A hora e a vez dos Silanos Inibidores

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ANÁLISE Não se pode misturar propriedades mecânicas com proprieda- des químicas. Isso se aplica ao concreto estrutural. Com toda sua força física, o concreto armado-protendido é hidrófilo, quer dizer, molha fácil ou é seco por água, e isso é um problema na medida em que, mesmo os concretos de alta resistencia ou de alto desempenho, devido ao natural processo de evaporação da água não estrutural, deixa pra trás uma rede de vazios na massa endurecida. Temos visto e acompanhado, nas últimas décadas, a aplicação de todo tipo de proteção ou barreira para o concreto estrutural, começando com o emboço, seguido de uma infinidade de ou- tros revestimentos estéticos. Até a perfeita aceitação do con- creto aparente com a defectível e enganosa película de verniz. Esta última situação é que verdadeiramente questionamos. O resultado do concreto aparente após dois, três ou cinco anos, embelezado com vernizes, resulta naquela formação enegreci- da e bolorenta, recheada de descamação, feia e difícil de ser removida. Michelle Batista A hor A hor A hor A hor A hora e a v a e a v a e a v a e a v a e a ve e ez z z Silanos Inibidor Silanos Inibidor Silanos Inibidor Silanos Inibidor Silanos Inibidores es es es es. . . dos dos dos dos dos Conheça tudo que o concreto armado-protendido queria : hidrofugação sem película e agentes iônicos inibidores da corrosão em um só produto. PROTEÇÃO DO CONCRETO A fabricação de pré-moldados em concreto aparente, protegidos com Silano inibidor reduzem a zero a preocupação estética, devido a molhagem das superfícies, e estrutural com a proteção das armaduras e cabos de protensão. RECUPERAR • Setembro / Outubro 2003 4

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ANÁLISE

Não se pode misturar propriedades mecânicas com proprieda-des químicas. Isso se aplica ao concreto estrutural. Com todasua força física, o concreto armado-protendido é hidrófilo, querdizer, molha fácil ou é seco por água, e isso é um problema namedida em que, mesmo os concretos de alta resistencia ou dealto desempenho, devido ao natural processo de evaporaçãoda água não estrutural, deixa pra trás uma rede de vazios namassa endurecida.Temos visto e acompanhado, nas últimas décadas, a aplicaçãode todo tipo de proteção ou barreira para o concreto estrutural,começando com o emboço, seguido de uma infinidade de ou-tros revestimentos estéticos. Até a perfeita aceitação do con-creto aparente com a defectível e enganosa película de verniz.Esta última situação é que verdadeiramente questionamos. Oresultado do concreto aparente após dois, três ou cinco anos,embelezado com vernizes, resulta naquela formação enegreci-da e bolorenta, recheada de descamação, feia e difícil de serremovida.

Michelle Batista

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Silanos InibidorSilanos InibidorSilanos InibidorSilanos InibidorSilanos Inibidoreseseseses.....dosdosdosdosdos

Conheça tudo que o concreto armado-protendido queria : hidrofugaçãosem película e agentes iônicos inibidores da corrosão em um só produto.

PROTEÇÃO DO CONCRETO

A fabricação depré-moldados em

concreto aparente,protegidos comSilano inibidor

reduzem a zero apreocupação

estética, devido amolhagem dassuperfícies, e

estrutural com aproteção das

armaduras e cabosde protensão.

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Os siliconatos são considerados “gordos”(moléculas grandes) e não conseguem aden-trar bem através da rede capilar do concre-to. O problema dos silicatos é que são mui-to reativos, ou seja, ao primeiro contato re-agem com a matriz auto bloqueando-se. Comrelação aos siliconatos e os silicatos, o pri-meiro pouquíssimo repele, enquanto que osegundo apenas procura fechar os poros.Silanos e siloxanos caracterizam-se peloradical alquila que os formam. Aqueles quecontém um grupo alquila-butila ou alquila-octila têm melhor performance do que osacompanhados dos radicais etila ou metila.Silanos, no entanto, diferenciam-se dos si-loxanos exatamente pelo fato de que suasmoléculas são bem menores, o que garantemelhor e mais profunda penetração na ca-mada de recobrimento do concreto. Daí apreferência pelos silanos.

Silanos, profissão:agente secreto protetor

Silanos são substâncias hidrofugantes fei-tas especialmente para o concreto, exatamen-te porque necessitam de um ambiente muitoalcalino para fazer e acontecer (catalizar) suasreações químicas com a matriz cimentícia derepelência ou hidrofobicidade à água. Ca-racterizam-se, precisamente, por ser um pe-netrante, já que não fazem película na super-fície do concreto, tendo capacidade e com-patibilidade para adentrar e molhar fácil esse

A verdade é que pouco se sabe sobre osprodutos não formadores de barreiras ouque não formam película na superfície doconcreto, os chamados penetrantes.

Penetrantesversus

formadores de barreiras

Temos duas opções de tratamento ou, o queé o mesmo, de proteção para superfícies doconcreto estrutural, de modo a impedir suadesintegração. A aplicação de barreiras oupelículas à base de resinas acrílicas, epóxi-cas, poliuretânicas ou de silicone incorreno natural envelhecimento e perda da inte-gridade da película, invariavelmente entredois e cinco anos, dependendo do ambien-te, o que obriga a um serviço rotineiro ecaro de completa remoção para nova apli-cação. Por outro lado, poderemos citar qua-tro penetrantes que, efetivamente, atuamem superfícies do concreto. São os silanos,os siloxanos, os siliconatos e os silicatos.

A contaminação e o processo de repelência

Contaminação

Um dos mecanismos de introdução de contaminantes no concreto.

Repelência ou Hidrofobicidade

A água líquida que tenta penetrar na super-fície tratada do concreto sente-se estranha,“gorda” e não consegue molhar. Está comcraxá de alta tensão superficial. A superfíciedas paredes dos vazios e capilares apresen-ta baixa energia.

A matriz cimentícia por ter características hi-drófilas, admite facilmente qualquer soluçãoaquosa que, para esta situação passa a terbaixa tensão superficial, facilmente molhan-do as paredes da matriz que, normalmentepossui alta energia.

Silanos diferenciam-se dos silicones exata-mente porque este último material é forma-dor de película, não podendo adentrar nosvazios e capilares do concreto, devido aogrande tamanho de suas moléculas. Os sili-conatos são silicones modificados, com mo-léculas um pouco menores. Razão pela qualpouco adentram na superfície do concreto,sem reagir, no entanto, com a matriz cimen-tícia. Sua aderência e conseqüente perma-nência nas paredes dos vazios do concretoé instável e sujeita a ser literalmente lava-da. Na verdade, funcionam mal tanto comoformadores de película como penetrantes.Os siloxanos são os que mais se aproximamdos silanos. O siloxano também é um pode-roso hidrofugante. No entanto, sua molé-

cula é maior do que a do silano. Muito em-bora também promova reação com a super-fície das paredes do concreto. A diferençabásica no quesito reatividade é que, após aevaporação do solvente, que o introduz nointerior do concreto, o siloxamo interliga-secom a matriz cimentícia, sem se importar coma alcalinidade do ambiente. Essa, além dotamanho da molécula que a impede de aden-trar tão profundamente quanto o silano, sãoas diferenças entre silano e siloxano. Real-mente, o ambiente alcalino, com alto pH,tem tudo a ver com o silano, otimizando asreações de interligação com as substânciasformadoras da matriz cimentícia, tornando-as mais fortes, eficientes e, o mais impor-tante, intocáveis à ação da água.

Quem são os hidrofugantes?

GLOSSÁRIO

Radical – átomo ou grupamento de átomos comvalência livre, capazes de combinarem-se origi-nando outras substâncias. Os radicais têm vidalivre muito curta. São muito importantes do pontode vista teórico. Exemplos: radical sulfato SO4

–2,radical hidroxila OH–, radical metila CH3

–.Alquila – radical derivado dos hidrocarbonetosnão aromáticos pela retirada de um, dois ou maisátomos de hidrogênio ou ainda derivado dos álco-ols pela retirada de uma, duas ou três hidroxilas.Etila – radical monovalente. Como os demais ra-dicais, não pode existir livre, a não ser por espaçode tempo muito curto. Sua fórmula é C2H5.Hidrófobo – não tem afinidade ou repele a água.Hidrófilo – substância que absorve ou tem afini-dade com a água.

Destes quatro apenas silanos e siloxanospodem ser considerados verdadeiros pene-trantes, principalmente pelo fato de que:• penetram profundamente,• reagem com os produtos da matriz ci-

mentícia,• não descamam ou amarelam,• bloqueiam a carbonatação e a introdu-

ção de íons contaminantes, como os clo-retos, através da chuva,

• não são tóxicos, pois não contém nitrito,fosfatos ou cromatos,

• bloqueiam a reatividade álcali-agrega-do,

• promovem hidrofobicidade na própriamatriz,

• não deixam rastros na superfície.

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SILANOSILANOSILANOSILANOSILANO-----CORRCORRCORRCORRCORRConcreto armado e protendido com agentesecreto protetor. Não aparece, mas está ládentro, garantindo impermeabilidade natural e aproteção das armaduras e cabos de protensão.O concreto como deveria ser.

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material, ao mesmo tempo em que vão ocor-rendo reações de interligação (ligações cru-zadas) com a matriz cimentícia e sua umida-de natural (água adsorvida). Literalmente, al-teram as condições das paredes dos micro e

macro vazios, além dos capilares do concre-to, tornando-as hidrófobas e repelentes àágua da chuva. Água não entra.Suas moléculas que podem, no entanto, sersintetizadas com uma variedade de sub-gru-

pos reativos que, efetivamente, modificamseu comportamento e performance, uma vezdentro do ambiente chamado concreto. Amodificação da funcionalidade de sua mo-lécula implica na modificação de seu com-portamento, podendo com isso adentrarmais profundamente e, de quebra, levar nagarupa elementos armados contra a corro-são das armaduras, os chamados agentesiônicos inibidores.

O silano avançado

Seguramente, o maior e mais recente avan-ço alcançado na carreira dos hidrofugan-tes foi a adição de inibidores de corrosãonas molécula do silano, através da incor-poração de um grupo orgânico amina, R-NH2. A maioria dos inibidores de corrosãoa base de aminas, aplicados em superfíci-

A proteção por barreira. Início e fim

1ª demão de proteção

2ª demão de proteção

Superfície do concreto

Primer

Ruína por coesão lateral

1ª demão de proteção

2ª demão de proteção

Superfície do concreto

Primer

Ausência de coesão vertical

ForçasCoesivas

ForçasAdesivas

1ª demão de proteção

2ª demão de proteção

Superfície do concreto

Primer

1ª demão de proteção

2ª demão de proteção

Superfície do concreto

Primer

Ruína por adesão

Abaixo estão as situações em que chegam, invariavelmente, as películas orgânicas formadoras de barreiras. Adicionalmente, dever-se-áconsiderar que toda película de tinta é permeável, em menor ou maior grau. Outro aspecto importante para sua sobrevivência e durabilidade,e que precisa ser considerado, é o contato extremamente alcalino com o concreto e a preparação das superfícies.

Sistema protetor por barreira formadopor película orgânica tipo epóxi,evidenciando a atuação das forças emcada película aplicada.

Estado de ruína da coesão napelícula de proteção.

Estado de ruína porperda lateral da coesão

no primer.

Estado de ruína na interface doconcreto com o primer.

Formação de bolhas oudescascamento do sistema.

Figura 2 - Esquema do teste feito no FHWA-RD-98-153.

Pontes tratadas com silano inibidor além de terem aspecto estético extremamente evidenciado pelaausência de molhação, têm sua durabilidade extremamente prolongada.

GLOSSÁRIO

Funcionalidade – representa o número de regi-ões da molécula passíveis de reação.Grupo funcional ou reativo – que possui duplaligação.Amina – designação genérica de um importantegrupo de substâncias orgânicas, cuja fórmula ger-la é R-NH2, derivadas da amônia.Silanos – substância derivada do silício Si, produ-zida pela redução da sílica SiO2 de acordo com aequação: SiO2 + C --> Si + CO2.Interligação ou ligação cruzada – reação en-tre moléculas que são unidas lado a lado ou porsuas terminações.Adsorção – consiste na concentração ou acúmulode moléculas livres de um líquido, vapor ou gás emcontato com a superfície de um sólido (adsorvente)poroso ou firmemente dividido que depende exclu-sivamente da atividade superficial dessas substân-cias. Não deve ser confundida com absorção, quepõe em jogo a parte interna das partículas.

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Figura 3 - Resultadosda aplicação doSILANO-CORR emcorpos de prova novos,porém fissurados,sujeitos a ciclos demolhagem e secagempor 12 meses atacando-se com solução salina a15%.

Figura 4 - Atuação emcorpos de prova comcorrosão. Resultadosinteressantes onde se

vê, perfeitamente, acorrente de corrosão

interceptada, após seupico máximo

característico e ainterferência do

produto 3 meses após.recobrimento do concreto até as armadu-ras. Uma vez em torno das armaduras dãouma força à camada de óxidos passivan-tes existente na superfície do aço. À me-dida que a molécula do silano interliga-se

A prévia aplicaçãode silanos inibidoresem peças pré-moldadas garantemais rapidez naexecução e, claro,ausência demanutenção.

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es de concreto só são eficientes se hou-ver alta volatidade de moléculas orgâni-

cas, ou seja, íons na forma de gás ou va-por para migrarem através da camada de

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A aplicação do produto é particularmenteindicada para superfícies de concreto à vistaou aparente, onde não promove qualqueralteração em sua aparência. A aplicaçãomais eficiente é feita com bomba airless, naforma de spray, podendo-se também utili-zar rolo ou pincel. O produto não promovequalquer película na superfície, incorporan-do-se totalmente na massa da camada derecobrimento, tornando o concreto imuneà ação da água e de todos os contaminan-tes que a acompanham.

Agency (FHWA – RD – 98 – 153), inclusi-ve com a presença de fissuras na camadade recobrimento de corpo de prova deconcreto armado. Verifica-se que, além deinibir o início da corrosão em corpos deprova sem qualquer contaminação, nosque estavam com corrosão observou-seuma redução na velocidade da mesma emtorno de 90%, essencialmente pela drás-tica diminuição da resistividade eletrolí-tica do concreto, seguida da atuação doinibidor.A avaliação da corrosão foi feita com o equi-pamento GALVAPULSE, com base na téc-nica da introdução, em uma área pré-esta-belecida e perfeitamente medida pelo apa-relho, de um pulso ou impulso elétrico, es-tabelecendo-se uma determinada corrente.Literalmente, introduz-se uma corrente emuma determinada área da armadura, polari-zando-a e analisa-se o seu comportamentoou a velocidade da polarização, convertidaem velocidade de corrosão.

O silano inibidor é aplicado correntementenas novas estruturas, como nastravessas, pilares e blocos desta ponte.

com os sais componentes da hidrataçãodo portland, e que formam a matriz, ficapermanentemente incorporado ao concre-to e não mais pode evaporar ou ser lixivi-ado de sua massa. Esta situação foi farta-mente testada pelo Federal Highways

REFERÊNCIAS• Michelle Batista é química e especialista em

problemas da construção.• C.H. Hare, “Adhesive and Cohesive Failure in

Applied Coatings Composites”.• A guide to the use of waterproofing, damppro-

fing, protective and decorative barrier syste-ms for concrete, American Concrete Institu-te, ACI 515.

• Robery, P. “Specialist Spraying: key to silanesuccess”, new civil engineer.

• Concrete society, “Permeability Testing of SiteConcrete”.

• National Research Council, “Concrete Sealersfor the Protection of Bridge Structures”.

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Para ter maisinformações sobreAnálises.

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Conheça as transformações e o comportamento de um piso deconcreto em seu primeiro ano de vida.

PISOS DE CONCRETO

Esta matéria é continuação da apresentada naedição 54 da RECUPERAR. Assim como é cha-to ter que conviver com um resfriado, o mesmoocorre com trincas em pisos de concreto. Paraambos os casos dispõem-se de regras que tor-nam estas patologias difíceis de serem contra-ídas. Não há uma fórmula específica, pois exis-tem variáveis difíceis de serem contabilizadas.Uma delas é a mão do homem. A prática, noentanto, nos diz que se as pessoas envolvidasestiverem sintonizadas no sentido de se evitartrincas, sejam em grandes ou pequenos pisosde concreto, acredite, o resultado pode ser fan-tástico. A velha máxima nos diz que há remédiopara tudo, desde que compreendamos a(s)causa(s) corretas do problema.

De repente fissuras e trincas

A pergunta que não cala é a seguinte: quala causa do fissuramento? Se um piso secaou é molhado, desde que não haja qualquerimpedimento, sofrerá uma retração e nãoacumulará qualquer tipo de esforço (reparenos desenhos 1 e 2 da figura 2 na páginaseguinte). Se, no entanto, as extremidadestendem a “segurar” seu comprimento origi-nal enquanto o piso seca, aí a coisa muda, esurgem esforços de tração. É como se dei-xássemos o piso encolher livremente e, de-pois, puxássemos ou esticássemos a placapara seu comprimento original (veja a figu-ra 3 na página seguinte). Repare que as se-

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Carlos Alberto Monge

tas indicam que a força de tração surge nasextremidades. À medida que o tempo pas-sa, esses esforços ou tensões são gradual-mente liberados ou aliviados pela fluênciado concreto. Em casos extremos, a fluênciareduz cerca de 1/3 das tensões ou esforçosacumulados. Veja a figura 4 na página se-guinte. Para um concreto ainda “verde”, setodos aqueles esforços de tração apresen-tarem-se maiores que a resistência de tra-

GLOSSÁRIO

Fluência (creep) – deformação dependente dotempo, motivada pela permanência de um carre-gamento.Sub-leito – solo preparado e compactado parasuportar uma estrutura ou um pavimento.

O primeiro ano de vida. (II)Pisos de concreto novos.

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ção do concreto, claro, o concreto irá trin-car ou fissurar, com conseqüente liberaçãode tensões. Veja a última figura. É um casosimples, mas ilustra bem o que acontecetanto para grandes pisos como para peque-nos, mesmo submetidos a outros tipos decausas.

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Causas do fissuramento ou de trincas no concreto

• Antes do endurecimentoo Movimento da construção: sub-leito, for-

ma.o Retração ou encolhimento devido à mo-

vimentação progressiva em torno das ar-maduras, agregados...

o Retração devido à pega inicial e final.

• Após o endurecimentoo Químico: constituintes do cimento, car-

bonatação, agregados reativos, corposestranhos, corrosão.

o Físico: retração por secagem, flutuaçõesna umidade.

o Térmico: tensões térmicas motivadas pe-las diferenças no calor de hidratação in-terno devido as propriedades térmicas dosagregados, variações na temperatura doambiente...

o Concentrações de esforços ou tensões:armaduras, fluência.

o Projeto estrutural do piso: carregamen-to, fundação, recalques.

o Acidentes: sobrecarga, vibração, fadiga.

A maioria das trincas, se não forem profun-das, não afetam a integridade estrutural dopiso. Um detalhe interessante, que se vêmuito na prática, é o fato de que a tela metá-

lica, dimensionada para evitar o fissuramen-to, na verdade, não impede a ocorrência da-quela patologia, apenas controla a dita cuja.A abertura das trincas se manifesta mais in-

Figura 2 - Como ocorre o fissuramento.

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Figura 3 - Hoje são totalmente injustificáveis os serviços de injeção convencional, aquela de abrir sulcos,colmatá-los com pasta epóxica e injetores e depois, com uma bomba, injetar epóxi com viscosidades emtorno de 400cps. Quer dizer, 400 vezes a viscosidade da água. Com o advento do metacrilato, que temapenas 15cps, basta verter e pronto. Este material adentra em trincas de até 0,01mm de abertura.

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MetacrilatoMetacrilato

Com viscosidade igual a da água, o METACRILATO preenche e monolitiza qualquer trinca oufissura, de até 0,05mm de abertura, em pisos, apenas vertendo-se o produto. Em apenas meia hora,com o METACRILATO também se monolitiza trincas e fissuras em vigas e pilares, de maneirafácil e rápida. Basta fazer um pequeno furo na parte superior da peça e verter o produto com a ajudade um pequeno funil. Não fique perdido no tempo das injeções.

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tensamente na superfície, significando que,na parte inferior do piso apresentam-se maisfechadas, devido a velocidade de retração(encolhimento) diferencial. Muitas trincas,na verdade, nem chegam ao fundo do piso.Em resumo, o fissuramento é fisiológico emfunção da retração. Sua existência significaporta aberta à destruição do piso.

A abertura da junta de retração

Vimos na edição nº 53 da RECUPERAR queas juntas de controle (serradas) são, verda-deiramente, projetadas para compensar a re-tração que ocorre obrigatoriamente. Vimos,também, que muitos técnicos desconhecemser a retração um fenômeno que dura muitomais do que aqueles míseros trinta dias.Mais importante ainda, seu desenvolvimen-

to maior ocorre nos doisanos seguintes! Portan-to, pode acreditar, o tra-balho de abertura dasjuntas é contínuo, limita-do não a dias, mas sim aanos. Só para facilitar ascoisas, vamos assumirque você tenha feito umpiso com 15cm de espes-sura e cortou as juntasde controle com lâminade serra de 3mm de es-pessura, a cada 6m. Podeapostar que os 3mm deabertura vão virar 6mm.E mais, dependendo do

tipo e da forma como você preencheu asjuntas de controle, o material vai sofrer adoi-dado para agüentar este tranco.

A briga retração-junta decontrole-calafetamento

O American Concrete Institute (ACI) e aPortland Cement Association (PCA) reco-mendam o uso de epóxi semi-rígido (tipo

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E assim surgem as trincas e fissuras. Repare a quan-tidade de detritos em seu interior, que devem ser re-movidos quando se pretende monolitizar o piso commetacrilato.

Trinca na junta de controle após a sua execução (corte). Aberturainevitável.

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DICA do ACIO ACI recomenda, literalmente, “em-purrar com a barriga”, o quanto pu-der o calafetamento da junta, demodo a permitir que ela se manifes-te o máximo.

e-mail consulta nº 10

Para ter maisinformações sobrepisos de concreto.

REFERÊNCIAS• Carlos Alberto Monge é Engenheiro Ci-

vil, especialista em serviços de recupera-ção.

• CSA, Concrete Materials and Methodsof Concrete Construction.

• Garber, G, “ Design and Construction ofConcrete Floors.

• Butt, Thomas K. “ Avoiding and Repai-ring Moisture Problems in Slabs on Gra-de.

• Concrete Floors on Ground, PCA.

epóxi 36) para o calafetamento ou preen-chimento das juntas de controle de pisosindustriais, basicamente pelo fato de quepreenchem a junta, aderem tenazmente às

bordas e evitam que as rodas das empilha-deiras e/ou impactos de cargas quebrem asbordas das juntas.

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Walter Carlos Pessanha

ANÁLISE

Concreto é um falso sólido que, dependendo do ambiente onde estiverinserido, também corrói. Conheça as razões pelas quais o concreto pre-cisa ser revestido, e as principais propriedades que a proteção deveráter.

Indiscutivelmente, hoje, e mais do quenunca, toda estrutura aérea além das en-terradas precisa ser protegida. Para aque-les que ainda duvidam desta asserção, tor-na-se importante mostrar as principais ra-zões:

• Melhorias na aparência, sobretudo comrelação à manutenção da cor, brilho etextura, essencialmente para efeito arqui-tetônico.

• Redução da permeabilidade às chuvas,ao troca-troca entre umidade relativa(UR) interna-externa que, invariavelmen-te conduz à destruição tanto do concre-

to quanto de suas armaduras ou cabosde protensão.

• Proteção da superfície quando submeti-da a tráfego de veículos, evitando a for-mação de pó e, conseqüentemente, suadesintegração.

• Tratamento para dissipar a eletricidadeestática, como a inclusão de agregadoscondutivos ou pisos condutores, parti-cularmente em indústrias que fabricammicrochips, salas de exames de hospi-tais, centros de pesquisas, depósitos desolventes etc.

• Proteção das superfícies contra a deteri-oração química e física.

As principais propriedadesda proteção

A superfície do concreto é extremamentealcalina, logo, a tinta ou o revestimentodeverá ser previamente vacinado ou tole-rante a este ambiente. O arrocho de propri-edades obrigatórias para trabalhar em cimadeste material, após ultrapassada a barreiraanterior, exige resistência química, física,térmica e principalmente impermeabilidade,o que é difícil, já que nenhuma tinta é 100%impermeável. Pelo menos as fabricadas com100% de sólidos chegam perto. Estas sãoas qualidades básicas para que a tinta ou o

Um caso típico de corrosãodo concreto devido aincompatibilidade com oambiente que o cerca.

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SISTEMA MFC

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revestimento sobreviva por um bom tem-po. Mas existem mais. Vamos conhecê-las.

Adesão

Concreto é um falso sólido que, literalmen-te, “respira”, isto é, permite fluxos cons-tantes de entrada e saída de vapor, con-forme diferenças na UR interna-externa. Aadesão nesta superfície, e estamos falan-do de epóxis, poliuretanos e pisos viníli-cos, é crítica à medida que não se analisa aemissão da umidade (vapor) dinâmica, porpelo menos três dias com o uso do TVA-OK conforme a norma ASTM F1869 (testede cloreto de cálcio). A medição da umida-de estática em aparelhos é tão relativaquanto pertinente ao instante da medição.Quer dizer, poder-se-á ter 3% de umidadeno instante da medição e à noite ou nooutro dia ter-se 12%! O que é bastantecomum e justifica a avalanche de casos dedescolamento de pisos epóxicos e viníli-cos. O teste de adesão é indicado para gran-des áreas. Deve ser feito conforme as nor-

mas ASTM D3359 (teste da fita) ou ASTMD4541 (teste com aparelhos portáteis quemedem a adesão).

Resistência à permeabilidade

Toda película de tinta ou revestimento épermeável, pelo menos à ação da água, na

forma de vapor. Assim, torna-se importanteconhecer a velocidade com que ocorre atransmissão do vapor d’água (TVA) da tin-ta ou revestimento, definida como o fluxode vapor d’água invariável, em uma unida-de de tempo, através de uma unidade de áreada película, normal à superfície, sob con-dições de UR e temperatura específicas.

A utilização de hidrofugante àbase de silano eterniza a

superfície do concreto, seminterferir em sua estética.

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GLOSSÁRIO

Permeância ao vapor – a permeância ao va-por d’água de uma placa de concreto de qualquerespessura é a relação entre o fluxo de vapor d’águae a diferença da pressão de vapor existente entresuas duas superfícies. É a capacidade de uma ca-mada de material, de qualquer espessura, deixarpassar vapor d’água devido as diferenças entre aspressões de vapor existentes nas duas faces domaterial.Pressão do vapor – parte da pressão atmosfé-rica total exercida pelo vapor d’água no ar. Pressãoexercida por um vapor. Se, à temperatura constan-te, um vapor é mantido confinado contra seu líqui-do, de modo que possa acumular acima dele, suapressão (de vapor) aproximar-se-á de um limiteconhecido como pressão de vapor “saturado” oumáximo, dependente apenas da temperatura exis-tente e, claro, do próprio líquido. Geralmente, apressão de vapor de um líquido é medida quando apressão total exercida sobre o líquido não é apenasa do vapor.Permeabilidade – qualidade que permite umconcreto ou solo transmitir água ou ar através desua massa. É medida em termos de velocidade defluxo através de uma unidade de seção reta doconcreto ou solo saturado em uma unidade de tem-po. A permeabilidade ao vapor d’água é a proprie-dade de um material que permite a passagem devapor d’água. É igual a permeância relativa a 2,5cmde espessura do material. É medida em perm-cen-tímetro.Perm – unidade de medida da permeância aovapor d’água de um material.Permeabilidade ao vapor – propriedade deum material que permite a migração do vapord’água sob influência das diferenças de pressõesexistentes em cada lado do material.Resistência ao vapor – recíproco de permeân-cia ao vapor. Resistência de uma película à passa-gem do vapor d’água.Resistividade ao vapor – recíproco de permea-bilidade ao vapor. Medida da resistência de ummaterial, com espessura de 5cm, à passagem dovapor d’água.

outro lado, a durabilidade da película (suapermanência) é media pela TVA em gramaspor Pascal por segundo por metro quadra-do. Um perm é igual a 5,72 x 10-8 gramas porPascal por segundo por metro quadrado.É interessante ressaltar que permeabilida-de é o produto aritmético da permeância e aespessura da tinta ou revestimento. Perme-ância, ao contrário, nada tem a ver com aspropriedades do material, apenas relacio-na-se ao valor do seu desempenho. Porexemplo, um revestimento de epóxi estrutu-rado com flocos de fibra de vidro com 2mmde espessura tem uma permeabilidade de0,00015perms e uma permeância de0,000075perms (0,00015 ÷ 2mm). Logicamen-te, são valoresque expressambaixíssima perme-abilidade e per-manência, ótimopara uma pelícu-la que se candi-data a trabalharimersa. Um outroexemplo irá clare-ar mais as coisas.Uma película de450 micrômetrosde espessura(0,45mm) de umoutro epóxi tam-bém estruturadocom flocos de vi-dro, tem uma per-meabilidade de0,0043 perms e

uma permanência de 0,0096 perms. Bonsvalores para películas que se candidatam aproteger concretos submetidos à exposiçãointermitente, mas não para trabalhar imersaem soluções químicas agressivas.A norma ASTM D1653, “método padrão paradeterminação da permeabilidade ao vapord’água de películas de tintas e revestimen-tos orgânicos” é outro método de análise ouinvestigação da resistência à permeabilida-de. Para demonstrar as diferenças entre aspropriedades da TVA, de tintas e revesti-mentos usados para proteger o concreto fi-que esperto e aproveite os resultados já ana-lisados segundo a norma ASTM D1653:• As tintas à base de emulsões acrílicas

No Miami MetroRail foi usado silano para proteger o concreto e embelezar suas formas.

Desta forma, tintas e revestimentos tidoscomo protetores do concreto contra a açãoda água e de soluções químicas sejam aquo-sas ou não deverão ter uma TVA muito bai-xa, seja para tintas ou revestimentos quetrabalham onde haja grande UR, em imper-meabilizações secundárias (RECUPERARnº 53) ou sujeitas à imersão contínua ounão. Uma das razões do sucesso das tintasacrílicas em fachadas é exatamente sua altaTVA, permitindo que a inevitável troca-tro-ca interior-exterior ocorra, evitando a ocor-rência de bolhas ou descolamentos em suapelícula. Amarrado nesse cipoal de exigên-cias também se encontram as tintas ou re-vestimentos usados no lado interior deambientes e estruturas enterradas sem im-permeabilização em seu lado exterior (posi-tivo). A norma ASTM E96, “teste para TVAde materiais”, é uma forma de avaliar a per-meabilidade das tintas e revestimentos. Pri-meiramente, a TVA é medida em gramas pormetro quadrado em 24 horas (g/m2/24h). Por

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usadas em fachadas de edificações ne-cessitam ter excelente “respiração”. Umatinta acrílica padrão aplicada em duas de-mãos, com rolo, faz 125 micrômetros deespessura de película seca cada e teráuma TVA de 300 a 350g/m2/24horas e umapermanência variando entre 9,70 a10,50perms.

• Nas indústrias de alimentos e farmacêu-

tica é comum ou quase obrigatório o usode pinturas epóxicas à base de poliamidanas paredes, de modo a atender a saúdepública. Um epóxi com endurecedor àbase de poliamida (bisfenol A), com 100%de sólidos necessita apenas de 125 mi-crômetros de espessura de película seca(uma demão no rolo) para fazer a prote-ção necessária. A película assim formada

terá uma TVA de 9,5 a 10,5 g/m2/24horas e uma permanência de0,300 a 0,350perms. Se o filme forde boa qualidade (durabilidade) enão houver furos ou defeitos naaplicação, os valores acima serãoconsiderados bons.• As proteções feitas em tanquesde produtos químicos à base depoliéster com areia de sílica e es-truturadas com fibra de vidro, for-mando uma espessura de filmeseco de 2,5 a 3,0 milímetros apre-sentam permanência que varia de0,029 a 0,0040perms.• Recomenda-se aplicar epóxi cu-rado com amina cicloalifática nasestruturas de concreto de indús-trias químicas que tenham conta-to com vapores ácidos. Espessu-ras de película seca entre 450 e500 micrômetros apresentam per-manência entre 0,200 e 0,250per-ms.Contanto que não haja alterações

nos ambientes de exposição acima descri-tos, os valores da permanência apresenta-dos são bons e, portanto, sugeridos.

Flexibilidade

Fortes e extremamente aderentes, os epó-xis cumprem bem seu papel de protetor nú-mero um do concreto. No entanto, comonada e ninguém é perfeito, sua película éextremamente rígida e fissura (quando nãotrinca) quando a superfície do concreto dápara fissurar. Estamos nos referindo tam-bém àquelas fissuras que teimam em apre-sentar movimentação. Para e contra issojá estão no mercado os epóxis flexíveis ouelastoméricos que, além de agüentarem im-pactos, formam verdadeiras pontes sobreas fissuras dinâmicas. Tais produtos tam-bém oferecem excelente proteção químicacontra produtos corrosivos. Algumas for-mulações epóxicas elastoméricas, inclusi-ve, já vêm estruturadas com fibras de Ke-vlar, de modo a agüentar trancos fora docomum.

Coeficiente de dilatação térmica linear(CDTL)

Como o CDTL das tintas é bem superior aodo concreto, é comum surgirem tensões napelícula ou revestimento, ocorrendo fissu-ras e até a perda de adesão com descola-mento. Quer dizer, a película de proteçãotende a dilatar ou contrair mais intensamen-te que sua base (concreto) à medida que atemperatura se manifesta. O concreto porsua vez, com um CDTL menor, agarra-a enão deixa a película se manifestar. Algumacoisa vai acontecer. Aquelas superfícies deconcreto com baixa resistência na superfí-cie, particularmente quando não se lixamaqueles inúteis 2 milímetros de nata super-ficial, costumam apresentar defeitos por co-esão naquela meta com conseqüente des-colamento da película devido as diferençasno CDTL, especificamente quando ocorremrápidos e grandes gradientes ou variaçõesde UR e temperaturas. Para situações comoestas, onde há também uma ciclização des-tes fatores, torna-se obrigatório o dimensio-namento de um CDTL bem pequeno ou omais baixo possível para a proteção. Uma

Todo concreto sem revestimento protetor está sujeito adesintegração, motivado pelas reações químicas oriundasda penetração da chuva ácida e de lixiviações constantes.A ausência de proteção adequada ao ambiente exige aexecução de trabalhos caros com materiais, muitas dasvezes incompatíveis com o próprio concreto original.

Os ambientes pertinentes aos locais acima sãodistintos e exigem proteção específica para oconcreto armado.

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sua empilhadeira

seu piso epóxico

ClarClarClarClarClaro que seu co que seu co que seu co que seu co que seu cliente não vliente não vliente não vliente não vliente não vai aai aai aai aai aterterterterterrissarrissarrissarrissarrissarum F-14 no piso eum F-14 no piso eum F-14 no piso eum F-14 no piso eum F-14 no piso epóxico que vpóxico que vpóxico que vpóxico que vpóxico que você aocê aocê aocê aocê aplicou.plicou.plicou.plicou.plicou.

Mas não é que poderia!!Mas não é que poderia!!Mas não é que poderia!!Mas não é que poderia!!Mas não é que poderia!!Os epóxis novolacs são famosos por sua resistência química. Mas água mole em pedra dura... O fato é que a película pode setornar quebradiça e ir perdendo sua adesão.Pesquisa não pára. Agora você tem o EPÓXI 28 flexibilizado, o EPÓXI 28 FLEX, com tecnologia novolac com polisulfeto. Estaformidável parceria garante, verticalmente, qualquer tranco, com altíssima resistência química e abrasão. Anos-luz à frentedos revestimentos epóxicos tradicionais.

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dica: tintas ou revestimentos estruturadoscom areia de sílica ou outros agregados ten-dem a ter um CDTL próximo do concreto, ouseja, bem diferente das películas com 100%de resina. Repare bem nestes números:

(interligação) e a maioria das tintas or-gânicas (epoxis, poliuretanos, poliéster,estervinílicos, etc) curam por polimeri-zação. Mais, a polimerização da tintanada mais é do que a interligação quími-ca de um ou mais monômeros para pro-duzir uma película polimérica. A densi-dade de interligações é avaliado pela fun-cionalidade do monômero. Por exemplo,um epóxi bisfenol A tem uma funcionali-dade de 1,9, e o epóxi bisfenol F, 2,1.Logo, o epoxi bisfenol F apresenta mai-or resistência química que o epóxi bisfe-nol A.A resistência térmica também aumentacom a funcionalidade. Os epóxis novo-lacs apresentam funcionabilidade vari-ando de 2,6 a 3,5, o que significa maiorresistência térmica e química que os epo-xis bisfenol F e A. A resistência química,além disso, também é influenciada pelostipos de agentes de cura empregados.Os epoxis curados com aminas cicloali-fáticas são muito mais resistentes queos epoxis curados com aminas alifáticasou poliamidas.

Resistência à luz ultra violetae a retenção do brilho

Toda tinta exposta à ação do tempo preci-sa resistir à radiação ultravioleta (UV) dosol. É sabido que os epóxis sofrem rápidadegradação quando expostos à ação dosol, ocorrendo pulverulência em seu filme,com exposição do pigmento. O poliureta-

GLOSSÁRIO

Ligações cruzadas ou interligações – liga-ção química entre cadeias de um polímero paraformar uma estrutura em rede, que impede a livremovimentação entre as moléculas. Um exemplode ligações cruzadas é a vulcanização da borracha.Monômero – substância em que suas moléculasindividuais são capazes de se ligarem para formarmoléculas longas (polímeros).Polímero – substâncias formadas por moléculascaracterizadas pela repetição (por ramificação, ex-tremidades soltas etc) de um ou mais tipos de uni-dades monoméricas.Poliéster – polímero caracterizado por uma ca-deia com unidades de repetição estrutural do tipoéster. Famoso pela inclusão de fibra de vidro emsua estrutura.Éster – produto da reação de um álcool e umácido.Époxi – polímeros caracterizados pela reação daepicloridrina com substâncias polihídricas, como osfenóis, glicois e novolacs.Funcionalidade – é o número de grupos reati-vos existentes em uma molécula.Polimerização – processo pelo qual pequenasmoléculas orgânicas (monômeros) reagem entre sipara formar polímeros (cadeia longa).

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É loucura deixar superfícies de concreto em contato direto com produtosextremamente ofensivos. Somente uma formulação epóxica, de formagarantida, atende a todas as exigências de resistência química ebacteriológica em estações de tratamento de esgotos e indústriasquímicas, com garantia, o epóxi 28. Os demais vão para o sacrifício.

Resistências térmica, química e física

As tintas e revestimentos indicados paraproteger paredes e pisos industriais preci-sam resistir bem a abrasão, erosão, des-gastes físicos diversos e exposição térmi-ca. Logo, é necessário conhecer as verda-deiras condições de exposição, ou seja, oambiente com suas substâncias químicase suas concentrações, duração e tipo emque se manifestam, seja a seco ou molha-do, além da temperatura. A resistência físi-ca tem a ver com os tipos de carregamen-to, o tráfego e, claro, o desgaste físico pre-cisa ser analisado. As tintas ou revesti-mentos elastoméricos oferecem excelenteresistência a impactos e quando bem di-mensionadas tornam-se a melhor soluçãocontra a ação química. É o caso do novoepóxi 28 elastomérico. Este material, oselastoméricos, podem não ser adequadosquando se exige grande resistência à abra-são e ao desgaste físico. A dureza da pelí-cula tem papel principal aqui.A resistência química da tinta é afetadapela sua densidade de ligações cruzadas

no, os polisiloxanos e o acrílico, por suavez, têm excelente resistência à luz UV.

Películas finas e grossas?

Não há uma padronização universal do queseja uma película fina ou grossa. No entan-to, há tendências que conduzem à seguintedefinição:

Películas finas

São caracterizadas por terem espessura defilme seco (EFS) até 500 micrômetros e não

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*MMAs = acrílico do metacrilato de metila.

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Para ter maisinformações sobreAnálises.

REFERÊNCIAS• Walter Carlos Pessanha é Eng° Químico

com grande experiëncia em tintas aplicadasem concreto.

• The Fundamentals of cleaning and coatingconcrete – Randy Nixon e Dr. Richardd Drisko.

• Burns, Goeffrey. Alkyds. In generic coatingstypes: and introduction to industrial maintenancecoating material.

• ICRI guideline nº 03732. Selecting andspecifiying concrete surface preparation forsealers, coatings and polimers overlays.

GLOSSÁRIO

Coeficiente de dilatação térmica – medidado aumento de volume inicial devido ao aumentoda temperatura.Bisfenol – são as resinas que caracterizam o epó-xi.Coesão – capacidade de se manter unido ummaterial.Coeficiente de dilatação térmica linear –mudança no comprimento, usando-se uma unidadede comprimento, de um material devido a mudan-ças da temperatura.

The society for protective coatings.

*MMAs = acrílico do metacrilato de metila.The society for protective coatings.

Como se manifestam as películasC)Perda da proteção superficial - típico de tintas com

grande porcentagem de solventes (voláteis) apli-cadas durante clima quente e vento. O solvente,como transportador, vai embora e não faz pene-trar a resina.

D)Descolamento - superfície mal preparada, presen-ça de água, primer inadequado ou ausente, in-compatibilidade de CDTLs, etc, interferem na ade-são.

E) Descolamento entre camadas - comum em pintu-ras ou revestimentos que tenham múltiplas cama-das. A causa mais comum é o tempo do toquelivre que não foi respeitado, assim como presençade contaminantes, etc.

F) Descolamento devido ao abafamento da umi-dade - o desconhecimento da transmissão dovapor proveniente do concreto e/ou do solo,facilmente verificado com o teste TVA-OK é oresponsável por esta patologia, muito comumem pisos epóxicos e vinílicos. Além do aumentoda concentração do vapor há, também, forma-ção de sais cristalinos que também aumentamde volume.

A)Furos - são causados pelo movimento do gás ouvapor d’água através de uma película mal curada.

B) Fissuras refletivas - películas que cobrem trincasou fissuras existentes que ainda têm movimenta-ção.

são estruturadas, podendo ter agregadosou cargas. São aplicadas por spray, rolo outrincha.

Películas grossas

Apresentam EFS maior que 500 micrôme-tros, podendo ser estruturadas com agre-gados em sua película. Geralmente são apli-cadas com bombas de dois componentesou com rolo.

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Joaquim Rodrigues

Entenda o único mecanismo que, efetivamente, interrompe a corrosão no concretoarmado-protendido: proteção catódica com ANODOS DE SACRIFÍCIO.

Quando determinada região de uma arma-dura corrói, esta região é reativa e denomi-nada anodo. Ao ligarmos esta área da arma-dura a um metal chamado anodo de sacrifí-cio (AS) mais reativo ou mais anódico queaquela região do aço, este transforma-seem catodo, parando de corroer. O AS passaa ser o anodo e corrói em beneficio do aço.A utilização do AS no concreto armado-pro-tendido segue as diretrizes das normasNACE RP0290-90 “Standard recommendedpractice for cathodic protection of reinfor-cing steel in atmospherically exposed con-crete structures”, NACE RP0187-90 “Stan-dard recommended practice for design con-

Os segredos dacorrosãoV

siderations for corrosion control of reinfor-cing steel in concrete” e a norma ACI 222R-96 “Corrosion of metals in concrete”. To-das à disposição do leitor.Assim, a corrosão do aço é facilmente in-terrompida, quando instalamos AS junto aarmaduras corroídas ou que apresentemcondições para corroer (preventivo), esta-belecendo-se um verdadeiro sistema dedefesa do aço chamado proteção catódica(PC) por corrente galvânica, baseada na leida natureza de que metais diferentes pos-suem potenciais eletroquímicos desiguais.Quer dizer, cria-se uma pilha galvânica, im-pulsionada pelo potencial elétrico resultante

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CORROSÃO

Corrosão no concreto armado

10

20

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10 20 30

Tempo (anos)

Despla

cam

ento

sdo

concre

to(%

da

áre

ato

t al)

Sem proteção catódica ourecuperações inespecíficascontra a corrosão.

Com proteção catódica.

RECUPERAR • Setembro / Outubro 200328continua na página 30.

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JAQUETA GSabe a zona de variação da maré? Aqueles dois metros de água quesobe e desce? Corrosão, não é? Passam dois ou três anos e a corrosãovolta pior. Mais reforço, mais sobrecarga, mais dinheiro... JAQUETA Ginterrompe tudo isso. A malha galvânica da JAQUETA G interrompe, nahora, o processo de corrosão. Nada de barreiras passivas e perigosascom argamassa, epóxi ou jaquetas passivas de concreto. Concreto eaço não são super-heróis. Zona de variação da maré oxigena mais quepeito de corredor. Água e oxigênio no concreto armado-protendido écorrosão contínua. Interrompa tudo isso com JAQUETA G.

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da diferença de potencial (ddp) entre os doismetais em contato iônico e elétrico.

Como funciona a PC

Supondo que, numa peça de concreto ar-mado, utilizemos um AS composto por umaliga de metais reativos em contato com oaço das armaduras, através de um arame,para fazer a nossa PC. Um detalhe impor-tante que deverá ser entendido e posto emprática é a otimização do contato iônicoentre o aço e a liga reativa, sem o que a PCnão funcionará adequadamente, já que amatriz cimentícia seca é um péssimo condu-

tor iônico, principalmente quando incorpo-ra aditivos plastificantes, aceleradores depega etc. Assim, incorporando à massa derecuperação condições iônicas adequadas,permitiremos que os metais da liga ionizeme corroam, produzindo corrente necessáriaà transformação da região anódica do açoem catódica. Daí o nome proteção catódi-ca. O metal da liga, ao produzir esta corren-te de proteção, passa da condição de partí-culas metálicas para a condição de íons emdireção à massa eletrolítica envolvente, aomesmo tempo em que liberam elétrons pelofio, suficiente para gerar corrente de prote-

ção às armaduras, impulsionada pelo altopotencial (voltagem) do AS.

Propriedades do AS

O AS deve, preferencialmente, ser compos-to por uma liga de metais reativos, ao invésde um único metal. Desta forma, pode-se di-mensionar a diminuição e até mesmo impedirsua tendência natural de formar um filmesuperficial (produtos da corrosão), conse-qüência da sua corrosão, estabelecendo umapassividade indesejável. Esta passividadereduz a auto-corrosão do AS e diminui a pro-

GLOSSÁRIO

Ionização – processo no qual átomos ganhamou perdem elétrons.Pilha Galvânica – uma pilha que gera correnteelétrica. Consiste de dois metais diferentes emcontato, havendo um eletrólito entre eles.Eletrólito – substância que, em solução, é com-posta por íons e que conduz corrente elétrica. Umasolução de íons. Um condutor iônico.Curto Circuito – ligação entre dois pontos comdiferentes potenciais e resistência muito baixas. Acorrente, conseqüência da ligação, tem grande in-tensidade. Nos circuitos com fios, a corrente podeser tão grande que pode provocar a fusão docondutor, daí a necessidade de proteger-se a ins-talação elétrica contra curto-circuitos, utilizando-se fusíveis, que nada mais são do que fios debaixo ponto de fusão. Quando a corrente ultrapas-sa um valor pré-fixado fundem-se, interrompendoo circuito.

Esquema de interrupção da corrosão com AS na forma de VARA GALVÂNICA G. Repareque o AS, literalmente, injeta corrente (e-) nas armaduras. Este fluxo de elétrons dos ASpara o aço é que permite que o próprio AS corroa, “ligando” assim a pilha galvânica. Destaforma, o processo de corrosão é invertido. O AS é que corrói agora.

Região inferior da viga invertida de umalaje de um estádio de futebol em região demaresia. Repare que, devido à corrosãoforam perdidos todos os estribos, járepostos. As armaduras principais, após adesoxidação, ainda apresentam pequenascélulas da corrosão que perpetuarão oprocesso. Há suspeitas de contaminaçãodo concreto pela maresia. A instalação deproteção catódica por anodos de sacrifíciointerromperá o processo.

Típico mecanismo de corrosão provocado pela polarizaçãocatódica do catodo, em função da facilidade com que o oxigê-nio chega à superfície do aço. No anodo deposita-se hidróxi-do ferroso, de cor mais amarelada. Nos catodos adjacentes,com maior área, deposita-se hidróxido férrico, de cor verme-lho-marrom, a verdadeira cor da ferrugem. Se a película dohidróxido férrico se mantém intacta, o ferro passiva-se, pelofato de ser pouco solúvel, dificultando o acesso da água e dooxigênio. Repare na diferença entre as áreas anódica e catódi-ca.

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dução da corrente da PC. Por outro lado, tam-bém como fator condicionante, a massa darecuperação, que envolverá o AS, deverá terbaixa resistividade ou, o que é o mesmo, tercondutividade suficiente para permitir que omesmo corroa, sem o que não haverá trocagalvânica com o aço e a conseqüente PC. Ofator condicionante da massa tem a ver coma resistência ôhmica, eterna oposição à pas-

sagem da corrente elétrica e que depende daresistividade do concreto que, naturalmen-te, é extremamente alta. Ao instalar o AS,dever-se-á promover a inclusão de um aditi-vo específico na massa envolvente, excetopara as pastilhas galvânicas, cuja massa jáestá ionizada, de modo a diminuir esta opo-sição, favorecendo a passagem da cavalariasalvadora até as regiões com corrosão ouem vias de. Como todo e qualquer polímeroé dielétrico, conseqüentemente, dever-se-áevitar o uso de argamassas ou grouts pré-fabricados. Estas massas de recuperação ge-ralmente são ricas em polímeros na forma deplastificantes, espessantes, aceleradores depega etc, impedindo o metal anódico de io-nizar junto à interface comum de contato e,conseqüentemente, liberar corrente atravésdo arame de fixação com a região corroída daarmadura.Outro fator condicionante importante é avoltagem propulsora do AS, que deveráser a maior possível e oferecer o melhorcusto-benefício, particularmente para tra-balhar no ambiente chamado concreto.Baseado na antiga e elementar lei de Ohm,que diz que a voltagem (E) é proporcionalà corrente (I) e à resistência (R) do circui-to (E = RI), poder-se-á anunciar aos qua-

tro ventos que a força que acionará a PCserá a voltagem propulsora E entre o ASpolarizado, a massa de recuperação e aarmadura agora catodizada ou protegida.Como conseqüência, surge a bela e mara-vilhosa corrente I que terá como obstá-culos a maratona de resistências ôhmi-cas entre o anodo e o catodo, incluindoos próprios, ou seja:

GLOSSÁRIO

Resistência – propriedade de opor-se à passa-gem da corrente elétrica, medida em ohms, e per-tinente a todo condutor seja eletrolítico (eletrólito)ou metálico (cobre). Um circuito com resistênciazero considera-se em curto-circuito, ou seja comcircuito fechado, enquanto que quando a resistên-cia for infinitamente grande o circuito é chamadode circuito aberto. Em circuitos metálicos utilizam-se resistores para impedir ou limitar o fluxo de cor-rente.Resistor – componente elétrico que introduz umaresistência num circuito.Voltagem – diferença de potencial entre dois pon-tos, medido em volts.Queda de voltagem – perda de corrente elétricacausada pela passagem através de meios resisti-vos.Polaridade – pripriedade que distingue, num cir-cuito eletrolítico ou metálico, um ponto de potencialmais alto de um mais baixo. Aquele tem polaridadepositiva em relação a este. Numa fonte de forçaeletromotriz, a polaridade dos seus terminais indicao sentido de circulação da corrente que é do termi-nal de polaridade positiva para o de negativa.

Não se chateie mais com jateamento e proteção com tintas. Acada quatro ou seis anos a mesma rotina e o mesmo gasto.Proteção por barreira é limitada e totalmente passiva. Use ZLP,proteção galvânica na forma de proteção ativa e inteligente.Cada partícula de sua película faz troca galvânica com a super-fície metálica, garantindo um mínimo de 15 anos sem qualquerproblema de corrosão. Não se chateie mais com barreiras ejateamentos... Aplique ZLP, com rolo, trincha ou spray.

PROTEÇÃO CATÓDICA LÍQUIDA

ZLPZLP

Tele-atendimento(0XX21) 2493-6740

fax (0XX21) [email protected]

Fax consulta nº 29

Após o jateamento?

ZLP

A instalação de um anodo de sacrifício tipopastilha, vara galvânica, ZTP etc em umaestrutura de concreto armado-protendidoassemelha-se a um circuito elétrico simplese a um eletrolítico.Um outro aspecto que deprecia o uso deAS à base de um único metal é o ambienteno qual estará inserido. No caso do con-creto, o AS à base de zinco puro não é

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A única garantia de tratamento da corrosão localizada em estruturas de concretoarmado-protendido é com proteção catódica. Pastilha Z é o seu nome. Proteção

localizada e efetiva em qualquer situação, comprovada com a semi-pilha. Pastilha Zé facilmente incorporada à estrutura.

A única garantia de tratamento da corrosão localizada em estruturas de concretoarmado-protendido é com proteção catódica.

Pastilha Z

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Sem tratamento efetivo da corrosão, todarecuperação estrutural é igual.

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uma boa idéia já que este metal é muitosensível e corrói com facilidade quandoimerso em ambientes alcalinos, criandouma película resistente, apassivando e di-minuindo a produção da corrente de pro-teção.A resistividade do concreto varia com otempo (sol, chuva) e com as característi-cas do ambiente que circunda a estrutura(por exemplo, o industrial) e isto, no finaldas contas, também afetará o AS.

GLOSSÁRIO

Lei de Ohm – a natural queda de voltagem atra-vés de um circuito elétrico ou metálico, que tenharesistência R, também conhecida como queda IR, édada pela lei de Ohm: E = IR. Onde E é o poten-cial ou voltagem em volts, I é a corrente em am-peres e R é a resistência em Ohm.

Dielétrico – diz-se do material que não conduzenergia elétrica.

Polarização – mudança do potencial, original-mente em estado de circuito aberto, em uma re-gião da armadura provocado pela passagem decorrente.

Potencial de Circuito Aberto – é o potencialde uma região da armadura, medido com umasemi-pilha, quando não há passagem de corrente.

Passividade – Condição na qual uma região daarmadura, devido à existência de uma coberturaou película de óxidos ou qualquer outro material,apresenta um potencial bem mais positivo que aque-le que a caracteriza, quando apresenta-se em esta-do ativo de corrosão.

e-mail consulta nº 30

Para ter maisinformações sobreCorrosão.

REFERÊNCIAS• Joaquim Rodrigues é engenheiro civil , membro

de diversos institutos nos EUA, em assuntos depatologia da construção. É editor e diretor daRECUPERAR, além de consultor técnico de di-versas empresas.

• Sophie J. Bellord “Thermal-sprayed ZincAnodes: Lab. and Field Studies.

• Paul D. Carter. “Galvanic Cathodic ProtectionRepair of Reinforced Concrete”.

• The electrochemistry of corrosion. D.L.Piron.

• H.H. Uhlig, corrosion.

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O AS é mais ativo que o ferro Fe pois pos-sui um potencial mais energético. Destaforma, manda elétrons para o Fe carre-gando-o na interface Fe-concreto. O re-sultado é uma polarização negativa do Fe,com conseqüente proteção.

A instalação da pastilha galvânica.

Só existe uma maneira

ReatividadeÁlcali-Sílica...

...em estruturas existentes

RENEWLITHIUM FÓRMULA

...em estruturas a serem executadas

LIFETIMELITHIUM FÓRMULA

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de interromper a

“Estacas de pontes na zona devariação da maré. Novas

soluções.”

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