A Industrialização Brasileira-Geografia

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Geografia A Industrializaç ão Brasileira Paulo Cezar – 2008208028 Diogo Inácio - 2006208036 Belém/Pará 23 de Dezembro de 2010

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Geografia

A Industrialização

Brasileira

Paulo Cezar – 2008208028

Diogo Inácio - 2006208036

Belém/Pará 23 de Dezembro de 2010

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SUMÁRIO

CARACTERISTICAS GERAIS...........................................................................pg. 3

INDUSTRIALIZAÇÃO PRÉ-1930.....................................................................pg. 4

INDUSTRIALIZAÇÃO PÓS-1930.....................................................................pg. 4

PRINCIPAIS SETORES...................................................................................pg. 5

FASES DA INDUSTRIALIZAÇÃO.....................................................................pg. 5

A INDUSTRIA NA ATUALIDADE (PÓS-1930)..................................................pg. 6

ABERTURA COMERCIAL.................................................................................pg. 6

PRIVATIZAÇÕES............................................................................................pg. 7

BIBLIOGRAFIA..............................................................................................pg. 8

Características Gerais

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O processo de expansão industrial no Brasil foi intensificando nas décadas de 1940 e 1950. A partir da segunda metade dos anos 50, o setor industrial passou a ser o carro-chefe da economia no país. Durante o período colonial, pelas regras da política econômica mercantilista, não podia ser implantada no Brasil nenhuma atividade produtiva que competisse com as atividades da metrópole ou que prejudicasse seus interesses comerciais. Em 1785 o governo português proibiu formalmente o funcionamento de fabricas na colônia, para não atrapalhar a venda de tecidos e roupas comercializadas por portugueses no Brasil. Os primeiros esforços importantes para a industrialização aconteceram no Império.

Durante o Segundo Reinado, empresários brasileiros, como Irineu Evangelista de Souza e grupos estrangeiros investiram em estradas de ferro, empresas de transporte urbano e gás, bancos e seguradoras. A política econômica oficial, porem, continuava a privilegiar a agricultura exportadora. No final do século XIX e inicio do XX, as indústrias brasileiras, em sua maioria, não passavam de pequenas pelarias, serrarias, moinhos de trigo, fiações e fabricas de bebida e de conserva. O país importava matérias-primas, máquinas equipamentos e grande parte dos bens de consumo.

Os efeitos da quebra da bolsa de Nova York sobre a agricultura cafeeira e as mudanças geradas pela Revolução de 1930 mudaram o eixo da política econômica, que assumiu um caráter mais nacionalista e industrialista.

As medidas concretas para a industrialização foram tomadas durante o Estado Novo. As dificuldades causadas pela Segunda Guerra Mundial ao comercio internacional favoreceram essa estratégia de substituição de importações. Em 1946 começou a operar o primeiro alto-forno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. A Petrobrás foi criada em outubro de 1953.

O nacionalismo da era Vargas foi substituído pelo desenvolvimentismo do governo Juscelino Kubstischek (1956 a 1961). Atraindo o capital estrangeiro e estimulando o capital nacional com incentivos fiscais e financeiros e medidas de proteção do mercado interno, JK implantou a indústria de bens de consumo durareis, como eletrodomésticos e veículos, com o objetivo de multiplicar o numero de fabricas de peças e componentes. Ampliou os serviços de infra-estruturas, como transporte e fornecimento de energia elétrica. Com os investimentos externos e internos, estimulou a diversificação da economia nacional, aumentando a produção de maquinas e equipamentos pesados para mecanização agrícola, fabricação de fertilizantes, frigoríficos, transporte ferroviário e construção naval. No inicio dos anos 60 o setor industrial superou a media de crescimento dos demais setores da economia brasileira

Indústria Pré-1930

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Enquanto o Brasil foi colônia de Portugal (1500 a 1822) não houve desenvolvimento industrial em nosso país. As atividades agrícolas e o extrativismo absorviam os poucos capitais e a mão-de-obra, naquele período. A metrópole proibia o estabelecimento de fábricas em nosso território, para que os brasileiros consumissem os produtos manufaturados portugueses. Mesmo com a chegada da família real (1808) e a Abertura dos Portos às Nações Amigas, o Brasil continuou dependente do exterior, porém, a partir deste momento, dos produtos ingleses.

Indústria Pós-1930

Começo da industrialização  

Foi somente no final do século XIX que começou o desenvolvimento industrial no Brasil. Muitos cafeicultores passaram a investir parte dos lucros, obtidos com a exportação do café, no estabelecimento de indústrias, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Eram fábricas de tecidos, calçados e outros produtos de fabricação mais simples. A mão-de-obra usada nestas fábricas era, na maioria, formada por imigrantes italianos.

Era Vargas

A Revolução de 1930 foi um divisor de águas no processo brasileiro de industrialização. Com Getúlio Vargas na Presidência da República tem início reconhecimento de uma realidade industrial, traduzida na criação do Ministério do Trabalho, das leis sociais e de sindicalização

Foi durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) que a indústria brasileira ganhou um grande impulso. Vargas teve como objetivo principal efetivar a industrialização do país, privilegiando as indústrias nacionais, para não deixar o Brasil cair na dependência externa. Com leis voltadas para a regulamentação do mercado de trabalho, medidas protecionistas e investimentos em infra-estrutura, a indústria nacional cresceu significativamente nas décadas de 1930-40 onde na década de 1940, pela primeira vez o valor da produção industrial brasileira ultrapassou o da produção agrícola. Porém, este desenvolvimento continuou restrito aos grandes centros urbanos da região sudeste, provocando uma grande disparidade regional.

Durante este período, a indústria também se beneficiou com o final da Segunda Guerra Mundial (1939-45), pois, os países europeus, estavam com suas indústrias arrasadas, necessitando importar produtos industrializados de outros países, entre eles o Brasil.

Outro passo importante no sentido de uma industrialização autônoma foi a instituição do monopólio estatal do petróleo, mediante a criação da Petrobrás por meio da lei 2.004, de 3 de outubro de 1953. A descoberta do lençol petrolífero do Lobato, na Bahia, em 1937, propiciou um grande desenvolvimento das indústrias ligadas à produção de gêneros derivados do petróleo (borracha sintética, tintas, plásticos, fertilizantes, etc.).

Período JK

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Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960) o desenvolvimento industrial brasileiro ganhou novos rumos e feições. JK abriu a economia para o capital internacional, atraindo indústrias multinacionais. Foi durante este período que ocorreu a instalação de montadoras de veículos internacionais (Ford, General Motors, Volkswagen e Willys) em território brasileiro. 

Principais Setores

Energia Transportes Siderúrgicas

Fases da industrialização

1º Período: Proibição (1500-1808)

Nessa época era proibido qualquer tipo de atividade industrial que pudesse fazer concorrência as indústrias da metrópole (Portugal), as únicas produções permitidas eram as de calçados, vasilhames e fiação para uso dos escravos.

2° Período: Implantação (1808-1930)

1° fase: Abertura dos portos ao comércio exterior e insentivos fiscais a indústria de têxtil, porem faltava trabalhadores livres e assalariados.

2º fase:

Proibição do tráfico intercontinental de escravos; Cafeicultura estava em pleno desenvolvimento; Primeira guerra mundial foi favorável ao nosso crescimento indústria.

3º Período: Revolução Industrial (1930-1956)

Forte investimento na criação da infra-estrutura industrial; grande êxodo rural, devido a crise do café; Redução das importações em função da crise mundial e da 2ª Guerra

Mundial.

4º Período: Internacionalização (1956 em diante)

Criação do Plano de Metas; Criação do Plano Real; Apoio à micro e pequena indústria; Entrada de capital estrangeiro atraído pelos programas de

privatizações de estatais.

A Indústria na Atualidade (Pós 1990)

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Após consecutivas crises econômicas, atualmente o Brasil possui uma boa base industrial, sendo considerado um dos países mais industrializados do mundo, ocupando o 15º lugar nesse seguimento em escala global, produzindo diversos produtos como, por exemplo, automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios industrializados, eletrodomésticos, etc.

A intensificação da indústria brasileira faz com que o país possua um enorme e variado parque industrial que produz desde bens de consuma à tecnologia de ponta. Apesar disso, a indústria nacional ainda é dependente, em alguns setores, (informática, por exemplo) de tecnologia externa.

A configuração como país industrializado não reflete na realidade nacional, isso porque a industrialização não ocorre de forma homogenia no país, isso quer dizer que se encontra irregularmente distribuída no território; porém vem acontecendo gradualmente uma descentralização industrial, ou seja, a implantação de indústrias em outras regiões do país, e não só na Região Sudeste. Regiões que não se encontravam no "mapa" de empregos agora oferecem centenas de empregos, a mão-de-obra está sendo procurada em estados que antes as pessoas se viam obrigadas a virem para São Paulo, a fim de trabalharem.

Abertura comercial

A abertura comercial brasileira trouxe resultados positivos e negativos. O consumidor brasileiro, hoje, tem uma variedade muito maior de produtos a escolher. A qualidade aumentou, muitos preços baixaram e os produtos tornaram-se mais acessíveis. Algumas indústrias tecnologicamente defasadas se modernizaram, tornaram-se internacionalmente competitivas e passaram a destinar parte da sua produção ao mercado internacional. Outras não se saíram tão bem, simplesmente não suportaram a concorrência internacional, fecharam as portas e demitiram trabalhadores. Portanto, podemos tirar duas conclusões disso tudo:

I. A situação do consumidor brasileiro melhorou com a abertura da economia;

II. Houve piora da situação do trabalhador com o aumento do desemprego.

O balanço final pode ser discutível, mas uma coisa é certa: a abertura era necessária e tinha de, mais cedo ou mais tarde, acontecer. As nações que mais crescem, hoje, no mundo, têm suas economias voltadas para as exportações. Não é mais possível conceber uma nação rica, desenvolvida e, ao mesmo tempo, fechada para o comércio internacional.

Com relação à abertura comercial brasileira, é possível questionar a forma como foi implementada. Talvez, se tivesse sido conduzida de maneira diferente, os resultados poderiam ter sido melhores. Todavia, é insustentável o argumento de que essa não é a melhor estratégia de desenvolvimento para o país.

Privatizações

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A partir do início da década de 1990, ocorreu a venda do controle de mais de 100 empresas e concessionárias de serviços públicos. Foi importante porque diminuiu a participação do Estado na economia e tornou os serviços mais eficientes e baratos. Também serviu para recuperar empresas que caminhavam para a falência.

A Embraer, a Companhia Vale do Rio Doce, o sistema Telebrás (composto por 27 empresas de telefonia fixa e 26 de telefonia celular), a Light e Companhia Siderúrgica Nacional certamente estão entre os negócios mais vultosos do processo nacional. Vale lembrar que bancos estaduais foram federalizados e, em seguida, passados ao controle privado. Além disso, vários estados comandaram seus próprios processos de desestatização.

Até 2005, os negócios ultrapassaram 90 bilhões de dólares. Há ainda ganhos adicionais facilmente percebidos, como transferência de dívidas para os novos donos, além de outras vantagens de difícil contabilização, como aumento de arrecadação - fruto dos novos investimentos e do conseqüente crescimento do faturamento das companhias.

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Bibliografia:

Economia brasileira; José Márcio, Rosa Maria (2005)

Privatização, abertura e desindexação: a primeira metade dos anos 90; Lavínia Barros

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/privatizacoes/01.html

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