A história da criança no brasil

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O PAPEL BRANCO A INFANCIA E OS JESUITAS NA COLONIA A HISTÓRIA DA CRIANÇA NO BRASIL

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O PAPEL BRANCOA INFANCIA E OS JESUITAS NA COLONIA

A HISTÓRIA DA CRIANÇA NO BRASIL

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CONTEXTO E LEIS

Contexto: Sec XVI – Brasil colonial, modo de ver as crianças (antes mini adultos) mudou em toda a europa

Na europa: Novas leis em prol da criança surgiam para protege-las a medio prazo

Em Portugal: legislação – recolher crianças de rua e dar melhores condições de vida aos enjeitados

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CRIANÇA = PAPEL EM BRANCO

Para os jesuitas os indios não possuem moral e deveriam ser ordenados e adestrados

O modo mais “facil” de modificar os habitos eram pelas crianças

Para os jesuitas as crianças eram a imagem imaculada do menino jesus, ou seja, um papel em branco sem vestigios de maldade aonde poderia se “escrever” novos habitos e morais.

O objetivo era conquistar as almas dos indigenas

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Em São Vicente, 1554, Nobrega fundou o 1º colegio aonde indigenas estudavam com crianças orfãs de Portugal

A ideia era que pela influencia das crianças de portugal os pequenos indios se adaptassem mais facil a nova doutrina e valores

Os jesuitas valorizavam a criança como um ser cheio de valor, graça e vunerabilidade

Mas isso não significava que deveriam ser mimados, ao contrario o muito mimo era repudiado

“Deus ensinava que amar é castigar e dar trabalhos nesta vida. Os vicios e pecados deviam ser combatidos com açoites e castigos.”

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JESUITAS E A EDUCAÇÃO INFANTIL

Riquezas levavam ao inferno, trabalho levava ao ceu

Amar era o mesmo que dar disciplina (amor correcional)

A educação passou pra uma transição: Na idade media a criança era vista como mini adulto e deveria se

tornar aprendiz Nos tempos modernos: a religião torna a educação cada vez mais

hierarquizada, mas com um adicional: a preocupação com especificidades da infancia e psicologia infantil

Com uma nova doutrina imposta atraves das escolas os jesuitas queriam “tornar o povo agradavel à Cristo”

A infancia é percebida como momento certo para a catequese (novos e “melhores” costumes)

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O objetivo era claro: retirar a identidade indigena e inserir a identidade cristã

As festas, a nova educação, a religião, a nova cultura encantam os indios

As crianças indigenas se juntavam aos Jesuitas por vontade propria iludidas pelas musicas e festas.

Uma vez na escola as crianças aprendiam sobre a fé e a religiosidade, sobre moral e pecado e se confessavam de 8 em 8 dias.

Com essa “lavagem cerebral” o efeito foi o esperado as proprias crianças convertiam os pais, parentes e amigos.

Os Jesuitas e sua doutrinação se expandia e assim mais crianças se tornavam adeptas

A vida indigena era precaria e não havia a noção de acumulação

Os Jesuitas importavam de Portugal de tudo para melhorar as escolas e adaptar os indigenas. Ex: solicitavam muito algodão, para acabar com a nudez indigena

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A vida para as crianças era de disciplina e medo atraves de corretivos, flajelamento no tronco e etc

A resistencia aparecia para os Jesuitas como Tentação do demonio.

A puberdade aos olhos dos jesuitas era a fase perigosa e com os indigenas não era diferente para os indios que cresceram nas escolas dominicais.

Os adolescentes indigenas que já não são mais papeis em branco, nem inocentes começam a enfrentar os jesuitas e decidir por outros caminhos (revoltas)

Os jesuitas percebem entao que a criança ñunca foi um papel em branco na verdade ela já tinha vestigios de sua cultura e na puberdade quase sempre voltava para esses costumes, mas nunca voltavam os mesmos das “casas de muchachos”

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O FILHO DA ESCRAVA

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Os escravos eram um povo “sem voz”

Anonimos para a sociedade que oprimia, mesmo com a alforia em maos

As crianças escravas eram duplamente mudas (por serem muito pequenos e escravos)

NA CASA GRANDE: As maes negras carregavam suas crianças consigo, geralmente eram mães solteiras A criança negra era vista de 2 maneiras:

ANJO BARROCO da cor preta PESO a se carregar e alimentar

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IDADES DAS CRIANÇAS ESCRAVAS

A definição de idade (quando se é criança e quando se é adulto) era igual para brancos e negros, a diferença era o modo de transição:

A criança negra é obrigada a entrar na vida adulta quando chega a hora. 0 a 7 e 8 anos = crioulinho, pardinho, cabrinha... – são crianças novas sem

desempenho nenhum 8 a 12 anos = moleques – deixam de ser crianças e se tornam aprendizes

LEGISLAÇÃO – LEI DO VENTRE LIVRE (1871): os senhores são responsaveis tambem pelos filhos dos escravos, porem quando alcançam a juventude (8 anos) tem 2 opções:

Receber do Estado uma indenização(de tudo que “gastaram” com a criança) e torna-la livre

Ou utilizar de seus serviços (a propria criança paga pelo que “gatou”) ate os 21 anos

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A passagem da vida infantil para a adolescencia era o primeiro choque para a criança que demonstrava a sua submissão aos senhores da casa grande

Menos de 1/3 das mulheres escravas se tornavam mães

O pai geralmente era ausente: mãe solteira

E crianças alforiadas eram postas pra fora sem ter pai ou mãe

Na senzala caso a criança não tivesse pais uma mãe postiça cuidava dela

Muitas viam na senhora da casa grande a representação da mãe (por ser a única mulher da casa)

Poucas maes conseguem se libertar junto com os filhos

A mãe biologica é frequentemente ausente

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As maes escravas tinham e sua vida fecunda no maximo um a dois filhos, devido as mas condições em que viviam

Ainda novo o filho da escrava é visto como escravo mirim

Quando se torna adolescente a criança não pode mais brincar junto a mae e vai aprender os novos afazeres

Para a lei o filho da escrava é menor ate os 21 anos

E mesmo livre o filho da escrava não deixa de perder o seu valor

Com 8 anos a lei permite que a criança escolha o modelo de libertação (aos 21 ou aos 12)