A Hora Do Nada

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A Hora do Nada de Artur Aleixo

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A Hora do Nadade

Artur Aleixo

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Biografia do AutorArtur Manuel Da Silva Aleixo nasceu em Portalegre, Alentejo, em 1979, dividindo actualmente o seu tempo entre Arronches, local onde reside , e o Monte da Caparica, onde estuda Ciências da Natureza na FCT-UNI.A Hora do nada é a sua estreia a nível individual, uma vez que participou no livro”I (a) mostra de poesia FCT”.

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Poema da contra capa

(…)Dá-me um carro sem rodas, para eu aprender a guiaros meus próprios pés.Dá-me uma carta sem letras, para eu escrever meu lugare te amar tal como és. Dá-me um risco sem cor, para com ele escrever no céu a palavraamor.

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A voz

A voz aqui e tão em mimsempre em pequenino tão grande sou,são as raízes das minhas vogaisque cada vez vos quero maisneste som nada fortuitoque na idade traz outro tom.O sol na escadaria não seria euquem o esqueceria

A voz até dormirEm mim será sentir.

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Refúgio de ar maior que o mar

O Alentejo é um refúgio de ar maior que o marque a vista pode alcançar, é um relógio deponteiros de fumo que navega em tempestade, é rochaimensa presa aos nós de não ter idade, é riode suor do trigo, bolota insaciada do calor, ritmobranco de luz do sol ,estrada imensa para encalhar.Mas a melhor forma de o sentir descrito é entrar.

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Despertar

Tudo o que me ajude a distanciar as pálpebrasseja papel, gesto ou imagem desarticuladaque me inunde a retina e não seja lágrima e areia despistadaou demais flash fotográfico de efeito invertidoé novo sentido de cada sentidode entre o senso que trago comigo.

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Mundo Inquieto

Todas as mudanças perpetuadasvoltarão a ser alteradasou então este seria mundo velho, gastoe qual seria nosso pastoquando a necessidade é pensar.

E quando olho mundo imperfeitose idêntico te quero sempre vernem o desenho será perfeitosem primeiro tudo desaparecer.

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Escrever sem saber

Apetece-me escreversem saber o que dizere é isto que sintopoucas palavras rebuscadasnum poço profundo que secou,mas sei que a água volta.Ela está sempre a voltarbasta o mundo solto perfurarabraçado a juncosacariciando as tenazes de um lagostimou lançando pedras sobre a águaenfeitiçando o cheiroso alecrim.

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Uma canetaUma canetaobjecto em que me dissolvoe pena não ter tantos braços e tinta como polvonos momentos em que água escorroe se me afogo não grito por socorroespero que a água se entranheaté que ao olhar para o papeleu próprio estranheque mesmo impregnado em pastaa cada segundo morro.Morte que não é desconsolo, antes anseiopelo leite lume de viver.

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Flor de toque espessoJanela afogamentopara cada ulterior inventodos fios eléctricos que circulam dentrodo espelho de cada inventorque a pena e esquadrodesdobra em mil o seu compassopara cada globo raiar de mãosentrelaçadaspelos nós de cada dedoque inscreve o seu calorem flor de toque espesso.

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O imaginário perpétuoOlhando e nunca percebendo o completonas veias curtas do seu compostosempre disposto talvez a não sere pertencer já o era, mesmo na sementeque fertiliza diferente no imaginário perpétuode amor e loucura estrofe eternae pequena enquanto a vida dura, se já durouno tempo que em si se aposentou, foi discretaa janela aberta pela qual nunca olhoue se jamais existiufoi por nunca a ter aberto.

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Semi-recta do tempo

Oxigenar o mundo numa torrente de pétalas bronzeadasMostrando a frescura inicial como se da flor não tivessem sido tiradasLongo prisma suspenso enfeitiçando a própria cor, nutrindo o olharE os outros sentidos no ínfimo perceptível quando se é sensível.Abrir todos os espaços como se o átomo fosse vértice desdobrável,Peneirar o translúcido numa rede de marfim, exaurir a gravidadeQuando a descoberta é a finalidade e a idade é uma porta aberta,Para tal não se torne segmento esta semi-recta, aí com fim.

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Opinião sobre o livroNa minha opinião, eu gostei de ler este livro pois apesar de ter alguns poemas de difícil interpretação, tem outros poemas muito simples que nos transmitem em nós sentimentos de atracção, pois quem começa a ler este livro, só consegue parar quando acabar.No inicio o que me chamou a atenção para este livro foi o seu título”A hora do nada”,este livro tem alguns poemas que nos fazem reflectir sobre os nossos problemas, e assim corrigir algumas atitudes que temos que tomar ao longo da nossa vida.

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Trabalho elaborado por:Ricardo Mendes Nº22 10ºD