A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA … · Nome do autor TÍTULO DO PROJETO ......
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Nome do autor
TÍTULO DO PROJETO
Projeto de pesquisa apresentado ao prof. ___________ como requisito parcial para a obtenção de nota na disciplina ___________do curso de ___________ das Faculdades Integradas de Patos – FIP. Orientador(a):
PatosAnoano
Pró-Reitoria de Graduação Curso de (Educação Física)
Projeto de Pesquisa – TCC II
A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
COM CONHECIMENTO EM LIBRAS NA INCLUSÃO DO ALUNO SURDO
Autores: Tiago Lopes Vianna; Esdras Coutinho; Samuel Henrique F. Aruaste.
Orientador: Prof. Dr. Elvio Marcos Boato.
Brasília - DF 2014
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Tiago Lopes Vianna; Esdras Coutinho; Samuel Henrique F. Aruaste.
A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
COM CONHECIMENTO EM LIBRAS NA INCLUSÃO DO
ALUNO SURDO
Artigo apresentado ao curso de graduação em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de licenciado em Educação Física. Orientador: Prof. Dr. Elvio Marcos Boato
Brasília DF 2014
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Artigo de autoria de Tiago Lopes Vianna; Esdras Coutinho C. da Silva;
Samuel Henrique F. Aruaste, intitulado “A importância do professor de
educação física com conhecimento em LIBRAS na inclusão do aluno surdo”,
apresentado como requisito parcial para obtenção de grau de Licenciado em
Educação Física da Universidade Católica de Brasília, em 14 de junho de 2014,
defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada:
Prof. Dr. Elvio Marcos Boato
Orientador
Faculdade de Educação Física
Universidade Católica de Brasília – UCB
Prof.ª Drª. Tânia Mara Vieira Sampaio
Faculdade de Educação Física
Universidade Católica de Brasília – UCB
Brasília – DF
2014
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus, por nos dar forças e paciência nas horas de
dificuldades e principalmente pela perseverança em nossos espíritos para seguirmos
no lado certo e grandioso da vida.
Agradecemos ao nosso professor orientador Dr. Elvio Marcos Boato, pelo
grande carisma, encorajamento, energia e paciência que nos dedicou nos momentos
de dúvidas.
Agradecemos as nossas Mães, pois sem elas nada seríamos e elas são nada
mais do que nossos verdadeiros “Anjos da Guarda” nesta vida terrena e que sempre
nos impulsiona sempre pra frente.
“Tudo o que não nos destrói, torna-nos mais fortes”.
- Friedrich Nietzsche.
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RESUMO
Este trabalho, elaborado por meio de uma revisão de literatura, relata a falta de professores de Educação física, devidamente preparados para atender os alunos surdos. A surdez afeta de forma negativa a percepção espaço-temporal, a noção de ritmo e equilíbrio, dificultando a comunicação e criando uma situação de isolamento social.
O objetivo deste trabalho é de apresentar a importância do professor de Educação Física com conhecimento em LIBRAS na inclusão do aluno com surdez, tendo a própria educação física o papel de oportunizar o desenvolvimento das capacidades motoras dentro da individualidade biológica do aluno surdo em aulas que proporcionem o desenvolvimento das capacidades motoras e sociais.
Conclui-se que a literatura científica encontrada, evidencia o pouco material que correlacione Educação Física com surdez e inclusão. Demonstra que o curso de educação física possui uma matriz curricular deficiente na formação e capacitação dos profissionais desta área do conhecimento. Sendo assim papel do profissional de educação Física de se capacitar para conscientizar a população sobre as questões da surdez e de uma educação inclusiva e transformadora.
Palavras Chaves: Educação Física; surdez; LIBRAS; inclusão.
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1. INTRODUÇÃO
A evolução das ideias e práticas relativas aos serviços para pessoas com
deficiência e, a inserção escolar, colocam inúmeras questões aos educadores,
especialistas. Para Mazzotta (2003), no Brasil, é grande a falta de atendimento
adequado às necessidades escolares de crianças com dificuldades de
aprendizagem, capaz de diminuir o índice de evasão e repetência escolar.
Conforme Mantoan (1997), os desafios a enfrentar, com relação à inclusão
educacional, são inúmeros e toda e qualquer investida no sentido de ministrar um
ensino especializado aos alunos dependem de se ultrapassarem as condições
atuais de estruturação do ensino escolar para deficientes. Com relação à Educação
Física, com o passar dos tempos, houve uma evolução no sentido de melhorar a
prática pedagógica que supre as necessidades de pessoas com deficiências,
especificadas com definições distintas para o mesmo termo, que passou a ser
denominada EF Adaptada, que, conforme Winnick (2004, p. 04).
[...] é uma área da educação Física que tem como objeto de estudo a motricidade humana para pessoas com necessidades educativas especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento às características de cada portador de deficiência, respeitando suas diferenças individuais.
No que se refere à surdez, que atinge um elevado número de brasileiros,
ainda são poucos os estabelecimentos de ensino e os professores devidamente
preparados para recebê-los. Caracterizada como a perda parcial ou total da
capacidade de conduzir ou perceber sinais sonoros, a surdez pode ser classificada
de acordo com a gravidade da perda auditiva, o local da lesão ou a época em que
surgiu. Para os profissionais de educação física, é cabido lembrar que a surdez pode
afetar de forma negativa a percepção espaço-temporal, a noção de ritmo e equilíbrio,
especialmente nos casos de lesões no ouvido interno, fatores que podem ser
amenizados a partir de um atendimento especializado e adequado a cada aluno.
Ainda há que se ressaltar a necessidade de explorar vias diferenciadas para
garantir a eficiência da comunicação, tais como estímulos visuais e sinestésicos,
além da expressão facial e corporal. Por fim, a educação em grupos deve ser
estimulada, uma vez que as pessoas surdas, especialmente pelas suas dificuldades
na comunicação, se veem normalmente em uma situação de isolamento social.
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Considerando essas questões, o objetivo desse trabalho foi apresentar a
importância do professor de educação física com conhecimento em LIBRAS, na
inclusão do aluno com surdez.
2. METODOLOGIA
Este trabalho foi desenvolvido por meio de uma revisão bibliográfica que
segundo Martins e Pinto (2001) é uma técnica de pesquisa que procura explicar e
discutir um tema com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas,
periódicos, entre outros. Busca também conhecer e analisar conteúdos científicos
sobre determinados temas.
Para a coleta de dados foi analisado a produção científica sobre a surdez e a
inclusão de alunos surdos e a importância do professor de Educação Física com
conhecimento em LIBRAS.
A identificação das fontes foi realizada em livros e com uma revisão dos
trabalhos relacionados ao tema publicados no período de 1986 a 2013 nos bancos
de dados bibliográficos Scielo, Lilacs e Artmed.
Durante a pesquisa, foram encontrados e analisados sete artigos, seis livros e
duas leis referentes ao ensino especial e a língua brasileira de sinais (LIBRAS).
3. REVISÃO DE LITERATURA
A Classificação Internacional de funcionalidade da Organização Mundial de
Saúde (OMS), segundo Cidade e Freitas (2002), considera a pessoa de acordo com
sua relação com o meio, isto é, uma pessoa com deficiência, dependendo de
condições de acesso físico, social e psicológico, pode ter ou não barreira que
interferem em sua autonomia plena. Ainda quando existe o impedimento, quer dizer,
uma perda ou anormalidades das funções sejam anatômica, fisiológica e psicológica.
Assim, a OMS ressalta a deficiência como restrição ou perda, resultante do
impedimento, para desenvolver habilidades consideradas normais para o ser
humano.
Já o Decreto nº 914 de 06 de setembro de 1993 reza, no Art. 3º que pessoa
com deficiência é aquela que apresenta, em caráter permanente, perdas ou
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anormalidades de sua estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que
gerem incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado
normal para o ser humano (BRASIL, Lei nº 8028/1990).
Complementando esses conceitos, é importante ressaltar que deficiência é
um desenvolvimento insuficiente, em termos globais, ou específicos, ou um déficit
intelectual, físico, visual, auditivo ou múltiplo.
3.1 SURDEZ
A surdez é um problema sensorial não visível, que acarreta dificuldades na
detecção e percepção dos sons e traz sérias consequências para o indivíduo. A
presença de qualquer alteração na primeira infância acarreta comprometimento no
desenvolvimento da criança como um todo: aspectos cognitivos, linguísticos, sociais
e culturais. Para haver a classificação deve se considerar quanto à localização, pois
a perda auditiva pode estar localizada no ouvido externo (condutivas) e ouvido
interno (neurossensorial), assim podendo ser unilateral ou bilateral.
Quanto ao grau de perda, a surdez pode ser, leve, moderada,
moderadamente severa, severa e Profunda.
Já com relação às causas da surdez, teríamos as causas pré-natais, como
rubéola congênita, hereditariedade e fatores genéticos e as causas pós-natais como
baixo peso, hiperbilirrubinemia, otoxidade, anóxia perinatal e meningite, entre outras.
3.2 EDUCAÇÃO FÍSICA E INCLUSÃO
Zacarias (2010), diz que a educação física, através de dados da história no
seu âmbito escolar, passou por muitas mudanças, porque era uma disciplina que a
própria escola excluía, por não possuir um objetivo que desenvolvesse o aspecto
intelectual do aluno. O autor também afirma que durante um longo período escolar a
educação física foi uma disciplina que somente valorizava os alunos com maiores
habilidades, onde as pessoas com deficiência, com limitação motora, física,
intelectual ou sensorial ficavam de fora das práticas. Muitas vezes não eram apenas
os deficientes, mas também alunos que não tinham as habilidades necessárias para
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o desenvolvimento no esporte. O artigo também relata que com o passar do tempo
surgiram novas visões de nível pedagógico no desenvolvimento da educação física
escolar e assim surgiram novos posicionamentos na cultura do movimento onde
todos devem ter a oportunidade de desenvolver suas capacidades motoras na sua
individualidade biológica.
Considerando que a Educação Física como uma matriz curricular esta não
poderia ficar indiferente ou neutra na face da inclusão dos alunos com deficiências
em salas regulares de ensino.
Zacarias, 2010 (apud Cidade e Freitas, 2009, p. 32) ressalta que:
A educação física na escola se constitui em uma grande área de adaptação ao permitir a participação de crianças e jovens em atividades físicas adequadas as suas possibilidades, proporcionando que sejam valorizados e se integrem num mesmo mundo.
Assim, o programa de Educação Física quando adaptado ao aluno com
deficiência, possibilita ao mesmo a compreensão de suas limitações e capacidades,
auxiliando-o na busca de uma melhor adaptação. Dessa forma é possível perceber a
importância de um profissional da Educação Física que compreenda as diferenças
entre todos os seus alunos, com deficiências ou não, para que possa planejar
atividades que proporcionem o desenvolvimento de suas capacidades, com novas
possibilidades.
3.3 O PAPEL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA INCLUSÃO
De acordo com Soler (2009) o papel do professor de Educação Física na
inclusão, como em qualquer outra modalidade de ensino, é o de criar desequilíbrios,
apresentando a seu aluno o novo e o desconhecido, pois diante do desafio, a
criança tende a assimilar o conhecimento, utilizando os recursos motores e mentais
que possui. Provocar desequilíbrios, porém, não é deixar a criança à deriva, ela deve
poder estabelecer uma ligação entre o conhecido e o desconhecido. É fundamental
que o professor atue como mediador entre o conhecimento e o educando sempre
dando espaço para a reflexão: fazer, e muito mais importante do que isto,
compreender o que fez.
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Soler (2009), afirma que o professor deve sempre começar pela sequência
pedagógica, indo do mais fácil para o mais difícil. Aos poucos vai se incorporando
novos elementos para aumentar os estímulos e, dessa forma, aumentando o novo
conhecimento adquirido pela criança. Quando o grupo já executa o movimento de
forma automática é hora de se causar um novo desequilíbrio. A cada novo
desequilíbrio, podemos dizer que o grupo evolui e a aprendizagem se torna
significativa.
Dentro da Educação Física Escolar, consideramos três aspectos do ser
humano: Sócio-afetivo, Cognitivo e Motor. Porém o ser humano é uno e o
desenvolvimento desses campos acontece simultaneamente e a todo o momento,
dentro ou fora da sala de aula, com ou sem a intervenção de algum facilitador para
conduzir o processo de aprendizagem. Por isso, o professor deve buscar identificar,
em suas aulas, quais as necessidades e capacidades de cada pessoa, e com isso
procurar potencializar sua autonomia e independência.
O professor durante a atividade deve observar cada aluno e descobrir suas
necessidades, e a partir daí, planejar suas aulas. É muito importante que os alunos
se sintam desafiados e estimulados a aprender cada vez mais. Assim, o professor
deve estar atento a alguns procedimentos que são imprescindíveis à Educação
Física Inclusiva, conforme aponta Soler (2009, p. 107). Para o autor é preciso
elaborar um projeto que contemple todas as diferenças e, para isso é necessário:
Conhecer o grupo de crianças, notar suas necessidades, e a partir daí planejar. Elevar gradativamente o grau de dificuldade das atividades. Sempre demonstrar o exercício ou atividade, para que a criança possa ter uma visão global da tarefa a cumprir. Evitar explicações complicadas e extensas ao iniciar. Elogiar o acerto, mas nunca enfatizar o erro. Sempre, ao final da atividade, avalia-la, e se preciso transforma-la. Conversar com todos os interessados (pais e pessoas que trabalhem com você), a respeito de sua conduta pedagógica. Nunca improvise, planeje sempre. Manter-se sempre atualizado, e, se possível, aprofunde-se no assunto, recorrendo à bibliografia existente. Registrar sempre as aulas, com fotos, filmagens e anotações, pois é uma ótima forma de avaliar o progresso.
A participação do aluno com deficiência nas aulas de Educação Física é muito
importante para que ele desenvolva suas capacidades perceptivas, afetivas, de
inclusão, favorecendo sua autonomia, criticidade e independência. Em função disso
Soler (2009) sugere que a educação física escolar deva criar um programa para que
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todas as diferenças possam estar dentro de uma mesma aula. Isto deve acontecer
por muitos motivos, mas o principal é a necessidade de a criança criar, diversificar e
ampliar sua bagagem motora.
Rosadas (1986) considera que sem um programa de atividade física
cientificamente elaborado, crianças com deficiências, ou não, estarão totalmente
sujeitas aos problemas da civilização moderna regida pelo sedentarismo.
4. LIBRAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA
No Brasil foi adotada a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como primeira
língua das pessoas surdas. Assim, o Capítulo II no art. 3 do decreto nº 5.626 de 22
de dezembro de 2005 obriga os cursos de formação de professores a terem em seus
currículos a disciplina de Libras, fato que vem ressaltar a importância da formação
do professor para trabalhar com a diversidade escolar (BRASIL, Lei nº 10.436/2002).
Diante disto, percebe-se a necessidade do professor compreender a língua de
sinais, pois é o meio principal de comunicação de pessoas surdas, sendo assim um
meio de compreensão entre professor e aluno. Além de ser considerada por lei como
primeira língua a linguagem de sinais e a segunda língua o idioma de seu país no
caso a língua portuguesa.
Considerando que aulas de Educação Física proporcionam a socialização
entre alunos surdos e ouvintes por meio de atividades esportivas, onde o aluno
surdo consegue expressar-se mais facilmente e se sentir aceito pelos outros alunos.
Mas, sabendo que o professor de Educação Física é o principal responsável pela
veiculação desse canal de comunicação entre alunos surdos e ouvintes, é muito
importante sua conscientização com relação à utilização da Linguagem Brasileira de
Sinais (LIBRAS).
Porém, Monteiro (2006) diz que por muitos anos, os próprios surdos não
compreenderam a importância da comunicação através da Língua Brasileira de
Sinais (LIBRAS), para o processo de construção de sua identidade cultural, bem
como para o desenvolvimento de sua cognição e linguagem.
A LIBRAS tem um papel fundamental dentro das aulas da Educação Física
Escolar, pois funciona como um mecanismo linguístico e traz assim a compreensão
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entre professor e o aluno surdo, facilitando, dessa forma, o processo de ensino-
aprendizagem, assim possibilitando que tanto o professor quanto o aluno possam
expressar-se e se compreender dentro da proposta pedagógica apresentada nas
aulas pelo professor de Educação Física.
De acordo com Strapasson (2006), a Educação Física para surdos deve ter
demonstrações práticas das atividades, devendo o professor ter noção de LIBRAS,
falando sempre de frente para o aluno e devagar para que o mesmo possa fazer a
leitura labial, podendo o professor utilizar-se de objetos para chamar a atenção do
aluno como bandeiras ou sinais visuais ao invés de apitos.
Corroborando com essa questão, Fávero, Zacaro e Pimentel (2001) propõe
um modelo de educação ofertada ao aluno surdo que seja bilíngue onde a primeira
linguagem deste seja a LIBRAS e a segunda linguagem a Oral, não sendo esta
obrigatória.
Em relação à falta de professores de Educação Física capacitados em
LIBRAS para atender ao ensino especial se deve, por saber-se que muitos dos
professores hoje atuantes nas escolas, não receberam em sua formação conteúdos
e ou assuntos pertinentes a Educação Física Adaptada ou a inclusão dentro da
escola de acordo com Cidade e Freitas (2002).
No artigo de Cidade e Freitas (2002) se fala da falta de estrutura das escolas
para receber os alunos com deficiências. E os próprios professores não se sentem
preparados para atender de forma adequada.
O que é um tanto contraditório, pois a educação especial é conhecida já há
bastante tempo no Brasil.
Mantoan (2012), relata em seu trabalho que o poder público assumiu a
educação especial desde 1957, onde foram criadas campanhas na época que se
destinavam especificamente para o atendimento de cada uma das deficiências. A
autora também fala que no mesmo ano das campanhas, instituiu-se a Campanha
para a Educação do Surdo Brasileiro – CESB, seguida da instalação do Instituto
Nacional de Educação de Surdos – INES, que até hoje existe segundo afirmação da
autora, e situa-se na cidade do Rio de Janeiro.
Monteiro (2006), faz um relato de todo o movimento histórico no Brasil da
comunidade surda e toda sua trajetória de lutas e vitórias.
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Em um estudo realizado na cidade de Lins-SP, realizada pelo curso de pós-
graduação do UNISALESIANO no ano de 2010, fala sobre a formação dos
acadêmicos do curso de educação física, pesquisa realizada com 35 acadêmicos do
curso de educação física com faixa etária de 21 anos até 35 anos de idade,
composto por homens e mulheres jovens, foi avaliado por meio de questionário
qualitativo onde foi constatado que a maioria da amostra prefere a área de atuação
do Bacharelado e a Licenciatura foi uma minoria e apenas dois alunos se
interessaram pela área de Ed. Física Adaptada.
Portanto o próprio curso de Ed. Física deixa a desejar na qualidade da
graduação, no quesito motivação e oferta de cursos atrativos da área de educação
inclusiva o que deixa o mercado desfalcado de profissionais capacitados desta área.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No processo de pesquisa deste artigo nos deparamos com a escassez
de artigos específicos publicados que correlacionem à educação física com a
educação inclusiva de surdos. Ambos os assuntos, surdez e educação,
somente foram encontrados de maneira separada.
Mesmo com a criação de leis específicas que garantam o direito do
aluno com deficiência a uma educação de qualidade e especifica de acordo
com a singularidade de sua deficiência. Não foi encontrado nesta pesquisa
nenhum trabalho que colaborasse com a formação acadêmica da área
inclusiva do curso de Educação Física, tanto da habilitação de Bacharelado
como da Licenciatura.
Foram encontrados fatos que contribuem de forma contrária e que
comprovam a deficiência do curso na área de Educação Física Adaptada, o
desinteresse que as instituições de nível superior demonstram. Não somente
na área de educação especial, mas na educação física escolar como um
todo, as universidades e faculdades se focam em grande proporção em
somente salientar a área de Bacharelado e que a mesma é a mais lucrativa
de forma financeira.
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No próprio curso de educação física deveria ser ofertado mais do que
uma disciplina de educação física adaptada, este trabalho salientou em
nossas mentes a falta de uma grade optativa de disciplinas de
aprofundamento acadêmico, que elevassem o preparo na área da educação
inclusiva e ou adaptada, tanto para o Bacharelado como para a Licenciatura
em educação Física.
O aluno surdo já passa por vários problemas em sua vida devido à
deficiência, afetado desde o seu convívio familiar, a interação social,
processo de aprendizagem, problemas se saúde relacionados à surdez e
problemas emocionais que são acarretados devido ao preconceito e à falta
de conseguir se expressar.
Desta forma professor de Educação Física tem o dever e a função de
se especializar como também é possuidor do papel de informar e
conscientizar as pessoas que convivem ou não com jovens ou adultos surdos
a fim de melhor atendê-los e ofertar um serviço de qualidade e receptivo
dentro do ambiente da sua atuação profissional.
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6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre
a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº 10098, de 19 de
dezembro de 2000.
BRASIL. Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência. Lei nº 8028 de 12 de abril de 1990, Decreto nº 914, Art. 3º de 6 de
setembro de 1993.
CIDADE, R.E.; FREITAS, P.S. Educação física e inclusão: Considerações para a
prática pedagógica na escola, 2002. Disponível em:<http//www.rc.unesp.br>. Acesso
em: 20 de nov. de 2013.
FÁVERO, G. A.; ZACARO, H. I. S; PIMENTEL JR, M. J. I Conferência dos Direitos e Cidadania dos Surdos do Estado de São Paulo (Condicisur). Revista FENEIS. São Paulo, n. 11, p. 8, 2001. MANTOAN, T.E. A educação especial no Brasil – Da exclusão a inclusão escolar.
LEPED/Unicamp, 2012.
_______ A integração de pessoas com deficiências: Contribuições para uma
reflexão sobre o tema. 1997.
MARTINS, G. A e PINTO, R.L. Manual para elaboração de trabalhos acadêmicos.
São Paulo: Atlas. 2001.
MAZZOTTA, M.J.S. Deficiência escolar e necessidades especiais. Educação ON-
LINE, São Paulo, 2003.
MONTEIRO, M. S. ETD - Educação Temática Digital. Campinas, v.7, n.2, p. 294,
Jun. 2006.
ROSADAS, S.C. Educação física para deficientes. Rio de Janeiro.
Livraria Atheneu, 1986.
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SOLER, R. “Educação física inclusiva na escola: em busca de uma escola plural.” Rio de Janeiro: Sprint, 2009 – 2ª edição, p. 107. STRAPASSON, A. Apostila de Educação Física para Pessoas com Deficiência, da Faculdade de Pato Branco. Pato Branco, Paraná, FADEP, 2006/2007. VALVERDE, R.L “Relatos de professores sobre as mudanças metodológicas em uma escola para deficientes auditivos.” São Paulo, PUC-SP. Mestrado, 1992. WINNICK, J. P; SHORT, F. X; LIVIERMAN, L. J; HOUSTON-WILSON, C. “Educação Física e Esportes Adaptados”. Barueri, São Paulo. Manole 3ª ed. (2004). ZACARIAS, I.N. A formação do acadêmico no quarto ano do curso de educação
física para atuar em escolas com deficientes incluídos. UNISALESIANO, Lins,
SP, 2010.