A HISTÓRIA UNIVER- REBEUÃÓ TEM UMA REBELIÃO UNA...

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"REBEUÃÓ" TEM UMA ASP.RAÇAO SUPREMA. SER O FULCRO E O PORTA-VOZ DUM MOVI- MENTO POPULAR CON- TRA A DITADURA E PELA UBERDADE A HISTÓRIA UNIVER- SAL É A H ! STÓR./A DA LUTA ENTRE ESTES DO'S PRINCÍPIOS AN- TAGÓNICOS: AUTORIDA- DE E UBERDADE Bakunin Região Espanhola, 15 Abril de 1932 i.° tua PÁGINAS CO EXILÍO Sim. I Portugal. N.° avulso, .50; pacote de 25 ex., 10.00 Espanha. > 25 c.; > 25 5,00 des 4o mesmo oral: ' Plrsíma exer- cida pelo homem ftottmn. E' tempo de qv< òs irah^h-tdo- res—do cérebro e ú músculo—capa- citados dê-te sxii mfi. «procurem. em vez de desperdiçar '.empo «8 mes- Êste período de depois da guerra, ca- I'cento e cincoanla milhões, qne cons- q U .^i^ e frustes 1: •« jibfitic i -, es- - : -s .. .< - ......... ,i„ r ensmjjmntos djis dichbíík^s estado e Capitalismo: m o inimigo! POKCilSiiC ft B€!KH DO JJ3S1SII10 H ruinosa admirisíraçao de Salazar 005021 racteri.ado por uma revivescência e i:m exaceri amento do velho e góti- co espirito cie Auwrra : e. que o sangrento espectáculo da grande cha- cina universal despertou com a fera liuma a latenCe em ted s nós. tem *ido fértil em ensinamentos de ioda a ordem. se cansavam os bonzos da Re- volução Francesa, os primates da De- mocracia burguesa, os jacobinos, os demagogos e os pin,aínhos de Rous- seau, de cone!: mar em côro que o Estado moderno era—depois do fra- casso do direito divink—a expres- são di VTintade popular, e que so- me te alicerçado na Justiça e no Di- rei'. pede ria manter-se. Surgiram por toda a parte, por so- bre a terra ainda empapada de san- gue humano, os irais venenosos co- da Autoridade. representa- ditaduras de Mussolini, de e de Lenine. .iV- . ' UO. •C-Sv ^3 ".À-- res g&vêrno-, as Ditadoras, a despeito da hostilidade geral, conci- tada pelos seus métodos de Violência, •>i rbaín'ií"ih:"]i e consegui arn apoiadas não só' re o Direito, mas sdm so- bre as baionetas, levar a cabo o au- to-de-fé das liberdades públicas e o embotamento da sensibilidade colec- tiva, que é missão de todos os sistemas de governo realizar. Em Portugal a ditadura militar ofe- j rece-nos idêntico espectáculo. Tendo contra si a animadversão do país in- teiro. meáa-dúzia d:- generais caqué- ticos e de doutores Assis beatos, pro- tegidos pelas metralhadoras dos or- ganismos. armados, conseguem impor a sua discricionária vontade ao po- vo que os odeia. Esta é a demonstração mais cabal da verdade e da justiça dos postula- dos anarquistas. De facto, o gover- no, o Eí.tado, qualquer que seja o seu atributo, não é, não pode ser nun- ca, a expressão da vontade colecti- va. E' antes e sempre, pela sua fun- ção histórica, a representação da von tade e a salvaguarda dos interê~s>es duma minoria, convertida p : !o exer- cício do poder em oligarquia. No dia em que a vontade geral coincidisse com a dos governantes, o Estado ve- ria terminada a sua existência por desnecessária. Todo o governo do homem pelo homem c opressão. Todo o Estado tem por missão, única e exclusiva, imper à maioria dos governados o cumprimento de determinadas medi- das ditadas pelas conveniências par- ticulares duma classe ou grupo. O mesmo na Itália, na China e na Ale- manha. quá na França, em Portugal e na Rússia. Não foge à regra a di- tadura, que em_ nome do prol faria dexerce no país dos sovietes a bu- rocracia do partido comunista, cujos drz mlhfiés de filiados ditam as leis por que hão-de reger-se os restantes. tatuem a popul -:ção ru tirpar pelo taiz o c .hcro da Sou. a Gomes. em art:go «tvs.-i'n (ja Manhã" Na U. R. S. S., como na Palia, nionia social, sub ti; a de cain- à O Sr. Desar- <l u e publicou no "Diário Estado tn :- rav:>-e descontente, receoso mesr na Bulgária, em Frmça e em Por- opressor e o Capita -tno ladrão' [Ha mo, ZJSSt tugal. a, oôdisos c mi: nm com se- Federação livre de , ; dos os pronto- »azer.^ « "veris. imas sandes todo o acto de re-.res. que estabeleça, cm a comun.da, | r*»»o. poht.ca de s dor. poht.ca beld patria. dn hobcevismo—p nis', a—da mesma sorte que r.os pai- " '"'remas da ses governado por socialistas, como Nenhum governo, com» n-enli.rua g, jéalniçníg para temer o rr a Alemanha Espanha, os ansrqui; rei'pião, puderam a? égur.ir a.é hoje j caminho que as coieas levam. E trar directa terêsses. livremente os seu? in- S^ri SSÍ Na de de tod o : os bens o direi- '-óculo x 9 . em vez de única e simples- «o de todos ao tralha e ás a-** ^ Vida. itica social, politica nova... e todos ris qne, em defesa do? 0 bem-estar do Povi. interesses populares espèsinlr is. se Impõc-se pornso. te a banrarro- alcam contra a tirania e a intijuida- -ta des valores e dc ur.-rcdos duma de económica, que em todr< o- pai- .civilização caduca, a phngaçao de en- ses t também naquele se evidenciam. *»iar novos pr;>.-,-s de vida. são -.3 :,m nem pièdad j Tcdos 05 <l ue corihatftnos srteera- pelos órgãos repressivos do Estada mente peb Felicidac Universal. 3: •> . . cernes ombros-a nn i tarefa comam: E- que tod , o E- aoo e ^ gol , 3 , dus ca ,. ., a; do monstro da Injhs ça Social: i o Es tado e o Capitalismo - julgar pelas noticias que nos che- gam de dentro, ou a Irmandatie Salazar-Carmona arrepia caminho ou -e assistirá a um novo pronunciamien- to mijitar. que be- etlciará, não o "completo restabelecimento" da na- ção lusa, mas a instauração dum no- vo governo desta ve>: descarada- mente monárquico—, no qual teriam lugar Eaúl Esteves e João de Al- meida. 0aría Lm nota polít cc'$0cial . ,0 que o Sr. Souza- Gomes se li- vra é da nos esclarecer àcêrca das - .' ..""rr-t i 11- desirn.':- —.Q*et" n r- gência reinante entre as forças vivas | Eu vou equilibrar o Orçamento 1 to de defesa -d' in - .erês-:es particula- res, nas mã-i dx d^tenf-res dos pri- vilégios. Não Estado que viva sem a propriedade privada, de que se ru tre, nem propriedade privada seta Es- tado guarda-costas e parasitário. Estado e propriedrde privada, os dois factores do mal-estar social, são irmãos gémeos. A génesis de um é a génesis do outro. São, pir outras palavras, a mesma hidra—a Injusti- ça—com duas cabeças: o Estado e o Capitalismo. Assim, se queremos des- emba;raçar-nos de um, temos que cor- tar ao mesmo tempo os teotáculos ab- sorventes de ambos. Porque, se dei- xamos o E tado e abolimos o Capita- lismo. este ress.u-rcitará em breve, co- mo na Rússia. Se assassinamos o pri- meiro, deixando o 'segundo. ês:e lo- go fará ressurgir, p-,ra sua defesa, o servadores e porisso temem que um tador. mas também contra a própria primeiro. São, como as irmãs siame- "reviralho" traga coisas parecidas às Ditadura, que não somente atascou sas. que tinham um tronco comum: de Es,panha—senão piores... E daí 0 pa ; 5 num tremendo lodaçal de tor- inseparáveis. os esforços que fazem, no sentido de vas paixões politicas, profundos ódios Governo de casaca, de barrete frí- escamotear a revolução, ou pelo me- e inomináveis vinganças como tam- de faseio ou de martelo, com o n03 > de all Jar colaboraçao dos civis'. o conduziu ao bordo dum inson- Tixla a gente sabe que a Ditadu- ra- esperava porier salvar--e—como se isso fosse pos ; ivel!—salvando Portu- gal da ruína económica para onde estava sendo criminosamente impeli- do pelos repetidos erres e desmandos praticados por sucessivos governos da República. A grande imprensa—á frente da qual figuravam já. naturalmente, "O Século" e o "Diário de Notícias"— pôs o Salazar nos cornos da lua. apre sentando-o como o Messias desejado, o homem que pela sua honest dade. pelo seu talento e p:-lo conh cimento incomparável que tinha das questões financeiras seria capaz de levar as coisas a- bom caminho. —O o-çamento—diziam—não pode continuar, c.cmo tem andado, nêsse I ccúi'jt»r-:^e!edor desequilíbrio-! E o mestre Salazar respondia: da Ditadura. Mas cr mo estamos Vem-se notando, nos últimos tem-' suficientemente informados sôbre as pos, da parte de certos sectores poli- verdadeiras causas dêsse cada vez ticos, uma rectificação de atitudes re_ n j a ; s acentuado desprestigio em que lativamente à Ditadura. Este fenó- ca ; u 0 genial ministro das Finanças— meão pode definir-se em duas pala- _ c . W equente de.smoralização de vras: & p&fitóca de "reviralho" -esíá q Uan tos o defendiam, louvando e apo- sucedendo-se a do "penetralho". Ca- j an do incondicionalmente a sua obra da um dos antigos políticos procura jg "salvação económica"—, vamos infiltrar.se nas posições mais ou me- a q U ; referi-las. Ainda que em breve nos rendosas dos órgãos do Estado, ressenha, vamos dizer a origem dessa A questão cifra-se em que no fun-' cam p a nha que em Portugal se vem do todos êles são eminentemente con- fazendo não contra o ministro dL gio. António Maria, Cunha Leal, M\i- Nos arraiais operários, aproveitam ( dâvel abismo, onde cairá fatalmente Diabo 'do êste momento de obnub:Iação men_ 0 povo não se levanta em armas solini cu Stalini—! venha o escolha!—são distintas modalida- (Confiiiúa na 2." página) \ para conquistar o direito de adminis- . " ip. Illli! O SCKIiOR DOM CARLOS | m li? I í r Mais uma prova cia obra de traiçao á própria República, em que seis anos esiá ilíada a Ditadu- ra Militar. empenl mi O A presente zinccgravura reproduz o cabeçalho duma das hstas de subscrição a favor dum monumento ao rei Carles e ao príneije Luis. postas agora a circular, alravc- do país. per nma c..;n:ssão monárquica, chefia- da pelo. general de opereta J oão de Almeida, e com o concurso do actual governador civil de Lislu:a, o des- classificado major Moura', que, ao lado da coroa real, que encabeça o documento pôs a respectiva autorização, como pede verificar---e, legalizada com seu nome e o carimbo do Governo Civil. —Mas o escudo? A quanto nos ex- porá a baixa omi'fíante do escudo? Ao que o mestre Salazar, imper- turbavelmente, opunha: —Não desesperem. lhes mostrei onde reside o mal. Verão agora co- mo o atacarei corajosamente, e a fun- do ! Explifcava em seguida como iria proceder—pois S. Ex." queria gover- rar ás claras, e dirigia-se à nação, pela imprensa, "com números"... e com palavras de efeito previamente estudado, mas nem por isso menos mentirosas que as dos seus anteces- sores, e concluía enfaticamente: —Verão como saberei sanear é es. tabilizar o escudo! E pa-ra conseguir os seus fins. que não foram outros, nunca, serão dar uma ideia, mesmo falsa que fôsse. da sua apregoada sabedoria, o minis- tro dal.. Ditadura (iamós a dizer da Igreja) lançou mão de tedos os ar- tifícios, quando, "forçando as pos- sibilidades do Tesouro", levou a efei- to, em Londres, a famosa opera- ção dos 3 milhões de libras, que tão desastrosas cottsc-qúências devia ter. Isso, porém, não bastou para a con- secussão do seu objectivo. O escudo, alguns meses depois, ca:u de novo. E com a sua queda, como era natural que sucedesse, sofreram um forte aba io as maiores forças económicas do pai.-. Mestre Salazar nvis então rea- lizar uma nova operação: transferir | o - 3 milhões de libras à paridade ouro. Mas o Govênio inglês opós-se à ma- nobra do sábio jjnimstro. Foi quando S. Ex." decidiu converter as libras cm dólares, adquirindo em Nova York ouro em b eras—perdendo, em con- seque: c\a desse negócio, tanto como 90 milhões de escudos!! A Verdade, porem, não foi dita nos jornais. Imp.= diu-o a censura. E o po- (Contimía na 2." página) "REBELIÃO" TEM UNA ASP,RAÇÃO SUPREMA. SER O FULCRO E O PORTA-VOZ DUM MOVI- MENTO POPULAR CON- TRA A DITADURA E PELA UBERDADE A HISTÓRIA UNIVER- SAL É A HSTÓRIA DA LUTA ENTRE ESTES DOIS PRINCÍPIOS AN- TAGÓNICOS: AUTORIDA- DE E UBERDADE Bakunin Região Espanhola, 15 Abril de 1932 i.° hm PÁGINAS DQ EXÍLIO Í1ÍIG. 2 Portugal. N.° avulso, .50; pacote de 25 ex., 10.00 Espanha. > > 25 c.; » 25 5,00 des do mesmo mal iFiignia exer- cida pelo hcuiem -õhá'-cr Honrem. E' tempo às nv' os trabalhado- res—do cérebro e d músculo—capa- citados dê-te sxiiiuã. procurem. em vez de desperdiçar o tempo em mes- Éste período de depois da guerra, ca- I cento e cincosnía milhões, que cons- q^nhas e frtbt - Iras jjóHtiez-, es- - : -a-,:- .. « ..—«.i ...s« ...... ......... ,i„ r oismjim ntos DJIS DicafiaKf?s estado e Capitalismo! m o inimigo! POKCilS-HC n B€!KH DO JiSlSIilO H ruinosa admirisiraçao de Salazar 005021 raeteri, ado por uma revivescência e i:m exacer' amento do velho e .eóli- co espirito de Autoridade, que o sangrento espectáculo da grande cha- cina àaáversai despertou com a fera limita a latente em tcd s nós. tem sido fértil em ensinamentos de ioda a ordem. se cansavam os bonzos da Re- volução Francesa, os primates da De- mocracia burguesa, os jacobinos, os demagogos e os pin, ninhos de Rous- seau, de con . !: mar em côro que o Estudo moderno era—depois do fra- casso do direito divink—a expres- são d.. 'vontade popular, e que c ò- tnc te alicerçado na Justiça e no Di- reito, poderia man.tcr-se. Surgiram por toda a parte, por so- bre a terra ainda empapada de san- gu. humano, os irais venenosos co- da Autoridade, representa- ditaikiras de Mussolini, de e de Lenine. .iV., ' Ou-. "Sa res govêrnp-, as Ditaduras, a despeito da hostilidade geral, conci- tada pelos seus métodos de violência, •>i maintiiriiirni e conseguiam apoiadas não só' re o Direito, mas sdm c ô- bre as baionetas, levar a cabo o au- to-de-fé das liberdades públicas e o embotamento da sensibilidade colec- tiva, que é missão de todos os sistemas de governo realizar. Em Portugal a ditadura militar ofe- j rece-nos idêntico espectáculo. Tendo contra si a animadversão do país in- teiro. meáa-dúzia d:- generais caquc- ticos e de doutores Assis beatos, pro- tegidos pelas metralhadoras dos or- ganismos. armados, conseguem impor a sua discricionária vontade ao po- vo que os odeia. Esta é a demonstração mais cabal da verdade e da justiça do? postula- dos anarquistas. De facto, o gover- no, o Estado, qualquer que seja o seu atributo, não é, não pode ser nun- ca, a expressão da vontade colecti- va. E' antes e sempre, pela sua fun- ção histórica, a representação da voo tade e a salvaguarda do? interê T s>es duma minoria, convertida prio exer- cício do poder em oligarquia. No dia em que a vontade geral coincidisse com a dos governantes, o Estado ve- ria terminada a sua existência por desnecessária. Todo o governo do homem pelo homem c opressão. Todo o Estado tem por missão, única e exclusiva, impor à maioria dos governados o cumprimento de determinadas medi- das ditadas pelas conveniências par- ticulares duma classe ou grupo. O mesmo na Itália, na China e na Ale- manha. que na França, em Portugal e na Rússia. Não foge à regra a di- tadura, que em_ nome do prol daria d.-, exerce no pais dos so vi efes a bu- rocracia do partido comunista, cujos drz mliuiès de (ilíadas ditam a? leis por que hão-de reger-se os restantes. tatuem a população rut? tirpar pelo taiz o c iicro da Sou. a Gomes, em artigo «TVírin da Manhã" Na U. R. S. S., como na Itália, monta we&l. sub tit ritflo a de cain- à O Sr. Desar- d ue publicou no "Diário Estado m s.ra-v?-"e descontente, receoso me» ua Bulgária, em França e em Por- opressor e o Capita' -mo ladrão" pria m:,, Fjq«J* volta %JjSt tugnl. o- oódisos c minam com se- Federação livre d: todos os p^n,-; oolit ; c3 "Situas sanções todo o *tó de re-.res. cue estabeleça. «, a comum da, | MM poht.ca de s ctor, poht.ca beld patria da bobcevismo—p nista—da mesma sorte que r.os pai- ••-•oremas da ses governado por socialistas, ccmo Nenhum governo, com--- nenh-ma g, rêalrasuíg para timer o m a Alemanha Espanha, os anarquit - rebgião, puderam as egu at a.é hoje& an ,j n j 10 que as coitas levam. E trar directa terêsses. livremente os seus in- Na de de ^do; os ^ trienos, o direi- -óculo r 9 , em vez de única e simples- «O <1. todos ao trabaha e ás abrias n^e _se fazer Vida. itica social, politica nova... e todos os que, em defesa dos 0 bem-estar do Povt. interferes populares espèsinlr i s. se Impõc-se por:-so, te a baiicarr»- alcain contra a tirania e a imquida- àtis valores e dr métodos duma de económica, que em todos o- pai- .civilização caduca, a obrigação de cri- ses t também naquele se evidenciam, «úar novos proce-s de vida. são «mceadhs nam p-édadj Tc<Ios 05 I" 2 con batemos smcera- pelos órgãos repressivos do Estada «ente peb Felicitface Universal, b.s- . . cem .s ombros-a un i tarefa o mum: E- que tod , o E- ano e ^trumgn- ^ ^ ^ ^ d;is ca :,., a; do monstro da Itijt:-" ça Social: jo Es tado e o Capitalism- ' julgar pelas noticias que nos che- gam de dentro, ou a Irmandatte Salazar-Carmona arrepia caminho ou -e assistirá a um novo prcnunciamien- ro militar, que be- eficiará, uãk> o "completo restabelecimento" da na- ção lusa, mas a instauração dum no- vo governo desta vez descarada- mente monárquico—, no qual teriam lugar Raúl Esteves e João de Al- meida. garía ú f Lm Dota poiít cC'$ocial . ,0 que o Sr. Souza- Gomes se li- vra é de nos esclarecer àcêrca das .' .-Àrfirvn«L desiptv'i- Qu" o r- bOifi gência reinante entre as forças vivas j Eu vou equilibrar o Orçamento 1 to de defesa -d' in'.erês-es particula- res, nas ntão - dos d-ter.i'-res dos pri- vilégios. Não Estado que viva sem a propriedade privada, de que se ru tre, nem propriedade privada seta Es- tadn, guarda-costas e p®a=ltávio. Estado e propriedrde privada, os dois factores do mal-estar social, são irmãos gémeos. A génesis de um é a génesis do outro. São, por outras palavras, a mesma hidra—-a Injusti- ça—com duas cabeças: o Estado c o Capitalismo. Assim, se queremos des- embaraçarmos de um, temos que cor- tar ao me-mo tempo os tenitáculos ab- sorventes de ambos. Porque, se dei- xamos o E tado e abolimos o Capita- lismo. ês-te ressuscitará em breve, co- mo na Rússia. Se assassinamos o pri- meiro. deixando o 'segundo. ês'e lo- go fará ressurgir, para sua defesa, o servadores e porisso temem que um taíp,r, mas também contra a próMttff primeiro. São, como as irmãs siame- "reviralho" traga coisas parecidas às Ditadura, que não somente atascou sas. que tinham um tronco comum: de Espanha—senão piores... E daí 0 pa ; 5 num tremendo lodaçal de tor- inseparáveis. os esforços que fazem, no sentido de vas paixões politicas, profundos ódios Governo de casaca, de barrete frí- escamotear a revolução, ou pelo me- e inomináveis vinganças como èam- de Fasiejo ou de martnlo, com o n03 . de all J"ar :: cobboraçao dos ems', bém o conduziu ao bordo dum inson- Tóda a gente sabe que a Ditadu- ra esperava porier salvar--e—como se isso fosse posrivel!—salvando Portu- gal da ruína económica para onde estava sendo criminosamente impeli- do pelos repetido- êrres e desraandf;s praticados por sucessivos governos da República. A grande imprensa—á frente da qual figuravam já. naturalmente, "O Século" e o "Diário de Notícias"— pôs o Salazar nos cornos da lua. apre se:itando-o como o Messias desejado, o homem que pela sua honestidade, pelo seu talento e p:-lo conli cimento incomparável que tinha das questões fmanceiras seria capaz de levar as coisas a- bom caminho. —O o-çamento—diziam—não pode continuar, c.omo tem andado, nêsse I nrpir-metedor desequilíbrio ! E o mestre Salazar respondia: da Ditadura. Mas cr mo estamos Vem-se notando, nos últimos tem- suficientemente informados sôbre as pos, da parte de certos sectores poli- verdadeiras causas dês-e cada vez ticos, uma rectificação de atitudes re_ n ; a ; s acentuado desprestigio em que lativamente à Ditadura. Este fenó- ca ; u 0 genial ministro das Finanças— meão pode deíinir-se em duas pala- camsequoite desmoralização de vras: à pófitica de "reviralho" «Stá q Uan tos o defendiam, louvando e apo- sucedendo-se a do "penetralho". Ca- ; an do incondicionalmente a sua obra da um dos antigos políticos procura de "salvação económica"—, vamos infiltrar_se nas posições mais ou me- a q U ; referi-las. Ainda que em breve nos rendosas dos órgãos do Estado, ressenha, vamos dizer a origem dessa A questão cifra-se em que no fun-' cam p a nhá que em Portugal se vem do todos êles são eminentemente con-, f az ;r.do não contra o ministro dL gio. António Maria, Cunha Leal, Mp- Nos arraiais operários, aproveitai:- 1 dável abismo, onde cairá fatalmente Diabo do êste momento de obnubilação men- gg q povo não se levanta em armas solini cu Stafini—! venha o escolha!—são distintas modalida- (Confinúa na 2." página) \ para conquistar o direito de adminis- . - - S- í : . t 'SENHOR DOM CARLOS . M DD I r Mais uma prova cia ÕE£} obra de fraiçao á própria República, em que seis anos eslá ihada a Ditadu- ra Militar. empenl iíiwV—" A .presente zinccgravura reproduz o cabeçalho duma das listas de subscrição a favor dum monumento ao rei Carles e ao príncipe Luís. postas agora a circular, atrave- do país. ,por uma c..:n:ssão monárquica, chefia- da pelo .general de opereta João de Almeida, e com o concurso do actual governador civil de Li-lma, o des- classificado major Moura', que, ao lado da coroa real, que encabeça o documento pôs a respectiva autorização,-tomo pode verificar- 1 r, legalizada com seu nome e o carimbo do Governo Civil. —Mas o escudo? A quanto nos ex- porá a baixa omsstantc do escudo? Ao que o mestre Salazar, imper- turbavelmente, opunha: —Não desesperem. lhes mostrei onde reside o mal. Verão agora co- mo o atacarei corajosamente, e a fun- do ! Explicava em seguida como iria proceder—pois S. Ex.* queria gover- rar ás claras, e dirigia-se à nação, pela imprensa, "com números"... e com palavras de efeito previamente estudado, mas nem por isso menos mentirosas que as dos seus anteces- sores, e concluía enfaticamente: —Verão como saberei sanear é e<. tabilizar o escudo! E para conseguir os seus fins. que não foram outros, nunca, serão dar uma ideia, mesmo falsa que fôsse. da sua apregoada sabedoria, o minis- tro dal.. Ditadura (iamós a dizer da Igreja) lançou mão de tedos os ar- tifícios, quando, "forçando as pos- sibilidades do Tesouro", levou a efei- to, em Londres, a famosa opera- ção dos 3 milhões de libras, que tão dc:=ia:-tvoisas consequências devia ter. Isso, porém, não bastou para a con- secução do seu objectivo. O escudo, alguns meses depois, caiu de novo. E com a sua queda, como era natural que sucedesse, sofreram um forte aba io as maiores forças económicas do pai.-. Mestre Salazar quis então rea- lizar unia nova operação: transferir i o * 3 milhões de libras à paridade ouro. Mas o Governo inglês opôs-se à ma- nobra do sábio ministro. Foi quando S. Ex." decidiu converter as libras cm dólares, adquirindo em Nova York ouro em b -ras—perdendo, em con- sequência desse negócio, tanto como 90 milhões de escudos!! A verdad i-. porém, não foi dita nos jornais. Inip.= d:ii-o a censura. E o po- (Confinúa na 2." página)

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"REBEUÃÓ" TEM UMA

ASP.RAÇAO SUPREMA.

SER O FULCRO E O

PORTA-VOZ DUM MOVI-

MENTO POPULAR CON-

TRA A DITADURA E

PELA UBERDADE

A HISTÓRIA UNIVER-

SAL É A H!STÓR./A DA

LUTA ENTRE ESTES

DO'S PRINCÍPIOS AN-

TAGÓNICOS: AUTORIDA-

DE E UBERDADE

Bakunin

Região Espanhola, 15 Abril de 1932 i.° tua PÁGINAS CO EXILÍO Sim. I Portugal. — N.° avulso, .50; pacote de 25 ex., 10.00 Espanha. — > • 25 c.; > 25 5,00

des 4o mesmo oral: ' Plrsíma exer- cida pelo homem ftottmn.

E' tempo já de qv< òs irah^h-tdo- res—do cérebro e ú • músculo—capa- citados dê-te sxii mfi. «procurem. em vez de desperdiçar c» '.empo «8 mes-

Êste período de depois da guerra, ca- I'cento e cincoanla milhões, qne cons- qU.^i^ e frustes 1: •« jibfitic i -, es- - : -s .. .< - ......... ,i„ r

ensmjjmntos djis dichbíík^s

estado e Capitalismo: m o inimigo!

POKCilSiiC ft B€!KH DO JJ3S1SII10

H ruinosa admirisíraçao de Salazar

005021

racteri.ado por uma revivescência e i:m exaceri amento do velho e góti- co espirito cie Auwrra :e. que o sangrento espectáculo da grande cha- cina universal despertou com a fera liuma a latenCe em ted s nós. tem *ido fértil em ensinamentos de ioda a ordem.

Kã • se cansavam os bonzos da Re- volução Francesa, os primates da De- mocracia burguesa, os jacobinos, os demagogos e os pin,aínhos de Rous- seau, de cone!: mar em côro que o Estado moderno era—depois do fra- casso do direito divink—a expres- são di VTintade popular, e que so- me te alicerçado na Justiça e no Di- rei'. pede ria manter-se.

Surgiram por toda a parte, por so- bre a terra ainda empapada de san- gue humano, os irais venenosos co-

da Autoridade. representa- ditaduras de Mussolini, de

e de Lenine. .iV- . ' UO. •C-Sv ^3 ".À--

res g&vêrno-, as Ditadoras, a despeito da hostilidade geral, conci- tada pelos seus métodos de Violência, •>i rbaín'ií"ih:"]i e consegui arn apoiadas não só' re o Direito, mas sdm so- bre as baionetas, levar a cabo o au- to-de-fé das liberdades públicas e o embotamento da sensibilidade colec- tiva, que é missão de todos os sistemas de governo realizar.

Em Portugal a ditadura militar ofe- j rece-nos idêntico espectáculo. Tendo contra si a animadversão do país in- teiro. meáa-dúzia d:- generais caqué- ticos e de doutores Assis beatos, pro- tegidos pelas metralhadoras dos or- ganismos. armados, conseguem impor a sua discricionária vontade ao po- vo que os odeia.

Esta é a demonstração mais cabal da verdade e da justiça dos postula- dos anarquistas. De facto, o gover- no, o Eí.tado, qualquer que seja o seu atributo, não é, não pode ser nun- ca, a expressão da vontade colecti- va. E' antes e sempre, pela sua fun- ção histórica, a representação da von tade e a salvaguarda dos interê~s>es duma minoria, convertida p:!o exer- cício do poder em oligarquia. No dia em que a vontade geral coincidisse com a dos governantes, o Estado ve- ria terminada a sua existência por desnecessária.

Todo o governo do homem pelo homem c opressão. Todo o Estado tem por missão, única e exclusiva, imper à maioria dos governados o cumprimento de determinadas medi- das ditadas pelas conveniências par- ticulares duma classe ou grupo. O mesmo na Itália, na China e na Ale- manha. quá na França, em Portugal e na Rússia. Não foge à regra a di- tadura, que em_ nome do prol faria dexerce no país dos sovietes a bu- rocracia do partido comunista, cujos drz mlhfiés de filiados ditam as leis por que hão-de reger-se os restantes.

tatuem a popul -:ção ru tirpar pelo taiz o c .hcro da

Sou. a Gomes. em art:go «tvs.-i'n (ja Manhã"

Na U. R. S. S., como na Palia, nionia social, sub ti; a de cain-

à

O Sr. Desar- <lue publicou no "Diário Estado tn :- rav:>-e descontente, receoso mesr

na Bulgária, em Frmça e em Por- opressor e o Capita -tno ladrão' [Ha mo, ZJSSt tugal. a, oôdisos c mi: nm com se- Federação livre de , ;dos os pronto- »azer.^ « "veris. imas sandes todo o acto de re-.res. que estabeleça, cm a comun.da, | r*»»o. poht.ca de s dor. poht.ca beld patria. dn hobcevismo—p nis', a—da mesma sorte que r.os pai- " '"'remas da ses governado por socialistas, como Nenhum governo, com» n-enli.rua ■ g, jéalniçníg para temer o rr a Alemanha Espanha, os ansrqui; rei'pião, puderam a? égur.ir a.é hoje j caminho que as coieas levam. E

trar directa terêsses.

livremente os seu? in-

S^ri SSÍ Na de de todo: os bens o direi- '-óculo x9. em vez de única e simples- «o de todos ao tralha e ás a-** ^

Vida. itica social, politica nova...

e todos ris qne, em defesa do? 0 bem-estar do Povi. interesses populares espèsinlr is. se Impõc-se pornso. te a banrarro- alcam contra a tirania e a intijuida- -ta des valores e dc ur.-rcdos duma de económica, que em todr< o- pai- .civilização caduca, a phngaçao de en- ses t também naquele se evidenciam. *»iar novos pr;>.-,-s de vida. são -.3 :,m dó nem pièdad j Tcdos 05 <lue corihatftnos srteera- pelos órgãos repressivos do Estada mente peb Felicidac • Universal. 3: •>

. . cernes ombros-a nn i tarefa comam: E- que tod , o E- aoo e d£ ^ gol, 3, dus„ca,. .,a;

do monstro da Injhs ça Social: i o Es tado e o Capitalismo -

julgar pelas noticias que nos che- gam lá de dentro, ou a Irmandatie Salazar-Carmona arrepia caminho ou -e assistirá a um novo pronunciamien- to mijitar. que be- etlciará, não o "completo restabelecimento" da na- ção lusa, mas a instauração dum no- vo governo — desta ve>: descarada- mente monárquico—, no qual teriam lugar Eaúl Esteves e João de Al- meida.

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nota polít cc'$0cial

. ,0 que o Sr. Souza- Gomes se li- vra é da nos esclarecer àcêrca das

- .' ..""rr-t i 11- desirn.':- —.Q*et" n r- gência reinante entre as forças vivas | Eu vou equilibrar o Orçamento 1

to de defesa -d' in-.erês-:es particula- res, nas mã-i dx d^tenf-res dos pri- vilégios. Não há Estado que viva sem a propriedade privada, de que se ru tre, nem propriedade privada seta Es- tado guarda-costas e parasitário.

Estado e propriedrde privada, os dois factores do mal-estar social, são irmãos gémeos. A génesis de um é a génesis do outro. São, pir outras palavras, a mesma hidra—a Injusti- ça—com duas cabeças: o Estado e o Capitalismo. Assim, se queremos des- emba;raçar-nos de um, temos que cor- tar ao mesmo tempo os teotáculos ab- sorventes de ambos. Porque, se dei- xamos o E tado e abolimos o Capita- lismo. este ress.u-rcitará em breve, co- mo na Rússia. Se assassinamos o pri- meiro, deixando o 'segundo. ês:e lo- go fará ressurgir, p-,ra sua defesa, o servadores e porisso temem que um tador. mas também contra a própria primeiro. São, como as irmãs siame- "reviralho" traga coisas parecidas às Ditadura, que não somente atascou sas. que tinham um tronco comum: de Es,panha—senão piores... E daí 0 pa;5 num tremendo lodaçal de tor- inseparáveis. os esforços que fazem, no sentido de vas paixões politicas, profundos ódios

Governo de casaca, de barrete frí- escamotear a revolução, ou pelo me- e inomináveis vinganças como tam- de faseio ou de martelo, com o n03> de allJar colaboraçao dos civis'. o conduziu ao bordo dum inson-

Tixla a gente sabe que a Ditadu- ra- esperava porier salvar--e—como se isso fosse pos;ivel!—salvando Portu- gal da ruína económica para onde estava sendo criminosamente impeli- do pelos repetidos erres e desmandos praticados por sucessivos governos da República.

A grande imprensa—á frente da qual figuravam já. naturalmente, "O Século" e o "Diário de Notícias"— pôs o Salazar nos cornos da lua. apre sentando-o como o Messias desejado, o homem que pela sua honest dade. pelo seu talento e p:-lo conh cimento incomparável que tinha das questões financeiras seria capaz de levar as coisas a- bom caminho.

—O o-çamento—diziam—não pode continuar, c.cmo tem andado, nêsse

I ccúi'jt»r-:^e!edor desequilíbrio-! E o mestre Salazar respondia:

da Ditadura. Mas cr mo nó estamos Vem-se notando, nos últimos tem-' suficientemente informados sôbre as

pos, da parte de certos sectores poli- verdadeiras causas dêsse cada vez ticos, uma rectificação de atitudes re_ nja;s acentuado desprestigio em que lativamente à Ditadura. Este fenó- ca;u 0 genial ministro das Finanças— meão pode definir-se em duas pala- _ c.Wequente de.smoralização de vras: & p&fitóca de "reviralho" -esíá qUantos o defendiam, louvando e apo- sucedendo-se a do "penetralho". Ca- jando incondicionalmente a sua obra da um dos antigos políticos procura jg "salvação económica"—, vamos infiltrar.se nas posições mais ou me- aqU; referi-las. Ainda que em breve nos rendosas dos órgãos do Estado, ressenha, vamos dizer a origem dessa

A questão cifra-se em que no fun-' campanha que em Portugal se vem do todos êles são eminentemente con- fazendo não só contra o ministro dL

gio. António Maria, Cunha Leal, M\i- Nos arraiais operários, aproveitam ( dâvel abismo, onde cairá fatalmente

Diabo 'do êste momento de obnub:Iação men_ 0 povo não se levanta em armas solini cu Stalini—! venha o escolha!—são distintas modalida- (Confiiiúa na 2." página) \ para conquistar o direito de adminis-

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ip. Illli! O SCKIiOR DOM CARLOS |

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Mais uma prova cia

obra de traiçao á

própria República, em

que há seis anos esiá

ilíada a Ditadu-

ra Militar.

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A presente zinccgravura reproduz o cabeçalho duma das hstas de subscrição a favor dum monumento ao rei Carles e ao príneije Luis. postas agora a circular, alravc- do país. per nma c..;n:ssão monárquica, chefia- da pelo. general de opereta J oão de Almeida, e com o

concurso do actual governador civil de Lislu:a, o des- classificado major Moura', que, ao lado da coroa real, que encabeça o documento pôs a respectiva autorização, como pede verificar---e, legalizada com seu nome e o carimbo do Governo Civil.

—Mas o escudo? A quanto nos ex- porá a baixa omi'fíante do escudo?

Ao que o mestre Salazar, imper- turbavelmente, opunha:

—Não desesperem. Já lhes mostrei onde reside o mal. Verão agora co- mo o atacarei corajosamente, e a fun- do !

Explifcava em seguida como iria proceder—pois S. Ex." queria gover- rar ás claras, e dirigia-se à nação, pela imprensa, "com números"... e com palavras de efeito previamente estudado, mas nem por isso menos mentirosas que as dos seus anteces- sores, e concluía enfaticamente:

—Verão como saberei sanear é es. tabilizar o escudo!

E pa-ra conseguir os seus fins. que não foram outros, nunca, serão dar uma ideia, mesmo falsa que fôsse. da sua apregoada sabedoria, o minis- tro dal.. Ditadura (iamós a dizer da Igreja) lançou mão de tedos os ar- tifícios, quando, "forçando as pos- sibilidades do Tesouro", levou a efei- to, em Londres, a famosa opera- ção dos 3 milhões de libras, que tão desastrosas cottsc-qúências devia ter.

Isso, porém, não bastou para a con- secussão do seu objectivo. O escudo, alguns meses depois, ca:u de novo. E com a sua queda, como era natural que sucedesse, sofreram um forte aba

• io as maiores forças económicas do pai.-. Mestre Salazar nvis então rea- lizar uma nova operação: transferir

| o - 3 milhões de libras à paridade ouro. Mas o Govênio inglês opós-se à ma- nobra do sábio jjnimstro. Foi quando S. Ex." decidiu converter as libras cm dólares, adquirindo em Nova York ouro em b eras—perdendo, em con- seque: c\a desse negócio, tanto como 90 milhões de escudos!!

A Verdade, porem, não foi dita nos jornais. Imp.= diu-o a censura. E o po-

(Contimía na 2." página)

"REBELIÃO" TEM UNA

ASP,RAÇÃO SUPREMA.

SER O FULCRO E O

PORTA-VOZ DUM MOVI-

MENTO POPULAR CON-

TRA A DITADURA E

PELA UBERDADE

A HISTÓRIA UNIVER-

SAL É A HSTÓRIA DA

LUTA ENTRE ESTES

DOIS PRINCÍPIOS AN-

TAGÓNICOS: AUTORIDA-

DE E UBERDADE

Bakunin

Região Espanhola, 15 Abril de 1932 i.° hm PÁGINAS DQ EXÍLIO Í1ÍIG. 2 Portugal. — N.° avulso, .50; pacote de 25 ex., 10.00 Espanha. — > > 25 c.; » 25 5,00

des do mesmo mal■ iFiignia exer- cida pelo hcuiem -õhá'-cr Honrem.

E' tempo já às nv' os trabalhado- res—do cérebro e d • músculo—capa- citados dê-te sxiiiuã. procurem. em vez de desperdiçar o tempo em mes-

Éste período de depois da guerra, ca- I cento e cincosnía milhões, que cons- q^nhas e frtbt - Iras jjóHtiez-, es- - : -a-,:- .. — « ..—«.i ...s« ...... ......... ,i„ r

oismjim ntos DJIS DicafiaKf?s

estado e Capitalismo! m o inimigo!

POKCilS-HC n B€!KH DO JiSlSIilO

H ruinosa admirisiraçao de Salazar

005021

raeteri, ado por uma revivescência e i:m exacer' amento do velho e .eóli- co espirito de Autoridade, que o sangrento espectáculo da grande cha- cina àaáversai despertou com a fera limita a latente em tcd s nós. tem sido fértil em ensinamentos de ioda a ordem.

Nâ • se cansavam os bonzos da Re- volução Francesa, os primates da De- mocracia burguesa, os jacobinos, os demagogos e os pin, ninhos de Rous- seau, de con . !: mar em côro que o Estudo moderno era—depois do fra- casso do direito divink—a expres- são d.. 'vontade popular, e que cò- tnc te alicerçado na Justiça e no Di- reito, poderia man.tcr-se.

Surgiram por toda a parte, por so- bre a terra ainda empapada de san- gu. humano, os irais venenosos co-

da Autoridade, representa- ditaikiras de Mussolini, de

e de Lenine. .iV., ' Ou-. "Sa

res govêrnp-, as Ditaduras, a despeito da hostilidade geral, conci- tada pelos seus métodos de violência, •>i maintiiriiirni e conseguiam apoiadas não só' re o Direito, mas sdm cô- bre as baionetas, levar a cabo o au- to-de-fé das liberdades públicas e o embotamento da sensibilidade colec- tiva, que é missão de todos os sistemas de governo realizar.

Em Portugal a ditadura militar ofe- j rece-nos idêntico espectáculo. Tendo contra si a animadversão do país in- teiro. meáa-dúzia d:- generais caquc- ticos e de doutores Assis beatos, pro- tegidos pelas metralhadoras dos or- ganismos. armados, conseguem impor a sua discricionária vontade ao po- vo que os odeia.

Esta é a demonstração mais cabal da verdade e da justiça do? postula- dos anarquistas. De facto, o gover- no, o Estado, qualquer que seja o seu atributo, não é, não pode ser nun- ca, a expressão da vontade colecti- va. E' antes e sempre, pela sua fun- ção histórica, a representação da voo tade e a salvaguarda do? interêTs>es duma minoria, convertida prio exer- cício do poder em oligarquia. No dia em que a vontade geral coincidisse com a dos governantes, o Estado ve- ria terminada a sua existência por desnecessária.

Todo o governo do homem pelo homem c opressão. Todo o Estado tem por missão, única e exclusiva, impor à maioria dos governados o cumprimento de determinadas medi- das ditadas pelas conveniências par- ticulares duma classe ou grupo. O mesmo na Itália, na China e na Ale- manha. que na França, em Portugal e na Rússia. Não foge à regra a di- tadura, que em_ nome do prol daria d.-, exerce no pais dos so vi efes a bu- rocracia do partido comunista, cujos drz mliuiès de (ilíadas ditam a? leis por que hão-de reger-se os restantes.

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Sou. a Gomes, em artigo «TVírin da Manhã"

Na U. R. S. S., como na Itália, monta we&l. sub tit ritflo a de cain-

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e todos os que, em defesa dos 0 bem-estar do Povt. interferes populares espèsinlr i s. se Impõc-se por:-so, te a baiicarr»- alcain contra a tirania e a imquida- tó àtis valores e dr métodos duma de económica, que em todos o- pai- .civilização caduca, a obrigação de cri- ses t também naquele se evidenciam, «úar novos proce-s de vida. são «mceadhs dó nam p-édadj Tc<Ios 05 I"2 con batemos smcera- pelos órgãos repressivos do Estada «ente peb Felicitface Universal, b.s-

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do monstro da Itijt:-" ça Social: jo Es tado e o Capitalism- '

julgar pelas noticias que nos che- gam lá de dentro, ou a Irmandatte Salazar-Carmona arrepia caminho ou -e assistirá a um novo prcnunciamien- ro militar, que be- eficiará, uãk> o "completo restabelecimento" da na- ção lusa, mas a instauração dum no- vo governo — desta vez descarada- mente monárquico—, no qual teriam lugar Raúl Esteves e João de Al- meida.

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. ,0 que o Sr. Souza- Gomes se li- vra é de nos esclarecer àcêrca das

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to de defesa -d' in'.erês-es particula- res, nas ntão - dos d-ter.i'-res dos pri- vilégios. Não há Estado que viva sem a propriedade privada, de que se ru tre, nem propriedade privada seta Es- tadn, guarda-costas e p®a=ltávio.

Estado e propriedrde privada, os dois factores do mal-estar social, são irmãos gémeos. A génesis de um é a génesis do outro. São, por outras palavras, a mesma hidra—-a Injusti- ça—com duas cabeças: o Estado c o Capitalismo. Assim, se queremos des- embaraçarmos de um, temos que cor- tar ao me-mo tempo os tenitáculos ab- sorventes de ambos. Porque, se dei- xamos o E tado e abolimos o Capita- lismo. ês-te ressuscitará em breve, co- mo na Rússia. Se assassinamos o pri- meiro. deixando o 'segundo. ês'e lo- go fará ressurgir, para sua defesa, o servadores e porisso temem que um taíp,r, mas também contra a próMttff primeiro. São, como as irmãs siame- "reviralho" traga coisas parecidas às Ditadura, que não somente atascou sas. que tinham um tronco comum: de Espanha—senão piores... E daí 0 pa;5 num tremendo lodaçal de tor- inseparáveis. os esforços que fazem, no sentido de vas paixões politicas, profundos ódios

Governo de casaca, de barrete frí- escamotear a revolução, ou pelo me- e inomináveis vinganças como èam- de Fasiejo ou de martnlo, com o n03. de allJ"ar :: cobboraçao dos ems', bém o conduziu ao bordo dum inson-

Tóda a gente sabe que a Ditadu- ra esperava porier salvar--e—como se isso fosse posrivel!—salvando Portu- gal da ruína económica para onde estava sendo criminosamente impeli- do pelos repetido- êrres e desraandf;s praticados por sucessivos governos da República.

A grande imprensa—á frente da qual figuravam já. naturalmente, "O Século" e o "Diário de Notícias"— pôs o Salazar nos cornos da lua. apre se:itando-o como o Messias desejado, o homem que pela sua honestidade, pelo seu talento e p:-lo conli cimento incomparável que tinha das questões fmanceiras seria capaz de levar as coisas a- bom caminho.

—O o-çamento—diziam—não pode continuar, c.omo tem andado, nêsse

I nrpir-metedor desequilíbrio ! E o mestre Salazar respondia:

da Ditadura. Mas cr mo nó estamos Vem-se notando, nos últimos tem- suficientemente informados sôbre as

pos, da parte de certos sectores poli- verdadeiras causas dês-e cada vez ticos, uma rectificação de atitudes re_ n;a;s acentuado desprestigio em que lativamente à Ditadura. Este fenó- ca;u 0 genial ministro das Finanças— meão pode deíinir-se em duas pala- camsequoite desmoralização de vras: à pófitica de "reviralho" «Stá qUantos o defendiam, louvando e apo- sucedendo-se a do "penetralho". Ca- ;ando incondicionalmente a sua obra da um dos antigos políticos procura de "salvação económica"—, vamos infiltrar_se nas posições mais ou me- aqU; referi-las. Ainda que em breve nos rendosas dos órgãos do Estado, ressenha, vamos dizer a origem dessa

A questão cifra-se em que no fun-' campanhá que em Portugal se vem do todos êles são eminentemente con-, faz;r.do não só contra o ministro dL

gio. António Maria, Cunha Leal, Mp- Nos arraiais operários, aproveitai:-1 dável abismo, onde cairá fatalmente

Diabo do êste momento de obnubilação men- gg q povo não se levanta em armas solini cu Stafini—! venha o escolha!—são distintas modalida- (Confinúa na 2." página) \ para conquistar o direito de adminis-

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obra de fraiçao á

própria República, em

que há seis anos eslá

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A .presente zinccgravura reproduz o cabeçalho duma das listas de subscrição a favor dum monumento ao rei Carles e ao príncipe Luís. postas agora a circular, atrave- do país. ,por uma c..:n:ssão monárquica, chefia- da pelo .general de opereta João de Almeida, e com o

concurso do actual governador civil de Li-lma, o des- classificado major Moura', que, ao lado da coroa real, que encabeça o documento pôs a respectiva autorização,-tomo pode verificar-1 r, legalizada com seu nome e o carimbo do Governo Civil.

—Mas o escudo? A quanto nos ex- porá a baixa omsstantc do escudo?

Ao que o mestre Salazar, imper- turbavelmente, opunha:

—Não desesperem. Já lhes mostrei onde reside o mal. Verão agora co- mo o atacarei corajosamente, e a fun- do !

Explicava em seguida como iria proceder—pois S. Ex.* queria gover- rar ás claras, e dirigia-se à nação, pela imprensa, "com números"... e com palavras de efeito previamente estudado, mas nem por isso menos mentirosas que as dos seus anteces- sores, e concluía enfaticamente:

—Verão como saberei sanear é e<. tabilizar o escudo!

E para conseguir os seus fins. que não foram outros, nunca, serão dar uma ideia, mesmo falsa que fôsse. da sua apregoada sabedoria, o minis- tro dal.. Ditadura (iamós a dizer da Igreja) lançou mão de tedos os ar- tifícios, quando, "forçando as pos- sibilidades do Tesouro", levou a efei- to, em Londres, a famosa opera- ção dos 3 milhões de libras, que tão dc:=ia:-tvoisas consequências devia ter.

Isso, porém, não bastou para a con- secução do seu objectivo. O escudo, alguns meses depois, caiu de novo. E com a sua queda, como era natural que sucedesse, sofreram um forte aba

• io as maiores forças económicas do pai.-. Mestre Salazar quis então rea- lizar unia nova operação: transferir

i o * 3 milhões de libras à paridade ouro. Mas o Governo inglês opôs-se à ma- nobra do sábio ministro. Foi quando S. Ex." decidiu converter as libras cm dólares, adquirindo em Nova York ouro em b -ras—perdendo, em con- sequência desse negócio, tanto como 90 milhões de escudos!!

A verdad i-. porém, não foi dita nos jornais. Inip.= d:ii-o a censura. E o po-

(Confinúa na 2." página)

Carta de Lisboa uivo de publicações

(Continuado da i." página) \ tal, tam propício a messianismos, os bolxevizantes e os social-damocratas procuram, sem resultado- práticos, impingir a desacreditada panaceia po- lítica da segunda e da terceira Inter- nacionais. Mas apesar dos rublos co- piosamente vertidos na fogueira re-

ruí iãjiasàitfaf $ tiranetes de todas as cores, mostram j as armas d? S. Francisco aos novos candidatas a ditadores. Os ensinamen- tos dêstes longos anos de ditadura . ; -m-v .raci -íKii- :• «ua fé libertária.

0 regresso A normalidade O regreso à normalidade... anor-

mal de antes da Ditadura, periódica- j m-nte anunciada, f< i uma vez mais um balão de ensaio. A anistia foi um novo anestésico. Pretendia-se. não anistiar. mas sim anestesiar os entu- siasmos revolucionários populares.

A provar ist estão os seguintes í-:C"; : f.yr r.ran- i!o govêtir.o, to- , ram novamente presos os 28 depor- tados políticos recentemente chega- dos de Timor no vapr ''Moçambi- que". Recolheram ao Aljube e segui- ram. de madrugada, para Peniche, numa camioneta, que se voltou na es- trada. resultando feridos gravemente alguns dos passageiros, caso que não foi sequer comunicado às famílias.

Foi afastado do serviço, durante se;s me-es, o pi de-sor do liceu de Faro, Sr. Leonel Pimentel de Al- meida, acusado de desafecto ao go- verno.

Consta que a polícia pretende proi- bir a realização dr mais conferências no Sindicato do- Profissionais da Imprensa. Na última, realizada pelo dr. Ramada Curto, as salas encheram- -e tali.LU £v_. C> ' 'iJUlIII lJdí- rantemcnte "vivas" à Liberdade e à Imprensa. O dr. Brito Camacho, que presidia, viu-se obrigado a intervir:

—•'Mais haaxot. rapares! Senão, va- nw -rt t«F-s a Timor!..."

E, não bastando tud ■ isto. abre-se uma nova verba de mil cOntos para a Policia de Informações...

(Continuado da I." página) vo—o pobre Zt pagante!—chegou a >Aos trabalhadores.—A C. Q. T e o crer que o ministro das Finanças, por 29 de Fevereiro."

Com ê-te título, recebemos um ma-

A obra naclonolista.

A Ditadura prossegue activamente suas tão apregoadas e exccpcionaes na sua tarefa de reconstruir o país, qualidades de "economista e finan- .

. . . .. , mfesto da central operaria portugue- sobre uma base acentuadamente na- ceiro mexcedivel. tivesse realmente „ .. ,, • , , , -. , sa. Nele se desmascaram as mano- cvonalista. Como, norem, o Ca,Ditai reahzad;. lucro.-. nas- operaçoe.- que ... ... . , . _ , . , . . ■ - bras scis-.ounstas, realizadas no seio do nao coiíhece tronteiras, senão para fez com Inglaterra e America, nao . . ... ... , , . ... proletariado português pelos jesuítas os que o combatem, os ditadores veam- 1 -e apareeornure .efe que o escudo conti- 1 r - H , . , ., 1 , 1-^,1 vermelhas a soldo de Moscovo, -se, por vezes, obrigados a considerar ima. mais que nunca, desvalorizado, ... „ _ .. 1 „ , .. Alardeando. conno e seu costume, a naçao como ema colorua ingira... quas: sem cotaçao na Boba, sujeito Alguns tópicos dessa obra "r.ac' 3- como está á constantes

nalista" da inspiração dos que a:nda libra. Oscilações da P°r raeií' '^^/e papel — .. — . 1. lliflr

aguardam D. Sebastião: Os dinheiros da C. G. dos D, r os

territórios de Angola estão sendo, fia- trióticamente, cedidos à administração e posse dos estrangeiros.

Portugal está, portanto, mais se- riamente comprometido do que esteva antes da Ditadura. A sua situação

—que não se sabe de onde lhes vem— cheio de infâmias e de calúnias aos que não comungam 110 Vaticano es-

'l"'-'' carlate, uma força de que ninguém dUlC? UA L/liau u<J. 11 u-, - , , T . . ... , se apercebe, os demagogos da 3. la- nunca fo; mesmo de tão avutadora . , , • . . .. 1 a„ ternacional haviam proiectado—t jem soL-misu-ao. A Inglaterra, ia orla de- ; . . ... ,' . '... t>_L.... nome da orgarnzaçao operaria portu- Na assemblêa gera! da Companhia penoe.icia econom.ea em 3 guesa!!!—uma manifestação grevís

gal foi colocado pcrar.te ela, ja pela _. „ a. Agrícola de Angola (Ganda). reali- zaria nos primeiros dias do passado mê- de Março, os delegados do Con- selho de Administração da C. G. dos D., dona da maioria das acções, ele- geram. para o Conselho de Adminis- tração de;sa Companhia, 6 adminis- tradores belgas e 5 portugueses. Para disfarçar a desproporção, nomeou-se um advogado de nomeada (represen- tante do ''Banque des Colonies BeL ges"), para que o resultado da eleiçã 1 desse 6 portugueses..

Espera-se em breve a chegada a

is- s°' lu', v """ !7"* tica revolucionária para o dia 29 de vergonhosa e ultrajante subservien- - . . , , , Fevereiro, mamf estação que os aspi- cia -1. - home»- da Ditadura, tem-ra- .... , . .. , ra>ntes a ccsmiSSanus-U o-povo foram, na conta de >uhd:ios seus. A terra ... , ,, as -r. ar. -- a i' .v. li tr:. ..Uvi' Iu-itasia nao passa de ser. aos cUios _ , ,

„ ' , , Tratara-se de "facer cre organiza- da Gran Bretanha, um dos seus , . , , , dores do movimento contra a Ditadura mais submissos protectorados. A isto . . c ■ ■ ■ 1 r> -1 \ oue as maesiae pr,",\eltar:as esian~m com foi reluzido Poatugal. IA essa situa- ^ 1

ção de m éria económica nos con- ' . • c , , , , O resultado era íle prever: toi o duziu o rev. Oliveira Salazar! A tau- .

... , . . . mesmo do ano anterior. O p' letaria- ta abiecçao moral e social nos su- . jeito,,, ao proletariado pontues, . ^ farto de Mess.as, mando„-o, uma regime ditatorial a que preside o ti- %1Z raais» u=':l!" tére Carmona, que para glória da

chiada a Lisboa dum embaixador do'arjmda 0 apo a' l€m ga' ■ "le geiíleraJ!

'Contra a Dictadura-Á colónia portuguesa de Marrocos."

govêrno inglês, que, seb o pretexto ; Quando será que os trabalhadores E' um apêlo revoluciunário aos por- das pautas aduaneiras vem negociar ^ ^ se eaver„onha. tugueses residentes em Marrocos fei-

a entrega, por mandatos, a Alemanha 1 & a dos de si mesmos, da sua prolonga- i0 por Almeida Júnior.

c... ospem-nos em cima o escarro do seu britânico desprezo..

e Itália, de parte dos territórios por- , . . , , . e ■ da. quas: criminosa le.argia. decidm- tugueses de Africa do-se a cortar inexoravelmente a ca- "L'm «ruP° de deporisdos de Timor á

E os aviões ingleses surpreen- Nação i'ortugueSa.« dendo a dormir o povo de Lisboa, , , ,

iA pé, p vo de Portugal! [A pe. Assim se intitula uma eniocionan- trabalhadores! ; Nem mais ditaduras, te descrição da vida do- deportados nem mais alianças de guerra, nem dí- «m Timor, feita por um grup de

0 crime legalizado. vidas que te avfjaiii. colocando-te civis evadidos daquela coló- Contlnua a legalização do crime dependência do mperialismo estran- aia e recenchegados a Esipanha. Fo-

pslo E-tad-o. A acrescentar às notícias geiro! M. C. Ca uma tragédia que Dante esquèceu. similares publicadas no número an_ ——— ———■- Apenas alguns parágrafos: terior, informarei que po- decreto re- que, por sevícias corporais exercidas Ataáro, dada a pequeuez da sua cente foi denegada autorização para contra doi? 5 idadus suspeitos de superfície e a carência de meios de serem demandado- criminalmente os conspiradores, que deixaram em este- comunicação, é um campo de concen- guardas n s. 41 e 44 da P. S. P, de do pré-comatoso, lhes foi instaurado tração natural. O mar substitui o ara- Viseu, respectivamente, Delfim da pelo promotor-d?,justiça. me farpado e a espingarda vigilante Silva e Samuel Ferreira, no processo i Até quando, ó Catilinas? i. P. das sentinelas.

No Oc-Kussi havia um verdadeiro campo de concentração, com profundos e largos fossos cheios de água e, em volta, os postes do arame farpado. Metralhadoras em posição vigiavam o campo de um alto próximo. Um co- mandante, à frente de uma força in- dígena e empunhando um chicote, da- va ordens.

Num e noutro ponto—os peores cli- mas da Colonia—, o termómetro mar- cava às oito horas da manhã 32 graus ceiiitigrados e as chuvas (era o mês de Outubro) começavam a encher os terrenos em volta. Por isso a doença entrou juntamente com òs prisionei- ros, nos caanpos de concentração e a Morte logo abriu sobre estes, pairan- d. im; ív_\-. :vs negras asas acolhe- doras."

Ao acabar de ler êste relato da. autoria dum grupo de homens que pu deram evadir-se do túmulo de Timor para vir acusar ante o mundo os ver- dugds de todo um povo, não podemos deixar de recordar com particular emoção aqueles nossos camaradas que a ditadura democrática deportou sem prévio julgamento para as plagas afri- canas, donde, ao caba duma estância de dois longos anos, a ditadura militar transferiu para aquela colónia da Oceania os poucos que haviam sobre vivido aos horrores duma pena de mor- te sem condenação.

• Porque devemos ser libertários."

O Grupo Libertário da Graça (Lis- boa) distribuiu, com êste títuK um folheto em que se foca nitidamente a p -ição dos sí d.al-d|;in!>cra4as, das pseudo-comun:stas (figurino moscovi- tário) e dos libertários, perante o pro- blema da emancipação dos trabalha- dores.

E' um folheto de doutrinação e es- clarecimento, muito oportuno nesta hora em que, devido ao silêncio. im posto pela censura, lavra ama grande confusão ideológica no espírito dte trabalhadores.

federação dos Anarquistas Portugueses exilados Os Comités da "Fape" ein €$pattba - notas so re vários

aspectos da nossa actividade.

Era nossa intenção publicar duma só vez as notas que redigimos sobre a Federação dos Anarquistas Portugueses Exilados, mas. o pou- co espaço de que dispúnhamos c a extenção des- te trabalho se opuzerara á satisfação dos nossos dfesejos. Foi assim que deixamos sobre o már- more. bem contra vontade a íillima parte, que a seguir publicamos.

Nos números seguintes ser-nos-à mais fácil dar, em pequenas notas, conta do que o See. Ge- ral e os comités da FAPE vão pondo em prá- tica. pelo seu desenvolvimento orgânico e pelo estreitamento cada vez maior das relações dos anarquistas ■ portugueses exilados, tanto entre si coimo com a organização libertária e sindica- lista revolucionária de Portugal.

EMBARAÇOS E CONTRA- RIEDADES SEM FIM.

De todos os embaraços e contrariedades com que o S- G. tropeçou, houve um que, além da inutilização de todo o trabalho e gastos que se haviam feito, veio dificultar imensa- mente a tarefa de relações, que a "FAPE" se propôs levar a cabo. Referirao-nos á apreen- são duma circular datada de 8 de Agosto de 1931. que tinha sido enviada para Espanha, em pacote, para daqui ser expedida, a titulo de economia postal, para cada grupo e indivi- duo, mas que se perdeu... talvez nas mãos es- camoteadoras da Polícia Internacional. Mais tarde, depois de haverem sido formuladas vá- rias reclamações, nos correios de Paris, um membro do Secretariado foi chamado a dar explicações sobre o conteúdo do pacote. Da-

da as explicações pedidas, e quando, pa-sados talvez dois meses, supúnhamos decorrido tem- po bastante para que ao expedidor fossem dadas as devidas explicações, recebia o res- pectivo camarada um novo convite para se apresentar na Central dos Correios, onde se lhe perguntava a que se referia o texto das circu- lares...

Nestas condições, quási certos do que ocorria, nada mais nos restava que protestar contra o abuso cometido, pois que houve, indiscutivel- mente, um inominável abuso, e desistir, como fizemos, da reclamação.

Com o tempo e o dinheiro que perdem o.-, não lucrámos mais que ver corroborada a velha con- vicção de qu? todos os truques de que puder- mos lançar mão não sâo bastantes para ven- cer as mil e uma artimanhas que contra nós utilizam as forças governamentais de todos os paises, numa significativa aliança de defesa dos seus interesses comuns.

A "FAPE" TEM, EM ES- PANHA, DOIS COMITÉS

A nossa Federação, ao; três meses de cons- tituída, estava representada em Espanha por dois comités, cuja actividade tem sido mais ou menos constante.

O Comité de Madrid tem limitado a sua ac- ção. por assim dizer, a uma sistemática cam- panha na imprensa, caracterizada pelo seu as- pecto de franco combate e de acerba mas in- teligente e merecida crítica do regime ditato- rial. O Comité de Barcelona, esse foi, incon- • testavelmente. durante longos meses, o mais <

vigoroso elemento de propaganda, agitação e de relações com que contou a nossa Federa- ção.

Tendo assistido ao desenrolar dos aconte- ckniíulcts po-lítico-sociaes que «eram origem á fuga de Afonso 13 e à consequente implan- tação da República, o Comité de Barcelona participou de todo o movimento de agitação que empolgou o proletariado peninsular e que envolveu a formidável actuacâo dos nossos camaradas espanhóis da FAT, desde os assal- tos às prisões do Estado, às vibrantes e gran- diosas manifestações internaci nais que tive- ram lugar em Barcelona e Madrid, contra as várias ditaduras que sobreviveram à queda da que havia proclamado Primo de Rivera. Em todos os comícios que a Federação Anarquis- ta Ibérica e a C. N. T. promoviam; a voz dos delegados de FAPE se fazia ouvir, profligan- do as injustiça do regime burguês estigma- tizando a traição e o confusionismo políticos, ou concitando o proletariado espanhol a pros- seguir na sua obra redentora, prelúdio és 'li- bertação do proletariado de toda a Penin-ula, onde Portugal sofre ainda o mais- ignóbil sis- tema de compressão das liberdades públicas.

Pelos comités de Barcelona e de Madrid, fomos também representados nos congressos <la FA! e da AIT. realizada- em Junho do amo passado, na capital espanhola.

CAMPANHA CONTRA A EXTRADTCAO DE TRES CA MARADAS ITALIANOS.

Os nossos esforços teem sido muitos, os sa-

crifícios que temos feito não teem conta. En- tretanto... o trabalho feito é bem reduzido.

Falamos ainda da actividade que o Secre- tariado Geral tem desenvolvido. Os últimos meses, passau-os o S. G. realizando um tra- balho que pederiamos chamar de pura coor- denação e estudo. Aparte isso, uma corres- pondência vasta, de sentido organizador, foi mantida regularmente, não só com os comités mas também com numerosos camaradas e gru- pos com que contamos, em Portugal mesmo, e com a C. G. T., que desejamos ver continuar integrada nos objectivos libertários que lhe valeram o prestigio e a preponderância com que se soube impor brilhantemente, durante longos anos de lutas reivindicadoras.

Essa normalidade, porém, esse ritmo quasi monótono que vinha sendo observado no Se- cretariado Geral, foi um dia quebrado por um acontecimento imprevisto: a entrega a Por- ».iugsB, peita República Espanhola, dtas nossos camaradas Volonte. Bidoli Giovani e ( uffini Cesare. anarquis:as italianos, que pnuco denois haviam de ser entregues impunemente—como choca dize-lo—ao facinoroso chefe do Fascis- mo .

Justamente alarmado pela noticia, o S. G. publicou imediatamente em " Le Liberiaire" um veemente protesto, que foi entusiastica- mente secundado por vários organismos sin- dicalistas e anarquistas, de entre os quaes se destacaram, pela sua desassombrada atitude, a Confederação Gerai do. Trabalho Sindiicalis-

(Conlinúa na 3." página)

Carta de Lisboa uivo de publicações

(Continuado da I." página) j tal, tam propício a messianismos, os bolxevizantes e os social-damocratas procuram, sem resultado- práticos, impingir a desacreditada panaceia po- litica da segunda e da terceira Inter- nacionais. Mas apesar dos rublos co- piosamente vertidos na fogueira re- v -hie i. curia. ruí ma:-a™. coitada:- $ tiranetes de todas as cores, mostram j as armas d? S. Francisco aos novos candidatas a ditadores. Os ensinamen- tos dêstes longos anos de ditadura . .-.'••tv -.rati'-tua- ? «ua fé libertária.

0 regresso A normalidade O regreso à normalidade... anor-

mal de antes da Ditadura, periódica- , mente anunciada, f< i uma vez mais um balão de ensaio. A anistia foi um novo anestésico. Pretendia-se. não anistiar. mas sim anestesiar os entu- siasmos revolucionários populares.

A provar isn estão os seguintes Act' : V.yr órt'«au- i!o govêra». to- , ram novamente presos os 28 depor- tados políticos Recentemente chega- dos de Timor no vapr •'Moçambi- que". Recolheram ao Aljub" e segui- ram. de madrugada, para Peniche, numa camioneta, que se voltou na es- trada. resultando feridos gravemente alguns dos passageiros, caso que não foi sequer comunicado às famílias.

Foi afastado do serviço, durante se;s me-es, o pi de-sor do liceu de Faro, Sr. Leonel Pimentel de Al- meida, acusado de desafecto ao go- verno.

Consta que a polícia pretende proi- bir a realização de mais conferências no Sindicato do- Profissionais da Imprensa. Na última, realizada pelo dr. Ramada Curto, as salas encheram- -e tuii.L-iíc. C otaitlill JC tJcZÍ- rantemente "vivas" à Liberdade e à Imprensa. O dr. Brito Camacho, que presidia, viii-se obrigado a intervir:

- "Mais baixo, rapazes! Senão, va- nw -ara tcxFss a Timor!..."

E, não bastando tudo isto. abre-se uma nova verba de mil cOntos para a Policia de Informações...

(Continuado da I." página) vo—o pobre Zt pagante!—chegou a >Aos trabalhadores.—A C. Q. T. e o crer que o ministro das Finanças, por 29 de Fevereiro."

Com ê-te título, recebemos um ma-

A obra nactoDolista.

A Ditadura prossegue activamente suas tão apregoadas e exerpeionaes na sua tarefa de reconstruir o país, qualidades de "economista e finan- _

. . . , mfesto <la central operaria portugue- sobre uma base acentuadamente na- cetro mexcrdive! . tivesse realmente „ . • , ,. , , -. , sa. Nele se desmascaram as mano- cionalista. Como, norem, o Capital realizado lucro.-, nas operaçoe? que . . ... . _ . , ; . ■ bras scis-.anustas, realizadas no seio do nao conhece tronteiras. senão para fez com Inglaterra e Amevica, nao . . ... , , . . ... proletariado português petos jesuítas os que o combatem, os ditadores veam- 1 -? apsrcebziasc .efe que o escudo couti- 1 r - H , . , ., 1 li-, vermelh :« a soldo de Moscovo. -se, por vezes, obrigados a considerar ima. mais que nunca, desvalorizado, . " _ .. * .. .Alardeando, como e seu costume, a naçao como uma colorua inglesa... quasi sem cotaçao na Bolsa, sujeito

Alguns tópicos dessa obra "r.ac" 3- como está á constantes nalista" da inspiração dos que a:nda libra.

5U|\-iiv , .... s oscilações da por raeií' ^ de papel -... C .. -J.U- . I . m-rlr 11-iAr —

aguardam D. Sebastião: Os dinheiros da C. G. dos D. 1- os

territórios de Angola estão sendo, pa- triáticamente, cedidos à administração e posse dos estrangeiros.

Portugal está, portanto, -maiis se- riamente comprometido do que esteva antes da Ditadura. A sua situação

—que não se sabe de onde lhes vem— cheio de infâmias e de calúnias aos que não comungam 110 Vaticano es- carlaie, uma força de que ninguém ÚUCC3 VXrt L/lia1-. il<i. -x 1 1" - , . , - T . . ... ... , se apercebe, os demagogos da 3. la- nunca foi mesmo de tão aviltadora . , , • . . ...... .. , ,ternacional haviam iproiectaco—j; j em submissão. A Inglaterra, ia pela de- . 1 . . ... ,' . 't>.... nome da organização operaria portu-

Na assemblêa gera! da Companhia Paciência económica em 1 e » „uesa 11 i—uma manifestação grevís gal foi colocado pcrar.te ela, ja pela _. _ a. Agrícola de Angola (Ganida >. reali-

zada nos primeiros dias do pa-: sadio mê- de Março, os delegados do Con- selho de Administração da C. G. dos D., dona da maioria da; acçõe;. ele- geram. para o Conselho de Adminis- tração dessa Companhia, 6 adminis- tradores belgas e 5 portugueses. Para disfarçar a desproporção, nomeou-se um advogadi de nomeada (represen- tante do "Banque des Colonies Bei- ges"), para que o resultado da eleiçã > desse 6 portugueses..

Espera-se em breve a chegada a

ís- iu: v..!»»» /j- ty tjca revoiu^onaria para o dia 29 de

vergonhosa e ultrajante subservien- - . . , , , Fevereiro, manifestação que os aspi- cia •!. - hotnents da Ditadura, lein-ro; .... , . , rantes a ccmissaH.os-ao-ixivo foram, na conta de >uhd:tos seus. A terra ... , . _ , ,, os - : -r. nr. - - Li 1 ■ '.v : li trai-vz-iiar Iu-i.tana nao passa de ser. aos olho; _ , r , , Tratava-se de facer cre aos organiza- da Grau Bretanha, um dos seus , , , . , , ■ . dores do movimento contra a Ditadura mais submissos protectorados. A isto , . .

r • ■ ■ , n , oixe a-s massas proletárias estavam comi foi reluzido Portugal. 1A essa situa- ^ 1

ção de m éria económica nos con- \p . ,,,. . c , ■ a . O resultado era de prever: toi o duzm o rev. Oliveira Salazar! A tan- - A >

... , . , . mesmo do ano anterior. O pi' letaria- ta abiecçao moral e social nos su- . jeito*,. ao proletariado pontues, do, farto de Mess,as mando,,-o, uma regime ditatorial a que preside o ti- %LZ raais» u=':l!" tere Carmona, que para glória da

chegada a Lisboa dum embaixador do'armada 0 apoa' l€m "-- - -jg general!

'Contra a Dictadura-Á colónia portuguesa de Marrocos."

governo inglês, que, sob o pretexto ; Quando será que os trabalhadores E' um apêlo revolucionário aos por- das pautas aduaneiras vem negociar ^ ^ ^ ^rganh^ tugueses residentes em Marrocos fei-

a entregu, por mandatos, a Alemanha 1 " " dos de si mesmos, da sua prolonga- 'o por Almeida Junior.

c... ospem-nos em cima o escarro do seu britânico desprezo..

e Itália, de parte dos territórios por- , .... , ..... , . c ■ da. quas: criminosa letargia, aecidm- tugueses de Africa. do.se a cortar inexoravelmente a ca- "Uln «ruP° de deportados de Timor á

E os aviões ingleses surpreen- vibora? Naçáo Portuguesa." dendo a dormir o povo d? Lisboa. , , , „ ,, .

iA pé, p vo de Portugal! [A pe. Assim se intitula uma emocionan- trabailhadores! ; Nein mtãs ditaduras, te descrição da vida do- deportados nem mais alianças de guerra, nem dí- «m Timor, feita por um grup de

0 crime legalizado. vidas que tá avflam. colocamdo-te na^^4S^-qj civis evadidos daquela coló- Conilnua a legalização do crime dependência do mperiaJismo estran- nja e recenchegados a Esijjanha. Fo-

pslo Estado. A acrescentar às notícias geiro! M. C. Ca uma tragédia que Dante esquèceu. similares publicadas no número an_ —— -———■- Apenas alguns parágrafos: terior. informarei que po- decreto re- que, por sevícias corporais exercidas "Ataúro. dada a pequenez da sua cente foi denegada autorização para contra dois s ddados suspeitos de superfície e a carência de meios de serem demandado' criminalmente os conspiradores, que deixaram em esta - comunicação, é um campo de concen- guardas nos. 41 e 44 da P. S. P, de do pré-comatoso, lhes foi instaurado tração natural. O mar substitui o ara- Viseu, respectivamente, Delfim da pelo promotor-d?-just:ça. me farpado e a espingarda vigilante Silva e Samuel Ferreira, no processo i Até quando, ó Catilinas? i. P. das sentinelas.

No Oc-Kussi havia um verdadeiro campo de concentração, com profundos e largos fossos cheios de água e, em volta, os postes do arame farpado. Metralhadoras em posição vigiavam o campo de um alto próximo. Um co- mandante, à frente de uma força in- dígena e empunhando um chicote, da- va ordens.

Num e noutro ponto—os peores cli- mas da Coloma—, o termómetro mar- cava às oito horas da manhã 32 STau9

cenitigrados e as climas (era o mês 'de Outubro) começavam a encher os terrenos em volta. Por isso a doença entrou juntamente com òs prisionei- ros, nos campos de concentração e a Morte logo abriu sobre estes, pairan- ii. im; ív_\-. :v- negras asas acolhe- doras."

Ao acabar de ler êste relato da, autoria dum grupo de homens que pu deram evadir-se do túmulo de Timor para vir acusar ante o mundo os ver- dugds de todo um povo, não podemos deixar de recordar com particular emoção aqueles nossos camarada-s que a ditadura democrática deportou sem prévio julgamento para as plagas afri- canas, donde, ao cabo duma estância de dois longos anos, a ditadura militar transferiu para aquela colónia da Oceania os poucos que haviam sobre vivido aos horrores duma pêra de mor- te sem condenação.

• Porque devemos ser libertários."

O Grupo Libertário da Graça (Lis- boa) distribuiu, tom êste títul". ura folheto em que se foca nitidamente a p -íção dos a dal-d|;in!>cra4as, dós pseudo-comumstas (figurino moscovi- tário) e dos libertários, perante o pro- blema da emancipação dos trabalha- dores.

E' um folhei» de doutrinação e es- clarecimento, muito oportuno nesta hora em que, devido ao silêncio. im posto pela censura, lavra uma grande confusão ideológica no espírito dos trabalhadores.

federação do$ Anarquistas Portugueses exilados Os Comités da "fape" em €$panba - notas so re vários

aspectos da nossa actividade.

Era nossa intenção publicar duma só vez as notas que redigimos sobre a Federação dos Anarquistas Portugueses Exilados, mas. o pou- co espaço de que dispúnhamos c a extenção des- te trabalho se opuzerara á satisfação dos nossos desejos. Foi assim que deixamos sobre o már- more. bem contra vontade a úllima parte, que a seguir publicamos.

Nos números seguintes ser-nos-à mais fácil dar, em pequenas notas, conta do que o Sec. Ge- ral e os comités da FAPE vão pondo em prá- tica. pelo seu desenvolvimento orgânico e pelo estreitamento cada vez maior das relações dos anarquistas ■ portuguêses exilados, tanto entre si como com a organização libertária e sindica- lista revolucionária de Portugal.

EMBARAÇOS E CONTRA- RIEDADES SEM FIM.

De todos os embaraças e contrariedades com que o S- G. tropeçou, houve um que, além da inutilização de todo o trabalho e gastos que se haviam feito, veio dificultar imensa- mente a tarefa de relações, que a "FAPE" se propôs levar a cabo. Referirao-nos á apreen- são duma circular datada de 8 de Agosto de •1931. que tinha sido enviada para Espanha, em pacote, para daqui ser expedida, a titulo de economia postal, para cada grupo e indivi- duo, mas que se perdeu... talvez nas mãos es- camoteadoras da Polícia Internacional. Mais tarde, depois de haverem sido formuladas vá- rias reclamações, nos correios de Paris, um membro do Secretariado foi chamado a dar explicações sobre o conteúdo do pacote. Da-

da as explicações pedidas, e quando, pa-sados talvez dois meses, supúnhamos decorrido tem- po bastante para que ao expedidor fossem ciadas as devidas explicações, recebia o res- pectivo camarada um novo convite para se apresentar na Central dos Correios, onde se lhe perguntava a que se referia o texto das circu- lares..

Nestas condições, quási certos do que ocorria, nada mais nos restava que protestar contra o abuso cometido, pois que houve, indiscutivel- mente, um inominável abuso, e desistir, como fizemos, da reclamação.

Com o tempo e o dinheiro que .perdemo.-, não lucrámos mais que ver corroborada a velha con- vicção de que todos os truques de que puder- mos lançar mão nâo são bastantes para ven- cer as mil e uma artimanhas que contra nós utilizam a? forças governamentais de todos os paises, numa significativa aliança de defesa dos seus interesses comuns.

A "FAPE" TEM, EM ES- PANHA, DOIS COMITÉS

A nossa Federação, ao; três meses de cons- tituída, estava representada em Espanha por dois comités, cuja actividade tem sido mais ou menos constante.

O Comité de Madrid tem limitado a sua ac- ção. por assim dizer, a uma sistemática cam- panha na imprensa, caracterizada pelo seu as- pecto de franco combate e de acerba mas in- teligente e merecida crítica do regime ditato- rial. O Comité de Barcelona, esse foi, incon- • testavelmente, durante longos meses, o mais '

vigoroso elemento de propaganda, agitação e de relações com que contou a nossa Federa- ção.

Tendo assistido ao desenrolar dos aconte- cknfcilWiS politico-soci'aes que «eram origem á fuga de Afonso 13 e à coniseqúeiwe implan- tação da República, o Comité de Barcelona participou de todo o movimento de agitação que empolgou o proletariado peninsular e que envolveu a formidável actuacâo dos nossos camaradas espanhóis da FAT, desde os assal- tos às prisões do Estado, às vibrantes e gran- diosas manifestações internaci nais que tive- ram lugar em Barcelona e Madrid, contra as várias ditaduras que sobreviveram à queda da que havia proclamado Primo de Rivera. Em todos os comícios que a Federação Anarquis- ta Ibérica e a C. N. T. pre,moviam, a voz dos delegados de FAPF. se fazia ouvir, profligan- d© as injustiça do regime burguês estigma- tizando a traição e o con fusion ismo políticos, ou concitando o proletariado espanhol a pros- seguir na sua obra redentora, prelúdio die li- bertação do proletariado de toda a Peninsula, onde Portugal sofre ainda o mais ignóbil sis- tema de compressão das liberdades públicas.

Pelos comités de Barcelona e de Madrid, fomos também representados nos congressos da FAI e da A IT. realizadas em Junho do anio passado, na capital espanhola.

CAMPANHA CONTRA A EXTRADTCAO DE TRES CA MARADAS ITALIANOS.

Os nossos esforços teem sido muitos, os sa-

crifícios que temos feito não teem conta. En- tretanto... o trabalho feito é bem reduzido.

Falamos ainda da actividade que o Secre- tariado Geral tem desenvolvido. Os úlliinos meses, passau-os o S. G. realizando uni tra- balho que prderiamos chamar de pura coor- denação e estudo. Aparte isso, uma corres- pondência vasta, de sentido organizador, foi mantida regularmente, nâo só com os comités mas também com numerosos camaradas e gru- pos com que contamos, em Portugal mesmo, e com a C. G. T., que desejamos ver continuar integrada nos objectives libertários que lhe valeram o prestigio e a preponderância com que se soube impor brilhantemente, durante longos anos de lutas reivindicadoras.

Essa normalidade, porém, esse ritmo quasi monótono que vinha sendo observado no Se- cretariado Geral, foi um dia quebrado por um acontecimento imprevisto: a entrega a Por- tugal, peto República Espanhola. <i!os massas camaradas Volonte. Bidoli Giovani e ('jjifmi Cesare. anarquistas italianos, que pouco denois haviam de ser entregues impunemente—corno choca dize-lo—ao facinoroso chefe do Fascis- mo .

Justamente alarmado pela notícia, o S. G. publicou imediatamente em " Le Libertaire" um veemente protesto, que foi entusiastica- mente secundado por vários organismos sin- dicalistas e anarquistas, de entre os quaes se destacaram, pela sua desassombrada atitude, a Confederação Geral do. Trabalho Sind'icalis-

(Continúa na 3." página)

R B B 15 tv I A O 3

ENTRE A CRUZ E A ESPADA

(Conclusão do anterior) I SANGUE!

Mas o mais negro aspecto da ditadura mi- litar portuguesa é, sem duvida, o que a poli- cia nos oferece. Uma teia compacta de espiona- gem, constituída por alguns milhares de homens e mulheres, que absorvem ao erário milhões de e-cudos me :-ai . está organizada de norte a sul do país, sob a chefia de um desclassificado moral, o Capitão Paço, famigerado ' autor de vários' desfalques, contos-do-vigario e assassina- to?. Os métodos empregados pela Polícia de in- formação para dominax pelo terror os Ímpetos d.- rebeldia popular vâo da prisão pura e sitn- p!e até o assassinato (mascarado com o eufe- mi -mo de suicídio), passando pela multa, pelo seque-tro e deportação. De todas as partes do país o; presas políticos são conduzidos a Lis- boa, onde dão entrada no Aljube (Bastilha por- tuguesa). depois de passarem pela Policia I de Informação. Aqui, mim compartimento in- terior. térreo, em gíria policial conhecid por "Casa das Ratas", os presos são submetidos às roais cruéis torturas morais e corporais—insul- | tos. e-{lançamento-, eíc.—para os forçarem a di claraT o que à -poída convém. O mais comum dos suplícios u-ados naquele tenebroso antro da Rua da Leva da Morte é o das algemas. Estas, frequentemente ligadas à corrente eléctrica, são fixadas a altura suficiente para manter o desgrs- çado de pé, Nesta dolorosa posição e algumas vezes d spidos, em pleno inverno, são os presos int p-ógados, entre golpes de cavalo-marinho e esp . eiradas. Nos últimos tempos, a policia cre- ou um novo género de tortura: o "capacete 1

elétrico". que a poiíeia aplica à cabeç. dos mais corajo-cs. E' irresistível: o preso tem que ter- minar por dize- sim a tudo quanto os seus al- gozes pretendam.

ENTRETANTO. O MINIS- TRO NEGA

Em nota-Ticiosa. o ministro do Interior, "Caibo Mateus", permiíiu-se ha dias mais uma desvergonha: a de negar nos órgãos da di- tadura as icusações feitas á sua polida ao- j bre maus tratos a presos.

Cúmipre-noi por isso provar as acusações que tantas vezes- fizemos em manifestos clan- destin s e -m correspondências para jornais estrangeiros. Basta para tal apontar me:a du ;

zia de nomes, de entre os de tantas centenas j de torturados por aquela Policia. Aí vão al- guns ao acaso, colhidos dentre uma enorme II-ia em poder do historiador Rocha Martins:

Perna do Antunes Alves operário, ferido gravemente p la polícia à espadeirada e em seguida de-pTtado; Paulo Caldeira, emprega- do público, mantido algemado e nú, num com- partimento subterrâneo, escuro e húmido, du- rante 8 horas, foi barbaramente zurzido com tiras de cautdiu e supliciado com instrumen- tos elétricos, c m os quais lhe queimaram os pulsos, as palmas das mãos. as sobrancelhas e o bigode: arrancaram-lhe as unhas dos pés com pespdas marteladas, e, suspenso duma crave, pucharam-no repetidas vezes, causando- Ihe uma hérnia: José Alcântara, vendedor am- bulante, espancado a cavalo-marinho, feito sentar na cadeira elétrica e dependurado nas algemas, reíalharam-lhe a pele e deporta- ram-no- a seguir pira as Colónias; António Arsénio, funcionário público, foi tão violen- tamente supliciado que enlouqueceu, por duas vezes, tentando, no cárcere, suicidar-se; An- tónio Godinho, oficia 1-de-justiça, de Poiares, enlouqueceu em consequência das torturas so- í fridas, suicidando-se (*) na esquadra-de-poli- cia do Caminho Novo: o estudante de Letras. | Alvaro Marinha de Campos, depois de um es- j pancamento que durou cinco hrras, em ple- na e-curidâo teve que ser trasladado para o hospital, expectorando sangue, com graves le- sões pulmonares; Helidaro Caldeira, estu- dante de Direito, filho de Paulo Caldeira, atrás mencionado, esteve condenado durante três dias a abstinência completa de alimento?; o autor destas linhas, ao tempo estudante em Coimbra, esteve encerrado durante oito dias num calabouço daquela cidade, estreito e eseur on- de nem sequer o colchão cabia, onde para co- mer era necessário acender-se uma vela e cu- ja parede ressumavi constantemente um líquido viscoso e pestilento de fezes de um cano de es- goto contiguo, daquele sinistro in-pace saindo a expectorar sangue: Artúlio Feijão, José Grá-

cio Ribeiro e José de Almeida foram condena- dos a dormir 40 dias, em pleno inverno, no chão duma estreita e húmida enxovia, sem mantas nem qualquer espécie de agasalho; José Lopes, algemado e espancado; Pedro Bap- tista, proprietário do "Café do Coliseu", bar- baramente agredido; Manuel Ribeiro, padeiro, preso com sua esposa, sofreram ambos graves torturas; João Antunes Ribeiro, comerciante, íerkiò pelos mesmos processos; Alvaro Silva, caixeiro, dependurado dur iBte dez minutos, da cabeça para baixo, e nesta posição zurzidlo; Manuel Picado, Manuel Mota e Adelino Ma- galhães, polícias, espancados a cavalo-marinho e supliciados eléctricamente; João Duarte Cos- ta. funcionário público, e Pires Marques, pro- prietário, ambos sexagenários, espancados im- piedosamente; Martinho Piloto, farmacêutico, algemado e torturado: Carlos Abreu, Francis- co Garcia, Joaquim Costa. Raúl Martinho, Se- zinando Ponce. Armando Castanheira, Ricardo L pes, José Francisco. Raúl Delgado e tantos, tantos outros, sofreram idênticos suplícios, Este último inclusivé foi golpeado a canivete enquanto o mantinham algemado

.O GOVERNO TEM CO- NHECIMENTO DE TUDO.

De tudo isto o Governo tem pleno conheci- mento. Quando Germinal de Sousa, filho do antigo secretário da C. G. T., Manuel Joaquim de Sousa, foi vitima das aludidas torturas, o escritor e jornalista monárquico, Rocha Mar- tins, padrinho da vítima, ao ter conhecimento do facto apresentou-se a protestar, indignada- mente, junto dos ministros e incluso de Car- mona, aos quais apresentou depois o afilhado, que pôde mO:-.rar-13u-s as rícajtrizes ainda vi- vas e relatar-lhes o sucedido. Aquelas autori- dades prometeram .providenciar, mas as providencias 5 ireu-as áégnas o protestante: Rocha Martins foi preso e só saiu em liber- dade, a instância de várias individualidades mar- eantes na política monárquica e da Igreja.

O DESTERRO E O CÁR- CERE.

Nas tarefas das torturas aos presos têm-se n viabilizado os seguintes agentes: Francisco Paço, "O Paço da Micas", José Ferreira, o "Carodio", Alvaro Duarte Costa, o "Alvaro da Facada", assassino do Visconde da Ribeira Bra- va, Rafael Martins, o "Marujinho" (que, mais tarde, roido pelo remorso, segundo uns, sé sui- cidou, e segundo outros foi suicidado pelos seus oo-algozÊs de Polícia, Serafini Julião, que fugiu para Paris com o produto de um desfalque na Polícia, José Manuel, o "Malhado", o "João do Porto" e o "Simões Trapalhão", caixeiro viajante duma casa alemã. Depois da tentativa revolucionária de fevereiro de 1927, algumas dezenas de revolucionários presos foram fusi- lados no quartel de artelharia 3. Para os mais insalubres locais de A'fric.a teem chegado a ser deportados doentes e velhos de setenta anos e mais (como Bernardo Lopes e outros, que teem "tranáportRiâ» em maca, dfo hospital para bordo.

No Aljube (cárcere político), os presos estão submetidos às mais terríveis e desumanas con- dições prisionais. Em cada salão, com tuna ca- pacidade de 15 metros de comprido por cinco d? largo fazem viver, na mais suja prosmis- cuidade, cerca de quarenta presos. Estes são obrigados a ingerir uma alimentação consti- tuída por feijões furados, batatas podres e peixe do guano. 'A noite é distribuida, em vez de café, uma iratraeável beberagemi feita de pó de ca- cau dissolvido em água salgada. Os presos, su- jeitos à mais férrea disciplina, são, pelo motivo mais banal, metidos no "segredo".

Eis. resumidamente, a situação do Portugal que geme sob as patas fascistas dos militarões!

A consciência universal itião vibrará em in- dignado protesto, ante tamanhos factos ?

i Onde estão os intelectuais que lançaram anátemas contra o inferno russo, onde morriam de fonv milhares de crianças?

sQue faz a democrática Sociedade das Na- ções, ante este viver angustioso e indigno de um povo civilizado?

R. N. (*). Foi encontrado enforcado num cinto

que não era o seu.

N. da R.—Este artigo—cheio de interessan- tes subsídios para a história de um período po-

UM FOLHETO

Os beneméritos do Socorro Vermelho Inter- | nacional, sociedade por cotas que o Vaticano ! escarlate, que hoje tem Staline por papa. creou —dizem—para assistir materialmente ás víti- mas da tirania dos Estados burgueses—;não do Estado proletário, que mata anualmente na

j Sibéria centenas de camaradas nossos!—edi- ( tou, há tempos, em Espanha, um interessante folheto intitulado Portugal, bajo la espuela mi-

' íitar. Interessante—classificámos—por vários mo-

livos, êste folheto que, com o pretexto de com- bater a ditadura de Carmona, Leonardo Mo-

: rais redigiu e Jorge Galvão ilustrou, j O primeiro é um jovem português de Sala-

manca. que há muitos anos não vai a Portu- ! gal, onde tem uns parentes afastados. Isto não o impede de confessar-se—embora sem lograr que o acreditem—emigrado político, perseguido pela ditadura, desde que um dia, na invicta cidade, deu um ...espirro, ouvido por um es- brro da P. I. É um recente adorador do novo "senhor de todas as Rússias". que entrou nas | filas burocráticas do Partido Comunita Es- panhol, depois de ter batido, em vão, a várias portas, ao que parece em busca de solução para o problema da sua atormentada exigência neste "voluntário e romântico exilio de Madrid.

O segundo é um nosso ex-camarada, fugido, ao icstaurar-se a ditadura, do novo inferno ■político, que êle iam bravamente tem profligado ... nas colunas da "Solidaridad Obrera" de Va- lência.

A ignorância do que se passa em Portugal levou o autor do folheto a solicitar a um dos nossos camaradas de redacção os informes con- tido? no artigo que noutro lugar publicamos sob o título "Entre a cruz e a Espada", a êsse tempo já largamente difundido na imprensa es- tranjeira.

Lamentavelmente, porém, o "camarada" Mo- rais deturpou tod s os elementos que lhe foram fornecidos. Olvidando quê é despiciendo exa- gerar ou adulterar os factos— i a verdade bas- ta e sobra para combater a Ditadura!—deci- diu, entre outras coisas, assassinar, por sua conta e risco, todos aqueles que figuravam, co- mo simples supliciados pela Policia, uuma li.-ta que contém os nomes de muitos camaradas nos- sos.

O resultado foi que muitos daqueles que, ho- misiados há alguns anos. não têm cabal conhe- cimento d > que se passa em Portugal, se in- quietaram ao ler o folheto do Socorro Ver- melho e derramaram algumas lágrimas pela memória dos amigos sepultados no vasto ce- mitério improvizado pelo jovem candidato a

i comissário-do-povo. Por outro lado, não foi menos grave a impressão produzida no Jardim Zoológico do antigo Teatro de Sam Carlos, cu- ias hienas exploraram a inexactidão do rela- to, oferecendo-a a todos quantos caíam nas

í suas garras como medida da veracidade de tudo o que afirmam os adversários da Dita- dura.

|Foi equívoco, amigo Morais, ou isto d: ma- 1 tar anarquistas... nó papel obedece a uma nova [ palavra-de-ordem de Moscovo?

Não sabemos, mas temo; entretanto que con- cordar que é preferível assassiná-los nó papel

| a exterminá-los na Sibéria ou em Kronstadt... "Portugal bajo la espuela militar" foi edi-

tado. segundo se diz na capa, a favor dos emi- : grados portugueses, que até hoje não viram

uma perra chica do produto da venda do alu- dido folheto...

Por nossa parte desde já declaramos que ab- dicamos da nossa cota parte, em favor dos nos- sos camaradas que gemem nos ergástulos do paraíso bolxevista...

lítico—que hoje aparece pela primeira vez pu- blicado em língua portuguesa, viu a publicida-

de, ha dois anos, no "SENNACIULO" (9929- 6." ano), órgão de Internacional E-penmti ta Revolucionária. Graças à grande expansão in- ternacional daquela publicação, o artigo foi tra- duzido e transcrito em inúmeros jornais de todo o munda. Se o qui és-em^s act,ral'zar. .-quan- tos relatos de novos e horripilantes crimes não teríamos que ascrescentar-lhe hoje?

LIBERDADE

;Liberdade! Cs a Vida, o Sonho, o Ideal, o [Amor.

Vives na luz, no som, no ar que se respira. Ca:'.tam-Te no infinito as asas do condor, e eu ando-Te a adorar no som dc mitlha lira.

Tudo anseia por Ti. tudo por ti suspira: o meu alado irmão no azul. o sonhador, 0 Hão na selva, o mar, tudo, excepto a Mentira, que essa não pode olhar teu rútilo fulgor.

Suprema aspiração da Natureza, instinto. 1 6 Liberdade, és Mãe, és Deusa I / Ô Sol. pres-

sinto que em breve irás raiar por sobre um mundo

[novo.

Sonho, Ideal, serás, em breve, realidade iNão demoresI /Depressa,. ó bela, ó Liberdade, —que quer noivar contigo o Prometeu: o Povo!

Roberto DAS NEVES

Lobos no povoado...

Portugal é, desde ha muito, um povoado d<>- minado pdo lobos carniceiros do Clero e do Militarismo. Os lobos da Companhia de Jesus e do Exercito, que umas vezes se disfarçam coma batina e outras com a farda militar. De entre esses lobos famélicos que 11a manhã de 28 de Maio desceram ao povoado nacional so- bre o povo desprevenido, destaca-se o Lobo da Costa, major e actual governador civil do Por- to, com um passado de ignóbil videirinho, de caçador de dotes de mulheres histéricas e de felomas à própria República iniciadas com a triação cometida em 4 de Outubn de 1910,

111 cujo movimento estava comprometido, no Batalhão de Caçadores 2.

Este Lobo, que com facilidade, metamorfo- seia a sua natureza animal, zurrou ha poucos dias no Porto algumas asnices, que vemos re- produzidas nos jornais portugueses. Algumas vozes do lobo-asno: "o nosso prestigio interna- cional e a intensa valorização da velha aliança lU-o-inglesa. bem demonstrada em recentes e inequívocas manifestações que Portugal deve à Inglanterra..." Outra: "A' ditadura Militar deve-.se a Ordem nas ruas. nas repartições, nas contas e nas leis; deve-se a valorização da nos- -a moeda, uma defesa progressiva da Econo- mia Nacional. Generosa para com todos, ela só em legitima defesa castiga os seus adversários e. num esforço porfiado, procura condliar todos os cidadãos sob a égide politica da República".

Asseveramos aos leitores, porque conhecemos de sobejo a sua valentia e a sua coerencia, que êeste lobo traidor não é capaz de fazer soar de novo estas asininas vozes no dia em que o Povo p 'riuguês ee decidir a empreender a grande tnom íaria a todos os lobos que há seis ânos infes- tam o povoado nacional, devorando as suas melhores rezes...

(Continuado da 2.* página) ta Revolucionaria, de França, e o Comité In- ternacional de Defesa Sodal.

Simuliaireamente. o S. G. da Pape enviava aos governos de Portugal e de Espanha vi- gorosos protestos telegráficos, salientando a natureza inqualificável do acto de expulsão, já consumado, e da extradição pedida por Mus- silini, e escrevia à Liga dos Direitos de Ho- mem-, oe França, e á Secção Portuguesa da mesma instituição, que tem sede em Paris e está presidida pelo Dr. Antonio Sergio—refu- giado politico—, pedindo-lhes que fizessem ouvir a sua voz reclamando para os três anti- fascistas o direito de asilo acordado para os refugiados põlítico-Sodaes, em conferencia in- ternacional de quási todos os países do mun- do.

Também foi solicitada imediatamente a inter- venção da C. G. T. Portuguesa, dá Aliança Libertária de Lisboa e dei U. A. P., à- quais, foi <ft'ri«i<5o pelo S. G. da Pape um vibrante

apelo. Mas tudo foi inútil. Havíamos sido pre- venidos demasiado tarde. A extradição estava inteiramente concertada em segredo. Só a po- deria ter evitado, realmente, o Governo Es- panhol. dando aos tres perseguidos o asilo tan- ta; vezes invocado em França e em Portugal, para os inimigos da Ditadura de Afonso 13- -Primo de Rivera.

R B B 15 tv I A O 3

ENTRE A CRUZ E A ESPADA

(Conclusão do anterior) I SANGUE!

Mas o mais negro aspecto da ditadura mi- litar portdgúeSa é, sem duvida, o que a poli- cia nos oferece. Uma teia compacta de espiona- gem, constituída por alguns, milhares de homens e mulheres, que absorvem ao erário milhões de escudos me -ai . está organizada de norte a sul do país, sob a chefia de um desclassificado moral, o Capitão Paço, famigerado ' autor de vários' desfalques, contos-do-vigario e assassina- tos. Os métodos empregados pela Polícia de in- formação para dominar pelo terror os ímpetos d.- rebeldia popular vâo da prisão pura e sim- ple- até o assassinato (mascarado com o eufe- mi-mo de suicídio), passando pela multa, pelo seque tro e deportação. De todas as partes do país o; pres.s políticos são conduzidos a Lis- boa, onde dão entrada no Aljube (Bastilha por- tuguesa). depois de passarem pela Policia I de Informação. Aqui, num compartimento in- terior. térreo, em gíria policial conhecid por "Casa das Ratas", os presos são submetidos às roais cruéis torturas morais e corporais—insul- | tos. espancamento-, etc.—para os forçarem a di clarar o que à^nnoia convém. O mais comum dos suplícios u-ados naquele tenebroso antro da Rua da Leva da Morte é o das algemas. Estas, frequentemente ligadas à corrente eléctrica, são fixadas a altura suficiente para manter o desgra- çado de pé, Nesta dolorosa posição e algumas vezes d spidos, em pleno inverno, são os presos int p-dgados, entre golpes de cavalo-marinho e esp . eiradas. Nos últimos tempos, a policia cre- ou um novo género de tortura: o "capacete 1

elétrico". que a polícia aplica à cabeç. dos mais corajo-cs. E' irresistível: o preso tem que ter- minar por dize- sim a tudo quanto os seus al- gozes pretendam.

ENTRETANTO. O MINIS- TRO NEGA

Em nota-Ticiosa. o ministro do Interior, «Cabo Mateus", permiíiu-?e ha dias mais uma desvergonha: a de negar nos órgãos da di- tadura as acusações feita# á sua polícia so- j bre mau- i ratos a presos.

Cúmipre-nos por isso provar as acusações que tantas vezes fizemos em manifestos clan- destin-s e -m correspondências para jornais extrangeiros. Basta para tal apontar meia du ;

zia de nomes, de entre os de tantas centenas j de torturados por aquela Policia. Aí vão al- guns ao acaso, colhidos dentre uma enorme , lista em poder do historiador .Rocha Martins:

Bernardo Antunes Alves operário, ferido gravemente p la poliria à espadeirada e em seguida deportaddj Paulo Caldeira, emprega- do público, mantido algrmado e nú, num com- partimento subterrâneo, escuro e húmido, du- rante 8 horas, foi barbaramente zurzido corn tiras de caulChu e supliciado com instrumen- tos elétrico?, c m os quais lhe queimaram os pulsos, as palmas das mãos, as sobrancelhas e o bigode: arrancaram-lhe as unhas dos pés corn pestadas marteladas, e, suspenso duma crave, pucharam-no repetidas vezes, causando- Ihe uma hérnia; José Alcântara, vendedor am- bulante, espancado a cavalo-marinho, feito sentar na cadeira elétrica e dependurado nas algemas, reíalharam-lhe a pele e deporta- ram-no- a seguir para as Colónias; António Arsénio, funcionário público, foi tão violen- tamente supliciado que enlouqueceu, por duas vezes, tentando, no cárcere, suicidar-?e; An- tónio Godinho, oficia 1-de-justiça, de Poiares, ett'ouqu.ceu em consequência das torturas so- í fridas, suicidando-se (*) na esquadra-de-polí- cia do Caminho Novo: o estudante de Letras. | Alvaro Marinha de Campos, depois de um es- j pancamento que durou cinco hrras, em ple- na e-curidâo teve que ser trasladado para o hospital, expectorando sangue, com graves le- sões pulmonares; Helidoro Caldeira, e-tu- da.nte de Direito, filho de Paulo Caldeira, atrás mencionado, esteve condenado durante três dias a abstinência completa de alimento?; o autor destas linhas, ao tempo estudante em Coimbra, esteve encerrado durante oito dias num calabouço daquela cidade, estreito e escuro, on- de nem sequer o colchão cabia, onde para co- mer era necessário acender-se uma vela e cu- ja parede ressumava constantemente um líquido viscoso e pestilento de fezes de um cano de es- goto contiguo, daquele sinistro in-pace saindo a expectorar sangue; Artúlio Feijão, José Grá-

cio Ribeiro e José de Almeida foram condena- dos a dormir 40 dias, em pleno inverno, no chão duma estreita e húmida enxovia, sem mantas nem qualquer espécie de agasalho; José Lopes, algemado e espancado; Pedro Bap- tista, proprietário do "Café do Coliseu", bar- baramente agredido; Manuel Ribeiro, padeiro, preso com sua esposa, sofreram ambos graves torturas; João Antunes Ribeiro, comerciante, ferido pelos mesmos processos; Alvaro Silva, caixeiro, dependurado dur mte dez minutos, da cabeça para baixo, e nesta posição zurzidlo; Manuel Picado, Manuel Mota e Adelino Ma- galhães, polícias, espancados a cavalo-marinho e supliciados eléctricamente; João Duarte Cos- ta. funcionário público, e Pires Marques, pro- prietário, ambos sexagenários, espancados im- piedosamente; Martinho Piloto, farmacêutico, algemado e torturado: Carlos Abreu, Francis- co Garcia, Joaquim Costa. Raúl Martinho, Se- zlnando Ponce. Armando Castanheira, Ricardo L pes, José Francisco. Raúl Delgado e tantos, tantos outros, sofreram idênticos suplícios, Et'e último inclusive foi golpeado a canivete enquanto o mantinham algemado

.O GOVERNO TEM CO- NHECIMENTO DE TUDO.

De tudo isto o Governo tem pleno conheci- mento. Quando Germinal de Sousa, filho do antigo secretário da C. G. T., Manuel Joaquim de Sousa, foi vitima das aludidas torturas, o escritor e jornalista monárquico, Rocha Mar- tins, padrinho da vítima, ao ter conhecimento do facto apresentou-se a protestar, indignada- mente, junto dos ministros e incluso de Car- mona, aos quais apresentou depois o afilhado, que pôde mes. rar-lhes as cicatrizes astute vi- vas e relatar-lhes o sucedido. Aquelas autori- dades prometeram .providenciar, ruas as providencias 5 ireu-as gfignas o protestante: Rocha Martins foi preso e só saiu em liber- dade, a instância de várias individualidades mar- eantes na política monárquica e da Igreja.

O DESTERRO E O CÁR- CERE.

Nas tarefas das torturas aos presos têm-se n nabilizado os seguintes agentes: Francisco Paço, "O Paço da Micas", José Ferreira, o "Carocho", Alvaro Duarte Costa, o "Alvaro da Facada", assassino do Visconde da Ribeira Bra- va, Rafael Martins, o "Marujinho" (que, mais tarde, roido pelo remorso, segundo uns, sé sui- cidou, e segundo outros foi suicidado pelos seus oo-alg-ozes de Pcilícia, Serafini Julião, que fugiu para Paris com o produto de um desfalque na Policia, José Manuel, o "Malhado", o "João d)e> Porto" e o "Simões Trapalhão", caixeiro viajante duma casa alemã. Depois da tentativa revolucionária de fevereiro de 1927, algumas dezenas de revolucionários presos foram fusi- lados no quartel d: artelharia 3. Para os mais insalubres locais de A'frica teem chegado a ser deportados doentes e velhos de setenta anos e mais (como Bernardo Lopes e outros, que teem transport rifa» e;n maca. dfo hospital para bordo.

No Aljube (cárcere político), os presos estão submetidos às mais terríveis e desumanas con- dições prisionais. Em cada salão, com uma ca- pacidade de 15 metros de comprido por cinco d? largo fazem viver, na mais suja prosmis- cuidade, cerca de quarenta presos. Estes são obrigados a ingerir unia alimentação consti- tuída por feijões furados, batatas podres e peixe do guano. 'A noite é distribuída, em vez de café, uma intragável beberagem feita de pó de ca- cau dissolvido em água salgada. Os presos, su- jeitos à mais férrea disciplina, são, pelo motivo mais banal. metidos no "segredo".

Eis, resumidamente, a situação do Portugal que geme sob as patas fascistas dos militarões!

A consciência universal 4 não vibrará em in- dignado protesto, ante tamanhos factos ?

i Onde estão os intelectuais que lançaram anátemas contra o inferno russo, onde morriam de fonro milhares de crianças?

í Que faz a democrática Sociedade das Na- ções, ante este viver angustioso e indigno de um povo civilizado?

R. N. (*). Foi encontrado enforcado num cinto

que não era o seu.

N. da R.—Este artigo—cheio de interessan- tes subsídios para a história de um período po-

UM FOLHETO

Os beneméritos do Socorro Vermelho Inter- I nacional, sociedade por cotas que o Vaticano ! escarlate, que hoje tem Staline por papa. creou —dizem—para assistir materialmente ás viti- mas da tirania dos Estados burgueses—j não do Estado proletário, que mata anualmente na

j Sibéria centenas de camaradas nossos 1—edi- ( tou, há tempos, em Espanha, um interessante folheto intitulado Portugal, bajo la espuela mi-

! iitar. Interessante—classificámos—por vários mo-

tivos, êste folheto que, com o pretexto de com- bater a ditadura de Carmona, Leonardo Mo-

: rais redigiu e Jorge Galvão ilustrou, j O primeiro é um jovem português de Sala-

manca. que há muitos anos não vai a Portu- ! gal, ende tem uns parentes afastados. Isto não o impede de confessar-se—embora sem lograr que o acreditem—emigrado político, perseguido pela ditadura, desde que um dia, na invicta cidade, deu um ...espirro, ouvido por um es- to1 rro da P. I. É um recente adorador do novo "senhor de todas as Rússias". que entrou nas | filas burocráticas do Partido Comunita Es- panhol, depois de ter batido, em vão, a várias portas, ao qne parece em busca de solução para o problema da sua atormentada existência neste "voluntário e romântico exílio de Madrid.

O segundo é um nosso ex-camarada, fugido, ao icstaurar-se a ditadura, do novo inferno .politico, que êle iam bravamente tem profligado ... nas colunas da "Solidaridad Obrera" de Va- lência.

A ignorância do que se passa em Portugal levou o autor do folheto a solicitar a um dos nossos camaradas de redacção os informes con- tido? no artigo que noutro lugar publicamos sob o titulo "Entre a cruz e a Espada", a êsse tempo já largamente difundido na imprensa es- tranjeira.

Lamentavelmente, porém, o "camarada" Mo- rais deturpou tod s os elementos que lhe foram fornecidos. Olvidando quê é despiciendo exa- gerar ou adulterar os factos— ;a verdade bas- ta e sobra para combater a Ditadura!—deci- diu. entre outras coisas, assassinar, por sua conta e risco, todos aqueles que figuravam, co- mo simples supliciados pela Policia, trama li.-ta que contém os nomes de muitos camaradas nos- sos.

0 resultado foi que muito? daquele? que, ho- misiados há alguns anos. não têm cabal conhe- cimento do que se passa em Portugal, se in- quietaram ao ler o folheto do Socorro Ver- melho e derramaram algumas lágrimas pela memória dos amigos sepultados no vasto ce- mitério itnprovizado pelo jovem candidato a

i comissário-do-pnvo. Por outro lado, não foi menos grave a impressão produzida no Jardim Zoológico do antigo Teatro de Sam Carlos, cu- ias hiertas exploraram a inexactidão do rela- to, oferecendo-a a todos quantos catam nas

í suas garras corno medida da veracidade de tudo o que afirmam os adversários da Dita- dura.

1 Foi equívoco, amigo Morais, ou isto d: ma- 1 tar anarquistas... nó papel obedece a uma nova [ pa!avra-de-ordem de Moscovo?

Não sabemos, mas temo; entretanto que con- cordar que é preferível assassiná-los nó papel

| a exterminá-los na Sibéria ou em Kronstadt... "Portugal bajo la espuela militar" foi edi-

tado. segundo se diz na capa, a favor dos emi- : grados portugueses, que até hoje não viram

uma perra chica do produto da venda do alu- dido folheto...

Por nossa parte desde já declaram o? que ab- dicamos da nossa cota parte, era favor dos nos- sos camaradas que gemem nos ergástulos do paraíso bolxevista...

lítico—que boje aparece pela primeira vez pu- blicado em língua portuguesa, viu a publicida-

de, ha dois anos, no "SENNACÍtJLQ" (9929- 6." ano), órgão de Internacional E--permiti ta Revolucionária. Graças à grande expansão in- ternacional daquela publicação, o artigo foi tra- duzido e transcrito em inúmeros jornais de todo o munda. Se o qui és-em-s actval'zsr. .-quan- tos relatos de novos e horripilantes crime? não teríamos que ascrescentar-lhe hoje?

LIBERDADE

;Liberdade! Cs a Vida, o Sonho, o Ideal, o [Amor.

Vives na lus, 110 som, no ar que se respira. Car.tam-Te no infinito as asas do condor, e eu anda-Tc a adorar no som dc minha lira.

Tudo anseia por Ti. tudo por ti suspira: o meu alado irmão no azul. o sonhador. 0 Hão na selva, o mar, tudo. excepto a Mentira, que essa não pode olhar teu rútilo fulgor.

Suprema aspiração da Natureza, instinto. 1 6 Liberdade, és Mãe, és Deusa I / Ô Sol. pres-

sinto que em breve irás raiar por sobre um mundo

[novo.

Sonho. Ideal, serás, em breve, realidade iNão demores! /Depressa,. ó bela, ó Liberdade, —que quer noivar contigo o Prometeu: o Povo!

Roberto DAS NEVES

Lobos no povoado...

Portugal é, desde ha muito, um povoado d<>- minado pelo lobos carniceiros do Clero e do Militarismo. Os lobos da Companhia de Jesus e do Exercito, que umas vezes se disfarçam coroa batina e outras com a farda militar. De entre esses lobos famélicos que na manhã de 28 de Maio desceram ao povoado nacional so- bre o povo desprevenido, destaca-se o Lobo da Costa* major e actual governador civil do Por- ro, com um passado dé ignóbil videirinho, de caçador de dotes de mulheres histéricas e de íelomas à própria República iniciadas com a triação cometida em 4 de Outubn de 1910, m cujo movimento estava comprometido, no

Batalhão de Caçadores 2. Este Lobo, que com facilidade, metamorfo-

seia a sua natureza animal, zurrou lia poucos dias no Porto algumas asnices, que vemos re- produzidas nos jornais portugueses. Algumas vozes do lobo-asno: "o nosso prestígio intcrtiB- Cional e a imensa valorização da velha aliança fcív-inglesa. bem demonstrada em recentes e inequívocas manifestações que Portugal deve à Inglanterra..." Outra: "A' ditadura Militar deve-se a Ordem nas ruas. nas repartições, nas contas e nas leis; deve-se a valorização da nos- sa moeda, uma defesa progressiva da Econo- mia Nacional. Generosa para com todos, ela só em legítima defesa castiga os seus adversários e. mim esforço porfiado, procura conciliar todos os cidadãos sob a égide política da Repúbl ca".

Asseveramos aos leitores, porque conhecemos de sobejo a sua valentia e a sua coerência, que êeste lobo traidor não é capaz de fazer soar de novo estas asininas vozes no dia em que o Povo p 'riuguês se dlecidí r a empreender a grande tnom íaria a todos os lobos que há seis ános infes- tam o povoado nacional, devorando as suas melhores rezes...

(Continuado da 2.* página) ta Revolucionaria, de França, e o Comité In- ternacional de Defesa Social.

Simultaneamente, o S. G. da Pape enviava aos governos de Portugal e de Espanha vi- gorosos protestos telegráficos, salientando a natureza inqualificável do acto de expulsão, já consumado, e da extradição pedida por Mus- silini, e escrevia à Liga dos Direitos de Ho- mem, oe França, e á Secção Portuguesa da mesma instituição, que tom sede em Paris e está presidida pelo Dr. Antonio Sergio—refu- giado politico—, pedindo-llies que fizessem ouvir a sua voz reclamando para os três anti- fascistas o direito de asilo acordado para os refugiados pólítico-Sooiaes, em conferencia in- ternacional de quasi todós os países do mun- do.

Também foi solicitada imediatamente a inter- venção da C. G. T. Portuguesa, dá Aliança Lil-ertária de Lisboa e dei L". A. P., à? quais foi di'rigklio pelo S. G. da Fape um vibrante

apelo. Mas tudo foi inútil. Haviamos sido pre- venido? demasiado tarde. A extradição estava inteiramente concertada em segredo. Só a po- deria ter evitado, realmente, o Governo Es- panhol, dando aos tres perseguidos o asilo tan- ta; vezes invocado em França e em Portugal, para os inimigos da Ditadura de Afonso 13- -Primó de Rivera.

Ho seio da C. N. T. de Espanha, lutam os anar- quistas çontra o espirita oportunista de ;'os 30",

sabotidor da Revolução.

PÁGINAS DO EXlLIO

Em Portugal, devem, do mesmo modo, os anarquistas manter-se vig lantes çontra todo o escalracho refor-

mista e eutoritário no selo da C. Q. T-

CRiSE DE TRABALHO m~ n L li. I.

Os jornaes burgueses de "grande in_ formação" teem-se preocupado muito, ultimamente, com as proporções as- sa rafaras <iue awume •"> problema dos sem-trabalho em Portugal.

"E-' sumamente grave a situação do operariado—dizia ha dia-- "'O Sé- culo"—já pelos estragos <|ue a mi- séria ocasiona, já pelas consequências que podem resultar do desespero, da fal!a de paciência a que pode ser le- vada a classe trabalhadora—ordeira por educação e por temperamento—, neste crescendo ameaçador em que vai ja crise de trabalho".

Ha. na noticia em questão, um p°r- feito jõgo e uma perfeitíssima, s lec- ção de palavras, onde se adivinha fa- cilmente a intenção de não exacer- bar os ânimos, ao mesmo tempo que se previne o Govêrn» e a classe ca- pitalista d • perigo que representa pa- ra a segurança do regime o desprezo ctvra 'i'.";? tem «ido olhada a situação desesperada do proletariado.

A cri^e é universal. Salicimo-lo. A França mesma, orgulhosa dos

seus recursos, que supôs inexçroíáveis, está hoje' a braças com tremendas di- ficuldade-, Não porque o número de ckSmear? seja elevado. Não. Os 3 milhões de parados que h\ie recla- mam "pão ou trabalho" no país onde Renault e Citroen são reis. não seria para temer, ante os 10 milhões com que a América luta, nem mesmo em comparação com os 8 milhões da Alemanha fflu os 6 milhões de Ingla- terra. Mai a psicologia francesa é diferente da dos outros povos. O es- pirito de sacrifício não c realmente considerado por eles como virtude, e por isso não o cultivam. Dai vem tal- vez essa preocupação, esse afan com que o governo francês tem procura- do evitar que a crise de trabalho se desenvolva. Mas os 50.000 trabalhado- res que em Portugal não teem onde fnvpregar a sua actividade < merece- ram já, porventura, aos ditadores ou á burguesia, dois minutos de atenção? Duvidamos.

Ainda ha bem pouco tempo, numa pretendid» campanha a favor dos sem trabalho, vários jornais portugueses aconselharam ao governo da Ditadu- ra a reabertura de certas obras, que teriam sido parali adas... por falta de verba...

E' claro! Nisso consistiu quási tô-

Portugal um serviço de estatística su- ficientemente preparado para rios dar, sobre o assunto, númer.-s exactos-

PELO BRASIL

Vivendo estreitamente relacionar- mos com os nossos camaradas dá F. A. I. e da C. N. T.—e eonh- cendo perféiiamente os principais elementos fundadores e animadores brasileiro- continua a ser a m-sma da Tectra, o partid politico recente- situação dos tempos dos

considerando que ao governo e à bur- mente fundado em Espanha e ao qual fam;ge'rados presidentes. Epitácio felÈSia não convém de modo alerm t5° largamente se tem referi# o s-r Pessoa e Artur Bernardes. De nada revelar ao proletariado a gravidade de Carvalho, no seu tornai va,!eu a revolução de 1930. Ce- da situação a que está reduzido, po- R sei" 1ue ,,0?5a 5ahe" túlio Vargas, para não trair a linha deremos bem concluir que o número «que persegue com o seu coníus-o- rKlcci0nária de Washington Luis. que tem comunicado!... de parados «e eleva a mr- d° 150000. n'5,110 e as refe-ências prosselíticas seguia impertubavclmsnte o mesmo A reconciliação dos dois reles pn- O que equivale a afirmar: ha em Por- g* 4 ' jj- # -«j "|Hjr tugal cerca de 600.000 bocas que teem

A situação dos nossos camaradas guiaram aquelas heróicas tentativa' revoludpnárias de 1922-24!

O telégrafo não tem tido um se- gundo de descanso, nestes último» tempos, q.uerendo dar conta do que se passa nos arraiais políticos bra- zileiros. i E que de verg rifais no?

fome! A C. G. T- forçada a viver na

clandestinidade, não pode, l>em o sa- bemos. realizar imediatamente esse formidável trabalho de preparação re- volucionária atinente a dar ao pro-

a Tecfa—.sentimo-nos carninh0 das oligarquias passadas, tem obrigados a desmentir as afirmações vj,,do a recusar sistemáticamemte tôda feitas por aquele jornalista, e faze- e qUa]qUer concessão de liberdades, mo-lo declarando apenas o seguinte: jjão há, no Brasil, liberdade de re-

A Tcclra, que o sr. Ribeiro de un;jj0- Não ha liberdade de propagan- Carvalho afirma ter sido fundada ^ cJtural. , Não ha liberdades de ne- " ao lado da Confederação " , ccrno resultado duuia modificação da tac-

b&ma a única solução que convinha tica de con,ba,t? da mais 0T' —que seria a tomada das fábricas, gozação proletaria espanhola, on- da^" minas e dos campos pela classe de se aglomeram alguns milhões de operária Mas como sabemos que não trabalhadores», fo. de facto fundada estão mortas suas energias nem ex- PDr '"iciativa e acordo de tres ele- gotados todos os recursos dos nos- msntos da C- N- T- Mas na:o Paçsa . . SOS camaradas, confiamos que a sua de ser 0 Prodttto hibrido da msntal1- camente de assegurara poder gover-

rhuma espécie!.. Não foi para assegurar o gózo de

tais horizontes que Getúlio Vargas assaltou o Poder... O chefe do Go- verno Revolucionário (?!). esquecen- do todos os compromissos tomados —inclusive os que contraíra com o seu

li castro? -"o~rr«'den-e -drvuil, Assis Bra-siil e Borre de Medeiros—crjimi- nossos inomináveis. sôbre quem pesa tôda a responsabilidade da mais abo- minávd de irdes ap gtvrras civis que teem tido por teatro o ubérrimo solo brasileiro: a espectac.ulo.sa demissão

| do Chefe Luzardo, da Policia Cen- ! trai do Rio, e a do seu íntimo colega j Lindolfo Color, ministro do Trabalho; | figura de renegados, «te falsos apósto | los, a quem o proletariado revolucio-

nário deve inscrever—e inscreverá.

vigorosa acção alguma coisa produ. dade pequeno-burguesa de indivíduos zirá. inferno à mairg.-am da Lei. con-

próprio partido—, tem cuidado uni- certamente!—na vanguarda de todos os Candidatos a "prebendas" futuras. a constituição da "frente única", na-

tra a letra dos códigos", pela agitação §§ do alcance da nossa fiscalização, e preparação conveniente d proleta- impediu-nos de rever cuidadosamente riado português. as provas tipográGcas e de assistir à

_ paginação. De aqui, variadíssimas "gralhas";

publicação dispensável de certos ori- © nosso l.° nômeo

Fomos os primeiros a reconhecer g-inaes perfeitamente preterive!s; aban

nar indefinidamente, ditador.

E dizer-se que o mpvim.-nto de 3 de Outubro foi inspirado pelas mesmas ideias reivindicadoras que

que não chegaram a assimilar per- feitamente a superior ideologia anar-

que o primeiro número de "Rebelião" dono d.* preciosa matéria já compôs- quista e que crêem impossível a pr- estava distante daquela relativa perfei- ta. etc. Mas sobretudo a mutilação so- sagem do regime de salanato para

uma organização comunista, sem o Ira. Uói-io estabelecimento duma ... "R:pública sicniific de núcleo* op - rario-lccnicOs"... Quanto á C. N. T.

é a me;míssima

ção que é .justo anelar. Mas lutando tr-da pelo artigo de fundo, DE ON- com falta de reoursos de toda a or- DE O PAGINADOR SE PERMI- d!;m e fí-rigridos a comoor o jomal fo- TIU ARRANCAR ARBITRARIA- ra d P L p-r •rse-Srjfs que ig- MENTE FRASES, PERÍODOS E noram a nossa lingua. difícil era fa- PAAGRAFOS, con uma cho- espanhola, essa zer melhor. Para mais, um desarranjo

como -supremo cional, da classe capitalista, represen- tada per todas as agrupaçõês patrióti- cas e partidos políticos...

A revolução de Outubro de 1030 prometia acabar duma vez com o re- gime das oligarquias politicas, carac- terizado pelo "estado de sítio" perma nente e pelas arbitrárias intervenções federais na vida política dos Estados da Federação—que a cumplicidade vergonhosa dum Parlamento subser- viente permitiam se declara^s-em. Foi por suas finalidades liberaes, falsamen- te pregadas, que pôde triunfar. O pro- letariado estava já cansado das suces- sivas ditaduras policiais, que permiti- ram a Geminiano da Franca e a Car- neiro Fontoura repetir aquelas violên- cias e arbitrariedades que antes cele- brizaram o chefe farfante e odioso que foi Aurelino Leal. Por isso ajudou a triunfar a revolução. Mas bera cedo se desilusionou. Lindolfo Color Cque c o que conhecemos de mais incolor em política de ideias), o famigerado gaú- cho, o "liberal" trapalhão e embus- teiro, espírito aberto ás ideias cató- licas e um tanto quanto mussolmec-

pelo3 quartéis foi distribuída a se- repulsa para com as manobras políti- do o seu papel de guardn-livros da oas. tomou a si o papel de liquidar o ' guirite circular—manifesto dos inte- ca; do ministro do interior? Este, che- Situação, mas deixe-se de l.icubrações que nos sectores operários restasse de gralistas, alarmados com o anúncio fe da nova polit:ca do governo, não; traidoras, dizemos nós que temos | ameaçador ao plano antidemocrático duma transição politica:

cante inconsciência, que os (nos- C. N. T. de antes e depois do apa- surgido à última hora na matriz da ^ ]ejíores tcr^0 n.0tado na falta de recimento dos técnicos da Tcclra e do "linotype". forçando-«* a concluir a seqiiência Iógicaj sem neces.sidade de próprio sr. Ribeiro de Carvalho... .confeição da gazeta noutra parle. Ion- proceí|erem a meticulosa análise. 11a República!

Como eles se tratam

Um curioso documento integralista

consegue mais de trez votos na elei- arriscado a vida cm áefeza duma si- Governo Provisório, creamb, em ção para o corpo directivo do único tuação para cujo aparecimento esse

SoM-ífai de Portugal! organismo poli tiio com que couta a burocrata não contribuiu em nada.

~ - - - 0 afal &0rern° C,iefiad° P°,r- Um -Ditadura. E além disso, não se véquej Rua, Rm] Qh ^ tQnto que da a obra de Sala-ar, quando se me- general caqueuco a que se red.gem . a;ingid0 eguahnente Salazar, o seu ^ ^ ^ & provinG;a n5o aprende teu a querer realizar o seu projecto os discursos que tem conselheiro secreto, aquele que lhe da (lu:i]quer s;gniflcaclo político, mas ape-

. t , . . ... ^ nr.r i,mn «..mm , , v .... nas aprecia as canjas e miudeza? con-seguimento dp propalado equ.ii- brio orçamental!...

A pouco e pouco, em n HUuuw c ipt&gu, Lisboa e no tanhede pretend fazer a entrega da C|Q ^ cl0;3 anos? E ainda éste homem ^ ' Porto, cm Guimarães, em Beja e em ditadura aos^ Bijsaias sobre quem recai a maldição dos que r;5^u;eitar a Em-:nÍMlcia cinzenta, pu-

se batem pela Ditadura dev:do ás suas manobras porcas, tendentes a captar;^ o5 {antodl„s visivei

á votação vs transfugas do democratismo, tais ^ ^ eu,-0 fUa raa_ oh Salazar, tritais da "União como esse ignõb l Antonio da 1-onse-, de pacot|Ha, pois nós irão o pais, uma lista ca, prOfiteur de situações chefiadas por ■ estamos a íolerar a3 tua? infelizes in-

de compressão de despesas, para as vezes que tem de falar, é ori nía p0Usa(]a emLisboa, o homem que do politicamente per uma cambada é re;p0nsavel pelo gesto havido para ^ ' ofe^cidos! Rua! Rua! que atravez da med.ocndad oe Can. coin 0 Rissaia a vem acarmhan. Qh éta dft Ca!ltanh6de, facto:um

3's anos? E ainda éste homem nas d,;m p:,d,era qus pretende —— — ^ ^ _ • resruse'

Braga os trabalhadores parados co- matizes acaba de receber um temeu- sg bateni-pS]a Ditadura devido ás sua; og cnrde]:nll05 qu; lovimen- , d° cheque. ^ _ manobras porcas, tendentes a captar; ^ ^ fantoches visivei i Quedo,

Tendo sido subme*ida das comissões distritais Nacional" de todo de vários nomes, muitos deles, como Afonso Co-:ta; Antonio Maria c Sa- dos ministros do Comercio, da Jus- lazar. ainda este homem tem o rebu- tiça, do I-tsrior, os de Mário de Fi- ço de r.ãa compreender o significado gurredVicente de Freitas e outros de tal votação ! iiie tendo a presump- não alcançaram mais de quatro ov ção de que é vin génio, isolado do cinco votos! Quere-se maior exauto- 01'mpo, ainda não percebeu que to- ração? Ma:or certeza do deprestigio das as vezes que sai fóra do campo que gosain a= autênticas nulidades financeiro, dá raia ermo nos casos Bis- que há dois anos a esta parte andam sai . Fo -sera e principalmente no da

; a fingir que governam? Quer_?e prova revolta d- Angela, em que o sen or- mais evidente da discordância por jrullio de tiranêf.'. e o pre.tigio dõ go-

Pemrtindo-nos nós mesmos a li- parte da ú.iica força politica de apoio vemo e ntrai (i.aram a sangrar? berdade de elevar aqueles números . á Ditadura, com os processos gover- Meta-se na p.vstá das finanças mas ria do capitão iNeto. í um pouco mais perto da realidade— ! namentais uitimammíe a d op tados? deixe-s? de. orie" lar a politica, dizem lave. declaramos qu tendo em conta que não e.xi e em Qusr-se demostração mais cabal da lhe os votantes de há dias! Va fa en- capazes de escrever mais e melhor.

meçarain a encher as ruas. Era o principio duma tragédia: a tragédia da fome. que hoje domina quási todos os lares!

A lavoura, como fatalmente devia acontecer, sofre também as conse- quências dessa "nova politira econó- mica" que devia tomar célebre o Sa- lazar e levar o país à mais clamorosa ruina.

Há I4*JC0 agricultores parados!— disseram as estatísticas oficiais. O qu: vale dizer: estão 36.5 o operá- rios industriais srm terem onde ga- nhar o pão de cada dial!

oursões na politica, e, dentro do mi- nistério já há quem te substituía, mesmo no afanoso lidar com algaris- mos !

Um grupo dos Oficiais que se ba- tem"

Transcrevemos na íntegra, sem a alteração duma vírgula, ê-'n manifes- ta integralista, que-, pila fidelidade ma- :;ife;tada em relação ás regras, da... as nática, conçluirnos que deve ser da atro

do capitão Neto. Aparte a sin- não seriamos

oiposição à organização sindicalista revolucionária, organismos operários melhor dignos da santíssima benção cardinalicia... E Baptista Luzardo, não fez senão ajudá-lo, repetindo 11a chefia da policia carioca as façanhas que tornaram odiados os seus anteces- sores !

* * *

Ao que parece, a campanha oposi- cionista redobra de intensidade todos os dias. De nada valem os panos quen- tes que Flores da Cunha, interventor federal no P. G. do Sul. tem levado e trazido de Porto Alegre para o Rio e vice-vcrsa. O descontentamento gra- ça por toda a parte; e embora se in- voquem o sentimento nacional e os altos interêsres da pátria... capitalista, parece que uma nova revolução será inevitável.

Çi:e essa; revolução se faça. Que os nossos camaradas aproveitem a sua

ra agir lucieiáriaiTierjbè num sentiao francamente transforma- dor das velhos sistemas politioo-ad- mir.iUrativos. do Brasil, . conseguindo a satisfação das suas justas aspirações de liberdade!

RODOLFO

Ho seio da C. N. T. de Espanha, lutam os anar- quistas çontra o espirito oportunista de ;'os 30",

sabotidor da Revolução.

PÁGINAS DO EXlLIO

Em Portugal, devem, do mesmo modo, os anarquistas maníer-se vig lantes çontra todo o escalracho refor-

mista e autoritário no seio da C. Q. T.

CRiSE DE TRABALHO éIíh ' n L li. I.

Os jor-iaes burgueses de "grand: in_ formação" teem-se preocupado muito, ultimamente. com as proporções as- sit faiaras <iue awume problema dos sem-trabalho em Portugal.

"E-' sumamente grave a situação do operariado—dizia ha dia-- "'O Sé- culo"—já pelos estragos que a mi- séria ocasiona, já pelas consequências qu: podem resultar do dese-pêro, da falia de paciência a que pode ser le- vada a classe trabalhadora—ordeira por educação e por temperamento—, neste crescendo ameaçador em que vai a crise de trabalho".

Ha. na noticia em questão, um p°r- feito jôgt) e uma perfeitíssima, s lec- ção de palavras, onde se adivinha fa- cilmente a intenção de não exacer- bar os ânimos, ao mesmo tempo que se previne o Gavêrno e a classe ca- pitalista d • perigo que representa pa- ra a segurança do regime o desprezo ctvra 'in? tsjn -ido Olhada a situação desesperada do proletariado.

A crrie é universal. Sabomo-lo. A França mtsina. orgulhosa dos

seus recursos, que supôs inexgoíáveis. está hoje' a braços com tremendas di- ficuldade. Não porque o número de ckômevr? seja elevado. Não. Os 3 milhões de parados que hi: recla- mam "pão ou trabalho" no país onde Renault e Citroen são reis. não seria para temer, ante os 10 milhões ccm que a América luta, nem mesmo em comparação com os 8 milhões da Alemanha 011 os 6 milhões de Ingla- terra. Mas a psicologia francesa é diferente da dos outros povos. O es- pírito de sacrifício não c realmente considerado por eles como virtude, e por isso não o cultivam. Daí vem tal- vez essa preocupação, esse a fan com que o govêrno francês tem procura- do evitar que a crise de trabalho se desenvolva. Mas os 50.000 trabalhado- res que em Portugal não teem onde empregar a sua actividade merece- ram já, porventura, aos ditadores ou á burguesia, dois minulos de atenção? Duvidamos.

Ainda ha bem pouco tempo, numa pretendid» campanha a favor dos sem trabalho, vários jornais portugueses aconselharam ao govêrno da Ditadu- ra a reabertura de certas obras, que teriam sido parali adas... por falta de verba...

E' claro! Nisso consistiu quási tô-

Portugal um serviço de estatística su- ficientemente preparado para rios dar, sobre o assunto, númer- exactos-

PELO BRASIL

Vivendo estreitamente relaciona- dos com os nossos camaradas da F. A. I. e da C. N. T.—e eonh- cendo >p:rfii;amente os principais elementos fundadores e animadores brasileiro- continua a ser a mesma da Tectra, o partid político recente- desgraç-sefe' situação dos tempos dos

con-iderardo que ao governo e à bur- mente fundado em Espanha e ao qual fam;ge'r a d o s presidentes. Epitácio guesia não convém de modo alerm «o Lrgamttte se tem refendo o sr Pessoa e Artur Bernardes. De nada revelar ao proletariado a gravidade de Carvalho, no seu tornai vaku a. revolução de 1930. Ce- da situação a que está reduzido, po- R WUca-, sem que *r possa sabe- túl:0 Vargas, para não trair a linha daremos bem concluir que o número «que per-egue com o seu confus-o- rKlcci0nâria de Washington Luis. que tem comunicado I... de parados *e eleva a mr- d» 150000. 015,110 e as refe-ências prosselíticas seguía impertiibavclmsnte o mesmo A reconciliação dos dois reles pn- O que equivale a afirmar: ha em Por- IP <»sdka 4 ' jgj ^ tugal cerca de 600.000 bôcas que teem

A situação dos nossos camaradas guiaram aquelas heróicas tentativa' revolucionárias de 1922-24!

O telégrafo não tem tido um se- gundo de descanso, nestes último» tempos, querendo dar conta do que se passa nos arraiais políticos hra- zileiros. i E que de verg nhãs no»

fome! A C. G. T.. forçada a viver na

clandestinidade, não pode, bem o sa- bemos. realizar imediatamente esse formidável trabalho de preparação re- volucionária atinente a dar ao pro-

a Tecfa—.sentimo-nos carninh0 das oligarquias passadas, tem obrigados a desmentir as afirmações vindo a recusar sistematicamente tôda feitas por aquele jornalista, e faze- e qUa]qUer concessão de liberdades, mo-lo declarando apenas o seguinte: r\'aQ há, no Brasil, liherdade de re-

A Tcclra, que o sr. Ribeiro <le união. Não ha liberdade de propagan- Carvalho afirma ter sido fundada cJtural. i Não ha liberdades de ne- " ao lado da Confederação " , como resultado duma modificação da tac-

hlema a única solução que convinha tica de conibat? da mais 0T' —que seria a tomada das fábricas, Samza^° Prob,ar!a espanlicla, on- da^" minas e dos campos pela classe de se aglomeram alguns milhões de operária Mas como sabemos que não trabalhadores», fo. de facto fundada estão morta, suas energias nem ex- Par "riciaíiva * a™rdo

r de tres e!e"

gotados todos os recursos dos nos- n,entos da C- N- T- Mas Pasía . . sos camaradas, confiamos que a sua de ser 0 Produi0 hibrido dl camente de assegurar-sf poder gover-

rhuma espécie!.. Não foi para assegurar o gôzo de

tais horizontes que Getúlio Vargas assaltou o Poder... O chefe do Go- vêrno Revolucionário (?!). esquecen- do todos os compromissos tomados —inclusive os que contraíra com o seu

licastrt» -"ogrnudense -'lr--,!iil, Assis Bra-si! e Bcrge de Medeiros—crjimi- nossos inomináveis, sôbre quem pesa tôda a responsabilidade da mais abo- Bjãtiiáveí de todas aj= gtvrras civis que teem tido por teatro o ubérrimo solo brasileiro: a espectae.ulo.sa demissão

I do Chefe Luzardo, da Polícia Cen- ! trai do Rio, e a do seu íntimo colega j Lindolfo Color, ministro do Trabalho! I figura de renegados, «te falsos aposto | los, a quem o proletariado revolucio-

nário deve inscrever—e insfcrevera,

vigorosa acção alguma coisa produ. dade pequeno-burguesa de indivíduos zirá. à margam dá Lei. con-

próprio partido—, tem cuidado uni- certamente!—na vanguarda de todos os Candidatos a "prebendas" futura". a constituição da "frente única", na-

tra a letra do, códigos", pela agitação §§ do alcance da nossa fiscalização, e preparação conveniente d proleta- impediu-nos de rever cuidadosamente riado português. as provas tipográficas e de assistir à

_ paginação. De aqui, variadíssimas "gralhas";

publicação dispensável de certos ori- © nosso I.° nômeo

Fomos os primeiros a reconhecer ginaes perfeitamente preteríve:s; aban

nar indefinidamente, ditador.

E dizer-se que o mjovim ato de 3 de Outubro foi inspirado pelas mesmas ideias reivindicadoras que

que não chegaram a assimilar per- feitamente a superior ideologia anar-

que o primeiro número d-e "Rebelião" dono d: preciosa matéria já compos- quista e que crêem impassível a pas- estava distante daquela relativa perfei- ta, etc. Mas sobretudo a mutilação so- sagem do regime de salariato para

uma organização comunista, sem o /rm Uói-io estabelecimento duma ... "R:pública sicniific de núcleo.' op ■- rario-lccnicOs"... Quanto á C. N. T.

é a trieSaássima

ção que é justo anelar. Mas lutando frida pelo artigo de fundo, DE ON- com falta de recursos de toda a or- DE O PAGINADOR SE PERMI- d!:m e obrigados a compor o jornal fo- TIU ARRANCAR ARBITRARIA- ra de P riu 1. n r oe-áraes que ig- MENTE FRASES, PERÍODOS E noram a nossa lingua, difícil era fa- até PAAGRAFOS, con uma cho- espanhola, essa zer melhor. Para mais, um desarranjo

como supremo cional, da classe capitalista, represen- tada per todas as agrupações patrióti- cas e partidos políticos...

A revolução de Outubro de 103c prometia acabar duma vez ccm o re- gime das oligarquias politicas, carac- terizado pelo "estado de sítio" perma- nente e pelas arbitrárias intervenções federais na vida política dos Estados da Federação—que a cumplicidade vergonhosa dum Parlamento subser- viente permitiam se declarassem. Foi por suas finalidades liberaes, falsamen- te pregadas, que pôde triunfar. O pro- letariado estava já cansado das suces- sivas ditaduras policiais, que permiti- ram a Geminiano da Franca e a Car- neiro Fontoura repetir aquelas violên- cias e arbitrariedades que antes cele- brizaram o chefe farfante e odioso que foi Aurelino Leal. Por isso ajudou a triunfar a revolução. Mas hera cedo se desíJusionou. Lindolfo Color (que c o que conhecemos de mais incolor era política de ideias), o famigerado gaú- cho, o "liberal" trapalhão e embus- teiro, espírito aberto ás ideias cató- licas e um tanto quanto mflssolines-

pelo3 quartéis foi distribuída' a se- repulsa para com as manobras políti- do o seu papel de guarda-livros da oas. tomou a si o papel de liquidar o ' guirite circular—manifesto dos inte- ca; do ministro do interior? Este, che- Situação, mas deixs-se de lacubraçÕes que nos sectores operários restasse de

gralistas, alarmados com o anúncio fe da nova po!it:ca do governo, não! traidoras, dizemos nós que temos | amençauor ao plano antidemocratic» duma transição politica:

cante írfeonpciencia, que os (nos- C. N. T. de antes e depois do apa- surgido à última hnra na matriz da ^ ]ejíores terg0 n.0tado na falta de recimento dos técnicos da Tcclra e do "linotype", forçando-nes a concluir a seqiiência Iógicaj sem neces.sidade de próprio sr. Ribeiro de Carvalho... .confeição da gazeta noutra parle. Ion- proceí|erem a umjl meticulosa análise. 11a República!

Como eles se tratam

Um curioso documento integralista

consegue mais de trez votos na elei- arriscado a vida cm áefrza duma si- do Govêrno Provisório, creando, em ção para o corpo directivo do único tuação para cujo aparecimento cs;.e

Sr'-'l-rlois de Portugal! organismo politico ccm que couta a burocrata não contribuiu em nada.

- - - 0 afual ?°yerno c,,efiad0 P°,r. Um -Ditadura. E além disso, não s-e véquej Rua, Rm] Qh ^ tQnto que da a obra de Sala-ar, quando se me- general caqueuco a que se red gem - a;ingido eguahnente Salazar, o seu ^ , provhlcia na0 apl-ende teu a querer realizar o seu projecto os discursos que tem conselheiro secreto, aquele que lhe da (lu,l]quer s;gniflcaclo político, mas ape-

. i n ^ T\nr uma , . C .... "aS «PrCCÍa aS Ca,,ÍaS e

con-seguimento dp propalado equ.11- brio orçamental!...

A pouco e pouco, em n yuuuw c ipt&gu, "•» Lisboa e no tanhede pretend - fazer a entrega da C|Q ^ cl0;3 aitos? E ainda éste homem ^ ' Porto, em Guimarães, em Beja e em ditadura acs^ sohr' quem recai a n,aldNri° dos que ressuseitar a Eminência cinzenta, pn-

se batem pela Ditadura devido ás sua; manobras porcas, tendentes a captar i o5 fantoches visivei

á votação .5 transfugas do democratismo, tais ^ ^ eut-0 rua raa_ oh Salazar, fritais da "União conio esse ignólvl Antonio da de pacoli!Ia> pClis rip o pais, uma lista ca. prOfiteur de situações chefiadas a íoleràr a3 tua= infelizes in-

de compressão de despesas, para as vezes que tem de falar, é ori nta poU:,a(]a aqu; emLisboa, o homem que do politicamente per uma cambada é re?Ponsave, peio gesto havido para ^ ' oWecidos! Rua! Rua! que atravez da med.ocr.d-id oe Can. C0ln 0 Biisaia a (,uem vem acarmhan. Qh ^ d& factotum

ais anos? E ainda éste homem nas d,,m pk!véea qus prctc-r.de BHSf v.M ,-y -v- ... .. . . ^ ^ . _ ' rgs7usé:

Braga os trabalhadores parados co- matizei acaba de receber um temen- S£ batem pela Ditadura devido ás sua; o3 COrdefihes que mov-nun- |d0 d,!qW*< . manobras porcas, tendentes a captar !tan ^ fantoches vis5vei , Q:iedo,

Tendo sido subme'ida das comissões distritais Nacional" de todo de vários nomes, muitos deles, como Afonso Costa, Antonio Maria c Sa- dos ministros do Comercio, da Jus- lazar, ainda este homem tem o reba- tiça, do Interior, os de Mario de Fi- ço de não compreender o significado guered i, Vicente de Freitas e outros de ta! vctnçno! Eie tendo a presimip- não ale inçaram mais de quatro or ção de que é tin génio, isolado do

: cinco votos! Quere-se maior exauto- Olinpo, ainda não percebeu que to- ração? Ma:or certeza do deprestigic das as vezes que sai fora do campo qus gosam a= autênticas nulidades financeiro, dá raia crtno nas caso; Bis- que há dois anos a esta parte andam sai . Fa-sera e principalmente no da

; a fingir que governam? Quer_?e prova revolta d.- Angela, cm que o seu or- mais evidente da discordância por guílio dê tiranê:-.'. e o pre.tigio dõ go-

Pemi'fiijdo-nos nós mesmos a li- parte da ú.rica força política de apoio verno e ntra! (iraram a sangrar? herdade de elevar aqueles números . á Ditadura, com cs processos gover- Meta-se na pr.sta das finança; mas ria do capitão iNeto. 1 um pouco mais perto da realidade— ! name nta is ultimamente a d op lados? deixe-se de. orie" lar a politica, dizem taxe, declaramos qu tendo em conta qus não exi. e em Quer-se demostração mais cabal da lhe os votantes de há dias! Va fa en- capazes de escrever mai; e melhor.

meçarain a encher as ruas. Era o princípio duma tragédia: a tragédia da fonte, que hoje domina quási todos os lares!

A lavoura, como fatalmente devia acontecer, sofre também as conse- quências dsssa "nova politica econó- mica" que devia tomar célebre o Sa- lazar e levar o país à mais clamorosa ruina.

Há 14.400 agricultores parados!— disseram as estatísticas oficiais. O qu: vale dizer: estão 36.5 o operá- rios industrials srm terem onde ga- nhar o pão de cada dia II

cursões na politica, e, dentro do mi- nistério já há quem te substituía, mesmo no afanoso lidar com algaris- mos !

Um grupo dos Oficiais que se ba- tem"

Transcrevemos na íntegra, sem a alteração duma vírgula, êtte ma-ri fes- to integralista, que*, pela fidelidade ma- nifestada em relação às regras, da... as «ática, conçluirnos que deve- ser da nu'o

do capitão Neto. Aparte a sin- não seriamos

oipesição à organização sindicalista revolucionária, organismos operários melhor dignos da San'tssihia benção cardinalicia... E Baptista Luzardo, não fez senão ajudá-lo, repetindo 11a chefia da policia carioca as façanhas que tornaram odiados os seus anteces- sores !

* * *

Ao que parece, a campanha oposi- cionista redobra de intensidade todos os dias. De nada valem os panos quen- tes que Flores da Cunha, interventor federal no R. G. do Sul, tem livaáo e trazido de Forio Alegre para o Rio e vice-vcrsa. O descontentamento gra- ça por tôda a parte; e embora ?e in- voquem o sentimento nacional e o; altos - interesses da pátria... capital-'sta, parece que unta nova revolução será inevitável.

Qi:e essa' revolução se faça. Que o.s nossos camaradas aproveitem a sua

ra agir lucienãriarner.fê num sentido francamente transforma- dor das velhos sistema; polííico-ad- niiàiSfcraitves do Brasil,. conseguindo a satisfação das suas justas aspirações de liberdade!

RODOLFO