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O Crescimento da Indústria Petroquímica O Brasil vive um momento de forte expansão no setor industrial, especialmente após a implementação do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Dentre todos os segmentos industriais, um merece grande destaque: a indústria petroquímica. Certamente, nunca a indústria petroquímica tenha recebido tantos investimentos como recebe agora. A descoberta de novos campos de petróleo ao

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O Crescimento da Indústria Petroquímica

O Brasil vive um momento de forte expansão no setor industrial,

especialmente após a implementação do PAC – Programa de Aceleração do

Crescimento. Dentre todos os segmentos industriais, um merece grande

destaque: a indústria petroquímica. Certamente, nunca a indústria petroquímica

tenha recebido tantos investimentos como recebe agora. A descoberta de

novos campos de petróleo ao longo da costa brasileira e das reservas de Pré-

sal na Bacia de Santos aumentou ainda mais os investimentos e as

oportunidades de crescimento econômico para o Brasil e para o povo brasileiro.

Não é exagero dizer então que a indústria petroquímica é a chave para o

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crescimento profissional de profissionais experientes e ta mesmo daqueles que

ainda se preparam para entrar no mercado de trabalho.

Para atuar no segmento petroquímico, há muitos tipos de engenharia

que apóiam o trabalho com produção de petróleo e produtos derivados. A

engenharia de petróleo é uma delas. Além de atuar especificamente com

exploração e produção de hidrocarbonetos, petróleo e gás, o engenheiro de

petróleo e gás também pode construir sua carreira ao atuar nos processos de

refino. Assim como esse profissional, o engenheiro químico é essencial nos

processos produtivos da indústria petroquímica.

A engenharia mecânica é outro setor que encontra muitas portas

abertas, não só na indústria petroquímica, mas também em outras indústrias. O

engenheiro mecânico é o responsável por desenvolver ferramentas e máquinas

industriais, mas ele tem também a oportunidade de ir além da atuação em

projetos. Esses profissionais podem se enveredar pelos campos de engenharia

de montagem e engenharia de manutenção, duas atividades essenciais em

qualquer tipo de trabalho de engenharia, seja na construção civil, na indústria

farmacêutica, de alimentos, automotiva, naval, química e aeroespacial.

Cabe lembrar que hoje, o Brasil vive uma fase de escassez de

engenheiros, de diversas especializações. Devido a isso, aumentam também

as oportunidades para as universidades, que começam a investir em novos

cursos, principalmente, capacitam ao máximo seus professores para que

formem profissionais qualificados para o mercado de trabalho e modernizam

suas instalações a fim de que sirvam como um espelho do ambiente onde

estes futuros profissionais irão atuar

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A Engenharia Mecânica é a área da engenharia em que os conhecimentos de matemática e de física são utilizados para projetar, construir e operar sistemas mecânicos. Os Sistemas Mecânicos englobam os orgãos de máquinas, a termodinâmica, a climatização, a termotécnia, a mecânica dos fluidos, a mecânica dos materiais, as máquinas térmicas, etc.

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A Engenharia Mecânica está intimamente relacionada à engenharia de materiais, engenharia térmica e engenharia industrial. Pois durante a concepção de qualquer produto o engenheiro precisa definir qual o material com as propriedades mais adequadas e com menor custo para aquela aplicação e qual o processo de fabricação daquela peça. Pode optar entre moldagem, conformação, usinagem, forjamento, extrusão etc.

E qual dentre estes processos terá menor impacto ambiental e esta avaliação envolve questões de gasto de matéria-prima e energia, entrando assim na engenharia térmica. Engenharia mecânica é a área da engenharia que cuida do desenvolvimento, do projeto, da construção e da manutenção de máquinas e equipamentos. O engenheiro mecânico desenvolve e projeta máquinas, equipamentos, veículos, sistemas de aquecimento e de refrigeração e ferramentas específicas da indústria mecânica. Também supervisiona sua produção. Calcula a quantidade necessária de matéria-prima, providencia moldes das peças que serão fabricadas, cria protótipos e testa os produtos obtidos. Organiza sistemas de armazenagem, supervisiona processos e define normas e procedimentos de segurança para a produção.

Controla a qualidade, acompanhando e analisando testes de resistência, calibrando e conferindo medidas. Pode dedicar-se às vendas ou muitas das vezes dedica-se ao empreendorismo sendo gestor dos seus proprios negocios. Costuma trabalhar como engenheiros eletrotécnicos, de materiais, de produção e de automação e controle, na montagem e automação de sistemas, na manutenção de aeronaves e na indústria de produtos eletrônicos.

O que é indústria petroquímica

Indústria petroquímica, nada mais é do que uma indústria que capta petróleo vindo da natureza, e processa quimicamente para gerar outros bens e produtos, como por exemplo: gasolina, querosene, óleo diesel.

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 Ipea estima que, nesta década, faltarão engenheiros capacitados no setor, sobretudo para o pré-sal. As chances também são muitas para os cargos de níveis médio e técnico. Por isso, há empregos praticamente garantidos para especialistas dessa área. E ainda dá tempo de se capacitar

Manoela Alcântara - Correio Braziliense

Quando entraram na faculdade de engenharia mecânica, Thiago Campelo, 25 anos, e Álvaro Martins, 26, não imaginavam um mercado tão aquecido ao obterem o diploma. Logo depois de concluírem a graduação, em 2008, ambos já estavam empregados. O primeiro no setor público e o outro na área privada. Pessoas como eles terão lugar ainda mais garantido no mercado de trabalho com o passar do tempo. Se o Brasil crescer 6% ao ano, até 2020, a contratação de engenheiros capacitados nas áreas de petróleo e gás, construção civil, mineração, biotecnologia e metrologia ficará mais difícil e mais cara. A conclusão é do estudo Radar nº 12 – Mão de obra e crescimento, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O fenômeno pode ocorrer devido aos altos índices de desvio de função registrados nessas áreas. A pesquisa aponta que, entre os graduados, apenas 38% atuam na especialidade para a qual se formaram. Considerada apenas a necessidade para o setor de petróleo e gás, que será o de maior crescimento (de 13% a 19%, segundo o Ipea), há vagas para as mais diversas funções, também em níveis médio e técnico. Segundo a Petrobras, existem hoje mais de 175 especialidades diferentes de atuação, desde a extração até o refino do combustível.

As oportunidades são para cidades ou estados que têm atividade in loco — como Rio de Janeiro, Pernambuco, Manaus e Maranhão — e exigem conhecimentos bem específicos, como soldar um tubo de condução de petróleo, montar andaimes e operar escavadeiras. Em alguns casos, é necessário ficar longe da família e exercer funções em lugares remotos. Tantas dificuldades são compensadas nos bons salários. Um iniciante de nível médio/técnico, por exemplo, ganha R$ 1,7 mil, enquanto o de nível superior recebe cerca de R$ 2,7 mil. Um profissional mais experiente, com diploma técnico, embolsa

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aproximadamente R$ 8 mil mensais. Já os trabalhadores seniores, graduados e com especializações têm salários de R$ 20 mil ou mais.

A demanda é tão grande e a mão de obra tão escassa que o governo deu início, em 2003, ao Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp). “Por meio do Plano Nacional de Qualificação Profissional, os interessados podem participar de uma seleção, lançada em edital no site www.prominp.com.br. Eles são treinados recebendo uma bolsa que varia de R$ 300 a R$ 900”, alerta a gerente-executiva do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Mônica Côrtes de Domenico. Depois de concluir o curso em um dos 80 parceiros do programa, como o Senai, é possível incluir o currículo em um banco de talentos, procurado pelas mais diversas empresas.

Na capacitação, podem ser formadas pessoas de todos os níveis, inclusive engenheiros que queiram se especializar em áreas específicas. “Os cursos nos dão um bom parâmetro. Eles já chegam com alguma experiência e isso é muito positivo. Mas, na maioria dos casos, contratamos as pessoas para ensiná-las na prática. Elas demonstram o interesse e fazemos um serviço de investimento a médio e longo prazo”, relata Cristiane Mendes, analista de Recursos Humanos da Queiroz Galvão Óleo e Gás.

Um caminho comum mesmo no setor público. Thiago Carneiro Campelo, 25 anos, ainda estava na universidade quando decidiu prestar um concurso para a Petrobras, em 2008. Aprovado em 14º lugar, no ano seguinte foi convocado. “Quando estava estudando, queria trabalhar com aviação civil. Foi na Petrobras que descobri o quão interessante e promissora pode ser a área do petróleo”, afirma.

Hoje, o engenheiro trabalha na ponta da comercialização da empresa, com produtos derivados e consultorias a empresas em todo o país. Mesmo com sede em Brasília, ele viaja com frequência para atender os clientes. “O setor de energia é muito abrangente. A vaga para a qual concorri exigia apenas a graduação em engenharia. Aqui, temos uma nova formação”, observa. Pensando no crescimento, Thiago já faz uma pós-graduação em gerenciamento de projetos e não descarta a possibilidade de migrar para o serviço mais específico em plataformas no mar ou em terra. “Nas plataformas, a ascensão é mais rápida e o plano de carreira é diferenciado. Mesmo com o regime de confinamento, quero investir também em capacitação para essa especialidade”, projeta o engenheiro mecânico da Petrobras.

Segundo previsto em acordo coletivo das categorias, quem trabalha em plataformas deve ter disponibilidade para ficar 15 dias confinado no mar ou em terra. Depois, são 20 dias de folga, dependendo da atividade e do regime seguido pela empresa.

Ascensão Embora a produção do pré-sal já tenha sido iniciada em alguns campos com teste de longa duração e projetos pilotos instalados, até 2014 a meta é aumentar a produção e o investimento em mão de obra. Por isso, quem quiser ingressar nesse mercado precisa iniciar a qualificação agora. Um dos fatores que mais influenciam na mudança de cargos e crescimento dentro das empresas é a experiência. “É preciso galgar funções. Ninguém começa sendo logo sondador (operador de guinchos de sondas de perfuração e outros instrumentos), por exemplo. Primeiro é preciso ser auxiliar de sondador. Assim acontece com os torristas, perfuradores e outros”, exemplifica a analista de RH da

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Queiroz Galvão.

Por isso, uma boa forma de ingressar em empresas privadas é ficar atento às seleções para trainee (veja matéria na página 3). Depois de escolher os melhores recém-graduados, as empresas os fazem passar pelos mais diversos setores até aprender o que precisam para serem efetivados. Esse treinamento faz a diferença no crescimento e na melhoria de salário. “Não treinamos as pessoas em vão. Oferecer todo um preparo e depois perdê-los para o mercado seria burrice. Por isso, a cada dia as organizações fazem mais programas de retenção de talentos”, afirma Cristiane Mendes.

Álvaro Martins, 26 anos, usou essa possibilidade como trampolim. Logo após se formar, passou em uma seleção de trainee e ingressou em uma empresa de sabão em Luziânia (GO). Ele já sabia que de lá queria saltar para a área de petróleo e gás. Ficou quase um ano na indústria e decidiu voltar ao Rio de Janeiro, sua cidade natal, e aproveitar os cursos e oportunidades da região. “Quando cheguei, consegui emprego em uma empresa de plataformas. A experiência que tive em Goiás contou muito para o que faço hoje. Aliás, nessa área os anos de trabalho são essenciais para o crescimento. Os profissionais seniores são especialistas e têm salários altíssimos. Quero chegar lá”, ressalta Álvaro.

Produção aceleradaA meta de produção de barris de petróleo do Brasil, até 2014, apenas para a exploração da camada do pré-sal, é de 241 mil por dia. Em 2020, esse número sobe para 1,078 milhão barris/dia. Só para a empresa, até 2013, está previsto um aumento de quantitativo de pessoal por meio de concurso público de 6 mil pessoas, além de 800 mil empregos indiretos, segundo a Petrobras. A mais recente seleção aberta direcionada ao setor é a da Transpetro, com 386 vagas para auxiliar de saúde, eletricista, mecânico, moço de convés, moço de máquinas, cozinheiro e taifeiro. As inscrições vão até 6 de junho no site www.transpetro.com.br

Em Brasília, as capacitações estão nas formações de nível superior. Há três anos, por exemplo, além dos cursos de engenharia comuns, a Universidade de Brasília (UnB) criou a formação em engenharia de energia. Com uma visão ampla para atender os mercados das mais diversas formas de geração de energia, como as renováveis e não renováveis, a formação tem matérias específicas e abrangentes para uma forte formação química. “Os alunos aprendem muito sobre essa área de petróleo, refinaria, como transformar petróleo em gasolina, diesel. É um mercado de trabalho muito amplo e eles terão uma noção de todas as áreas, inclusive sobre a preservação do meio ambiente, essencial nos dias atuais”, ressalta o coordenador do curso de engenharia de energia na UnB/Gama, Manuel Barcelos.

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A indústria vivencia uma demanda crescente por profissionais qualificados. Entretanto, a formação de recursos humanos tem sido o grande gargalo do setor. Apesar do número de graduados, as empresas reclamam da falta de profissionais aptos às suas necessidades.

O mercado de construção naval, petróleo e gás brasileiro passa por grandes mudanças. Os cenários são otimistas, demandando profissionais das mais diversas áreas para garantir o aumento da capacidade produtiva dos estaleiros e petroleiras. Com as perspectivas de aumento da produção de petróleo no Brasil, principalmente após as descobertas do pré-sal, cursos voltados para a formação de mão de obra para o setor proliferaram em todo país. Segundo o Ministério da Educação, nos últimos dois anos foram criados nada menos que cerca de cem novos cursos superiores destinados à capacitação para o setor de óleo, gás e indústria naval. São Paulo concentra a maior parte deles, seguido de Rio de Janeiro, mas também há oportunidades em estados como Espírito Santo, Amazonas e Bahia. A grande procura por profissionais, especialmente por parte de multinacionais, também tem impulsionado a expansão de treinamentos e cursos livres.

A indústria do petróleo engloda as mais diversas atividades, desde a engenheria ao direito, passando pela medicina e pela administração de empresas, dentre outras. Com  isso, vários cursos profissionalizantes e de graduação surgiram para atender não só as centenas de empresas nacionais e internacionais, mas também pessoas interessadas em ingressar no mercado de óleo e gás - com remunerações até 30% superiores ao que é pago em outros setores da economia.

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Investimentos da Petrobras até 2013 vão exigir qualificação de 207 mil pessoas. Só a companhia abrirá 8 mil cargos no período.

Localizado a 300 quilômetros da costa brasileira, o petróleo presente na camada do pré-sal pode colocar a reserva de petróleo do Brasil entre as dez maiores do mundo. A indústria petrolífera não será a única beneficiada. A expectativa é de que a atividade influencie todo mercado de trabalho brasileiro. Saiba como aproveitar essa nova roda de oportunidades.

Para atender a demanda da exploração do pré-sal, o Brasil precisará de um batalhão de profissionais de todos as áreas e níveis de escolaridade - de operadores de sonda a engenheiros altamente especializados, passando por geólogos, mergulhadores, oceanógrafos, especialistas em robótica e ambiente.  Só a Petrobras deve abrir 8 mil novos cargos até 2013.  Mas ela não será a única beneficiada com a maré de novos empregos previstos para o setor.

De acordo com estudo feito pelo Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), até 2013, o Brasil precisa investir na qualificação de 207 mil profissionais de 185 categorias para atender a demanda da cadeia de fornecedores da indústria do petróleo. Desses, apenas 6% são de nível superior e 34%.

O número foi obtido com base na projeção de investimentos já aprovados para os projetos de ampliação da produção da Petrobras até 2013. O Plano de Negócios da companhia para esse período inclui ampliação do parque de refinarias e expansão da malha de gasodutos, entre outros. 

Mas a extração dos estimados 100 bilhões de barris de petróleo localizados na camada do pré-sal é a principal aposta da empresa. Nos próximos quatro anos, a empresa terá investido 28 bilhões de dólares na área. "Precisaremos de profissionais para todas as etapas das obras que vamos empreender", afirma o superintendente de planejamento e pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Florival Rodrigues de Carvalho.

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Demanda por engenheirosO governo precisará apoiar a formação de pelo menos 15.421 profissionais da área engenharia, entre técnicos e de nível superior.  Mas esse número não representa o total de mão-de-obra que será necessária para movimentar a produção de petróleo e gás natural do País.