A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA...
Transcript of A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA...
0
UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Curso de Fisioterapia
GABRIELA PEREIRA RODRIGUES
LAIS SOLITO DE MORAES BARBOSA
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA GESTAÇÃO
Bragança Paulista
2015
1
GABRIELA PEREIRA RODRIGUES – R.A. 001201101200
LAIS SOLITO DE MORAES BARBOSA – R.A. 001201100852
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA GESTAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Curso de Fisioterapia da Universidade São
Francisco, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em
Fisioterapia.
Orientadora Temática: Prof.ª M.ª Nathália
Aiello Montoro
Orientadora Metodológica: Prof.ª M.ª Grazielle
Aurelina Fraga de Sousa.
Bragança Paulista
2015
2
GABRIELA PEREIRA RODRIGUES
LAIS SOLITO DE MORAES BARBOSA
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA GESTAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado
pelo Programa de Graduação em Fisioterapia
da Universidade São Francisco, como
requisito parcial para a obtenção do título de
Bacharel em Fisioterapia.
Data de aprovação: __/__/____
Banca examinadora:
Prof.ª M.ª Nathália Aiello Montoro (Orientadora Temática)
Universidade São Francisco
Prof.ª M.ª Grazielle Aurelina Fraga de Sousa (Orientadora Metodológica)
Universidade São Francisco
D.r Ariovaldo Hauck da Silva (Examinador Convidado)
Faculdade de Medicina de Jundiaí
3
Aos meus pais,
Maria Goreti Siqueira Pereira Rodrigues e Vicente Rodrigues Sobrinho, ao meu irmão
Mateus Pereira Rodrigues, e ao meu namorado Lucas Donizetti Pereira.
(Gabriela Pereira Rodrigues)
Aos meus pais,
José Antonio de Moraes Barbosa e Marcia Solito de Moraes Barbosa.
(Lais Solito de Moraes Barbosa)
4
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, que permitiu que tudo isso acontecesse e por
ter nos dado saúde е força para superar as dificuldades.
Aos nossos pais, pelo amor, incentivo е apoio incondicional nas horas difíceis de
desânimo е cansaço, por toda paciência, por ter nos dado toda a educação necessária, e
por não terem medido esforços para que chegássemos até esta etapa seguindo nosso
caminho com êxito e competência.
Aos nossos irmãos e familiares que mesmo nos momentos de ausência, sempre
fizeram entender que о futuro é feito а partir da constante dedicação no presente.
À nossa orientadora Prof.ª M.ª Nathália Aiello Montoro pelo empenho dedicado à
elaboração deste trabalho, pela paciência, por todo suporte, apoio е confiança, e por todas
as suas correções е incentivos.
À nossa orientadora Prof.ª M.ª Grazielle Aurelina Fraga de Sousa por toda ajuda que
nos deu na parte metodológica, tornando possível a execução e conclusão deste trabalho.
A todos os nossos professores por terem nos proporcionado о conhecimento não
apenas racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no processo de
nossa formação profissional, por toda dedicação, não somente por terem nos ensinado, mas
por terem nos feito aprender. А palavra mestre, nunca fará justiça aos professores
dedicados aos quais sem nominar terão os nossos eternos agradecimentos.
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, о nosso muito
obrigado.
5
“Que os vossos esforços desafiem as
impossibilidades, lembrai-vos de que as
grandes coisas do homem foram
conquistadas do que parecia impossível.”
Charles Chaplin
6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................7
2 OBJETIVO....................................................................................................................8
2.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................................8
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................8
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................9
4 ARTIGO CIENTÍFICO.................................................................................................10
APÊNDICES....................................................................................................................19
APÊNDICE A - Questionário de Atividade Física para Gestante....................................20
ANEXOS..........................................................................................................................21
ANEXO A – Questionário de Atividade Física para Gestante (QAFG)...........................22
ANEXO B – Normas da Revista......................................................................................27
ANEXO C – Cópia do parecer de aprovação do CEP....................................................31
7
1 INTRODUÇÃO
Durante o período gestacional a mulher sofre modificações fisiológicas, como: alterações do sistema hormonal, musculoesquelético, cardiovascular, respiratório, tegumentar, urinário, gastrointestinal e alterações psicológicas (ANJOS; PASSOS; DANTAS, 2003; STEPHENSON; O’CONNOR, 2004). Algumas das intercorrências que alteram o curso natural da gestação e que passam a representar alto risco materno e fetal são as síndromes hipertensivas da gravidez (SHG). As SHG estão associadas à incidência de parto pré-termo, onde a prematuridade pode variar de acordo com a gravidade da doença (YE. et al, 2010). A pré-eclâmpsia apresenta maior incidência e juntamente com as demais desordens hipertensivas são responsáveis por alto índice de morte materna, especialmente nos países em desenvolvimento (BARTON; SIBAI, 2008; KHAN. et al, 2006).
Mulheres sedentárias antes da gestação apresentam declínio do condicionamento físico durante a gravidez, associado a isto, a falta de atividade física regular é um dos fatores que levam a um maior risco de doenças durante e após a gestação (HAAS. et al, 2005). Investigações atuais identificam efeitos protetores para mulheres fisicamente ativas na gestação sobre prematuridade (MATIJASEVICH; DOMINGUES, 2010), diabetes gestacional e pré-eclâmpsia (TAKITO; BENÍCIO; NERI, 2009). Tanto o sobrepeso e obesidade pré-gestacional como aumento excessivo de peso na gestação são problemas relevantes no Brasil das últimas décadas (STULBACH. et al, 2007; NUCCI. et al, 2001; DREHMER. et al, 2010), devido a isto, há importância de estudos sobre atividades físicas durante o período gestacional.
A mulher na fase gestacional não realiza atividades físicas, nem de lazer, se tornando mais sedentária quando comparada com o restante da população. O sedentarismo é um fator de risco modificável e estudos mostram cada vez mais os vários benefícios da prática da atividade física para esta população. Entre as vantagens da prática de atividade física na gravidez, destacam-se: prevenção de lombalgias, melhora no sistema cardiovascular; fortalecimento da musculatura pélvica; redução de cesáreas e partos prematuros, diminuição das dores do parto; melhora na flexibilidade; controle do ganho excessivo de peso e melhora na autoestima (BATISTA. et al, 2003).
A relevância deste estudo se dá devido ao fato de que um alto número de mulheres são inativas durante a gestação, e apenas um percentual muito baixo são suficientemente ativas (CARVALHAES, et al. 2013).
8
2 OBJETIVO
2.1 Objetivo Geral
Relacionar a inatividade física durante a gestação com o desenvolvimento de
patologias gestacionais e prematuridade
2.2 Objetivos Específicos
Verificar a prevalência de patologias obstétricas na amostra estudada.
Verificar os efeitos protetores da atividade física na gestação.
Avaliar através do questionário QAFG atividades físicas realizadas no momento de
lazer, exercício, esporte, trabalho, meio de locomoção, cuidar de outras pessoas e tarefas
domésticas durante o último trimestre gestacional.
Pesquisar na literatura sobre o tema e correlacionar com os resultados encontrados
no presente estudo.
9
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANJOS, G. C. M.; PASSOS, V.; DANTAS, A. R. Fisioterapia aplicada á fase gestacional: uma revisão da literatura. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia)- Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, 2003. BARTON, John R.; SIBAI, Baha M. Prediction and prevention of recurrent preeclampsia. Obstetrics & Gynecology, v. 112, n. 2, Part 1, p. 359-372, 2008. BATISTA, Daniele C. et al. Atividade física e gestação: saúde da gestante não atleta e crescimento fetal. Rev Bras Saúde Matern Infant, v. 3, n. 2, p. 151-8, 2003. DREHMER, Michele et al. Socioeconomic, demographic and nutritional factors associated with maternal weight gain in general practices in Southern Brazil. Cadernos de Saúde Pública, v. 26, n. 5, p. 1024-1034, 2010. HAAS, Jennifer S. et al. Changes in the health status of women during and after pregnancy. Journal of General Internal Medicine, v. 20, n. 1, p. 45-51, 2005. KHAN, Khalid S. et al. WHO analysis of causes of maternal death: a systematic review. The lancet, v. 367, n. 9516, p. 1066-1074, 2006. CARVALHAES, Maria et al. Atividade física em gestantes assistidas na atenção primária à saúde. Rev Saúde Pública, v. 47, n. 5, p. 958-67, 2013. MATIJASEVICH, ALICIA; DOMINGUES, MARLOS RODRIGUES. Exercício físico e nascimentos pré-termo. Rev Bras Ginecol Obstet, v. 32, n. 9, p. 415-9, 2010. NUCCI, Luciana Bertoldi et al. Assessment of weight gain during pregnancy in general prenatal care services in Brazil. Cadernos de Saúde Pública, v. 17, n. 6, p. 1367-1374, 2001. STERPHESON, R. G.; O’CONNOR, L. J. Fisioterapia aplicada à ginecologia e obstetrícia. 2 ed. Barueri: Manole, 2004. STULBACH, Tamara E. et al. Determinantes do ganho ponderal excessivo durante a gestação em serviço público de pré-natal de baixo risco. Rev. bras. epidemiol, v. 10, n. 1, p. 99-108, 2007. TAKITO, Monica Yuri; BENÍCIO, Maria Helena D.'Aquino; NERI, Lenycia de Cassya Lopes. Physical activity by pregnant women and outcomes for newborns: a systematic review. Revista de saúde pública, v. 43, n. 6, p. 1059-1069, 2009. YE, R. W. et al. [Prospective cohort study of pregnancy-induced hypertension and risk of preterm delivery and low birth weight]. Zhonghua yu fang yi xue za zhi [Chinese journal of preventive medicine], v. 44, n. 1, p. 70-74, 2010.
10
4 ARTIGO CIENTÍFICO
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA GESTAÇÃO
The Importance of Physical Activity during the Pregnancy
Gabriela Pereira Rodriguesa, Lais Solito de Moraes Barbosab, Grazielle A.
Fraga de Sousac, Nathália Aiello Montorod
a
Acadêmica de Graduação do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF), Bragança Paulista, SP - Brasil, e-mail: [email protected]
b Acadêmica de Graduação do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF),
Bragança Paulista, SP - Brasil, e-mail: [email protected] c Mestre em Biologia Funcional e Molecular pela UNICAMP e docente do curso de Graduação
em Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF), Bragança Paulista, SP - Brasil, e-mail: [email protected]
d Mestre em Tocoginecologia pela UNICAMP e docente do curso de Graduação em
Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF), Bragança Paulista, SP - Brasil, e-mail: [email protected]
Resumo
Objetivo Relacionar a prática de atividade física durante a gestação com o desenvolvimento de patologias gestacionais e prematuridade. Métodos Estudo analítico transversal, realizado no Hospital Universitário São Francisco (HUSF) e na Santa Casa de Misericórdia de Itatiba no período de dezembro/2014 a março/2015. Foram selecionadas 49 puérperas. Aplicou-se o Questionário de Atividade Física para Gestante (QAFG) e questionário próprio desenvolvido para esta pesquisa. Os critérios de inclusão foram idade de 18 a 35 anos, histórico de diabetes gestacional, síndromes hipertensivas gestacionais, parto prematuro ou gestação saudável. Excluindo qualquer outra intercorrência gestacional que não as citadas acima. Resultados Entre as puérperas selecionadas 83,7% não apresentaram intercorrências gestacionais. As puérperas com síndromes hipertensivas da gestação representaram 8,2%, enquanto diabetes gestacional 6,1% da amostra e prematuridade 2%. Entre as puérperas 51% praticaram algum tipo de atividade física durante a gestação, sendo que 46,9% destas realizavam caminhada. Considerando apenas as mulheres que apresentaram intercorrências gestacionais, 50% realizavam algum tipo de atividade física. Enquanto entre as mulheres com gestação saudável 51,2% realizavam atividade física, o que não representou associação significativa entre a prática de atividade física e a presença de intercorrências gestacionais (p>0,05). Conclusão Verificou-se que a maioria das mulheres realizaram atividades físicas durante a gestação, porém não pode ser comprovado os efeitos protetores do exercício.
Descritores: Exercício Físico. Gestação. Pré-Eclâmpsia. Diabetes Gestacional.
11
Abstract Objective The objective of this study was to relate the practice of physical activity during pregnancy to the development of pathologies of pregnancy and prematurity. Method Cross-sectional analytical study, conducted at the University Hospital San Francisco (HUSF) and the Santa Casa de Misericordia of Itatiba from December 2014 to March 2015. 49 puerperal were selected. It was applied the questionnaire of physical activity for pregnant women (QAFG) and a questionnaire was developed for this research. Inclusion criteria were age 18 to 35 years, history of gestational diabetes, gestational hypertensive syndromes, premature birth or pregnancy healthy. Excluding any other complications than those cited above. Results Among the recent mothers, 83.7% selected did not show adverse pregnancy complications. The puerperal with hypertensive syndromes of pregnancy represented 8.2%, while gestational diabetes 6.1% of the sample and prematurity 2%. Among puerperal 51% practiced some type of physical activity during pregnancy, with 46.9% of these performed walking. Considering only women who have complications of pregnancy, 50% performed some kind of physical activity. However among women with pregnancy healthy 51.2% performed physical activity, which did not represent a significant association between the practice of physical activity and the presence of complications of pregnancy (p > 0.05). Conclusion It was found that most women performed physical activities during pregnancy, but cannot be proven the protective effects of exercise.
Descriptors: Physical Exercice. Pregnancy. Preeclampsia. Gestational Diabetes.
INTRODUÇÃO
Durante o período gestacional a mulher sofre modificações fisiológicas, como:
alterações do sistema hormonal, musculoesquelético, cardiovascular, respiratório,
tegumentar, urinário, gastrointestinal e alterações psicológicas.2,20 Algumas das
intercorrências que alteram o curso natural da gestação e que passam a representar alto
risco materno e fetal são as síndromes hipertensivas da gestação (SHG). As SHG estão
associadas à incidência de parto pré-termo, onde a prematuridade pode variar de acordo
com a gravidade da doença.24 A pré-eclâmpsia apresenta maior incidência e juntamente com
as demais desordens hipertensivas são responsáveis por alto índice de morte materna,
especialmente nos países em desenvolvimento.3,12
Mulheres sedentárias antes da gestação apresentam declínio do condicionamento
físico durante a gravidez, associado a isto, a falta de atividade física regular é um dos
fatores que levam a um maior risco de doenças durante e após a gestação.10 Investigações
atuais identificam efeitos protetores para mulheres fisicamente ativas na gestação sobre
prematuridade,14 diabetes gestacional e pré-eclâmpsia.22 Tanto o sobrepeso e obesidade
pré-gestacional como aumento excessivo de peso na gestação são problemas relevantes no
12
Brasil das últimas décadas,21,18,8 devido a isto, há importância de estudos sobre atividades
físicas durante o período gestacional.
A mulher na fase gestacional não realiza atividades físicas, nem de lazer, se
tornando mais sedentária quando comparada com o restante da população. O sedentarismo
é um fator de risco modificável e estudos mostram cada vez mais os vários benefícios da
prática da atividade física para esta população. Entre as vantagens da prática de atividade
física na gravidez, destacam-se: prevenção de lombalgias, melhora no sistema
cardiovascular; fortalecimento da musculatura pélvica; redução de cesáreas e partos
prematuros, diminuição das dores do parto; melhora na flexibilidade; controle do ganho
excessivo de peso e melhora na autoestima.4
A relevância deste estudo se dá devido ao fato de que um alto número de mulheres
são inativas durante a gestação e apenas um percentual muito baixo são suficientemente
ativas.5 Portanto o objetivo deste estudo foi relacionar a inatividade física durante a gestação
com o desenvolvimento de patologias gestacionais e prematuridade.
MÉTODOS
Estudo analítico transversal, realizado no Hospital Universitário São Francisco
(HUSF) e Santa Casa de Misericórdia de Itatiba, abrangendo rede do Sistema Único de
Saúde (SUS), convênios e particular. Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade São Francisco (USF), com ciência e autorização dos responsáveis pelo setor
de ginecologia e obstetrícia do HUSF e Santa Casa de Misericórdia de Itatiba. Todas as
participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, redigido conforme a
Resolução nº 196/96, do Conselho Nacional de Saúde. Foram selecionadas puérperas no
período de dezembro de 2014 a março de 2015, respeitando faixa etária de 18 a 35 anos,
para obter uma amostra homogênea quanto aos riscos gestacionais. A amostra foi
composta por mulheres com diabetes gestacional, síndromes hipertensivas gestacionais,
parto prematuro e mulheres que tiveram a gestação saudável. Foram excluídas qualquer
outra doença ou intercorrências gestacionais, que não as citadas acima.
Aplicou-se o Questionário de Atividade Física para Gestantes (QAFG)19 e
questionário próprio desenvolvido para esta pesquisa. O QAFG capta o tempo diário gasto
em atividades físicas realizadas no momento de lazer, exercício, esporte, trabalho, meio de
locomoção, cuidar de outras pessoas e tarefas domésticas. Enquanto o questionário
desenvolvido para a pesquisa abordou os dados pessoais da puérpera, se apresentou
alguma patologia gestacional ou parto prematuro, qual o tipo de atividade física realizada, a
frequência e o período gestacional de início e término da mesma. Os questionários foram
aplicados em forma de entrevista individualmente.
13
Os dados foram organizados no programa estatístico SPSS 22.0, sendo realizada
análise descritiva com cálculos de frequência, porcentagem, média e desvio padrão. O teste
Qui-quadrado foi utilizado para analisar associações entre as variáveis, sendo aceito nível
de significância de 5% (p≤0,05).
RESULTADOS
Foram selecionadas 49 puérperas, entre estas a média de idade foi de 26,1 (±4,84)
anos, 42,9% tinham ensino médio completo, 38,8% renda mensal de 2 a 3 salários mínimos.
As intercorrências gestacionais são demonstradas no gráfico 1.
Gráfico 1: Intercorrências gestacionais
Com relação ao índice de massa corpórea (IMC) anterior à gestação, 57,1%
apresentaram peso ideal, 24,5% sobrepeso e 12,2% obesidade. Não foi encontrada
associação significativa entre a presença de IMC alto e intercorrências gestacionais
(p>0,05).
Considerando a amostra total, 51% das puérperas praticaram algum tipo de atividade
física durante a gestação, sendo que 46,9% destas realizavam caminhada (gráfico 2).
Considerando apenas as mulheres que apresentaram intercorrências gestacionais, 50%
realizavam algum tipo de atividade física, enquanto entre as mulheres com gestação
saudável 51,2% realizavam. Desta forma não houve associação significativa entre a prática
de atividade física e a presença de intercorrências gestacionais (p>0,05).
14
Gráfico 2: Tipo de atividades físicas mais realizadas entre as gestantes selecionadas
Com relação ao período gestacional em que as mulheres responderam ter iniciado e
interrompido a prática de atividade física, 36,7% responderam que iniciaram entre a 1ª e 8ª
semana gestacional e 34,7% encerraram as atividades entre a 32ª e 40ª semana
gestacional, respectivamente. Para a variável frequência da prática de atividade física,
16,3% responderam que realizaram mais de quatro vezes na semana, seguido de 14,3%
que praticavam duas vezes, 12,2% três vezes, 10,2% uma vez e 2% quatro vezes por
semana.
No QAFG foi possível observar que grande parte do tempo era gasto assistindo TV
ou em tarefas domésticas (tabela 1).
Tabela 1: Atividades diárias mais realizadas pelas gestantes (gastos mais de 3 horas por dia).
Atividades n %
Assistindo TV 21 42,86
Fazendo limpeza leve 14 28,57
Fazendo limpeza pesada 14 28,57
Trabalhando em pé 12 24,49
Computador, lendo, escrevendo, ou no celular 11 22,45
Trabalhando sentada 10 20,41
Cuidando / Brincando com criança em pé 10 20,41
15
DISCUSSÃO
Estudos afirmam que a prática regular de atividade física pela gestante, por no
mínimo 30 minutos diários, promove diversos benefícios, tendo efeito protetor inclusive na
prevenção de diabetes gestacional e pré-eclâmpsia.1,7,15 Segundo revisão sistemática
realizada por Dempsey et al. (2005)7, gestantes praticantes de atividades físicas, quando
comparadas às inativas, apresentam uma redução de aproximadamente 50 e 40% no risco
de desenvolver diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, respectivamente. No presente estudo
não foi possível confirmar esta estatística, provavelmente pelo pequeno tamanho amostral
(n=49) e ao baixo índice de gestantes com as intercorrências estudadas, representando
apenas 16,3% das puérperas entrevistadas.
Apesar de estudos comprovarem os efeitos benéficos da prática de atividade física
na gestação, em nosso estudo 51% das entrevistadas praticavam. Segundo a literatura, a
caminhada é o exercício mais realizado pelas gestantes,17 isso foi observado também em
nosso estudo, onde entre as praticantes de atividade física 92% a realizavam. Algumas das
entrevistadas, não realizavam caminhada como forma de exercício e sim por necessidade a
fim de locomoção (da casa para o trabalho, para o ponto de ônibus, entre outros). Este dado
foi confirmado através do QAFG, onde entre as 23 mulheres que realizavam caminhada,
69,5% praticavam como forma de exercício (mais de 30 minutos por dia), enquanto 30,5%
realizavam por locomoção.
Mulheres ativas antes da gestação podem continuar com sua rotina de exercícios ou
adaptá-las, podendo ser realizadas entre quatro e cinco vezes na semana em sessões de
30 minutos ou mais.1,23,25 Pode-se observar em nosso estudo que 32% das mulheres que
realizavam atividade física praticavam mais de quatro vezes na semana, o que pode ter
favorecido ao baixo índice de patologias obstétricas observado nesta amostra.
Por outro lado, a literatura aponta que a gestante apenas deve iniciar ou retomar a
sua rotina de exercícios habituais após a primeira consulta de pré-natal, onde deverá ser
estabelecida a ausência de qualquer risco gestacional. De acordo com The American
College of Obstetricians and Gynecologists Committee Obstetric Practice (2002)1, a
atividade física de intensidade leve a moderada é recomendada a todas as grávidas, mesmo
as sedentárias que desejam iniciá-la durante a gestação, sendo nesse caso a
recomendação atual após a 12ª semana gestacional. Em nosso estudo 72% das mulheres
ativas na gestação iniciaram os exercícios entre a 1ª e 8ª semana, sugerindo que estas já
eram ativas antes da gestação. No terceiro trimestre gestacional pode ocorrer uma
diminuição na intensidade dos exercícios devido ao aumento de peso corporal ou o
surgimento de desconfortos e limitações.16 Pode-se confirmar no presente estudo que 68%
16
das gestantes interromperam suas atividades entre a 32ª e 40ª semana, confirmando os
dados da literatura.
Neste estudo pudemos observar também que 36,7% das entrevistadas estavam
acima do peso ideal antes da gestação. O ganho de peso excessivo pode levar a
consequências gestacionais desfavoráveis, como diabetes gestacional, hipertensão,
complicações no parto, e macrossomia fetal,9 e associado ao fato de que a retenção de
peso no pós-parto pode aumentar significativamente o risco de obesidade na mulher em
idade reprodutiva. Desse modo, a atividade física é fundamental no controle de ganho de
peso excessivo na gestação assim como na interrupção desse ciclo.17
Apesar dos resultados deste trabalho não terem demonstrado a relação entre a
inatividade física na gestação e a ocorrência de patologias obstétricas, devemos considerar
que o tamanho amostral foi reduzido – especialmente as mulheres com intercorrências
gestacionais. Associamos isto ao fato de que o desenho do estudo permitiu uma abordagem
ampla de todas as mulheres após o parto, considerando também a gestação saudável na
intenção de uma amostra comparativa, o que acabou representando a maioria das
voluntárias. Além disso, com a restrição da faixa etária selecionada para o estudo (18-35
anos), houve dificuldade em aumentar o tamanho amostral para intercorrências
gestacionais, visto que a idade materna avançada representa importante fator de risco.
Resultados encontrados na literatura apresentam que as principais complicações na
gestação com idade igual ou superior a 35 anos são: hipertensão arterial, diabetes, trabalho
de parto prematuro, placenta prévia e amniorrexe prematura. A idade avançada pode levar a
comorbidades pré-gestacionais como diabetes e hipertensão arterial crônica, o que justifica,
em parte, as maiores taxas de pré-eclâmpsia6,13 Por isso, ao mesmo tempo, foi importante
desconsiderá-las para não haver um viés no estudo na comparação de gestantes saudáveis
e não saudáveis.
E de grande importância que haja investimentos na saúde materna durante a
gestação, pois complicações ocorridas neste período podem levar a morbidades futuras,
como hipertensão arterial crônica, diabetes e obesidade.11 Nesse contexto, a prática de
exercício físico é uma das formas mais efetivas para promover a saúde materna, ajudando
no controle de vários desconfortos durante a gestação e inclusive no parto. Sabe-se que as
gestantes, no geral, são difíceis adeptas ao exercício, devido haver receios e dúvidas entre
elas, profissionais de saúde e familiares quanto à segurança da sua prática. Por outro lado,
cada vez mais é reconhecido que a atividade física na gestação deve ser estimulada pelos
profissionais da saúde, necessitando esclarecimentos objetivos e incentivos permanentes.
Há urgente necessidade de sensibilizar gestores e profissionais da saúde sobre a
importância de programas adequados de atividade física durante a gestação e que sejam de
fácil acesso a todas as mulheres, podendo ser oferecidos em Unidades Básicas de Saúde
17
ou em serviços privados. A gravidez é um período onde as mulheres estão mais próximas
dos serviços de saúde, sendo ideal para a intervenção de profissionais. Além de estarem
altamente motivadas tem a oportunidade de receber novas orientações para sua saúde e
bem-estar. Portanto deveria fazer parte dos procedimentos assistenciais à gestante, a
conscientização dos benefícios em adotar um estilo de vida mais saudável durante e após a
gestação, de forma bem conduzida e com qualidade.16
CONCLUSÃO
Verificou-se que pouco mais da metade das mulheres entrevistadas, realizaram
atividades físicas durante a gestação, porém isto não pode ser relacionado com o não
desenvolvimento de patologias gestacionais e prematuridade.
São necessários novos estudos para comprovar os efeitos protetores do exercício,
com ampliação do tamanho amostral e grupos comparativos de mulheres com gestação
saudável e com intercorrências gestacionais.
REFERÊNCIAS
1. ACOG Committee Obstetric Practice. ACOG Committee opinion. Number 267, January 2002: exercise during pregnancy and the postpartum period. Obstet Gynecol. 2002;99(1):171-3.
2. Anjos GCM, Passos V, Dantas AR. Fisioterapia Aplicada a fase gestacional:uma revisão de literatura. Rev Medicina e Saúde. 2003.
3. Barton JR, Sibai BM. Prediction and prevention preeclampsia. Obstet Gynecol. 2008; 112( 2 Pt 1): p. 359-72. DOI:10.1097/AOG.0b013e3181801d56
4. Batista DC, Chiara VL, Gugelmin SA, Martins PD. Atividade física e gestação:saúde da gestante não atleta e crescimento fetal. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. 2003 abr./jun.;(3 (2)): p. 151-158.
5. Carvalhaes MABL, et al. Atividade física em gestantes assistidas na atenção primária à saúde. Rev Saúde Pública. 2013; 47(5): p. 958-67. DOI:10.1590/S0034-8910.2013047004689
6. Chan BC, Lao TT. Effect of parity and advanced maternal age on obstetric outcome. Int J Gynaecol Obstet. 2008;102(3):237-41. DOI:10.1016/j.ijgo.2008.05.004
7. Dempsey JC, Butler CL, Williams MA. No need for a pregnant pause: physical activity may reduce the occurrence of gestational diabetes mellitus and preeclampsia. Exerc Sport Sci Rev. 2005;33(3):141-9.
8. Drehmer M, Camey S, Schmidt MI, Olinto MT, Giacomello A, Buss C, et al. Socioeconomic,demographic and nutritional factors associated with maternal weight gain in general practices in Southern Brazil. Cad. Saúde Pública. 2010; 26(5): p. 1024-34.
9. Guelinckx I, Devlieger R, Mullie P, Vansant G. Effect of lifestyle intervention on dietary habits, physical activity, and gestational weight gain in obese pregnant women: a randomized controlled trial. Am J Clin Nutr. 2010;91(2):373-80.
10. Haas JS, F , Jackson RA, Fuentes-Afflick E, et a. Changes in the health status of women
18
during and after pregnancy. Journal of General Internal Medidine. 2005 January; 20(1): p. 45-51.
11. Hegaard HK, Pedersen BK, Nielsen BB, Damm P. Leisure time physical activity during pregnancy and impact on gestational diabetes mellitus, pre-eclampsia, preterm delivery and birth weight: a review. Acta Obstet Gynecol Scand. 2007;86(11):1290-6
12. Khan KS, Wojdyla D, Gulmezoglu AM, Van Look PF, Se L. Who analysis of causes of maternal death: a systematic review. Lancet. 2006 April 1; 367(9516): p. 1066-74.
13. Luke B, Brown MB. Elevated risks of pregnancy complications and adverse outcomes with increasing maternal age. Hum Reprod. 2007;22(5):1264-72.
14. Matijasevich A, Domingues MR. Exercício físico e nascimento pré-termo. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2010; 32(9): p. 415-9.
15. Meher S, Duley L. Exercise or other physical activity for preventing pre-eclampsia and its complications. Cochrane Database Syst Rev. 2006;(2):CD005942.
16. Nascimento Simony Lira do, Godoy Ana Carolina, Surita Fernanda Garanhani, Pinto e Silva João Luiz. Recomendações para a prática de exercício físico na gravidez: uma revisão crítica da literatura. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2014; 36( 9 ): 423-431.
17. Nascimento SL, Surita FG, Cecatti JG. Physical exercise during pregnancy: a systematic review. Curr Opin Obstet Gynecol. 2012;24(6):387-94.
18. Nucci LB, Duncan BB, Mengue SS, Branchtein L, Schimidt MI, Fleck ET. Assessment of weight gain during pregnancy in general prenatal care services in Brazil. Cad. Saúde Pública. 2001; 17(6): p. 1367-74.
19. Silva Francisco Trindade. Avaliação do nível de atividade física durante a gestação. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2007; 29( 9 ): 490-490.
20. Stephenson RG, O'Connor LJ. Fisioterapia aplicada à ginecologia e obstetrícia. 2004.
21. Stulbach TE, Benício MH, Andreazza R, Kono S. Determinantes do ganho ponderal excessivo durante a gestação em serviço público de pré-natal de baixo risco. Rev. Bras. Epidemiol. 2007; 10(1): p. 99-108.
22. Takito MY, Benício MH, Neri LC. Physical activity by pregnant women and outcomes for newborns: a systematic review. Rev. Saúde Pública. 2009; 43(6): p. 1059-69.
23. Wolfe LA, Davies GA; School of Physical and Health Education, Department of Obstetrics and Gynaecology and Physiology, Queen’s University, Kingston, Ontario, Canada. Canadian guidelines for exercise in pregnancy. Clin Obstet Gynecol. 2003;46(2):488-95
24. Ye RW, Li HT, Ma R, Ren AG, Liu JM. Prospective cohort study of preganancy-induced hypertension and rik of preterm delivery and low brith weight[abstract]. Zhonghua Yu Fang Yi XueZa Zhi. 2010; 44(1): p. 70-4.
25. Zavorsky GS, Longo LD. Exercise guidelines in pregnancy: new perspectives. Sports Med. 2011;41(5):345-60.
19
APÊNDICES
20
APÊNDICE A – Questionário de Atividade Física na Gestação
Nome: Idade:
Escolaridade: Peso:
Renda Familiar Altura:
DHEG ( ) _____________ Parto Prematuro ( )
Doenças de Base___________________________________________
Qual o tipo de atividade física foi realizado durante a gestação?
Pilates ( )
Hidroginástica ( )
Caminhada {leve ( ), moderada ( ), intensa ( )}
Academia (Exercícios resistidos) ( )
Outros: ___________________________________________________
Com qual frequência eram realizados estes exercícios?
1x por semana ( )
2x por semana ( )
3x por semana ( )
4x por semana ( )
Mais de 4x por semana ( )
Durante qual período gestacional iniciou estes exercícios?
1ª a 8ª semana ( )
9ª a 16ª semana ( )
17ª a 24ª semana ( )
25ª a 32ª semana ( )
32ª a 40ª semana ( )
Durante qual período gestacional interrompeu estes exercícios?
1ª a 8ª semana ( )
9ª a 16ª semana ( )
17ª a 24ª semana ( )
25ª a 32ª semana ( )
32ª a 40ª semana ( )
21
ANEXOS
22
ANEXO A - Questionário de Atividade Física para Gestantes (QAFG)
23
24
25
26
27
ANEXO B - Normas da revista
Revista de Saúde Pública da USP
Resumo São publicados resumos em português, espanhol e inglês. Para fins de cadastro do
manuscrito, deve-se apresentar dois resumos, um na língua original do manuscrito e outro em inglês (ou em português, em caso de manuscrito apresentado em inglês). As especificações quanto ao tipo de resumo estão descritas em cada uma das categorias de artigos.
Como regra geral, o resumo deve incluir: objetivos do estudo, principais procedimentos metodológicos (população em estudo, local e ano de realização, métodos observacionais e analíticos), principais resultados e conclusões.
Estrutura do texto Introdução – Deve ser curta, relatando o contexto e a justificativa do estudo,
apoiados em referências pertinentes ao objetivo do manuscrito, que deve estar explícito no final desta parte. Não devem ser mencionados resultados ou conclusões do estudo que está sendo apresentado.
Métodos– Os procedimentos adotados devem ser descritos claramente; bem como as variáveis analisadas, com a respectiva definição quando necessária e a hipótese a ser testada. Devem ser descritas a população e a amostra, instrumentos de medida, com a apresentação, se possível, de medidas de validade; e conter informações sobre a coleta e processamento de dados. Deve ser incluída a devida referência para os métodos e técnicas empregados, inclusive os métodos estatísticos; métodos novos ou substancialmente modificados devem ser descritos, justificando as razões para seu uso e mencionando suas limitações. Os critérios éticos da pesquisa devem ser respeitados. Os autores devem explicitar que a pesquisa foi conduzida dentro dos padrões éticos e aprovada por comitê de ética.
Resultados – Devem ser apresentados em uma seqüência lógica, iniciando-se com a descrição dos dados mais importantes. Tabelas e figuras devem ser restritas àquelas necessárias para argumentação e a descrição dos dados no texto deve ser restrita aos mais importantes. Os gráficos devem ser utilizados para destacar os resultados mais relevantes e resumir relações complexas. Dados em gráficos e tabelas não devem ser duplicados, nem repetidos no texto. Os resultados numéricos devem especificar os métodos estatísticos utilizados na análise. Material extra ou suplementar e detalhes técnicos podem ser divulgados na versão eletrônica do artigo.
Discussão – A partir dos dados obtidos e resultados alcançados, os novos e importantes aspectos observados devem ser interpretados à luz da literatura científica e das teorias existentes no campo. Argumentos e provas baseadas em comunicação de caráter pessoal ou divulgadas em documentos restritos não podem servir de apoio às argumentações do autor. Tanto as limitações do trabalho quanto suas implicações para futuras pesquisas devem ser esclarecidas. Incluir somente hipóteses e generalizações baseadas nos dados do trabalho. As conclusões devem finalizar esta parte, retomando o objetivo do trabalho.
Referências Listagem: As referências devem ser normalizadas de acordo com o estilo Uniform
Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals: Writing and Editing for Biomedical Publication, ordenadas alfabeticamente e numeradas. Os títulos de periódicos devem ser referidos de forma abreviada, de acordo com o Medline, e grafados no formato itálico. No caso de publicações com até seis autores, citam-se todos; acima de seis, citam-se os seis primeiros, seguidos da expressão latina “et al”. Referências de um mesmo
28
autor devem ser organizadas em ordem cronológica crescente. Sempre que possível incluir o DOI do documentado citado, de acordo com os exemplos abaixo.
Exemplos: Artigos de periódicos Narvai PC. Cárie dentária e flúor:uma relação do século XX. Cienc Saude Coletiva.
2000;5(2):381-92. DOI:10.1590/S1413-81232000000200011 Zinn-Souza LC, Nagai R, Teixeira LR, Latorre MRDO, Roberts R, Cooper SP, et al.
Fatores associados a sintomas depressivos em estudantes do ensino médio de São Paulo, Brasil. Rev Saude Publica. 2008;42(1):34-40. DOI:10.1590/S0034-89102008000100005.
Hennington EA. Acolhimento como prática interdisciplinar num programa de
extensão. Cad Saude Coletiva [Internet].2005;21(1):256-65. Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/csp/v21n1/28.pdf DOI:10.1590/S0102-311X2005000100028
Livros Nunes ED. Sobre a sociologia em saúde. São Paulo; Hucitec;1999. Wunsch Filho V, Koifman S. Tumores malignos relacionados com o trabalho. In:
Mendes R, coordenador. Patologia do trabalho. 2. ed. São Paulo: Atheneu; 2003. v.2, p. 990-1040.
Foley KM, Gelband H, editors. Improving palliative care for cancer Washington:
National Academy Press; 2001[citado 2003 jul 13] Disponível em: http://www.nap.edu/catalog.php?record_id=10149
Para outros exemplos recomendamos consultar as normas (“Citing Medicine”) da
National Library of Medicine (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=citmed). Referências a documentos não indexados na literatura científica mundial, em geral
de divulgação circunscrita a uma instituição ou a um evento (teses, relatórios de pesquisa, comunicações em eventos, dentre outros) e informações extraídas de documentos eletrônicos, não mantidas permanentemente em sites, se relevantes, devem figurar no rodapé das páginas do texto onde foram citadas.
Citação no texto: A referência deve ser indicada pelo seu número na listagem, na
forma de expoente após a pontuação no texto, sem uso de parênteses, colchetes e similares. Nos casos em que a citação do nome do autor e ano for relevante, o número da referência deve ser colocado a seguir do nome do autor. Trabalhos com dois autores devem fazer referência aos dois autores ligados por &. Nos outros casos apresentar apenas o primeiro autor (seguido de et al. em caso de autoria múltipla).
Exemplos: A promoção da saúde da população tem como referência o artigo de Evans &
Stoddart,9 que considera a distribuição de renda, desenvolvimento social e reação individual na determinação dos processos de saúde-doença.
Segundo Lima et al9 (2006), a prevalência se transtornos mentais em estudantes de medicina é maior do que na população em geral. Parece evidente o fracasso do movimento de saúde comunitária, artificial e distanciado do sistema de saúde predominante.12,15
Tabelas Devem ser apresentadas depois do texto, numeradas consecutivamente com
algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto. A cada uma deve-se atribuir um título breve, não se utilizando traços internos horizontais ou verticais. As notas explicativas devem ser colocadas no rodapé das tabelas e não no cabeçalho ou título. Se houver tabela extraída de outro trabalho, previamente publicado, os autores devem solicitar formalmente autorização da revista que a publicou, para sua reprodução.
29
Para composição de uma tabela legível, o número máximo é de 12 colunas, dependendo da quantidade do conteúdo de cada casela. Tabelas que não se enquadram no nosso limite de espaço gráfico podem ser publicadas na versão eletrônica. Notas em tabelas devem ser indicadas por letras, em sobrescrito e negrito.
Se houver tabela extraída de outro trabalho, previamente publicado, os autores devem solicitar autorização para sua reprodução, por escrito.
Figuras As ilustrações (fotografias, desenhos, gráficos, etc.) devem ser citadas como Figuras
e numeradas consecutivamente com algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto e apresentadas após as tabelas. Devem conter título e legenda apresentados na parte inferior da figura. Só serão admitidas para publicação figuras suficientemente claras e com qualidade digital que permitam sua impressão, preferentemente no formato vetorial. No formato JPEG, a resolução mínima deve ser de 300 dpi. Não se aceitam gráficos apresentados com as linhas de grade, e os elementos (barras, círculos) não podem apresentar volume (3-D). Figuras em cores são publicadas quando for necessária à clareza da informação. Se houver figura extraída de outro trabalho, previamente publicado, os autores devem solicitar autorização, por escrito, para sua reprodução.
30
ANEXO C - Cópia do parecer de aprovação do CEP PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP DADOS DO PROJETO DE PESQUISA Título da Pesquisa: A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA GESTAÇÃO: UM
ESTUDO COMPARATIVO Pesquisador: Nathália Aiello Área Temática: Versão: 1 CAAE: 37492314.3.0000.5514 Instituição Proponente: Universidade São Francisco-SP Patrocinador Principal: Financiamento Próprio DADOS DO PARECER
Número do Parecer: 853.365 Data da Relatoria: 30/10/2014 Apresentação do Projeto:
Trata - se de pesquisa de caráter transversal retrospectivo, a ser realizado no Hospital Universitário São Francisco – HUSF, comparando puérperas que tiveram uma gestação saudável àquelas que apresentaram doenças hipertensivas específicas da gestação (DHEG) e parto prematuro. Espera - se com o estudo comprovar que a prática de atividades físicas durante a gravidez, diminui o risco das gestantes desenvolverem patologias obstétricas ou apresentarem um desfecho de parto prematuro. Comprovando, através dos questionários, que as gestantes praticantes de uma rotina de atividade física regular, não desenvolveram as patologias consideradas (diabetes gestacional e pré-eclâmpsia) e parto prematuro.
Objetivo da Pesquisa: Relacionar a inatividade física durante a gestação com o desenvolvimento de
patologias gestacionais e prematuridade. Avaliação dos Riscos e Benefícios: Não há riscos nem benefícios a serem relatados Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
O projeto se apresenta em conformidade ética exigida para sua realização, tendo as pesquisadoras cumprido todos os requisitos necessários para seu desenvolvimento, tais como: projeto, metodologia e desenvolvimento detalhado, solicitação de autorização da Instituições envolvidas, apresentação detalhada dos instrumentos de pesquisa.
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
* Projeto de pesquisa envolvendo seres humanos: Apresentado * Autorização do responsável da Santa casa de Misericórdia de Itatiba: devidamente
assinada e apresentada; * Autorização do Hospital da USF: Assinada e apresentada * Folha de Rosto para pesquisa envolvendo seres humanos: Devidamente
preenchida, assinada e apresentada; * Termo de Consentimento Livre e Esclarecido: Apresentado * Projeto de TCC contendo o desenvolvimento e os Instrumentos de aplicação na
pesquisa: Pregnancy Physical Activity Questionnaire (PPAQ)e Questionário Atividade Física na Gestação.
Recomendações:
31
Não existem recomendações a serem apresentadas Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
O projeto atendeu a todos os requisitos necessários quanto aos aspectos éticos da pesquisa e encontra-se em condições de ser desenvolvido pelos pesquisadores responsáveis;
Situação do Parecer:
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:
Não
Considerações Finais a critério do CEP:
APÓS DISCUSSÃO EM REUNIÃO DO DIA 30/10/2014, O COLEGIADO DELIBEROU PELA APROVAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISAS.
BRAGANCA PAULISTA, 31 de Outubro de 2014
___________________________________________
Assinado por:
MARCELO LIMA RIBEIRO
(Coordenador)