A Formiga e a Mosca

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A partir de uma fábula tradicional, este texto ajudará o leitor a adquirir elementos para reconhecer a importância do trabalho, do esforço próprio e da independência. Trabalhadora incansável, de bom coração e convicta de seus valores, a formiga ensina uma lição de vida à preguiçosa mosca. Autora: Sandra Aymone Ilustração: André Ceolin

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Sobre a Fundação Educar DPaschoal

Esta obra foi impressa na Gráfica Santa Edwiges Artes Gráficas. em papel cartão (capa) e papel couché (miolo). Esta é a 1ª edição, 4ª reimpressão, datada de 2014,

com tiragem de 13.000 exemplares.

Criada em 1989 para a promoção da educação cidadã como estratégia de transformação social, desenvolveu inicialmente a “Academia Educar”, que promove a formação de núcleos de lideranças juvenis em escolas públicas, criando oportunidades para que o jovem descubra seu potencial, tornando-se capaz de transformar sua realidade, a de sua escola e da comunidade.

Em 1999, criou o “Prêmio Trote da Cidadania”, que estimula o empreendedorismo universitário como forma de propagar práticas sustentáveis e a participação cidadã no ambiente acadêmico.

Em 2000, iniciou o projeto "Leia Comigo!", que produz e distribui gratuitamente livros infanto-juvenis que incentivam o gosto pela leitura, facilitam o aprendizado na escola e o pleno desenvolvimento da criança e do jovem. São histórias que contribuem para a construção de cidadãos e uma visão mais humanista.

A DPaschoal acredita que incentivar a leitura e o debate crítico é o melhor caminho em direção ao verdadeiro desenvolvimento do país e da sociedade.

AutoraSandra Aymone

Coordenação editorialSílnia N. Martins Prado / Juliana Furlanetti

Revisão de textoKatia Rossini

IlustraçõesAndré Ceolin

Projeto gráfico e diagramaçãoFoco Editorial

RealizaçãoFundação Educar Dpaschoalwww.educardpaschoal.org.brFone 19 3728-8085

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AutoraSandra AymoneIlustradorAndré Ceolin

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Nico e sua irmã mais velha, Malu, estavam no quintal da chácara do vô Pedro, observando as formigas.

Em fi la, elas carregavam pedacinhos de folhas verdes para dentro do formigueiro, que tinha a forma de um minivulcão.

– A que horas acaba o trabalho delas? – perguntou Nico à irmã.

– Não sei, não! – respondeu Malu. – Acho que elas só param quando vão dormir!

– A mamãe diz que as formigas são muito trabalhadeiras... – lembrou Nico.

– É mesmo! – recordou-se a menina. – E o vovô, uma vez, me contou a história de uma formiga que conversava com uma mosca... Será que ele ainda tem o livro? Vou lá ver e já trago!

A menina correu para dentro da casa e logo voltava, trazendo um livro com jeito de antigo.

– Conta, Malu! – pediu Nico.

E Malu contou.

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– A formiga e a mosca. “Uma pequena formiga,ocupada em trabalhar,Encontrou, um dia, a mosca,que a chamou pra conversar.

– Pare um pouco! – disse a mosca. – Sei que nós somos vizinhas:você mora no jardim,já, eu, prefi ro a cozinha.

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A mosca tagarelava pousada numa plantinha: – Enquanto você dá duro,levo vida de rainha!

Não preciso trabalhar,como só boas comidas,tenho tudo o que quiser,sou mesmo uma boa -vida!

A formiga pôs no chão a folha que carregava,para poder responderàquelas bobas palavras.”

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“ – Pelo que estou informada –foi dizendo a Fiapinha –,moscas são consideradasuma espécie bem sujinha...Sua cama é a lixeira,sua comida é roubada.Uma mosca e uma formiganão podem ser comparadas...

– Pois eu acho que sei bemo que a faz falar assim –respondeu, depressa, a Tuca. –É pura inveja de mim!Enquanto você se arrastapelo chão empoeirado,pouso em sofás de veludopasseio em lençóis bordados!”

– Que mosca mais tonta! – interrompeu Nico. – Como era o nome delas? – Não sei, no livro não diz... – respondeu Malu. – Mas a gente pode inventar! Você inventa o nome da formiga, e eu, o da mosca... – Eba! A formiga vai ser Fiapinha, porque ela é magrinha! – E a mosca é... Tuca! Onde estiver escrito “formiga”, vou ler “Fiapinha”, e onde estiver “mosca”, agora é “Tuca”. Bom, deixa eu continuar...

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“Fiapinha, então, falou:– Sei muito bem meu valor.Você prefere roubare eu trabalho com amor!

E, se você não se importa,não tenho tempo a perder.Cuidado com inseticidas,é o que posso lhe dizer...

Ao ouvir este conselho,a mosca só deu risada.Sem dar bola, a formiguinhaseguiu pela sua estrada.”

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Nico interrompeu de novo: – A Fiapinha devia ter dito pra Tuca ter cuidado também com o mata -moscas do vovô! Quando ele resolve acabar com elas, é vapt -vupt! Não sobra nenhuma! Malu riu e continuou a leitura.

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“Tempos depois, Fiapinha,subindo em uma vidraça,ouviu pedidos de ajuda:

– Me acudam nesta desgraça! –– gritava Tuca, lá dentro,sem conseguir escapar:os donos da casa tinhamsaído pra viajar.

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As janelas e as portasda casa onde ela moravaestavam todas trancadase, presa, ela só gritava!”

– Eu também, uma vez, fi quei preso dentro de casa, lembra? – disse Nico. – Claro que lembro! – falou Malu. – Em vez de sair com a gente, você fi cou lá dentro e trancou a porta com a chave! Depois não conseguia abrir... Ainda bem que o papai tinha outra chave com ele. – É, eu era pequeno... Mas e a Tuca? Ela não tem chave... Ela vai morrer? – Se você me deixar contar, vai fi car sabendo...

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Pelo chão empoeiradoa Tuca se arrastou.Com ajuda de Fiapinha,a liberdade alcançou!”

Depois de pensar um pouco,logo ela bateu na testa: – Tive uma ideia! A porta!Embaixo dela há uma fresta!

“A Tuca já estava fraca,sem nada para comer.Sentindo pena, FiapinhaNão sabia o que fazer

– Ufa! Aposto que, depois disso, a Tuca resolveu ir trabalhar! – disse Nico. – Ah, isso eu não sei... – falou Malu. – A história não conta o que ela fez. Mas é uma boa ideia! Que trabalho será que uma mosca pode fazer? Já que ela voa, pode trabalhar nos Correios, entregando cartas!

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Nico teve outra ideia: – Já que ela tem um monte de perninhas, podia vender sapato! – A centopeia tem muito mais pernas! – lembrou Malu. – Já sei! A centopeia é a dona da loja e a Tuca arranja um emprego lá! Vou fazer estes versinhos pra completar a história, duvida?Malu pensou por alguns instantes e depois recitou:

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“Toda suja e amassada,Tuca pensou numa ideia: – Vou procurar um empregona loja da centopeia!...

A centopeia moravanuma árvore do matoe em sua loja vendiatodo tipo de sapato...”.

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Nico bateu palmas! Tinha fi cado bem bacana!– Mas... e no livro? – ele quis saber. – Como é que termina? Malu, então, leu o fi nal da história.

“Naquela noite, a formigaaos seus fi lhinhos contoua história daquela moscae, no fi nal, completou:

– Quem não quer passar por isso,deve sempre ter em mente:só com estudo e trabalhoseremos independentes!”

– Que bom que tudo acabou bem, né, Malu? – É mesmo, Nico! A mosca aprendeu... Agora vamos lá dentro, que estou sentindo cheiro de bolo quentinho!E os dois correram para casa.

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