A Família Como Ponto Chave No Tratamento Terapêutico de Pacientes Portadores de Transtornos...

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    A FAMLIA COMO PONTOCHAVE NO TRATAMENTO

    TERAPUTICO DEPACIENTES PORTADORESDE TRANSTORNOSPSIQUIATRICOS E

    DEPENDENTES QUMICOSIntroduoA todo o momento, o ser humano cobrado einfuenciado pelo meio social em que vive, e este meiotambm determina como ele deve agir pensar e secomportar. Se ele ugir as normas sociaisconsequentemente ser punido pela sociedade, com isso

    a todo o momento o individuo vigiado por esta, e porele mesmo, sendo assim o nvel de estresse ao qual submetido todos os dias alto, saindo s vezesdo norm!"para a !ou#ur" o que passa a ser umrisco, porm nem mesmo na condi!o de portador detranstorno mental e ou dependente qumico, o individuose livra da cobrana e do "ulgamento social, e como n!opode mais obedecer s regras sociais, passa a sere#cludo do convvio em sociedade. A amlia em muitos

    casos az parte deste processo de e#clus!o do doente,muitas vezes por medo, desconhecimento, ousimplesmente pelo estigma de ter em seu convvioamiliar um doente tido pela sociedade como algum semcapacidades, $louco% ou $drogado%. &ercebemos asdi'culdades e a carga psicol(gica na qual as amliasest!o e#postas, porem essencial, todo e qualquer apoionestes casos, sendo de suma import)ncia seuenvolvimento e participa!o durante todo o tratamento

    terap*utico vivenciado pelo paciente ao longo de sua

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    interna!o, a 'm de conhecer e entender melhor aproblemtica tornando+se participe deste processo.

    O P$%! d Fm&!' no $ro#%((ot%r$)ut'#o do $#'%nt%A amlia um con"unto de pessoas que se encontram,ligadas por laos aetivos, t*m ob"etivos em comum, eum uncionamento espec'co. o caso desseuncionamento ser alterado, como quando um dosmembros est internado, natural que sur"am d-vidas einsegurana em todo e qualquer membro da amlia. ummomento de tomada de decis/es que podem ser ceisou n!o, h que adaptar uma postura dierente para que oproblema se"a solucionado, neste caso, para que a pessoainternada atin"a o estado de sa-de ou, no caso de n!o seencontrar doente, que possa retornar a casa 0123341Set.al, 56678. 2 apoio amiliar muito importante, sendomais ainda durante o tratamento, porm esse papel notrato com o doente n!o cil, pois vrios s!o ossentimentos que ela pode apresentar diante dessa

    situa!o, tais como culpa preconceito e incapacidade.Alm do preconceito que os portadores de transtornosmentais e dependentes qumicos sorem da sociedade,eles tambm s!o submetidos aos da amlia, que se senteenvergonhada pela sociedade pelo simples ato de n!oterem conseguido ormar um individuo $saudvel% epreparado para cumprir com suas obriga/es sociais. !o possvel "ulg+las, pois tambm s!o vitimas dasociedade assim como o doente, mas possvel

    reconhecer a import)ncia dela na vida de qualquer serhumano.

    2s amiliares tornam+se essenciais no processo detratamento do doente, no entanto necessitam sabercomo lidar com as situa/es estressantes, evitandocomentrios crticos ao paciente ou se tornandoe#ageradamente super protetores, dois atores quereconhecidamente provocam recadas. 1orna+se muito

    importante que os amiliares dosem o grau de e#ig*nciasem rela!o ao paciente, e#igindo assim mais do que ele

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    pode realizar em dado momento, porm sem dei#+loabandonado, ou sem participa!o na vida amiliar.9onhecendo melhor a doena e tendo um diagn(sticoclaro, a amlia passa a ser um aliado e'ciente em

    con"unto com a medica!o e a terap*utica trabalhadapela equipe multipro'ssional.

    2 papel da amlia e importantssimo em todas as asesdo processo terap*utico, porm undamental no inicio dotratamento onde o paciente ainda n!o percebeclaramente que aquilo que acontece com ele decorrente de uma doena, sendo que para estealucina/es e delrios s!o reais, dizer ao paciente que

    tudo n!o passa de sua imagina!o n!o resolve, aocontrario isso aumenta sua resist*ncia ao tratamento.

    1anto a amlia quanto a equipe responsvel pelo pacientenecessitam estar alinhadas ob"etivando adquirir con'anae vinculo, para que se estabelea uma rela!o decon'ana e de aceita!o ao tratamento, o que iragarantir a eetiva!o do tratamento e conseq:entemelhora. &odemos perceber que a recupera!o de umapessoa com transtorno mental ou dependente qumico

    um processo longo, e em muitos casos gradual e lento, noentanto combinando varias abordagens os resultadostornam+se assertivos e em muitos casos muitosatisat(rio.

    Ao mesmo tempo em que se trata o quadro de doena dopaciente, a amlia deve receber total aten!o no sentidode ser orientada em sua abordagem ao paciente ou emsua din)mica de relacionamento durante o processoterap*utico, visto que em muitos casos a amlia adoeceem con"unto, sendo necessrio um processo de escuta,apoio e orienta!o. 1rabalhar com amlias traz tonatraos relacionados din)mica uncional amiliar muitasvezes " cristalizados ao longo do tempo e quenecessitam serem repensados e apreendidos, sendoestes responsveis pelo agravo da situa!o doena dopaciente.

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    importante que a amlia sinta que ode azer algo paraa"udar o seu amiliar a recuperar+se quando tal e possvele, mesmo quando n!o , que se"a capaz de compreendera situa!o e acompanhar o paciente, dando apoio,

    compreens!o, carinho e dedica!o 0;A??78.

    Pro#%((o T%r$)ut'#o

    2 processo terap*utico o momento onde o pacientepassa por cuidados eetivos e#ercidos pela equipemultipro'ssional tendo por 'nalidade o tratamento dossintomas de sua doena e a manuten!o e garantia desua continuidade ao tratamento tendo o suporte

    adequado para este 'm, visando sua recupera!o emelhora. neste momento tambm que est!o lado a lado equipe multipro'ssional e os amiliares do paciente,

    "untos pelo mesmo ob"etivo o da melhora e qualidade devida do paciente.

    @iante desde comple#o cotidiano, as a/es dirigidas samlias devem estruturar+se de modo a avorecer eortalecer a rela!o amiliarpro'ssionalservio,

    entendendo que o amiliar e undamental no tratamentodispensado ao doente 0329BA 41 ali, 56668.

    neste momento em que s!o eitas abordagensespeci'cas como a coleta de dados, a escuta sensvel e aanalise da equipe em rela!o amlia. 1ambm nestemomento em que s!o eitas as interven/es e trabalhosde educa!o amiliar com vistas ao conhecimento de seupapel, signi'cado e vnculos. 2s pro'ssionais utilizam+se

    neste momento de erramentas especi'cas em cadaespecialidade como, por e#emploC grupos, comoalternativa de trabalho e sensibiliza!o dos cuidados e damanuten!o de vnculos "unto ao paciente durante todo oprocesso terap*utico. 2 sucesso do tratamento dependede um con"unto de atores que cerceiam a rede social emque o paciente esta inserido.

    &ercebemos que durante o processo terap*utico onde os

    amiliares est!o inseridos e participantes, conseguem

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    lidar com menos apreens!o e assim oerecer cuidados demelhor qualidade ao doente, principalmente quandoest!o inseridos em reuni/es eou grupos de amlia ou emoutros processos, sendo estes espaos propcios para a

    refe#!o, discuss!o, escuta, troca de vivencias, angustiase orienta/es, constituindo+se estes como eetivosespaos privilegiados de atendimento amiliar.

    Con('d%r*%(

    4videnciamos que a participa!o da amlia no processoterap*utico dos pacientes portadores de transtornosmentais e dependentes qumicos undamental econtribui de orma signi'cativa no tratamento econseq:ente melhora. 2 paciente sente+se valorizado econ'ante de sua recupera!o, quando sente a eetividadeda participa!o amiliar.

    &ercebemos que os pacientes sorem e suas amliasnecessitam serem atendidas em suas reais necessidadespela equipe respeitando sua orma de constitui!o, poremlevando em considera!o os vnculos estabelecidos e adin)mica uncional, reconhecendo e respeitando suaslimita/es, procurando trabalhar preconceitos eoutrasormas de entendimento da situa!o problema dopaciente.

    A rela!o amiliar o sustentculo e a base para uma boaestrutura emocional para o paciente, tanto para apreven!o de uma crise, quanto para sua manuten!o erecupera!o 0329BA, 41 ali, 56668.Dato pelo qual torna+

    se essencial sua participa!o em todos os processosterap*uticos no qual o paciente esta inserido o que irapropiciar uma melhor adequa!o do paciente aotratamento e consequente melhora.4stimulando refe#/essobre a inser!o da amlia no processo terap*utico dopaciente e que este artigo se aplica.

    REFERNCIAS