A INCLUSÃO SOCIAL E O ESPORTE NA INFÂNCIA: Um estudo … · A Inclusão Social e o esporte na...
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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Educação Física
Antonio Bernardino Gomes Junior
Gabriel Alonso Caputo
A INCLUSÃO SOCIAL E O ESPORTE NA INFÂNCIA:
Um estudo de caso no Centro Municipal de Educação
Integrada de Penápolis - SP
LINS – SP
2014
Antonio Bernardino Gomes Junior
Gabriel Alonso Caputo
A INCLUSÃO SOCIAL E O ESPORTE NA INFÂNCIA:
UM ESTUDO DE CASO NO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INTEGRADA
DE PENÁPOLIS - SP
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física, sob a orientação da Profª Ma. Ana Claudia de Souza Costa e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.
LINS – SP
2014
Junior, Antonio Bernardino Gomes; Caputo, Gabriel Alonso
Educação física: A Inclusão Social e o esporte na infância: um estudo de caso no Centro Municipal de Educação Integrada de Penápolis – SP/ Antonio Bernardino Gomes Junior; Gabriel Alonso Caputo. – – Lins, 2014.
61p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física, 2014. Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Ana Claudia de Souza.
CDU 796
1. Inclusão Social. 2. Esporte. 3. Infância. I Título
G614e
ANTONIO BERNARDINO GOMES JUNIOR
GABRIEL ALONSO CAPUTO
A Inclusão Social e o esporte na infância: um estudo de caso no Centro Municipal
de Educação Integrada de Penápolis - SP
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para
obtenção do título de Graduação do curso de Educação Física.
Aprovado em: ____/____/____
Banca Examinadora:
Prof (a) Orientador (a): Ana Claudia de Souza Costa
Titulação: Mestre em Fisioterapia pela UNIMEP/Piracicaba-SP
Assinatura: ________________________________
1º Prof(a): _____________________________________________________
Titulação: ______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura: ________________________________
2º Prof(a): _____________________________________________________
Titulação: ______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura: ________________________________
Dedicamos este Trabalho de Conclusão de Curso a todos os
professores, mestres e doutores da instituição, aos amigos e
aos nossos familiares que contribuíram para que nós
chegássemos até aqui.
Antonio Bernardino Gomes Junior
Gabriel Alonso Caputo
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus primeiramente, aos nossos familiares,
amigos, orientadoras Ma. Ana Claudia de Souza e Ma. Jovira
Sarraceni, a todos os nossos professores que contribuíram em
nossa formação até aqui, especialmente ao Me. Leandro
Paschoali Rodrigues Gomes, Ma. Maria de Fátima Paschoal
Soler e ao Dr. Wonder Passoni Higino.
Antonio Bernardino Gomes Junior
Gabriel Alonso Caputo
A inclusão social acontece quando...
“Se aprende com as diferenças e não com as igualdades”.
(PAULO FREIRE)
RESUMO
Esta pesquisa teve como objetivo investigar a importância do esporte como meio de inclusão social, no projeto do Centro Municipal de Educação Integrada (CMEI), da prefeitura municipal da cidade de Penápolis, sendo assim buscou-se verificar a importância do esporte na formação integral da criança e reconhecer o esporte como meio de socialização, a partir de 20 crianças de ambos os gêneros, com faixa etária de seis a onze anos de idade, regularmente matriculadas no CMEI. Foram realizadas observações durante as aulas, em um período de dois meses, entrevistas com a encarregada, professores, monitores e alunos. Para a realização da pesquisa buscou-se respaldos em conceitos de inclusão social, esporte, importância da inclusão social, do esporte e no questionamento de como o esporte possibilita o desenvolvimento integral da criança, patrocinando a inclusão social. A análise dos dados se deu de forma qualitativa, através de conceitos, percepções e descritiva através das análises das principais variáveis, a partir das observações e entrevistas para coleta de dados. Com base nos dados coletados foi possível verificar que o esporte é de suma importância para a vida desses alunos que nele frequentam, pois adquiriram conhecimentos, a partir das atividades realizadas, ensinamentos que serão levados para a vida toda. O projeto contribui para a formação e desenvolvimento físico, psíquico e social dessas crianças. Palavras chave: Inclusão social. Esporte. Infância.
ABSTRACT
This research aimed to investigate the importance of sport as a means of social inclusion in the Municipal Center for Integrated Education (CMEI), the municipal government of the city of Penápolis project, therefore we sought to determine the role of sport in the integral formation of child and recognize the sport as a means of socialization, from twenty children of both genders, aged six to eleven years old, regularly enrolled in CMEI. Interviews with responsible, teachers, instructors and students observations were made during class, in a period of two months. For the research was sought endorsements on concepts of social inclusion, sport, importance of social inclusion, the sport and the question of how the sport allows for the holistic development of children, fostering social inclusion. Data analysis occurred in a qualitative way, through concepts, perceptions and through descriptive analysis of the main variables, from observations and interviews to collect data. Based on the data collected was verified that the sport is of paramount importance to the lives of the students who attend it, because knowledge gained from the activities, lessons to be taken for life. The project contributes to the formation and physical, psychological and social development of these children.
Key-words: Social Inclusion. Sport. Childhood.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Principais diferenças entre integração e inclusão............................. 19
Quadro 2. Benefícios que o esporte pode proporcionar.................................... 28
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
CMEI - Centro Municipal de Educação Integrada
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13
CAPITULO I - INCLUSÃO SOCIAL .......................................................................... 16
1 CONCEITO DE INCLUSÃO SOCIAL ............................................................ 16
1.1 Da integração à inclusão social ...................................................................... 18
1.2 A inclusão social no Brasil .............................................................................. 21
1.3 Programas sociais no Brasil ........................................................................... 22
CAPÍTULO II - O ESPORTE E A INCLUSÃO SOCIAL ............................................ 26
2 CONCEITO DE ESPORTE ............................................................................ 26
2.1 Os Benefícios do Esporte ............................................................................... 28
2.2 O Papel do Treinador ou Professor. ............................................................... 30
2.3 Os Riscos do Esporte na Infância. ................................................................. 31
2. 4 A Contribuição do Esporte na Sociedade ....................................................... 32
2.5 O Esporte como Meio Inclusivo ...................................................................... 33
CAPÍTULO III - A PESQUISA ................................................................................... 36
3 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 36
3.1 O histórico do local de pesquisa ..................................................................... 36
3.2 Relatos de trabalhos realizados ..................................................................... 38
3.2.1 Métodos de estudo observacional transversal do tipo caso-controle ............. 38
3.2.2 Observação Sistemática ................................................................................. 38
3.2.3 Técnicas ......................................................................................................... 39
3.3 Desenvolvimento de atividades ...................................................................... 39
3.4 Depoimentos de profissionais ........................................................................ 42
3.5 Depoimentos de alunos .................................................................................. 44
3.6 Discussão ....................................................................................................... 45
3.7 Parecer final do caso ...................................................................................... 46
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ............................................................................. 47
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 48
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 49
APÊNDICES ............................................................................................................. 52
ANEXOS ................................................................................................................... 58
13
INTRODUÇÃO
De acordo com a UNESCO (2013), a inclusão social no Brasil vem avançando
vagarosamente, pois ainda há a resistência de alguns indivíduos em aceitar e
conviver com as diferenças alheias, lembrando que todos têm os mesmos direitos
previstos em lei, dificultando em transformar o Brasil em um país de todos e de
todas.
Para Sassaki (2003), a inclusão social é parte importante de uma sociedade,
pois através dela, os indivíduos aprendem a lidar, respeitar e conviver com as
diferenças entre as pessoas. Muitas vezes ao deparar-se com o diferente, novas
experiências são vividas e novos conhecimentos são adquiridos.
A inclusão social é um processo que contribui para a construção de uma nova
sociedade através de transformações nos ambientes físicos e na maneira de pensar
das pessoas.
No Brasil existem diversos projetos de inclusão e socialização espalhados
pela esfera federal, estadual e municipal, alguns tendo como público alvo as
crianças e adolescentes e outros para o público adulto e idoso, grupos estes que
abrangem todos os fatores que geram a desigualdade de classes, mas ainda não é
suficiente.
Atualmente diversos projetos de inclusão estão sendo executados. Abrangem
níveis e objetivos específicos, porém todos apresentam como foco principal a
inclusão de pessoas dentro do espaço em que vivem e se relacionam.
Programa como Criança Esperança, Projeto Segundo Tempo, o Projeto do
Centro Municipal de Educação Integrada, da cidade de Penápolis, tem como fim
principal, colaborar para o combate a exclusão social, auxiliando na diminuição da
desigualdade tão presente nas comunidades brasileiras.
Para Bickel, Marques e Santos (2012), o esporte é um meio muito importante
para mudar as vidas de muitas pessoas, principalmente crianças e adolescentes,
impulsionando-as a superar obstáculos e a crescer com noções de solidariedade e
respeito às diferenças. Além de o esporte proporcionar todos os benefícios físicos
que já falamos, ele também vem a agregar na parte social da população,
principalmente na infância.
14
O esporte é um importante meio de promover a socialização, pois consegue
atingir valores tais como: amizade, coletivismo, solidariedade, fatores que se
destacam para vencer os efeitos da pobreza.
O esporte vai muito além das disputas dentro dos estádios e ginásios, cada
vez mais cresce a sua importância como ferramenta de inclusão social, sendo
utilizado como instrumento pedagógico, integrando-se às finalidades gerais da
educação, do desenvolvimento das individualidades, da formação para a cidadania e
de orientação para as práticas sociais, possibilitando ao indivíduo alcançar princípios
e valores morais e éticos.
Esta pesquisa caracteriza-se por um estudo observacional transversal do tipo
caso-controle, de abordagem qualitativa, pois utiliza conceitos, percepções e coletas
de dados: observações e entrevistas.
Foi realizada no Centro Municipal de Educação Integrada (CMEI), na cidade
de Penápolis, sendo esta uma instituição da Secretaria de Educação da Prefeitura
Municipal.
Portanto, esta pesquisa tem como objetivo investigar a importância do esporte
como meio de inclusão social, verificar a importância do esporte na formação
integral da criança e reconhecer o esporte como meio de socialização, a partir do
seguinte questionamento: o esporte possibilita o desenvolvimento integral da
criança, patrocinando a inclusão social.
Este questionamento leva-se a inferir que o esporte se desenvolve nas
relações em grupo, e possibilita a consciência das próprias forças físicas e morais
além de desenvolver as competências técnicas, sociais e comunicativas essenciais
para o processo de desenvolvimento individual e social da criança, possibilitando a
inclusão social
Para obtenção dos resultados foram feitas observações nos procedimentos
do CMEI com alunos ativamente matriculados no CMEI de Penápolis, entrevistas
com a encarregada, profissionais e alunos.
Pode-se notar uma grande importância do projeto para esses alunos, pois
vivem em lugares de risco, onde passam por perigos diários tais como: envolvimento
com drogas, violências, vandalismo, entre outros, não podendo perder essas
crianças para esses malefícios, pois merecem um futuro brilhante e de sucesso.
O trabalho foi então organizado da seguinte forma:
15
CAPÍTULO 1: Inclusão Social
CAPÍTULO 2: O esporte e a inclusão social
CAPÍTULO 3: Pesquisa
Por fim apresenta-se a proposta de intervenção e conclusão.
16
CAPITULO I
INCLUSÃO SOCIAL
1 CONCEITO DE INCLUSÃO SOCIAL
Segundo, o Dicionário Aurélio, o ato de incluir significa trazer em si,
compreender, abranger, fazer tomar parte, introduzir, ou seja, a inclusão social é o
ato de compreender e inserir todos na sociedade, fazendo valer seus direitos de
cidadãos. (FERREIRA, 2001)
A inclusão social é o processo pela qual a sociedade se adapta para poder
incluir, em seus sistemas sociais, cidadãos que dela foram excluídos, no sentido de
terem sido privados de terem o mesmo acesso aos seus direitos fundamentais.
(PAULA, 2004)
Inclusão social é um termo amplo, utilizado em contextos diferentes, sempre
com referência as variadas questões sociais. É caracterizada como: um conjunto de
meios e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, na
maioria das vezes é provocado pela falta de classe social, origem geográfica,
educação, idade, existência de deficiência ou preconceito racial. (PACIEVITCH,
2011)
Inclusão social é um o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder
incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas e simultaneamente estas se
preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então,
um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade, buscam
em parceria diminuir problemas, decidir sobre soluções e proporcionar
oportunidades para todos.
Incluir socialmente é fornecer suporte, dando oportunidades aos indivíduos
mais necessitados de acesso a bens e serviços, dentro de um ambiente que
beneficie a todos e não apenas aos mais favorecidos.
O termo “exclusão social” surgiu por volta da década de 60, mas a partir da
crise dos anos 80 passou a ser mais utilizada, por ser um termo recente, sempre
está ligada à cidadania, integração social e dos direitos humanos. (SASSAKI, 2003)
17
A Constituição Federal promulgada em 1988 relata no artigo 3º a igualdade,
em inúmeras manifestações, tendo como objetivo fundamental e importante para
república. Os quatros itens desse artigo são fatores para determinar os aspectos que
deve constituir a prioridade da atuação pública e privada para a consolidação do
Estado Democrático de Direito. É neste artigo que, por mau funcionamento da
sociedade é colocado como metas para sua correção:
Art. 3º. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I Construir uma sociedade livre, justa e solidária; II Garantir o desenvolvimento nacional; III Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades soci- ais e regionais; IV Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, cor,gênero, idade e quaisquer outras formas de discriminação. (BRASIL, 1988)
O combate à pobreza e a exclusão social, como forma de desigualdade
social, constitui parte importante da questão social e reflete nas políticas socialistas
e nas neoliberais, interna e internacionalmente.
Ao refletir nas diretrizes dos sistemas jurídicos observa-se também, que
trazem como obrigações deveres de inclusão social e de eliminação das causas que
geram a desigualdade.
Porém, as pessoas possuem pouca experiência em relação à inclusão social,
muitas pessoas ainda criticam a igualdade de direitos e não querem colaborar com
aqueles que fogem da normalidade estabelecida por um grupo.
A ideia de exclusão social está centrada nos aspectos relacionais, isto é, na
participação social inadequada, ausência de proteção social, de integração social,
poder e falta e recursos à disposição de um indivíduo ou de uma família.
Fatores como a falta de classe social, origem geográfica, educação, idade,
deficiência ou preconceitos raciais, podem levar a exclusão social.
Condições atípicas são, com freqüência, agravadas por, ou resultantes de
situações sociais marginalizantes ou excludentes como, por exemplo: trabalho
infantil, prostituição e privação cultural, assim como pobreza, desnutrição,
saneamento precário e abuso persistente e severo contra crianças, e falta de
estimulo do ambiente e de escolaridade. (SASSAKI, 2003)
Todas as pessoas possuem a sua particularidade biológica, afetiva e social e
devem ser respeitadas e aceitas como elas são. Todos possuem sua
individualidade, porém devem ter a oportunidade dos benefícios de uma sociedade.
18
De acordo com Sassaki (2003), a inclusão social é parte importante de uma
sociedade, pois através dela, os indivíduos aprendem a lidar, respeitar e conviver
com as diferenças entre as pessoas. Muitas vezes ao deparar-se com o diferente,
novas experiências são vividas e novos conhecimentos são adquiridos.
O autor ainda afirma que o aceitar e respeitar a diferença, seja no contexto
físico, afetivo ou social, contribuem para um ambiente de harmonia, paz, amor ao
próximo, melhorando a qualidade de vida e autoestima, que por muitas vezes, é
tirada do indivíduo por conta da exclusão social, ou seja, a pessoa é excluída de
participar da vida econômica, social e acesso a outros recursos, não permitindo
possuir uma vida aceitável pela sociedade.
A inclusão social é um processo que contribui para a construção de uma nova
sociedade através de transformações nos ambientes físicos e na maneira de pensar
das pessoas.
Em diversas partes do mundo, já se pode ver a prática da inclusão social,
sendo que as primeiras tentativas começaram, segundo Sassaki (2003), nos anos
oitenta, mais precisamente por volta de 1987.
Este processo vem sendo aplicado em cada sistema social, sendo assim:
inclusão na educação, no lazer, no transporte, no esporte entre outros.
Se a sociedade contribuir para a inclusão acontecer, mais rápido se tornará
uma sociedade inclusiva, ou seja, uma sociedade para todos, garantindo espaços a
todas as pessoas, fortalecendo as atitudes de aceitação das diferenças individuais e
de valorização da diversidade humana, enfatizando a importância do pertencer, da
convivência, da cooperação e da contribuição que todas as pessoas podem dar para
construírem vidas mais justas, mais saudáveis e mais satisfatórias. (SASSAKI, 2003)
1.1 Da integração à inclusão social
A integração e a inclusão são muito importantes, pois são ações sociais que
tem uma parte decisiva a cumprir, envolvendo situações nas quais ainda haja
resistência as medidas inclusivas.
Integração é incorporar o individuo excluído à sociedade, dando suporte e
oportunidades para conviver em sociedade. Porém induz a acreditar poder escolher
quem tem direito a estar na escola, nos parques de lazer, nas igrejas, nos locais de
trabalho. Ela aceita integrar na sociedade pessoas vistas como prontas no sentido
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de aptas para aprender, se expressar, trabalhar, nos diversos sistemas sociais.
(SASSAKI, 2003)
Enquanto que a inclusão é guiada pela certeza de que a escolha de
indivíduos para serem integrados na sociedade é ilegítima e anticonstitucional. A
sociedade inclusiva tem compromisso com a minoria e com sua diversidade, para
que todos participem ativamente da sociedade, quebrando as barreiras criadas em
torno dos grupos estigmatizados.
No Quadro 1 é possível observar as principais diferenças entre os dois
conceitos.
Quadro 1. Principais diferenças entre integração e inclusão
(Continua)
Principais diferenças
Inclusão Integração
Inserção total e incondicional
(crianças com deficiência não
precisam “se preparar” para ir à
escola regular)
Inserção parcial e condicional
(crianças “se preparam” em escolas ou
classes especiais para estar em escolas ou
classes regulares)
Exige rupturas nos sistemas Pede concessões aos sistemas
Mudanças que beneficiam toda e
qualquer pessoa, (não se sabe quem
ganha mais, todas ganham)
Mudanças visando prioritariamente a
pessoas com deficiência (consolida
a ideia de que elas “ganham” mais)
Exige transformações profundas Contenta-se com transformações
superficiais
Sociedade se adapta para atender às
necessidades das pessoas com
deficiência e com isso se torna mais
atenta às necessidades de todas
Pessoas com deficiência se adaptam às
necessidades dos modelos que já existem
na sociedade, que faz apenas ajustes.
Defende o direito de TODAS as
pessoas, com e sem deficiência.
Defende o direito de pessoas com
deficiência
20
(Conclusão)
Principais diferenças
Inclusão Integração
Traz para dentro dos sistemas os
grupos de “excluídos” e,
paralelamente, transforma esses
sistemas para que se torne de
qualidade para todos.
Insere nos sistemas os grupos de
“excluídos que provarem estar aptos” (sob
este aspecto, as cotas podem
ser questionadas como promotoras
da inclusão.
O adjetivo inclusivo é usado quando
se busca qualidade para todas as
pessoas com e sem deficiência
(escola inclusiva, trabalho inclusivo,
lazer inclusivo etc.)
O adjetivo integrador é usado quando se
busca qualidade nas estruturas que
atendem apenas as pessoas com
deficiência consideradas aptas (escola
integradora, empresa integradora etc.)
Valoriza a individualidade de pessoas
com deficiência (pessoas com
deficiência podem ou não ser bons
funcionários; podem ou não ser
carinhosos etc.)
Como reflexo de um pensamento
integrador podemos citar a tendência a
tratar pessoas com deficiências como um
bloco homogêneo (ex: surdos se
concentram melhor; cegos são excelentes
massagistas)
Não quer disfarçar as limitações
porque elas são reais
Tende a disfarçar as limitações para
aumentar a possibilidade de inserção
Não se caracteriza apenas pela
presença de pessoas com e sem
deficiência em um mesmo ambiente
A presença de pessoas com e sem
deficiência tende a ser suficiente para o
uso do adjetivo integrador
A partir da certeza de que todos
somos diferentes, não existem “os
especiais”, “os normais”, “os
excepcionais”, o que existe são
pessoas com deficiência.
Incentiva pessoas com deficiência a seguir
modelos, não valorizando, por exemplo,
outras formas de comunicação como a
Libras. Seríamos um bloco majoritário e
homogêneo de pessoas sem deficiência
rodeada pelas que apresentam diferenças.
Fonte: Werneck. (1999)
Quanto mais sistemas comuns da sociedade adotar a inclusão, mais cedo se
completará a construção de uma verdadeira sociedade para todos – a sociedade in-
21
clusiva.
Algumas pessoas utilizam a palavra integração em inclusão, já em
conformidade com a moderna terminologia da inclusão social, ou seja, com sentidos
distintos, a integração significando "inserção da pessoa com deficiência prepara para
conviver na sociedade" e a inclusão significando "modificação da sociedade como
pré-requisito para pessoa com necessidades especiais buscar seu desenvolvimento
e exercer a cidadania". (SASSAKI, 2003)
1.2 A inclusão social no Brasil
Historicamente, as enormes desigualdades sociais, econômicas e culturais
expressam uma das características mais marcantes do país. Em anos recentes,
percebe-se um crescimento da consciência da sociedade e do governo quanto à
necessidade de reverter-se essa condição, criando-se mecanismos de participação
e controle social, programas, projetos e ações que indicam um movimento de
transformações positivas. (UNESCO, 2013)
Recentes avanços na promoção dos direitos humanos têm sido constatados.
Apesar desse trabalho considerável e inovador de promoção dos direitos humanos
não existe ainda clara compreensão da universalidade e indivisibilidade dos direitos
humanos: civis, políticos, sociais, econômicos e culturais e existe um número muito
alto de pessoas que continua a encontrar grandes dificuldades no exercício de sua
cidadania e de seus direitos fundamentais. (UNESCO, 2013)
A inclusão social no Brasil vem avançando vagarosamente, pois ainda há a
resistência de alguns indivíduos em aceitar e conviver com as diferenças alheias,
lembrando que todos têm os mesmos direitos previstos em lei, dificultando em
transformar o Brasil em um país de todos e de todas. (UNESCO, 2013)
Muitas pessoas ainda não aceitam a igualdade de direitos e não querem
colaborar com aqueles que fogem dos padrões de normalidade estabelecidos por
um grupo que é a maioria.
No Brasil existem diversos projetos de inclusão e socialização espalhados
pela esfera federal, estadual e municipal, alguns tendo como público alvo as
crianças e adolescentes e outros para o público adulto e idosos, grupos estes que
abrangem todos os fatores que geram a desigualdade de classes.mas ainda não é
suficiente.
22
Apesar das tentativas de reduzir a desigualdade mediante projetos sociais, a
realidade mostra que falta muito para que grande parte da sociedade tenha
possibilidades equiparadas ao resto da população. É importante acreditar que num
futuro não tão distante este fato possa melhorar, pois, aos poucos muitos cidadãos
vão se conscientizando da importância de gerar um país com desigualdades menos
marcantes. (UNESCO, 2013)
Atualmente diversos projetos de inclusão estão sendo executados. Abrangem
níveis e objetivos específicos porém todos apresentam como foco principal a
inclusão de pessoas dentro do espaço em que vivem e se relacionam.
Programa como Criança Esperança, Projeto Segundo Tempo, o Projeto do
Centro Municipal de Educação Integrada (CMEI), da cidade de Penápolis, tem como
fim principal, colaborar para o combate a exclusão social, auxiliando na diminuição
da desigualdade tão presente nas comunidades brasileiras.
1.3 Programas sociais no Brasil
1.3.1 O Programa Criança Esperança
O programa foi criado em 1986 pela Rede Globo de televisão, atinge 86,33%
dos 5.564 municípios brasileiros para aumentar a conscientização sobre os direitos
das crianças e motivá-los a ter a esperança de um futuro melhor. Desde sua
criação, cinco mil projetos já beneficiaram mais de quatro milhões de crianças e
jovens de todo o Brasil. (UNESCO, 2013)
Ao longo dos anos, muitas corporações importantes se aliaram ao programa.
Além disso, o programa é freqüentemente referenciado em notícias, documentários,
entrevistas e até mesmo em shows de entretenimento, criando oportunidades para
manter na agenda pública os temas relacionados a infância e adolescência.
Por meio de um processo inovador, o setor de Ciências Humanas e Sociais
da Representação da UNESCO no Brasil seleciona projetos submetidos por
organizações não governamentais para receber benefícios financeiros, bem como
assessoria programática da UNESCO, dando início a um processo de transferência
de conhecimento. Muitas dessas iniciativas são respostas locais para minimizar
problemas e induzir o aperfeiçoamento de políticas públicas, além do reforçar
lideranças locais.
23
As propostas dos projetos a serem selecionados são analisadas com base em
normas nacionais e internacionais em que a criança e o adolescente são vistos
como o bem maior de uma sociedade.
Desde o início da parceria firmada com a UNESCO, 450 projetos já foram
selecionados. Em 2011, o Programa Criança Esperança passou a apoiar 75 projetos
locais, beneficiando 20 mil crianças e adolescentes.Existem quatro Espaços Criança
Esperança localizados em: Jaboatão dos Guararapes, Belo Horizonte, Rio de
Janeiro e São Paulo.
O programa tem como objetivos:
a) Promover a inclusão social de grupos vulneráveis como jovens, afro
descendentes, povos indígenas e meninas;
b) Apoiar iniciativas que funcionam como laboratórios sociais, visando
inspirar políticas públicas para a juventude;
c) Estimular os jovens a completar seus estudos nos níveis da educação
básica e da educação técnica e profissional;
d) Promover a participação e o engajamento da juventude;
e) Oferecer atividades esportivas, de laser e inclusão digital;
f) Apoiar projetos que:
g) Promovem os direitos humanos e a igualdade racial;
h) Previnem a violência, o abuso sexual e a exploração de crianças e
jovens;
i) Priorizam os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, sobretudo na
redução da pobreza extrema e dos índices de mortalidade infantil.
(UNESCO, 2013)
1.3.2 O Programa Segundo Tempo
Considerado programa estratégico do governo federal, o Segundo Tempo é
destinado a democratizar o acesso à prática e à cultura do esporte educacional.
O objetivo do programa é:
a) Promover o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e
jovens como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade
de vida, prioritariamente daqueles que se encontram em áreas de
vulnerabilidade social e regularmente matriculados na rede pública de
24
ensino.
b) Oferecer práticas esportivas educacionais, estimulando crianças,
adolescentes e jovens, prioritariamente matriculadas na rede pública de
ensino, a manter uma interação efetiva que contribua para o seu
desenvolvimento integral;
c) Oferecer condições adequadas para a prática esportiva educacional de
qualidade;
d) Desenvolver valores sociais;
e) Contribuir para a melhoria das capacidades físicas e habilidades
motoras;
f) Contribuir para a melhoria da qualidade de vida (autoestima, convívio,
integração social e saúde) e;
g) Contribuir para a diminuição da exposição aos riscos sociais (drogas,
prostituição, gravidez precoce, criminalidade, trabalho infantil e a
conscientização da prática esportiva, assegurando o exercício da
cidadania).
O Segundo Tempo tem como estratégia a implantação de núcleos, por meio
do estabelecimento de alianças e parcerias institucionais com entidade públicas e
privadas sem fins lucrativos que tenham, comprovadamente, mais de três anos de
atuação na área de abrangência do programa e que disponham de condições
técnicas para executá-lo. (BRASIL, 2011)
Os núcleos de esporte educacional visam ocupar o tempo dos beneficiados e
oferecem, no contra turno escolar, atividades esportivas sob a orientação de
coordenadores e monitores, prioritariamente, de educação física e/ou esporte.
O Programa Segundo Tempo tem como público-alvo crianças, adolescentes e
jovens, entre 06 e 17 anos, prioritariamente matriculados em escolas públicas e/ou
em áreas de vulnerabilidade social.
Princípios do programa:
a) Da reversão do quadro atual de injustiça, exclusão e vulnerabilidade
social;
b) Do esporte e do lazer como direito de cada um e dever do Estado;
c) Da universalização e inclusão social;
d) Da democratização da gestão e da participação;
e) Linhas Estratégicas;
25
f) Qualificar e ampliar a abrangência do Programa Segundo Tempo;
g) Assegurar a oferta do Programa Segundo Tempo voltado ao público do
ensino médio e superior;
h) Oportunizar aos beneficiados do programa eventos e programações
diferenciadas ao longo do ano;
i) Qualificar e aprimorar a gestão do programa;
j) Qualificar o processo de capacitação de gestores, professores e
monitores.
Resultados Esperados.
Impactos Diretos:
a) Melhoria no convívio e na integração social dos participantes;
b) Melhoria da autoestima dos participantes;
c) Melhoria das capacidades e habilidades motoras dos participantes;
d) Melhoria das condições de saúde dos participantes;
e) Aumento do número de praticantes de atividades esportivas
educacionais;
f) Melhoria da qualificação dos profissionais envolvidos.
Impactos Indiretos:
a) Diminuição da exposição dos participantes a riscos sociais;
b) Melhoria no rendimento escolar dos alunos envolvidos;
c) Diminuição da evasão escolar nas escolas atendidas;
d) Geração de novos empregos no setor de educação física e esporte nos
locais de abrangência do programa;
e) Melhoria da infraestrutura esportiva no sistema de ensino público do
País e nas comunidades em geral. (BRASIL, 2011)
Diariamente ouve-se falar sobre a inclusão social. Ela está presente dentro
das escolas, dos grupos religiosos, dos esportes, da sociedade de consumo e estão
ligadas as pessoas que não tem as mesmas oportunidades dentro de suas
comunidades, pois são consideradas "diferentes no que tange ao padrão social".
Este fato é lamentável, pois pessoas passam por situações constrangedoras, e são
marcadas pelo resto de suas vidas. (PAULA, 2004)
A inclusão social é, portanto uma situação de não realização de algumas ou
de todas as dimensões sociais. É o não ser, o não estar, o não fazer, o não saber e
também o não ter.
26
CAPÍTULO II
O ESPORTE E A INCLUSÃO SOCIAL
2 CONCEITO DE ESPORTE
"O esporte é atividade de cultura, na medida em que a noção formal de
equilíbrio entre corpo e espírito é substituída pela de convergência de todas as
tentativas educativas." (BETTI, 1997, p. 24)
O esporte e a atividade física são muito importantes na vida dos seres
humanos, pois além de proporcionar o lazer de várias pessoas também serve como
um meio de se prevenir de doenças e usá-lo como um combate a essas doenças
que vem dominando o nosso mundo todo. (MARTINS; PEREIRA, 2013)
Hoje em dia o papel do educador físico é de suma importância para tudo isso,
pois ele auxilia os nutricionistas e os médicos como a forma da resolução dessas
doenças que estão afetando milhares de pessoas de diversas idades, como idosos,
jovens, adultos e até mesmo nossas crianças. Por isso o esporte na infância tem
uma grande importância. Mas este esporte não poderá ser passado de qualquer
forma e nem de qualquer jeito, ou fazer o simples fato de soltar uma bola para eles
brincarem ou montar uma rede de voleibol e deixá-los fazerem o que quiser, se for
desse jeito mais pra frente acarretará vários problemas, que vamos ver mais adiante.
O esporte de alto rendimento é prejudicial à saúde, diversas crianças
participam de campeonatos pela suas cidades ou seus times, então tem que tomar o
maior cuidado possível com as cargas de treinamento que será passado a esses
meninos e meninas que irão realizar a competição para que enfim esteja treinando,
além de ver seus movimentos se estão corretos observar o seu nível de
condicionamento físico, pois por elas ficariam o dia todo fazendo o que gostam,
alguns autores dizem que nosso corpo humano é uma máquina, mas essas
máquinas as vezes quebram, ficam defeituosas ou pode chegar até um certo ponto
que não funcionará mais, a atenção é essencial nesse certos pontos de treinamento
ou mesmo em algumas brincadeiras. (ALMEIDA; LAMARTINE, 2007)
O esporte deve ser propício de saúde, diversão, lazer e não para trazer
malefícios a adultos idosos ou crianças, tem que saber usá-lo, pois pode torná-lo um
27
pesadelo na vida das pessoas, e até acabarem com a carreira de profissionais de
Educação Física, técnicos, treinadores, preparadores entre outros.
O esporte foi criado há muito tempo, se estipula que a mais de quatro mil
anos, já passou por várias transformações, mudanças de regras, mas o mais
interessante é as criatividades das pessoas desenvolverem esse esporte até
chegarem a ser reconhecido mundialmente e começar a ser praticado pelos seres
humanos. Nos dias de hoje são muitos esportes, ninguém pode reclamar que não
tem o esporte que gostem, pois tem para todos os gostos e idades.
A paixão dos brasileiros é o futebol, mas não fica apenas aqui, é um dos
esportes mais praticados do mundo todo, e quando acontece a tão sonhada copa do
mundo, o Planeta Terra para pra poderem assistir, juntamente com as Olimpíadas
são os maiores eventos que temos em nosso Planeta.
Futebol é um esporte que se joga com os pés, tem apenas uma bola, e são
11 jogadores contra 11, dentro de um campo de futebol, podendo ter reservas para
fazer substituições. Muitas pessoas falam que para ver uma criança feliz é apenas
deixá-la com uma bola. Existem vários esportes, como, arco e flecha, artes marciais,
atletismo, badminton, basquete, beisebol, vôlei, futebol, futsal, tênis, golfe, ciclismo,
corrida de rua e entre outros, que são muitos. O esporte engloba todos os tipos de
pessoas, de criança a idosos, de pessoas normais até pessoas com deficiências
físicas ou mentais. (MEIER, 1981)
Para o esporte atingir as pessoas especiais e os idosos foi feito algumas
transformações no jeito de competir e nas regras das modalidades praticadas, com
isso não entra apenas a visão da saúde para essas pessoas, e sim o lado humano
de todos nós, em ver a felicidades deles se exercitando, trocando experiências com
os demais atletas, o sorriso na cara de cada um, e vendo que eles não estão
importando com o resultado e sim em estar praticando o esporte, cada final de prova
ter o prazer de falar que conseguiu realizar a prova ou o jogo. Isso sim é uma vitória
de um campeão e claro da vida. O esporte faz com que você aprenda que existem
regras e devem segui-las, faz com que tenha caráter, cultura, o entretenimento entre
todos. Não é a toa que as maiores marcas de roupas, tênis, relógios, cremes, óculos
e muitas mais estão em todos os esportes, pois reconhecem que a maior
propaganda para se fazer é em um atleta, e não são apenas marcas de objetos, são
também como os bancos, agências, uma campanha contra o racismo câncer ou algo
desse tipo. (ALMEIDA; CARVALHO, 2007)
28
O esporte na verdade virou um ótimo negócio para os dirigentes e
empresários, existe muito dinheiro em qualquer tipo de modalidade praticada, por
isso acontecem esses tipos de escândalos no esporte, querem passar por cima de
qualquer um sem se importa com a história que tenham e o limites que existem na
humanidade. O mundo do esporte de alto rendimento é muito sujo e corrupto,
fazendo com que pessoas boas se transformam em monstros e que amigos percam
a confiança que tinham antes de estarem no meio de todos esses problemas
existentes.
2.1 Os Benefícios do Esporte
A prática de atividades físicas e esportivas é reconhecida como relevante para o ser humano e para a sociedade em geral. Este conceito tem-se tornado mais amplo com a grande divulgação que se faz, atualmente, dos benefícios dessas atividades para o bem-estar das pessoas no âmbito físico, psicológico, cognitivo e social. (ALVES et al. 2012, p.1)
Na infância é essencial ter a combinação entre aprender utilizando a mente,
movimentar se utilizando o corpo e a satisfação das necessidades biológicas. Além
de suas atividades diárias, como, estudar, repouso, alimentações, tem que haver um
importante espaço para serem feitas algumas das atividades físicas.
O crescimento e desenvolvimento de crianças têm um grande pré-requisito,
sobre a atividade física promovendo uma vida ativa futuramente, e regularizando
todo o balanço do corpo.
O esporte proporciona alguns benefícios como no quadro a seguir.
Quadro 2. Benefícios que o esporte pode proporcionar.
(Continua)
1. Desenvolver competências motoras.
2. Ensinar cooperação.
3. Desenvolver aptidão física.
4. Desenvolver senso de realização e autoconceito positivo.
5. Desenvolver interesse e desejo de continuar praticando esportes durante toda
a vida.
6. Desenvolver identidades fortes e saudáveis.
7. Ajudar a desenvolver independência.
29
(Conclusão)
8. Promover e transmitir valores da sociedade.
9. Contribuir para o desenvolvimento moral.
10. Ter alegrias e diversões.
11. Desenvolver competências sociais.
12. Ajudar a reunir a família.
13. Ensinar o espírito esportivo.
14. Desenvolver habilidade de liderança
15. Desenvolver força, velocidade, resistência, coordenação e flexibilidade.
16. Ajudar a expressar emoções, imaginação e saber do que o corpo é capaz de
fazer.
17. Desenvolver autoconfiança e estabilidade emocional, tomar decisões e aceitar
responsabilidades.
18. Desenvolver iniciativa.
19. Ajudar a conhecer suas capacidades pela cooperação com os outros.
20. Ajudar a evitar o ingresso de crianças e adolescentes no mercado de
trabalho.
21. Ensinar a competir.
22. Ajudar a combater a criminalidade.
Fonte: BARBANTI, 2005
Hoje em dia grande parte das pessoas está deixando o esporte de lado, muito
pelo grande avanço da tecnologia é claro, mas com este esquecimento da prática
esportiva, estão deixando de ter os benefícios que são oferecidos por fazerem as
atividades físicas, seja dentro de um esporte ou não.
O mais correto é fazer os exercícios físicos diários, mas como sabemos da
vida corrida em que nós vivemos, cinco vezes na semana já ajudaria na questão de
saúde, fora o relaxamento do corpo e da mente que proporciona o esporte a todos
os seres humanos que vivem neste mundo estressante de ultimamente. Não são
apenas as crianças e os jovens que devem fazer atividade física, mas sim também
como os adultos e os idosos, para manterem uma vida boa e prosperar mais longos
anos de vida que terão pela frente, sempre mantendo o corpo e a mente sã. (ROSE
JUNIOR; KORSAKAS, 2009)
30
Ter a prática regular do exercício físico ajuda muito na autoestima do
indivíduo, ele começa a se sentir melhor com tudo que começar a fazer, seja no
trabalho, seu desempenho no esporte ou em sua vida pessoal, mantendo esta
regularidade consegue-se também melhorar sua capacidade mental, tendo seu
reflexo mais rápido, seu nível de concentração melhorado juntamente com a
memória bem mais apurada de como era sem fazer sua atividade física.
O esporte tem uma grande influência nas reduções de doenças, sendo
algumas:
a) O colesterol é uma dessas doenças, tendo sua prática esportiva ativa com
exercícios vigorosos tem o aumento do HDL (colesterol bom) no sangue,
com isto o risco de ter doenças cardíacas diminui.
b) A depressão que é uma doença mental, também é ajudada pelo esporte,
tendo a visão da melhoria do humor da pessoa além dela se relacionar com
outros, criando novas amizades e vendo que pode sim vencer essa batalha
contra a depressão e ter uma vida normal.
c) A diabetes também é uma das doenças que a atividade física ajuda a
acabar com ela, pois realizando os exercícios seja dentro de um esporte ou
não, regulariza a taxa de açúcar no sangue, diminuindo as chances da
pessoa ser diabética, ela já sendo diabética também tem o sucesso do
exercício envolvido na regularização da doença na pessoa.
A recomendação é de em média 60 minutos de exercício físico moderado e
pelo menos cinco vezes na semana, pois já teria um resultado para que possa vim à
melhoria nas crianças e adolescentes, os exercícios têm que ser de forma
descontraída, para ter a alegria nos rosto de todos, de preferência sempre uma
atividade lúdica, e fazendo com que todos se movimentam durante a prática
esportiva. (ROSE JUNIOR; KORSAKAS, 2009)
Nessa perspectiva, o esporte infantil também não se constitui como uma prática pedagógica isolada, mas está diretamente relacionado aos significados de infância expressos nas relações sociais estabelecida entre crianças e adultos ao longo dos tempos. (ROSE JUNIOR; KORSAKAS 2002)
2.2 O Papel do Treinador ou Professor.
Ao conhecer os aspectos que influenciam a vida de jovens talentos na iniciação esportiva, o papel do professor ou treinador é talvez o mais impor-
31
tante e indispensável em todo o processo que norteia o início promissor ou não de uma criança na vida esportiva. (COSTA; NOVIKOFF; TRIANI 2012)
O profissional de educação física estará diretamente ligado aos jovens atletas
que praticarão o esporte escolhido, principalmente no desenvolvimento físico e
motor.
Algumas posições tomadas pode haver danos na vida das crianças, não
apenas na questão física, como também nas competições que irão participar,
podendo ter alem da vitoria frustrações e alguns fracassos. Por outro lado o
professor ou treinador pode ser o espelho dos aprendizes, pois os seus pontos
positivos serão importantes para o desenvolvimento integral destes atletas. (COSTA;
NOVIKOFF; TRIANI, 2012)
As modalidades esportivas podem vir a ser um processo educacional,
gerando benefícios. O treinador deve sempre motivar seus alunos para que
busquem suas metas estipuladas, mostrando sempre a força e o poder do jogo
coletivo, e lembrando-os dos valores pessoais e sociais, os professores além de
desenvolver todos os treinamentos tendo preservar a amizade entre todos, darem
bons exemplos de educação e conduta, demonstrando sua capacidade de liderar e
comandar os seus atletas e desempenhar a melhor maneira possível dentro ou fora
do esporte. (MACEDO; XAVIER, 2010)
2.3 Os Riscos do Esporte na Infância.
Uma das maiores críticas em relação da pratica esportiva na infância é ser
dar atividades sem restrições. Isso diz principalmente a uma precocidade que os
atletas são submetidos ao processo de treinamento sistematizado, fazendo com que
possa ter efeitos negativos. (ALVES et al., 2012)
A especialização nesta fase ela é fundamental para proporcionar um melhor
desempenho e uma habilidade maior, já contradizendo essas especializações pode
colocar em risco os atletas a danos físicos, psicológicos e sociais. (ALVES et al.,
2012)
Alguns autores explicam que essa especialização traz os resultados em curto
prazo, priorizando vitorias do que uma iniciação esportiva com a promoção e a
incorporação de valores, não valorizando uma criança como ser criativo em
32
formação, pois priorizando isso não haverá o resultado em curto prazo. (ALVES et
al., 2012)
O esporte de alto-rendimento tem alguns riscos, e eles são: uma reduzida
participação em brincadeiras e jogos infantis, fazendo com que a criança tenha
medo de erras sentindo-se insegura e com sua alto-estima ameaçada, problemas
psicológicos, saturação excessiva e inadequada do esporte nesta faixa etária.
(ALVES et al., 2012)
2. 4 A Contribuição do Esporte na Sociedade
O esporte é um meio muito importante para mudar as vidas de muitas
pessoas, principalmente crianças e adolescentes, impulsionando-as a superar
obstáculos e a crescer com noções de solidariedade e respeito às diferenças. Além
de o esporte proporcionar todos os benefícios físicos que já falamos, ele também
vem a agregar na parte social da população, principalmente na infância. (BICKEL;
MARQUES; SANTOS, 2012)
Crianças que tem uma participação regularmente nos esporte venham a ter
uma relação muito boa com a sociedade, não só na questão de convivência, mas
sim com a educação, o aprendizado que se leva para toda a sua vida.
De acordo com Bickel, Marques e Santos (2012), o esporte está diretamente
ligado a escola, pois com essa aproximação dos adolescentes, o convívio na sala de
aula melhora a vontade de aprender, de estar curtindo com os amigos, poder dividir
as novas experiências aprendidas e se relacionando melhor com as pessoas do
ambiente. Tendo como uma recompensa o afastamento dessas crianças das
drogas, das ruas, da criminalidade e também da prostituição.
A dimensão que o esporte traz para a sociedade está muito grande, e passou
de suas expectativas, um exemplo disso é o número de cursos que estejam
disponíveis para a população. O esporte não está diretamente ligado a fins de
competições, mas sim para uma boa saúde física e mental, basta o individuo saber
praticar a modalidade e direcionar em sua mente a finalidade que o traz
Há um grande potencial de socialização que o esporte pode proporcionar, ele
pode ser a arma mais importante para combater os problemas sociais da
humanidade. Faz com que a criança ou o adolescente troque a rua pelo simples fato
de praticar uma atividade física.
33
Neste momento que entra o papel do educador físico, onde ele possa
trabalhar a mente desses garotos, mostrando o caminho correto que deve seguir,
deixando de lado às más companhias, exemplos ruins das ruas, a violência que é
mostrada nas televisões ou jornais. As vivências dos esportes estão cada vez
menor, pois a tecnologia está ocupando o lugar das atividades físicas.
Além dos vídeos games, computadores, tablet, celulares, o trabalho na
infância aumentou muito, a maioria desses adolescentes ajudam com o dinheiro que
recebem em sua própria casa ou para seus próprios consumos. Nesse mundo tão
corrido, muita gente se desgasta muito com o trabalho, às vezes chegando a sua
casa apenas a noite, sem ter tempo para sua família e o lazer. O esporte para esses
trabalhadores seria de suma importância para poderem aliviar suas tensões,
ajudaria muito na parte mental, mais também estaria cuidando de sua saúde física.
(BICKEL; MARQUES; SANTOS, 2012)
2.5 O Esporte como Meio Inclusivo
O esporte é um importante meio de promover a socialização, pois consegue
atingir valores tais como: amizade, coletivismo, solidariedade, fatores que se
destacam para vencer a pobreza. É uma maneira de ocupar o lugar da violência, por
uma competição controlada, em que o respeito à vida é elemento fundamental para
a sobrevivência humana. A procura do esporte por classes populares menos
favorecidas, residentes em periferias, lugares com um grande número de violência,
pode representar uma forma de autorrealização, de superação, por não ter uma
condição favorável e de direitos de cidadania plena. (MORAES, 2011, p.5)
O reconhecimento do esporte como meio de socialização positiva ou de inclusão social é revelado através do aumento no número de projetos esportivos destinados aos jovens das classes menos favorecidas, financiados ou não por instituições governamentais e privadas. (MORAES, 2011, p.5)
O esporte tem sido um grande aliado da política nacional na hora de divulgar
uma imagem positiva do Brasil para o mundo. Desenvolver o cidadão através de
práticas esportivas é um método que vem dando certo em todo o mundo e em nosso
território nacional. Afinal, não é de hoje que se escuta falar em crianças e
34
adolescentes que mudam suas vidas após participar de projetos sociais. (ANTONIO,
ALMEIDA, 2013)
Estes projetos são lançados para garantir direitos muitas vezes afastados dos
jovens menos favorecidos e procuram através do esporte um importante aliado para
a formação de crianças.
Os projetos sociais que possuem a prática esportiva tendem a impulsionar as
crianças e os jovens para o universo esportivo, sendo que eles existem com um
propósito de que gostem de atividades esportivas.
Para se ter sucesso os projetos que contem atividades esportivas como meio
de inclusão social, dependem de acordos entre: educadores, estudantes e famílias,
sendo primordial a definição dos valores, meios e expectativas do projeto.
O esporte vai muito além das disputas dentro dos estádios e ginásios, cada
vez mais cresce a sua importância como ferramenta de inclusão social, sendo
utilizado como instrumento pedagógico, integrando-se às finalidades gerais da
educação, do desenvolvimento das individualidades, da formação para a cidadania e
de orientação para as práticas sociais, possibilitando ao indivíduo alcançar princípios
e valores morais e éticos.
Segundo Brougère (1998), dentre as atividades físicas, o jogo é um espaço
social criado pela criança, determinando aprendizagem social e uma convenção
aceita por todos. O jogo não pode descartar a dimensão social da atividade humana,
pois ele não se compõe como uma dinâmica interna da criança e, sim, como uma
atividade dotada de uma significação social precisa, necessitando, portanto, de
aprendizagem.
Uma das dificuldades de aprendizagem encontrada pelo profissional de
Educação Física nas crianças e jovens carentes, são habitualmente atribuídas às
condições de vida, das famílias e das comunidades, em que vivem nas camadas
populares do município. (ANTONIO, ALMEIDA, 2013)
A prática esportiva é muito importante e contribui para formação das crianças
e os jovens proporcionando melhora principalmente na qualidade de vida e na
saúde.
Outra grande contribuição, é que, é considerada um meio de inclusão,
integração e convivência social, pois estarão se relacionando com outros indivíduos.
Os alunos que frequentam os projetos, podem se reconhecer e ir além do seu
potencial para crescer no esporte e na vida, trazendo conquistas no futuro, fazendo
35
do esporte um meio de formação profissional e pessoal.
Para o projeto ter êxito, é necessário que tenha profissionais bem
capacitados, bem unidos, que sejam capazes de observar a evolução dos alunos,
procurando sempre melhorar, para o projeto colher bons frutos.
36
CAPÍTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa caracteriza-se por um estudo observacional transversal do tipo
caso-controle, de abordagem qualitativa, pois utiliza conceitos, percepções e
informações das pessoas (coletas de dados: observações e entrevistas)
O estudo é observacional, porque só foi observado o dia-dia dos alunos no
CMEI e transversal pelo fato de ter sido observado por 2 meses.
Foi realizada no Centro Municipal de Educação Integrada (CMEI), na cidade
de Penápolis, sendo esta uma instituição da Secretaria de Educação da Prefeitura
Municipal.
O objetivo da pesquisa foi investigar a importância do esporte como meio de
inclusão social no Centro Municipal de Educação integrada (CMEI).
Sendo assim buscou-se verificar a importância do esporte na formação
integral da criança, reconhecendo o esporte como meio de socialização.
Participaram da pesquisa 20 alunos de ambos os gêneros, com faixa etária entre 6 e
11 anos, estudantes de 1º ao 5º ano do ensino fundamental, matriculados no
período da manhã no CMEI, crianças menos favorecidas, que vivem em locais de
risco.
Primeiramente foi encaminhado e solicitado autorização à direção (ANEXOS
A e B), para realizar a atividade no local da pesquisa, seguido de uma conversa com
os alunos, professores e monitores para a finalidade de esclarecer os procedimentos
da pesquisa e explicar o Termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO C).
Posteriormente foram elaborados os roteiros de estudo de caso (APÊNDICE
A), de observação sistemática (APÊNDICE B), as fichas de questões da entrevista
com professores, monitores (APÊNDICE C), com alunos (APÊNDICE D) e com a
coordenadora (APÊNDICE E).
3.1 O histórico do local de pesquisa
37
O Centro Municipal de Educação Integrada (CMEI), situado na Rua Campos
Sales, nº 500, Jardim Tóquio, na cidade de Penápolis, é uma instituição da
Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal.
Atualmente existem quatro CMEIs, localizados nas regiões periféricas da
cidade, utilizados como contra turno das escolas, que contam com diversos espaços
privilegiados como: piscina, área verde, lazer e horta. O trabalho é desenvolvido por
técnico agrícola, estagiários, monitores educacional, esportivo. A orientação de
estudo é o desenvolvimento da tarefa que é enviada da escola. As oficinas
curriculares desenvolvidas nos CMEIs são:
a) Atividade de Linguagem e de Matemática (Hora do conto e jogos
matemáticos)
b) Atividades Artísticas (Musica e artes)
c) Atividades Esportivas e Motoras (Natação, futebol, vôlei, basquete,
handebol, recreação)
d) Atividades de Participação Social (Saúde e Qualidade de Vida)
e) Orientação de Estudo e Pesquisa.
Os CMEIs anteriormente eram chamados de "Barracões Comunitários", os
quais iniciaram as atividades no ano de 1990, tendo por objetivo atender crianças e
adolescentes, que estivessem em risco social, com dificuldades escolares e que
fossem oriundos de famílias de baixa renda.
Em 13 de Junho de 2006, a Câmara Municipal de Penápolis aprovou a Lei
1398, dando nova denominação às unidades, agora chamadas de CMEI, que
buscam melhora da educação embasando a mudança social. Esse compromisso se
realiza, desde então de forma compartilhada com nossos educadores, crianças e
familiares da comunidade atendida.
Os CMEIs atendem prioritariamente crianças de 1º ao 5º ano do Ensino
Fundamental, tendo como principio a complementaridade de propósito de ações
entre escola, criança, família, comunidade e políticas públicas educacionais.
O trabalho desenvolvido nos CMEIs também objetiva desenvolver
integradamente com a unidade escolar os aspectos, afetivos, psíquicos, intelectuais
e sociais da criança, sendo também:
a) Atitudes e valores nas crianças,
b) Sociabilidade, cultura da paz,
c) Capacidade criativa,
38
d) Estimular o potencial cognitivo,
e) Propiciar uma atitude positiva frente ao conhecimento e a vontade de
aprender,
f) Incentivar o desenvolvimento da autonomia, autocrítica,
g) Que a criança se reconheça como sujeito ativo, participante dentro do
CMEI e
h) Convivência Social.
A Convivência social é resultado da aquisição de um conjunto de
aprendizagens básicas, são pré requisitos para as demais aprendizagens que irão
se acrescentar ao longo da vida. Parecem que são adquiridas naturalmente, não
precisando ser ensinadas. No entanto, nem todos têm a oportunidade de aprendê-
las no seu cotidiano e justamente merecem atenção especial nossa, dos
educadores. (PENÁPOLIS, 2012)
3.2 Relatos de trabalhos realizados
Para a realização da pesquisa, utilizaram-se os seguintes métodos e técnicas:
3.2.1 Métodos de estudo observacional transversal do tipo caso-controle
Foi realizado estudo de caso, no Centro Municipal de Educação Integrada,
localizado à Rua Campos Sales, nº 500 na cidade de Penápolis – SP, com 20
crianças de ambos os gêneros e com faixa etária variando de 06 a 11 anos de
idades, analisando aspectos voltados para a inclusão social e o esporte na infância
3.2.2 Observação Sistemática
Foram observados, analisados e acompanhados os procedimentos aplicados
aos alunos que frequentaram diariamente o CMEI, as aulas são ministradas por
vários profissionais da área, englobando aulas voltadas para ciências, dança,
educação, esporte, lazer, saúde, recreação, dando suporte para desenvolvimento do
Estudo de Caso.
39
3.2.3 Técnicas
Roteiro de Estudo de Caso (APÊNDICE A)
Roteiro de Observação Sistemática (APÊNDICE B)
Roteiro de Entrevista com professores (APÊNDICE C)
Roteiro de Entrevista com alunos (APÊNDICE D)
Roteiro de Entrevista com a coordenadora (APÊNDICE E)
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO A)
3.3 Desenvolvimento de atividades
Durante os dois meses de observação pode-se verificar que os alunos
passaram por várias atividades sendo elas: Orientação de estudos; Esportes;
Natação; Dança; Capoeira, Brinquedoteca; Recreação e Lazer; Hora do conto e
Ciências, saúde e ambiente.
Foi interessante perceber que a convivência, integração e inclusão social
estavam presentes nas atividades, principalmente as ligadas ao esporte. A
conscientização do grupo de professores, quanto a importância da inclusão social e
o esporte na infância, pois a convivência, integração e inclusão social fazem parte
da proposta pedagógica e curricular do projeto no CMEI.
3.3.1 Orientação de Estudos e Hora do Conto
Nesta aula os alunos desenvolvem com a ajuda da Monitora Educacional e
estagiária, as tarefas enviadas pela professora da escola.
Quando os alunos não têm tarefa, a monitora desenvolve atividades para
melhorar o ensino e aprendizagem dos alunos, propondo atividades para cada aluno
de acordo com a sua série.
Na hora do conto os alunos fazem leitura de livros, gibis, entre outros, em
busca de conhecimento e aperfeiçoamento do ler e escrever.
3.3.2 Esportes
40
Nas atividades esportivas os alunos aprendem alguns esportes tais como:
Futsal, Futebol de Campo, Vôlei, Basquete, Handebol, Tênis de Mesa e até mesmo
atletismo.
Os esportes assim como outras atividades têm um propósito na vida do ser
humano, cada um com o seu objetivo e maneira de ser trabalhado, cabem ao
profissional melhor desenvolvê-la.
Os objetivos dos esportes são: Alcançar o desenvolvimento integral do
indivíduo, com o desenvolvimento dos quatro pilares da educação: Saber, Fazer, Ser
e Conviver, para a formação de competências à cidadania plena, na busca da
convivência, integração inclusão e transformação social.
3.3.3 Natação
Nas aulas de natação, a professora procura ministrar aulas progressivas,
começa com um reconhecimento do meio líquido, para as crianças irem se
acostumando, para mais à frente, tornar capaz de se deslocar através de
movimentos efetuados no meio liquido.
As aulas de natação assim como os demais esportes, possuem benefícios
que são importantes para as crianças e adolescentes que estão em
desenvolvimento, Por movimentar quase todos os músculos e articulações do corpo,
a prática desse esporte, pode ser considerada um dos melhores exercícios físicos,
trazendo ótimos benefícios para o organismo, ajudando a melhorar a coordenação
motora, além de ser recomendada para pessoas com problemas respiratórios,
também é a atividade física indicada para crianças menores de 3 anos.
3.3.4 Dança e aulas de Flauta
A partir deste ano os alunos foram contemplados com nova atividade no
projeto, as aulas de dança.
Nessas aulas as crianças, puderam aprender um pouco do universo da dança
e da musicalidade, absorvendo passos e ritmos com músicas coreografadas pela
professora, tornando um ambiente mais agradável e socializável pelas crianças.
41
Nas aulas de flauta ministradas pelo professor, os alunos puderam aprender a
tocar e manusear a flauta, realizaram apresentações em diversos lugares, levando
ao conhecimento de outras pessoas uma das atividades desenvolvidas no CMEI.
3.3.5 Capoeira
Nas aulas iniciais a professora explicou sobre a origem, história da capoeira
para os alunos e depois nas outras aulas, foram passados os passos iniciais e
aprenderam a tocar um pouco dos instrumentos utilizados para a prática da
capoeira.
Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras artes
marciais é a sua musicalidade. Os praticantes aprendem não apenas a lutar e a
jogar, mas também a tocar os instrumentos típicos e a cantar. (BRASIL, 2011)
Os principais objetivos da capoeira são:
- Estimula e desenvolve aptidões físicas naturais, através do movimento
espontâneo;
- Desenvolve as aptidões perceptivas como meio de ajustamento do comportamento
psicomotor;
- Propicia o desenvolvimento das qualidades físicas, objetivando a adaptação
orgânica ao esforço físico;
- Estimula a capacidade de expressão individual por meio de movimentos criativos;
- Contribui para a formação e desenvolvimento de hábitos salutares;
- Favorece a socialização;
- Desenvolve o gosto pela música e a criatividade relacionadas ao meio instrumental
e pela própria necessidade para o desenvolvimento dessa qualidade;
- Igualdade de participação entre meninos e meninas sem faixa etária específica.
(BRASIL, 2011)
3.3.6 Brinquedoteca
No projeto existe uma sala com uma imensa variedade de jogos, para todos
os gostos, gêneros, idade, para os alunos terem uma variedade de atividades.
Nela os alunos aprendem, a partir dos jogos, sabendo dividir os brinquedos e
se socializando com as demais crianças.
42
3.3.7 Recreação e Lazer
É uma prática lúdica onde a participação busca ser prazerosa e produzir no
individuo ou na sociedade um movimento de mudança positiva, de renovação, um
revigorar da mente ou do corpo, ou ainda de ambos. (SILVEIRA, 2010)
Nas aulas de recreação os alunos se divertem livremente, nas áreas de lazer
do CMEI, sempre com a supervisão dos professores, monitores e estagiários, para
que não ocorra algo grave.
3.3.8 Ciências, saúde e ambiente.
As crianças aprendem a se limpar, terem boa postura, ter higiene, cuidar de
uma horta, de um jardim, de plantas, plantarem, colherem, protegerem e cuidarem
do meio ambiente.
O professor ensina a importância do meio ambiente em nossas vidas,
alertando que se devem proteger as florestas, as matas para termos um ambiente
limpo, longe de destruição, queimadas, extinção, melhorando o ar que respiramos.
Os alunos aprendem muitas coisas importantes nesta aula, eles gostam muito
dos ensinamentos que o educador proporciona-os.
3.4 Depoimentos de profissionais
As atividades desenvolvidas no CMEI, principalmente as aulas de Educação
Física, contribuem para o desenvolvimento físico, psíquico e social das crianças.
As atividades físicas e desportivas têm especial importância para o
desenvolvimento integral das crianças e as capacita a lidar com suas necessidades
e expectativas bem como: as necessidades e expectativas de terceiros, favorece o
desenvolvimento individual e social, a formação da cidadania, cria obrigações,
estimula a personalidade intelectual e física e oferece chances reais de integração
social.
Nós do CMEI, nos preocupamos com a inclusão desde o
momento em que é efetuada a matrícula, procurando conhecer
43
a história de cada aluno. Ao recebermos esses alunos,
procuramos meios para oferecer um ambiente acolhedor, onde
cada um possa se sentir bem e se expressar. Realizamos
rodas de conversa, onde ocorre muita troca de informação,
crescimento e de valorização de cada um. Tudo isso tem
refletido positivamente no convívio social como um todo.
No dia-a-dia, notamos que a relação entre os alunos melhorou
bastante, no respeito mútuo, na construção de regras que
orienta as atividades e também no trato com os colegas,
professores e funcionários. Na família tivemos relatos de pais,
afirmando que a criança apresentou melhora significativa no
convívio familiar, após frequentar o CMEI. (ENCARREGADA,
54 anos.)
Notávamos que ao chegar ao CMEI, alguns alunos chegavam
tímidos, calados, que não socializavam bem e no decorrer das
aulas esportivas e nas outras aulas, mostravam avanços e
melhoras em seu relacionamento com os colegas e
professores. Sendo o ambiente frequentado um lugar
agradável e que gere confiança, o aluno terá tudo para
progredir. (MONITORA EDUCACIONAL, 38 anos)
O esporte tem uma grande função na vida de qualquer pessoa,
através do esporte, além de se sentir valorizada, poderá levar
isso para o seu futuro e assim melhoras sua qualidade de vida.
(EDUCADORA FÍSICA, 26 anos)
Ao passar a frequentar o CMEI, realizar as aulas esportivas e
as demais, as crianças passam a ficar mais confiantes em si,
de suas capacidades e o prazer em realizá-las, assim
melhorando seu comportamento no meio social, sendo
importante na sua vida. (MONITOR, 39 anos)
O interesse pelo esporte proporciona uma mudança
comportamental, a partir do momento que a criança toma
consciência de seu próprio corpo e de sua capacidade de
aprendizado, elevando-se assim, sua autoestima. (MONITORA
ESPORTIVA, 51 anos.)
44
3.5 Depoimentos de alunos
A partir desta pesquisa, das entrevistas e conversas com os alunos que
frequentam regularmente podemos observar que o projeto é de suma importância
para a vida delas, com ele podem ter suas vidas transformadas, ficando longe de
drogas, estupros, prostituições, violências, vandalismos, devido morar em locais de
risco, pois se não frequentassem o projeto, provavelmente ficariam nas ruas,
enquanto seus pais estivessem trabalhando para darem uma vida melhor e mais
digna.
Ao final da entrevista, foi perguntado a cada aluno se ele gostaria de deixar
um depoimento (opcional) falando a respeito da sua vida após frequentar o projeto.
O projeto é muito legal, pois com ele posso desenvolver as
minhas atividades escolares junto à professora e promove
ações para me tornar uma pessoa melhor. (Aluno de 11 anos).
O CMEI é muito legal e importante na minha vida, quando eu
parar de frequentar vou sentir muitas saudades, pois me
ajudou a se tornar uma criança melhor, ajudou a me socializar
com as outras crianças, professores e demais funcionários.
(Aluno de 10 anos).
O CMEI me ajudou em diversas coisas, a respeitar, obedecer,
e aprendi diversas coisas que vão ser importantes para minha
vida. (Aluna de 10 anos).
Eu gosto do projeto por que ele me ajudou muito, na minha
vida escolar, nos esportes e me ensinou o que eu não sabia.
(Aluna de 11 anos).
O CMEI é um lugar que diversas atividades legais, importantes
para nossa vida, têm coisas que eu não fazia antes, que agora
eu faço: brincar, alimentação correta, meus amigos da escola
não ligavam para mim, agora que comecei a frequentar o
CMEI, estou me socializando melhor com as outras pessoas e
agora gostam de ficar próximo de mim. (Aluna de 10 anos).
Eu gosto do projeto, ele é muito importante para mim, aprendi
novas atividades, fiz amizades, aprendi a tocar flauta, cuidar da
45
natureza, através das aulas de ciência e meio ambiente,
agradeço ao projeto. (Aluna de 10 anos).
Eu gosto do CMEI, pois temos diversas atividades, que na
escola não tem, ou que não tenho acesso e condições em
realizar a parte. (Aluna de 8 anos).
Eu gosto muito do CMEI, aprendi várias coisas, muito obrigado
ao projeto. (Aluno de 6 anos).
De acordo com os depoimentos dos alunos, pode-se perceber que, eles
gostam de estar ali participando das atividades propostas e o projeto contribuiu em
suas vidas.
3.6 Discussão
A partir desse estudo de observação, pode-se perceber que o projeto é de
suma importância na vida dessas crianças, pois adquirem conhecimentos, a partir
das atividades realizadas, ensinamentos que poderão levar para a vida toda.
De acordo com Bickel, Marques e Santos (2012), o esporte está diretamente
ligado a escola, pois com essa aproximação dos adolescentes, o convívio na sala de
aula melhora a vontade de aprender, de estar curtindo com os amigos, poder dividir
as novas experiências aprendidas e se relacionando melhor com as pessoas do
ambiente. Tendo como uma recompensa o afastamento dessas crianças das
drogas, das ruas, da criminalidade e também da prostituição.
Os projetos que tem como principal objetivo a inclusão social, socialização a
partir do esporte que andam lado a lado com a vida escolar do individuo, vem
crescendo em números, tanto nas cidades, estados e países. Se eles vêm
crescendo é por que estão dando os resultados esperados.
Antonio e Almeida (2012), afirmam que desenvolver o cidadão através de
práticas esportivas é um método que vem dando certo em todo o mundo e em nosso
território nacional. Afinal, não é de hoje que se escuta falar em crianças e
adolescentes que mudam suas vidas após participar de projetos sociais.
Os projetos sociais devem focar ainda mais a importância da inclusão social,
para seus participantes, para melhorar ainda mais a vida dessas pessoas menos
favorecidas que fazem do esporte uma maneira de alcançar melhores condições de
46
vida, superar barreiras, para obter o sucesso, mas não é só isso que o esporte pode
oferecer.
Praticar esporte é gerar mais saúde, mais equilíbrio e é principalmente um
importante meio para capacitar pessoas, mostrando-as que são capazes, a serem
inseridas na sociedade, alcançando assim a inclusão social.
Segundo Paulo Freire, que foi um educador, pedagogo e filósofo brasileiro,
afirma que se aprende com as diferenças e não com as igualdades, assim a inclusão
social acontece.
3.7 Parecer final do caso
Com base no que foi observado ao longo dessa pesquisa no projeto do CMEI,
foi possível verificar que as atividades desenvolvidas no CMEI, principalmente as
esportivas, têm importância para o processo de inclusão social e formação dos
indivíduos que dele participam.
Após realizar as entrevistas e depoimentos dos alunos e profissionais,
constatou-se que o projeto ajudou, deu suporte, melhorou significativamente a
convivência das crianças, tanto entre elas, como também entre os profissionais do
local.
A partir de relatos dos pais à encarregada do projeto, também foi importante
para que o resultado da nossa pesquisa fosse positivo.
47
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Após a realização da pesquisa, foi possível verificar que as atividades
desenvolvidas no CMEI são muito importantes no desenvolvimento integral dos
alunos, que através das atividades vivenciadas nas aulas de Educação Física, ponto
principal da nossa pesquisa, as crianças têm a oportunidade de socializarem, para
serem inseridos na sociedade, desenvolver responsabilidades, fazer escolhas, tomar
decisões e desenvolver suas capacidades e habilidades específicas ponto chave
para um futuro de sucesso.
Propõe-se, portanto que os professores e monitores que trabalham no projeto:
Preocupem-se no decorrer das atividades realizadas, buscando sempre, trabalhar a
inclusão social.
a) Sempre falar da importância da socialização, para conviver
socialmente, não só dentro do projeto, mas em qualquer lugar que
estiver; isso deve ser levado para vida toda.
b) Desenvolver atividades que trabalhem os aspectos afetivos dos alunos.
c) Que observem as dificuldades de interação com os demais alunos e
realizem um trabalho mais vigoroso nas áreas de maior dificuldade do
aluno.
48
CONCLUSÃO
Dentro dos métodos de pesquisa aplicados, pode se concluir que as
atividades desenvolvidas no CMEI, são importantes para as crianças que nele
participam, pois adquirem conhecimentos, a partir das atividades realizadas,
ensinamentos que poderão levar para a vida toda.
O projeto tem papel fundamental na vida dos indivíduos que dele participam,
promove o desenvolvimento físico, psíquico e social, tem uma grande variedade de
atividades desenvolvidas, ligadas a educação e ao esporte, que se desenvolve nas
relações em grupo, e possibilita a consciência da própria força física e moral além de
desenvolver as competências técnicas, sociais e comunicativas essenciais para o
processo de desenvolvimento individual e social da criança, possibilitando a inclusão
social.
O esporte, além de ter como princípio o desenvolvimento físico e saúde, serve
também para a aquisição de valores necessários para a coesão social.
Com essa pesquisa pôde-se ter a certeza, da necessidade dessas crianças
frequentarem o projeto, devido aos riscos do ambiente em que vivem que são
prejudiciais as suas vidas, que podem ser destruídas para sempre, o que não
queremos que aconteça com essas e outras crianças, pois são o futuro da
sociedade.
A escolha desse tema foi muito importante, pois projetos sociais vêm
crescendo em grande escala, a maioria dos projetos que são criados, tem como
objetivo principal a socialização, inclusão através do esporte, ponto chave da nossa
pesquisa.
Provando ainda mais a eficácia e a verídica importância de um projeto social
ligado a prática esportiva.
49
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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52
APÊNDICES
53
APÊNDICE A – ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO
1 INTRODUÇÃO
Será realizado um estudo de caso com um grupo de alunos com idade de 06
a 11 anos, matriculados no projeto do CMEI, com os objetivos de investigar a
importância do esporte como meio de inclusão social, verificar a importância do
esporte na formação integral da criança e reconhecer o esporte como meio de
socialização.
1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado
O estudo será realizado através de entrevistas para os professores,
coordenador e alunos.
1.2 Discussão
Confronto entre a teoria (referencial teórico dos primeiros capítulos) e a
prática aplicada para se obter os resultados propostos.
1.3 Parecer final sobre o caso e as sugestões sobre a manutenção ou as
modificações de procedimentos.
54
APÊNDICE B - ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO SISTEMATICA
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Local: Centro Municipal de Educação Integrada - CMEI
Data: 15/08/2014.
II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
- A socialização, interação e a convivência de: alunos x alunos, alunos x
professores, alunos x funcionários.
- Participação dos alunos nas atividades diárias do CMEI.
- O desenvolvimento e aprendizagem dos alunos em relação às atividades voltadas
para a área motora e social.
- As experiências vivenciadas dentro das atividades esportivas.
- Possíveis transformações na socialização das crianças durante a rotina no CMEI.
55
APÊNDICE C - ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA OS PROFESSORES
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
NOME:
IDADE:
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:
ESPECIALIZAÇÃO:
DATA DE ADMISSÃO NA INSTITUIÇÃO:
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1) Em suas aulas, você procura desenvolver atividades inclusivas, para os
alunos?
2) Os alunos se socializam bem?
3) Para você o esporte praticado na infância é considerado um meio de
inclusão?
4) Como o esporte pode fazer a diferença na vida dos jovens de classes menos
favorecidas?
5) Foi possível verificar alguma mudança no cotidiano do aluno que frequenta as
aulas de esporte em relação ao trato com os colegas, professores e família?
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APÊNDICE D - ROTEIRO DE ENTREVISTA COM ALUNOS
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
NOME:
IDADE:
SÉRIE:
ESCOLA:
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1) Você se socializa bem com os seus amigos de projeto?
2) Durante as práticas esportivas, você se preocupa em ajudar seus colegas que
tem dificuldade em executar as atividades?
3) Em que o projeto tem contribuído para a sua formação como cidadão?
4) O esporte tem transformado a sua vida de alguma maneira?
5) Depois que você entrou para o projeto e começou a praticar as atividades
esportivas, verificou alguma mudança na sua maneira de tratar os seus colegas,
professores e as pessoas da sua família?
57
APÊNDICE E - ROTEIRO DE ENTREVISTA COM O COORDENADOR
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
NOME:
IDADE:
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:
ESPECIALIZAÇÃO:
DATA DE ADMISSÃO NA INSTITUIÇÃO:
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1) O CMEI se preocupa com a inclusão social de seus alunos?
2) Todos os alunos que participam do projeto na sala de aula participam das
atividades esportivas?
3) Para você o esporte é considerado um meio de inclusão?
4) Foi possível verificar alguma mudança no cotidiano do aluno que frequenta as
aulas de iniciação desportiva em relação ao trato com os colegas, professores e com
a família?
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ANEXOS
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ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA A ENCARREGADA.
AUTORIZAÇÃO
Venho por meio desta, solicitar autorização para que Antonio Bernardino Gomes Junior e Gabriel Alonso Caputo, alunos regularmente matriculados no 7º semestre do curso de Educação Física do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins-SP, realizem nesta instituição, seu trabalho de conclusão de curso, intitulado “A Inclusão Social e o esporte na infância: um estudo de caso no Centro Municipal de Educação Integrada de Penápolis - SP”. Os alunos estarão sob minha orientação e o objetivo principal da pesquisa é investigar a importância do esporte como meio de inclusão social.
A pesquisa não apresenta riscos e os resultados poderão servir para auxiliar no processo de desenvolvimento individual e social da criança, possibilitando a inclusão social.
___________________________
Ana Claudia de Souza Costa Profª Orientadora
Ilmo(a) Sr(a). Maria Conceição Alexandrino da Silva Encarregado (a) do Centro Municipal de Educação Integrada
60
ANEXO B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA A CHEFE.
AUTORIZAÇÃO
Venho por meio desta, solicitar autorização para que Antonio Bernardino Gomes Junior e Gabriel Alonso Caputo, alunos regularmente matriculados no 7º semestre do curso de Educação Física do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins-SP, realizem nesta instituição, seu trabalho de conclusão de curso, intitulado “A Inclusão Social e o esporte na infância: um estudo de caso no Centro Municipal de Educação Integrada de Penápolis - SP”. Os alunos estarão sob minha orientação e o objetivo principal da pesquisa é investigar a importância do esporte como meio de inclusão social.
A pesquisa não apresenta riscos e os resultados poderão servir para auxiliar no processo de desenvolvimento individual e social da criança, possibilitando a inclusão social.
___________________________ Ana Claudia de Souza Costa Profª Orientadora
Ilmo(a) Sr(a). Maria Francisca Bonini Manzano Chefe do Centro Municipal de Educação Integrada
61
ANEXO C-TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA O RESPONSÁVEL DOS ALUNOS NO CMEI
Eu, Maria Conceição Alexandrino da Silva, encarregada do CMEI, portadora do RG Nº 17362983; declaro ter sido informada e concordo em autorizar os alunos, mencionados abaixo, a participar como voluntários, no projeto de pesquisa “A Inclusão Social e o esporte na infância: um estudo de caso no Centro Municipal de Educação Integrada de Penápolis - SP", o objetivo principal da pesquisa é investigar a importância do esporte como meio de inclusão social.
A pesquisa não apresenta riscos e os resultados poderão servir para auxiliar no processo de desenvolvimento individual e social da criança, possibilitando a inclusão social.
ALUNOS:
Adrian Murilo da Silva Costa Allan Maike da Silva Ana Caroline Matheus Beatriz Medeiros Bianca Medeiros Breno Henrique Matheus Danilo Miron Santos Ezequiel Aparecido R. de Queiroz Felipe Eduardo M. Fernandes Geovana Parpinelli Ribeiro
Higor Alonso Quinhones Jaiane Rodrigues Leite João Paulo de Souza Carvalho Kauã da Silva Ferreira Lauana Parpinelli Ribeiro Lívia Alonso Pizzani Luana Francisca R. de Queiroz Maria Eduarda R. de Abreu Vitória Alberto Vitória Miron dos Santos
Penápolis,_______de___________________________de________.
________________________________ Maria Conceição Alexandrino da Silva
Encarregada do CMEI
_______________________ _______________________ Testemunha 1 Testemunha 2