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    A figura do f enquanto criador

    Maria Ins Vilhena da Cunha

    ndice

    1 F(nticos) 1

    2 Tipos de fs 23 F cultista ou f criador 34 Bibliografia 6

    Apresentao

    Este trabalho pretende estudar diferentesabordagens ao conceito de f. No s algu-mas noes que o termo implica, como os di-ferentes graus de fanatismo, mas particular-

    mente a relao dos fs com a sua identidadee a noo de f cultista enquanto ser criadorque desempenha um papel determinante nacultura popular.

    1 F(nticos)

    No dicionrio online Priberam(www.priberam.pt) um f definidocomo pessoa que tem grande admirao

    por certo artista popularizado pelo cinema,teatro, televiso, rdio, msica, etc.. Estanoo ter sido alargada pelo aumento daoferta e da variedade de produtos culturais.O objecto de interesse de um f no necessariamente uma pessoa, pode ser uma

    Universidade Catlica Portuguesa. Mestrado emComunicao e Gesto Cultural Mdia, Pblicos eAudincias.

    filosofia subjacente a um grupo, uma sriede televiso ou uma moda. Ser mais umobjecto de desejo para onde focada aateno de um indivduo, com o qual ele seidentifica e admira. Esse fascnio pode ouno ser representado por uma pessoa.

    No ensaio Is there a fan in the house?:the affective sensibility of fandom, LawrenceGrossberg sugere uma definio contempo-rnea bastante mais abrangente: (...) whatwe today describe as a fan is the contempo-

    rary articulation of a necessary relationship

    which has historically constituted the popu-

    lar, involving relationships to such diversethings as labour, religion, morality and po-

    litics. .A palavra f deriva de fantico (fanatic)

    mas tem hoje um significado diferente da suaraiz etimolgica. Um fantico consideradomais extremista que um f, que tem uma co-notao quase passiva e de certo modo ino-fensiva. A presena cada vez mais constantedo terrorismo nas sociedades ocidentais con-

    feriu um tom mais agressivo s noes de fa-natismo ou fantico. Contudo, no presentetrabalho essas acepes da palavra no se-ro tidas em conta, sendo que a estes termosacresce todo um subtexto scio-poltico queno ser analisado. Existe no entanto umacaracterstica do termo fantico que ser per-tinente para o presente ensaio. Eric Hofferrefere no seu livro Fanatismo e movimento

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    de massas.o seguinte: Quando o momentoest maduro, apenas o fantico pode criar

    um autntico movimento de massa.(...) O

    caos o seu elemento.

    Neste excerto est implcita a noo deque um fantico tem uma postura activa, di-namizadora e de liderana que lhe permitereunir sua volta pessoas com os mesmosinteresses e menor determinao. A capaci-dade de um fantico para dirigir pode sur-gir como resposta, segundo Hoffer, ao an-

    seio das massas por comunho. Do mesmomodo, a referncia ao caos enquanto ambi-ente do fantico remete para a noo de ex-cesso presente na classificao dos diferentesgraus de fanatismo.

    2 Tipos de fs

    Na sequncia do exemplo anterior possvelfazer uma primeira distino entre fs pas-

    sivos e activos. O f activo ser aquele queage, no se limita a consumir mas procurainteragir e toma a iniciativa. Os fs acti-vos buscam outros semelhantes e tendem aagrupar-se de modo a dar continuidade suacondio de fs, adiando o fim dessa experi-ncia. O caso extremo de um f activo sero fantico que desenvolve uma obsesso eencara toda a sua vida luz do seu objectode desejo. Estes casos podem reflectir-se emviolncia fsica ou psicolgica como so osexemplos dohooliganismoou a perseguiode celebridades. Os fanticos concentram-se em grupos fechados onde se sentem segu-ros e acompanhados por outros semelhantes.Desenvolvem hbitos, prticas e signos queos caracterizam e distinguem dos demais. Defacto, necessrio um certo nvel de integra-o que permita aos fs, neste caso fanticos,reconhecerem-se como tal. Os fs passivos

    no se consideram fs, sentem-se afastadosdessa categoria na medida em que tambmno partilham o seu interesse com uma co-munidade.

    Existem diferentes tipos de fs ou dife-rentes nveis de envolvimento de um indiv-duo com diferentes referentes culturais. Aexpresso ser f de qualquer coisa estperfeitamente banalizada e pode ser leviana-mente aplicada a qualquer significante. Osconsumidores comuns so fs passivos, mo-

    derados, que apreciam determinado produtoou personagem cultural mas no manifestamou canalizam o seu interesse de forma produ-tiva. Nesta categoria podem enquadrar-se oschamadoscouch potatoesque apesar de esta-rem perfeitamente actualizados e integradosno texto cultural no sentem necessidade deagir em funo dessa preferncia. Ao adqui-rir produtos subsequentes ligados ao seu in-teresse, ou spinoff products, tornam-se acti-

    vos, pois no se limitam a ser receptores mascomunicam ao mercado a sua preferncia.Outra categoria intermdia mas bastante

    relevante refere-se aos fs de culto que nos manifestam o seu interesse como o cul-tivam. semelhana dos fanticos formamcomunidades de interesses partilhados e pro-curam intervir com o produto cultural. Osexemplos mais imediatos esto hoje em diaassociados fico cientfica, s bandas de-senhadas ou a grandes cones como MarylinMonroe ou Elvis Presley. Estes fs so, maisque todos os outros, produtores de conte-dos, no se limitam a consumir tudo o queexiste mas procuram eles prprios criar no-vos subprodutos. Esto extremamente beminformados sobre o seu objecto de interessee tm a capacidade efectiva de interferir coma produo e criao de novos contedos. Oexemplo do Star Trek refere esta atitude pr-

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    activa em que os fs cultistas pedem maisepisdios e sugerem novos argumentos.

    Quando o fascnio diz respeito a uma pes-soa ou personagem, o f cria laos e constrirelaes emocionais com o seu dolo. Podeser uma relao de amor, desejo, admiraoou mesmo de inveja. Para o f o dolo existena sua esfera de intimidade. Sabe quase tudosobre essa pessoa ou personagem e sente-se integrado numa relao de reciprocidadeque na realidade no existe, pelo menos na

    forma interpessoal. A importncia de esta-belecer uma ligao entre o f e o seu mo-delo determinante nestas relaes, quer setrate da procura de contacto fsico quer atra-vs da imitao de estilo ou a tentativa deencontrar parecenas que sustentem a ilusode uma identidade partilhada.

    No mundo virtual, atravs do grande su-cesso dos jogos de simulao como The SimsouSecond Life, esta relao de fanatismo ad-

    quire novas formas. A identidade de um jo-gador frequentemente associada e imagi-nada semelhana de um heri ou persona-gem ideal. Estas personagens so compara-das a estrelas de cinema ou dolos musicais econsideradas um modelo de conduta.

    As comunidades de fs podem ser referi-das atravs do termo fandom. So conside-radas subculturas de fs que se unem atravsde interesses comuns. Esses interesses po-dem referir-se a qualquer objecto de desejo,quer se trate de um estilo de msica ou de umdesporto o factor determinante a reunio defs em torno de um mesmo significante cul-tural.

    Existem inmeros fenmenos de fana-tismo ou clubes de fs que vo desde umapequena associao de pessoas reunidas numblogou siteat convenes, representaes,produes e encarnaes dos dolos.

    O caso extremo do fenmeno japonsOtaku um exemplo de fanatismo obsessivocom bandas desenhadas ou animaes tipoManga e Anime.

    3 F cultista ou f criador

    No livro Understanding popular culture,John Fiske refere o seguinte: Fandom ischaracterized by two main activities: discri-

    mination and productivity.

    Fiske entende que os fs circunscrevem oseu interesse apenas ao objecto de fanatismoe so produtivos porque criam os seus pr-prios textos que podem manifestar-se de for-mas to diversas como estilos de roupa ouposters, contribuindo activamente para a di-vulgao daquele objecto de interesse. Oscomentrios sobre esse produto cultural sotambm uma forma de aco produtiva quepromove o produto e procura prever as suas

    aces seguintes. Os fs produzem uma nar-rativa prpria volta do seu interesse quepode corresponder em parte realidade masque completada e preenchida por suposi-es e enredos que originam novas narrati-vas sobre o texto original. A criatividade dosfs ilimitada da que a produo concep-tual que gira volta desses objectos, no seesgota na realidade dos factos. As frontei-ras entre a figura emissora e o pblico f, ca-paz de gerar novos significados, tornam-sehbridas. De facto, a expresso dos gostos eopinies dos fs pode ter um reflexo prticona produo. No s atravs de comunica-es individuais mas tambm atravs de ma-nifestaes colectivas como o caso das son-dagens de opinio ou a posio assumida porum clube de fs.

    Partindo da afirmao de Fiske possvelapontar algumas aces que distinguem os

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    fs. Como j foi referido a produo e a des-criminao so dois valores determinantes.A discriminao operada pelos fs refere-seao seu isolamento enquanto grupo fechadoque distingue claramente os fs como mem-bros do clube e todos os outros como exteri-ores. A ideia de incluso pode ser acrescen-tada por oposio discriminao. O f pro-cura tambm um sentido de pertena, sentir-se integrado numa comunidade de semelhan-tes e no isolado numa massa inexpressiva.

    A divulgao outra actividade que meparece relevante na medida em que as nar-rativas criadas ou produzidas deixam o ima-ginrio de um f ou a privacidade do seuquarto para se manifestarem publicamente,especialmente atravs da internet. Um exem-plo desta enorme produtividade so os fsdo Star Trekque realizam vdeos onde in-cluem as suas imagens junto das estrelas. Domesmo modo, os fs de Star Wars revitali-

    zam a narrativa de George Lucas, ao conti-nuarem a produzir toda a espcie de textosderivados. De facto esta produo determinauma hierarquia dentro da comunidade de fs,que elege implicitamente aqueles que produ-zem contedos com maior qualidade. Mui-tas das produes detrekkiesprocuram com-pletar a narrativa original, dando a conhecerimagens ou situaes que ficaram apenas su-bentendidas na srie. Os prprios produto-res da srie no encontraram ainda a melhorforma de gerir estes contedos.

    Fiske avana a seguinte noo de pro-dutividade enquanto metamorfose contnua:Popular productivity is a constant processof recombining and reusing the cultural pro-

    ducts of capitalism in a form of bricolage

    (and, as such does not differ in kind from so-

    called artistic originality, thought it differs

    greatly in its critical reception and cultural

    acclaim). A seleco de msicas gravadasnum CD ou num iPod um processo de bri-colage, de recombinao de significados queoriginam um novo sentido. Ao fabricaremestes produtos marginais, os fs contribuempara a circulao de significados. Criam oseu prprio hipertexto, semelhana de umprocesso de colagem no qual o significadofinal excede a soma dos seus constituintes.Este subproduto deveria ser igualmente va-lorizado enquanto resultado de um processo

    criativo disponibilizado publicamente.A ideia de um f enquanto agente activo

    de uma cultura popular e das prprias in-dstrias culturais, igualmente abordada porMatt Hills no livro Fan Cultures. Hills pro-cura substituir a carga simblica do cultoassociada aos fs pela noo de consumoperformativo. Este termo permite assimi-lar no s a ideia de homenagem prestadaaos dolos mas refora a funo criadora do

    f. Em casos mais extremos de imitao oupersonificao de um dolo, essa atitude di-nmica utiliza o prprio corpo como instru-mento de culto. O corpo performativo de umf permite-lhe dar continuidade ao seu in-teresse e reforar a sua prpria identidade,atravs da auto-conscincia que lhe permiteassumir por momentos uma nova identidade.Para Hills, contrariamente s consideraeshabituais, esta simulao do Eu enquantooutro no reflecte falta de personalidade ouuma disfuno identitria. Para personificarum dolo, necessrio que o f se conheae esteja perfeitamente consciente de si pr-prio. No entanto, Hills reconhece que a con-dio de f por si s contraditria. Porum lado estimula a auto-conscincia e a re-flexo pessoal mas por outro promove a au-sncia do prprio sujeito no momento da as-similao do seu dolo. Outra contradio

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    prende-se com o facto da noo de perfor-matividade aplicada por Hills, ter uma cono-tao criativa mas ao mesmo tempo mim-tica, no sentido em que pode ser limitada imitao ou reproduo. Os fs imitam defacto os seus dolos mas esses prprios do-los so o produto de influncias, inspiraese simulaes de outros dolos. Trata-se deum processo contnuo de influncias e simu-lao que no pode ser dissociado da culturade fs e que demonstra que esta personifica-

    o no implica necessariamente distrbiosde identidade.

    Hills refere tambm o exorcismo do corpoque se torna dispensvel neste processo deimitao. (...) the constant management offluid boundaries between self (cult imperso-

    nator) and other (icon)..Para Hills um f que imita o seu dolo no

    perde o seu Eu, pelo contrrio ele expande-o. No entanto, Lawrence Grossberg consi-

    dera que os interesses de um f so to vitaispara a sua existncia que a sua identidade setorna dispersa em funo da disperso faceao seu dolo ou objecto de culto. TambmDaniel Dayan sublinha a ideia de que a iden-tidade no uma entidade terminada na me-dida em que caracteriza os pblicos de fscomo aqueles que buscam uma identidade.

    Neste contexto de entrosamento de produ-es que constituem a cultura popular, sertambm pertinente a ideia de cultura de con-vergncia. Para Henry Jenkins as criaesdas comunidades de fs no se limitam aconstituir uma cultura popular, elas podemser apropriadas pelas indstrias culturais queas reutilizam, recriando o seu produto origi-nal.

    Nesta cultura participativa os fs podemsubsistir enquanto produtores. A noo deconsumidor passivo torna-se cada vez mais

    desactualizada. Produtores e consumidoresj no representam conceitos estanque, umavez que as funes se misturam tornando asua relao numa interaco recproca. Lo-gicamente que a importncia de cada um dosintervenientes no ser a mesma, contudoparece-me determinante o facto de ser pos-svel encarar o f contemporneo enquantoser que cria e contribui para uma intelign-cia colectiva e inquestionvel que as in-dstrias culturais comeam a ter conscincia

    dessa mudana.A distino de f enquanto membro de

    uma audincia que se destaca atravs do seuinteresse e aco confere uma dimenso eli-tista ao papel do f. Tudo o que esteja forado seu mapa de interesse considerado ex-geno, da que a diferena entre o f e o outroesteja linearmente demarcada.

    Segundo Grossberg um f est em cons-tante conflito com todos os que no so fs,

    a audincia. Contrariamente audincia, of no se limita a consumir, ele procura re-tirar significados e rel-los sua imagem.O mesmo texto cultural tem tantos significa-dos quantos os receptores e as suas diferentespredisposies. Da que no possvel pre-ver os efeitos de um produto cultural a partirdo momento em que ele exibido e apropri-ado por estes consumidores-actores.

    De facto, a Teoria da recepo defendeque a recepo de um produto cultural no homognea e se altera consoante a evoluodo prprio receptor.

    O que torna os fs activos o facto de agi-rem de acordo com noes de sensibilidadee afecto, so essas pulses que os distinguemda audincia ou dos fs passivos. Para Gross-berg, a sensibilidade actua em funo do pra-zer que cada indivduo retira da sua experi-ncia com a cultura popular.

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    The category of the fan, however, can

    only be understood in relation to a diffe-

    rent sensibility. The fans relation to cultu-

    ral texts operates in the domain of affect or

    mood. Lawrence Grossberg In: The Affec-tive Sensibility of Fandom

    So as noes de sensibilidade e afecto,exacerbadas ao excesso, que foram o f, ou-trora consumidor passivo, a intervir com oobjecto do seu desejo e a produzir novos sig-nificados, tornando-se assim num agente cri-

    ador com um papel fundamental na revitali-zao cultural.

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