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A história Cristã, e da igreja desde os seu início, vem sendo apontada pelo surgimento de movimentos que altera a realidades e apontam novos caminhos para o Cristianismo. Alguns menores, outros maiores, ações de grupos cristãos distintos perpetraram na história durante os mais de vinte séculos depois do próprio movimento de Jesus de Nazaré que deu sua origem. O movimento ecumênico tem origens no movimento missionário protestante iniciado no século XVII e que se consolida no século XIX, mas com as crescentes divisões devido à formação de identidades próprias de todos os seguimentos e a valoração de seus conceitos de verdades os grupos se dispersaram. O principal cisma do ocidente ocorreu com a reforma religiosa onde dogmas foram questionados e o caminho do sacerdote de todos os cristãos foi difundido entre os fiéis. O grande desafio para o movimento ecumênico é permanecer no limite do diálogo e não deve conduzir à aceitação da qualidade ou estado daquilo cujo valor ou importância devem ser avaliados em conjunto. A cooperação em tarefas comuns que não colidam com os postulados da fé cristã é desejável, mas o sincretismo religioso não deve estar no alicerce, ou seja, na estrutura do movimento ecumênico. É por essa razão que, em certos casos, a expressão do movimento ecumênico não se torna possível entre segmentos Cristãos por ser conflitantes do cristianismo histórico e de seu desenvolvimento. Quando se trata de confrontar movimentos religiosos não cristãos ou pseudo-cristãs ameaçadores da hegemonia religiosa clássica do Ocidente haverá união, mas quando se trata de liberdade de ideias não haverá união. O professor Antonio Gouvea Mendonça explica que a história do movimento ecumênico é uma história de reações

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A história Cristã, e da igreja desde os seu início, vem sendo apontada pelo surgimento de movimentos que altera a realidades e apontam novos caminhos para o Cristianismo. Alguns menores, outros maiores, ações de grupos cristãos distintos perpetraram na história durante os mais de vinte séculos depois do próprio movimento de Jesus de Nazaré que deu sua origem.

O movimento ecumênico tem origens no movimento missionário protestante iniciado no século XVII e que se consolida no século XIX, mas com as crescentes divisões devido à formação de identidades próprias de todos os seguimentos e a valoração de seus conceitos de verdades os grupos se dispersaram. O principal cisma do ocidente ocorreu com a reforma religiosa onde dogmas foram questionados e o caminho do sacerdote de todos os cristãos foi difundido entre os fiéis.

O grande desafio para o movimento ecumênico é permanecer no limite do diálogo e não deve conduzir à aceitação da qualidade ou estado daquilo cujo valor ou importância devem ser avaliados em conjunto. A cooperação em tarefas comuns que não colidam com os postulados da fé cristã é desejável, mas o sincretismo religioso não deve estar no alicerce, ou seja, na estrutura do movimento ecumênico. É por essa razão que, em certos casos, a expressão do movimento ecumênico não se torna possível entre segmentos Cristãos por ser conflitantes do cristianismo histórico e de seu desenvolvimento. Quando se trata de confrontar movimentos religiosos não cristãos ou pseudo-cristãs ameaçadores da hegemonia religiosa clássica do Ocidente haverá união, mas quando se trata de liberdade de ideias não haverá união.

O professor Antonio Gouvea Mendonça explica que a história do movimento ecumênico é uma história de reações contra desafios filosóficos, científicos, econômico-políticos e mesmo religiosos, diante dos quais a desunião do cristianismo protestante, em certos momentos, se apresentou com preocupante fraqueza.

Na atualidade alguns ramos do movimento ecumênico pregam uma união irrestrita entre as religiões, e outros uma volta à igreja mãe, mas fica a grande pergunta, quem seria a igreja mãe? A que está em Roma ou em Constantinopla (atual Istambul)? Para os protestantes isto soa estranho por a igreja não tem sua sede neste mundo, mas em Cristo, contudo até mesmo no meio protestante alguns tem sua sede no líder carismático, mas isto é outro assunto.

“Penso que a resposta para o desafio atual do movimento ecumênico se resume em uma pequena frase, mas de grande asseveração.” Nas coisas necessárias, a unidade; nas duvidosas, a liberdade; e em todas, a caridade.” Santo Agostinho, igualmente parafraseou o clérigo anglicano, no essencial, unidade; no não essencial, liberdade; em tudo caridade” Rev. João Wesley.