha, Gancho,

Bastão, Caneta, Esfera

Microcorrentes

É um tipo de corrente galvânica modificada, modulada em tipos de

ondas, com valores de freqüência e com amperagem medida em

milionésimos de Ampére (mA). Essas variáveis quando

combinadas, efetuarão trabalhos específicos.

O objetivo da técnica é promover a revitalização cutânea,

melhorando a flacidez muscular, elasticidade, a viçosidade e o

brilho da pele. Isso ocorre devido à formação de um campo

bioelétrico natural, que promove revitalização celular.

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A seleção do tipo da onda se deve a cada etapa de trabalho, ao

grau de flacidez e ao estado geral da pele, sendo algumas

utilizadas para flacidez mais leves e outras para flacidez mais

acentuadas.

Os problemas ocasionados pelo mau funcionamento das vias de

intercâmbio em decorrência da má circulação e da disfunção do

sistema linfático, ocasionam ineficácia na nutrição e na eliminação

de toxinas. Esses aspectos associados a fatores relacionados com

o modo de vida do paciente e sua forma individual de utilizar os

músculos da face, também refletem no tônus muscular, responsável

pelo aspecto viçoso da juventude, ocasionando, por exemplo, o

aparecimento de sulcos nasogenianos, linhas de expressão e

outras exteriorizações.

A técnica atinge tanto a camada superficial da pele, possibilitando a

movimentação dos líquidos intersticiais, como a camada superficial

da musculatura facial, estimulando as fibras.

Para o nosso aparelho, o Syncros, orientamos que a técnica seja

aplicada em três etapas: na primeira fase o objetivo é promover a

movimentação de líquidos, na segunda promover a estimulação

muscular e na terceira ionizar um produto com características

nutritivas e hidratantes, próprias para revitalização cutânea.

A movimentação dos líquidos proporciona alguns efeitos fisiológicos

bastante importantes para a restauração dérmica, tais como:•

Elevação da temperatura local

• Formação de hiperemia

• Otimização do metabolismo

• Aumento da síntese de ATP e de colágeno

• Incremento da drenagem

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• Desobstrução ganglionar

• Aumento das trocas iônicas intracelulares

• Mobilização de líquidos provenientes das circulações linfática e

sangüínea

• Aumento da reabsorção de hematomas, edemas e cicatrização em

pós-cirúrgicos

Já na segunda etapa, priorizamos a estimulação da musculatura

com movimentação no sentido das fibras, seguindo-as em um mapa

anatômico.

A terceira consiste em ionizar um produto cujos benefícios estão

diretamente relacionados com o princípio ativo do produto.

Essa técnica representa um avanço significativo em relação aos

tratamentos disponíveis até há pouco tempo, uma vez que o

equipamento possibilita alcançar melhorias visíveis desde a

primeira aplicação.

É certo que essas melhorias são temporárias mas conforme o

tratamento vai sendo realizado, os benefícios tornam-se mais

duradouros, pois o efeito da corrente continua agindo mesmo após

a aplicação. Esses benefícios não são definitivos visto que os

efeitos do tempo continuarão a incidir sobre o organismo.

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Para a aplicação são utilizados dois eletrodos porta-cotonetes junto

com uma solução aquosa, geralmente solução N.M.F., (Natural

Moisturizing Factor, fator hidratante sintético semelhante ao

encontrado na pele, rico em aminoácidos, lactato e sais), conhecida

por Uréia, nas duas primeiras etapas e dois eletrodos em esfera

para ionização com algum produto ionizável.

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Corrente Farádica

É uma corrente do tipo alternada, ou seja, que muda sua polaridade

em um determinado tempo pré-estabelecido, e que realiza uma

estimulação muscular por excitação nervosa. Cada estímulo

provoca uma contração e em seguida há um período de repouso.

A sucessão de impulsos segue uma determinada ordem

denominada freqüência, cuja unidade de medida é Hertz. Traduz o

número de impulsos em cada segundo, por exemplo, uma

freqüência de 10Hz significa que estão passando dez estímulos em

cada segundo.

Esta técnica tem por objetivo proporcionar um trabalho isométrico

passivo melhorando o contorno facial e reduzindo o quadro de

flacidez muscular com conseqüente melhora da circulação

periférica. É aplicada por eletrodos de borracha siliconada e

chamex (esponja vegetal) umedecida para facilitar a transmissão da

corrente.

Além de estimular a musculatura, a aplicação da corrente farádica

promove a otimização do metabolismo e da circulação sangüínea

do tecido muscular. A intensidade deve ser ajustada de acordo com

a sensibilidade da cliente e o tempo médio de aplicação deve ser

em torno de 5 a 10 minutos.

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A região a ser estimulada deve seguir o mapa muscular, porém não

por pontos motores mas sim por grupos que apresentem maior

tendência à flacidez (regiões mentoniana, zigomática, entre outras).

Alta-Frequência

A alta-freqüência é um tipo de corrente de elevada tensão e baixa

intensidade que passa de uma peça chamada bobina para os

eletrodos de vidro que contém gás nobre. Os gases utilizados são

geralmente Neônio ou Argônio. Quando é acionado, emite uma

coloração alaranjada, no caso do neônio, ou azulada, no caso do

argônio.

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Possui ação bactericida sendo muito importante na limpeza de pele;

ativadora, vasodilatadora e térmica, que proporcionam melhor

absorção de cosméticos nutritivos nos tratamentos de revitalização

cutânea, provocando hiperemia e elevação da temperatura local.

Nos tratamentos capilares é importante como um elemento ativador

da circulação sangüínea do couro cabeludo acentuando também a

penetração de produtos nutritivos pelos folículos pilo-sebáceos,

sendo utilizados nos tratamentos antiqueda.

Pode ser utilizado tanto na estética facial, corporal e capilar.

O tempo de utilização depende do local e do tipo da aplicação,

geralmente em torno de 3 a 8 minutos. Possui seis tipos diferentes

de eletrodos, que variam de acordo com a função a ser

desempenhada. São eles: pente, fulgurador, standarts pequeno e

grande, forquilha e saturador.

O eletrodo pente é utilizado nos tratamentos capilares para a

descontaminação e ativação do couro cabeludo. O fulgurador

(cauterizador), é utilizado durante a limpeza de pele, após

extrações.

Os standarts pequeno e grande (cebolinha e cebolão), são

utilizados nos tratamentos faciais.

A forquilha é utilizada após depilações no corpo e também para

relaxamento da cervical. Já o saturador (ionizador indireto) é

utilizado nos tratamentos faciais e capilares, associado a

massagens de tamborilamento, facilitando a penetração de

substâncias nutritivas.

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Os efeitos fisiológicos que essa técnica possui são:· Bactericida e

antisséptico

· Vasodilatador, provocando hiperemia

· Térmico

· Ionização indireta

· Cauterização após extrações de pústulas

· Ativador do metabolismo, utilizado principalmente em tratamentos

capilares

· Oxigenante

· Relaxamento da região cervical

Vaporização

É uma técnica que utiliza os princípios do calor através do vapor

com o objetivo de provocar emoliência. Pode ser utilizado com o

gás ozônio que possui ação bactericida e oxidante, sendo a água

um veículo para o gás. O efeito oxidante é no sentido de aumentar

o aporte de oxigênio para as células, oxigenando os tecidos.

Promove emoliência devido a uma elevação da temperatura local e

vasodilatação periférica, provocando hiperemia e dilatação dos

óstios. O conjunto desses efeitos facilita a extração de pápulas,

pústulas, miliuns e principalmente comedões.

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Para auxiliar e tornar a extração mais eficiente, deve ser utilizado

um bom cosmético com características emolientes. O tempo de

aplicação deve ser em torno de dez minutos aproximadamente. As

indicações terapêuticas são:· Dilatação dos óstios foliculares

· Tratamento de pele acnéica

· Penetração mais rápida de produtos nutritivos e ativos

· Bactericida e oxigenante

Vacuoterapia

É uma técnica bastante utilizada na estética facial e corporal.

O princípio de trabalho é uma sucção sobre a pele através de

ventosas de vidro que tem formas e diâmetros diferentes e com

diversos valores de sucção, reguláveis por um potenciômetro de

acordo com as diferentes funções.

Ocorre mobilização do estrato cutâneo profundo com deslocamento

do tecido de sulcos favorecendo a produção de colágeno.

Sua aplicação pode ser realizada quando se pretende atingir os

planos mais profundos da pele como nas cicatrizes, tecido fibroso,

vincos, linhas de expressão e após intervenções cirúrgicas.

Durante o processo de envelhecimento encontramos algumas

alterações, como: · Redução do número de fibroblastos, e

conseqüentemente redução da síntese de colágeno, elastina e

fibras reticulares

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· Disfunções do sistema linfático

Provoca intensa hiperemia em pouco tempo, facilitando a circulação

sangüínea e linfática. Suas aplicações na estética facial

são:· Extração de comedões, pápulas, pústulas e miliuns, após

peeling e emoliência

· Massagem facial modeladora

· Massagem de drenagem linfática, incluindo o pós-operatório

· Ativação de linhas de expressão e vincos, provocando hiperemia

e, preparando para ionizar soluções nutritivas e ainda estimulando a

produção de colágeno e elastina

· Atuação em tecidos fibrosos e cicatriciais com aderências no

sentido de atenuá-las.

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Pulverização ou Nebulização

É uma técnica que realiza a pulverização de uma solução aquosa,

como loções, tônicos, com baixa pressão e jato difuso.

A pulverização é importante em todos os tipos de pele e pode ser

utilizada:

· após um peeling suave ou limpeza profunda da pele, auxiliando na

remoção dos resíduos do produto esfoliante utilizado

· durante o tratamento facial, na revitalização cutânea favorecendo

a penetração de loções hidratantes e nutritivas

· após a massagem facial, proporcionando efeito refrescante

· após a máscara facial, facilitando sua remoçãoOs efeitos

fisiológicos que a pulverização promove estão relacionados com o

tipo de princípio ativo contido na solução utilizada sendo,

geralmente, bactericida ou fungicida, e com a temperatura e a

pressão empregadas tendo, geralmente, efeito descongestionante,

e estimulante da circulação sangüínea.

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Peelings químicos no rejuvenescimento facial

Avaliações Clínica do Envelhecimento Além da classificação das

rugas, Richard Glogau elaborou uma classificação do

fotoenvelhecimento que varia do tipo I ou tipo IV.

A sua escala fornece os seguintes parâmetros para avaliação:

Tipo I: mínimas rugas, fotoenvelhecimento inicial, alteração suave

na pigmentação, ausência de queratoses ou lentigos senis;

acomete pessoas dos 20 aos 30 anos que geralmente não

necessitam de maquiagem;

Tipo II: a pele permanece lisa na ausência de movimentos, mas

durante a movimentação (sorriso, franzir a testa etc.) as rugas

aparecem, presença de lentigos senis e telangectasias iniciam, mas

não possui queratoses visíveis; acomete pessoas dos 30 aos 40

anos que necessitam de uma maquiagem leve;

Tipo III: rugas visíveis mesmo na ausência de movimentação,

presença de lentigos senis, telangectasias e queratoses solares;

acomete pessoas acima dos 50 anos que necessitam de

maquiagem constantemente;

Tipo IV: rugas generalizadas, diminuição da espessura da

epiderme, pele com coloração amarelo-acizentado (pelo aumento

da espessura da camada córnea), maior tendência a câncer de

pele; acomete pessoas acima dos 60 anos que a maquiagem não

deve ser utilizada porque resseca e fragmenta. (CARRUTHERS et.

al., 2002).

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Os principais sinais do envelhecimento são as rugas, hipercromias,

pele seca, perda de luminosidade e ptose tissular (BUCHIL, 2002).

Esses sinais são consequências do processo fisiológico de declínio

das funções do tecido conjuntivo, no qual o colágeno vai tornando-

se mais rígido, com uma porcentagem perdida anualmente e uma

diminuição no número de ancoragem de fibrilas; as fibras elásticas

perdem força pela diminuição da elasticidade; há uma diminuição

das glicosaminoglicanas, associada a uma redução da água, que

por sua vez, diminui a adesão, migração, desenvolvimento e

diferenciação celular (SADICK, 2002).

Essa decadência do tecido conjuntivo impossibilita a manutenção

de uma camada de gordura uniforme sobre a pele, e a degeneração

das fibras elásticas, somada à menor velocidade de troca e

oxigenação dos tecidos, leva a uma desidratação da pele,

resultando em rugas (GUIRRO, 2004). Quando classificadas

clinicamente, as rugas podem ser: superficiais e profundas. As

superficiais são aquelas que desaparecem com o estiramento da

pele, diferindo das profundas que não sofrem alteração quando a

pele é estirada (KEDE; SABATOVICH, 2004).

As rugas recebem ainda outra classificação: rugas estáticas,

dinâmicas e gravitacionais. As estáticas são consequências da

fadiga das estruturas que constituem a pele, em decorrência da

repetição dos movimentos e aparecem mesmo na ausência deles.

As dinâmicas ou linhas de expressão surgem como consequência

de movimentos repetitivos da mímica facial e 8 aparecem com o

movimento. Já as rugas gravitacionais são consequentes da

flacidez da pele, culminando com a ptose das estruturas da face

(GUIRRO, 2004).

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Mecanismos de Ação De acordo com Guerra (2013), o peeling

causa alterações na pele por meio de três mecanismos. O primeiro

é a estimulação do crescimento epidérmico mediante a remoção do

estrato córneo. Segundo por provocar a destruição de camadas

especificas da pele lesada. Ao destruir as camadas e substituí-las

por tecido mais normalizado, obtém-se um melhor resultado

estético. Terceiro por induzir no tecido uma reação inflamatória mais

profunda que a necrose produzida pelo agente esfoliante.

A esfoliação remove partes da epiderme acima da camada basal.

Esses procedimentos são uma correção temporária da qualidade da

epiderme, mas não tem efeito algum em processo que têm origem

em regiões mais profundas da pele como rugas e cicatrizes, mesmo

se usados por varias vezes. A recuperação é bastante rápida, de

três a seis dias após a esfoliação (OBAGI, 2004). Utilizam-se vários

tipos de ácidos para realizar um peeling, de forma isolada ou

associações.

O objetivo é que essa substância penetre na pele não apresentando

toxidade ao organismo e, conforme a profundidade atingida seja

capaz de conseguir benefícios nos tratamentos estéticos.

Dependendo da alteração clínica a ser tratada a escolha das

substâncias devem ser compatíveis com o grau de penetração que

se deseja, podendo o esteticista utilizá-lo superficialmente

(PIMENTEL, 2008).

Indicações do Peeling Químico De acordo com Rotta (2008), esse

tipo de tratamento tem várias aplicabilidades, dentre elas: casos de

rugas, melanoses, queratoses actínicas, melasma,

hiperpigmentação pósinflamatória, acnes e suas seqüelas,

cicatrizes atróficas, estrias, queratose capilar, para clareamento da

pele e foto envelhecimento.

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Esta indicada na ocorrência das seguintes situações: lesões

epidérmicas, melasmas, lentigos, discromias actínicas, rugas

oderadas, efélides, cicatrizes de acne, queratose actinicas, rugas

finas, hiperpigmentação pós-inflamatória, fotoenvelhecimento.

Remove a camada superficial da pele ou até a própria derme,

(dependendo da concentração), fazendo emergir um novo tecido.

Estimula a produção de fibras colágenas substancias que garantem

a elasticidade e a firmeza da pele (Zanini, 2007; Velasco, 2009).

Nos tratamentos tópico da acne vulgar, especialmente nos graus I,

II e III, nos quais predominam comedões, pápulas e pústulas, ictiose

lamelar (doença cutânea hereditária rara que ocorre em recém-

nascidos), fotoenvelhecimento cutâneo, queratose folicular,

psoríase e líquen plano (KOROLKOVAS, 2008).

É indicado no clareamento de manchas hipercrômicas, no pós-

peeling como antiinflamatórios, cremes antienvelhecimentos,

despigmentantes. Pode ser incorporado em géis, cremes e loções

não iônicas.

Para peles oleosas recomenda-se o uso de sabonete adequado,

antes da aplicação do ácido fítico, para facilitar a permeabilidade

(DOMÍNGUEZ, 2002). Indicado também para pele fotolesada,

complementando o peeling superficial continuado, após duas a

quatro semanas. Fazer a cada duas a três semanas, uma série de

seis a oito peelings com ácido glicólico 70% (SAMPAIO, 2000).

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Contra Indicações do Peeling Químico

É contra indicada de forma absoluta pele com ferimentos, cicatrizes

de pós-operatório recente, herpes zoster, alergia aos ácidos, dente

outros. As relativas são para peles sensíveis, eritema solar ou após

depilação imediata.

A exposição ao sol durante o 9 tratamento com peeling é proibida

para prevenção de manchas na pele como também seu

envelhecimento precoce (BORGES, 2005). No entanto é contra

indicado nos casos de fotoproteção inadequada, gravidez, estresse

ou escoriações neuróticas, uso de isotretinoína oral há menos de

seis meses, cicatrização deficiente ou formação de quinóides,

história de hiperpigmentação pós-inflamatória permanente (ROTTA,

2008).

Não devem ser aplicadas sobre a pele inflamada, eczematosa ou

com queimaduras de sol; igualmente, não devem ser utilizados

simultaneamente outros tratamentos tópicos, especialmente outros

agentes queratolíticos, na gravidez e na lactação (KOROLKOVAS,

2008). 5.2 Tipos de Ácidos 5.2.1 Ácido Glicólico (C2H403) Ácido

glicólico (ácido hidroxietanóico, ácido hidroxiacético) é o AHA mais

curto, com apenas dois átomos de carbono. Extraído da cana-de-

açúcar, éextremamente hidrofílico, tem pH de 0,5,o pH de uma

solução de ácido glicólico determina seus poder de acidificação

sobre a pele: uma solução de ácido glicólico a 3%em pH 3 é capaz

de acidificar as primeiras cinco camadas de corneócitos, em quanto

a 10%e pH 3, causa acidificação mais profunda e mais rápida da

epiderme (DEPREZ, 2009).

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O acido glicólico além de estimular a produção de colágeno, reduz a

produção de melanina, sendo úteis no combate as

hiperpigmentações.

O peeling de acido glicólico mostra-se benéfico para peles com

propensão à acne, pois ajuda a manter os poros livres do excesso

de queratinócitos e também para diminuir sinais e manchas da

idade, bem como a queratose actínica, em longo prazo demonstra

melhora gradual na qualidade e no tônus da pele, se tornando mais

macia e uniforme; por se tratar de um peeling não toxico ao

melanócito, pode ser utilizado em peles escuras e em todas as

estações, lembrando-se de utilizar sempre o filtro solar (DEPREZ,

2007).

Ácido glicólico age no envelhecimento, promovendo melhoras em

relação ao tratamento de rugas superficiais, médias e profundas,

manchas senis, flacidez de pele, pele seca, entre outras. O acido

glicólico age na atenuação das rugas, por aumentar a síntese de

glicosaminoglicanas, que tem capacidade de fixar a molécula de

H2O nos tecidos, aumentando assim o turgor da pele, melhorando o

aspecto das rugas superficiais e médias, entre outras substancias

intercelulares da derme que aumentam sua síntese, estimulando

por exemplo os fibroblastos a produzir colágeno e elastina (MENE;

ANDREONI; MORAES; MENDONÇA, 2012).

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O ácido glicólico é utilizado no rejuvenescimento da pele, diminui a

espessura e na compactação do extrato córneo, estimula a síntese

de colágeno e é hidratante. Este ácido é usado no tratamento da

acne, queratose actínica, hipercromia e atenuação de rugas finas e

linhas de expressão. Pode ser usado de 2 a 70%, dependendo do

caso.

É aplicado como peeling numa concentração de

70%,concentrações mais baixas, usado no tratamento da acne,

queratose actínica, hipercromia e atenuação de rugas finas, como

2%, são utilizadas em cremes faciais (EFICÁCIA, [200-]). 5.2.2

Ácido Mandélico (C8H803) Ácido mandélico é considerado o AHA

de maior peso molecular, com absorção lenta da pele, favorecendo

um efeito uniforme, indicado principalmente a peles sensíveis, é

obtido do extrato de amêndoas amargas, bastante utilizado para

combater, hiperpigmentações, além de ser utilizado como peeling, o

acido mandélico é bastante utilizado em cremes rejuvenescedores

com combinações de vitaminas A,C e E, para tratamento de rugas

finas, linhas de expressão, melhora da textura da pele e para

clarear manchas (agindo na inibição 10 da síntese de melanina,

bem como na melanina já depositada); inclusive vantajoso para o

rejuvenescimento de peles mais morenas. (PIMENTEL, 2008). O

ácido mandélico é capaz de melhorar a textura da pele porque sua

pequena molécula penetra além da camada córnea, atingindo a

derme, na camada mais superficial. O ácido mandélico atua

dissolvendo o cimento intercelular, promovendo a descamação e

tornando a superfície da pele homogênea, proporcionando um

toque suave.

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Na camada mais profunda estimula a produção de colágeno e inibe

a formação de melanina, demonstrando efeito no tratamento de

melasma e cloasma. O ácido mandélico também tem atividade

bactericida, o que o torna eficaz no tratamento da acne,

combatendo o Propionibacterium acnes. Este ácido é uma opção

entre os alfa-hidroxiácidos. Pode ser usado em formulações a 5%

uso diário e 20% para peelings no consultório (EFICÁCIA, [200-]).

5.2.3 Ácido Retinóico (C20H2802) Ácido retinóico, tretinoína ou

vitamina A ácida é um agente anti-acnéico e anti-psoríasico eficaz,

que atua sobre receptores nucleares nas células-alvo, estimulando

assim a mitose e a renovação das células.

Esta ação propicia a formação de uma camada córnea menos

aderente, que ao mesmo tempo facilita a eliminação dos comedões

existentes e dificulta sua aparição. Sua apresentação para

aplicação tópica, conhecida como vitamina A ácida, ou tretinoína, é

de primeira escolha para o tratamento da acne e do

fotoenvelhecimento cutâneo.

É um dos compostos atuais utilizado contra os efeitos do

envelhecimento. Promove a esfoliação e estimula a produção de

colágeno, substância que é responsável pela firmeza da pele. Outra

função atribuída é a de reorganizar as fibras elásticas danificadas

pela exposição solar e ainda melhorar a irrigação da pele. Esse

tratamento pode ser feito no rosto, pescoço, colo e mãos, em

concentrações diferentes.

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Melhora a qualidade da pele, ajudando na prevenção ao processo

de envelhecimento. A eficácia apresentada pelo ácido retinóico é

explicada por algumas de suas características, como facilita à

eliminação dos comedões (cravos) e evita a formação de outros.

O ácido retinóico faz com que os queratinócitos no poro percam a

coesão e soltem-se uns dos outros à medida que atingem a camada

córnea. Aumentando o fluxo sanguíneo nas áreas onde é aplicado,

aumentado o aporte de glóbulos brancos (leucócitos) para o local. O

seu uso em cosmiatria vem da observação de pacientes em

tratamento de acne, em que após certo tempo a pele se

apresentava mais macia e menos enrugada, apesar da vermelhidão

e irritação causadas pelo ácido retinóico.

Desde então, numerosas observações vem sendo feitas com o uso

do ácido retinóico a 0,05% para a redução de rugas e linhas de

expressão, para a prevenção do envelhecimento cutâneo e para o

tratamento da pele danificada pelo sol. Nessas observações,

verificou-se melhora nas características da pele, diminuição da

queratose actínica, dispersão mais uniforme dos grânulos de

melanina, formação de novas fibras de colágeno na derme,

aumento do fluxo sanguíneo e aumento da permeabilidade da

epiderme.

No caso das rugas, o efeito mais evidente foi constatado em rugas

finas e em linhas de expressão. Aplicação em (concentração de 5%

a 8%) é aplicado sobre a área afetada. Depois de duas horas, o

médico retira o produto com água ou soro fisiológico.

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A ação da substância estimula uma maior produção de colágeno

que interrompe o processo inflamatório e preenche a depressão

caso ela já esteja se formando, os resultados após a quarta sessão,

que devem ser de seis a dez, feitas quinzenalmente. Para o

tratamento da acne, não se deve associar o ácido retinóico e

operóxido de benzoíla na mesma formulação, uma vez que o

primeiro é oxidado pelo segundo (KOROLKOVAS, 2008). Ácido

retinóico é um dos compostos atuais utilizado contra os efeitos do

envelhecimento.

Promove a esfoliação e estimula a produção de colágeno, também

denominado vitamina A 11 ácida, seu uso é justificado por promover

uma compactação da camada córnea, espessamento epidérmico e

aumentar a síntese de colágeno. Estimulando queratinócitos por

melhorara a distribuição dos melanócitos e por produzir uma

normalização epidérmica, elimina os queratinócitos atípicos e

impede a formação de queratoses, sendo indicado para o

tratamento do fotoenvelhecimento, portanto atua em patologias

onde há hiperqueratinização pós-inflamatoria, garante uma

uniformidade na aplicação do agente do peeling e promove uma

reepitelização mais rápida ( Leveque,1997; Velasco, 2009; Múcio,

2008). 5.2.4 Ácido Salicílico (C7H603) Ácido salicílico é um beta-

hidroxiácido ou ácido 2-hidroxibenzóico, extraído do Salix Alba

(salgueiro branco), usado em concentração de no máximo 20%

(PIMENTEL, 2006).

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A ação esfoliante deste ativo induz a esfoliação da camada córnea

provavelmente por dissolução das lamelas (cimento celular) e/ou ao

aumento da proteólise dos corneodesmossomas (RIBEIRO, 2010).

Ácido salicílico em peelings, para os casos de queratose actinicas e

seborreicas, lentiginose no dorso da mão e do ante-braço; na face

utilizado em solução alcoólica a 35% por cerca de 5 minutos,

seguida de neutralização com água, neste caso indicado para

clareamento da pele, atenuação das rugas e tratamento de

comedões.

A descamação se inicia em torno do 4-5º dia prolongando-se por

cerca de 10 dias, com eritema mínimo podendo ser repetidos entre

2 a 4 semanas. Alguns cuidados devem ser observados após o

peeling durante as primeiras semanas: Colocar compressas de

água frias, Hidratações semanais que ajudará a retirar as crostas

residuais, diminuir o edema e facilitar a reepitelização (Esteve,

1990; Leveque, 1997; Múcio, 2008). Àcido Fítico (C6H18O24P6) O

ácido fítico (hexafosfato de inositol) é um ácido orgânico

componente natural da maioria das sementes de leguminosas e

cereais. Apresenta-se como um líquido viscoso a 50% levemente.

Tem ação inibidora sobre a tirosinase, apresentando ação

despigmentante, antiinflamatória, antioxidante, hidratante e agente

quelante. É efetivo na prevenção da caspa. O ácido fítico é um bom

quelante para o cálcio e acelera o transporte de oxigênio, facilitando

o metabolismo celular. O tratamento médio de manchas

hipercrômicas é de 3 semanas a 2 meses. Recomenda-se usar de

0,5 a 2,0 %.O pH de estabilidade é de 4,0 a 4,5. É compatível com

ácido glicólico, ácido kójico, ácido retinóico.

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Este composto também vem sendo estudado por apresentar

qualidades benéficas na prevenção de doenças cardiovasculares,

devido ao seu efeito hipocolesterolêmico e antioxidante.

É sabido, também, que fitatos são importantes na prevenção do

câncer de intestino grosso, devido a seu efeito complexante sobre

os íons ferro, que parece inibir o processo carcinogênico. O ferro

geraria radicais livres, os quais estão associados ao

desenvolvimento de câncer. Porém, ao serem complexados pelos

fitatos, inibiriam produção destes radicais livres.

Deste modo, o fitato atuaria como um antioxidante similar à

Vitamina C. Esse efeito antinutriente dos fitatos pode, no entanto,

ser considerado como protetor (DOMÍNGUEZ, 2002). Ácido fítico é

obtido do farelo de arroz, aveia ou gérmen de trigo. Tem ação

inibitória sobre atirosinase (enzima importante na produção de

pigmentos melanínicos que dão cor à pele humana) e por isso é

usado como despigmentante.

Tem também ação antiinflamatória, antioxidante e hidratante. É

usado para o clareamento de manchas hipercrômicas,

eventualmente associado ao ácido glicólico, e no “pós-pelling” como

antiinflamatório. É um potencial clareador de pele por que além de

inibir a tirosinase.

Pode-se 12 usar o ácido fítico como clareador de peles com alto

grau de sensibilidade, como peles brancas e sensíveis ou peles que

sofreram grandes agressões por qualquer processo químico ou

físico, pois ele tem um alto poder hidratante.

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O ácido fítico substitui hoje a hidroquinona, substância utilizada nas

últimas décadas como clareadora da pele (NICOLETTI, 2002).

Ácido Kójico (C6H604) Ácido kójico é uma substância produzida por

um cogumelo japonês chamado koji, utilizado também na

fermentação do arroz para produção de saque. O ácido kójico não

causa irritação nem fotossensibilização no usuário, possibilitando

seu uso até mesmo durante o dia. Além disso, o ácido kójico não

oxida como muitos clareadores cutâneos e pode ser associado ao

ácido glicólico. Propriedades: as hiperpigmentações são, em geral,

distúrbios caracterizados pelo aumento de melanina e outros

pigmentantes na pele. Os principais desencadeadores são as

radiações solares, os hormônios sexuais e agentes externos, fontes

de radicais livres.

O ácido kójico é um dos despigmentantes naturais mais eficientes

do mercado, por isso tem sido muito usado com excelentes

resultados; tem ocupado posição de destaque entre as substâncias

usadas para o clareamento de vários tipos de hipercromias

cutâneas. Indicações: Além do seu efeito despigmentante, o ácido

kójico também atua como antiséptico impedindo a proliferação de

fungos e bactérias na pele.

Ele também tem ação anti-oxidante ajudando na prevenção do

envelhecimento cutâneo e pode ser usado em formulações junto

com ácido glicólico, vitamina C, entre outros ativos. Mecanismo de

ação: ácido kójico age inibindo a formação da melanina. Ele quela

os íons cobre e bloqueia a ação da tirosinase, acabando com as

manchas.

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O efeito do ácido kójico ocorrerá após 2 a 4 semanas de uso

contínuo. Algumas pessoas podem demorar um pouco mais,

especialmente aquelas com pele oleosa ou muito espessa. Os

resultados vão melhorando à medida que se continua a aplicação

por até 6 meses. Vantagens: a vantagem desse produto está na

suavidade de ação sobre apele.

O ácido kójico não causa irritação nem fotossensibilização no

usuário, possibilitando seu uso até mesmo durante o dia. Além

disso, o ácido kójico não oxida como muitos clareadores cutâneos e

pode ser associado ao ácido glicólico (BATISTUZZO, 2002). Ácido

kójico é um potente despigmentante natural. Ele inibe a ação da

tirosinase como quelante de íons, promovendo a diminuição da

formação de melanina, acabando com as manchas, principalmente

as faciais, não são estéticas e causam alguns transtornos que

dificultam o bem-estar do indivíduo no âmbito psicossocial. Nota-se

que todas as partes do corpo não exibem a mesma cor.

A espessura da pele, os vasos sanguíneos superficiais

(dependendo do número e estado de sua dilatação, bem como a

sua aproximação com a superfície da pele) e pigmentos como

carotenóides afetam a percepção da cor, a quantidade de melanina

produzida pelos melanócitos determina a cor. As hiperpigmentações

são, em geral, distúrbios caracterizados pelo aumento de melanina

e outros pigmentantes na pele. Os principais desencadeadores são

as radiações solares, os hormônios sexuais e agentes externos,

fontes de radicais livres.

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Por esta razão, pesquisas para o desenvolvimento de produtos

clareadores focam, principalmente, a redução da produção de

melanina nos melanócitos. São utilizados em concentrações

compreendidas entre 0,005 e 4% em cremes e loções não iônicas,

géis, géis-creme e loções aquosas clareadoras. Como o ácido

kójico é menos irritante, mais suave e não causa fotossensibilização

no usuário possibilita seu uso até mesmo durante o dia, além disso,

o ácido kójico não oxida, podendo ser associados com outros

agentes despigmentantes como o ácido glicólico (Soler, 2004;

Roca, 2006).

Ácido Tricloroacético (C2HCl3O2) Ácido tricloroacético ou TCA é

um produto orgânico, ocorrendo na forma de cristais deliqüescente,

solúveis em água, álcool etílico e éter. O produto tem ação cáustica.

O ácido em concentrações de até 30% é usado para o tratamento

de cicatrizes da acne e do envelhecimento cutâneo. Em

concentrações maiores é usado no condiloma acuminado, verrugas

e “peelings”.

O ácido tricloroacético como agente para peeling químico é uma

substância química cauterizante capaz de provocar necrose da pele

causando uma epidermólise profunda com um processo inflamatório

residual que pode ter duração de até oito semanas. É quando a

lesão tratada adquire cor branca (frost) assim que aplicada na pele.

Quanto mais profundo for o peeling, mais intenso e mais rápido será

a formação do frost.

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Para o peeling médio, o frost ideal é o frost nível II (ZAMARIAN,

2011). TCA tornou-se o ácido preferido para os peelings químicos

de profundidade superficial e média, apesar de que pode ser

utilizado nos peelings mais profundos, mas existe um consenso de

que nesta ultima situação, é, geralmente um procedimento mais

arriscado do que o peeling profundo de fenol. O peeling de TCA

pode ser considerado de superficial e média profundidade se usado

a 50 %.

Esta indicada na ocorrência das seguintes situações: melasmas,

efélides, cicatrizes de acne, queratose actinicas, rugas finas,

hiperpigmentação pós-inflamatória, fotoenvelhecimento. Remove a

camada superficial da pele ou até a própria derme, (dependendo da

concentração), fazendo emergir um novo tecido. Estimula a

produção de fibras colágenas substancias que garantem a

elasticidade e a firmeza da pele (ZANINI, 2007).

Ácido Carbólico (C6H5OH) Ácido carbólico ou Fenol é derivado do

coaltar. Trata-se de uma esfoliação química profunda da pele, que

utiliza o ácido carbólico (substância química conhecida como fenol),

o qual provoca destruição de partes da epiderme e derme, seguida

de posterior regeneração dos tecidos são inegavelmente os mais

eficazes.

É um peeling de exclusividade médica. Possui um grande poder de

esfoliação, pois penetra profundamente até a derme reticular, sendo

assim indicado para rugas profundas, peri-orais e para tratar as

queratoses mais severas (Zanini, 2007; Velasco, 2009).

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Fenol quando aplicado à pele induz a uma queimadura química,

que ao longo do tempo resulta no rejuvenescimento da pele. A

aplicação por período de tempo maior ocasiona sua penetração na

derme superior, resultando na formação de uma nova camada de

colágeno estratificado.

A regeneração epidérmica inicia-se 48 horas após a aplicação da

formulação e se completa no intervalo de sete a 10 dias. A

formulação de Baker-Gordon utilizada no peeling pode causar

hipopigmentação cutânea permanente em alguns indivíduos, bem

como levar à absorção do fenol, resultando em arritmias cardíacas

e danos renais.

O fenol é tóxico para todas as células, penetra e permeia a pele,

sendo absorvido e excretado pela urina. Concentrações elevadas

no sangue podem ter efeito tóxico no miocárdio, provocando

taquicardia, contrações e dissociação eletromecânica. Por isso, ao

utilizar o peeling de fenol, a face é dividida em pelo menos cinco

regiões.

Assim, aplica-se o produto em cada região com intervalo de tempo

de 15 minutos, de modo que a concentração absorvida seja

eliminada pela urina, sem causar problemas cardíacos. Nas

terminações nervosas da pele, age como anestésico local. Como

composto químico, o fenol é solúvel em óleos e gorduras, e pode

ser removido rapidamente da pele com glicerina, óleos vegetais ou

álcool etílico a 50%, no caso de entrar em contato acidentalmente.

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A formulação para peeling mais conhecida que utiliza o fenol é a de

Baker-Gordon (1962), em que o fenol é diluído à concentração que

varia de 45 a 55% ( MOYet al, 1996).

Podemos observar a aplicabilidade dos ácidos segundo os estudos

pesquisados, e avaliar os resultados considerados satisfatórios por

todos os autores.

Classificação dos peelings químicos Para Borges (2010), a

classificação dos peelings químicos pode se basear no nível de

profundidade que conseguem atingir: muito superficiais, superficiais,

médio e profundo, isso permite ao médico e ao fisioterapeuta

intervirem de acordo com seu objetivo terapêutico.

Muito superficiais (estrato córneo), esses peelings afinam ou

removem o estrato córneo e não criam lesão abaixo do estrato

granuloso. Superficial (epidérmicos), esses peelings produzem

necrose de parte ou de toda epiderme, em qualquer parte do estrato

granuloso 15 ate a camada de células basais. Médios (derme

papilar), esses peelings produzem necrose da epiderme e de parte

ou de toda a derme papilar.

Profundos (derme reticular), esses peelings produzem necrose da

epiderme e da derme papilar que se estende até a derme reticular.

Peeling Facial Superficial Este peeling se limita a uma remoção do

estrato córneo da pele (camada mais superficial) (Marquet, 2007),

(Cunha, 2003).

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A descamação inicia-se cerca de vinte e quatro a quarenta e oito

horas após o procedimento e perdura por cinco a sete dias. A

aparência da pele é normal com uma leve descamação, sendo que

o paciente pode continuar seu dia-a-dia normal (ALMEIDA DE SÁ,

2006).

O resurfacing superficial é indicado para casos de acne, foto

envelhecimento leve, eczema hiperquerostático, queratose actínica,

rugas finas e melasma.

No peeling superficial utilizam-se substâncias ativas como os alfa-

hidroxiácidos (AHA), beta-hidroxiácidos (ácido salicílico), ácido

tricloroacético (TCA), resorcinol, ácido azelaico, solução de jessner,

dióxido de carbono (CO2) sólido e ácido retinoico (tretinoína). Este

tipo de peeling pode ser utilizado em todos os tipos de pele e em

qualquer área do corpo, pois esta quimioesfoliação dificilmente

apresenta risco de complicação ao paciente (VELASCO, 2004).

Este procedimento apresenta bons resultados quando feito em

várias sessões repetidas em pequenos intervalos. Seu principal

resultado é uma melhora na textura da pele, clareamento das

manchas e atenuação das rugas finas, além de estimular a

renovação de colágeno, assim dando melhor firmeza a pele. É

importante ressaltar que o peeling cutâneo superficial não é, e não

deve ser considerados como uma terapêutica definitiva para os

problemas cutâneos do paciente, sendo antes, uma etapa de um

esquema progressivo onde as descamações costumam ser

repetidas para que se obtenham e se mantenham melhores

resultados (ALMEIDA DE SÁ, 2006).

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Peeling Facial Médio O peeling médio consiste na destruição das

camadas específicas da pele, dependendo do agente utilizado e

sua concentração (CUNHA, 2003). Tem as mesmas indicações que

o peeling superficial, além de ser indicado em lesões epidérmicas.

No procedimento utilizam-se como substâncias ativas combinações

de TCA (ácido tricloroacético) com CO2, TCA com solução de

jessner, TCA com ácido glicólico ou somente o TCA e a resorcina

(VELASCO, 2004).

Assim como o peeling superficial, o resurfacing médio atingiu maior

popularidade na década de 80. Neste procedimento as

descamações também costumam ser repetidas para que se

obtenham e se mantenham melhores resultados. São mais

indicados quando a pele já apresenta asperezas como as ceratoses

(lesões pré-cancerosas) e rugas mais pronunciadas (ALMEIDA DE

SÁ, 2006).

Peeling Facial Profundo O peeling profundo induz uma reação

inflamatória no tecido mais profundo causando uma necrose pelo

agente esfoliante (CUNHA, 2003).

A quimioesfoliação profunda é bem mais agressiva que os demais,

provocando a formação de muitas crostas na pele. O procedimento

exige uso de curativos e a recuperação deste pode durar até um

mês. Seus resultados são considerados muito bons, com renovação

importante da pele e diminuição até mesmo de rugas profundas

como as rugas ao redor da boca e dos olhos (ALMEIDA DE SÁ,

2006).

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É indicado para os casos de lesões epidérmicas, manchas,

cicatrizes, discromias actínicas, rugas, queratoses, melasma e

lentigos. São utilizados como componentes ativos o TCA a 50% e o

fenol (solução de Baker-Gordon), entre outros (VELASCO, 2004).

Logo após o procedimento é indicado recobrir a pele com pomada

de corticóide para aliviar o ardor.

O corticoide evita o processo inflamatório que por sua vez induziria

maior pigmentação. É interessante associar um antiviral, como o

aciclovir, quando tiver história de herpes recente, assim como

também utilizar prednisona 10 mg por dia, via oral durante uma

semana, quando apresentar probabilidade de hiperpigmentação da

pele. Por ser um processo muito invasivo, é preciso ficar alerta

quanto a possíveis infecções secundárias e escoriações (ALMEIDA

DE SÁ, 2006).

Complicações Algumas complicações podem ocorrer, em geral,

essas estão relacionadas à indicação incorreta do procedimento,

orientações deficientes ou não obedecidas pelo doente e/ou má

técnica de aplicação, dentre estas podemos citar: carreamento do

agente para áreas não tratadas com risco de cicatrizes, diluição do

agente pela lagrima, conjuntivite e ulcera de córnea, escoriações

levando a infecções e hiperpigmentação, erupção acneiforme,

hipopigmentação, linhas de demarcação, dermatite de contato

irritativa ou alérgica, eritema ou prurido persistente, cicatrizes

atróficas ou hipertróficas e efeitos tóxicos (GUERRA, 2013). As

complicações mais comuns de um peeling químico são as lágrimas

que escorrem pelo pescoço (levando o produto químico junto),

esfoliação prematura, infecção, erupções acneiformes, equimoses,

hiperpigmentação pós-inflamatória, hipopigmentação, reações

alérgicas, eritema persistente e fibrose.

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Na maioria dos casos estas complicações são reversíveis

(ALMEIDA DE SÁ, 2006). As reações adversas ocasionais são

bolhas, crosta, queimadura grave ou rubor, edema na pele,

escurecimento, ou clareamento da pele, sensação de calor ou

urticante, descamação da pele pode ocorrer depois de poucos dias

de tratamento (KOROLKOVAS, 2008).

Terapias Complementares Esta forma de ver o indivíduo de forma geral, levando em consideração seus aspectos físicos, psicológicos e energéticos, é também conhecida como terapia holística. Entendendo as terapias complementares O nome terapia alternativa vem aos poucos sendo substituído por terapia complementar, uma vez que, este tipo de prática, vem se tornando cada vez mais comum no ocidente. A medicina tradicional chinesa comprova o reconhecimento e o espaço que este tratamento vem conquistando em muitos países fora do oriente, inclusive, no Brasil. Uma de suas terapias mais conhecidas, a acupuntura, apesar de já ser utilizada pelos chineses a cinco mil anos, conquistou finalmente seu reconhecimento pelo Conselho Regional de Medicina brasileiro. Cada vez mais e mais pessoas buscam a acupuntura para tratar de

muitas situações de enfermidade causadas por desequilíbrios orgânicos, que são tão comuns ao homem moderno. Hoje, este tratamento já pode ser encontrado, inclusive, no SUS. Além da acupuntura, que já é utilizada em muitas clínicas e consultórios médicos, fazem parte da medicina tradicional chinesa outras terapias complementares como a massoterapia e a fitoterapia.

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Além da medicina tradicional chinesa, fazem parte também da terapia holística outros tipos de “tratamentos” como a Iridologia, Holoterapia, Aromaterapia, Arteterapia, Musicoterapia entre muitas outras. Apesar de sua grande contribuição ao bem-estar geral do indivíduo, é muito importante que as pessoas que já possuem algum tipo de problema de saúde não deixem de informar seu médico, caso decidam procurar um destes tratamentos. Além disso, sendo um tratamento complementar, estes tratamentos não devem substituir o tratamento da medicina tradicional. Seu médico deverá ser sempre informado sobre tudo que você venha buscando como forma complementar de tratamento.

Sentir dor é ruim, ter de conviver com ela pode ser ainda pior. Para

acabar com o incômodo, as pessoas, geralmente, recorrem a

comprimidos por conta da praticidade. Porém, estudos mostram que

a mente, junto com outras técnicas não farmacológicas, pode ser

uma poderosa ferramenta no tratamento de dores agudas e

crônicas.

O neurocirurgião e especialista em dor James Campbell. Ele sugere que não devemos assumir que a dor representa algo catastrófico que nos manterá longe de viver como queremos. "Se a dor não é uma indicação de que algo está seriamente errado, você pode aprender a viver com ela", afirma.

E conviver com a dor não precisa ser sofrido. Com as chamadas terapias complementares e integrativas, é possível controlar e aliviar a dor a fim de ter uma qualidade de vida melhor. Algumas delas são bem conhecidas: acupuntura, massoterapia, dança terapia e reflexologia, por exemplo.

Esses tratamentos podem atuar em conjunto com a medicina tradicional, mas buscam também reduzir o consumo de fármacos e a automedicação. "Cada uma age de uma determinada forma, mas

Page 42: A Eletroterapia Aplicada na Estética Facial...A Eletroterapia Aplicada na Estética Facial A eletroterapia vem sendo cada vez mais utilizada nos tratamentos estéticos faciais e corporais,

todas têm uma característica comum: pensam na prevenção, no tratamento da pessoa em desequilíbrio", explica Maria Belén Posso (SBED).

A partir do entendimento da pessoa como um ser completo e cheio de energias, as terapias complementares trabalham com o reequilíbrio da essência energética do corpo. Embora o termo 'energias' possa remeter a um campo alternativo e não factual, Maria Belén explica que, sendo formados por átomos, somos carregados de energias positivas e negativas. Estas, quando eliminadas, aliviam a dor.

De acordo com técnica de redução do estresse com base na atenção plena e terapia cognitiva comportamental (TCC) provaram ser mais efetivas do que cuidados tradicionais no tratamento de dor lombar.

Enquanto a atenção plena é voltada para identificar os sinais que o corpo emite (uma dor de cabeça pode ser resultado de tensão dos músculos da face), a TCC ensina a reestruturar a forma como pensamos os problemas. "As práticas integrativas preparam o organismo e a mente das pessoas para mostrar a importância delas mesmas no entorno. É muito mais fácil absorver a energia que te reequilibra com os canais de energia abertos", diz Maria Belén.

Entre as recomendações estão calor superficial, massagens, acupuntura, reabilitação, tai chi e ioga.

Uma vez que o consumo constante de remédio pode provocar o efeito rebote, em que o próprio medicamente causa dor e doses cada vez mais altas são necessárias, as terapias complementares vêm como métodos pouco ou nada invasivos e livres de drogas.

O Ministério da Saúde disponibiliza 19 praticas.Elas fazem parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) do sistema e são voltadas para cura e prevenção de doenças. Os tratamentos terapêuticos são baseados em conhecimentos tradicionais.