A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

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FLÁVIA MAFRA DE LIMA TATIANE ROBERTA DOS SANTOS QUINTILIANO A IMPORTÂNCIA DO FORTALECIMENTO DO MÚSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL NO TRATAMENTO DAS LOMBALGIAS BATATAIS 2005

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A importância do fortalecimento do músculo transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

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FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

TATIANE ROBERTA DOS SANTOS QUINTILIANO

A IMPORTAcircNCIA DO FORTALECIMENTO DO MUacuteSCULO

TRANSVERSO ABDOMINAL NO TRATAMENTO

DAS LOMBALGIAS

BATATAIS 2005

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

TATIANE ROBERTA DOS SANTOS QUINTILIANO

A IMPORTAcircNCIA DO FORTALECIMENTO DO MUacuteSCULO

TRANSVERSO ABDOMINAL NO TRATAMENTO

DAS LOMBALGIAS

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Claretiano para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de graduado em Fisioterapia Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior

BATATAIS 2005

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

TATIANE ROBERTA DOS SANTOS QUINTILIANO

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Claretiano para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de graduado em Fisioterapia Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior

A IMPORTAcircNCIA DO FORTALECIMENTO DO MUacuteSCULO

TRANSVERSO ABDOMINAL NO TRATAMENTO

DAS LOMBALGIAS

Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior

Examinador(a) _______________________________________________

Examinador(a) _______________________________________________

Batatais ______ de __________________________ de 2005

Eu pedi forccedila E Deus me deu dificuldades para me fazer forte Eu pedi sabedoria E Deus me deu problemas para resolver Eu pedi prosperidade E Deus me deu ceacuterebro e muacutesculos para trabalhar Eu pedi coragem E Deus me deu perigo para superar Eu pedi Amor E Deus me deu pessoas com problemas para ajudar Eu pedi favores E Deus me deu oportunidades Eu natildeo recebi nada do que pedi Mas eu recebi tudo de que precisava

(autor desconhecido)

Agradeccedilo primeiramente a Deus por ter me dado forccedila para a conclusatildeo deste trabalho e mais esta etapa de minha vida Aos meus pais Felix e Ameir a minha avoacute Lourdes a minha irmatilde Emilze meu cunhado Artur que lutaram e estiveram do meu lado sempre me incentivando e ajudando a tornar real todos meus planos e sonhos Em especial meu avocirc Joaquim (in memorian) que mesmo natildeo estando fisicamente aqui tenho certeza que natildeo deixou de estar ao meu lado em todos os momentos espero estar dando o orgulho que ele sempre disse sentir A Tina que mesmo estando longe nos ajudou de todas as formas para a conclusatildeo deste trabalho A minha amiga-irmatilde Tati que conquistou mais esta etapa ao meu lado e concordou e ajudou em todas as minhas ideacuteias durante a realizaccedilatildeo deste trabalho A meu grupo de estaacutegio e os amigos que conquistei durante estes quatro anos e em especial a Luacute que nos auxiliou em um momento importante deste trabalho A meu orientador Edson pela atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e por cobrar sempre nosso melhor e a Carmem que nos ajudou em todas as fases deste trabalho Valeu

Flaacutevia Mafra de Lima

Agradeccedilo a Jesus Cristo que sempre me acompanhou nesta longa caminhada aos meus pais Joseacute Roberto e Flora e tambeacutem ao meu irmatildeo Tallis que me deram a oportunidade de realizar meu sonho profissional e que acima de tudo confiaram que eu seria capaz de vencer Agradeccedilo ao meu orientador Edson Barros que nos ajudou a desenvolver e concluir esse trabalho com sucesso Tambeacutem agradeccedilo as professoras Carmen Bia Marilia e Edson Verri que natildeo exitaram em ajudar com dedicaccedilatildeo e carinho em momentos de desespero nossos Natildeo poderia esquecer de agradecer as pessoas que fizeram parte do meu ciclo de amizades que aqui fiz e que nestes 4 anos foram amigas companheiras ouvintes e compreensivas para comigo satildeo elas Flaacutevia Eacuterika Erivacircnia Valeria Kelly Liacutelian e todos que me ajudaram e que estatildeo guardados com muito carinho no meu coraccedilatildeo De um modo especial agradeccedilo a Tina e a Flaacute minhas irmatildes do coraccedilatildeo que me fizeram entender o verdadeiro sentido da amizade e que mesmo estando longe me deram forccedilas para lutar pelos meus ideais confiando que eu iria vencer sendo como anjos em minha vida Adoro todos vocecircsDeus os protejam

Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano

Dedico a todos os pacientes que sofrem de lombalgia e principalmente os que fizeram parte de nosso trabalho A minha famiacutelia por serem minha base e incentivarem sempre Ao meu orientador Edson A Tati e a Tina que desde o primeiro ano fazem parte da minha vida e satildeo importantes para mim

Flaacutevia Mafra de Lima

Dedico este trabalho a Deus que me deu sabedoria e me ajudou a vencer mais essa etapa de minha vida a minha amiga-irmatilde Flaacute que durante toda a realizaccedilatildeo deste confiou em mim e sempre me deu forccedilas para lutar nos momentos de grandes dificuldades que eu passei me levando uma palavra de incentivo e otimismo e aos nossos pacientes que foram instrumentos abenccediloados na realizaccedilatildeo deste trabalho

Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano

RESUMO

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e

uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns

autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho

foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um

estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar

especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de

Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo

A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica

espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5

compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo

fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois

grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar

Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 12

1 LOMBALGIA 14

2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19

211 Espondilolistese 19

212 Doenccedila de Paget 20

213 Tumores da coluna 20

214 Estenose do canal vertebral 20

215 Espondilite Infecciosa 21

216 Heacuternia discal 21

217 Siacutendrome Facetaacuteria 22

3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

23

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25

311 Anatomia e Biomecacircnica 25

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28

321 Anatomia e Biomecacircnica 28

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30

4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35

411 Sistema passivo 36

412 Sistema ativo 37

413 Sistema neural 37

4131 Sistema local 38

4132 Sistema global 39

5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE

LOMBAR

41

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE

MOVIMENTO

43

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43

6 MATERIAL E MEacuteTODO 45

61 AVALIACcedilAtildeO 46

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47

622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52

7 RESULTADOS 59

71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO

GRUPO 1 X GRUPO 2

64

8 DISCUSSAtildeO 67

CONCLUSAtildeO 69

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70

APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72

APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77

ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87

ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88

ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32

Figura 3 Sistema segmentar local 39

Figura 4 Sistema segmentar global 40

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase

inspiratoacuteria e expiratoacuteria

48

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado contralateral

48

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e

extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio

49

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com

coluna ereta

50

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta

51

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso

52

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da

pelve

53

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado sadio

55

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com

elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado

contra-lateral

56

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro

do lado doloroso

58

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o

tratamento 86

INTRODUCcedilAtildeO

As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto

jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos

e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do

fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento

fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos

abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma

melhora de sua qualidade de vida

O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada

a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos

muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas

pessoas teratildeo mais de um episoacutedio

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo

discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito

Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes

desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito

importante nesses casos

O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais

Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 2: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

TATIANE ROBERTA DOS SANTOS QUINTILIANO

A IMPORTAcircNCIA DO FORTALECIMENTO DO MUacuteSCULO

TRANSVERSO ABDOMINAL NO TRATAMENTO

DAS LOMBALGIAS

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Claretiano para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de graduado em Fisioterapia Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior

BATATAIS 2005

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

TATIANE ROBERTA DOS SANTOS QUINTILIANO

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Claretiano para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de graduado em Fisioterapia Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior

A IMPORTAcircNCIA DO FORTALECIMENTO DO MUacuteSCULO

TRANSVERSO ABDOMINAL NO TRATAMENTO

DAS LOMBALGIAS

Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior

Examinador(a) _______________________________________________

Examinador(a) _______________________________________________

Batatais ______ de __________________________ de 2005

Eu pedi forccedila E Deus me deu dificuldades para me fazer forte Eu pedi sabedoria E Deus me deu problemas para resolver Eu pedi prosperidade E Deus me deu ceacuterebro e muacutesculos para trabalhar Eu pedi coragem E Deus me deu perigo para superar Eu pedi Amor E Deus me deu pessoas com problemas para ajudar Eu pedi favores E Deus me deu oportunidades Eu natildeo recebi nada do que pedi Mas eu recebi tudo de que precisava

(autor desconhecido)

Agradeccedilo primeiramente a Deus por ter me dado forccedila para a conclusatildeo deste trabalho e mais esta etapa de minha vida Aos meus pais Felix e Ameir a minha avoacute Lourdes a minha irmatilde Emilze meu cunhado Artur que lutaram e estiveram do meu lado sempre me incentivando e ajudando a tornar real todos meus planos e sonhos Em especial meu avocirc Joaquim (in memorian) que mesmo natildeo estando fisicamente aqui tenho certeza que natildeo deixou de estar ao meu lado em todos os momentos espero estar dando o orgulho que ele sempre disse sentir A Tina que mesmo estando longe nos ajudou de todas as formas para a conclusatildeo deste trabalho A minha amiga-irmatilde Tati que conquistou mais esta etapa ao meu lado e concordou e ajudou em todas as minhas ideacuteias durante a realizaccedilatildeo deste trabalho A meu grupo de estaacutegio e os amigos que conquistei durante estes quatro anos e em especial a Luacute que nos auxiliou em um momento importante deste trabalho A meu orientador Edson pela atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e por cobrar sempre nosso melhor e a Carmem que nos ajudou em todas as fases deste trabalho Valeu

Flaacutevia Mafra de Lima

Agradeccedilo a Jesus Cristo que sempre me acompanhou nesta longa caminhada aos meus pais Joseacute Roberto e Flora e tambeacutem ao meu irmatildeo Tallis que me deram a oportunidade de realizar meu sonho profissional e que acima de tudo confiaram que eu seria capaz de vencer Agradeccedilo ao meu orientador Edson Barros que nos ajudou a desenvolver e concluir esse trabalho com sucesso Tambeacutem agradeccedilo as professoras Carmen Bia Marilia e Edson Verri que natildeo exitaram em ajudar com dedicaccedilatildeo e carinho em momentos de desespero nossos Natildeo poderia esquecer de agradecer as pessoas que fizeram parte do meu ciclo de amizades que aqui fiz e que nestes 4 anos foram amigas companheiras ouvintes e compreensivas para comigo satildeo elas Flaacutevia Eacuterika Erivacircnia Valeria Kelly Liacutelian e todos que me ajudaram e que estatildeo guardados com muito carinho no meu coraccedilatildeo De um modo especial agradeccedilo a Tina e a Flaacute minhas irmatildes do coraccedilatildeo que me fizeram entender o verdadeiro sentido da amizade e que mesmo estando longe me deram forccedilas para lutar pelos meus ideais confiando que eu iria vencer sendo como anjos em minha vida Adoro todos vocecircsDeus os protejam

Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano

Dedico a todos os pacientes que sofrem de lombalgia e principalmente os que fizeram parte de nosso trabalho A minha famiacutelia por serem minha base e incentivarem sempre Ao meu orientador Edson A Tati e a Tina que desde o primeiro ano fazem parte da minha vida e satildeo importantes para mim

Flaacutevia Mafra de Lima

Dedico este trabalho a Deus que me deu sabedoria e me ajudou a vencer mais essa etapa de minha vida a minha amiga-irmatilde Flaacute que durante toda a realizaccedilatildeo deste confiou em mim e sempre me deu forccedilas para lutar nos momentos de grandes dificuldades que eu passei me levando uma palavra de incentivo e otimismo e aos nossos pacientes que foram instrumentos abenccediloados na realizaccedilatildeo deste trabalho

Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano

RESUMO

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e

uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns

autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho

foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um

estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar

especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de

Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo

A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica

espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5

compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo

fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois

grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar

Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 12

1 LOMBALGIA 14

2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19

211 Espondilolistese 19

212 Doenccedila de Paget 20

213 Tumores da coluna 20

214 Estenose do canal vertebral 20

215 Espondilite Infecciosa 21

216 Heacuternia discal 21

217 Siacutendrome Facetaacuteria 22

3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

23

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25

311 Anatomia e Biomecacircnica 25

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28

321 Anatomia e Biomecacircnica 28

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30

4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35

411 Sistema passivo 36

412 Sistema ativo 37

413 Sistema neural 37

4131 Sistema local 38

4132 Sistema global 39

5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE

LOMBAR

41

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE

MOVIMENTO

43

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43

6 MATERIAL E MEacuteTODO 45

61 AVALIACcedilAtildeO 46

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47

622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52

7 RESULTADOS 59

71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO

GRUPO 1 X GRUPO 2

64

8 DISCUSSAtildeO 67

CONCLUSAtildeO 69

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70

APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72

APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77

ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87

ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88

ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32

Figura 3 Sistema segmentar local 39

Figura 4 Sistema segmentar global 40

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase

inspiratoacuteria e expiratoacuteria

48

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado contralateral

48

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e

extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio

49

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com

coluna ereta

50

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta

51

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso

52

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da

pelve

53

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado sadio

55

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com

elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado

contra-lateral

56

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro

do lado doloroso

58

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o

tratamento 86

INTRODUCcedilAtildeO

As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto

jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos

e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do

fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento

fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos

abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma

melhora de sua qualidade de vida

O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada

a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos

muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas

pessoas teratildeo mais de um episoacutedio

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo

discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito

Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes

desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito

importante nesses casos

O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais

Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 3: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

TATIANE ROBERTA DOS SANTOS QUINTILIANO

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Claretiano para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de graduado em Fisioterapia Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior

A IMPORTAcircNCIA DO FORTALECIMENTO DO MUacuteSCULO

TRANSVERSO ABDOMINAL NO TRATAMENTO

DAS LOMBALGIAS

Orientador Profdeg Ms Edson Alves de Barros Juacutenior

Examinador(a) _______________________________________________

Examinador(a) _______________________________________________

Batatais ______ de __________________________ de 2005

Eu pedi forccedila E Deus me deu dificuldades para me fazer forte Eu pedi sabedoria E Deus me deu problemas para resolver Eu pedi prosperidade E Deus me deu ceacuterebro e muacutesculos para trabalhar Eu pedi coragem E Deus me deu perigo para superar Eu pedi Amor E Deus me deu pessoas com problemas para ajudar Eu pedi favores E Deus me deu oportunidades Eu natildeo recebi nada do que pedi Mas eu recebi tudo de que precisava

(autor desconhecido)

Agradeccedilo primeiramente a Deus por ter me dado forccedila para a conclusatildeo deste trabalho e mais esta etapa de minha vida Aos meus pais Felix e Ameir a minha avoacute Lourdes a minha irmatilde Emilze meu cunhado Artur que lutaram e estiveram do meu lado sempre me incentivando e ajudando a tornar real todos meus planos e sonhos Em especial meu avocirc Joaquim (in memorian) que mesmo natildeo estando fisicamente aqui tenho certeza que natildeo deixou de estar ao meu lado em todos os momentos espero estar dando o orgulho que ele sempre disse sentir A Tina que mesmo estando longe nos ajudou de todas as formas para a conclusatildeo deste trabalho A minha amiga-irmatilde Tati que conquistou mais esta etapa ao meu lado e concordou e ajudou em todas as minhas ideacuteias durante a realizaccedilatildeo deste trabalho A meu grupo de estaacutegio e os amigos que conquistei durante estes quatro anos e em especial a Luacute que nos auxiliou em um momento importante deste trabalho A meu orientador Edson pela atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e por cobrar sempre nosso melhor e a Carmem que nos ajudou em todas as fases deste trabalho Valeu

Flaacutevia Mafra de Lima

Agradeccedilo a Jesus Cristo que sempre me acompanhou nesta longa caminhada aos meus pais Joseacute Roberto e Flora e tambeacutem ao meu irmatildeo Tallis que me deram a oportunidade de realizar meu sonho profissional e que acima de tudo confiaram que eu seria capaz de vencer Agradeccedilo ao meu orientador Edson Barros que nos ajudou a desenvolver e concluir esse trabalho com sucesso Tambeacutem agradeccedilo as professoras Carmen Bia Marilia e Edson Verri que natildeo exitaram em ajudar com dedicaccedilatildeo e carinho em momentos de desespero nossos Natildeo poderia esquecer de agradecer as pessoas que fizeram parte do meu ciclo de amizades que aqui fiz e que nestes 4 anos foram amigas companheiras ouvintes e compreensivas para comigo satildeo elas Flaacutevia Eacuterika Erivacircnia Valeria Kelly Liacutelian e todos que me ajudaram e que estatildeo guardados com muito carinho no meu coraccedilatildeo De um modo especial agradeccedilo a Tina e a Flaacute minhas irmatildes do coraccedilatildeo que me fizeram entender o verdadeiro sentido da amizade e que mesmo estando longe me deram forccedilas para lutar pelos meus ideais confiando que eu iria vencer sendo como anjos em minha vida Adoro todos vocecircsDeus os protejam

Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano

Dedico a todos os pacientes que sofrem de lombalgia e principalmente os que fizeram parte de nosso trabalho A minha famiacutelia por serem minha base e incentivarem sempre Ao meu orientador Edson A Tati e a Tina que desde o primeiro ano fazem parte da minha vida e satildeo importantes para mim

Flaacutevia Mafra de Lima

Dedico este trabalho a Deus que me deu sabedoria e me ajudou a vencer mais essa etapa de minha vida a minha amiga-irmatilde Flaacute que durante toda a realizaccedilatildeo deste confiou em mim e sempre me deu forccedilas para lutar nos momentos de grandes dificuldades que eu passei me levando uma palavra de incentivo e otimismo e aos nossos pacientes que foram instrumentos abenccediloados na realizaccedilatildeo deste trabalho

Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano

RESUMO

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e

uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns

autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho

foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um

estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar

especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de

Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo

A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica

espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5

compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo

fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois

grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar

Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 12

1 LOMBALGIA 14

2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19

211 Espondilolistese 19

212 Doenccedila de Paget 20

213 Tumores da coluna 20

214 Estenose do canal vertebral 20

215 Espondilite Infecciosa 21

216 Heacuternia discal 21

217 Siacutendrome Facetaacuteria 22

3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

23

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25

311 Anatomia e Biomecacircnica 25

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28

321 Anatomia e Biomecacircnica 28

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30

4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35

411 Sistema passivo 36

412 Sistema ativo 37

413 Sistema neural 37

4131 Sistema local 38

4132 Sistema global 39

5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE

LOMBAR

41

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE

MOVIMENTO

43

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43

6 MATERIAL E MEacuteTODO 45

61 AVALIACcedilAtildeO 46

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47

622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52

7 RESULTADOS 59

71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO

GRUPO 1 X GRUPO 2

64

8 DISCUSSAtildeO 67

CONCLUSAtildeO 69

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70

APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72

APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77

ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87

ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88

ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32

Figura 3 Sistema segmentar local 39

Figura 4 Sistema segmentar global 40

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase

inspiratoacuteria e expiratoacuteria

48

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado contralateral

48

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e

extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio

49

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com

coluna ereta

50

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta

51

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso

52

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da

pelve

53

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado sadio

55

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com

elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado

contra-lateral

56

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro

do lado doloroso

58

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o

tratamento 86

INTRODUCcedilAtildeO

As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto

jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos

e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do

fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento

fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos

abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma

melhora de sua qualidade de vida

O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada

a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos

muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas

pessoas teratildeo mais de um episoacutedio

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo

discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito

Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes

desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito

importante nesses casos

O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais

Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 4: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Eu pedi forccedila E Deus me deu dificuldades para me fazer forte Eu pedi sabedoria E Deus me deu problemas para resolver Eu pedi prosperidade E Deus me deu ceacuterebro e muacutesculos para trabalhar Eu pedi coragem E Deus me deu perigo para superar Eu pedi Amor E Deus me deu pessoas com problemas para ajudar Eu pedi favores E Deus me deu oportunidades Eu natildeo recebi nada do que pedi Mas eu recebi tudo de que precisava

(autor desconhecido)

Agradeccedilo primeiramente a Deus por ter me dado forccedila para a conclusatildeo deste trabalho e mais esta etapa de minha vida Aos meus pais Felix e Ameir a minha avoacute Lourdes a minha irmatilde Emilze meu cunhado Artur que lutaram e estiveram do meu lado sempre me incentivando e ajudando a tornar real todos meus planos e sonhos Em especial meu avocirc Joaquim (in memorian) que mesmo natildeo estando fisicamente aqui tenho certeza que natildeo deixou de estar ao meu lado em todos os momentos espero estar dando o orgulho que ele sempre disse sentir A Tina que mesmo estando longe nos ajudou de todas as formas para a conclusatildeo deste trabalho A minha amiga-irmatilde Tati que conquistou mais esta etapa ao meu lado e concordou e ajudou em todas as minhas ideacuteias durante a realizaccedilatildeo deste trabalho A meu grupo de estaacutegio e os amigos que conquistei durante estes quatro anos e em especial a Luacute que nos auxiliou em um momento importante deste trabalho A meu orientador Edson pela atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e por cobrar sempre nosso melhor e a Carmem que nos ajudou em todas as fases deste trabalho Valeu

Flaacutevia Mafra de Lima

Agradeccedilo a Jesus Cristo que sempre me acompanhou nesta longa caminhada aos meus pais Joseacute Roberto e Flora e tambeacutem ao meu irmatildeo Tallis que me deram a oportunidade de realizar meu sonho profissional e que acima de tudo confiaram que eu seria capaz de vencer Agradeccedilo ao meu orientador Edson Barros que nos ajudou a desenvolver e concluir esse trabalho com sucesso Tambeacutem agradeccedilo as professoras Carmen Bia Marilia e Edson Verri que natildeo exitaram em ajudar com dedicaccedilatildeo e carinho em momentos de desespero nossos Natildeo poderia esquecer de agradecer as pessoas que fizeram parte do meu ciclo de amizades que aqui fiz e que nestes 4 anos foram amigas companheiras ouvintes e compreensivas para comigo satildeo elas Flaacutevia Eacuterika Erivacircnia Valeria Kelly Liacutelian e todos que me ajudaram e que estatildeo guardados com muito carinho no meu coraccedilatildeo De um modo especial agradeccedilo a Tina e a Flaacute minhas irmatildes do coraccedilatildeo que me fizeram entender o verdadeiro sentido da amizade e que mesmo estando longe me deram forccedilas para lutar pelos meus ideais confiando que eu iria vencer sendo como anjos em minha vida Adoro todos vocecircsDeus os protejam

Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano

Dedico a todos os pacientes que sofrem de lombalgia e principalmente os que fizeram parte de nosso trabalho A minha famiacutelia por serem minha base e incentivarem sempre Ao meu orientador Edson A Tati e a Tina que desde o primeiro ano fazem parte da minha vida e satildeo importantes para mim

Flaacutevia Mafra de Lima

Dedico este trabalho a Deus que me deu sabedoria e me ajudou a vencer mais essa etapa de minha vida a minha amiga-irmatilde Flaacute que durante toda a realizaccedilatildeo deste confiou em mim e sempre me deu forccedilas para lutar nos momentos de grandes dificuldades que eu passei me levando uma palavra de incentivo e otimismo e aos nossos pacientes que foram instrumentos abenccediloados na realizaccedilatildeo deste trabalho

Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano

RESUMO

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e

uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns

autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho

foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um

estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar

especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de

Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo

A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica

espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5

compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo

fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois

grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar

Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 12

1 LOMBALGIA 14

2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19

211 Espondilolistese 19

212 Doenccedila de Paget 20

213 Tumores da coluna 20

214 Estenose do canal vertebral 20

215 Espondilite Infecciosa 21

216 Heacuternia discal 21

217 Siacutendrome Facetaacuteria 22

3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

23

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25

311 Anatomia e Biomecacircnica 25

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28

321 Anatomia e Biomecacircnica 28

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30

4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35

411 Sistema passivo 36

412 Sistema ativo 37

413 Sistema neural 37

4131 Sistema local 38

4132 Sistema global 39

5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE

LOMBAR

41

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE

MOVIMENTO

43

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43

6 MATERIAL E MEacuteTODO 45

61 AVALIACcedilAtildeO 46

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47

622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52

7 RESULTADOS 59

71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO

GRUPO 1 X GRUPO 2

64

8 DISCUSSAtildeO 67

CONCLUSAtildeO 69

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70

APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72

APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77

ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87

ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88

ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32

Figura 3 Sistema segmentar local 39

Figura 4 Sistema segmentar global 40

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase

inspiratoacuteria e expiratoacuteria

48

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado contralateral

48

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e

extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio

49

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com

coluna ereta

50

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta

51

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso

52

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da

pelve

53

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado sadio

55

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com

elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado

contra-lateral

56

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro

do lado doloroso

58

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o

tratamento 86

INTRODUCcedilAtildeO

As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto

jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos

e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do

fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento

fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos

abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma

melhora de sua qualidade de vida

O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada

a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos

muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas

pessoas teratildeo mais de um episoacutedio

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo

discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito

Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes

desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito

importante nesses casos

O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais

Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

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CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

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ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

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SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 5: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Agradeccedilo primeiramente a Deus por ter me dado forccedila para a conclusatildeo deste trabalho e mais esta etapa de minha vida Aos meus pais Felix e Ameir a minha avoacute Lourdes a minha irmatilde Emilze meu cunhado Artur que lutaram e estiveram do meu lado sempre me incentivando e ajudando a tornar real todos meus planos e sonhos Em especial meu avocirc Joaquim (in memorian) que mesmo natildeo estando fisicamente aqui tenho certeza que natildeo deixou de estar ao meu lado em todos os momentos espero estar dando o orgulho que ele sempre disse sentir A Tina que mesmo estando longe nos ajudou de todas as formas para a conclusatildeo deste trabalho A minha amiga-irmatilde Tati que conquistou mais esta etapa ao meu lado e concordou e ajudou em todas as minhas ideacuteias durante a realizaccedilatildeo deste trabalho A meu grupo de estaacutegio e os amigos que conquistei durante estes quatro anos e em especial a Luacute que nos auxiliou em um momento importante deste trabalho A meu orientador Edson pela atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e por cobrar sempre nosso melhor e a Carmem que nos ajudou em todas as fases deste trabalho Valeu

Flaacutevia Mafra de Lima

Agradeccedilo a Jesus Cristo que sempre me acompanhou nesta longa caminhada aos meus pais Joseacute Roberto e Flora e tambeacutem ao meu irmatildeo Tallis que me deram a oportunidade de realizar meu sonho profissional e que acima de tudo confiaram que eu seria capaz de vencer Agradeccedilo ao meu orientador Edson Barros que nos ajudou a desenvolver e concluir esse trabalho com sucesso Tambeacutem agradeccedilo as professoras Carmen Bia Marilia e Edson Verri que natildeo exitaram em ajudar com dedicaccedilatildeo e carinho em momentos de desespero nossos Natildeo poderia esquecer de agradecer as pessoas que fizeram parte do meu ciclo de amizades que aqui fiz e que nestes 4 anos foram amigas companheiras ouvintes e compreensivas para comigo satildeo elas Flaacutevia Eacuterika Erivacircnia Valeria Kelly Liacutelian e todos que me ajudaram e que estatildeo guardados com muito carinho no meu coraccedilatildeo De um modo especial agradeccedilo a Tina e a Flaacute minhas irmatildes do coraccedilatildeo que me fizeram entender o verdadeiro sentido da amizade e que mesmo estando longe me deram forccedilas para lutar pelos meus ideais confiando que eu iria vencer sendo como anjos em minha vida Adoro todos vocecircsDeus os protejam

Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano

Dedico a todos os pacientes que sofrem de lombalgia e principalmente os que fizeram parte de nosso trabalho A minha famiacutelia por serem minha base e incentivarem sempre Ao meu orientador Edson A Tati e a Tina que desde o primeiro ano fazem parte da minha vida e satildeo importantes para mim

Flaacutevia Mafra de Lima

Dedico este trabalho a Deus que me deu sabedoria e me ajudou a vencer mais essa etapa de minha vida a minha amiga-irmatilde Flaacute que durante toda a realizaccedilatildeo deste confiou em mim e sempre me deu forccedilas para lutar nos momentos de grandes dificuldades que eu passei me levando uma palavra de incentivo e otimismo e aos nossos pacientes que foram instrumentos abenccediloados na realizaccedilatildeo deste trabalho

Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano

RESUMO

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e

uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns

autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho

foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um

estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar

especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de

Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo

A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica

espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5

compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo

fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois

grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar

Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 12

1 LOMBALGIA 14

2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19

211 Espondilolistese 19

212 Doenccedila de Paget 20

213 Tumores da coluna 20

214 Estenose do canal vertebral 20

215 Espondilite Infecciosa 21

216 Heacuternia discal 21

217 Siacutendrome Facetaacuteria 22

3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

23

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25

311 Anatomia e Biomecacircnica 25

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28

321 Anatomia e Biomecacircnica 28

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30

4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35

411 Sistema passivo 36

412 Sistema ativo 37

413 Sistema neural 37

4131 Sistema local 38

4132 Sistema global 39

5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE

LOMBAR

41

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE

MOVIMENTO

43

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43

6 MATERIAL E MEacuteTODO 45

61 AVALIACcedilAtildeO 46

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47

622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52

7 RESULTADOS 59

71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO

GRUPO 1 X GRUPO 2

64

8 DISCUSSAtildeO 67

CONCLUSAtildeO 69

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70

APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72

APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77

ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87

ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88

ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32

Figura 3 Sistema segmentar local 39

Figura 4 Sistema segmentar global 40

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase

inspiratoacuteria e expiratoacuteria

48

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado contralateral

48

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e

extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio

49

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com

coluna ereta

50

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta

51

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso

52

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da

pelve

53

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado sadio

55

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com

elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado

contra-lateral

56

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro

do lado doloroso

58

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o

tratamento 86

INTRODUCcedilAtildeO

As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto

jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos

e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do

fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento

fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos

abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma

melhora de sua qualidade de vida

O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada

a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos

muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas

pessoas teratildeo mais de um episoacutedio

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo

discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito

Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes

desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito

importante nesses casos

O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais

Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

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TESTES ESPECIAIS

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EXAME DA MARCHA

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ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 6: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Dedico a todos os pacientes que sofrem de lombalgia e principalmente os que fizeram parte de nosso trabalho A minha famiacutelia por serem minha base e incentivarem sempre Ao meu orientador Edson A Tati e a Tina que desde o primeiro ano fazem parte da minha vida e satildeo importantes para mim

Flaacutevia Mafra de Lima

Dedico este trabalho a Deus que me deu sabedoria e me ajudou a vencer mais essa etapa de minha vida a minha amiga-irmatilde Flaacute que durante toda a realizaccedilatildeo deste confiou em mim e sempre me deu forccedilas para lutar nos momentos de grandes dificuldades que eu passei me levando uma palavra de incentivo e otimismo e aos nossos pacientes que foram instrumentos abenccediloados na realizaccedilatildeo deste trabalho

Tatiane Roberta dos Santos Quintiliano

RESUMO

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e

uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns

autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho

foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um

estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar

especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de

Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo

A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica

espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5

compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo

fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois

grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar

Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 12

1 LOMBALGIA 14

2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19

211 Espondilolistese 19

212 Doenccedila de Paget 20

213 Tumores da coluna 20

214 Estenose do canal vertebral 20

215 Espondilite Infecciosa 21

216 Heacuternia discal 21

217 Siacutendrome Facetaacuteria 22

3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

23

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25

311 Anatomia e Biomecacircnica 25

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28

321 Anatomia e Biomecacircnica 28

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30

4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35

411 Sistema passivo 36

412 Sistema ativo 37

413 Sistema neural 37

4131 Sistema local 38

4132 Sistema global 39

5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE

LOMBAR

41

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE

MOVIMENTO

43

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43

6 MATERIAL E MEacuteTODO 45

61 AVALIACcedilAtildeO 46

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47

622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52

7 RESULTADOS 59

71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO

GRUPO 1 X GRUPO 2

64

8 DISCUSSAtildeO 67

CONCLUSAtildeO 69

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70

APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72

APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77

ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87

ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88

ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32

Figura 3 Sistema segmentar local 39

Figura 4 Sistema segmentar global 40

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase

inspiratoacuteria e expiratoacuteria

48

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado contralateral

48

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e

extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio

49

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com

coluna ereta

50

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta

51

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso

52

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da

pelve

53

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado sadio

55

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com

elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado

contra-lateral

56

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro

do lado doloroso

58

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o

tratamento 86

INTRODUCcedilAtildeO

As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto

jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos

e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do

fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento

fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos

abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma

melhora de sua qualidade de vida

O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada

a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos

muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas

pessoas teratildeo mais de um episoacutedio

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo

discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito

Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes

desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito

importante nesses casos

O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais

Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 7: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

RESUMO

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes com dor na coluna e

uma das principais causas de incapacidade funcional e dispensas do trabalho Segundo alguns

autores cerca de 60 a 80 da populaccedilatildeo sofreram ou sofreratildeo de dor lombar Neste trabalho

foi realizado uma revisatildeo bibliograacutefica sobre lombalgia e estabilizaccedilatildeo segmentar e um

estudo de casos que buscou comparar dois tipos de tratamento Estabilizaccedilatildeo Segmentar

especiacutefico para contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal e Exerciacutecios Globais de

Estabilizaccedilatildeo avaliando qual dos dois traria resultado em menor tempo e por maior duraccedilatildeo

A amostra foi composta por 11 pacientes com diagnoacutesticos de lombalgia mecacircnica

espondilolistese espondiloartrose com estenose do canal vertebral heacuternia discal em L4-L5

compressatildeo de raiz nervosa e escoliose lombar Foi utilizado como paracircmetros na avaliaccedilatildeo

fisioterapecircutica a escala de dor de Borg Os resultados demonstraram melhora nos dois

grupos sendo mais acentuada no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar

Palavras-chave Lombalgias Estabilizaccedilatildeo Segmentar Dor Tratamento

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 12

1 LOMBALGIA 14

2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19

211 Espondilolistese 19

212 Doenccedila de Paget 20

213 Tumores da coluna 20

214 Estenose do canal vertebral 20

215 Espondilite Infecciosa 21

216 Heacuternia discal 21

217 Siacutendrome Facetaacuteria 22

3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

23

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25

311 Anatomia e Biomecacircnica 25

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28

321 Anatomia e Biomecacircnica 28

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30

4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35

411 Sistema passivo 36

412 Sistema ativo 37

413 Sistema neural 37

4131 Sistema local 38

4132 Sistema global 39

5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE

LOMBAR

41

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE

MOVIMENTO

43

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43

6 MATERIAL E MEacuteTODO 45

61 AVALIACcedilAtildeO 46

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47

622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52

7 RESULTADOS 59

71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO

GRUPO 1 X GRUPO 2

64

8 DISCUSSAtildeO 67

CONCLUSAtildeO 69

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70

APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72

APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77

ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87

ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88

ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32

Figura 3 Sistema segmentar local 39

Figura 4 Sistema segmentar global 40

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase

inspiratoacuteria e expiratoacuteria

48

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado contralateral

48

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e

extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio

49

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com

coluna ereta

50

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta

51

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso

52

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da

pelve

53

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado sadio

55

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com

elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado

contra-lateral

56

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro

do lado doloroso

58

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o

tratamento 86

INTRODUCcedilAtildeO

As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto

jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos

e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do

fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento

fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos

abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma

melhora de sua qualidade de vida

O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada

a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos

muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas

pessoas teratildeo mais de um episoacutedio

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo

discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito

Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes

desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito

importante nesses casos

O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais

Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

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CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

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KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

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ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 8: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 12

1 LOMBALGIA 14

2 LOMBALGIA MECAcircNICA 18

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA 19

211 Espondilolistese 19

212 Doenccedila de Paget 20

213 Tumores da coluna 20

214 Estenose do canal vertebral 20

215 Espondilite Infecciosa 21

216 Heacuternia discal 21

217 Siacutendrome Facetaacuteria 22

3 OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

23

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO 25

311 Anatomia e Biomecacircnica 25

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 28

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL 28

321 Anatomia e Biomecacircnica 28

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco 30

4 ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR 33

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35

411 Sistema passivo 36

412 Sistema ativo 37

413 Sistema neural 37

4131 Sistema local 38

4132 Sistema global 39

5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE

LOMBAR

41

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE

MOVIMENTO

43

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43

6 MATERIAL E MEacuteTODO 45

61 AVALIACcedilAtildeO 46

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47

622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52

7 RESULTADOS 59

71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO

GRUPO 1 X GRUPO 2

64

8 DISCUSSAtildeO 67

CONCLUSAtildeO 69

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70

APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72

APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77

ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87

ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88

ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32

Figura 3 Sistema segmentar local 39

Figura 4 Sistema segmentar global 40

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase

inspiratoacuteria e expiratoacuteria

48

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado contralateral

48

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e

extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio

49

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com

coluna ereta

50

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta

51

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso

52

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da

pelve

53

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado sadio

55

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com

elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado

contra-lateral

56

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro

do lado doloroso

58

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o

tratamento 86

INTRODUCcedilAtildeO

As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto

jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos

e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do

fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento

fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos

abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma

melhora de sua qualidade de vida

O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada

a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos

muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas

pessoas teratildeo mais de um episoacutedio

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo

discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito

Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes

desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito

importante nesses casos

O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais

Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 9: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR 35

411 Sistema passivo 36

412 Sistema ativo 37

413 Sistema neural 37

4131 Sistema local 38

4132 Sistema global 39

5 EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E INSTABILIDADE

LOMBAR

41

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO 42

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE

MOVIMENTO

43

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL 43

6 MATERIAL E MEacuteTODO 45

61 AVALIACcedilAtildeO 46

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO 46

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar 47

622 Grupo de Exerciacutecios Globais 52

7 RESULTADOS 59

71 CAUSAS DA LOMBALGIA 59

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR 59

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO

GRUPO 1 X GRUPO 2

64

8 DISCUSSAtildeO 67

CONCLUSAtildeO 69

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70

APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72

APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77

ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87

ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88

ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32

Figura 3 Sistema segmentar local 39

Figura 4 Sistema segmentar global 40

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase

inspiratoacuteria e expiratoacuteria

48

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado contralateral

48

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e

extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio

49

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com

coluna ereta

50

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta

51

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso

52

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da

pelve

53

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado sadio

55

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com

elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado

contra-lateral

56

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro

do lado doloroso

58

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o

tratamento 86

INTRODUCcedilAtildeO

As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto

jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos

e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do

fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento

fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos

abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma

melhora de sua qualidade de vida

O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada

a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos

muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas

pessoas teratildeo mais de um episoacutedio

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo

discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito

Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes

desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito

importante nesses casos

O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais

Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 10: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

CONCLUSAtildeO 69

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 70

APEcircNDICE A FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS 72

APEcircNDICE B FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL 77

ANEXOS A ESCALA ANALOacuteGICA DA DOR 87

ANEXOS B FICHA DE AVALIACcedilAtildeO 88

ANEXOS C TERMO DE CONSENTIMENTO 91

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32

Figura 3 Sistema segmentar local 39

Figura 4 Sistema segmentar global 40

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase

inspiratoacuteria e expiratoacuteria

48

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado contralateral

48

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e

extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio

49

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com

coluna ereta

50

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta

51

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso

52

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da

pelve

53

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado sadio

55

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com

elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado

contra-lateral

56

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro

do lado doloroso

58

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o

tratamento 86

INTRODUCcedilAtildeO

As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto

jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos

e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do

fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento

fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos

abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma

melhora de sua qualidade de vida

O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada

a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos

muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas

pessoas teratildeo mais de um episoacutedio

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo

discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito

Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes

desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito

importante nesses casos

O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais

Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 11: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido 27

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal 32

Figura 3 Sistema segmentar local 39

Figura 4 Sistema segmentar global 40

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros 47

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase

inspiratoacuteria e expiratoacuteria

48

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado contralateral

48

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e

extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio

49

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com

coluna ereta

50

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta

51

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna

ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso

52

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da

pelve

53

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco 53

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros 54

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior 55

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior

do lado doloroso e membro superior do lado sadio

55

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com

elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado

contra-lateral

56

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta 57

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro

do lado doloroso

58

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o

tratamento 86

INTRODUCcedilAtildeO

As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto

jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos

e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do

fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento

fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos

abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma

melhora de sua qualidade de vida

O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada

a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos

muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas

pessoas teratildeo mais de um episoacutedio

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo

discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito

Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes

desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito

importante nesses casos

O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais

Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 12: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1 60

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2 61

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1 62

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 63

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2 64 Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1 65 Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2 66

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento 77

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento 78

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 79

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento 80

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento 81

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 82

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento 83

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento 84

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento 85

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o

tratamento 86

INTRODUCcedilAtildeO

As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto

jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos

e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do

fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento

fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos

abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma

melhora de sua qualidade de vida

O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada

a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos

muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas

pessoas teratildeo mais de um episoacutedio

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo

discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito

Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes

desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito

importante nesses casos

O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais

Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 13: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

INTRODUCcedilAtildeO

As lombalgias satildeo muito comuns na populaccedilatildeo mundial acometendo tanto

jovens quanto adultos de ambos os sexos produzindo desconforto e limitaccedilotildees para trabalhos

e atividades de vida diaacuteria (AVDrsquos) tendo crescimento cada vez maior da atuaccedilatildeo do

fisioterapeuta neste campo buscando um conhecimento e melhora do tratamento

fisioterapecircutico atraveacutes da estabilizaccedilatildeo segmentar e exerciacutecios trabalhando muacutesculos

abdominais no intuito de diminuir o quadro algico dos pacientes contribuindo para uma

melhora de sua qualidade de vida

O diagnoacutestico etioloacutegico das lombalgias na maioria dos casos estaacute relacionada

a disfunccedilotildees ou lesotildees do corpo vertebral disco intervertebral faces articulares ligamentos

muacutesculos paraespinhais raiacutezes nervosas

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de lombalgia aguda e durante sua vida 80 dessas

pessoas teratildeo mais de um episoacutedio

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002) Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura traumatismo

discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com as atividades que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com o repouso ou decuacutebito

Pode surgir na meia idade como um processo auto limitado agudo com recidivas frequumlentes

desaparecendo somente na velhice o trabalho muscular que visa estabilizar a coluna eacute muito

importante nesses casos

O muacutesculo transverso abdominal eacute o mais profundo dos muacutesculos abdominais

Atualmente suas funccedilotildees estatildeo sendo vinculadas com atividades de maior importacircncia como

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 14: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

por exemplo estabilizaccedilatildeo da coluna lombar sinergismo com os muacutesculos do assoalho

peacutelvico e componente fundamental da respiraccedilatildeo

Alguns autores relataram em vaacuterios estudos a correlaccedilatildeo entre disfunccedilatildeo do

muacutesculo transverso abdominal com o desenvolvimento de dor lombar (Hodges 1998 apud

COSTA et al 2004)

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos a

ligamentos e caacutepsulas

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para a execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios na realizaccedilatildeo de uma tarefa motora

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 15: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

CAPIacuteTULO 1

LOMBALGIA

A lombalgia eacute o sintoma mais referido entre os pacientes que apresentam dores

da coluna e uma das principais causas de incapacidade funcional (Nunes apud FORNARI et

al 2003) Muitas dispensas do trabalho satildeo causadas por problemas na coluna vertebral e

cerca de 60 a 80 dos indiviacuteduos atualmente sofreram ou sofreratildeo episoacutedios de dor lombar

(Indahl apud SALMELA et al 2004)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) aproximadamente 80 dos

adultos sofreratildeo pelo menos uma crise de dor nas costas (lombalgia) aguda e durante sua vida

80 dessas pessoas teratildeo mais de um episoacutedio (CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA

2004)

Segundo Rosenthal (2004) nos Estados Unidos da Ameacuterica (EUA) a

lombalgia eacute a causa mais comum de incapacidade abaixo dos 45 anos

Greve (2003) descreve que nos EUA cerca de 30 a 60 dos indiviacuteduos sofre

de lombalgia num periacuteodo de 2 semanas a um ano

Estudos indicam que 60 a 80 dos indiviacuteduos sofrem de lombalgia e esta

aumenta com o avanccedilar da idade

No Brasil eacute a principal causa de afastamento temporaacuterio do trabalho (RUBIN

2002)

No Canadaacute em cerca de 65 dos indiviacuteduos com dor heacuternia e anormalidades

natildeo articulares foram diagnosticado lombalgia cervicalgia fibromialgia (SAUacuteDE

PAULISTA 2002)

No passado a lombalgia era considerada como produto de inflamaccedilatildeo do tecido

conjuntivo fibroso do corpo que agravava pelo movimento

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 16: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Segundo Greve (2003) Moreira amp Carvalho (1996) as lombalgias satildeo

multifatoriais Trata-se de uma patologia complexa gerada por fatores de risco tais como

traumas mecacircnicas (distensatildeo muscular distensatildeo ou dor miofascial no muacutesculo piriforme

quadrado lombar entorse nas articulaccedilotildees da faceta lombar) siacutendromes da hipomobilidade

disfunccedilatildeo da articulaccedilatildeo sacroiliacuteaca problemas no disco intervertebral pontos de gatilho

miofasciais obesidade tipo de ocupaccedilatildeo idade sexo Outros fatores como fraqueza

muscular instabilidade segmentar causa nervosa stress dores em viacutesceras intra ou

extraperitoniais podem causar dor lombar

Estudos realizados mostram que situaccedilotildees do trabalho e do dia-a-dia como

manutenccedilatildeo de postura por periacuteodo prolongado movimentos repetitivos levantamento de

peso trabalho fiacutesico leve ou pesado Agridem estruturas muacutesculo-esqueleacuteticas da coluna

lombar e consequumlentemente satildeo fatores determinantes de lombalgia (Rebelatto apud VITTA

1997)

Sizer (apud GREVE 2003) referem que a degeneraccedilatildeo discal eacute a primeira

alteraccedilatildeo morfoloacutegica relacionada ao envelhecimento bioloacutegico e que possivelmente estaacute na

raiz de boa parte das lombalgias inespeciacuteficas ocorrendo tardiamente alteraccedilotildees nas

articulaccedilotildees zigopofisaacuterias ligamentos e caacutepsulas

Tenson (apud GREVE 2003) observou que somente 17 dos pacientes com

lombalgia apresentavam alguma afecccedilatildeo representada por degeneraccedilatildeo discal artrite

reumatoacuteide tumor infecccedilatildeo ou fratura A maioria apresentava alteraccedilotildees relacionadas agrave forccedila

e flexibilidade dos muacutesculos de postura

Segundo Waddell (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) existem indiviacuteduos

que apresentam dor aguda e crocircnica na coluna lombar A dor aguda estaacute relacionada com

estiacutemulos perifeacutericos nociceptivos dano tecidual incapacidade e comportamento da doenccedila

que satildeo quase sempre proporcionais aos achados fiacutesicos Jaacute a dor crocircnica a incapacidade e o

comportamento da doenccedila natildeo possui qualquer correlaccedilatildeo direta ao estiacutemulo nociceptivo

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 17: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

estando ligadas ao desgaste emocional depressatildeo fracasso do tratamento e adoccedilatildeo do papel

de doente

Segundo Lisinski (apud FORNARI et al 2003) a dor crocircnica na regiatildeo

lombar eacute um dos fatores principais na restriccedilatildeo da atividade em pessoas com menos de 45

anos

Hides (1994 apud SALMELA et al 2004) encontraram uma assimetria

acentuada da aacuterea de secccedilatildeo da transversa do multiacutefido ipsilateral no niacutevel dos sintomas de

pacientes com lombalgia aguda e subaguda Poreacutem essa assimetria natildeo mostrou uma relaccedilatildeo

com a severidade dos sintomas e natildeo demonstrou uma recuperaccedilatildeo espontacircnea apoacutes remissatildeo

dos sintomas sugerindo que a atrofia por desuso natildeo seria a causa para assimetria muscular

devido agrave rapidez com que a diminuiccedilatildeo do tamanho muscular ocorreu

Outra hipoacutetese poderia ser inibiccedilatildeo devido agrave dor mas natildeo foi confirmada pois

mesmo depois da remissatildeo da dor em pacientes com lombalgia aguda natildeo houve recuperaccedilatildeo

do diacircmetro do multiacutefido

Portanto a melhor explicaccedilatildeo seria de inibiccedilatildeo reflexa Isso ocorreu quando

informaccedilotildees aferentes anormais da articulaccedilatildeo lesada impedem a ativaccedilatildeo voluntaacuteria do

muacutesculo causando fraqueza e uma raacutepida atrofia muscular

Quando o muacutesculo que participa de uma forccedila conjugada fica tenso altera a

artrocinemaacutetica normal de dois padrotildees articulares afetando a funccedilatildeo sineacutergica da cadeia

cineacutetica e provocando inibiccedilatildeo reciacuteproca (Lewit 1998 apud PRENTICE 2003)

Portanto se houver um desequiliacutebrio muscular em todo complexo lombo-pelve-

quadril toda cadeia cineacutetica seraacute afetada Por exemplo o psoas tenso provoca inibiccedilatildeo

reciacuteproca dos muacutesculos gluacuteteo maacuteximo transverso do abdome obliacutequo interno e multiacutefido

(Hodges 1995 apud PRENTICE 2003)

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 18: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Esse padratildeo de desequiliacutebrio muscular pode diminuir a estabilidade do

complexo lombo-pelve-quadril levando a um padratildeo de substituiccedilatildeo especiacutefica para

compensar a falta de estabilizaccedilatildeo (Edgerton 1996 apud PRENTICE 2003)

Pesquisas demonstram que indiviacuteduos com dor lombar apresentam resposta

neuromotora anormal dos estabilizadores do tronco (Hodges 1996 apud PRENTICE 2003)

Por exemplo se os multiacutefidos estiverem inibidos o eretor da espinha e o psoas

ficaratildeo facilitados isso inibira ainda mais os muacutesculos abdominais inferiores obliacutequo interno

gluacuteteo maacuteximo e transverso abdominal (Hodges 1997 apud PRENTICE 2003)

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 19: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

CAPIacuteTULO 2

LOMBALGIA MECAcircNICA

Na dor lombar com etiologia mecacircnica a dor se relaciona com postura

traumatismo discreto ou uso excessivo

A lombalgia mecacircnica eacute episoacutedica ou intermitente piora com atividade que

exigem mais das estruturas lombares de sustentaccedilatildeo melhorando com repouso ou decuacutebito

Os pacientes com lombalgia mecacircnica frequumlentemente descrevem crises

anteriores onde ficavam imobilizados numa posiccedilatildeo inclinada discretamente para frente por

isso as crises satildeo consideradas provenientes das articulaccedilotildees posteriores (GREVE 2003)

Segundo Sheon et al (1989) os sinais que acompanham a dor incluem

espasmo muscular unilateral discreta rotaccedilatildeo do paciente para um lado retificaccedilatildeo lombar e

forccedila e reflexos normais

A lombalgia mecacircnica pode surgir na meia idade como um processo auto

limitado agudo com recidivas frequumlentes desaparecendo somente na velhice

O diagnoacutestico etioloacutegico da lombalgia mecacircnica eacute difiacutecil sendo uma das

siacutendromes que mais acomete as pessoas em geral e eacute visto com grande frequumlecircncia alteraccedilotildees

disco intervertebral

O exame radiograacutefico natildeo permite distinguir uma simples lombalgia mecacircnica

de condiccedilotildees como extrusatildeo discal degeneraccedilatildeo discal e entorse do canal vertebral

A lombalgia mecacircnica pode surgir por fatores como Espondilolistese Doenccedila

de Paget Tumores da coluna estenose do canal vertebral Espondilite infecciosa Heacuternia

dical Siacutendrome facetaria (GREVE 2003)

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 20: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA

211 Espondilolistese

Pode ser definida como lento escorregamento anterior de uma veacutertebra inferior

Eacute dividida em cinco tipos congecircnita iacutestimica traumaacutetica degenerativa

patoloacutegica

O tipo congecircnito existe deficiecircncia estrutural por mal formaccedilatildeo das facetas

articulares que leva sustentabilidade do L5-S1

Quando a dor lombar estaacute presente eacute de caraacuteter agudo aparece durante o

estiratildeo de crescimento com rigidez da coluna lombar retraccedilatildeo isquiotibiais e escoliose em

escolares

O tipo iacutestmico eacute o mais comum Ocorre por fratura entre as facetas articulares

superior e inferior

Tem alta incidecircncia em adolescentes praticantes de ginaacutestica oliacutempica

levantamento de peso e esportes similares

A traumaacutetica ocorre por grandes traumas agudos com instabilidade da coluna

causada por fratura de veacutertebra com luxaccedilatildeo do corpo vertebral

A espondilolistese degenerativa pode ser conhecida por pseudo

espondilolistese acomete mais o segmento L4-L5 em mulheres com mais de 40 anos A

formaccedilatildeo de osteoacutefitos nessas articulaccedilotildees leva as compressotildees das raiacutezes nervosas e da cauda

equumlina

A lombalgia costuma ser lisa de caraacuteter intermitente muitas vezes com

irradiaccedilatildeo melhorando com manobras para diminuir a lordose lombar

A espondilolistose patoloacutegica ocorre por fragilidade da estrutura oacutessea ou

osteogecircnese imperfeita neurofibromatose neoplasias e outras

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 21: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

212 Doenccedila de Paget

Eacute caracterizada pelo aumento tanto da atividade reabsortiva quanto osteogecircnica

de um ou mais ossos levando agrave dor e deformidades

Pode ser chamada tambeacutem de osteiacutete deformante aparece em indiviacuteduos com

mais de 50 anos e tem prevalecircncia estimada de 3

Estudos mostram que 60 dos pacientes com a patologia tecircm acometimento da

coluna lombar embora seja assintomaacutetica na maioria das vezes

Os sintomas satildeo dor crocircnica com ou sem acometimento radicular geralmente

situado na linha meacutedia do tronco piora com atividades como tossir

213 Tumores da coluna

Podem ser primaacuterios ou metastaacuteticos

Os metastaacuteticos satildeo mais frequumlentes e podem se originar de qualquer tumor

suacutebito do corpo O primaacuterio pode ter origem oacutessea ou da medula espinhal com suas

membranas

O sintoma principal encontrado eacute a dor em torno de 85 dos pacientes

A dor pode ser provocada por expansatildeo massa tumoral atraveacutes do coacutertex

vertebral com invasatildeo de tecidos vizinhos compressatildeo ou invasatildeo das raiacutezes nervosas

fraturas patoloacutegicas desenvolvimento de instabilidade segmentar compressatildeo medula

espinhal

214 Estenose do canal vertebral

Estenose vertebral eacute uma recongruecircncia entre a capacidade e o conteuacutedo do

canal vertebral levando aacute compressatildeo das raiacutezes da cauda equumlina

O niacutevel mais comum de estenose eacute entre L3-L4

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 22: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

A lombalgia eacute pouco importante e estaacute mais relacionada a fatores mecacircnicos da

espondilose

Tem como principal sintoma a claudicaccedilatildeo neurogecircnica caracterizada por dor

e fraquezas nas coxas e panturrilha aparecendo quando anda ou permanece em peacute

melhorando ao sentar e deitar

215 Espondilite Infecciosa

Tem seus principais agentes etioloacutegicos mycrobacterium tuberculosis e

staphylococus aureus

O foco primaacuterio de infecccedilatildeo eacute a do trato urinaacuterio liberando bacteacuteria na corrente

sanguiacutenea que atingem o plexo nervoso vertebral O siacutetio de instalaccedilatildeo eacute o osso esponjoso do

corpo vertebral

A lombalgia eacute de instalaccedilatildeo lenta com ou sem sintomas radiculares

acompanhada de febre baixa Ocorre espasmo da musculatura paravertebral com rigidez do

segmento afetado Os movimentos do quadril podem estar limitados e dolorosos quando o

psoas eacute acometido

216 Heacuternia discal

Ocorre quando a degeneraccedilatildeo discal permite que o nuacutecleo pulposo seja

expelido atraveacutes das fibras do anel fibroso produzindo a heacuternia discal

Nas heacuternia protusas haacute integridade das fibras mais externas do anel fibroso

Jaacute nas heacuternias extrusas o material expulso ainda manteacutem continuidade com a

parte central do disco

Enquanto que na Heacuternia sequumlestrada o material expulso fica livre no canal

medular podendo migrar caudal cranial e lateralmente

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 23: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

O quadro de dor radicular aparece apoacutes 10 anos de evoluccedilatildeo sem fator

traumaacutetico desencadeante

Mais de 90 das heacuternias discais lombares ocorrem nos segmentos L4-L5 e L5-

S1

A maioria dos pacientes tem antecendentes de crise de lombalgia aguda na 3ordf

deacutecada de vida e eacute desencadeada por movimentos abruptos

217 Siacutendrome Facetaacuteria

Existe uma discussatildeo sobre a existecircncia ou natildeo da siacutendrome facetaria pois as

evidecircncias patoloacutegicas ainda natildeo satildeo suficientes para a conclusatildeo

Ocorre um processo degenerativo da articulaccedilatildeo interfacetaacuteria onde a

cartilagem desenvolve fibrilaccedilotildees verticais chegando a se destacar do osso subcondral

formando uma estrutura com um menisco que pode interpor-se entre as superfiacutecies articulares

levando a ldquocoluna travadardquo

Os sintomas satildeo dor no quadril e na naacutedega do tipo catildeibra proximal no joelho

rigidez lombar (manteacutem a inatividade) Os sinais incluem dor agrave palpaccedilatildeo paravertebral

lombar dor agrave extensatildeo da coluna dor no quadril e naacutedega com manobra de elevaccedilatildeo perna

entendida e ausecircncia de deacuteficit neuroloacutegico (Epstein apud GREVE 2003)

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 24: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

CAPIacuteTULO 3

OS MUacuteSCULOS DO TRONCO NAS LOMBALGIAS E

SUAS IMPORTAcircNCIAS

Os muacutesculos do tronco e da cintura peacutelvica satildeo suscetiacuteveis ao

descondicionamento sendo esta uma das causas principais das siacutendromes lombo peacutelvica

(HALL amp BRODY 2001)

Lee et al (apud FORNARI et al 2003) relataram que a incidecircncia de

lombalgia natildeo tem correlaccedilatildeo com fraqueza dos muacutesculos do tronco poreacutem em indiviacuteduos

com lombalgia houve uma menor relaccedilatildeo do pico de torque da flexatildeo extensatildeo o que indica

um desbalanccedilo entre a forccedila da musculatura extensora e flexora do tronco e isso pode ser um

fator de risco para dor lombar

Radebold et al (apud FORNARI et al 2003) realizou estudo atraveacutes de

eletromiografia ( EMG) objetivando observar diferenccedilas no padratildeo de resposta muscular entre

sujeitos com e sem lombalgia durante a flexatildeo extensatildeo inclinaccedilatildeo lateral isomeacutetrica do

tronco Este estudo demonstrou que indiviacuteduos saudaacuteveis alternam a contraccedilatildeo dos agonistas

e antagonistas durante os movimentos do tronco enquanto os pacientes com lombalgia

contraiam simultaneamente agonistas e antagonistas (co-contraccedilatildeo) Isso pode ser um fator

predisponente para lesatildeo da coluna lombar eou um mecanismo de compensaccedilatildeo para

estabilizaccedilatildeo da coluna lombar

Em relaccedilatildeo agraves disfunccedilotildees musculares existem evidecircncias de que os muacutesculos

abdominais profundos especialmente transverso abdominal e multiacutefido satildeo afetados na

presenccedila de dor lombar e instabilidade segmentar (Hides et al 1996 apud SALMELA et al

2004)

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 25: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Richardson et al (apud SALMELA et al 2004) realizou estudo para analisar

a relaccedilatildeo entre transverso abdominal articulaccedilatildeo sacroiliaca multiacutefido e pacientes com

lombalgia

O objetivo era demonstrar biomecanicamente a influecircncia do transverso

abdominal e relaccedilatildeo com dor lombar e a eficaacutecia cliacutenica da contraccedilatildeo isolada do transverso

abdominal e multiacutefido na reduccedilatildeo da dor lombar

Existem numerosos tratamentos conservadores para lombalgia mas

recentemente tem se dado ecircnfase em exerciacutecios especiacuteficos para os muacutesculos espinhais assim

como programa geral de exerciacutecios Esses exerciacutecios mais especiacuteficos foram desenvolvidos

para os muacutesculos que realizam a estabilizaccedilatildeo lombo peacutelvica com propoacutesito de obter

exerciacutecios mais eficazes

Enquanto os exerciacutecios convencionais trabalham para o aumento da forccedila dos

muacutesculos globais os exerciacutecios especiacuteficos melhoram a estabilidade dos muacutesculos locais e

previnem rigidez para os segmentos da espinha e pelve durante postura funcional e

movimento

Nesse estudo foi comparado a contraccedilatildeo independente do transverso abdominal

com exerciacutecios abdominais padratildeo e teve como resultado a diminuiccedilatildeo de dor lombar

diminuiccedilatildeo da rigidez da articulaccedilatildeo sacro iliacuteaca e em 75 dos casos natildeo houve recidivas dos

sintomas

Esses achados estatildeo de acordo com autores que sustentam o uso de contraccedilotildees

independentes do transverso abdominal para minimizar dores lombares

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 26: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO

311 Anatomia e Biomecacircnica

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Origina-se no sacro e em todos os processos transversos dirigindo-se cranial e

medialmente ateacute sua inserccedilatildeo nos lados dos processos espinhosos desde de L5 ateacute o axis

Segundo Khosla et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (BOGDUK

apud SALMELA et al 2004)

De acordo com Moore (apud BOJADSEN 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea do

multiacutefido nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece sua extensatildeo e a

contraccedilatildeo apenas de um lado causaria a rotaccedilatildeo do corpo vertebral

A sua accedilatildeo eacute realizar a estabilizaccedilatildeo de veacutertebras adjacentes e controle da

movimentaccedilatildeo de toda a coluna vertebral ajudando na efetividade dos muacutesculos longos sendo

capaz de fornecer a estabilizaccedilatildeo intra-segmentar para a coluna lombar em todas as posiccedilotildees

(Wilke 1995 Crisco 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

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COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 27: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Com isso na coluna os multiacutefidos realizam a extensatildeo flexatildeo lateral e a

rotaccedilatildeo

Segundo Moore (apud BOJADSEN et al 2001) a contraccedilatildeo simultacircnea

desses muacutesculos nos lados direito e esquerdo da articulaccedilatildeo intervertebral favorece a

extensatildeo enquanto que se haacute contraccedilatildeo for somente de um lado da coluna provocaria a

rotaccedilatildeo do corpo vertebral e isto se daacute pela posiccedilatildeo lateral e obliqua que eles possuem nas

veacutertebras

Segundo Clark (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) a ativaccedilatildeo do multiacutefido

causaria um aumento de rigidez segmentar ao niacutevel de L4 e L5

Os multiacutefidos lombares possuem uma inervaccedilatildeo segmentar individualizada

realizada pelos nervos espinhais para cada um fazendo com que um atraso na ativaccedilatildeo de um

dos multiacutefidos durante o movimento da coluna lombar diminua a estabilizaccedilatildeo segmentar

podendo causar uma lesatildeo localizada (McGill apud BOJADSEN 2001)

O fortalecimento do multiacutefido consiste em facilitar uma pequena contraccedilatildeo

para prevenir o domiacutenio da sinergia pelo eretor da espinha (HALL amp BRODY 2001) (Fig1)

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 28: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Figura 1 Muacutesculo Multiacutefido Fonte PUTZ amp PABST (2000 p34)

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

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ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

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SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 29: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

312 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

Muacutesculo espesso da regiatildeo lombar que possui seu teacutermino na regiatildeo cervical

sendo os mais importantes muacutesculos transverso espinhais

Segundo KHOSLA et al (apud BOJADSEN et al 2001) entre todos os

muacutesculos que fazem parte da massa paravertebral os multiacutefidos satildeo responsaacuteveis pelo

movimento de estabilizaccedilatildeo das articulaccedilotildees intervertebrais isso pode ser explicado

anatomicamente pois eles satildeo os uacutenicos que apresentam fibras musculares inseridas em todas

as veacutertebras da coluna vertebral (Bojadsen et al 2000 apud BOJADSEN et al 2001)

O multiacutefido tambeacutem recobre as articulaccedilotildees intervertebrais e satildeo capazes de

movecirc-las individualmente na regiatildeo lombar devido sua inervaccedilatildeo segmentar (Bogduk 1997

apud SALMELA 2001)

Estudos realizados por McGill (1997 apud BOJADSEN 2001) atraveacutes de

eletromiografia e descriccedilotildees de sua inervaccedilatildeo fizeram com que ele sugerisse que um atraso na

ativaccedilatildeo de apenas um multiacutefido durante o movimento da coluna lombar levaria a uma

diminuiccedilatildeo da estabilidade segmentar e provocaria uma lesatildeo localizada

32 MUacuteSCULO TRANSVERSO ABDOMINAL

321 Anatomia e Biomecacircnica

Eacute o mais profundo muacutesculo abdominal e tambeacutem o mais importante atuando

com o aumento da pressatildeo intra-abdominal fornecendo assim a estabilizaccedilatildeo dinacircmica contra

forccedilas de rotaccedilatildeo e translaccedilatildeo na coluna lombar e proporcionando ineficiecircncia neuromuscular

ideal para o complexo lombo-pelve-quadril (Hodges 1996-1997 Jull 1995 apud

PRENTICE 2003)

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 30: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Possui sua origem na face interna das seis uacuteltimas costelas onde se

interdigitaliza com as fibras costais do diafragma faacutescia lombar crista iliacuteaca ligamento

inguinal inserindo-se na aponeurose ventral

Sua inserccedilatildeo posteriormente eacute dentro da faacutescia toacuteraco-lombar e anteriormente

na bainha do reto abdominal sendo considerada junto com o obliquo interno os uacutenicos

muacutesculos a terem ligaccedilotildees com o tronco anterior e com a coluna realizando atraveacutes da

horizontalizaccedilatildeo de suas fibras a tensatildeo da faacutescia toacuteraco-lombar que resulta na rigidez da

coluna lombar e tambeacutem aumento da pressatildeo intra-abdominal que comprimi as viacutesceras na

face anterior da coluna sendo estas contraacuterias agrave lordose lombar

O transverso abdominal atuando junto com os abdominais obliacutequos possui uma

funccedilatildeo importante na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar limitando a translaccedilatildeo e rotaccedilatildeo desta

Este realiza uma cinta abdominal verdadeira que sustenta as veacutertebras lombares e viacutesceras

auxiliando na realizaccedilatildeo da defecaccedilatildeo tosse e parto (LEMOS amp FEIJOacute 2005)

O transverso abdominal na coluna entra em accedilatildeo quando ocorrem movimentos

raacutepidos do tronco de pequenas amplitudes e quando haacute movimentos dos membros

Uma caracteriacutestica marcante do transverso abdominal eacute participar na extensatildeo

isomeacutetrica do tronco e estar relacionado com a mudanccedila da pressatildeo abdominal gerando um

aumento da estabilidade vertebral com seu enfraquecimento se surgiria uma protrusatildeo

abdominal e um aumento da lordose lombar

Cresswell et al (1992 apud LEMOS amp FEIJOacute 2005) verificaram atraveacutes da

EMG que o transverso abdominal associado aos outros muacutesculos abdominais eacute o primeiro a

ser ativado em relaccedilatildeo ao sinergista principal do movimento sendo caracterizado este fato

como sendo feedforward Por essa sua antecipaccedilatildeo ao movimento e pelos distuacuterbios da accedilatildeo

do agonista o transverso abdominal atua produzindo uma rigidez lombar que previne a

instabilidade que geraria a dor lombar

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 31: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Hodges (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que observaram em

indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos estabilizadores

do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo procede o inicio do

movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais independentemente da

direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (1998 apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

O transverso abdominal eacute ativado durante todos os movimentos do tronco e

isso sugere um papel importante na estabilizaccedilatildeo dinacircmica (Cresswell 1992 apud PRENTICE

2003)

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

322 Importacircncia na estabilizaccedilatildeo do tronco

OacuteSullivan (1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) descrevem que

observaram em indiviacuteduos com lombalgia a presenccedila de respostas neuromotoras anormais dos

estabilizadores do tronco que acompanham o movimento do membro onde sua contraccedilatildeo

procede o inicio do movimento do membro e de todos os outros muacutesculos abdominais

independentemente da direccedilatildeo das forccedilas de reaccedilatildeo

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 32: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Em estudos de Hodges Richardson (apud FORNARI et al 2003) a

coordenaccedilatildeo dos muacutesculos abdominais em evidecircncia o transverso abdominal e os muacutesculos

espinhais associados agrave movimentos do membro inferior em indiviacuteduos com e sem lombalgia

demonstraram que o iniacutecio da contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal se encontrava

atrasado em indiviacuteduos com lombalgia

Com a presenccedila da dor lombar a ativaccedilatildeo do transverso abdominal fica

comprometida por isso os pacientes com dor natildeo possuem uma boa estabilidade da coluna

lombar ocasionando um ciclo vicioso de dor pois estudos mostram que ocorre uma

substituiccedilatildeo compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo local e isso eacute

explicado pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a demanda da estabilidade

pela solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Estudos mostraram uma atividade antecipatoacuteria do transverso abdominal

durante movimentos ativos das extremidades em indiviacuteduos normais que mostrou ser

independente da direccedilatildeo da forccedila externa aplicada durante a movimentaccedilatildeo dos membros

A atividade do transverso abdominal mostrou-se atrasada em indiviacuteduos com

dor lombar indicando um possiacutevel deacuteficit do controle neural (Hodges 1997 apud SALMELA

et al 2004) (Fig2)

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 33: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Figura 2 Muacutesculo Transverso Abdominal Fonte PUTZ ampPABST 2000 p65

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 34: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

CAPIacuteTULO 4

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR

O termo estabilizaccedilatildeo refere-se ao controle mecacircnico articular onde os

muacutesculos agem como limitadores e controladores do movimento e prevenindo danos agrave

ligamentos e caacutepsulas

O complexo lombo-pelve-quadril eacute onde se localiza nosso centro de gravidade

e de onde satildeo iniciados todos os movimentos (Panjabi 1992 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Na estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral eacute importante um centro neuromuscular

iacutentegro para execuccedilatildeo dos movimentos necessaacuterios a realizaccedilatildeo de uma tarefa motora e

promoccedilatildeo de forccedilas que visam estabilidade pois ele recebe informaccedilotildees das estruturas dos

sistemas ativo e passivo tentando manter a estabilidade espinhal e evitando substituiccedilatildeo

compensatoacuteria dos muacutesculos globais na presenccedila de disfunccedilatildeo

O centro (complexo lombo-pelve-quadril) atua como unidade funcional

integrada com a cadeia cineacutetica agindo sinergicamente para produzir e reduzir forccedila e

oferecer estabilizaccedilatildeo de forma dinacircmica contra as forccedilas anormais Cada componente

distribui o peso absorve forccedila e transfere forccedila de reaccedilatildeo do solo (Aaron 1996 apud

PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Com um centro eficiente ocorre a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo comprimento tensatildeo

normal de agonistas e antagonistas funcionais possibilitando a manutenccedilatildeo da relaccedilatildeo normal

das forccedilas acopladas no complexo lombo-pelve-quadril

Esse sistema precisa ser treinado para que sua atuaccedilatildeo seja eficiente atraveacutes de

um programa de treinamento dinacircmico da estabilizaccedilatildeo central sendo este um componente

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 35: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

importante no programa de reabilitaccedilatildeo e atividades funcionais em cadeia cineacutetica fechada

(Beim 1997 apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

O programa de estabilizaccedilatildeo melhora o controle postural dinacircmico garante

equiliacutebrio muscular apropriado e artrocinemaacutetica articular ao redor do complexo lombo-pelve-

quadril permitindo a expressatildeo de forccedila funcional dinacircmica e melhora da eficiecircncia

neuromuscular ao longo de toda cadeia cineacutetica (Lewit 1998 apud PRENTICE amp VEIGHT

2003)

Diversos estudos tecircm mostrado papel fundamental dos muacutesculos geradores da

estabilidade segmentar vertebral

Foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) e as fibras profundas

do muacutesculo multiacutefido satildeo responsaacuteveis pela estabilidade segmentar e vaacuterios estudos revelam

a correlaccedilatildeo entre a disfunccedilatildeo desses muacutesculos com desenvolvimento de dor lombar (Hides

2001 apud COSTA 2004)

Programas de estabilizaccedilatildeo lombar tecircm sido desenvolvido com sucesso

atualmente para tratamentos de pacientes com dor lombar (Norris 1999 apud COSTA 2004)

Segundo Hodges (apud SALMELA et al 2004) reduccedilotildees na rigidez

muscular e tempo de ativaccedilatildeo de muacutesculos como transverso abdominal em resposta agrave

perturbaccedilotildees externas ou cargas aplicadas na regiatildeo lombar levam agrave falhas no controle motor

com perda da estabilidade lesatildeo eou recorrecircncia de lesatildeo

A pressatildeo intra-abdominal criada na cavidade abdominal pela contraccedilatildeo

coordenada dos muacutesculos abdominais diafragma assoalho peacutelvico constitui um mecanismo

capaz de reduzir forccedilas compressivas nos discos lombares (Cholewicki apud SALMELA et

Al 2004)

O transverso abdominal eacute o principal responsaacutevel pela geraccedilatildeo de pressatildeo

intra-abdominal (Cholewicki apud SALMELA et al 2004)

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 36: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Conforme HODGES (1999 apud SALMELA et al 2004) pela orientaccedilatildeo

horizontal das fibras a contraccedilatildeo do transverso abdominal resulta na diminuiccedilatildeo da

circunferecircncia abdominal resultando no aumento na tensatildeo da faacutescia toraco-lombar (FTL) e

aumento pressatildeo intra-abdominal Por isso a compressatildeo axial e as forccedilas de cisalhamento satildeo

reduzidas e transmitidas por uma maior aacuterea tornando a coluna mais estaacutevel durante o

levantamento de cargas elevadas

Os muacutesculos do tronco tecircm funccedilatildeo de estabilizar a coluna enquanto provecirc

mobilidade por co-contraccedilotildees para estabilizar as veacutertebras durante contraccedilotildees dos muacutesculos

das extremidades e reaccedilatildeo de forccedila no solo

A fadiga muscular pode levar ao aumento da vulnerabilidade tendo perda do

controle motor e consequumlente estresse aumentado nos ligamentos caacutepsulas discos

intervertebrais

41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR

Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento

total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas

A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento

(ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute

realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna

A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima

da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico

produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez

Indiviacuteduos com instabilidade segmentar possuem maior dificuldade de

movimentar-se em medias amplitudes do que em amplitudes finais

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 37: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Vulnerabilidade perda do controle de movimento sintomas na zona neutra

estatildeo associados com inabilidade dos muacutesculos iniciar co-contraccedilatildeo (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

A instabilidade eacute definida como diminuiccedilatildeo significativa na capacidade dos

sistemas estabilizadores da coluna em manter a zona neutra intervertebral dentro dos limites

fisioloacutegicos sem maiores deformidades deacuteficits neuroloacutegicos e ou dor incapacitante

(SALMELA et al 2004)

Segundo Frymoyer (apud SAKAMOTO et al 2001) a instabilidade

segmentar eacute caracterizada por perda da rigidez do movimento do segmento espinhal quando

uma forccedila eacute aplicada produzindo um deslocamento de parte desse segmento resultando em

dor deformidade ou acometimento de estruturas neuroloacutegicas

De acordo com Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a estabilizaccedilatildeo

da coluna eacute formada por trecircs sistemas

- Sistema passivo

- Sistema ativo

- Controle neural

A funccedilatildeo desses sistemas estatildeo interligados e a debilidade em um deles pode

aumentar a demanda dos outros sistemas com intuito de se manter a estabilidade

411 Sistema passivo

Eacute formado pelos corpos vertebrais articulaccedilotildees zigoapofisaacuterias capsulas

articulares ligamentos espinhais discos intervertebrais tensatildeo passiva da unidade muacutesculo

tendiacutenea

O papel mais importante ocorre na zona elaacutestica

Jaacute na zona neutra essas estruturas vatildeo funcionar como transdutores de forccedila

fornecendo informaccedilotildees proprioceptivas para o sistema de controle neural

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 38: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

412 Sistema ativo

Eacute formado pelos muacutesculos espinhais e tendotildees

Eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona neutra em que

a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Salmela (2000) questionou o papel da faacutescia toacuteraco-lombar (FTL) na

estabilizaccedilatildeo da coluna vertebral

As conexotildees da FTL a grupos musculares como obliquo interno externo do

abdocircmen grande dorsal transverso abdominal sugerem sua participaccedilatildeo no sistema ativo

Lee (2001 apud SALMELA et al 2004) relata que a pelve gluacuteteo maacuteximo

mescla se com o multiacutefido ipsilateral e com o grande dorsal contra lateral pela FTL

contribuindo para estabilidade lombar

Haacute controveacutersia na contribuiccedilatildeo da FTL sobre a estabilizaccedilatildeo vertebral

Algumas hipoacuteteses relacionadas aos mecanismos passivo e ativo de atuaccedilatildeo da FTL

apresentam resultados pouco significativos e necessitam maior esclarecimentos

413 Controle neural

Tambeacutem eacute primariamente responsaacutevel pela estabilizaccedilatildeo espinhal na zona

neutra em que a resistecircncia passiva ao movimento eacute miacutenima

Recebe informaccedilotildees das estruturas dos sistemas passivo e ativo para determinar

os ajustes especiacuteficos tentando manter a estabilidade espinhal por contraccedilotildees da musculatura

da coluna

Vaacuterios estudos demonstraram que os multiacutefidos transverso abdominal obliquo

interno possuem maior papel estabilizador e agem em co-contraccedilatildeo principalmente na

antecipaccedilatildeo de cargas aplicadas

Segundo Gardner et al (apud SALMELA et al 2004) devido ao aumento da

rigidez causada pela ativaccedilatildeo muscular alguns autores dizem que o controle do sistema

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

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SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 39: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

neuromuscular tem o potencial de acionar a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo muscular para garantir a

estabilidade

Esse mecanismo pode reduzir a necessidade das respostas do controle ativo do

sistema neuromuscular

Begmark (apud SAKAMOTO et al 2001) categorizou os muacutesculos do tronco

em dois sistemas Local e Global

4131 Sistema local

O sistema muscular local (Fig3) inclui muacutesculos profundos como transverso

abdominal multiacutefidos que satildeo anexados agraves veacutertebras e ao sacro controlam diretamente os

segmentos lombares e porccedilotildees profundas de muacutesculos que tem suas origens e inserccedilotildees nas

veacutertebras lombares

Esses muacutesculos controlam a rigidez e relaccedilotildees intervertebrais dos segmentos

espinhais e postura da coluna lombar

A co-contraccedilatildeo dos muacutesculos do sistema local principalmente dos multiacutefidos e

transverso abdominal pode promover a estabilidade segmentar na zona neutra promovendo

uma base estaacutevel na qual os muacutesculos globais podem atuar com seguranccedila (Hodges

Richardson 1996 apud SALMELA et al 2004)

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 40: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Figura 3 Sistema segmentar local Fonte MARINZECK (2002 p04)

4132 Sistema global

Inclui os muacutesculos de maiores dimensotildees e mais superficiais os quais natildeo

estatildeo soacute envolvidos com movimentos da coluna mas tambeacutem na transferecircncia de carga entre

caixa toraacutecica e pelve tendo como principal funccedilatildeo contrabalancear as cargas externas

aplicadas ao tronco de maneira que as forccedilas residuais transferidas pela coluna lombar possam

ser absorvidas pelos muacutesculos locais (Fig 4)

De acordo com Cholewicki Mcgill (apud SALMELA et al 2004) a

estabilidade lombar eacute mantida pelo aumento da atividade dos muacutesculos locais e um adequado

recrutamento muscular entre os muacutesculos locais e globais durante as atividades funcionais

para garantir a manutenccedilatildeo da estabilidade dinacircmica

Segundo Hubley-Kozey Vezina (SALMELA et al 2004) estudos mostraram

a substituiccedilatildeo compensatoacuteria de muacutesculos globais na presenccedila de uma disfunccedilatildeo local E essa

compensaccedilatildeo pode ser explicada pelo fato do sistema de controle neural tentar manter a

demanda da estabilidade por meio da solicitaccedilatildeo dos muacutesculos globais

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 41: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Figura 4 Sistema segmentar global Fonte MARINZECK (2002 p04)

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 42: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

CAPIacuteTULO 5

EXERCIacuteCIOS TERAPEcircUTICOS E

INSTABILIDADE LOMBAR

Sabe se que a estabilidade mecacircnica tanto estaacutetica quanto dinacircmica eacute

fundamental para realizaccedilatildeo de atividades funcionais A eficiecircncia neuromuscular eacute

estabelecida pela combinaccedilatildeo adequada do alinhamento postural estaacutetico e dinacircmico sendo a

forccedila de estabilidade o que permite ao corpo desacelerar a gravidade absorver forccedilas de

reaccedilatildeo do solo e dar impulso agrave articulaccedilatildeo no plano e momento correto (Blievernicht 1996

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

Muitos indiviacuteduos desenvolvem forccedila potecircncia controle neuromuscular e

resistecircncia muscular funcional em muacutesculos especiacuteficos para execuccedilotildees de tarefas funcionais

e poucos desenvolvem os muacutesculos necessaacuterios para estabilizaccedilatildeo espinhal (Hodges 1997

apud PRENTICE amp VEIGHT 2003)

De acordo com O`Sullivan (apud PRENTICE amp VEIGHT 2003) o

treinamento da forccedila potecircncia resistecircncia muscular e controle neuromuscular satildeo fatores

importantes para a estabilizaccedilatildeo do complexo lombo- pelve- quadril e sendo realizado os

exerciacutecios de forma incorreta ocorreria a reduccedilatildeo do disparo dos muacutesculos transverso

abdominal obliquo interno multiacutefidos em indiviacuteduos com dor crocircnica na coluna lombar

Segundo Hall amp Brody (2001) o exerciacutecio localizado e especiacutefico para o treino

do controle neuromuscular do multiacutefido lombar obliacutequos do abdocircmen e transverso abdominal

aprimoram os padrotildees de recrutamento muscular necessaacuterios para estabilidade segmentar na

coluna lombar

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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35

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ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 43: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Em estudos realizados por Richardson Jull (apud HALL amp BRODY 2001)

com um programa progressivo de exerciacutecios para melhorar a capacidade de forccedila e controle

neuromuscular do multifido lombar e do transverso abdominal a dor regredia em 4 semanas

com uma recidiva de apenas 29 aos nove meses Comparando esses resultados com um

grupo de pacientes com lombalgia que se exercitavam aerobicamente constatou se que eles

tambeacutem estavam livres de dor apoacutes 4 semanas mas com uma taxa de recidiva da lombalgia de

79 aos 9 meses

Ao elaborar um programa que tenha como enfoque a estabilidade segmentar a

forccedila teraacute que ser direcionada de acordo com a suscetibilidade da coluna aos movimentos e

reproduccedilatildeo dos sintomas apoacutes se obter uma mobilidade e estabilidade adequada deve-se

progredir para uma mobilidade controlada e a seguir para atividades ao niacutevel das destrezas

(HALL amp BRODY 2001)

Recentemente a fisioterapia tem feito uma abordagem para estabilizaccedilatildeo

muscular que consiste no treinamento especiacutefico da musculatura profunda do tronco baseando

se no modelo de aprendizado motor iniciando em niacutevel consciente e voluntaacuterio evoluindo

para se tornar padratildeo motor habitual (Hides et al 1996 apud SALMELA et al 2004)

Esse meacutetodo de tratamento segue trecircs estaacutegios

51 ESTAacuteGIO COGNITIVO

Visa isolar a co-contraccedilatildeo dos muacutesculos locais sem que ocorra substituiccedilatildeo

dos muacutesculos globais

Os exerciacutecios devem ser realizados utilizando leves contraccedilotildees musculares 3

a 5 da contraccedilatildeo voluntaacuteria maacutexima

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 44: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

O objetivo da co-contraccedilatildeo seria promover um suporte segmentar local pelas

inserccedilotildees nas veacutertebras lombares aumento da tensatildeo da FTL aumento da pressatildeo intra-

abdominal (OSullivan 1998 apud SALMELA et al 2004)

A accedilatildeo muscular visa a proteccedilatildeo das articulaccedilotildees vertebrais aumentando a

congruecircncia articular igualando a pressatildeo distribuiacuteda sobre a superfiacutecie articular

Hodges (1999 apud SALMELA et al 2004) sugerem que o transverso

abdominal seja treinado separadamente dos outros muacutesculos pelo fato de ser o principal

muacutesculo afetado na dor lombar por perda de sua funccedilatildeo tocircnica

52 ESTAacuteGIO DE REFINAMENTO DO PADRAtildeO DE MOVIMENTO

Nesse estaacutegio a co-contraccedilatildeo deve ser realizada em diferentes posiccedilotildees e em

situaccedilotildees dinacircmicas

Quando a contraccedilatildeo correta e sustentada dos muacutesculos eacute atingida progride se

com cargas leves utilizando movimentos controlados do membro superior e inferior

53 ESTAacuteGIO FUNCIONAL

Com um correto padratildeo de ativaccedilatildeo e sem substituiccedilatildeo dos muacutesculos

sinergistas produtores de torque acredita se que tais padrotildees sejam incorporados nas posturas

e atividades funcionais principalmente as que ocorriam com dor (OrsquoSullivan 2000 apud

SALMELA et al 2004)

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 45: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Segundo Mcgill (apud SALMELA et al 2004) os exerciacutecios utilizados na

reabilitaccedilatildeo lombar devem priorizar ganho de resistecircncia muscular jaacute que a maior parte das

lesotildees ocorrem em atividades de baixa demanda de forccedila

Para Gardner-Morse Stokes (apud SALMELA et al 2004) um aumento da

coativaccedilatildeo da musculatura abdominal associado e da estabilidade lombar a um custo do

aumento do grau de fadiga muscular e um pequeno aumento na forccedila compressiva da coluna

Isto demonstra que sem uma rigidez muscular a coluna pode ficar instaacutevel em resposta a

pequenas perturbaccedilotildees mesmo se estiver em equiliacutebrio Pelo aumento da rigidez muscular o

sistema neuromuscular determina a ativaccedilatildeo e coativaccedilatildeo para garantir a estabilidade Com

isso tem se a hipoacutetese de que os muacutesculos ativados comportam se como molas estabilizadoras

e natildeo como geradores de forccedila

Eacute possiacutevel que sob fadiga e condiccedilotildees patoloacutegicas uma pequena rigidez possa

resultar em coluna instaacutevel

A contribuiccedilatildeo relativa de um muacutesculo para estabilidade da coluna iraacute mudar

natildeo soacute sob diferentes condiccedilotildees de carga mas sob diferentes padrotildees de recrutamento de

outros muacutesculos

Portanto no tratamento das instabilidades da regiatildeo lombar eacute importante

trabalhar os muacutesculos locais para que natildeo ocorram compensaccedilotildees de outros muacutesculos no

intuito de aumentar a rigidez do sistema e a estabilidade segmentar

Deve se enfatizar tambeacutem a musculatura global pelas suas inserccedilotildees e accedilotildees

biomecacircnicas

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 46: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

CAPIacuteTULO 6

MATERIAL E MEacuteTODO

Este estudo foi realizado na Cliacutenica Multidisciplinar do Centro Universitaacuterio

Claretiano (CEUCLAR) de Batatais

Foram selecionados 16 pacientes com idade variando entre 27 e 67 anos

portadores de lombalgia sendo oito do sexo feminino e oito do sexo masculino Os pacientes

foram divididos de forma randomizada em dois grupos de tratamento

Grupo 1 = Estabilizaccedilatildeo segmentar com trabalho isolado do transverso

abdominal realizado com 08 pacientes Grupo 2 = Exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo

realizado com 08 pacientes

Durante o tratamento houve a desistecircncia de 05 pacientes trecircs do grupo de

estabilizaccedilatildeo segmentar e dois do grupo de exerciacutecios globais O nuacutemero final para controle

foi portanto de 11 pacientes seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino ficando os

grupos divididos da seguinte forma grupo 1 com 05 pacientes e grupo 2 com 06 pacientes

Antes do iniacutecio do trabalho foi realizado reuniatildeo com todos os pacientes onde

foram explicados todos os procedimentos que seriam aplicados durante a pesquisa e solicitado

o preenchimento de Termo de Consentimento autorizando a publicaccedilatildeo posterior dos dados da

pesquisa (Anexo C)

Durante a realizaccedilatildeo do trabalho por notar a dificuldade eou desconhecimento

dos pacientes em como cuidar adequadamente de sua coluna durante movimentos diaacuterios e

rotineiros foi desenvolvido um folheto explicativo (Apecircndice A) sobre as posturas mais

comumente realizadas nas atividades de vida diaacuteria exemplificando com textos e ilustrado

com desenhos a maneira correta e incorreta de execuccedilatildeo

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 47: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

61 AVALIACcedilAtildeO

Os pacientes foram avaliados atraveacutes de ficha de avaliaccedilatildeo fisioterapecircutica

(Anexo B) contendo anamnese avaliaccedilatildeo postural palpaccedilatildeo mobilidade de tronco teste de

forccedila muscular teste de retraccedilatildeo testes especiais exame da marcha a avaliaccedilatildeo do niacutevel de

dor atraveacutes da escala de Borg (Anexo A) e realizadas fotos nas vistas anterior lateral e

posterior (Apecircndice B) para determinaccedilatildeo dos desvios posturais

A avaliaccedilatildeo tambeacutem constava do teste que media a ativaccedilatildeo do muacutesculo

transverso abdominal com o esfigmomanocircmetro O teste era realizado com o paciente na

posiccedilatildeo de prono com o esfigmomanometro sob a regiatildeo do muacutesculo transverso abdominal o

terapeuta inflava ateacute 70 mmHg e o paciente realizava uma inspiraccedilatildeo profunda e em seguida

uma expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal

No teste uma oscilaccedilatildeo entre dois a seis mmHg demonstrava uma oacutetima

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal pois oscilaccedilotildees acima deste valor indicaria uma

maacute ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal e uso de todo o grupo muscular

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes permaneceram sem

atendimento por trecircs semanas apoacutes esse periacuteodo foi realizada agrave reavaliaccedilatildeo para analisar o

quadro algico do paciente

62 PROTOCOLO DE REABILITACcedilAtildeO

O tratamento foi dividido em trecircs fases onde cada uma continha duas posturas

que eram executadas associadas agrave respiraccedilatildeo e contraccedilatildeo dos muacutesculos selecionados

Antes do trabalho de fortalecimento eram realizados alongamentos de

isquiotibiais quadriacuteceps adutores abdutores iliopsoas trato iliotibial

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

34

CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

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PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 48: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Todos os exerciacutecios eram repetidos por quatro vezes

O protocolo de reabilitaccedilatildeo foi baseado nos estudos realizados por Prentice amp

Veight (2003) e Pardal et al (2003)

621 No grupo de Estabilizaccedilatildeo Segmentar

Antes de iniciar os exerciacutecios era realizado trabalho de conscientizaccedilatildeo com o

paciente em supino realizando a contraccedilatildeo do transverso abdominal e apoacutes isso iniciado os

exerciacutecios do protocolo de reabilitaccedilatildeo

Na primeira fase foram realizados dois exerciacutecios sendo o primeiro com o

paciente em apoio de quatro membros mantendo a coluna ereta sem realizar nenhum tipo de

movimento durante o exerciacutecio o terapeuta com a matildeo sob a aacuterea do transverso abdominal

dando propriocepccedilatildeo e o paciente realizando a contraccedilatildeo muscular isolada durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundo de contraccedilatildeo e relaxando por 10 segundos (Fig5)

Figura 5 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

O segundo exerciacutecio da fase um o paciente mantinha- se na posiccedilatildeo de supino

com membros inferiores e superiores em extensatildeo terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do

muacutesculo transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 49: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

isolada do muacutesculo durante a fase expiratoacuteria mantendo contraccedilatildeo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig6)

Figura 6 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente em supino realizando fase inspiratoacuteria e expiratoacuteria Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase dois o paciente permanecia na postura de apoio

de dois membros elevando o membro inferior do lado doloroso e o membro superior

contralateral Terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando

propriocepccedilatildeo ao paciente e ele realizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo durante a fase

expiratoacuteria mantendo por 20 segundos com 10 segundos de relaxamento (Fig7)

Figura 7 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente elevando o membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contralateral Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 50: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

No segundo exerciacutecio da fase dois o paciente mantinha-se na posiccedilatildeo de supino

com flexatildeo de joelho e quadril do membro inferior do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril

(no niacutevel do outro joelho) e extensatildeo de joelho dorsiflexatildeo de tornozelo do membro inferior

doloroso terapeuta com a matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e paciente realizando a

contraccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig8)

Figura 8 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente realizando flexatildeo de quadril e extensatildeo de joelho do lado doloroso e flexatildeo de quadril e joelho do lado sadio Fonte Acervo pessoal

No primeiro exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanecia na postura sentada

sem apoio dos peacutes no solo com flexatildeo de quadril e semi-flexatildeo de joelho com a coluna na

posiccedilatildeo ereta sem realizar nenhum tipo de movimento durante o exerciacutecio terapeuta com matildeo

na aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando a

contraccedilatildeo isolada do transverso durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig9)

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 51: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

12

Figura 9 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo sentado com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

No segundo exerciacutecio da fase trecircs o paciente permanece na postura de peacute com a

coluna ereta terapeuta com matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal e o paciente realizando

a contraccedilatildeo do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20 segundos e

relaxando por 10 segundos (Fig10)

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

34

CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 52: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

13

Figura 10 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal

Em seguida o paciente permanecia na mesma postura em peacute com coluna ereta

mas realizava flexatildeo de quadril e joelho do membro inferior do lado doloroso terapeuta com

matildeo sobre a aacuterea do transverso abdominal dando propriocepccedilatildeo ao paciente e este realizando

contraccedilatildeo isolada do transverso abdominal durante a fase expiratoacuteria mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig11)

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 53: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

14

Figura 11 Exerciacutecio de estabilizaccedilatildeo segmentar com paciente na posiccedilatildeo de peacute com coluna ereta e elevaccedilatildeo do membro doloroso Fonte Acervo pessoal

622 Grupo de Exerciacutecios Globais

Na primeira fase foram realizadas duas posturas A primeira postura o paciente

permanecia em supino com membros superiores cruzados sobre o toacuterax membros inferiores

em flexatildeo de quadril e joelho com encaixe posterior de pelve (realizar retroversatildeo peacutelvica)

mantendo coluna fixa sobre a mesa de tratamento terapeuta solicita ao paciente uma

inspiraccedilatildeo profunda e a expiraccedilatildeo realizando a contraccedilatildeo global dos muacutesculos abdominais

durante 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig12)

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

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COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

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MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 54: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

15

Figura 12 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em supino e encaixe posterior da pelve Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente mantinha-se em posiccedilatildeo supina com joelhos e

quadril fletidos membros superiores em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo o terapeuta

solicitava uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de uma expiraccedilatildeo realizando a flexatildeo de tronco e

contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20 segundos e relaxando por 10

segundos (Fig13)

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

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COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 55: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

16

Figura 13 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando flexatildeo de tronco Fonte Acervo pessoal

A segunda fase era composta por trecircs posturas que iniciava com o paciente em

apoio de quatro membros coluna ereta sem movimentaccedilatildeo durante a realizaccedilatildeo do exerciacutecio

terapeuta com a matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de

expiraccedilatildeo associada com a contraccedilatildeo da musculatura abdominal global mantendo por 20

segundos e relaxando por 10 segundos (Fig14)

Figura 14 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em apoio de quatro membros Fonte Acervo pessoal

A segunda postura da segunda fase o paciente permanecia em apoio de 3

membros com membro superior do lado doloroso em flexatildeo de ombro e extensatildeo de cotovelo

com coluna ereta terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo

profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal global

mantendo por 20 segundos e relaxando por 10 segundos (Fig15)

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 56: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

17

Figura 15 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro superior Fonte Acervo pessoal

Na terceira postura da segunda fase o paciente partia da posiccedilatildeo de quatro

apoios passando para apoio de dois membros sendo membro inferior do lado doloroso e

membro superior do lado contralateral mantendo coluna ereta terapeuta com matildeo sobre

abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

com contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos relaxando por

10 segundos (Fig16)

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

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MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 57: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

18

Figura 16 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado sadio Fonte Acervo pessoal

Na primeira postura da terceira fase o paciente permanecia sentado sobre a bola

suiacuteccedila com membros superiores em flexatildeo de ombro do lado natildeo doloroso e extensatildeo de

ombro do outro lado membros inferiores em flexatildeo de quadril e joelho e peacute apoiado no solo

do lado natildeo doloroso e flexatildeo de quadril joelho e peacute elevado do lado doloroso Terapeuta

solicita uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada a contraccedilatildeo dos muacutesculos

abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 de relaxamento (Fig17)

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

34

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COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

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MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

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SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 58: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

19

Figura 17 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente sentado na bola suiacuteccedila com elevaccedilatildeo de membro inferior do lado doloroso e membro superior do lado contra-lateral Fonte Acervo pessoal A segunda postura da terceira fase eacute subdividida em duas posturas

A primeira o paciente permanecia em peacute com coluna ereta terapeuta com matildeo

no abdocircmen do paciente solicitando uma inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada

a contraccedilatildeo dos muacutesculos abdominais globais mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10

de relaxamento (Fig18)

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

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COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

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MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

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SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 59: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

20

Figura 18 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente em peacute com coluna ereta Fonte Acervo pessoal Na segunda postura o paciente permanecia em peacute com coluna ereta com semi-

flexatildeo de quadril e joelho com peacute em elevaccedilatildeo do lado doloroso com membros superiores em

extensatildeo ao lado do corpo terapeuta com matildeo no abdocircmen do paciente solicitando uma

inspiraccedilatildeo profunda seguida de expiraccedilatildeo associada agrave contraccedilatildeo da musculatura abdominal

global mantendo por 20 segundos de contraccedilatildeo e 10 segundos de relaxamento (Fig19)

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

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COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

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MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

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SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

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WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 60: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

21

Figura 19 Exerciacutecio global de estabilizaccedilatildeo com paciente realizando elevaccedilatildeo do membro do lado doloroso Fonte Acervo pessoal

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

34

CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

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PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

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ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 61: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

22

CAPIacuteTULO 7

RESULTADOS

71 CAUSAS DA LOMBALGIA

Nos pacientes avaliados as causas de dor encontradas foram

Causas da dor Grupo1 Grupo2

Heacuternia de disco L4 ndash L5 --------------------------1 pacientes-------1 paciente

Espondilolistese ------------------------------------1 paciente--------0 paciente

Espondiloartrose com estenose canal vertebral-0 paciente--------1 paciente

Escoliose lombar -----------------------------------1 pacientes-------2 pacientes

Compressatildeo de raiz nervosa-----------------------1 pacientes-------1 paciente

Lombalgia mecacircnica -------------------------------1 paciente--------0 paciente

Lombalgia funcional -------------------------------0 paciente--------1 paciente

72 ESCALA NUMEacuteRICA DE DOR

GRUPO 1

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor foi de 66 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 5 e 10 respectivamente

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

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CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

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DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 62: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

23

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 04 e o menor e maior

valor foi de 0 e 2 respectivamente Resultados ilustrados (Fig 20)

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 20)

5 5 5

8

10

0 0 0

2

00123456789

10

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Total 33 Total 2 Meacutedia de dor inicial do grupo 66 Meacutedia de dor final do grupo 04

Figura 20 Valores e meacutedia de dor do grupo 1

GRUPO 2

No iniacutecio do tratamento a meacutedia total de dor fo de 36 sendo o menor e maior

valor dentro do grupo de 2 e 7 respectivamente

No final do tratamento a meacutedia total de dor passou para 14 e o menor e maior

valor foi de 0 e 3 respectivamente Resultados ilustrados (Fig21)

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

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COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

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35

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RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 63: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

24

Para se avaliar o grau da dor foi realizada meacutedia aritmeacutetica simples dos valores

em cada grupo (Fig 21)

3

4

2 2

7

0

3

0

1

3

0

1

2

3

4

5

6

7

dor inicial dor final

pac 1pac 2pac 3pac 4pac 5

Dor inicial Dor final Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Total 18 Total 7 Meacutedia de dor inicial do grupo 36 Meacutedia de dor final do grupo 14

Figura 21 Valores e meacutedia de dor do grupo 2

Os valores individuais de cada paciente estatildeo demonstrados nos graacuteficos

abaixo

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

34

CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 64: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

25

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 1

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 2

Grupo 1

8

2

0

2

4

6

8

dor inicial dor final

pac 4

5

00

1

2

3

4

5

dor inicial dor final

pac 3

10

00

2

4

6

8

10

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

34

CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 65: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

26

Pac 1 = 5 Pac 1 = 0 Pac 1 = 25 Pac 2 = 5 Pac 2 = 0 Pac 2 = 25 Pac 3 = 5 Pac 3 = 0 Pac 3 = 25 Pac 4 = 8 Pac 4 = 2 Pac 4 = 50 Pac 5 = 10 Pac 5 = 0 Pac 5 = 50

Figura 22 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 1

3

0005

115

225

3

dor inicial dor final

Pac 1

4

3

0

1

2

3

4

dor inicial dor final

Pac 2

2

00

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 3

2

1

0

05

1

15

2

dor inicial dor final

Pac 4

Grupo 2

7

3

01234567

dor inicial dor final

pac 5

Dor inicial Dor final Meacutedia de dor

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

34

CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 66: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

27

Pac 1 = 3 Pac 1 = 0 Pac 1 = 15 Pac 2 = 4 Pac 2 = 3 Pac 2 = 35 Pac 3 = 2 Pac 3 = 0 Pac 3 = 10 Pac 4 = 2 Pac 4 = 1 Pac 4 = 15 Pac 5 = 7 Pac 5 = 3 Pac 5 = 50

Figura 23 Escala de dor e meacutedia dos pacientes do Grupo 2 Fonte Acervo pessoal

73 COMPARACcedilAtildeO DE MEacuteDIA FINAL DO GRUPO 1 X GRUPO 2

Na comparaccedilatildeo entre os dois grupos a meacutedia total da escala de dor foi

bull Grupo 1 dor inicial 66 ndash dor final 04

bull Grupo 2 dor inicial 36 ndash dor final 14

Em valores percentuais o grupo 1 demonstrou uma melhora de 9393 contra

6111 apresentado pelo grupo 2

66

36

0414

02468

meacutediador

inicial

meacutediador final

grupo 1grupo 2

Figura 24 Graacutefico de meacutedia de dor dos pacientes do Grupo 1 e Grupo 2

Na anaacutelise fotograacutefica natildeo foram evidenciadas importantes alteraccedilotildees posturais

(Apecircndice B)

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

34

CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 67: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

28

Na anaacutelise estatiacutestica a diferenccedila foi significativa (P le 005) com melhor

resultado no grupo de estabilizaccedilatildeo segmentar com contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso

abdominal

Grupo 1 Paciente 1 5 0 Paciente 2 5 0 Paciente 3 5 0 Paciente 4 8 2 Paciente 5 10 0

Meacutedia 66 04 Desv Pad Da

Meacutedia 103 040

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

Meacutedia 66 04 test t 0003

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

34

CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 68: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

29

Grupo 1

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 25 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 1

Grupo 2 3 0 Paciente 14 3 Paciente 22 0 Paciente 32 1 Paciente 47 3 Paciente 5

Meacutedia 36 14 093 068 Desv Pad Da Meacutedia

Antes do Tratamento

Depois do Tratamento

36 14 Meacutedia0020 test t

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

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34

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KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

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MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

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35

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SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

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___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 69: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

30

Grupo 2

0

2

4

6

8

10

Antes do Tratamento Depois do Tratamento

EVA

Figura 26 Graacutefico de meacutedia de dor estatiacutestica dos pacientes do Grupo 2

CAPIacuteTULO 8

DISCUSSAtildeO

O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos de exerciacutecios de

estabilizaccedilatildeo segmentar utilizando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal e

comparar com os efeitos dos exerciacutecios globais de estabilizaccedilatildeo em pacientes com lombalgia

Colocando em praacutetica nosso estudo atraveacutes dos atendimentos cliacutenicos

constatamos uma melhora expressiva em relaccedilatildeo a dor assim como nos estudos de Lemos e

Feijoacute (2005) Sakamoto e Pacheco (2001)

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

34

CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 70: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

31

Utilizamos a escala numeacuterica de dor por ser um dado mais objetivo para

registro dos sintomas Esta escala facilitou o registro dos dados de nossos pacientes

Sakamoto e Pacheco (2001) tambeacutem utilizaram a escala de dor poreacutem na

escala utilizada a dor passou de horriacutevel para leve A escala visual tambeacutem demonstrou uma

reduccedilatildeo gradual e significativa da dor Os autores afirmam tambeacutem em seus estudos que o

controle da lombalgia eacute frequumlentemente baseado na histoacuteria cliacutenica e achados fiacutesicos A

avaliaccedilatildeo cliacutenica da dor e da incapacidade depende do relato subjetivo do paciente que eacute

influenciado pela proacutepria anormalidade fiacutesica pela atitude crenccedila angustia e comportamento

Lemos e Feijoacute (2005) observaram que o muacutesculo transverso abdominal (TA)

possui um papel de destaque diante dos outros muacutesculos abdominais Essa possibilidade se

reforccedila no momento em que se passou a relacionaacute-lo com pacientes portadores de dor lombar

quando foi observado que o muacutesculo transverso abdominal (TA) eacute o primeiro muacutesculo a ser

acionado na produccedilatildeo dos movimentos e que esta caracteriacutestica eacute abolida em pessoas com

lombalgia Ao isolaacute-lo diante dos outros muacutesculos abdominais na reabilitaccedilatildeo desses

pacientes os autores obtiveram uma melhora significativa dos sintomas daqueles que

realizaram os exerciacutecios especiacuteficos passando a considerar o muacutesculo transverso abdominal

(TA) como possiacutevel estabilizador da coluna lombar

Durante nossa atuaccedilatildeo cliacutenica que teve quatro semanas de duraccedilatildeo observamos

que alguns pacientes no iniacutecio dos atendimentos apresentaram dificuldades em realizar os

exerciacutecios de contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal mas em funccedilatildeo da

repeticcedilatildeo sistemaacutetica dos exerciacutecios em poucas sessotildees jaacute os realizavam com facilidade

O teste de ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal (TA) com o

esfignomanometro durante a avaliaccedilatildeo garantiu a contraccedilatildeo do transverso abdominal Os

testes cliacutenicos de medida de ativaccedilatildeo do transverso abdominal obtiveram resultados

satisfatoacuterios em estudos realizados recentemente (COSTA et al 2004)

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

34

CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 71: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

32

Para Richardson et al (apud COSTA et al 2004) existem algumas

possibilidades de avaliar e treinar o muacutesculo transverso abdominal e uma delas eacute a utilizaccedilatildeo

da Unidade de Biofeedback Pressoacuterico (UBP) que teria a mesma funccedilatildeo se utilizarmos o

esfignomanocircmetro A qualidade do controle motor do tansverso abdomial pode ser estimada

indiretamente pela performance demonstrada com o teste

Apoacutes quatro semanas de tratamento os pacientes passaram por um periacuteodo sem

atendimento e retornaram para que pudeacutessemos observar os resultados este fato eacute muito

importante pois o objetivo dos exerciacutecios que evoluiacuteram para uma fase dinacircmica era de

proporcionar estabilizaccedilatildeo da coluna em atividade de vida diaacuterias (AVDrsquos) Apesar do

numero de pacientes avaliados a melhora ou ausecircncia de sintomas nos leva a acreditar no

tratamento das lombalgias com a estabilizaccedilatildeo

Importante salientar que todos os pacientes relataram ter passado por

tratamentos com outros meacutetodos (RPG Pilates Hidroterapia Cinesioterapia e

Eletrotermoterapia) sem o mesmo niacutevel de melhora

CONCLUSAtildeO

Os resultados desse estudo nos levam a concluir que o uso de exerciacutecios

especiacuteficos visando a contraccedilatildeo isolada do muacutesculo transverso abdominal foram efetivos na

reduccedilatildeo da dor de pacientes com lombalgia no grupo estudado

Eacute importante salientarmos que ao final do tratamento todos os pacientes do

grupo 1 e 2 relataram satisfaccedilatildeo com os resultados obtidos

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

34

CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 72: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

33

Um tempo maior de ldquorepousordquo para os pacientes apoacutes o tratamento e maior

nuacutemero de casos pode ser uacutetil para a comprovaccedilatildeo da eficaacutecia isto eacute por quanto tempo apoacutes

ser tratado o paciente permaneceraacute sem dor

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BOJADSEN TWA et al Estudo eletromiografico dos mm Multiacutefidos na coluna lombar e toraacutecica durante a fase de apoio da marcha Revista Brasileira de Biomecacircnica Ano 2 n2 p53-60 maio 2001

BORG G Escalas de Borg para a dor e o esforccedilo fiacutesico percebido Satildeo Paulo Manole 2000

34

CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 73: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

34

CENTRO DE CIRURGIA DA COLUNA O que vocecirc precisa saber sobre dor nas costas Disponiacutevel em lthttpwwwcirurgia da colunacombrdor nas costashtmgtAcesso em 26 mar 2004

COSTA LOP et alConfiabilidade do teste palpatoacuterio e da unidade de biofeedback pressoacuterico na ativaccedilatildeo do muacutesculo transverso abdominal em indiviacuteduos normais Acta fisiaacutetrica v11 n3 dez 2004

DAcircNGELO J G FATTINIC A Anatomia humana sistecircmica e segmentar Satildeo Paulo Atheneu 2002

FORNARI M C S et al Respostas eletromiograacuteficas de tronco e abdocircmen durante exerciacutecios terapecircuticos para tratamento de lombalgia em indiviacuteduos com e sem lombalgia mecacircnica Revista Brasileira de Biomecacircnica ano 4 n7 p29-39 novembro 2003

GREVE Julia Maria DrsquoAndreacutea AMATUZZI Marco Martins Medicina de reabilitaccedilatildeo nas lombalgias crocircnicas Satildeo Paulo Roca 2003 HALL C M BRODY C T Exerciacutecio terapecircutico na busca da funccedilatildeo Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2001

KISNER C COLBY L A Exerciacutecios terapecircuticos Fundamentos e teacutecnicas Satildeo Paulo Manole 1998

KNOPLICK J Enfermidades da coluna vertebral Satildeo Paulo Panamed 1986

LEMOS A M FEIJOacute L A A biomecacircnica do transverso abdominal e suas muacuteltiplas funccedilotildeesFisioterapia Brasil ano 6 v6 n1 p66-70 janfev 2005

MARINZECK S Estabilizaccedilatildeo Segmentar Terapecircutica lombar e pelve InCurso de terapia manual 2002 Campinas Advanced Manual Therapy Institute 2002 p4-12

MOREIRA C CARVALHO M A P Noccedilotildees praacuteticas de reumatologia Belo Horizonte Health 1996

NUNES C V Lombalgia e Lombociatalgia diagnoacutestico e tratamento Rio de Janeiro Medsi 1989

PARDAL D M M et al Comparaccedilatildeo de atividade eletromiografica de muacutesculos abdominais durante exerciacutecios convencionais Revista Brasileira de biomecacircnica ano 4 n6 p 29-37 maio 2003

PRENTICE W E VEIGHT M L Teacutecnica em reabilitaccedilatildeo musculoesqueleacutetica Porto Alegre Artmed 2003

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 74: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

35

PUTZ R PABST R Sobotta Atlas de anatomia humana tronco viacutesceras e extremidade inferior 21ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000

ROSENTHAL M D Lombalgia aguda Disponiacutevel em lthttpwwwgeocitiescomquackwatchLbpHTsgtAcesso em 26 mar 2004

RUBIN Rachel Reumatologia Sauacutede Paulista 2002 Disponiacutevel em lthttowwwunifespbrcomunicaccedilatildeosoed08reports2htmgt Acesso em 26 mar 2004

SHEON R P SHEON ROLAND P GOLDBERGV M Dor reumaacutetica dos tecidos moles diagnoacutestico tratamento prevenccedilatildeo 2ed Rio de Janeiro Revinter 1989

SAKAMOTO A C L PACHECO L M FERREIRA P H Estabilizaccedilatildeo lombo-peacutelvica na espondilolistese um estudo de caso Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIV n1 p25-33 abrset 2001

SALMELA L F T Papel da faacutescia toacuteraco-lombar na estabilizaccedilatildeo da coluna lombar Fisioterapia em Movimento Curitiba vXIII n1 p83-95 abrset 2000

SALMELA L F T SAKAMOTO A C L SIQUEIRA F B Mecanismos de estabilizaccedilatildeo da coluna lombar uma revisatildeo de literatura Fisioterapia em Movimento Curitiba v17 n4 p51-58 outdez 2004

SAUacuteDE PAULISTA Reumatologia 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwunifespbrcomunicaccedilaosped08reports 2htmgtAcesso em 26 mar 2004

VITTA A de A lombalgia e suas relaccedilotildees com o tipo de ocupaccedilatildeo com idade e o sexo Revista Brasileira Fisioterapia Satildeo Carlos v1 n2 p67-72 1996

WILLIAMS P L et al Gray anatomia 37ed Rio de JaneiroGuanabara Koogan 1995

36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
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36

APEcircNDICE A ndash FOLHETO EXPLICATIVO DE POSTURAS

Autoras do projeto Flavia M de Lima

Tatiane Roberta S Quintiliano Alunas do Centro Universitaacuterio Claretiano de Batatais

Desenho Maacutercio Santana

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
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            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 76: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

37

SACOLAS PESO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite carregar muito peso de um lado soacute do corpo E natildeo carregue nunca pesos na cabeccedila pois pressiona os discos da coluna cervical (parte superior do pescoccedilo)

Ao erguer algum objeto pesado do chatildeo dobre os joelhos mantendo

coluna ereta aproximando-o do corpo para aliviar sobrecarga na coluna Prefira distribuir pesos igualmente dos dois lados do corpo

CARRO OBJETO ALTO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal Nunca ande com o banco do carro muito inclinado pois isso soacute aumentaraacute os danos na sua coluna

Ao retirar algum objeto de local mais alto natildeo fique na ponta dos peacutes inclinando sua coluna para traacutes Utilize um banquinho escadas mantenha a coluna ereta e retire o objeto

Sempre colocar em posiccedilatildeo mais elevada mantendo sua coluna ereta e os braccedilos um pouco dobrados e mais proacuteximo do volante

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 77: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

38

TELEFONE PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO

Fonte Arquivo Pessoal Fonte Arquivo Pessoal

Evite falar ao telefone deste modo Quando for necessaacuterio pegar algum objeto em local muito nunca inclina-se para frente sem dobrar os joelhos pois assim estaraacute forccedilando muito sua coluna

Sempre que for preciso fazer qualquer tipo de anotaccedilatildeo apoacuteie o papel em algum lugar onde possa manter a coluna em posiccedilatildeo ereta sem sobrecarga e consiga segurar o telefone de uma forma que natildeo incline a cabeccedila e eleve o ombro levando-o a um aumento de torsatildeo da regiatildeo cervical (parte superior coluna)

Faccedila da maneira correta Abaixe dobrando os joelhos e trazendo o objeto o mais proacuteximo do tronco pois estaraacute aliviando a sobrecarga sobre sua coluna

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 78: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

39

CADEIRA SALTO

Fonte Arquivo Pessoal

Natildeo use salto alto durante periacuteodos prolongados Prefira sempre sapatos mais baixos para usar durante o trabalho ou quando precisar andar longas distacircncias ou tempo prolongado

Fonte Arquivo Pessoal

Ao levantar-se coloque uma perna na frente da outra incline o tronco para frente e apoacuteie a matildeo na cadeira para distribuir a forccedila natildeo deixando esta atuar somente na coluna

Pois sapatos de salto alto causam alteraccedilatildeo no centro de equiliacutebrio no nosso corpo aumentando esforccedilo muscular para equilibrar-se

SUBIR ESCADA VARRER

Fonte Arquivo Pessoal

Fonte Arquivo Pessoal Procure adaptar os materiais usados para limpeza aumente o cabo da vassoura para natildeo ser necessaacuterio inclinar muito o tronco sobrecarregando a coluna Sempre quando for varrer mantenha o tronco ereto e quando for preciso limpar lugares muito baixos fique de joelhos ou sente no chatildeo ao inveacutes de inclinar totalmente o

Nunca suba escada com tronco inclinado a frente Sempre mantenha-se com o tronco ereta peacute apoiado totalmente no chatildeo

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 79: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

40

tronco DEITAR LEVANTAR

Fonte Arquivo Pessoal

Quando for deitar-se o primeiro passo a ser seguido eacute sentar na cama depois incline o tronco para o lado apoiando o braccedilo na cama e deite

A melhor posiccedilatildeo para dormir eacute de lado com um travesseiro confortaacutevel no pescoccedilo (nem muito alto nem muito baixo) e outro entre os joelhos

Para levantar-se realize os mesmos passos ficando de lado apoiando os braccedilos dando impulso jogue as pernas para fora da cama e levante

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 80: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

Apoacutes o tratamento

Antes do tratamento

41

APEcircNDICE B ndash FOTOS DA AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Figura 27 Paciente MDG antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
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            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 81: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

42

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 28 Paciente G antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 82: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

43

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 29 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 83: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

44

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 30 Paciente N antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 84: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

45

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

Figura 31 Paciente SM antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 85: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

46

EXERCIacuteCIO GLOBAL DE ESTABILIZACcedilAtildeO

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 86: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

47

Figura 32 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

Apoacutes o tratamento

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 87: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

48

Figura 33 Paciente A antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 88: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

49

Apoacutes o tratamento

Figura 34 Paciente J antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 89: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

50

Apoacutes o tratamento

Figura 35 Paciente S antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

Antes do tratamento

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 90: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

51

Apoacutes o tratamento

Figura 36 Paciente V antes do tratamento e apoacutes o tratamento Fonte Acervo pessoal

ANEXO A

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

ESCALA ANALOacuteGICA DE DOR

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 91: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

52

_______________________________________ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte BORG (2000)

ANEXO B

FICHA DE AVALIACcedilAtildeO

Data__________________

Nome_____________________________________________________________________

Idade__________________________ Telefone___________________________________

Endereccedilo__________________________________________________________________

Cidade____________________________________________________________________

Diagnoacutestico Cliacutenico__________________________________________________________

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 92: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

53

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Diagnoacutestico Fisioteraacutepico_____________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Queixa Principal____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

HMA___________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SINAIS VITAIS

PA____________________________mmHg

FC____________________________batmin

Tipo Respiratoacuterio_________________

Peso____________________________

Altura____________________________

Tipo de toacuterax_____________________

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 93: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

54

AVALIACcedilAtildeO POSTURAL

Vista Anterior Vista Lateral Vista Posterior

Artelhos Joelhos Calcacircneo

Altura de maleacuteolos Pelve Antev ( ) Retroc ( ) Joelhos

Joelho Abdome Protruso ( ) Flaacutecido (

)

Prega Popliacutetea

Altura de CIAS Col Lombar lordose ( ) retific (

)

Prega Gluacutetea

Desvio da CO Col Toraacutecica cifose ( ) retific ( ) Altura das CIPS

Abdome Protruso Ombros Acircngulo da Tales

Acircngulo de Tales Coluna Cervical Niacutevel das Escaacutepulas

Niacutevel dos ombros Tronco CG Niacutelvel dos ombros

Posiccedilatildeo Col Cerv Gibosidade (regiatildeolado)

Deform Toraacutecicas Escoliose

PALPACcedilAtildeO

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

MOBILIDADE

Flexatildeo de Tronco ___________________________________________________________

Inclinaccedilatildeo Lateral D________________________________________________________

E________________________________________________________

Rotaccedilatildeo D________________________________________________________________

E________________________________________________________________

TESTE DE FORCcedilA MUSCULAR

___________________________________________________________________________

55

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

TESTES ESPECIAIS

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

EXAME DA MARCHA

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 94: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

55

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TESTE DE RETRACcedilAtildeO MUSCULAR

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TESTES ESPECIAIS

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EXAME DA MARCHA

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ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu _________________________________________________________________

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO
Page 95: A importância do transverso do abdomen no tratamento de lombalgias

56

RG ________________________________ aceito participar da pesquisa sobre

ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR NAS LOMBALGIAS realizado pelas estagiaacuterias

do 4ordm ano de fisioterapia Flaacutevia Mafra de Lima RG 327467083 e Tatiane Roberta dos

Santos Quintiliano RG MG11613652 ciente da posterior divulgaccedilatildeo de todos os

dados da pesquisa

Batatais ____ de _________ de 2005

_________________________________

PACIENTE

__________________________________

FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA

__________________________________

TATIANE R S QUINTILIANO

  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • FLAacuteVIA MAFRA DE LIMA
  • CAPIacuteTULO 1
  • LOMBALGIA
  • 21 CAUSAS DA LOMBALGIA MECAcircNICA
  • 211 Espondilolistese
  • 212 Doenccedila de Paget
  • 213 Tumores da coluna
  • 214 Estenose do canal vertebral
  • 215 Espondilite Infecciosa
  • 216 Heacuternia discal
  • 217 Siacutendrome Facetaacuteria
  • 31 MUacuteSCULO MULTIacuteFIDO
    • CAPIacuteTULO 4
      • ESTABILIZACcedilAtildeO SEGMENTAR
        • 41 TEORIA DE INSTABILIDADE SEGMENTAR
        • Para Panjabi (1992 apud SALMELA et al 2004) a amplitude de movimento total de um segmento espinhal pode ser dividido em duas zonas
        • A ZONA NEUTRA corresponde agrave porccedilatildeo inicial da amplitude de movimento (ADM) fisioloacutegica intervertebral medida a partir da posiccedilatildeo neutra onde o movimento eacute realizado contra o miacutenimo de resistecircncia interna
        • A ZONA ELAacuteSTICA corresponde agrave porccedilatildeo da ADM fisioloacutegica mais proacutexima da amplitude final de movimento medida do final da zona neutra ateacute o limite fisioloacutegico produzida contra resistecircncia interna substancial sendo uma zona de grande rigidez
          • parte2pdf
            • PEGAR ALGUM OBJETO LUGAR BAIXO CHAtildeO