A Escola Nova Brasil Educação releitura do contexto século passado. Autor: Márcio Marques Aguiar...

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UNIVERSIDADE UNI – BH Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde – DCBAS Geografia e Analise Ambiental Conselhos a Meus Filhos Barbara Hiliodora (1758 – 1819) Meninos, eu vou ditar As regras do bem viver; Não basta somente ler, É preciso ponderar, Que a lição não faz saber, Quem faz abios é o pensar. Neste tormentoso mar D’ondas de contradições, Ninguém soletre feições Que sempre hà de enganar; Das caras a corações Há muitas léguas que andar. Aplicai ao conversar Todos os cinco sentidos, Que as paredes têm ouvidos E também podem falar: Há bichinhos escondidos Que só vivem de escutar. Quem quer males evitar Evite-lhes a ocasião Que os males por si virão, Sem ninguém os procurar, E antes que ronque o trovão, Manda a prudência ferrar. Não vos deixes enganar Por amigos, nem amigas Rapazes e raparigas Não sabem mais que asnear; As conversas e as intrigas Servem de precipitar. Sempre vos deveis guiar Pelos antigos conselhos, Que dizem que ratos velhos Não há modos de os caçar; Não batam ferros vermelhos, Deixem um pouco esfriar. Se é tempo de professar De taful o quarto voto, Procurai capote roto, Pé de banco de um bilhar, Que seja sábio piloto Nas regras de calcular. Se vos mandarem chamar, Para ver uma função, Respondei sempre que não, Que tendes em que cuidar; Assim se entende o rifão: Quem está bem deixa-se estar. Devei-vos acautelar Em jogos de paro e topo Prontos em passar o corpo Nas angolinhas do Azar: Tais as fábulas de Esopo Que vós deveis estudar. Quem fala, escreve no ar, Sem pôr vírgulas nem ponto, E pode quem conta os contos, Mil pontos acrescentar; Fica um rebanho de tontos Sem nenhum adivinhar. Belo Horizonte Departamento de Ciências Biológicas, Ambientais e da saúde – DCBAS 2007

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História da Educação brasileira (Escola Nova), percusores.

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Geografia e Analise Ambiental

Conselhos a Meus FilhosBarbara Hiliodora (1758 – 1819)

Meninos, eu vou ditar As regras do bem viver;Não basta somente ler,É preciso ponderar,Que a lição não faz saber,Quem faz abios é o pensar.

Neste tormentoso marD’ondas de contradições,Ninguém soletre feiçõesQue sempre hà de enganar;Das caras a coraçõesHá muitas léguas que andar.

Aplicai ao conversarTodos os cinco sentidos,Que as paredes têm ouvidosE também podem falar:Há bichinhos escondidosQue só vivem de escutar.

Quem quer males evitar Evite-lhes a ocasiãoQue os males por si virão,Sem ninguém os procurar,E antes que ronque o trovão,Manda a prudência ferrar.

Não vos deixes enganarPor amigos, nem amigasRapazes e raparigasNão sabem mais que asnear;As conversas e as intrigasServem de precipitar.

Sempre vos deveis guiarPelos antigos conselhos,Que dizem que ratos velhosNão há modos de os caçar;Não batam ferros vermelhos,Deixem um pouco esfriar.

Se é tempo de professarDe taful o quarto voto,Procurai capote roto,Pé de banco de um bilhar,Que seja sábio pilotoNas regras de calcular.

Se vos mandarem chamar,Para ver uma função,Respondei sempre que não,Que tendes em que cuidar;Assim se entende o rifão:Quem está bem deixa-se estar.

Devei-vos acautelarEm jogos de paro e topoProntos em passar o corpoNas angolinhas do Azar:Tais as fábulas de Esopo Que vós deveis estudar.

Quem fala, escreve no ar,Sem pôr vírgulas nem ponto,E pode quem conta os contos,Mil pontos acrescentar;Fica um rebanho de tontosSem nenhum adivinhar.

Com Deus e o Rei não brincar,É servir e obedecer,Amar por muito temer,Mas temer por muito amar,Santo temor de ofenderA quem se deve adorar!

Até aqui pode bastar,Mais havia que dizer,Mas eu tenho que fazer,Não posso me demorar,E quem sabe discorrerPode o resto adivinhar.

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Apresentação

É do entender sobre os conhecimentos pedagógicos do século passado (XIX) toda uma

reformulação da educação, conferindo então reformas intelectuais e livrescas. Buscando

neste universo e naquela contemporaneidade, verdadeiras mudanças que tornaria o

desenvolvimento da escola adequado, ativo e comprometido com a própria sociedade.

A ruptura com a escola tradicional veio abordar novas perspectivas para o conhecimento

humano, não somente para os educandos Brasileiros, mas de certa forma uma tendência

mundial. Consequentemente, visto o surgimento de métodos de ensino associados à

preocupação individual e condicionado aos interesses humanistas.

Entre estes se destacam-se:

Método de trabalho Individual / Dr.: Maria Montessori (1870-1952) Roma.

Método de trabalho Individual-Coletivo/Jean-Ovide Decroly (1871-1932) Suíça.

Método de trabalho coletivo / Celestin Freinet (1896-1966) França

Método trabalho por grupos / Roger Cousinet ((1871- 1973)

Diante destas perspectivas mundiais, a educação Brasileira conivente as reformas

educacionais, passou a condicionar os interesses pedagógicos, fixados naquele momento

para o ser produtivo e democrático, atuante dentro de uma sociedade industrial

promissora.

Brasil (1882), inicialmente o então conhecido Rui Barbosa colaborou dando seus

conhecimentos teóricos, não somente para a transformação da nação republicana, mas

contribuiu também para as primeiras idéias de renovação da escola Brasileira.

No entanto somente com o filosofo Norte Americano John Dewey, que exercera o maior

fascínio com seus ideais, do qual influenciaria a elite brasileira a compartilhar dos

mesmas idéias.

Assim o movimento da escola nova, inspirava-se pela educação como o movimento

modificador das massas, sendo a educação uma necessidade social.

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A partir da década de vinte, (1920) com a publicação do manifesto dos pioneiros por

uma educação nova (Fernando Azevedo, Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Cecília

Meireles, Edgard Roquette-Pinto) entre outros nomes de grande importância para a

história da educação Brasileira. Passou-se a intercalar partir deste período uma política

educacional priorizando verdadeiras reformas no ensino publico, voltados aos métodos

e as idéias de John Dewey.

Com o escolanovisno em ascensão, elaboravam-se ideais democráticos, sociais e

humanistas. Estas das quais levaria o ensino ter uma ordem, estabelecidas por

prioridades e métodos que romperiam com o tradicional. Desta forma abordando no

pragmatismo pedagógico e aprofundando nas atividades da estrutura sistematizadora do

homem, inicialmente conferiu-se para a renovação educacional os conhecimentos

pedagógicos de ensino os métodos utilizados de John Dewey (pragmatismo).

Sendo importante observar os seguintes passos:

1) situação problemática, 2) identificação do problema, 3) observação e levantamento

de dados (para busca das soluções possíveis), 4) formulação de uma ipose de solução, 5)

verificação da hipótese

Diante desta abertura para a educação, a escola passa a centralizar o personagem em

aprendizado com determinadas relações tais como:

Normas Higiênicas, disciplinas do corpo e gestos, cientificidade da escolarização de

saberes e fazeres sociais, exaltação ao ato de observação, trabalho por produção e

eficiente, a elaboração por experimentação do próprio saber, técnicas de escrita e

leitura, rigidez no acompanhamento, valorização maior do individual, pesquisas em

campo, conhecimento cientifico elaborado, descentralização do poder.

Tornado prioridade para o momento social, vivenciado nos primeiros anos de

industrialização e desenvolvimento no Brasil.

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Objetivos e Aspectos jurídicos:

A Constituição de 1934 traz a educação nacional como matéria de competência

privativa à União. Refletindo o poder ideológico com relação ao plano nacional de

educação. Elaborados e entendidas entre os artigos 148 ao 152. Suas principais

determinações:

Compete privativamente à União traçar as diretrizes da educação nacional.

Compete concorrentemente à União e aos Estados difundir a instrução pública

em todos os seus graus” (Artigo 10).

Concretizar e tornar em ação as diretrizes educacionais em um plano linear,

refletindo o controle ideológico da união.

Favorecer e animar o desenvolvimento das ciências, das artes e da cultura em

geral, proteger os objetos de interesse histórico e o patrimônio artístico do país,

bem como prestar assistência ao trabalhador intelectual (Artigo 148).

Estes exemplos de leis concedidas para a educação, a partir de (1934) deram seqüências

e automaticamente, continuidades nas constituições posteriores.

Tendo como princípios constitucionais (art. 176 e 177).

O da unidade nacional, liberdade, solidariedade Humana.

O da obrigatoriedade na faixa dos sete aos quatorzes anos.

O da gratuidade nos estabelecimentos oficiais de 1º grau.

O da elaboração pela união das diretrizes e bases, assegurando ao ensino as

coordenadas nacionais.

O da competência do estado quanto ao sistema de ensino o que motivou a

expressão de descentralização articulada.

Suplementação e assistência federal, cooperação das empresas.

Participação da iniciativa privada.

Dos decretos não revogados pela reforma:

O preparo do indivíduo e da sociedade para o domínio dos recursos científicos e

tecnológicos que lhes permitem utilizar as possibilidades e vencer as

dificuldades do meio.

Preservação e expansão do patrimônio cultural.

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(Kelly, Celso 1973 – Escola Nova e Fazer Adultos - pg 10) Em resumo a filosofia que emana da

enumeração dois fins, enquadra-se na concepção democratica e social da educação, pelo respeito a

personalidade e a liberdade, pelo culto a patria pela preservação dos valores eticos e transcendentes, pelo

fortalecimento da unidade nacional e do sentimento de solidariedade humana. A reforma atribui ao ensino

de 1º e 2º grau o objetivo geral de proporcionar ao educando, a formação nescessaria ao desenvolvimento

de suas potencialidades, como elemento de auto realização, qualificação para o trabalho,, preparo para o

exercicio conciente da cidadania e para educação democratica e formação humana; prepara para

criatividade , produtividade, educação social e economia, educação civica e integração ao meio. Em

ultima analise a educação integral respeitada à personalidade.

(auto-reealização, sondagens das aptidoes e habilitações). (Kelly,

Celso 1973 – Escola Nova e Fazer Adultos - pg 10)

Percursores Escolanovistas

Manoel Bergström Lourenço Filho,

(1897–1970), Lourenço filho teve participação atuante

nos projetos de reformulação da educação nacional,

sempre envolvido nas atividades democráticas e de profissionalização do ensino dentro

do âmbito educacional. Constituiu-se muitas reformas assinaladas por ele, entre as mais

importantes destaca-se seu trabalho com apenas 24 anos de idade, (1922) no estado

Ceara. Repercurtindo sua exelente atuação e projetos pedagógicos, influenciados pela

psicologia experimental, e métodos tecnicistas.

Considerado como agente pioneiro da escola nova no Brasil, estabeleceu uma ruptura

imediata com ensino tradicional, destacando grande contribuição na educação primaria,

alfabetização infantil, ensino secundário e técnico rural e universitário, administração

escolar, orientação educacional, didática e na formação de professores.

Obra mais conhecida “Introdução ao estudo da Escola Nova”.

(LOURENÇO FILHO, M.B – Introdução ao estudo da escola nova-1978) "O verdadeiro papel da escola

primária é o de adaptar os futuros cidadãos, material e moralmente, às necessidades sociais presentes e,

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Geografia e Analise Ambientaltanto quanto seja possível, às necessidades vindouras, desde que possam ser previstas com segurança.

Essa integração da criança na sociedade resume toda a função da escola gratuita e obrigatória, e

explica, por si só, a necessidade da educação como função pública. Por isso mesmo, o tirocínio escolar

não pode ser mais a simples aquisição de fórmulas verbais e pequenas habilidades para serem

demonstradas por ocasião dos exames. A escola deve preparar para a vida real, pela própria vida. A

mera repetição convencional de palavras tende a desaparecer, como se viu na nova concepção da

‘escola do trabalho’. Tudo quanto for aceito no programa escolar precisa ser realmente prático, capaz

de influir sobre a existência social no sentido do aperfeiçoamento do homem. Ler, escrever e contar são

simples meios; as bases da formação do caráter, a sua finalidade permanente e inflexível. Do ponto de

vista formal, isso significa a criação, no indivíduo, de hábitos e conhecimentos que influam diretamente

no controle de tendências prejudiciais, que não podem ou não devem ser sufocadas de todo pelo

automatismo psíquico possível na infância. E como conseqüência, nos grandes meios urbanos, à escola

cabe, hoje, iniludivelmente, facilitar a orientação e seleção profissional, pelo estudo das aptidões

individuais da criança, conhecimento e esclarecimento do desejo dos pais, tradição e possibilidades da

família. Esse aspecto é inteiramente desconhecido em nossas escolas." (LOURENÇO FILHO,M.B –

Introdução ao estudo da escola nova-1978).

  Anísio Spínola Teixeira (1900 – 1971).

Aos 24 anos, foi nomeado inspetor geral de Ensino do Estado da

Bahia e aos 28 anos conheceu o então Filosofo e pedagogo

Norte Americano Jhon Dewey em Nova York. Anisio traduziu

para o portugues duas de obras de Dewey, que influenciaria

profundamente o trabalho seu trabalho de educador progressivista.

Anisio Teixeira envolvido com a política pedagógica da edução, realizou diversas

melhorias entre elas a criação da Universidade do Distrito Federal (1935), e o merecido

destaque para o obra em Salvador da criação do “centro Educaional Carneiro Ribeiro”,

situado no bairro da liberdade, onde configura moradores de baixo poder aquisitivo

(conhecido também como Escola Parque) no ano de 1950.

No entanto devido ao regime nacionalista (Vargas), afasta-se da vida publica,

conferindo neste período a publicação da obra “Educação para a Democracia”.

Suas idéias sempre direcioadas para o estado democrático viabilizava a educão

igualitária para todos, enfatizando projetos de alfabetização e fundamentalmente com a

preocupação social vinculada com a modernização e a integração realçada

nateriormente (1932) no movimento “Manifesto dos Pioneirosda da Escola Nova”.

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(LOBATO, Monteiro – Trecho carta publicada ) ...”Comecei a ler o Manifesto. Comecei a não entender,

e não ver ali o que desejava ver. Larguei-o. Pus-me a pensar - quem sabe está nalgum lugar do livro de

Anísio o que não acho aqui - e lembrei-me de um livro sobre a educação progressiva, que me mandaste e

que se extraviou no caos que é a minha mesa. Pus-me a procurá-lo, acheio-o. E cá estou, Anísio, depois

de lidas algumas páginas apenas, a procurar dar berros de entusiasmo, por uma coisa maravilhosa que é

a sua inteligência lapidada pelos Deweys e Kilpatrics!

...Eureca! Eureca! Você é o lider, Anísio! Você há de moldar o plano educacional brasileiro. Só você tem

a inteligência bastante aguda para ver dentro do cipoal de coisas engolidas e não digeridas pelos nossos

pedagogos reformadores...Eles não conhecem, senão de nomes, aqueles píncaros (Dewey & Co.) por

cima dos quais você andou e donde pode descortinar a verdade moderna. Só você, que aperfeiçoou a

visão e teve o supremo deslumbramento, pode neste País falar de educação!" ( LOBATO, Monteiro –

Carta Publicada).

Visto como a “Educação Integral”, generaliza e aprofunda em estudos de idealizadores,

levados por uma similiaridade, como citação concedida em sua obra sobre o conhecido

poeta Revolucionario Frances, Lamartine 18481 , dinamizando o conhecimento para a

aquela atual conjuntura Brasileira, do movimento pedagogico.

Estabelecendo desta forma, caracteristicas de uma politica reformista, conceituada e

fundamentada pelos direitos do individuo a uma educação publica que seja integral e ao

alcançe de todos com perspectivas ao desenvolvimento futuro de curto prazo.

(Entrevista - jornal “A Hora”, Porto Alegre 1957) Referindo sobre a situação do professor.

...O professor primário deve ser profundamente enraizado na localidade em que leciona. Assim sendo

deve-se lutar para sempre que possível o professor exerça suas funções em seu próprio município, a fim

de que, perfeitamente ajustado aos problemas locais, possa desempenhar suas atividades com maior

eficiência. Defendo também a idéia de que, na impossibilidade de se poder contar com a totalidade, pelo

menos 10 por cento do magistério primário deveria possuir curso de nível superior. Para isto as escolas

normais manteriam cursos universitários anexos a fim de formarem elementos especializados, já que as

Faculdades de Filosofia destinam-se a formação de professores de escolas secundárias e normais.

(Entrevista - jornal “A Hora”, Porto Alegre 1957).

1 Alphonse Marie Louise Prat de Lamartine ( 1790 - 1869); Escritor poeta e politico frances. Rev. Francesa.

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Fernando Azevedo (1894 – 1974)

Fernando Azevedo contribuiu profundamente para a educação brasleira, entre as mais

importantes contribuiçoes para a educação Brasileira.

Destaca-se:

A grande reforma do ensino do Distrito federal (1927- 1930), marco inicial para

o processo de modernização da educação no Brasil.

Foi redator e participante ativo do “Manifesto dos Pioneiros para educação nova

no Brasil” como sendo um dos idelaizadores entre os 26 participantes (1932).

Obra “A Cultura Brasileira” redigida inicialmente para servir ao recenssiamento

de (1940), no entanto tornou-se uma obra aplicavel para a introdução e suporte

sobre dados de conhecimento da cultura brasileira. Participou na Fundação da

Universidade de São Paulo (1934).

Fernando Azevedo buscou conciliar seu pensamento de renovação da politica

educaçional, levados pelos conhecimentos dos filosofos DEWEY (Norte Americano) e

DURKHEIM (Françes), mesmo existindo concepçoes diferentes entre os pensadores,

Fernado Azevedo diferencia as teorias dicernido-as de modo a interpreta-las nitidamente

sobre o aspecto da politica educaional, daquele momento na educação Brasileira, entre

Filosofia e Ceincia, vinculadas por questoes metodologicas e tecnicas de valorização

social.

De acordo com Marcos Vinicius da Cunha (Revista do Mestrado em Educação, UFS, v. 8, p. p.

45-54, jan./jun. 2004 – Artigo Marcelo Augusto Totti - Mestre em Educação – Unesp/Araraquara.)

“Que o Manifesto reflete a incorporação de “concepções deweyanas pertinentes à relação entre Filosofia

e Ciência: as questões metodológicas e técnicas deviam ser definidas por metas filosóficas, e para

discernir a validade destas últimas seria necessário conhecer os anseios da sociedade”. Contrariamente a

Durkheim, que pleiteia uma ciência positiva para conduzir a educação,Dewey procura romper a dicotomia

entre a ciência e a filosofia”. (2004, p.46).

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