A homossexualidade na mídia

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a homossexualidade na mídia UERJ – Pós graduação em Especialização de mercado e opinião pública PROF. Herich Ulrich ALUNAS: Ana Carolina Côrtes e Samantha Fernandes

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a homossexualidade na mídia

UERJ – Pós graduação em Especialização de mercado e opinião pública

PROF. Herich Ulrich

ALUNAS: Ana Carolina Côrtes e Samantha Fernandes

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Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Art. 5º da Constituição Federal: IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; (…) Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.

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significado Homossexualidade, também chamada de homossexualismo, refere-se à característica ou qualidade de um ser (humano ou não) que sente atração física, estética e/ou emocional por outro ser do mesmo sexo ou gênero. Enquanto orientação sexual, a homossexualidade se refere a "um padrão duradouro de experiências sexuais, afetivas e românticas" principalmente ou exclusivamente entre pessoas do mesmo sexo; "também se refere a um indivíduo com senso de identidade pessoal e social com base nessas atrações, manifestando comportamentos e aderindo a uma comunidade de pessoas que compartilham da mesma orientação sexual.

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objetivos da pesquisa

• Descobrir o que as pessoas pensam à respeito da evidência da homossexualidade na mídia.

• Descobrir como a sociedade lida com o homossexual: se é contra, a favor ou indiferente.

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metodologia

A pesquisa foi realizada por meio de questionário quali-quanti, no aplicativo Google Docs e direcionada aos usuários do Facebook.

métodos

Tamanho amostral: 131 pessoas Perfil dos entrevistados:

• 20 a 35 anos • Homens e mulheres da classe B • Nível superior completo ou incompleto

análise

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aconteceu! Na madrugada de 28 de junho de 1969, um grupo de homossexuais se revoltou contra uma blitz da polícia no bar Stonewall, em Nova Iorque, e criou o protesto que ainda é tido como o grande marco do movimento. Desde então, o 28 de junho se tornou o dia oficial do orgulho gay.

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O stonewall era um dos principais bares gays da década de 60, no bairro do Greenwitch Village. Os distúrbios eclodiram depois que seus frequentadores, cansados de abusos e repreesões de autoridades locais, se rebelaram.

O movimento ganhou força entre a população local e é considerado a primeira reação dentro dos EUA contra os abusos sofridos pela população gay.

No ano seguinte, em 1970, milhares de pessoas marcharam em São Francisco, Los Angeles e Nova Iorque para celebrar o primeiro aniversário de Stonewall, no que foi considerada a primeira parada gay da História.

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Mães de homossexuais desfilam em Chicago, em 1985: a partir das décadas de 80 e 90, as paradas gays ficam mais organizadas, e o discurso se torna menos radical.

Em 1987, mais de 200 mil pessoas marcharam em Washington e pela primeira vez os protestos foram incorporados por soropositivos. Foi na década de 80 que surgiu com força o vírus da Aids. A doença, apesar de ter sido aproveitada por discursos conservadores antigays, incentivou cada vez mais homossexuais a se unirem politicamente, dando mais visibilidade ao movimento.7

Primeiro casal gay inter-racial a selar união na África do Sul, em 1995: casamento gay só seria legalizado pela primeira vez em 2001, na Holanda.

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Em novembro de 1997, a cidade de São Francisco elegeu o primeiro político abertamente gay. Harvey Milk entrou para uma junta legislativa local. Morreu assassinado por um político conservador um ano depois. Sua história chegaria ao cinema, na pele de Sean Penn.

A morte de Milk o tornou um símbolo entre os homossexuais e ele foi substituído por um político que também era gay assumido. Um ano depois de seu assassinato, 100 mil pessoas protestaram em Washington.

Transexuais argentinas reivindicaram direitos em frente à Casa Rosada nos anos 90: leis sobre identidade de gênero ainda são um problema no país. Em algumas cidades, até hoje é proibido o crossdressing.

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o brasil e o mundo O início do movimento gay no Brasil remonta ao final dos anos

70. O Brasil é sede da maior festa do gênero desde 2007, quando reuniu 3 milhões de pessoas.

Nos últimos anos, mais de 2.500 homossexuais foram executados, vítimas da homofobia.

No Brasil, o primeiro registro oficial em cartório de união estável entre homossexuais ocorreu em 17 de junho de 2003, em SP. O Brasil já contabiliza mais de 60 mil pessoas vivendo com parceiros do mesmo sexo.

A região Sudeste é a que tem mais casais que se assumiram homossexuais, com 32.202. Em seguida, está a região Nordeste, com 12.196; e a Sul, com 8.034.

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Casal lésbico se casa no Camboja: nos anos 90, movimento gay força em países não ocidentais, e, em 1994, Ásia tem sua primeira parada gay em Manila.

Nos anos 50, psicólogos, começaram a classificar o homossexualismo como uma desordem mental. Nos EUA, essa descrição foi banida em 1973, mas até 1990 a homossexulidade era listada na Organização Mundial de Saúde como uma disfunção metal.

Em Bratislava, homens carregam cartaz pelos direitos humanos: atualmente paradas gays mobilizam milhões de pessoas nos cinco continentes. A de São Paulo é considerada a maior do mundo.

Em Jerusalém, mais de cem mil pessoas costumam se reunir anualmente pelo Orgulho Gay. Em 2010, parada virou alvo de protestos de conservadores e, no ano anterior, um ataque a um centro gay matou duas pessoas e deixou 13 feridas em Tel Aviv.

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No dia 5 de maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu, por unanimidade, a existência da entidade familiar chamada união homoafetiva entre casais homossexuais.

Segundo pesquisa do GGB, média geral é que a cada três dias um crime de ódio contra homossexuais é praticado no país. Com mais de 100 assassinatos por ano, o Brasil ocupa o primeiro lugar numa lista de 25 países onde os dados estão disponíveis. O México, que ocupa o segundo lugar, tem em média 35 mortes anuais. A pesquisa do GGB chama a atenção ainda para a precariedade da coleta dos dados, que podem estar subestimados, pois dependem exclusivamente do levantamento de notícias de jornais e da internet.

Em 1973, a homossexualidade deixou de ser vista como um distúrbio pela Associação Americana de Psiquiatria e, ao mesmo tempo, foi excluída do Código Internacional de Doenças (CID). No dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças.

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Curiosidades e fatos

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Órfã de mãe, Ana Karolina Lannes, é criada há sete anos pelo tio, o comissário de bordo Fábio Lopes, e seu companheiro, o dermatologista João Paulo Afonso.

“Eles educam, dão amor, carinho, ajudam quando preciso me arrumar. Uma babá que tive por um tempo falava para mim, coitada de você quando menstruar e for namorar. Imagina você sozinha com esses dois homens (risos). Tenho certeza que quando tudo isso acontecer eles vão saber o que fazer"

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Casal devolve bebê adotado a pais e ele morre por descuido

Rachel e Heidi McFarland adotaram o bebê desde seu nascimento, mas foram obrigadas a devolvê-lo, pois a mãe do menino se arrependeu sobre a adoção quando ele tinha 3 meses, em Iowa, Estados Unidos. Segundo a lei local, até 4 meses de idade o bebê deve ser devolvido caso haja arrependimento. No entanto, ao deixar a criança com o pai, ele saiu e a criança permaneceu sozinha no apartamento por horas. Ao chegar em casa, a mãe correu com a criança para o hospital, mas ela já estava morta.

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Você sabe o que é homofobia ?

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Você se considera homofóbico (a) ?

sim 2%

não 98%

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Se você tivesse um filho e ele optasse por se relacionar com

alguém do mesmo sexo, como você acha que reagiria ?

a 77%

b 22%

c 2%

A – apoiaria B – rejeitaria, mas depois repensaria sua decisão C – rejeitaria e não voltaria atrás

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Você acredita que a prática de evidenciar casais

homossexuais na tv pode despertar curiosidade ou encorajar

crianças e adolescentes a se relacionarem com pessoas do

mesmo sexo?

sim 40% não

60%

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ultimamente lidamos com alguns casos de homossexualismo na televisão brasileira. dois deles nas

novelas das 21h – amor à vida e em família, que, respectivamente, relatam um caso amoroso entre

dois homens e duas mulheres de boa aparência, cujos papéis fazem com que parte dos

telespectadores torça para que o casal termine junto e que aconteça o beijo gay. o outro aconteceu

no reality show bbb14, que, diferente da novela, trouxe um casal onde as protagonistas eram

mulheres de perfis que ainda encontram preconceito diante da sociedade por vários motivos. entre

eles, uma é casada e tem filho, e a outra apresenta a maior parte do corpo tatuada. você acredita

que dependendo da maneira como a situação é retratada existe a possibilidade de haver aceitação ou

rejeição, aumentando ou diminuindo a prática da homofobia?

não 12% sim

88%

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você tem algum parente ou amigo homossexual ?

sim 92%

não 8%

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você é contra a adoção feita por casais homossexuais ?

sim 7%

não 93%

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Se tivesse um casal homossexual se beijando na sua frente, se

sentiria incomodado ?

sim 31%

não 69%

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e se o casal fosse heterossexual ?

sim 26%

não 74%

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Incomodaria mais se fossem :

2 homens 69%

2 mulheres 31%

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você concorda com o ato violento praticado contra gays,

como espancamentos, xingamentos entre outros ?

sim 1%

não 99%

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você acha que crianças brincarem com objetos que

normalmente seriam usados por criança do sexo oposto

poderia influenciá-las em sua orientação sexual ? Ex: menino

brincar de barbie ou menina jogar bola com meninos.

sim 13%

não 87%

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apesar de toda a comoção do público com os casais

retratados na tv, você acha que a realidade aqui fora ainda é

divergente ? ou seja, você acha que a maior parte da

sociedade é preconceituosa ?

não 3%

sim 97%

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você sabia?

na linguagem usada por eles, isso significa...

• aurora ou olofom – mal cheiro • bilú – homossexual metido a rico • picumã – cabelo ato de jogar o cabelo com a Intenção de ignorar alguém. • pan – passiva até a morte • cotrofe – brega, feio ou de qualidade ruim • carão – fazer pose, debochar • tô bege – tô passada

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e tem mais...

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opiniões sobre a evidência da homossexualidade na mídia

Acho muito importante para dar visibilidade a essa minoria, o que é fundamental para que a sociedade em geral tenha acesso a informações e opiniões sobre o que é ser homossexual e, dessa forma, ajudar a reduzir o preconceito gerado pelo desconhecimento.

Acho que devemos respeitar as diferenças, mas acredito,ultimamente, estar tendo um certo exagero!!!!

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opiniões sobre como as pessoas e suas famílias lidam com

amigos ou parentes homossexuais

Eu lido muito bem com essa situação, tendo em vista que frequento os mesmos lugares que eles e nunca fiquei constrangida, nem me senti mal por isso.

Eu sou lésbica, minha família aceita e respeita. Assim como aceitamos e

respeitamos os amigos qur também são. Pra mim não há qualquer diferença. Todos nós buscamos amar e sermos felizes com o que gostamos e escolhemos. É mais simples do qur parece, o ser

humano dificulta muito.

Tenho uma tia transsex e dois primos gays. O mais complicado foi o caso da minha tia, mais pela minha avó que de início não aceitava que aquele que nasceu homem se tornasse mulher, mas foi coisa de início, hoje em dia não tem mais nenhum problema em relação e se alguém ousar falar algo, minha avó é a primeira a sair em defesa da minha tia. Meus outros primos não passaram por nenhum constrangimento na família por conta da opção sexual

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opiniões sobre o que as pessoas acham da adoção feita por

casais homossexuais

Todo casal tem o direito de constituir sua família. Com um casal homossexual não significa que a criança será influenciada ou terá dificuldades ao longo da vida. Nem também que terá uma melhor educação ou será mais passiva as coisas que outras crianças. Isso depende dos pais, seja num lar hetero ou homossexual. A educação e criação depende do ser humano que cria a criança independente da sua orientação sexual.

Não concordo. Acho que isso pode influenciar a opção

sexual da criança.

Achoque pais são pais, independente da opção sexual. O importante é que a criança seja amparada e criada com amor, carinho e dedicação, e que seja passada para ela bons princípios de caráter.

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opiniões sobre como as pessoas se sentiriam se visse casais

homossexuais e heterossexuais se beijando

Qualquer casal que fique se pegando no meio da rua, na fila, na frente dos outros, é incômodo, independente da sua sexualidade. Tem lugar e momento para tudo, inclusive para agarramento. Se fosse só um selinho como demonstração de carinho, não teria problema nenhum. Muita gente também faz isso para aparecer e isso eu não acho legal.

Incomodaria se fosse um casal tanto hétero como homossexual, pois acho que é questão de

respeito. Há casais que não têm limites e ultrapassam a barreira da intimidade em público. Um beijo

entre casais, seja eles quais forem, não é agressivo, porém "amassos" sim. Me sinto constrangida ao presenciar troca de carícias em

público, demonstração d carinho já eh diferente, chega ser até fofo,

tanto entre homo quanto heterossexuais

Na verdade, eu respondi sim porque importa saber como isso está sendo feito. Se tanto dois homens, duas mulheres ou um homem e uma mulher estivessem se beijando, o detalhe é considerar a forma como isso está acontecendo. Se há, em algum caso, falta de pudor e causando um constrangimento para tal situação em determinado tempo e lugar. Então, depende muito.

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opiniões sobre dois homossexuais terem sido campeões do

reality show Big Brother Brasil

Acho que são dois casos diferentes. O Jean Willys fugiu de todos os estereótipos e levantava questões e bandeiras que concernem a todos nós. A Vanessa também tinha uma bandeira forte em relação aos animais e acho que a relação com a Clara ajudou muito. Ver uma relação homossexual sem ser encenada, acho que foi muito importante pra sociedade como um todo. Para perceber que as questões são inerentes a relações amorosas em si, e não aos gêneros envolvidos. Acredito que no caso do jean, sua aceitação veio por

parte de sua inteligência e sua maneira séria de tratar sua homossexualidade, além de ter sido vítima de preconceito dentro do bbb, cuja edição fez questão de mostrar, criando super-vilões que retratavam os participantes que estariam contra o bahiano , e os super-heróis , amigos do rapaz. De um modo geral a classe média e alta não vê problema em assistir relacionamentos homossexuias na tv, isso parte de maneira mais acentuada pela classe c.

Acredito que aos poucos a sociedade está separando aos poucos. Sem confundir opção sexual com respeito e caráter.

Todos somos humanos, merecemos respeito e ser felizes. Ainda pode demorar, mas aos poucos a sociedade

está abrindo a mente.

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conclusão

Concluímos com a pesquisa que ainda há preconceito por parte da sociedade com a homossexualidade. No entanto, hoje existe maior aceitação devido ao acesso à informação, que explora questões que até então eram consideradas tabus, e, portanto eram desconhecidas. Ao perguntado, a maioria disse que apoiaria caso tivesse filho homossexual. Mesmo assim, algumas pessoas disseram que suas famílias ainda rejeitam amigos e parentes gays. Grande parte dos entrevistados acredita que as mídias são importantes para a formação de opinião, e, que, principalmente influenciam crianças e adolescentes em sua orientação sexual. Alguns pensam que a exposição da questão é desnecessária, mas alguns acreditam que isso significa que a sociedade está aceitando aos poucos essa realidade.

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“consideramos justa toda a forma de amor.” Lulu Santos

agradecimento: Gostaríamos de agradecer a todos que colaboraram com nossa pesquisa, respondendo nosso questionário. Muito obrigada!