A INFLUÊNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOÇÃO DO … · A Meus parceiros de monografia “Jãozim” e...

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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Arthur Arimori João Cunha Braga Netto Rodrigo Inácio de Lima A INFLUÊNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOÇÃO DO LACTATO SANGUÍNEO E RECUPERAÇÃO DO ORGANISMO Laboratório de Análise do Esforço Físico - Lins LINS-SP 2010

Transcript of A INFLUÊNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOÇÃO DO … · A Meus parceiros de monografia “Jãozim” e...

UNISALESIANO

Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Arthur Arimori

Joatildeo Cunha Braga Netto

Rodrigo Inaacutecio de Lima

A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO

DO LACTATO SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO

DO ORGANISMO

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico - Lins

LINS-SP

2010

ARTHUR ARIMORI

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO DO LACTATO

SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO DO ORGANISMO

Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Banca examinadora do Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica sob a orientaccedilatildeo da Profordf Esp Gisele de Barros Silva e orientaccedilatildeo teacutecnica da Profordf Esp Ana Beatriz de Lima

LINS-SP

2010

Arimori Arthur Neto Joatildeo Cunha Braga Lima Rodrigo Inaacutecio A influecircncia da crioterapia na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo e

recuperaccedilatildeo do organismo Arimori Arthur Neto Joatildeo Cunha Braga Lima Rodrigo Inaacutecio ndash ndash Lins 2010

41p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndash UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2010

Orientadores Giseli de Barros Silva Ana Beatriz Lima

1 Crioterapia 2 Recuperaccedilatildeo do organismo 3Lactato I Tiacutetulo

CDU 796

N196a

ARTHUR ARIMORI

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO DO LACTATO

SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO DO ORGANISMO

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

para obtenccedilatildeo do titulo de Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aprovada em _______________

Profordm Orientador Gisele de Barros Silva

Titulaccedilatildeo Especialista em Fisiologia do Exerciacutecio

Assinatura _____________________________

1ordm Prof (a) _____________________________________________________

Titulaccedilatildeo______________________________________________________

______________________________________________________________

Assinatura _____________________________

2ordm Prof (a) _____________________________________________________

Titulaccedilatildeo______________________________________________________

______________________________________________________________

Assinatura _____________________________

DEDICATOacuteRIA

Para que nossa vida tenha um caminho menos difiacutecil eacute fundamental ter

pessoas que nos ajude auxilie e nos motive a enfrentar os obstaacuteculos Entatildeo hoje

natildeo poderia deixar de dedicar este trabalho a todos que contribuiacuteram para que

meu caminho torna-se menos difiacutecil familiares amigos voluntaacuterios professores

e a DEUS

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

Dedico este trabalho a minha famiacutelia pelos esforccedilos luta e motivaccedilatildeo a

minha namorada que me apoiou durante este periacuteodo de faculdade e aos meus

alunos que fizeram parte da minha trajetoacuteria A meus parceiros de monografia

ldquoTuirdquo e rdquoRonaldinhordquo e todos os voluntaacuterios

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

Dedico este trabalho de conclusatildeo a minha matildee Beatriz pelo carinho

apoio e por acreditar em meu potencial nesse momento especial em minha

vida A meus irmatildeos Gustavo e Guilherme que fizeram parte de minha

trajetoacuteria A meus amigos aqueles que estiveram ao meu lado nos momentos de

confraternizaccedilotildees A minha namorada Fernanda que muito me apoiou nesse

periacuteodo final de faculdade A Meus parceiros de monografia ldquoJatildeozimrdquo e

ldquoRonaldinhordquo esses caras foram essenciais para esse trabalho sem eles essa

dedicatoacuteria natildeo seria escrita

ARTHUR ARIMORI

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares que

esteve presente quando precisamos Agradecemos tambeacutem aos nossos amigos e

colegas de turma os voluntaacuterios as nossas namoradas que nos aguumlentaram

durante este periacuteodo Natildeo poderiacuteamos deixar de agradecer tambeacutem os

funcionaacuterios da instituiccedilatildeo especialmente os professores e as nossas

orientadoras Gisele e Bia que esteve junto a noacutes nesta reta final A todos muito

obrigado

ARTHUR ARIMORI

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

RESUMO

A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo

ABSTRACT

Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours

Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29

Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29

Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os

grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)

30

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ATP ndash Adenosina Trifosfato

CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida

FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca

LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico

LAer ndash Limiar Aeroacutebio

LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo

LFT ndash Lactato Final Tabata

LR ndash Lactato Repouso

L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos

GA ndash Grupo Ativo

GC ndash grupo Crioterapia

GP ndash Grupo Passivo

JT1 ndash Jump Test 1

JT2 ndash Jump Test 2

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

1 CONCEITOS PRELIMINARES 12

11 Crioterapia 12

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13

113 Benefiacutecios da Crioterapia 13

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17

13 Pliometria 18

131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18

132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20

15 Composiccedilatildeo corporal 21

2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23

21 Condiccedilatildeo ambiental 23

22 Sujeitos 24

23 Material 24

24 Testes 25

241 Medidas antropomeacutetricas 25

242 Composiccedilatildeo corporal 25

243 Pliometria 25

244 Tabata 26

245 Jump Test 26

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27

25 Procedimentos

251 Recuperaccedilatildeo passiva

252 Recuperaccedilatildeo ativa

27

28

28

253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28

26 Anaacutelise estatiacutestica 29

3 RESULTADOS 29

4 DISCUSSAtildeO 30

5 CONCLUSAtildeO 34

REFEREcircNCIAS 35

APEcircNDICE 40

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de

quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo

explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores

resultados

Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de

treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os

componentes

Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo

poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de

homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo

de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al

(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do

corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a

instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo

programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho

mas sobretudo nos mais elevados

Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos

treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre

quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece

quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade

como por exemplo um trote lento ou uma caminhada

O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo

sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees

(FERREIRA 2003)

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras

teacutecnicas como a massagem e a crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a

recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo

utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir

a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo

11

para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e

jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para

tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica

conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de

recuperaccedilatildeo do atleta

A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em

atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo

praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte

os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a

retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia

com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma

diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e

permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da

crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do

tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos

danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)

Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que

causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um

dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem

sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo

com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a

limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave

quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar

A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios

com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo

No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de

Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido

muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo

A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de

testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do

Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia

tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem

sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

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36

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37

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38

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39

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

ARTHUR ARIMORI

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO DO LACTATO

SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO DO ORGANISMO

Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Banca examinadora do Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica sob a orientaccedilatildeo da Profordf Esp Gisele de Barros Silva e orientaccedilatildeo teacutecnica da Profordf Esp Ana Beatriz de Lima

LINS-SP

2010

Arimori Arthur Neto Joatildeo Cunha Braga Lima Rodrigo Inaacutecio A influecircncia da crioterapia na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo e

recuperaccedilatildeo do organismo Arimori Arthur Neto Joatildeo Cunha Braga Lima Rodrigo Inaacutecio ndash ndash Lins 2010

41p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndash UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2010

Orientadores Giseli de Barros Silva Ana Beatriz Lima

1 Crioterapia 2 Recuperaccedilatildeo do organismo 3Lactato I Tiacutetulo

CDU 796

N196a

ARTHUR ARIMORI

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO DO LACTATO

SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO DO ORGANISMO

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

para obtenccedilatildeo do titulo de Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aprovada em _______________

Profordm Orientador Gisele de Barros Silva

Titulaccedilatildeo Especialista em Fisiologia do Exerciacutecio

Assinatura _____________________________

1ordm Prof (a) _____________________________________________________

Titulaccedilatildeo______________________________________________________

______________________________________________________________

Assinatura _____________________________

2ordm Prof (a) _____________________________________________________

Titulaccedilatildeo______________________________________________________

______________________________________________________________

Assinatura _____________________________

DEDICATOacuteRIA

Para que nossa vida tenha um caminho menos difiacutecil eacute fundamental ter

pessoas que nos ajude auxilie e nos motive a enfrentar os obstaacuteculos Entatildeo hoje

natildeo poderia deixar de dedicar este trabalho a todos que contribuiacuteram para que

meu caminho torna-se menos difiacutecil familiares amigos voluntaacuterios professores

e a DEUS

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

Dedico este trabalho a minha famiacutelia pelos esforccedilos luta e motivaccedilatildeo a

minha namorada que me apoiou durante este periacuteodo de faculdade e aos meus

alunos que fizeram parte da minha trajetoacuteria A meus parceiros de monografia

ldquoTuirdquo e rdquoRonaldinhordquo e todos os voluntaacuterios

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

Dedico este trabalho de conclusatildeo a minha matildee Beatriz pelo carinho

apoio e por acreditar em meu potencial nesse momento especial em minha

vida A meus irmatildeos Gustavo e Guilherme que fizeram parte de minha

trajetoacuteria A meus amigos aqueles que estiveram ao meu lado nos momentos de

confraternizaccedilotildees A minha namorada Fernanda que muito me apoiou nesse

periacuteodo final de faculdade A Meus parceiros de monografia ldquoJatildeozimrdquo e

ldquoRonaldinhordquo esses caras foram essenciais para esse trabalho sem eles essa

dedicatoacuteria natildeo seria escrita

ARTHUR ARIMORI

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares que

esteve presente quando precisamos Agradecemos tambeacutem aos nossos amigos e

colegas de turma os voluntaacuterios as nossas namoradas que nos aguumlentaram

durante este periacuteodo Natildeo poderiacuteamos deixar de agradecer tambeacutem os

funcionaacuterios da instituiccedilatildeo especialmente os professores e as nossas

orientadoras Gisele e Bia que esteve junto a noacutes nesta reta final A todos muito

obrigado

ARTHUR ARIMORI

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

RESUMO

A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo

ABSTRACT

Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours

Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29

Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29

Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os

grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)

30

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ATP ndash Adenosina Trifosfato

CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida

FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca

LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico

LAer ndash Limiar Aeroacutebio

LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo

LFT ndash Lactato Final Tabata

LR ndash Lactato Repouso

L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos

GA ndash Grupo Ativo

GC ndash grupo Crioterapia

GP ndash Grupo Passivo

JT1 ndash Jump Test 1

JT2 ndash Jump Test 2

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

1 CONCEITOS PRELIMINARES 12

11 Crioterapia 12

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13

113 Benefiacutecios da Crioterapia 13

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17

13 Pliometria 18

131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18

132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20

15 Composiccedilatildeo corporal 21

2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23

21 Condiccedilatildeo ambiental 23

22 Sujeitos 24

23 Material 24

24 Testes 25

241 Medidas antropomeacutetricas 25

242 Composiccedilatildeo corporal 25

243 Pliometria 25

244 Tabata 26

245 Jump Test 26

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27

25 Procedimentos

251 Recuperaccedilatildeo passiva

252 Recuperaccedilatildeo ativa

27

28

28

253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28

26 Anaacutelise estatiacutestica 29

3 RESULTADOS 29

4 DISCUSSAtildeO 30

5 CONCLUSAtildeO 34

REFEREcircNCIAS 35

APEcircNDICE 40

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de

quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo

explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores

resultados

Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de

treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os

componentes

Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo

poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de

homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo

de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al

(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do

corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a

instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo

programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho

mas sobretudo nos mais elevados

Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos

treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre

quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece

quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade

como por exemplo um trote lento ou uma caminhada

O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo

sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees

(FERREIRA 2003)

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras

teacutecnicas como a massagem e a crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a

recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo

utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir

a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo

11

para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e

jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para

tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica

conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de

recuperaccedilatildeo do atleta

A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em

atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo

praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte

os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a

retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia

com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma

diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e

permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da

crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do

tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos

danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)

Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que

causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um

dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem

sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo

com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a

limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave

quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar

A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios

com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo

No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de

Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido

muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo

A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de

testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do

Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia

tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem

sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

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37

HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

38

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

Arimori Arthur Neto Joatildeo Cunha Braga Lima Rodrigo Inaacutecio A influecircncia da crioterapia na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo e

recuperaccedilatildeo do organismo Arimori Arthur Neto Joatildeo Cunha Braga Lima Rodrigo Inaacutecio ndash ndash Lins 2010

41p il 31cm

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndash UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2010

Orientadores Giseli de Barros Silva Ana Beatriz Lima

1 Crioterapia 2 Recuperaccedilatildeo do organismo 3Lactato I Tiacutetulo

CDU 796

N196a

ARTHUR ARIMORI

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO DO LACTATO

SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO DO ORGANISMO

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

para obtenccedilatildeo do titulo de Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aprovada em _______________

Profordm Orientador Gisele de Barros Silva

Titulaccedilatildeo Especialista em Fisiologia do Exerciacutecio

Assinatura _____________________________

1ordm Prof (a) _____________________________________________________

Titulaccedilatildeo______________________________________________________

______________________________________________________________

Assinatura _____________________________

2ordm Prof (a) _____________________________________________________

Titulaccedilatildeo______________________________________________________

______________________________________________________________

Assinatura _____________________________

DEDICATOacuteRIA

Para que nossa vida tenha um caminho menos difiacutecil eacute fundamental ter

pessoas que nos ajude auxilie e nos motive a enfrentar os obstaacuteculos Entatildeo hoje

natildeo poderia deixar de dedicar este trabalho a todos que contribuiacuteram para que

meu caminho torna-se menos difiacutecil familiares amigos voluntaacuterios professores

e a DEUS

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

Dedico este trabalho a minha famiacutelia pelos esforccedilos luta e motivaccedilatildeo a

minha namorada que me apoiou durante este periacuteodo de faculdade e aos meus

alunos que fizeram parte da minha trajetoacuteria A meus parceiros de monografia

ldquoTuirdquo e rdquoRonaldinhordquo e todos os voluntaacuterios

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

Dedico este trabalho de conclusatildeo a minha matildee Beatriz pelo carinho

apoio e por acreditar em meu potencial nesse momento especial em minha

vida A meus irmatildeos Gustavo e Guilherme que fizeram parte de minha

trajetoacuteria A meus amigos aqueles que estiveram ao meu lado nos momentos de

confraternizaccedilotildees A minha namorada Fernanda que muito me apoiou nesse

periacuteodo final de faculdade A Meus parceiros de monografia ldquoJatildeozimrdquo e

ldquoRonaldinhordquo esses caras foram essenciais para esse trabalho sem eles essa

dedicatoacuteria natildeo seria escrita

ARTHUR ARIMORI

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares que

esteve presente quando precisamos Agradecemos tambeacutem aos nossos amigos e

colegas de turma os voluntaacuterios as nossas namoradas que nos aguumlentaram

durante este periacuteodo Natildeo poderiacuteamos deixar de agradecer tambeacutem os

funcionaacuterios da instituiccedilatildeo especialmente os professores e as nossas

orientadoras Gisele e Bia que esteve junto a noacutes nesta reta final A todos muito

obrigado

ARTHUR ARIMORI

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

RESUMO

A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo

ABSTRACT

Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours

Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29

Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29

Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os

grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)

30

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ATP ndash Adenosina Trifosfato

CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida

FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca

LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico

LAer ndash Limiar Aeroacutebio

LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo

LFT ndash Lactato Final Tabata

LR ndash Lactato Repouso

L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos

GA ndash Grupo Ativo

GC ndash grupo Crioterapia

GP ndash Grupo Passivo

JT1 ndash Jump Test 1

JT2 ndash Jump Test 2

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

1 CONCEITOS PRELIMINARES 12

11 Crioterapia 12

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13

113 Benefiacutecios da Crioterapia 13

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17

13 Pliometria 18

131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18

132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20

15 Composiccedilatildeo corporal 21

2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23

21 Condiccedilatildeo ambiental 23

22 Sujeitos 24

23 Material 24

24 Testes 25

241 Medidas antropomeacutetricas 25

242 Composiccedilatildeo corporal 25

243 Pliometria 25

244 Tabata 26

245 Jump Test 26

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27

25 Procedimentos

251 Recuperaccedilatildeo passiva

252 Recuperaccedilatildeo ativa

27

28

28

253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28

26 Anaacutelise estatiacutestica 29

3 RESULTADOS 29

4 DISCUSSAtildeO 30

5 CONCLUSAtildeO 34

REFEREcircNCIAS 35

APEcircNDICE 40

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de

quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo

explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores

resultados

Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de

treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os

componentes

Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo

poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de

homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo

de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al

(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do

corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a

instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo

programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho

mas sobretudo nos mais elevados

Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos

treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre

quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece

quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade

como por exemplo um trote lento ou uma caminhada

O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo

sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees

(FERREIRA 2003)

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras

teacutecnicas como a massagem e a crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a

recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo

utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir

a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo

11

para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e

jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para

tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica

conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de

recuperaccedilatildeo do atleta

A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em

atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo

praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte

os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a

retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia

com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma

diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e

permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da

crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do

tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos

danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)

Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que

causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um

dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem

sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo

com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a

limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave

quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar

A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios

com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo

No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de

Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido

muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo

A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de

testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do

Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia

tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem

sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

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36

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

ARTHUR ARIMORI

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO DO LACTATO

SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO DO ORGANISMO

Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium

para obtenccedilatildeo do titulo de Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aprovada em _______________

Profordm Orientador Gisele de Barros Silva

Titulaccedilatildeo Especialista em Fisiologia do Exerciacutecio

Assinatura _____________________________

1ordm Prof (a) _____________________________________________________

Titulaccedilatildeo______________________________________________________

______________________________________________________________

Assinatura _____________________________

2ordm Prof (a) _____________________________________________________

Titulaccedilatildeo______________________________________________________

______________________________________________________________

Assinatura _____________________________

DEDICATOacuteRIA

Para que nossa vida tenha um caminho menos difiacutecil eacute fundamental ter

pessoas que nos ajude auxilie e nos motive a enfrentar os obstaacuteculos Entatildeo hoje

natildeo poderia deixar de dedicar este trabalho a todos que contribuiacuteram para que

meu caminho torna-se menos difiacutecil familiares amigos voluntaacuterios professores

e a DEUS

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

Dedico este trabalho a minha famiacutelia pelos esforccedilos luta e motivaccedilatildeo a

minha namorada que me apoiou durante este periacuteodo de faculdade e aos meus

alunos que fizeram parte da minha trajetoacuteria A meus parceiros de monografia

ldquoTuirdquo e rdquoRonaldinhordquo e todos os voluntaacuterios

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

Dedico este trabalho de conclusatildeo a minha matildee Beatriz pelo carinho

apoio e por acreditar em meu potencial nesse momento especial em minha

vida A meus irmatildeos Gustavo e Guilherme que fizeram parte de minha

trajetoacuteria A meus amigos aqueles que estiveram ao meu lado nos momentos de

confraternizaccedilotildees A minha namorada Fernanda que muito me apoiou nesse

periacuteodo final de faculdade A Meus parceiros de monografia ldquoJatildeozimrdquo e

ldquoRonaldinhordquo esses caras foram essenciais para esse trabalho sem eles essa

dedicatoacuteria natildeo seria escrita

ARTHUR ARIMORI

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares que

esteve presente quando precisamos Agradecemos tambeacutem aos nossos amigos e

colegas de turma os voluntaacuterios as nossas namoradas que nos aguumlentaram

durante este periacuteodo Natildeo poderiacuteamos deixar de agradecer tambeacutem os

funcionaacuterios da instituiccedilatildeo especialmente os professores e as nossas

orientadoras Gisele e Bia que esteve junto a noacutes nesta reta final A todos muito

obrigado

ARTHUR ARIMORI

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

RESUMO

A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo

ABSTRACT

Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours

Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29

Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29

Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os

grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)

30

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ATP ndash Adenosina Trifosfato

CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida

FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca

LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico

LAer ndash Limiar Aeroacutebio

LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo

LFT ndash Lactato Final Tabata

LR ndash Lactato Repouso

L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos

GA ndash Grupo Ativo

GC ndash grupo Crioterapia

GP ndash Grupo Passivo

JT1 ndash Jump Test 1

JT2 ndash Jump Test 2

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

1 CONCEITOS PRELIMINARES 12

11 Crioterapia 12

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13

113 Benefiacutecios da Crioterapia 13

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17

13 Pliometria 18

131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18

132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20

15 Composiccedilatildeo corporal 21

2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23

21 Condiccedilatildeo ambiental 23

22 Sujeitos 24

23 Material 24

24 Testes 25

241 Medidas antropomeacutetricas 25

242 Composiccedilatildeo corporal 25

243 Pliometria 25

244 Tabata 26

245 Jump Test 26

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27

25 Procedimentos

251 Recuperaccedilatildeo passiva

252 Recuperaccedilatildeo ativa

27

28

28

253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28

26 Anaacutelise estatiacutestica 29

3 RESULTADOS 29

4 DISCUSSAtildeO 30

5 CONCLUSAtildeO 34

REFEREcircNCIAS 35

APEcircNDICE 40

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de

quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo

explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores

resultados

Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de

treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os

componentes

Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo

poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de

homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo

de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al

(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do

corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a

instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo

programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho

mas sobretudo nos mais elevados

Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos

treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre

quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece

quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade

como por exemplo um trote lento ou uma caminhada

O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo

sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees

(FERREIRA 2003)

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras

teacutecnicas como a massagem e a crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a

recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo

utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir

a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo

11

para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e

jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para

tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica

conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de

recuperaccedilatildeo do atleta

A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em

atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo

praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte

os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a

retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia

com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma

diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e

permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da

crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do

tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos

danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)

Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que

causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um

dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem

sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo

com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a

limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave

quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar

A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios

com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo

No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de

Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido

muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo

A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de

testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do

Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia

tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem

sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
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  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

DEDICATOacuteRIA

Para que nossa vida tenha um caminho menos difiacutecil eacute fundamental ter

pessoas que nos ajude auxilie e nos motive a enfrentar os obstaacuteculos Entatildeo hoje

natildeo poderia deixar de dedicar este trabalho a todos que contribuiacuteram para que

meu caminho torna-se menos difiacutecil familiares amigos voluntaacuterios professores

e a DEUS

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

Dedico este trabalho a minha famiacutelia pelos esforccedilos luta e motivaccedilatildeo a

minha namorada que me apoiou durante este periacuteodo de faculdade e aos meus

alunos que fizeram parte da minha trajetoacuteria A meus parceiros de monografia

ldquoTuirdquo e rdquoRonaldinhordquo e todos os voluntaacuterios

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

Dedico este trabalho de conclusatildeo a minha matildee Beatriz pelo carinho

apoio e por acreditar em meu potencial nesse momento especial em minha

vida A meus irmatildeos Gustavo e Guilherme que fizeram parte de minha

trajetoacuteria A meus amigos aqueles que estiveram ao meu lado nos momentos de

confraternizaccedilotildees A minha namorada Fernanda que muito me apoiou nesse

periacuteodo final de faculdade A Meus parceiros de monografia ldquoJatildeozimrdquo e

ldquoRonaldinhordquo esses caras foram essenciais para esse trabalho sem eles essa

dedicatoacuteria natildeo seria escrita

ARTHUR ARIMORI

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares que

esteve presente quando precisamos Agradecemos tambeacutem aos nossos amigos e

colegas de turma os voluntaacuterios as nossas namoradas que nos aguumlentaram

durante este periacuteodo Natildeo poderiacuteamos deixar de agradecer tambeacutem os

funcionaacuterios da instituiccedilatildeo especialmente os professores e as nossas

orientadoras Gisele e Bia que esteve junto a noacutes nesta reta final A todos muito

obrigado

ARTHUR ARIMORI

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

RESUMO

A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo

ABSTRACT

Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours

Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29

Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29

Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os

grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)

30

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ATP ndash Adenosina Trifosfato

CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida

FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca

LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico

LAer ndash Limiar Aeroacutebio

LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo

LFT ndash Lactato Final Tabata

LR ndash Lactato Repouso

L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos

GA ndash Grupo Ativo

GC ndash grupo Crioterapia

GP ndash Grupo Passivo

JT1 ndash Jump Test 1

JT2 ndash Jump Test 2

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

1 CONCEITOS PRELIMINARES 12

11 Crioterapia 12

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13

113 Benefiacutecios da Crioterapia 13

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17

13 Pliometria 18

131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18

132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20

15 Composiccedilatildeo corporal 21

2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23

21 Condiccedilatildeo ambiental 23

22 Sujeitos 24

23 Material 24

24 Testes 25

241 Medidas antropomeacutetricas 25

242 Composiccedilatildeo corporal 25

243 Pliometria 25

244 Tabata 26

245 Jump Test 26

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27

25 Procedimentos

251 Recuperaccedilatildeo passiva

252 Recuperaccedilatildeo ativa

27

28

28

253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28

26 Anaacutelise estatiacutestica 29

3 RESULTADOS 29

4 DISCUSSAtildeO 30

5 CONCLUSAtildeO 34

REFEREcircNCIAS 35

APEcircNDICE 40

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de

quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo

explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores

resultados

Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de

treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os

componentes

Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo

poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de

homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo

de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al

(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do

corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a

instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo

programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho

mas sobretudo nos mais elevados

Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos

treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre

quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece

quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade

como por exemplo um trote lento ou uma caminhada

O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo

sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees

(FERREIRA 2003)

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras

teacutecnicas como a massagem e a crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a

recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo

utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir

a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo

11

para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e

jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para

tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica

conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de

recuperaccedilatildeo do atleta

A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em

atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo

praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte

os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a

retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia

com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma

diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e

permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da

crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do

tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos

danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)

Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que

causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um

dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem

sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo

com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a

limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave

quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar

A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios

com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo

No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de

Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido

muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo

A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de

testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do

Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia

tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem

sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

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36

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

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  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares que

esteve presente quando precisamos Agradecemos tambeacutem aos nossos amigos e

colegas de turma os voluntaacuterios as nossas namoradas que nos aguumlentaram

durante este periacuteodo Natildeo poderiacuteamos deixar de agradecer tambeacutem os

funcionaacuterios da instituiccedilatildeo especialmente os professores e as nossas

orientadoras Gisele e Bia que esteve junto a noacutes nesta reta final A todos muito

obrigado

ARTHUR ARIMORI

JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO

RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA

RESUMO

A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo

ABSTRACT

Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours

Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29

Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29

Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os

grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)

30

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ATP ndash Adenosina Trifosfato

CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida

FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca

LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico

LAer ndash Limiar Aeroacutebio

LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo

LFT ndash Lactato Final Tabata

LR ndash Lactato Repouso

L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos

GA ndash Grupo Ativo

GC ndash grupo Crioterapia

GP ndash Grupo Passivo

JT1 ndash Jump Test 1

JT2 ndash Jump Test 2

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

1 CONCEITOS PRELIMINARES 12

11 Crioterapia 12

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13

113 Benefiacutecios da Crioterapia 13

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17

13 Pliometria 18

131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18

132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20

15 Composiccedilatildeo corporal 21

2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23

21 Condiccedilatildeo ambiental 23

22 Sujeitos 24

23 Material 24

24 Testes 25

241 Medidas antropomeacutetricas 25

242 Composiccedilatildeo corporal 25

243 Pliometria 25

244 Tabata 26

245 Jump Test 26

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27

25 Procedimentos

251 Recuperaccedilatildeo passiva

252 Recuperaccedilatildeo ativa

27

28

28

253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28

26 Anaacutelise estatiacutestica 29

3 RESULTADOS 29

4 DISCUSSAtildeO 30

5 CONCLUSAtildeO 34

REFEREcircNCIAS 35

APEcircNDICE 40

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de

quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo

explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores

resultados

Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de

treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os

componentes

Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo

poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de

homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo

de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al

(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do

corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a

instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo

programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho

mas sobretudo nos mais elevados

Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos

treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre

quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece

quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade

como por exemplo um trote lento ou uma caminhada

O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo

sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees

(FERREIRA 2003)

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras

teacutecnicas como a massagem e a crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a

recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo

utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir

a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo

11

para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e

jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para

tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica

conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de

recuperaccedilatildeo do atleta

A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em

atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo

praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte

os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a

retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia

com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma

diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e

permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da

crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do

tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos

danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)

Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que

causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um

dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem

sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo

com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a

limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave

quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar

A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios

com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo

No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de

Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido

muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo

A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de

testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do

Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia

tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem

sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

RESUMO

A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo

ABSTRACT

Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours

Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29

Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29

Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os

grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)

30

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ATP ndash Adenosina Trifosfato

CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida

FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca

LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico

LAer ndash Limiar Aeroacutebio

LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo

LFT ndash Lactato Final Tabata

LR ndash Lactato Repouso

L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos

GA ndash Grupo Ativo

GC ndash grupo Crioterapia

GP ndash Grupo Passivo

JT1 ndash Jump Test 1

JT2 ndash Jump Test 2

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

1 CONCEITOS PRELIMINARES 12

11 Crioterapia 12

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13

113 Benefiacutecios da Crioterapia 13

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17

13 Pliometria 18

131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18

132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20

15 Composiccedilatildeo corporal 21

2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23

21 Condiccedilatildeo ambiental 23

22 Sujeitos 24

23 Material 24

24 Testes 25

241 Medidas antropomeacutetricas 25

242 Composiccedilatildeo corporal 25

243 Pliometria 25

244 Tabata 26

245 Jump Test 26

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27

25 Procedimentos

251 Recuperaccedilatildeo passiva

252 Recuperaccedilatildeo ativa

27

28

28

253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28

26 Anaacutelise estatiacutestica 29

3 RESULTADOS 29

4 DISCUSSAtildeO 30

5 CONCLUSAtildeO 34

REFEREcircNCIAS 35

APEcircNDICE 40

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de

quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo

explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores

resultados

Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de

treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os

componentes

Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo

poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de

homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo

de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al

(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do

corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a

instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo

programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho

mas sobretudo nos mais elevados

Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos

treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre

quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece

quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade

como por exemplo um trote lento ou uma caminhada

O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo

sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees

(FERREIRA 2003)

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras

teacutecnicas como a massagem e a crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a

recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo

utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir

a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo

11

para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e

jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para

tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica

conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de

recuperaccedilatildeo do atleta

A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em

atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo

praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte

os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a

retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia

com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma

diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e

permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da

crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do

tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos

danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)

Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que

causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um

dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem

sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo

com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a

limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave

quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar

A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios

com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo

No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de

Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido

muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo

A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de

testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do

Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia

tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem

sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

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36

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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ABSTRACT

Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours

Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29

Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29

Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os

grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)

30

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ATP ndash Adenosina Trifosfato

CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida

FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca

LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico

LAer ndash Limiar Aeroacutebio

LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo

LFT ndash Lactato Final Tabata

LR ndash Lactato Repouso

L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos

GA ndash Grupo Ativo

GC ndash grupo Crioterapia

GP ndash Grupo Passivo

JT1 ndash Jump Test 1

JT2 ndash Jump Test 2

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

1 CONCEITOS PRELIMINARES 12

11 Crioterapia 12

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13

113 Benefiacutecios da Crioterapia 13

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17

13 Pliometria 18

131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18

132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20

15 Composiccedilatildeo corporal 21

2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23

21 Condiccedilatildeo ambiental 23

22 Sujeitos 24

23 Material 24

24 Testes 25

241 Medidas antropomeacutetricas 25

242 Composiccedilatildeo corporal 25

243 Pliometria 25

244 Tabata 26

245 Jump Test 26

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27

25 Procedimentos

251 Recuperaccedilatildeo passiva

252 Recuperaccedilatildeo ativa

27

28

28

253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28

26 Anaacutelise estatiacutestica 29

3 RESULTADOS 29

4 DISCUSSAtildeO 30

5 CONCLUSAtildeO 34

REFEREcircNCIAS 35

APEcircNDICE 40

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de

quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo

explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores

resultados

Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de

treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os

componentes

Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo

poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de

homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo

de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al

(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do

corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a

instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo

programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho

mas sobretudo nos mais elevados

Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos

treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre

quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece

quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade

como por exemplo um trote lento ou uma caminhada

O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo

sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees

(FERREIRA 2003)

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras

teacutecnicas como a massagem e a crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a

recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo

utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir

a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo

11

para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e

jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para

tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica

conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de

recuperaccedilatildeo do atleta

A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em

atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo

praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte

os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a

retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia

com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma

diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e

permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da

crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do

tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos

danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)

Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que

causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um

dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem

sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo

com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a

limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave

quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar

A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios

com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo

No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de

Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido

muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo

A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de

testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do

Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia

tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem

sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

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36

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37

HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

38

McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29

Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29

Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os

grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)

30

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ATP ndash Adenosina Trifosfato

CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida

FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca

LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico

LAer ndash Limiar Aeroacutebio

LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo

LFT ndash Lactato Final Tabata

LR ndash Lactato Repouso

L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos

GA ndash Grupo Ativo

GC ndash grupo Crioterapia

GP ndash Grupo Passivo

JT1 ndash Jump Test 1

JT2 ndash Jump Test 2

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

1 CONCEITOS PRELIMINARES 12

11 Crioterapia 12

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13

113 Benefiacutecios da Crioterapia 13

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17

13 Pliometria 18

131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18

132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20

15 Composiccedilatildeo corporal 21

2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23

21 Condiccedilatildeo ambiental 23

22 Sujeitos 24

23 Material 24

24 Testes 25

241 Medidas antropomeacutetricas 25

242 Composiccedilatildeo corporal 25

243 Pliometria 25

244 Tabata 26

245 Jump Test 26

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27

25 Procedimentos

251 Recuperaccedilatildeo passiva

252 Recuperaccedilatildeo ativa

27

28

28

253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28

26 Anaacutelise estatiacutestica 29

3 RESULTADOS 29

4 DISCUSSAtildeO 30

5 CONCLUSAtildeO 34

REFEREcircNCIAS 35

APEcircNDICE 40

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de

quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo

explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores

resultados

Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de

treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os

componentes

Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo

poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de

homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo

de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al

(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do

corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a

instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo

programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho

mas sobretudo nos mais elevados

Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos

treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre

quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece

quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade

como por exemplo um trote lento ou uma caminhada

O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo

sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees

(FERREIRA 2003)

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras

teacutecnicas como a massagem e a crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a

recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo

utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir

a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo

11

para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e

jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para

tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica

conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de

recuperaccedilatildeo do atleta

A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em

atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo

praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte

os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a

retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia

com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma

diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e

permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da

crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do

tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos

danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)

Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que

causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um

dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem

sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo

com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a

limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave

quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar

A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios

com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo

No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de

Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido

muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo

A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de

testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do

Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia

tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem

sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

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36

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 10

1 CONCEITOS PRELIMINARES 12

11 Crioterapia 12

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13

113 Benefiacutecios da Crioterapia 13

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17

13 Pliometria 18

131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18

132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20

15 Composiccedilatildeo corporal 21

2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23

21 Condiccedilatildeo ambiental 23

22 Sujeitos 24

23 Material 24

24 Testes 25

241 Medidas antropomeacutetricas 25

242 Composiccedilatildeo corporal 25

243 Pliometria 25

244 Tabata 26

245 Jump Test 26

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27

25 Procedimentos

251 Recuperaccedilatildeo passiva

252 Recuperaccedilatildeo ativa

27

28

28

253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28

26 Anaacutelise estatiacutestica 29

3 RESULTADOS 29

4 DISCUSSAtildeO 30

5 CONCLUSAtildeO 34

REFEREcircNCIAS 35

APEcircNDICE 40

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de

quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo

explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores

resultados

Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de

treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os

componentes

Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo

poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de

homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo

de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al

(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do

corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a

instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo

programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho

mas sobretudo nos mais elevados

Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos

treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre

quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece

quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade

como por exemplo um trote lento ou uma caminhada

O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo

sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees

(FERREIRA 2003)

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras

teacutecnicas como a massagem e a crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a

recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo

utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir

a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo

11

para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e

jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para

tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica

conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de

recuperaccedilatildeo do atleta

A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em

atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo

praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte

os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a

retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia

com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma

diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e

permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da

crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do

tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos

danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)

Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que

causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um

dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem

sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo

com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a

limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave

quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar

A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios

com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo

No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de

Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido

muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo

A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de

testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do

Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia

tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem

sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

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36

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28

26 Anaacutelise estatiacutestica 29

3 RESULTADOS 29

4 DISCUSSAtildeO 30

5 CONCLUSAtildeO 34

REFEREcircNCIAS 35

APEcircNDICE 40

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de

quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo

explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores

resultados

Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de

treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os

componentes

Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo

poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de

homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo

de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al

(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do

corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a

instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo

programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho

mas sobretudo nos mais elevados

Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos

treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre

quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece

quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade

como por exemplo um trote lento ou uma caminhada

O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo

sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees

(FERREIRA 2003)

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras

teacutecnicas como a massagem e a crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a

recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo

utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir

a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo

11

para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e

jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para

tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica

conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de

recuperaccedilatildeo do atleta

A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em

atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo

praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte

os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a

retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia

com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma

diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e

permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da

crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do

tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos

danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)

Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que

causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um

dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem

sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo

com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a

limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave

quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar

A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios

com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo

No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de

Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido

muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo

A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de

testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do

Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia

tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem

sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

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38

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39

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de

quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo

explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores

resultados

Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de

treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os

componentes

Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo

poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de

homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo

de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al

(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do

corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a

instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo

programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho

mas sobretudo nos mais elevados

Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos

treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre

quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece

quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade

como por exemplo um trote lento ou uma caminhada

O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo

sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees

(FERREIRA 2003)

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras

teacutecnicas como a massagem e a crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a

recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo

utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir

a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo

11

para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e

jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para

tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica

conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de

recuperaccedilatildeo do atleta

A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em

atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo

praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte

os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a

retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia

com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma

diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e

permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da

crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do

tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos

danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)

Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que

causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um

dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem

sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo

com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a

limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave

quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar

A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios

com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo

No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de

Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido

muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo

A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de

testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do

Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia

tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem

sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

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36

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37

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39

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

11

para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e

jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para

tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica

conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de

recuperaccedilatildeo do atleta

A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em

atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo

praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte

os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a

retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia

com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma

diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e

permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da

crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do

tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos

danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)

Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que

causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um

dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem

sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo

com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a

limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave

quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar

A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios

com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo

No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de

Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido

muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo

A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de

testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do

Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia

tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem

sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

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36

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37

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
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  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
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  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

12

Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo

- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo

de lactato sanguiacuteneo

Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de

recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo

provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando

comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino

1 CONCEITOS PRELIMINARES

11 Crioterapia

A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura

corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na

forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e

sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)

Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada

haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados

Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo

do atleta

A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo

e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios

fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)

Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos

mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos

musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes

operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho

A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no

entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no

tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

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36

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

13

112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia

As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz

com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo

reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso

constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele

Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a

diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta

um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo

(LOPES et al2003)

Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas

degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua

atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito

metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura

Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de

reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos

resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo

hipoxica secundaacuteria

113 Benefiacutecios da Crioterapia

Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo

preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e

espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em

casos de lesatildeo (FONSECA 2010)

A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees

provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva

possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais

Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o

efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e

sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

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36

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

14

12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo

Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)

demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita

atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua

produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e

evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato

energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de

que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser

utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo

(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso

corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que

possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute

necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute

proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma

moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas

vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base

puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo

adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo

vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente

restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da

fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas

(FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso

corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por

outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o

organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em

exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia

de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via

glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do

ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

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36

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

15

gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o

exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular

dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)

O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste

metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica

que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma

novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a

recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para

subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das

moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori

que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para

reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH

et al 1998)

Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo

de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do

exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem

destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira

exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o

metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato

sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da

musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a

produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida

na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar

seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na

liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato

(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo

do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo

de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio

moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

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36

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39

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
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  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
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  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

16

permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado

destreinado (JUEL 1998)

Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia

incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras

musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato

Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento

da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato

independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)

Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que

embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de

lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem

podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre

durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos

quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo

Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave

fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)

Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia

em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que

seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo

Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente

para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)

No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas

ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a

cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao

NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da

degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo

Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de

hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

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BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

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36

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37

HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

17

produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et

al 2002)

Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o

periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de

acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de

o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um

exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de

H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso

exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam

muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por

volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees

aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu

ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de

lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel

Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o

lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)

121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo

De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no

organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de

iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando

numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta

de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso

o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida

diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo

Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema

Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente

com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus

muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o

uso adicional deste sistema

18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

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36

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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18

Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija

rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante

exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e

aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante

a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a

acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a

capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena

contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o

exerciacutecio

13 Pliometria

Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de

treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da

deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto

A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo

dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo

com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando

aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas

A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila

Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de

movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA

2010)

Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os

de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)

pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os

educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre

bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos

(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por

um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica

estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da

forccedila o ciclo alongamento-encurtamento

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

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36

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
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  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
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  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

19

131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico

A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza

principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para

proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui

tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para

produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria

passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos

reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas

principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta

teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e

controle neuromuscular

De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um

processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca

e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o

ciclo alongamento-encurtamento

A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento

de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos

componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001

p104)

De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo

do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com

o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado

acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz

132 Influecircncia do treinamento de pliometria

O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades

fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente

proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente

mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

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39

SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001

40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

20

potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse

mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e

possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica

Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos

com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto

contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de

produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril

A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma

adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os

danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza

Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do

efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do

recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande

nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia

muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de

sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o

acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras

De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico

desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos

componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo

estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio

usando um movimento raacutepido e explosivo

14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio

De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo

tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo

preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as

proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de

glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e

remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

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36

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

21

A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo

passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a

praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo

ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De

acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem

um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce

no iniacutecio de uma programaccedilatildeo

O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente

frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar

ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de

forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees

nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso

possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo

possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)

No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese

reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a

atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o

equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees

vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do

supertreinamento (PRETTO 2008)

De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e

ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir

hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que

ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem

tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse

hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o

lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria

apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos

O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas

somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for

organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do

esportista (TRENTINE 2010)

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

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36

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

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  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

22

15 Composiccedilatildeo corporal

A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo

dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)

Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os

dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento

de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos

bem como prescrever exerciacutecios

A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e

sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar

gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de

grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica

ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se

entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista

que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua

proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)

Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos

nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e

gordura (LOHMAN 1986)

Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em

torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total

enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE

KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o

homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres

adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre

12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

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BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

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36

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37

HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

23

importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada

modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da

sauacutede de uma populaccedilatildeo

As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os

atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no

periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve

recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na

mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e

mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos

(POWERS HOWLEY 2005)

Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego

depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da

composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo

da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil

indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na

composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente

quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que

existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de

populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem

sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das

teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS

GIANNIACHI 2003)

2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS

21 Condiccedilotildees ambientais

Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo

noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

BEHNKE ARWILMORE JH Evaluation and Regulation of Body Build and Composition Englewood Cliffs Prentice Hall1974

BENEKE R et al Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing Medicine amp Science in sports exercise vol35 p 1626-1630 2003 BIRCHER S KNECHTLE B Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men Journal of Sports Science and medicine vol 3 p 174-181 2004 BOMPATO A periodizaccedilatildeo no treinamento esportivo Satildeo Paulo Manoele 2001 BOMPATOTreinamento de potencia para o esporte Satildeo Paulo Phorte2004 CLARKSON P NOSAKA K BRAUN B Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation Medicine in Science Sports and Exercise v 24 p 512-20 1992 DANTASGKLSILVAWMCrioterapia no desenvolvimento motor do atleta Nataccedilatildeo Satildeo Caetano Satildeo Caetano 03 fev 2009 Disponiacutevel emlt httpwww saocaetanonatacaocombr Acesso em 16 mar 2010 DE LA ROSAAF FARTOER Treinamento desportivo do ortodoxo ao comteporacircneoSatildeo PauloPhorte2007 DENADAI BS Efeitos do tipo de exerciacutecio e da capacidade aeroacutebia sobre a taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo de esforccedilo de alta intensidade Tese (Livre-Docecircncia) Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista Rio Claro 1996

36

FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003

37

HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

38

McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

39

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

24

Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio

Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins

22 Sujeitos

Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero

masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma

aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma

atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o

protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando

de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave

praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se

comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos

resultados

23 Material

Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes

materiais

Aacutelcool

Algodatildeo

Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)

Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)

Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)

Computador

Ennpendorf

Estadiocircmetro (SANNY)

Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)

Gelo

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

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36

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37

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
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  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

25

Lanceta

Plinto de ginaacutestica artiacutestica

Tambor de 200 litros

Termocircmetro

Monitor cardiacuteaco (POLLAR)

Plataforma (JUMP TEST)

24 Protocolos

241 Medidas antropomeacutetricas

Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de

peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a

escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e

com o miacutenimo de roupa possiacutevel

Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de

forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar

naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de

medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima

(GUEDES GUEDES 2006 p168)

242 Composiccedilatildeo corporal

Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado

meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras

cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital

suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura

(GUEDES GUEDES 2006 p223)

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

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36

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

26

243 Pliometria

Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que

executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo

entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano

elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem

tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que

estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute

que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)

244 Tabata

O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de

intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas

8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o

agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e

posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse

com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial

repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)

245 Jump Test (Salto vertical)

Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para

determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro

de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um

equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos

a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute

permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a

fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

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36

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37

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38

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39

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

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  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
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  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

27

com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados

aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo

ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da

primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)

acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a

mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos

entre os saltos considerando somente o de maior alcance

(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)

246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo

As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de

tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no

final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada

individuo

Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram

realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha

que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50

microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato

sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow

Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)

25 Procedimentos

A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios

tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na

primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a

antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um

bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

BEHNKE ARWILMORE JH Evaluation and Regulation of Body Build and Composition Englewood Cliffs Prentice Hall1974

BENEKE R et al Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing Medicine amp Science in sports exercise vol35 p 1626-1630 2003 BIRCHER S KNECHTLE B Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men Journal of Sports Science and medicine vol 3 p 174-181 2004 BOMPATO A periodizaccedilatildeo no treinamento esportivo Satildeo Paulo Manoele 2001 BOMPATOTreinamento de potencia para o esporte Satildeo Paulo Phorte2004 CLARKSON P NOSAKA K BRAUN B Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation Medicine in Science Sports and Exercise v 24 p 512-20 1992 DANTASGKLSILVAWMCrioterapia no desenvolvimento motor do atleta Nataccedilatildeo Satildeo Caetano Satildeo Caetano 03 fev 2009 Disponiacutevel emlt httpwww saocaetanonatacaocombr Acesso em 16 mar 2010 DE LA ROSAAF FARTOER Treinamento desportivo do ortodoxo ao comteporacircneoSatildeo PauloPhorte2007 DENADAI BS Efeitos do tipo de exerciacutecio e da capacidade aeroacutebia sobre a taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo de esforccedilo de alta intensidade Tese (Livre-Docecircncia) Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista Rio Claro 1996

36

FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003

37

HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

38

McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

39

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40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

28

recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou

descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram

avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente

o Jump teste

251 Recuperaccedilatildeo Passiva

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes

o teacutermino do bloco de Tabata

252 Recuperaccedilatildeo Ativa

Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao

descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira

ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o

teacutermino do bloco de Tabata

253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia

Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia

aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo

do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem

tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10

minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como

base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water

immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente

5ordm C

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

BEHNKE ARWILMORE JH Evaluation and Regulation of Body Build and Composition Englewood Cliffs Prentice Hall1974

BENEKE R et al Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing Medicine amp Science in sports exercise vol35 p 1626-1630 2003 BIRCHER S KNECHTLE B Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men Journal of Sports Science and medicine vol 3 p 174-181 2004 BOMPATO A periodizaccedilatildeo no treinamento esportivo Satildeo Paulo Manoele 2001 BOMPATOTreinamento de potencia para o esporte Satildeo Paulo Phorte2004 CLARKSON P NOSAKA K BRAUN B Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation Medicine in Science Sports and Exercise v 24 p 512-20 1992 DANTASGKLSILVAWMCrioterapia no desenvolvimento motor do atleta Nataccedilatildeo Satildeo Caetano Satildeo Caetano 03 fev 2009 Disponiacutevel emlt httpwww saocaetanonatacaocombr Acesso em 16 mar 2010 DE LA ROSAAF FARTOER Treinamento desportivo do ortodoxo ao comteporacircneoSatildeo PauloPhorte2007 DENADAI BS Efeitos do tipo de exerciacutecio e da capacidade aeroacutebia sobre a taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo de esforccedilo de alta intensidade Tese (Livre-Docecircncia) Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista Rio Claro 1996

36

FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003

37

HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

38

McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

39

SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001

40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

29

26 Anaacutelise estatiacutestica

Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois

caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio

padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005

3 RESULTADOS

Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em

forma de tabelas e graacuteficos

Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo

das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)

TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo

(GP) e grupo crioterapia (GC)

(GA) (GP) (GC)

Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231

Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788

Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699

GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423

Fonte elaborada por autores 2010

TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata

(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e

comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)

(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)

(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro

(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro

(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro

Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

BEHNKE ARWILMORE JH Evaluation and Regulation of Body Build and Composition Englewood Cliffs Prentice Hall1974

BENEKE R et al Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing Medicine amp Science in sports exercise vol35 p 1626-1630 2003 BIRCHER S KNECHTLE B Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men Journal of Sports Science and medicine vol 3 p 174-181 2004 BOMPATO A periodizaccedilatildeo no treinamento esportivo Satildeo Paulo Manoele 2001 BOMPATOTreinamento de potencia para o esporte Satildeo Paulo Phorte2004 CLARKSON P NOSAKA K BRAUN B Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation Medicine in Science Sports and Exercise v 24 p 512-20 1992 DANTASGKLSILVAWMCrioterapia no desenvolvimento motor do atleta Nataccedilatildeo Satildeo Caetano Satildeo Caetano 03 fev 2009 Disponiacutevel emlt httpwww saocaetanonatacaocombr Acesso em 16 mar 2010 DE LA ROSAAF FARTOER Treinamento desportivo do ortodoxo ao comteporacircneoSatildeo PauloPhorte2007 DENADAI BS Efeitos do tipo de exerciacutecio e da capacidade aeroacutebia sobre a taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo de esforccedilo de alta intensidade Tese (Livre-Docecircncia) Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista Rio Claro 1996

36

FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003

37

HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

38

McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

39

SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001

40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

30

com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)

Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo

possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)

obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)

TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)

(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)

(GA) (GP) (GC)

(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344

(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro

Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo

A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no

primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os

grupos e entre os saltos

DISCUSSAtildeO

Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel

notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas

concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com

Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise

aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina

quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico

sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a

capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo

de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato

31

Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

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REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

BEHNKE ARWILMORE JH Evaluation and Regulation of Body Build and Composition Englewood Cliffs Prentice Hall1974

BENEKE R et al Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing Medicine amp Science in sports exercise vol35 p 1626-1630 2003 BIRCHER S KNECHTLE B Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men Journal of Sports Science and medicine vol 3 p 174-181 2004 BOMPATO A periodizaccedilatildeo no treinamento esportivo Satildeo Paulo Manoele 2001 BOMPATOTreinamento de potencia para o esporte Satildeo Paulo Phorte2004 CLARKSON P NOSAKA K BRAUN B Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation Medicine in Science Sports and Exercise v 24 p 512-20 1992 DANTASGKLSILVAWMCrioterapia no desenvolvimento motor do atleta Nataccedilatildeo Satildeo Caetano Satildeo Caetano 03 fev 2009 Disponiacutevel emlt httpwww saocaetanonatacaocombr Acesso em 16 mar 2010 DE LA ROSAAF FARTOER Treinamento desportivo do ortodoxo ao comteporacircneoSatildeo PauloPhorte2007 DENADAI BS Efeitos do tipo de exerciacutecio e da capacidade aeroacutebia sobre a taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo de esforccedilo de alta intensidade Tese (Livre-Docecircncia) Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista Rio Claro 1996

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FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003

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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001

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APEcircNDICE

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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

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Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente

mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em

seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da

concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma

maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave

recuperaccedilatildeo passiva

A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade

aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em

relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio

intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura

gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela

glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)

Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa

quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e

deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de

exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo

de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados

tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de

lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)

verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade

realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio

determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A

utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o

acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da

corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com

a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que

foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-

nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de

remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de

remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente

inferior ao GA e superior ao GP

A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e

contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia

usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

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CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

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REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

BEHNKE ARWILMORE JH Evaluation and Regulation of Body Build and Composition Englewood Cliffs Prentice Hall1974

BENEKE R et al Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing Medicine amp Science in sports exercise vol35 p 1626-1630 2003 BIRCHER S KNECHTLE B Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men Journal of Sports Science and medicine vol 3 p 174-181 2004 BOMPATO A periodizaccedilatildeo no treinamento esportivo Satildeo Paulo Manoele 2001 BOMPATOTreinamento de potencia para o esporte Satildeo Paulo Phorte2004 CLARKSON P NOSAKA K BRAUN B Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation Medicine in Science Sports and Exercise v 24 p 512-20 1992 DANTASGKLSILVAWMCrioterapia no desenvolvimento motor do atleta Nataccedilatildeo Satildeo Caetano Satildeo Caetano 03 fev 2009 Disponiacutevel emlt httpwww saocaetanonatacaocombr Acesso em 16 mar 2010 DE LA ROSAAF FARTOER Treinamento desportivo do ortodoxo ao comteporacircneoSatildeo PauloPhorte2007 DENADAI BS Efeitos do tipo de exerciacutecio e da capacidade aeroacutebia sobre a taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo de esforccedilo de alta intensidade Tese (Livre-Docecircncia) Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista Rio Claro 1996

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FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003

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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001

40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

32

Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram

que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo

identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo

supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o

incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe

poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando

comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito

do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este

efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de

imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em

seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja

largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para

fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias

cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo

foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica

do lactato sanguiacuteneo

Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos

observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os

saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a

atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio

repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo

em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes

como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo

com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico

exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo

subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os

mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser

decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de

contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras

(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva

(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na

resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-

contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)

33

A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

35

REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

BEHNKE ARWILMORE JH Evaluation and Regulation of Body Build and Composition Englewood Cliffs Prentice Hall1974

BENEKE R et al Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing Medicine amp Science in sports exercise vol35 p 1626-1630 2003 BIRCHER S KNECHTLE B Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men Journal of Sports Science and medicine vol 3 p 174-181 2004 BOMPATO A periodizaccedilatildeo no treinamento esportivo Satildeo Paulo Manoele 2001 BOMPATOTreinamento de potencia para o esporte Satildeo Paulo Phorte2004 CLARKSON P NOSAKA K BRAUN B Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation Medicine in Science Sports and Exercise v 24 p 512-20 1992 DANTASGKLSILVAWMCrioterapia no desenvolvimento motor do atleta Nataccedilatildeo Satildeo Caetano Satildeo Caetano 03 fev 2009 Disponiacutevel emlt httpwww saocaetanonatacaocombr Acesso em 16 mar 2010 DE LA ROSAAF FARTOER Treinamento desportivo do ortodoxo ao comteporacircneoSatildeo PauloPhorte2007 DENADAI BS Efeitos do tipo de exerciacutecio e da capacidade aeroacutebia sobre a taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo de esforccedilo de alta intensidade Tese (Livre-Docecircncia) Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista Rio Claro 1996

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FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003

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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001

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APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

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A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de

aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo

natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos

ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle

sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu

estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados

durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da

teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica

utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A

dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da

performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL

(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo

de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas

horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do

esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7

dias

De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o

resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do

edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor

ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30

minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as

terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e

fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as

fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua

mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes

um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia

seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical

Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia

de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho

subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas

por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos

comprovados da crioterapia

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CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

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REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

BEHNKE ARWILMORE JH Evaluation and Regulation of Body Build and Composition Englewood Cliffs Prentice Hall1974

BENEKE R et al Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing Medicine amp Science in sports exercise vol35 p 1626-1630 2003 BIRCHER S KNECHTLE B Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men Journal of Sports Science and medicine vol 3 p 174-181 2004 BOMPATO A periodizaccedilatildeo no treinamento esportivo Satildeo Paulo Manoele 2001 BOMPATOTreinamento de potencia para o esporte Satildeo Paulo Phorte2004 CLARKSON P NOSAKA K BRAUN B Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation Medicine in Science Sports and Exercise v 24 p 512-20 1992 DANTASGKLSILVAWMCrioterapia no desenvolvimento motor do atleta Nataccedilatildeo Satildeo Caetano Satildeo Caetano 03 fev 2009 Disponiacutevel emlt httpwww saocaetanonatacaocombr Acesso em 16 mar 2010 DE LA ROSAAF FARTOER Treinamento desportivo do ortodoxo ao comteporacircneoSatildeo PauloPhorte2007 DENADAI BS Efeitos do tipo de exerciacutecio e da capacidade aeroacutebia sobre a taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo de esforccedilo de alta intensidade Tese (Livre-Docecircncia) Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista Rio Claro 1996

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FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003

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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001

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APEcircNDICE

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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

34

CONCLUSAtildeO

Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia

na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o

restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual

para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia

principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar

uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova

pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de

maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua

aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para

determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da

sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam

desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios

principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os

profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a

qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o

retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas

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REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

BEHNKE ARWILMORE JH Evaluation and Regulation of Body Build and Composition Englewood Cliffs Prentice Hall1974

BENEKE R et al Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing Medicine amp Science in sports exercise vol35 p 1626-1630 2003 BIRCHER S KNECHTLE B Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men Journal of Sports Science and medicine vol 3 p 174-181 2004 BOMPATO A periodizaccedilatildeo no treinamento esportivo Satildeo Paulo Manoele 2001 BOMPATOTreinamento de potencia para o esporte Satildeo Paulo Phorte2004 CLARKSON P NOSAKA K BRAUN B Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation Medicine in Science Sports and Exercise v 24 p 512-20 1992 DANTASGKLSILVAWMCrioterapia no desenvolvimento motor do atleta Nataccedilatildeo Satildeo Caetano Satildeo Caetano 03 fev 2009 Disponiacutevel emlt httpwww saocaetanonatacaocombr Acesso em 16 mar 2010 DE LA ROSAAF FARTOER Treinamento desportivo do ortodoxo ao comteporacircneoSatildeo PauloPhorte2007 DENADAI BS Efeitos do tipo de exerciacutecio e da capacidade aeroacutebia sobre a taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo de esforccedilo de alta intensidade Tese (Livre-Docecircncia) Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista Rio Claro 1996

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FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003

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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001

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APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

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REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3

ed Philadelphia Saunders 2004

BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010

BEHNKE ARWILMORE JH Evaluation and Regulation of Body Build and Composition Englewood Cliffs Prentice Hall1974

BENEKE R et al Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing Medicine amp Science in sports exercise vol35 p 1626-1630 2003 BIRCHER S KNECHTLE B Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men Journal of Sports Science and medicine vol 3 p 174-181 2004 BOMPATO A periodizaccedilatildeo no treinamento esportivo Satildeo Paulo Manoele 2001 BOMPATOTreinamento de potencia para o esporte Satildeo Paulo Phorte2004 CLARKSON P NOSAKA K BRAUN B Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation Medicine in Science Sports and Exercise v 24 p 512-20 1992 DANTASGKLSILVAWMCrioterapia no desenvolvimento motor do atleta Nataccedilatildeo Satildeo Caetano Satildeo Caetano 03 fev 2009 Disponiacutevel emlt httpwww saocaetanonatacaocombr Acesso em 16 mar 2010 DE LA ROSAAF FARTOER Treinamento desportivo do ortodoxo ao comteporacircneoSatildeo PauloPhorte2007 DENADAI BS Efeitos do tipo de exerciacutecio e da capacidade aeroacutebia sobre a taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo de esforccedilo de alta intensidade Tese (Livre-Docecircncia) Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista Rio Claro 1996

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FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003

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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001

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APEcircNDICE

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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

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FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003

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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001

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APEcircNDICE

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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010

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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001

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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998

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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001

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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

39

SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001

40

APEcircNDICE

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

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APEcircNDICE

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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
  • LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev

41

APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo

NOME____________________________________DATA ______________

ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________

Possui alguma cardiopatia ______________________________________

Possui algum problema articular __________________________________

Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________

Qual ________________________________________________________

Usa algum tipo de medicamento___________________________________

COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____

Suprailiaca ______ -______-_____ _____

Abdocircmen ______-______-_____ _____

Total _____

G _____

JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________

2ordm Dia ______________________

CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )

ENPPENDORF ndash ______ repouso

______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo

______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo

______final do protocolo de recuperaccedilatildeo

Assinatura___________________________________________________

  • FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
  • FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
  • 3836gtAcesso em17 jun 2010
  • FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
  • FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
  • FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
  • GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
  • HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
  • HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
  • HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
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