Noo de epopeia

A epopeia uma forma prpria da Antiguidade Clssica que se define como uma narrativa escrita em verso que se destina a celebrar, num estilo elevado e grandioso, os feitos gloriosos de heris reais ou lendrios, com interesse para a Humanidade.

Como pertence ao gnero narrativo, a epopeia tem uma aco desempenhada por personagens situadas num determinado tempo e espao. O estilo elevado e grandioso e o gnero possui uma estrutura prpria, cujos principais aspectos so: a aco pica deve ser a expresso do herosmo; o heri alm da sua alta estirpe social, deve revelar grande valor moral; existncia de uma proposio; existncia de uma invocao; existncia facultativa de uma dedicatria; uma narrao in medias res; incluso de profecias e de retrospectivas; presena da mitologia greco-latina, contracenando com heris mitolgicos e heris humanos.

Antiguidade ClssicaO gnero pico remonta Antiguidade Grega e Latina, destacando-se trs epopeias que relatam as aventuras grandiosas vividas pelos seus heris. Cames inspirou-se essencialmente na Eneida de Virglio.

AntiguidadeObra Autor Sculo

icaAssunto

Ilada disseia neida

Homero Homero Virglio

VIII a. . VIII a. . I a. .

onta as aventuras de uiles no ltimo ano da uerra de Tria. Relata as aventuras de Ulisses no regresso da guerra de Tria at egar a Itaca. Narra a viagem e os eitos de neias, ilho de Vnus, e a undao de Roma.

Homero

Idade Mdia

No h propriamente epopeias na Idade Mdia, mas sim Canes de Gesta como a Chanson de Roland e o Cantarde Mio Cid, cujos heris se

destacam na luta contra os infiis.

RenascimentoCom o ressurgir da cultura greco-latina foram escritas vrias epopeias.

RenascimentoO ra rlando namorado rlando Furioso Jerusalm ibertada s usadas A tor Boiardo riosto asso us az de Cam es Sc X X X X lo I I I er i rlando rlando odofredo de Bul es Povo Portugus

O modelo clssico e a epopeia camoniana Epopeia clssicaProposio apresentao dos propsitos e do tema da o ra; Invocao pedido de inspirao a entidades superiores; Dedicatria oferta da o ra (parte facultativa); Narrao relato dos acontecimentos in medias res, i.e., quando a aco j vai a meio, sendo a parte inicial narrada posteriormente por analepse. Aco o tema que se vai desenrolando ao longo da o ra deve revelar grandeza e herosmo. Personagem/heri a personagem principal que deve ser uma pessoa de alta condio social, que apresente grandiosidade de carcter e um elevado valor moral. Maravilhoso interveno de seres superiores, os deuses, que foram criados pelos antigos para justificar certos factos que o ser humano no conseguia compreender e para os quais no tinha explicao. Forma - estrutura versificada Unidade ligao das partes, srie de acontecimentos, num todo harmonioso Variedade introduo de episdios, reves narrativas, que em elezam e dinamizam a aco, sem que rar a unidade Veracidade assunto real ou, pelo menos, verosmil Integridade - estrutura narrativa com introduo, desenvolvimento e desenlace

Os LusadasProposio o poeta expes os seus o jectivos; Invocao o poeta pede inspirao s gides; Dedicatria o poeta dedica a o r a a D. Se astio; Narrao - desenvolvimento da aco, iniciada in medias res. Aco viagem martima de Vasco da Gama ndia; Personagem/heri o povo portugus, aqui sim olizado por Vasco da Gama; Maravilhoso interveno de seres so renaturais, quer so a forma do maravilhoso pago (deuses da mitologia), quer so a forma do maravilhoso cristo (Deus, anjos, santos...). Forma narrativa versejada; versos decassil icos 8geralmente hericos); rimas com esquema a a a cc; estrofes oitavas; poema dividido em dez cantos. Unidade existe um fio condutor ao longo da o ra: a narrao da viagem de Vasco da Gama, realizada entre Lis oa e Calecut; Variedade introduo de episdios histricos que ajudam a melhor conhecer a alma lusitana; Veracidade assunto real: a desco erta do caminho martimo para a ndia; Integridade ao longo da composio encontramos a estrutura narrativa com introduo (C.I, 1-18); desenvolvimento (C.I, 10 a C. , 144); concluso (C. , 145156)

Momentos

Elementos

Qualidades