A face é um objecto de estudo raríssimo, em ciências ... · É um objecto de estudo ideal para...
Transcript of A face é um objecto de estudo raríssimo, em ciências ... · É um objecto de estudo ideal para...
A face é um objecto de estudo raríssimo, em ciências sociais. Dada a
função de representação do eu, da etnia, da sociedade, do género,
do estatuto social desempenhada pela face, é surpreendente que
não seja um assunto central.
É um objecto de estudo ideal para um sociólogo que entenda, como
é o caso do autor, haver necessidade de actualização das ciências
sociais, nomeadamente no sentido de se abrirem ao mundo da
natureza, da biologia, como recomendou Edgar Morin.
O estudo do poder, que é aquilo que domina as ciências sociais.
Deve ser alargado e completado com o estudo dos modos como os
seres humanos se produzem antes de entrarem em competição.
Quando entram nos mundos político, económico, cultural, em luta
pelo prestígio pessoal que faz de cada um aquilo que será durante o
período áureo da sua vida, no seio da sua geração, cada ser humano
vem com uma carga identitária, de expectativas, ambições,
princípios, recomendações, apoios, ideias que fará da sua face uma
representação sintéctica disso mesmo, aos olhos de todos os que
consigo tratam e também face a si mesmo.
Nunca a face teve tanta importância na política e na vida social
quanto hoje em dia, com os primeiros planos das televisões e com
todas as recomendações comerciais e profissionais sobre como
tratar da face (e do resto do corpo). As emoções, a confiança,
expressam-se espontaneamente através da face, mas também são
provocadas e produzidas pela representação da face de quem vende
ou quem pretende seduzir através dos meios ao seu dispor.
A face, portanto, serve de orientação às relações sociais e às
melhores ocasiões para se intervir ou estar calado, agir ou ser
passivo. E há também as faces com defeito, queimadas ou com
cicatrizes, sinalizando doenças ou etnias estigmatizadas. Faces
difíceis de controlar pelos seres humanos que vivem com elas.
Índice disponível em : http://bit.ly/BiblioLivroMesJunhoIndice
Nota Biográfica do Autor
António Pedro Dores é Docente do Instituto Universitário de Lisboa
(ISCTE-IUL) desde 1985, nascido em Lisboa em 1956, doutorado e
agregado em Sociologia em 1996 e 2004 respectivamente. Lecciona
as cadeiras de Globalização, Justiça Social e Direitos Humanos,
Sociologia da Violência, Sociologia da Instabilidade. Investigador do
Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, CIES/ISCTE-IUL.
Animador da Associação Contra a Exclusão pelo
Desenvolvimento/ACED, http://iscte.pt/~apad/ACED, iniciativa de
pessoas reclusas para romperem o cerco que as inibe de exercer os
direitos de livre expressão, durante os 19 anos da sua existência.
Membro do Observatório Europeu da Prisões:
http://www.prisonobservatory.org/.
Outro Lado…
1.Lugar de sonho?
O lugar sonhado.
2.Presente ideal?
Fazer as pazes.
3.Música preferida?
Calma.
4.Autor preferido?
Gregory Clark.
5.Livro de referência?
How Social Sciences Thinks the World´s Social.
6.Quadro?
Relógios de Dali.
7.Pintor?
Dali.
8.Filme?
Daniel Black.
9.Carro de sonho?
Não precisar de carro.
10.Desporto?
Rugby.
11.Clube?
Sporting.
12.Frase/pensamento?
Carpe diem. Horácio
Nota Bibliográfica do Autor
António Pedro Dores
LIVROS
Autoria:
DORES, António Pedro - Oferece a face : tabus e caminhos das
ciências sociais. Beau Bassin : Novas Edições Acadêmicas, 2017.
DORES, António Pedro; PRETO, J. - Segredos das prisões. Cascais :
RCP Edições, 2013.
DORES, António Pedro - Espírito marginal. Curitiba : Editora CRV,
2012.
DORES, António Pedro - Espírito de proibir. Lisboa : Argusnauta,
2010.
DORES, António Pedro - Espírito de submissão. Coimbra : Fundação
Caloust Gulbenkian ;Coimbra Editora, 2009.
DORES, António Pedro; PINTO, A. de A. - Vozes contra o silêncio :
lutas sociais nas prisões portuguesas. Lisboa: Edições Margem,
2004.
Disponível em : http://home.iscte-
iul.pt/~apad/ACED/bibliografia/Vozes.pdf
Capítulos:
DORES, A. - Reinserção social é fora das prisões. In DUARTE, Vera;
GOMES, Sílvia. Espaços de reclusão : questões teóricas,
metodológicas e de investigação. Maia : Edições ISMAI, 2018.
DORES, A. (2017). O espírito profissional e a ilusão desencantada.
In VELOSO, Luísa Veloso et al. - Anarquismo, trabalho e sociedade :
livro de homenagem a João Freire. Lisboa: Almedina, 2017.
DORES, A. P. - The face and consciousness of discrimination. In
FREITAS-Magalhães, A. - Emotional expression : the brain and the
face, 2017.
Disponível em : https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/15150
DORES, A. - The face and the time. In FREITAS-MAGALHÃES, A.; et.
al. - Handbook on facial expression of emotion. Porto : FEELab
Science Books, 2016.
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Artigos:
DORES, António Pedro - Estigmas, intenções e estados-de-espírito.
Sociologia, Problemas e Práticas. Nº 86 (2018). p. 135-152.
Dísponivel em : https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/14939
DORES, António Pedro - A base social do estado penal. Revista
Critica Penal Y Poder. Nº 12 (2017). p. 203-226.
DORES, António Pedro - Lutas práticas e epistemológicas pelo
abolicionismo. Critica Penal Y Poder. Nº 9 (2015). p. 215–235.
Disponível em : https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/9918
DORES, António Pedro - Os erros de Damásio. Sociologia, Problemas
e Práticas. Nº 49 (2005). p. 119-138.
Disponível em : http://www.scielo.mec.pt/pdf/spp/n49/n49a07.pdf
RELATÓRIOS
DORES, António Pedro; PONTES, N.; LOUREIRO, R. - Manifesto para
uma nova cultural penal. Lisboa : Observatório Europeu das Prisões,
2016.
Disponível em : https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/11565
NOTA: Esta iniciativa só se tornou possível com a total colaboração do autor. Pela
mesma os SID apresentam o seu agradecimento.
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