A FENOMENOLOGIA DO ETHOS VAZ, Henrique C. de Lima. Escritos de filosofia IV: introdução à ética...

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A FENOMENOLOGIA DO A FENOMENOLOGIA DO ETHOS ETHOS VAZ, Henrique C. de Lima. VAZ, Henrique C. de Lima. Escritos de filosofia IV: Escritos de filosofia IV: introdução à ética filosófica 1. introdução à ética filosófica 1. São Paulo: Loyola, 2002. p. 35- São Paulo: Loyola, 2002. p. 35- 45. 45.

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VAZ, Henrique C. de Lima. VAZ, Henrique C. de Lima. Escritos de Escritos de filosofia IV: filosofia IV: introdução à ética introdução à ética filosófica 1. São Paulo: Loyola, 2002. p. filosófica 1. São Paulo: Loyola, 2002. p. 35-45.35-45.

A FENOMENOLOGIA DO ETHOSA FENOMENOLOGIA DO ETHOSPreliminares semânticosPreliminares semânticos

Ethos com eta inicial (“e” minúsculo):Ethos com eta inicial (“e” minúsculo):- conjunto de costumes normativos de conjunto de costumes normativos de um grupo social;um grupo social;Ethos com epsilon inicial (E maiúsculo):Ethos com epsilon inicial (E maiúsculo):- refere-se à constância do - refere-se à constância do comportamento do indivíduo cuja vida é comportamento do indivíduo cuja vida é regida pelo ethos-costumeregida pelo ethos-costume

A FENOMENOLOGIA DO ETHOSA FENOMENOLOGIA DO ETHOS Preliminares semânticos Preliminares semânticos

Em suma (ethos com as duas grafias):Em suma (ethos com as duas grafias): - A presença histórico-social do costume A presença histórico-social do costume no comportamento dos indivíduos.no comportamento dos indivíduos.- Ethos (com eta inicial), designa o - Ethos (com eta inicial), designa o “abrigo do animal em geral” e a “abrigo do animal em geral” e a “morada do homem”. Ou seja, o termo “morada do homem”. Ou seja, o termo designa primeiramente o lugar onde os designa primeiramente o lugar onde os animais viviam e, depois, passou animais viviam e, depois, passou também, a designar a casa do homem. também, a designar a casa do homem. Assim, “o ethosAssim, “o ethosé a casa do homem”. é a casa do homem”.

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- Como casa do homem o ethos quer - Como casa do homem o ethos quer significar um lugar de estada permanente e significar um lugar de estada permanente e habitual, isto é, um abrigo protetor onde o habitual, isto é, um abrigo protetor onde o homem pode descansar, estar sossegado, homem pode descansar, estar sossegado, estar no seu lugar.estar no seu lugar.- Esta metáfora da morada e do abrigo - Esta metáfora da morada e do abrigo seguro é que vai indicar, propriamente, a seguro é que vai indicar, propriamente, a partir do ethos, o espaço do mundo partir do ethos, o espaço do mundo habitável pelo homem. Este espaço, habitável pelo homem. Este espaço, espaço do ethos, não é dado ao homem, espaço do ethos, não é dado ao homem, mas é por ele constantemente construído. mas é por ele constantemente construído. Portanto, esta raiz semântica é que dará Portanto, esta raiz semântica é que dará origem à significação do ethos como origem à significação do ethos como costume. costume.

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O ethos como costume é abrigo protetor, O ethos como costume é abrigo protetor, ou seja, lugar de estada permanente e ou seja, lugar de estada permanente e habitual do homem. Desta forma, o habitual do homem. Desta forma, o espaço da physis (da natureza, do reino espaço da physis (da natureza, do reino das necessidades) é rompido pela das necessidades) é rompido pela abertura do espaço humano do ethos no abertura do espaço humano do ethos no qual irão inscrever-se os costumes, os qual irão inscrever-se os costumes, os hábitos, as normas e interditos, os hábitos, as normas e interditos, os valores e as ações. valores e as ações.

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Como descreveu Heráclito: “o ethos é o Como descreveu Heráclito: “o ethos é o gênio protetor do homem”. Desta gênio protetor do homem”. Desta maneira, “o ethos é a morada do animal e maneira, “o ethos é a morada do animal e passa a ser a ‘casa’ (oikos) do ser passa a ser a ‘casa’ (oikos) do ser humano, não já a casa material que lhe humano, não já a casa material que lhe proporciona fisicamente abrigo e proteção, proporciona fisicamente abrigo e proteção, mas a ‘casa simbólica’ que o acolhe mas a ‘casa simbólica’ que o acolhe espiritualmente e da qual irradia para a espiritualmente e da qual irradia para a própria casa material uma significação própria casa material uma significação propriamente humana, entretecida por propriamente humana, entretecida por relações afetivas, éticas e mesmo relações afetivas, éticas e mesmo estéticas, que ultrapassam suas estéticas, que ultrapassam suas finalidades puramente utilitárias e a finalidades puramente utilitárias e a integram plenamente no plano humano da integram plenamente no plano humano da cultura”. cultura”.

A FENOMENOLOGIA DO ETHOSA FENOMENOLOGIA DO ETHOS- Por outro lado, ethos (com épsilon inicial) diz - Por outro lado, ethos (com épsilon inicial) diz respeito ao comportamento humano que é respeito ao comportamento humano que é resultado de um constante repetir os mesmo resultado de um constante repetir os mesmo atos formando, assim, o que chamamos de atos formando, assim, o que chamamos de hábito. Desta maneira, esse ethos-hábito é hábito. Desta maneira, esse ethos-hábito é aquilo que ocorre freqüentemente ou quase aquilo que ocorre freqüentemente ou quase sempre, mas não sempre e nem em virtude de sempre, mas não sempre e nem em virtude de uma necessidade natural. Então, Ethos (com uma necessidade natural. Então, Ethos (com épsilon inicial) significa uma constância no agir épsilon inicial) significa uma constância no agir que se contrapõe ao simples impulso do desejo. que se contrapõe ao simples impulso do desejo. Essa maneira de agir do indivíduo, que será para Essa maneira de agir do indivíduo, que será para Lima Vaz a sua personalidade ética, deverá Lima Vaz a sua personalidade ética, deverá traduzir a “articulação entre o ethos como traduzir a “articulação entre o ethos como caráter e o ethos como hábito”. caráter e o ethos como hábito”.

A FENOMENOLOGIA DO ETHOSA FENOMENOLOGIA DO ETHOS1. PREMISSA:1. PREMISSA: Propusemos uma definição nominal da Propusemos uma definição nominal da

Ética como sendo a ciência do ethos, Ética como sendo a ciência do ethos, atendendo à derivação etimológica do atendendo à derivação etimológica do termo ética e à evolução que o levou a termo ética e à evolução que o levou a substantivar-se nas línguas modernas substantivar-se nas línguas modernas para designar um tipo específico de para designar um tipo específico de saber formalmente definido, e integrado saber formalmente definido, e integrado no corpo epistemológico e didático, seja no corpo epistemológico e didático, seja das Ciências humanas, seja da Filosofia.das Ciências humanas, seja da Filosofia.

A FENOMENOLOGIA DO ETHOSA FENOMENOLOGIA DO ETHOS1. PREMISSA:1. PREMISSA:Usando uma velha terminologia escolástica, Usando uma velha terminologia escolástica, podemos dizer que na Metaciência – ou ciência podemos dizer que na Metaciência – ou ciência formal – a forma é o formal – a forma é o id quodid quod (o que é (o que é conhecido), ao passo que na Ciência real a conhecido), ao passo que na Ciência real a forma é o forma é o id quoid quo (a mediação lógico-linguística (a mediação lógico-linguística por meio da qual o objeto real é conhecido).por meio da qual o objeto real é conhecido).No caso das ciências formais –Metaciências – o No caso das ciências formais –Metaciências – o objeto e a forma se identificam; no caso das objeto e a forma se identificam; no caso das ciências reais, necessariamente se distinguem, ciências reais, necessariamente se distinguem, sendo a forma o medium sendo a forma o medium in quoin quo, o perfil , o perfil inteligível pelo qual ointeligível pelo qual oobjeto real é pensado.objeto real é pensado.

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1. PREMISSA:1. PREMISSA:A tendência atual em dar primazia aos A tendência atual em dar primazia aos problemas de Metaética derivada, sem problemas de Metaética derivada, sem dúvida, do fenômeno cultural e dúvida, do fenômeno cultural e espiritual que poderia ser denominado a espiritual que poderia ser denominado a desrealização, a perda progressiva da desrealização, a perda progressiva da referência ao real que atinge os grandes referência ao real que atinge os grandes paradigmas éticos transmitidos pela paradigmas éticos transmitidos pela tradição, traz consigo duas tradição, traz consigo duas conseqüências inquietantes para o bem-conseqüências inquietantes para o bem-estar moral de nossa civilização.estar moral de nossa civilização.

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1. PREMISSA:1. PREMISSA:1ª consequência:1ª consequência:A primeira diz respeito a esse outro traço A primeira diz respeito a esse outro traço marcante de nossa cultura em sua feição marcante de nossa cultura em sua feição tecnológica, ou seja, à instrumentalização da tecnológica, ou seja, à instrumentalização da forma.forma.O predomínio da Metaética pode significar O predomínio da Metaética pode significar uma instrumentalização da lógica e da uma instrumentalização da lógica e da linguagem éticas que, indiferentes a seu linguagem éticas que, indiferentes a seu conteúdo real, passam a servir à expressão de conteúdo real, passam a servir à expressão de um universal relativismo dosum universal relativismo dosvalores, de acordo com as necessidades e fins valores, de acordo com as necessidades e fins subjetivos ou com os interesses ideológicos subjetivos ou com os interesses ideológicos dos agentes éticos.dos agentes éticos.

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1. PREMISSA:1. PREMISSA:2ª consequência:2ª consequência:A segunda consequência, estreitamente A segunda consequência, estreitamente ligada à primeira, exprime-se na renúncia à ligada à primeira, exprime-se na renúncia à tradição da busca de uma conceptualidade tradição da busca de uma conceptualidade filosófica para a explicação da conduta ética, filosófica para a explicação da conduta ética, derivando a Ética para a órbita das Ciências derivando a Ética para a órbita das Ciências humanas, ou seja, para a explicação do humanas, ou seja, para a explicação do fenômeno ético apenas em termos de padrões fenômeno ético apenas em termos de padrões culturais, ou de categorias psicológicas e culturais, ou de categorias psicológicas e sociológicas, corroborando novamente ou sociológicas, corroborando novamente ou pressuposto de um universal relativismo ético.pressuposto de um universal relativismo ético.

A FENOMENOLOGIA DO ETHOSA FENOMENOLOGIA DO ETHOS2. ARISTÓTELES:2. ARISTÓTELES:Aristóteles foi o iniciador da reflexão Aristóteles foi o iniciador da reflexão metaética, ao definir a especificidade do metaética, ao definir a especificidade do conhecimento prático , do qual o conhecimento prático , do qual o conhecimento ético é uma espécie, e ao conhecimento ético é uma espécie, e ao analisar a estrutura conceptual e analítica analisar a estrutura conceptual e analítica do conhecimento prático e do do conhecimento prático e do conhecimento ético, em particular ao conhecimento ético, em particular ao expor nos livros VI e VI da Ética a expor nos livros VI e VI da Ética a Nicômaco e em outras passagens da sua Nicômaco e em outras passagens da sua obra as propriedades lógicas do chamado obra as propriedades lógicas do chamado silogismo prático ; e ao investigar, nos silogismo prático ; e ao investigar, nos primeiros capítulos do Livro I, a polissemia primeiros capítulos do Livro I, a polissemia do termo bem – agathon.do termo bem – agathon.

A FENOMENOLOGIA DO ETHOSA FENOMENOLOGIA DO ETHOS3. CIÊNCIA DO REAL:3. CIÊNCIA DO REAL:A Ética, como ciência do real, tem por A Ética, como ciência do real, tem por objeto o ethos, que se apresenta como objeto o ethos, que se apresenta como um fenômeno histórico-cultural dotado de um fenômeno histórico-cultural dotado de evidência imediata e impondo-se à evidência imediata e impondo-se à experiência do indivíduo tão logo este experiência do indivíduo tão logo este alcance a primeira idade da razão.alcance a primeira idade da razão.A própria possibilidade da Metaética e das A própria possibilidade da Metaética e das ciências empíricas do ethos implica ciências empíricas do ethos implica justamente a universalidade dessa justamente a universalidade dessa experiência, traduzindo- se em formas experiência, traduzindo- se em formas paradigmáticas de linguagem e conduta e paradigmáticas de linguagem e conduta e revelando um dado antropológico revelando um dado antropológico incontestável.incontestável.

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3. CIÊNCIA DO REAL:3. CIÊNCIA DO REAL:Constitutivas desse dado são certas Constitutivas desse dado são certas constantes patentes à primeira constantes patentes à primeira observação do fenômeno ético, que irão observação do fenômeno ético, que irão oferecer um substrato empírico às oferecer um substrato empírico às categorias fundamentais da Ética.categorias fundamentais da Ética.Tais serão, por exemplo, intenção a vida Tais serão, por exemplo, intenção a vida no bem e, consequentemente, o agir no bem e, consequentemente, o agir segundo o bem, do qual deriva a vida segundo o bem, do qual deriva a vida melhor ou mais feliz – eudaimonia - para o melhor ou mais feliz – eudaimonia - para o agente ético e a excelência ou virtude – agente ético e a excelência ou virtude – areté – de seu agir e de seu ser.areté – de seu agir e de seu ser.

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4. O BEM DEVE SER REALIZADO:4. O BEM DEVE SER REALIZADO:O bem deve ser realizado – agathon-O bem deve ser realizado – agathon-deon – embora não pela coação mas deon – embora não pela coação mas pela persuasão.pela persuasão.

Todos esse termos da moral tradicional Todos esse termos da moral tradicional grega implicam em seu conteúdo grega implicam em seu conteúdo semântico o conceito fundamental de semântico o conceito fundamental de bem – agathon, que será o eixo bem – agathon, que será o eixo conceptual em torno do qual se conceptual em torno do qual se construirão os grandes sistemas éticos construirão os grandes sistemas éticos da tradição ocidental.da tradição ocidental.

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4. O BEM DEVE SER REALIZADO:4. O BEM DEVE SER REALIZADO:Sendo o ethos da cultura grega o que Sendo o ethos da cultura grega o que primeiro se prestou a uma transposição primeiro se prestou a uma transposição racional na forma de uma Ética, os racional na forma de uma Ética, os termos básicos da linguagem ética dos termos básicos da linguagem ética dos gregos passam a ser um índice gregos passam a ser um índice heurístico* importante para que termos heurístico* importante para que termos equivalentes se descubram na equivalentes se descubram na linguagem dos ethea de outras linguagem dos ethea de outras condições.condições.* * ((pesquisa de fontespesquisa de fontes))

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5. A ESTRUTURA DO ETHOS:5. A ESTRUTURA DO ETHOS:A experiência primeira do ethos revela A experiência primeira do ethos revela uma estrutura dual característica e uma estrutura dual característica e constitutiva: o ethos é, constitutiva: o ethos é, inseparavelmente, social e individual.inseparavelmente, social e individual.É uma realidade sócio histórica. Mas só É uma realidade sócio histórica. Mas só existe, concretamente, na práxis dos existe, concretamente, na práxis dos indivíduos; e é essa práxis que deixa indivíduos; e é essa práxis que deixa seus traços nos documentos e seus traços nos documentos e testemunhos que nos permitem o testemunhos que nos permitem o acesso à fisionomia própria de um acesso à fisionomia própria de um determinado ethos histórico.determinado ethos histórico.

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6. A FENOMENOLOGIA DO ETHOS:6. A FENOMENOLOGIA DO ETHOS:O ethos nos oferece uma primeira via de acesso O ethos nos oferece uma primeira via de acesso à sua elucidação racional mediante uma à sua elucidação racional mediante uma descrição fenomenológica, que deve indicar-nos descrição fenomenológica, que deve indicar-nos o caminho para sua compreensão filosófica ou o caminho para sua compreensão filosófica ou para a Ética propriamente dita.para a Ética propriamente dita.A fenomenologia apresenta-se como um A fenomenologia apresenta-se como um método-caminho–propedêutico à Ética. A idéia método-caminho–propedêutico à Ética. A idéia de uma Ética rigorosamente fenomenológica de uma Ética rigorosamente fenomenológica viu-se em face de dificuldades que, nos casos viu-se em face de dificuldades que, nos casos mais significativos, tornaram inevitável o mais significativos, tornaram inevitável o recurso a uma ontologia do sujeito ético.recurso a uma ontologia do sujeito ético.

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- Portanto, o ethos-hábito é o “processo - Portanto, o ethos-hábito é o “processo genético do hábito ou da disposição genético do hábito ou da disposição habitual para agir de certa maneira”. habitual para agir de certa maneira”.

- Finalmente, “o ethos se desdobra - Finalmente, “o ethos se desdobra como espaço de realização do homem, como espaço de realização do homem, ou ainda como lugar privilegiado de ou ainda como lugar privilegiado de inscrição da sua práxis”. inscrição da sua práxis”.

A FENOMENOLOGIA DO ETHOSA FENOMENOLOGIA DO ETHOS- “O Ethos é o ponto de partida para a - “O Ethos é o ponto de partida para a compreensão do que funda o compreensão do que funda o humanum,humanum, ou ou seja, ele é como que o alicerce que sustenta seja, ele é como que o alicerce que sustenta o humano. o humano. - É dinâmico, não estático, está na origem das - É dinâmico, não estático, está na origem das normas e da própria diversidade das normas e da própria diversidade das culturas e religiões. culturas e religiões. - Vemo-lo como a marca primeira do Criador - Vemo-lo como a marca primeira do Criador impressa nos seres humanos” (AGOSTINI, impressa nos seres humanos” (AGOSTINI, 1993, p. 21-22). 1993, p. 21-22).

A FENOMENOLOGIA DO ETHOSA FENOMENOLOGIA DO ETHOS ““O conjunto de princípios que regem, O conjunto de princípios que regem,

transculturalmente, o comportamento transculturalmente, o comportamento humano para que seja realmente humano humano para que seja realmente humano no sentido de ser consciente, livre no sentido de ser consciente, livre e responsável” (BOFF, 1999, p. 195). e responsável” (BOFF, 1999, p. 195).

““O Ethos é a maneira pela qual cada O Ethos é a maneira pela qual cada homem e cada cultura vive o ser. homem e cada cultura vive o ser. Se há história do homem, há também Se há história do homem, há também história do ethos” (DUSSEL, 1977, p.223). história do ethos” (DUSSEL, 1977, p.223).

A FENOMENOLOGIA DO ETHOSA FENOMENOLOGIA DO ETHOS ““A expressão Ethos representa hoje A expressão Ethos representa hoje

alguma coisa que é aceita como alguma coisa que é aceita como válida, e pela qual também outras válida, e pela qual também outras coisas se orientam, tornando-se coisas se orientam, tornando-se assim princípio orientador de toda e assim princípio orientador de toda e qualquer ação tomada e tornada qualquer ação tomada e tornada atitude moral básica de uma atitude moral básica de uma pessoa ou de um grupo (KÜNG, pessoa ou de um grupo (KÜNG, 1999, p. 169).1999, p. 169).

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PARA REFLEXÃO/DISCUSSÃO:PARA REFLEXÃO/DISCUSSÃO:- Quem define o que seja ético e moral para a - Quem define o que seja ético e moral para a morada humana? morada humana? - Que instância apontará os critérios de bondade - Que instância apontará os critérios de bondade ou de maldade, sejam da moradia humana (ethos) ou de maldade, sejam da moradia humana (ethos) sejam dos costumes e valores (moral) que organiza sejam dos costumes e valores (moral) que organiza essa moradia?essa moradia?