A industrialização brasileira pós 2ª guerra

31
GEOGRAFIA PROFESSORA CAROLINA CORRÊA

Transcript of A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Page 2: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Industrialização brasileira

pós Segunda Guerra

Page 3: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Até o séc. XVIII e o início do XIX, o

Brasil permaneceu atado aos interesses da

metrópole, sofrendo barreiras ao nosso

desenvolvimento industrial.

Page 4: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

O café, porém, permitiu a acumulação

de capital que serviu para implantar toda

infra-estrutura necessária ao impulso da atividade industrial.

Page 5: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Vários foram os fatores que

contribuíram para a intensificação da

indústria brasileira, dentre os principais:

crescimento acelerado dos grandes centros

urbanos derivado do fenômeno do êxodo

rural, promovido pela queda do café. A partir

dessa migração houve um grande aumento

de consumidores, apresentando a

necessidade de produzir bens de consumo

para a população.

Page 6: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Havia também grande disponibilidade

de mão-de-obra imigrante liberada dos

cafezais e produção de energia elétrica.

Além disso, com o colapso econômico

mundial, diminuiu a entrada de mercadorias

que competiriam com as nacionais.

Page 7: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Estes fatores foram fundamentais para

o processo de industrialização de SP, além

de áreas dos estados do RJ, RS e MG.

A maior parte das indústrias era de

bens de consumo, com destaque para

indústrias têxteis e alimentícias.

Page 8: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

A indústria de bens de produção

dedica-se à produção de máquinas e

equipamentos pesados destinados às

fábricas.

A produção de alimentos, vestuário,

utensílios domésticos e aparelhos

eletrônicos cabe à indústria de bens de

consumo.

Page 9: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

A indústria de produtos intermediários

transforma matérias-primas em produtos

para outras indústrias. É o caso da

siderúrgia, da petroquímica de base e da

indústria de materiais de construção. O

plástico, a borracha, o vidro, o papel e os

componentes eletrônicos, dentre outros, são

exemplos de produtos dessa indústria.

Page 10: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Em 1930 Getúlio Vargas adota uma

política industrializante, a substituição de

mão-de-obra imigrante pela nacional. Essa

mão-de-obra era formada no Rio de Janeiro

e São Paulo em função do êxodo rural e dos

movimentos migratórios de nordestinos.

Page 11: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

De 1930 a 56 a industrialização

caracterizou-se por uma estratégia

governamental de implantação de estatais

de bens de produção e infraestrutura. Ex.:

siderurgia (CSN),

Conselho nacional do

petróleo, extração

mineral (CVRD)

e produção de energia

hidrelétrica (Chesf).

Page 12: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Além de fornecer os bens de produção

e serviços as industrias privadas, o governo

prestava esse serviço por preços mais

baixos.

Essa medida visava o fortalecimento

do parque industrial brasileiro, uma política

fortemente nacionalista.

Page 13: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Foi no governo Getúlio Vargas (1930-

45) que iniciou a adoção de medidas fiscais

e cambiais.

Que medidas foram estas???

Page 14: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

As duas principais medidas foram a

desvalorização da moeda nacional em

relação ao dólar, encarecendo o produto

importado, e a implantação de leis e

tributos que restringiam ou proibiam a

importação de produtos que pudessem ser

fabricados internamente.

Page 15: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Ao final da Segunda Guerra Mundial o

Brasil dispunha de grandes reservas de

moeda estrangeira, divisas, fruto de ter

exportado mais do que importado.

Houve um crescimento de 8,9% de

1946 a 1950.

Page 16: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Em 1946 teve início a

produção de aço da CSN

(Companhia Siderúrgica

Nacional), Volta Redonda,

que abriu perspectivas para

o desenvolvimento

industrial do pais, já que o

aço constitui a base ou a

"matriz" para vários ramos

ou tipos de indústrias.

Page 17: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Depois da Guerra a Europa não tinha

condições de exportar produtos

industrializados, pois todo o continente se

encontrava totalmente devastado pelo

confronto armado, então o Brasil teve que

incrementar o seu parque industrial e

realizar a conhecida industrialização por

substituição de exportação.

Page 18: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Com a saída de Getúlio Vargas,

Gaspar Dutra assumiu em 1946 e instituiu o

Plano Salte.

Do que se tratava este plano???

Page 19: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Mas houve forte mudança na política

econômica do país com a abertura a

importação e boa parte das reservas

acumuladas ao longo da Segunda Guerra

foram utilizadas. Isso levou a

desvalorização do cruzeiro, dos salários e a

inflação.

Page 20: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Em 1951 Getúlio volta ao poder e

dedica-se a criação da Petrobrás e do

BNDES.

O próximo governo (56-61) de

Juscelino criou o Plano de Metas (50 anos

em 5). Neste plano 73% dos investimentos

foram para energia e transporte. Com o

crescimento da infra-estrutura veio o

ingresso de capital estrangeiro e

crescimento da produção industrial.

Page 21: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Houve um grande crescimento da

indústria de bens de produção que cresceu

370%

O crescimento da indústria de bens de

produção refletiu-se principalmente nos

seguintes setores:

siderúrgico e metalúrgico (automóveis);

químico e farmacêutico;

construção naval.

Page 22: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Foi nesse período que ocorreu em

maior escala a internacionalização da

economia brasileira com a participação de

empresas multinacionais, num processo de

substituição de importações.

Page 23: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

O plano de metas resultou num

significativo aumento da inflação e da dívida

externa.

A concentração das indústrias no

sudeste fez o governo federal criar as

superintendências de desenvolvimento.

(sudene, sudam, sudeco, sudesul) todas

extintas ou transformadas em agências de

desenvolvimento a partir de 1990).

Page 24: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Durante o governo de João Goulart

(Jango, 61-64) houve aumento da inflação e

do desemprego e redução nas taxas de

crescimento que ocasionaram várias

greves.

O Estado investe preferencialmente em

setores que beneficiam as empresas

privadas como o da construção de usinas e

rodovias.

Page 25: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

No período militar o Brasil foi de 43º

PIB para 9º PIB, houve um grande

crescimento do parque industrial e os

setores de energia, transporte e

comunicação se modernizaram.

Esse crescimento foi as custas de

empréstimos o que elevou a dívida externa

de 3,7 para 95 bilhões.

Page 26: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Concentração e

Desconcentração das

Indústrias

Page 27: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Conjunto de fatores que levam determinada

indústria a localizar-se em determinado ponto ou área

geográfica. Em termos gerais as indústrias tendem a

localizar-se em lugares onde o fornecimento, produção e

distribuição dos produtos acarretem os menores custos

possíveis.

Page 28: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

1930: A concentração espacial da indústria

do Brasil encontrava-se na Região Sudeste.

Sudeste (80,7%), Sul (12%), Nordeste

(5,7%), Norte (1%) e Centro-Oeste (0,6%).

1970: Desconcentração no sentido das

capitais para o interior de cada Estado e no

sentido Sudeste para as outras regiões.

Page 29: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Sudeste e Sul (próximo à Argentina,

Paraguai e Uruguai) são as duas regiões

com o maior número de empresas e

trabalhadores empregados do Brasil.

Hoje: Sudeste (49,6%), Sul (28,9%),

Nordeste (12,1%), Norte (3,1%) e Centro-

Oeste (6,3%).

A oferta de mão de obra qualificada fora

da Região Sudeste, geralmente com

menores salários.

Page 30: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

Os incentivos fiscais ofertados por outros

estados e municípios (guerra fiscal);

O abandono de áreas tradicionais, de

elevados custos de produção;

Uma menor organização sindical dos

trabalhadores nas cidades de pequeno e

médio porte (o que permite manter baixos

salários ou concentração sem registro em

carteira de trabalho).

Page 31: A industrialização brasileira pós 2ª guerra

SENE, Eustáquio de & MOREIRA, João Carlos.

Geografia Geral e do Brasil, volume 3. são

Paulo: Scipione, 2010.

MARTINS, Acácio. Disponivel em:

<http://www.slideshare.net/karolpoa/savedfiles

/?s_title=cap-4-a-industrializao-

brasileira&user_login=profacacio>. Acesso

em:

Referências