A INFLUÊNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOÇÃO DO … · A Meus parceiros de monografia “Jãozim” e...
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UNISALESIANO
Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
Curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica
Arthur Arimori
Joatildeo Cunha Braga Netto
Rodrigo Inaacutecio de Lima
A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO
DO LACTATO SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO
DO ORGANISMO
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico - Lins
LINS-SP
2010
ARTHUR ARIMORI
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO DO LACTATO
SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO DO ORGANISMO
Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Banca examinadora do Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica sob a orientaccedilatildeo da Profordf Esp Gisele de Barros Silva e orientaccedilatildeo teacutecnica da Profordf Esp Ana Beatriz de Lima
LINS-SP
2010
Arimori Arthur Neto Joatildeo Cunha Braga Lima Rodrigo Inaacutecio A influecircncia da crioterapia na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo e
recuperaccedilatildeo do organismo Arimori Arthur Neto Joatildeo Cunha Braga Lima Rodrigo Inaacutecio ndash ndash Lins 2010
41p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndash UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2010
Orientadores Giseli de Barros Silva Ana Beatriz Lima
1 Crioterapia 2 Recuperaccedilatildeo do organismo 3Lactato I Tiacutetulo
CDU 796
N196a
ARTHUR ARIMORI
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO DO LACTATO
SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO DO ORGANISMO
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
para obtenccedilatildeo do titulo de Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica
Aprovada em _______________
Profordm Orientador Gisele de Barros Silva
Titulaccedilatildeo Especialista em Fisiologia do Exerciacutecio
Assinatura _____________________________
1ordm Prof (a) _____________________________________________________
Titulaccedilatildeo______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura _____________________________
2ordm Prof (a) _____________________________________________________
Titulaccedilatildeo______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura _____________________________
DEDICATOacuteRIA
Para que nossa vida tenha um caminho menos difiacutecil eacute fundamental ter
pessoas que nos ajude auxilie e nos motive a enfrentar os obstaacuteculos Entatildeo hoje
natildeo poderia deixar de dedicar este trabalho a todos que contribuiacuteram para que
meu caminho torna-se menos difiacutecil familiares amigos voluntaacuterios professores
e a DEUS
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
Dedico este trabalho a minha famiacutelia pelos esforccedilos luta e motivaccedilatildeo a
minha namorada que me apoiou durante este periacuteodo de faculdade e aos meus
alunos que fizeram parte da minha trajetoacuteria A meus parceiros de monografia
ldquoTuirdquo e rdquoRonaldinhordquo e todos os voluntaacuterios
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
Dedico este trabalho de conclusatildeo a minha matildee Beatriz pelo carinho
apoio e por acreditar em meu potencial nesse momento especial em minha
vida A meus irmatildeos Gustavo e Guilherme que fizeram parte de minha
trajetoacuteria A meus amigos aqueles que estiveram ao meu lado nos momentos de
confraternizaccedilotildees A minha namorada Fernanda que muito me apoiou nesse
periacuteodo final de faculdade A Meus parceiros de monografia ldquoJatildeozimrdquo e
ldquoRonaldinhordquo esses caras foram essenciais para esse trabalho sem eles essa
dedicatoacuteria natildeo seria escrita
ARTHUR ARIMORI
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares que
esteve presente quando precisamos Agradecemos tambeacutem aos nossos amigos e
colegas de turma os voluntaacuterios as nossas namoradas que nos aguumlentaram
durante este periacuteodo Natildeo poderiacuteamos deixar de agradecer tambeacutem os
funcionaacuterios da instituiccedilatildeo especialmente os professores e as nossas
orientadoras Gisele e Bia que esteve junto a noacutes nesta reta final A todos muito
obrigado
ARTHUR ARIMORI
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
RESUMO
A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo
ABSTRACT
Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours
Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29
Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29
Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os
grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)
30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATP ndash Adenosina Trifosfato
CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida
FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca
LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico
LAer ndash Limiar Aeroacutebio
LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo
LFT ndash Lactato Final Tabata
LR ndash Lactato Repouso
L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos
GA ndash Grupo Ativo
GC ndash grupo Crioterapia
GP ndash Grupo Passivo
JT1 ndash Jump Test 1
JT2 ndash Jump Test 2
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
1 CONCEITOS PRELIMINARES 12
11 Crioterapia 12
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13
113 Benefiacutecios da Crioterapia 13
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17
13 Pliometria 18
131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18
132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20
15 Composiccedilatildeo corporal 21
2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23
21 Condiccedilatildeo ambiental 23
22 Sujeitos 24
23 Material 24
24 Testes 25
241 Medidas antropomeacutetricas 25
242 Composiccedilatildeo corporal 25
243 Pliometria 25
244 Tabata 26
245 Jump Test 26
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27
25 Procedimentos
251 Recuperaccedilatildeo passiva
252 Recuperaccedilatildeo ativa
27
28
28
253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28
26 Anaacutelise estatiacutestica 29
3 RESULTADOS 29
4 DISCUSSAtildeO 30
5 CONCLUSAtildeO 34
REFEREcircNCIAS 35
APEcircNDICE 40
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de
quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo
explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores
resultados
Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de
treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os
componentes
Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo
poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de
homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo
de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al
(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do
corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a
instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo
programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho
mas sobretudo nos mais elevados
Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos
treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre
quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece
quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade
como por exemplo um trote lento ou uma caminhada
O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo
sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees
(FERREIRA 2003)
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras
teacutecnicas como a massagem e a crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a
recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo
utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir
a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo
11
para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e
jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para
tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica
conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de
recuperaccedilatildeo do atleta
A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em
atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo
praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte
os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a
retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma
diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e
permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da
crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do
tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos
danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)
Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que
causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um
dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem
sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo
com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a
limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave
quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar
A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios
com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo
No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de
Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido
muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo
A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de
testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do
Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia
tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem
sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
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- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
ARTHUR ARIMORI
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO DO LACTATO
SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO DO ORGANISMO
Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado agrave Banca examinadora do Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium curso de Educaccedilatildeo Fiacutesica sob a orientaccedilatildeo da Profordf Esp Gisele de Barros Silva e orientaccedilatildeo teacutecnica da Profordf Esp Ana Beatriz de Lima
LINS-SP
2010
Arimori Arthur Neto Joatildeo Cunha Braga Lima Rodrigo Inaacutecio A influecircncia da crioterapia na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo e
recuperaccedilatildeo do organismo Arimori Arthur Neto Joatildeo Cunha Braga Lima Rodrigo Inaacutecio ndash ndash Lins 2010
41p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndash UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2010
Orientadores Giseli de Barros Silva Ana Beatriz Lima
1 Crioterapia 2 Recuperaccedilatildeo do organismo 3Lactato I Tiacutetulo
CDU 796
N196a
ARTHUR ARIMORI
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO DO LACTATO
SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO DO ORGANISMO
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
para obtenccedilatildeo do titulo de Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica
Aprovada em _______________
Profordm Orientador Gisele de Barros Silva
Titulaccedilatildeo Especialista em Fisiologia do Exerciacutecio
Assinatura _____________________________
1ordm Prof (a) _____________________________________________________
Titulaccedilatildeo______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura _____________________________
2ordm Prof (a) _____________________________________________________
Titulaccedilatildeo______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura _____________________________
DEDICATOacuteRIA
Para que nossa vida tenha um caminho menos difiacutecil eacute fundamental ter
pessoas que nos ajude auxilie e nos motive a enfrentar os obstaacuteculos Entatildeo hoje
natildeo poderia deixar de dedicar este trabalho a todos que contribuiacuteram para que
meu caminho torna-se menos difiacutecil familiares amigos voluntaacuterios professores
e a DEUS
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
Dedico este trabalho a minha famiacutelia pelos esforccedilos luta e motivaccedilatildeo a
minha namorada que me apoiou durante este periacuteodo de faculdade e aos meus
alunos que fizeram parte da minha trajetoacuteria A meus parceiros de monografia
ldquoTuirdquo e rdquoRonaldinhordquo e todos os voluntaacuterios
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
Dedico este trabalho de conclusatildeo a minha matildee Beatriz pelo carinho
apoio e por acreditar em meu potencial nesse momento especial em minha
vida A meus irmatildeos Gustavo e Guilherme que fizeram parte de minha
trajetoacuteria A meus amigos aqueles que estiveram ao meu lado nos momentos de
confraternizaccedilotildees A minha namorada Fernanda que muito me apoiou nesse
periacuteodo final de faculdade A Meus parceiros de monografia ldquoJatildeozimrdquo e
ldquoRonaldinhordquo esses caras foram essenciais para esse trabalho sem eles essa
dedicatoacuteria natildeo seria escrita
ARTHUR ARIMORI
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares que
esteve presente quando precisamos Agradecemos tambeacutem aos nossos amigos e
colegas de turma os voluntaacuterios as nossas namoradas que nos aguumlentaram
durante este periacuteodo Natildeo poderiacuteamos deixar de agradecer tambeacutem os
funcionaacuterios da instituiccedilatildeo especialmente os professores e as nossas
orientadoras Gisele e Bia que esteve junto a noacutes nesta reta final A todos muito
obrigado
ARTHUR ARIMORI
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
RESUMO
A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo
ABSTRACT
Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours
Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29
Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29
Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os
grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)
30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATP ndash Adenosina Trifosfato
CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida
FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca
LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico
LAer ndash Limiar Aeroacutebio
LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo
LFT ndash Lactato Final Tabata
LR ndash Lactato Repouso
L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos
GA ndash Grupo Ativo
GC ndash grupo Crioterapia
GP ndash Grupo Passivo
JT1 ndash Jump Test 1
JT2 ndash Jump Test 2
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
1 CONCEITOS PRELIMINARES 12
11 Crioterapia 12
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13
113 Benefiacutecios da Crioterapia 13
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17
13 Pliometria 18
131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18
132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20
15 Composiccedilatildeo corporal 21
2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23
21 Condiccedilatildeo ambiental 23
22 Sujeitos 24
23 Material 24
24 Testes 25
241 Medidas antropomeacutetricas 25
242 Composiccedilatildeo corporal 25
243 Pliometria 25
244 Tabata 26
245 Jump Test 26
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27
25 Procedimentos
251 Recuperaccedilatildeo passiva
252 Recuperaccedilatildeo ativa
27
28
28
253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28
26 Anaacutelise estatiacutestica 29
3 RESULTADOS 29
4 DISCUSSAtildeO 30
5 CONCLUSAtildeO 34
REFEREcircNCIAS 35
APEcircNDICE 40
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de
quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo
explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores
resultados
Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de
treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os
componentes
Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo
poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de
homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo
de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al
(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do
corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a
instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo
programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho
mas sobretudo nos mais elevados
Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos
treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre
quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece
quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade
como por exemplo um trote lento ou uma caminhada
O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo
sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees
(FERREIRA 2003)
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras
teacutecnicas como a massagem e a crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a
recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo
utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir
a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo
11
para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e
jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para
tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica
conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de
recuperaccedilatildeo do atleta
A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em
atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo
praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte
os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a
retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma
diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e
permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da
crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do
tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos
danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)
Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que
causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um
dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem
sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo
com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a
limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave
quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar
A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios
com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo
No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de
Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido
muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo
A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de
testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do
Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia
tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem
sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
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- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
Arimori Arthur Neto Joatildeo Cunha Braga Lima Rodrigo Inaacutecio A influecircncia da crioterapia na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo e
recuperaccedilatildeo do organismo Arimori Arthur Neto Joatildeo Cunha Braga Lima Rodrigo Inaacutecio ndash ndash Lins 2010
41p il 31cm
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndash UNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2010
Orientadores Giseli de Barros Silva Ana Beatriz Lima
1 Crioterapia 2 Recuperaccedilatildeo do organismo 3Lactato I Tiacutetulo
CDU 796
N196a
ARTHUR ARIMORI
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO DO LACTATO
SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO DO ORGANISMO
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
para obtenccedilatildeo do titulo de Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica
Aprovada em _______________
Profordm Orientador Gisele de Barros Silva
Titulaccedilatildeo Especialista em Fisiologia do Exerciacutecio
Assinatura _____________________________
1ordm Prof (a) _____________________________________________________
Titulaccedilatildeo______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura _____________________________
2ordm Prof (a) _____________________________________________________
Titulaccedilatildeo______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura _____________________________
DEDICATOacuteRIA
Para que nossa vida tenha um caminho menos difiacutecil eacute fundamental ter
pessoas que nos ajude auxilie e nos motive a enfrentar os obstaacuteculos Entatildeo hoje
natildeo poderia deixar de dedicar este trabalho a todos que contribuiacuteram para que
meu caminho torna-se menos difiacutecil familiares amigos voluntaacuterios professores
e a DEUS
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
Dedico este trabalho a minha famiacutelia pelos esforccedilos luta e motivaccedilatildeo a
minha namorada que me apoiou durante este periacuteodo de faculdade e aos meus
alunos que fizeram parte da minha trajetoacuteria A meus parceiros de monografia
ldquoTuirdquo e rdquoRonaldinhordquo e todos os voluntaacuterios
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
Dedico este trabalho de conclusatildeo a minha matildee Beatriz pelo carinho
apoio e por acreditar em meu potencial nesse momento especial em minha
vida A meus irmatildeos Gustavo e Guilherme que fizeram parte de minha
trajetoacuteria A meus amigos aqueles que estiveram ao meu lado nos momentos de
confraternizaccedilotildees A minha namorada Fernanda que muito me apoiou nesse
periacuteodo final de faculdade A Meus parceiros de monografia ldquoJatildeozimrdquo e
ldquoRonaldinhordquo esses caras foram essenciais para esse trabalho sem eles essa
dedicatoacuteria natildeo seria escrita
ARTHUR ARIMORI
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares que
esteve presente quando precisamos Agradecemos tambeacutem aos nossos amigos e
colegas de turma os voluntaacuterios as nossas namoradas que nos aguumlentaram
durante este periacuteodo Natildeo poderiacuteamos deixar de agradecer tambeacutem os
funcionaacuterios da instituiccedilatildeo especialmente os professores e as nossas
orientadoras Gisele e Bia que esteve junto a noacutes nesta reta final A todos muito
obrigado
ARTHUR ARIMORI
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
RESUMO
A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo
ABSTRACT
Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours
Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29
Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29
Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os
grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)
30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATP ndash Adenosina Trifosfato
CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida
FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca
LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico
LAer ndash Limiar Aeroacutebio
LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo
LFT ndash Lactato Final Tabata
LR ndash Lactato Repouso
L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos
GA ndash Grupo Ativo
GC ndash grupo Crioterapia
GP ndash Grupo Passivo
JT1 ndash Jump Test 1
JT2 ndash Jump Test 2
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
1 CONCEITOS PRELIMINARES 12
11 Crioterapia 12
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13
113 Benefiacutecios da Crioterapia 13
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17
13 Pliometria 18
131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18
132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20
15 Composiccedilatildeo corporal 21
2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23
21 Condiccedilatildeo ambiental 23
22 Sujeitos 24
23 Material 24
24 Testes 25
241 Medidas antropomeacutetricas 25
242 Composiccedilatildeo corporal 25
243 Pliometria 25
244 Tabata 26
245 Jump Test 26
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27
25 Procedimentos
251 Recuperaccedilatildeo passiva
252 Recuperaccedilatildeo ativa
27
28
28
253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28
26 Anaacutelise estatiacutestica 29
3 RESULTADOS 29
4 DISCUSSAtildeO 30
5 CONCLUSAtildeO 34
REFEREcircNCIAS 35
APEcircNDICE 40
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de
quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo
explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores
resultados
Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de
treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os
componentes
Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo
poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de
homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo
de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al
(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do
corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a
instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo
programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho
mas sobretudo nos mais elevados
Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos
treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre
quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece
quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade
como por exemplo um trote lento ou uma caminhada
O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo
sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees
(FERREIRA 2003)
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras
teacutecnicas como a massagem e a crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a
recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo
utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir
a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo
11
para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e
jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para
tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica
conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de
recuperaccedilatildeo do atleta
A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em
atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo
praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte
os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a
retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma
diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e
permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da
crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do
tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos
danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)
Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que
causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um
dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem
sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo
com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a
limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave
quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar
A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios
com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo
No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de
Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido
muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo
A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de
testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do
Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia
tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem
sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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-
ARTHUR ARIMORI
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
A INFLUEcircNCIA DA CRIOTERAPIA NA REMOCcedilAtildeO DO LACTATO
SANGUIacuteNEO E RECUPERACcedilAtildeO DO ORGANISMO
Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium
para obtenccedilatildeo do titulo de Bacharel em Educaccedilatildeo Fiacutesica
Aprovada em _______________
Profordm Orientador Gisele de Barros Silva
Titulaccedilatildeo Especialista em Fisiologia do Exerciacutecio
Assinatura _____________________________
1ordm Prof (a) _____________________________________________________
Titulaccedilatildeo______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura _____________________________
2ordm Prof (a) _____________________________________________________
Titulaccedilatildeo______________________________________________________
______________________________________________________________
Assinatura _____________________________
DEDICATOacuteRIA
Para que nossa vida tenha um caminho menos difiacutecil eacute fundamental ter
pessoas que nos ajude auxilie e nos motive a enfrentar os obstaacuteculos Entatildeo hoje
natildeo poderia deixar de dedicar este trabalho a todos que contribuiacuteram para que
meu caminho torna-se menos difiacutecil familiares amigos voluntaacuterios professores
e a DEUS
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
Dedico este trabalho a minha famiacutelia pelos esforccedilos luta e motivaccedilatildeo a
minha namorada que me apoiou durante este periacuteodo de faculdade e aos meus
alunos que fizeram parte da minha trajetoacuteria A meus parceiros de monografia
ldquoTuirdquo e rdquoRonaldinhordquo e todos os voluntaacuterios
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
Dedico este trabalho de conclusatildeo a minha matildee Beatriz pelo carinho
apoio e por acreditar em meu potencial nesse momento especial em minha
vida A meus irmatildeos Gustavo e Guilherme que fizeram parte de minha
trajetoacuteria A meus amigos aqueles que estiveram ao meu lado nos momentos de
confraternizaccedilotildees A minha namorada Fernanda que muito me apoiou nesse
periacuteodo final de faculdade A Meus parceiros de monografia ldquoJatildeozimrdquo e
ldquoRonaldinhordquo esses caras foram essenciais para esse trabalho sem eles essa
dedicatoacuteria natildeo seria escrita
ARTHUR ARIMORI
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares que
esteve presente quando precisamos Agradecemos tambeacutem aos nossos amigos e
colegas de turma os voluntaacuterios as nossas namoradas que nos aguumlentaram
durante este periacuteodo Natildeo poderiacuteamos deixar de agradecer tambeacutem os
funcionaacuterios da instituiccedilatildeo especialmente os professores e as nossas
orientadoras Gisele e Bia que esteve junto a noacutes nesta reta final A todos muito
obrigado
ARTHUR ARIMORI
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
RESUMO
A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo
ABSTRACT
Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours
Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29
Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29
Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os
grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)
30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATP ndash Adenosina Trifosfato
CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida
FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca
LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico
LAer ndash Limiar Aeroacutebio
LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo
LFT ndash Lactato Final Tabata
LR ndash Lactato Repouso
L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos
GA ndash Grupo Ativo
GC ndash grupo Crioterapia
GP ndash Grupo Passivo
JT1 ndash Jump Test 1
JT2 ndash Jump Test 2
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
1 CONCEITOS PRELIMINARES 12
11 Crioterapia 12
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13
113 Benefiacutecios da Crioterapia 13
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17
13 Pliometria 18
131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18
132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20
15 Composiccedilatildeo corporal 21
2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23
21 Condiccedilatildeo ambiental 23
22 Sujeitos 24
23 Material 24
24 Testes 25
241 Medidas antropomeacutetricas 25
242 Composiccedilatildeo corporal 25
243 Pliometria 25
244 Tabata 26
245 Jump Test 26
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27
25 Procedimentos
251 Recuperaccedilatildeo passiva
252 Recuperaccedilatildeo ativa
27
28
28
253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28
26 Anaacutelise estatiacutestica 29
3 RESULTADOS 29
4 DISCUSSAtildeO 30
5 CONCLUSAtildeO 34
REFEREcircNCIAS 35
APEcircNDICE 40
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de
quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo
explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores
resultados
Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de
treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os
componentes
Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo
poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de
homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo
de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al
(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do
corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a
instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo
programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho
mas sobretudo nos mais elevados
Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos
treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre
quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece
quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade
como por exemplo um trote lento ou uma caminhada
O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo
sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees
(FERREIRA 2003)
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras
teacutecnicas como a massagem e a crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a
recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo
utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir
a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo
11
para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e
jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para
tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica
conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de
recuperaccedilatildeo do atleta
A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em
atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo
praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte
os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a
retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma
diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e
permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da
crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do
tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos
danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)
Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que
causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um
dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem
sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo
com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a
limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave
quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar
A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios
com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo
No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de
Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido
muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo
A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de
testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do
Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia
tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem
sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
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- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
DEDICATOacuteRIA
Para que nossa vida tenha um caminho menos difiacutecil eacute fundamental ter
pessoas que nos ajude auxilie e nos motive a enfrentar os obstaacuteculos Entatildeo hoje
natildeo poderia deixar de dedicar este trabalho a todos que contribuiacuteram para que
meu caminho torna-se menos difiacutecil familiares amigos voluntaacuterios professores
e a DEUS
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
Dedico este trabalho a minha famiacutelia pelos esforccedilos luta e motivaccedilatildeo a
minha namorada que me apoiou durante este periacuteodo de faculdade e aos meus
alunos que fizeram parte da minha trajetoacuteria A meus parceiros de monografia
ldquoTuirdquo e rdquoRonaldinhordquo e todos os voluntaacuterios
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
Dedico este trabalho de conclusatildeo a minha matildee Beatriz pelo carinho
apoio e por acreditar em meu potencial nesse momento especial em minha
vida A meus irmatildeos Gustavo e Guilherme que fizeram parte de minha
trajetoacuteria A meus amigos aqueles que estiveram ao meu lado nos momentos de
confraternizaccedilotildees A minha namorada Fernanda que muito me apoiou nesse
periacuteodo final de faculdade A Meus parceiros de monografia ldquoJatildeozimrdquo e
ldquoRonaldinhordquo esses caras foram essenciais para esse trabalho sem eles essa
dedicatoacuteria natildeo seria escrita
ARTHUR ARIMORI
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares que
esteve presente quando precisamos Agradecemos tambeacutem aos nossos amigos e
colegas de turma os voluntaacuterios as nossas namoradas que nos aguumlentaram
durante este periacuteodo Natildeo poderiacuteamos deixar de agradecer tambeacutem os
funcionaacuterios da instituiccedilatildeo especialmente os professores e as nossas
orientadoras Gisele e Bia que esteve junto a noacutes nesta reta final A todos muito
obrigado
ARTHUR ARIMORI
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
RESUMO
A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo
ABSTRACT
Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours
Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29
Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29
Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os
grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)
30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATP ndash Adenosina Trifosfato
CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida
FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca
LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico
LAer ndash Limiar Aeroacutebio
LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo
LFT ndash Lactato Final Tabata
LR ndash Lactato Repouso
L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos
GA ndash Grupo Ativo
GC ndash grupo Crioterapia
GP ndash Grupo Passivo
JT1 ndash Jump Test 1
JT2 ndash Jump Test 2
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
1 CONCEITOS PRELIMINARES 12
11 Crioterapia 12
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13
113 Benefiacutecios da Crioterapia 13
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17
13 Pliometria 18
131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18
132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20
15 Composiccedilatildeo corporal 21
2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23
21 Condiccedilatildeo ambiental 23
22 Sujeitos 24
23 Material 24
24 Testes 25
241 Medidas antropomeacutetricas 25
242 Composiccedilatildeo corporal 25
243 Pliometria 25
244 Tabata 26
245 Jump Test 26
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27
25 Procedimentos
251 Recuperaccedilatildeo passiva
252 Recuperaccedilatildeo ativa
27
28
28
253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28
26 Anaacutelise estatiacutestica 29
3 RESULTADOS 29
4 DISCUSSAtildeO 30
5 CONCLUSAtildeO 34
REFEREcircNCIAS 35
APEcircNDICE 40
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de
quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo
explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores
resultados
Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de
treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os
componentes
Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo
poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de
homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo
de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al
(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do
corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a
instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo
programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho
mas sobretudo nos mais elevados
Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos
treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre
quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece
quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade
como por exemplo um trote lento ou uma caminhada
O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo
sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees
(FERREIRA 2003)
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras
teacutecnicas como a massagem e a crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a
recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo
utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir
a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo
11
para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e
jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para
tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica
conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de
recuperaccedilatildeo do atleta
A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em
atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo
praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte
os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a
retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma
diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e
permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da
crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do
tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos
danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)
Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que
causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um
dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem
sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo
com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a
limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave
quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar
A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios
com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo
No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de
Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido
muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo
A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de
testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do
Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia
tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem
sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus e a todos os nossos familiares que
esteve presente quando precisamos Agradecemos tambeacutem aos nossos amigos e
colegas de turma os voluntaacuterios as nossas namoradas que nos aguumlentaram
durante este periacuteodo Natildeo poderiacuteamos deixar de agradecer tambeacutem os
funcionaacuterios da instituiccedilatildeo especialmente os professores e as nossas
orientadoras Gisele e Bia que esteve junto a noacutes nesta reta final A todos muito
obrigado
ARTHUR ARIMORI
JOAtildeO CUNHA BRAGA NETTO
RODRIGO INAacuteCIO DE LIMA
RESUMO
A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo
ABSTRACT
Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours
Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29
Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29
Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os
grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)
30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATP ndash Adenosina Trifosfato
CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida
FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca
LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico
LAer ndash Limiar Aeroacutebio
LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo
LFT ndash Lactato Final Tabata
LR ndash Lactato Repouso
L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos
GA ndash Grupo Ativo
GC ndash grupo Crioterapia
GP ndash Grupo Passivo
JT1 ndash Jump Test 1
JT2 ndash Jump Test 2
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
1 CONCEITOS PRELIMINARES 12
11 Crioterapia 12
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13
113 Benefiacutecios da Crioterapia 13
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17
13 Pliometria 18
131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18
132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20
15 Composiccedilatildeo corporal 21
2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23
21 Condiccedilatildeo ambiental 23
22 Sujeitos 24
23 Material 24
24 Testes 25
241 Medidas antropomeacutetricas 25
242 Composiccedilatildeo corporal 25
243 Pliometria 25
244 Tabata 26
245 Jump Test 26
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27
25 Procedimentos
251 Recuperaccedilatildeo passiva
252 Recuperaccedilatildeo ativa
27
28
28
253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28
26 Anaacutelise estatiacutestica 29
3 RESULTADOS 29
4 DISCUSSAtildeO 30
5 CONCLUSAtildeO 34
REFEREcircNCIAS 35
APEcircNDICE 40
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de
quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo
explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores
resultados
Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de
treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os
componentes
Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo
poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de
homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo
de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al
(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do
corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a
instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo
programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho
mas sobretudo nos mais elevados
Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos
treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre
quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece
quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade
como por exemplo um trote lento ou uma caminhada
O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo
sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees
(FERREIRA 2003)
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras
teacutecnicas como a massagem e a crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a
recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo
utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir
a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo
11
para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e
jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para
tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica
conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de
recuperaccedilatildeo do atleta
A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em
atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo
praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte
os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a
retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma
diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e
permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da
crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do
tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos
danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)
Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que
causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um
dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem
sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo
com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a
limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave
quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar
A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios
com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo
No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de
Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido
muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo
A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de
testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do
Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia
tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem
sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
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-
RESUMO
A crioterapia eacute uma que teacutecnica vem sendo muito utilizada para recuperaccedilatildeo o organismo apoacutes treinamento fiacutesico e tambeacutem no tratamento de lesotildees musculares Possui boa aplicaccedilatildeo praacutetica mas pouco material publicado e disponiacutevel que comprove seus benefiacutecios Sua teacutecnica utiliza o frio para reduzir a temperatura corpoacuterea e por consequumlecircncia provoca algumas alteraccedilotildees fisioloacutegicas como a vaso constriccedilatildeo perifeacuterica no local de aplicaccedilatildeo Diante do pressuposto o objetivo deste estudo foi o de verificar a influecircncia da crioterapia sobre a recuperaccedilatildeo do organismo Para isto foi analisado o efeito que a crioterapia tem sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato e sobre a performance comparando-a com o descanso ativo e o descanso passivo Nestas condiccedilotildees foram selecionados para o estudo (30) trinta voluntaacuterios do gecircnero masculino todos fisicamente ativos com idade entre 18 e 26 anos divididos em trecircs grupos Todos voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito agrave composiccedilatildeo corporal antropometria e submetidos a uma atividade pliomeacutetrica e a um bloco do protocolo de Tabata tendo estas atividades como principal objetivo de trazer dano ao tecido muscular e provocar o aumento de lactato na corrente sanguiacutenea Apoacutes as avaliaccedilotildees e os dados coletados utilizou-se para comparaccedilatildeo dos dados a analise de variacircncia de dois caminhos (ANOVA two way) seguido do teste de Post Hoc de Tukey No que diz respeito ao lactato a taxa de remoccedilatildeo apontaram diferenccedilas significativas Ple005 entre os grupos com maior eficiecircncia do descanso ativo seguido pela crioterapia e o descanso passivo Na anaacutelise da performance do Jump test no primeiro salto e apoacutes 24 horas foi observado diferenccedilas significativas Ple005 entre o primeiro e segundo salto tendo um decliacutenio estatisticamente significante da performance nos trecircs grupos avaliados Considerando os resultados obtidos eacute possiacutevel dizer que a crioterapia natildeo demonstrou ser diferente em comparaccedilatildeo ao grupo passivo e ativo quando relacionado agrave recuperaccedilatildeo do organismo na associaccedilatildeo feita atraveacutes do teste de salto vertical o qual foi realizado antes do protocolo de teste e realizado novamente apoacutes 24 horas Palavras-chave Crioterapia Recuperaccedilatildeo do organismo Lactato sanguiacuteneo
ABSTRACT
Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours
Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29
Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29
Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os
grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)
30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATP ndash Adenosina Trifosfato
CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida
FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca
LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico
LAer ndash Limiar Aeroacutebio
LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo
LFT ndash Lactato Final Tabata
LR ndash Lactato Repouso
L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos
GA ndash Grupo Ativo
GC ndash grupo Crioterapia
GP ndash Grupo Passivo
JT1 ndash Jump Test 1
JT2 ndash Jump Test 2
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
1 CONCEITOS PRELIMINARES 12
11 Crioterapia 12
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13
113 Benefiacutecios da Crioterapia 13
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17
13 Pliometria 18
131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18
132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20
15 Composiccedilatildeo corporal 21
2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23
21 Condiccedilatildeo ambiental 23
22 Sujeitos 24
23 Material 24
24 Testes 25
241 Medidas antropomeacutetricas 25
242 Composiccedilatildeo corporal 25
243 Pliometria 25
244 Tabata 26
245 Jump Test 26
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27
25 Procedimentos
251 Recuperaccedilatildeo passiva
252 Recuperaccedilatildeo ativa
27
28
28
253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28
26 Anaacutelise estatiacutestica 29
3 RESULTADOS 29
4 DISCUSSAtildeO 30
5 CONCLUSAtildeO 34
REFEREcircNCIAS 35
APEcircNDICE 40
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de
quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo
explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores
resultados
Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de
treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os
componentes
Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo
poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de
homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo
de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al
(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do
corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a
instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo
programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho
mas sobretudo nos mais elevados
Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos
treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre
quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece
quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade
como por exemplo um trote lento ou uma caminhada
O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo
sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees
(FERREIRA 2003)
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras
teacutecnicas como a massagem e a crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a
recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo
utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir
a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo
11
para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e
jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para
tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica
conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de
recuperaccedilatildeo do atleta
A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em
atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo
praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte
os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a
retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma
diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e
permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da
crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do
tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos
danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)
Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que
causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um
dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem
sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo
com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a
limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave
quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar
A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios
com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo
No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de
Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido
muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo
A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de
testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do
Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia
tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem
sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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-
ABSTRACT
Cryotherapy is a technique that has been widely used for body recovery after physical training and also to treat muscle injuries It has good practical application but little published material available to prove its benefits The technique uses cold to reduce body temperature and therefore causes some physiological changes such as peripheral vasoconstriction at the injection site Given the assumption the objective of this study was to examine the influence of cryotherapy on the recovery of the organism For this it was investigated the effect that cryotherapy has on the rate of lactate removal and on performance by comparing it with the rest active and passive rest In these conditions were selected for the study (30) thirty male subjects physically active all aged between 18 and 26 years divided into three groups All volunteers were evaluated with regard to body composition anthropometry and subjected to a plyometric activity and a block of Tabata protocol and these activities as the main objective of causing damage to muscle tissue and cause the increase of lactate in the bloodstream After the evaluations and data collected was used to compare data to analysis of variance of two ways (ANOVA Two Way) test followed by the Post Hoc Tukeyrsquos As far as the lactate the removal rate showed significant differences P le 005 between groups with higher efficiency of active rest followed by cryotherapy and the rest liability In the analyze of the performance of the Jump test in the first jump and after 24 hours was observed significant differences P le 005 between the first and second jump with a statistically significant decline in performance in the three groups Considering these results it is possible to say that cryotherapy it was not different compared to the passive and active group when related to recovery of the organism in the association made by the jump test which was performed before the test protocol and held again after 24 hours
Keywords Cryotherapy Organism Recovery Blood lactate
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29
Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29
Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os
grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)
30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATP ndash Adenosina Trifosfato
CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida
FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca
LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico
LAer ndash Limiar Aeroacutebio
LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo
LFT ndash Lactato Final Tabata
LR ndash Lactato Repouso
L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos
GA ndash Grupo Ativo
GC ndash grupo Crioterapia
GP ndash Grupo Passivo
JT1 ndash Jump Test 1
JT2 ndash Jump Test 2
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
1 CONCEITOS PRELIMINARES 12
11 Crioterapia 12
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13
113 Benefiacutecios da Crioterapia 13
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17
13 Pliometria 18
131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18
132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20
15 Composiccedilatildeo corporal 21
2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23
21 Condiccedilatildeo ambiental 23
22 Sujeitos 24
23 Material 24
24 Testes 25
241 Medidas antropomeacutetricas 25
242 Composiccedilatildeo corporal 25
243 Pliometria 25
244 Tabata 26
245 Jump Test 26
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27
25 Procedimentos
251 Recuperaccedilatildeo passiva
252 Recuperaccedilatildeo ativa
27
28
28
253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28
26 Anaacutelise estatiacutestica 29
3 RESULTADOS 29
4 DISCUSSAtildeO 30
5 CONCLUSAtildeO 34
REFEREcircNCIAS 35
APEcircNDICE 40
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de
quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo
explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores
resultados
Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de
treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os
componentes
Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo
poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de
homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo
de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al
(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do
corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a
instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo
programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho
mas sobretudo nos mais elevados
Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos
treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre
quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece
quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade
como por exemplo um trote lento ou uma caminhada
O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo
sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees
(FERREIRA 2003)
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras
teacutecnicas como a massagem e a crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a
recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo
utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir
a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo
11
para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e
jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para
tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica
conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de
recuperaccedilatildeo do atleta
A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em
atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo
praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte
os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a
retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma
diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e
permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da
crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do
tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos
danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)
Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que
causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um
dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem
sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo
com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a
limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave
quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar
A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios
com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo
No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de
Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido
muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo
A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de
testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do
Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia
tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem
sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
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- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Caracteriacutestica dos sujeitos 29
Tabela 2 Concentraccedilotildees de lactato 29
Tabela 3 Comparaccedilatildeo dos valores da performance do Jump Test entre os
grupos (GP) (GA) e (GC) e entre o (JT1) e (JT2)
30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATP ndash Adenosina Trifosfato
CR ndash Contraccedilatildeo Raacutepida
FC ndash Frequumlecircncia Cardiacuteaca
LAEF ndash Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico
LAer ndash Limiar Aeroacutebio
LFR ndash Lactato Apoacutes Recuperaccedilatildeo
LFT ndash Lactato Final Tabata
LR ndash Lactato Repouso
L5` ndash Lactato Apoacutes 5 Minutos
GA ndash Grupo Ativo
GC ndash grupo Crioterapia
GP ndash Grupo Passivo
JT1 ndash Jump Test 1
JT2 ndash Jump Test 2
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
1 CONCEITOS PRELIMINARES 12
11 Crioterapia 12
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13
113 Benefiacutecios da Crioterapia 13
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17
13 Pliometria 18
131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18
132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20
15 Composiccedilatildeo corporal 21
2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23
21 Condiccedilatildeo ambiental 23
22 Sujeitos 24
23 Material 24
24 Testes 25
241 Medidas antropomeacutetricas 25
242 Composiccedilatildeo corporal 25
243 Pliometria 25
244 Tabata 26
245 Jump Test 26
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27
25 Procedimentos
251 Recuperaccedilatildeo passiva
252 Recuperaccedilatildeo ativa
27
28
28
253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28
26 Anaacutelise estatiacutestica 29
3 RESULTADOS 29
4 DISCUSSAtildeO 30
5 CONCLUSAtildeO 34
REFEREcircNCIAS 35
APEcircNDICE 40
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de
quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo
explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores
resultados
Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de
treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os
componentes
Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo
poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de
homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo
de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al
(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do
corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a
instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo
programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho
mas sobretudo nos mais elevados
Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos
treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre
quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece
quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade
como por exemplo um trote lento ou uma caminhada
O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo
sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees
(FERREIRA 2003)
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras
teacutecnicas como a massagem e a crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a
recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo
utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir
a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo
11
para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e
jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para
tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica
conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de
recuperaccedilatildeo do atleta
A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em
atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo
praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte
os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a
retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma
diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e
permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da
crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do
tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos
danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)
Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que
causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um
dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem
sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo
com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a
limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave
quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar
A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios
com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo
No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de
Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido
muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo
A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de
testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do
Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia
tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem
sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
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- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
1 CONCEITOS PRELIMINARES 12
11 Crioterapia 12
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia 13
113 Benefiacutecios da Crioterapia 13
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo 14
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo 17
13 Pliometria 18
131 Princiacutepio do treinamento de pliometria 18
132 Influecircncia do treinamento de pliometria 19
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio 20
15 Composiccedilatildeo corporal 21
2 CAUSUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS 23
21 Condiccedilatildeo ambiental 23
22 Sujeitos 24
23 Material 24
24 Testes 25
241 Medidas antropomeacutetricas 25
242 Composiccedilatildeo corporal 25
243 Pliometria 25
244 Tabata 26
245 Jump Test 26
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo 27
25 Procedimentos
251 Recuperaccedilatildeo passiva
252 Recuperaccedilatildeo ativa
27
28
28
253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28
26 Anaacutelise estatiacutestica 29
3 RESULTADOS 29
4 DISCUSSAtildeO 30
5 CONCLUSAtildeO 34
REFEREcircNCIAS 35
APEcircNDICE 40
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de
quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo
explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores
resultados
Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de
treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os
componentes
Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo
poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de
homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo
de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al
(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do
corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a
instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo
programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho
mas sobretudo nos mais elevados
Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos
treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre
quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece
quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade
como por exemplo um trote lento ou uma caminhada
O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo
sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees
(FERREIRA 2003)
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras
teacutecnicas como a massagem e a crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a
recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo
utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir
a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo
11
para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e
jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para
tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica
conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de
recuperaccedilatildeo do atleta
A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em
atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo
praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte
os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a
retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma
diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e
permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da
crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do
tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos
danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)
Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que
causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um
dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem
sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo
com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a
limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave
quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar
A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios
com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo
No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de
Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido
muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo
A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de
testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do
Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia
tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem
sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
253 Recuperaccedilatildeo crioterapia 28
26 Anaacutelise estatiacutestica 29
3 RESULTADOS 29
4 DISCUSSAtildeO 30
5 CONCLUSAtildeO 34
REFEREcircNCIAS 35
APEcircNDICE 40
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de
quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo
explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores
resultados
Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de
treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os
componentes
Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo
poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de
homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo
de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al
(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do
corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a
instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo
programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho
mas sobretudo nos mais elevados
Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos
treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre
quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece
quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade
como por exemplo um trote lento ou uma caminhada
O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo
sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees
(FERREIRA 2003)
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras
teacutecnicas como a massagem e a crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a
recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo
utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir
a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo
11
para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e
jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para
tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica
conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de
recuperaccedilatildeo do atleta
A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em
atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo
praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte
os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a
retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma
diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e
permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da
crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do
tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos
danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)
Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que
causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um
dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem
sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo
com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a
limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave
quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar
A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios
com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo
No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de
Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido
muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo
A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de
testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do
Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia
tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem
sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
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1 INTRODUCcedilAtildeO
A pesquisa cientifica busca cada vez mais melhorar a performance de
quem praacutetica atividade fiacutesica ou participa de algum treinamento esportivo
explorando cada fase de treinamento com o objetivo de alcanccedilar melhores
resultados
Segundo De La Rosa Farto (2007) a relaccedilatildeo entre todos os fatores de
treinamento cria um sistema de integraccedilatildeo e dependecircncia entre os
componentes
Um dos componentes de integraccedilatildeo deste sistema eacute a recuperaccedilatildeo
poacutes-treino que tem como objetivo trazer o organismo ao estado de
homeostasia recuperando o dano e a funccedilatildeo muscular junto com a remoccedilatildeo
de produtos metaboacutelicos com o lactato sanguiacuteneo De acordo com Pastre et al
(2009) a recuperaccedilatildeo poacutes-exerciacutecio consiste em restaurar os sistemas do
corpo a sua condiccedilatildeo basal proporcionando equiliacutebrio e prevenindo a
instalaccedilatildeo de lesotildees e nesse sentido torna-se aspecto importante de todo
programa de condicionamento fiacutesico em quaisquer niacuteveis de desempenho
mas sobretudo nos mais elevados
Existem dois tipos de intervalos ou descansos usados nos
treinamentos satildeo chamados de passivos e ativos O descanso passivo ocorre
quando o treinamento eacute totalmente interrompido e o descanso ativo acontece
quando em um intervalo o atleta natildeo para totalmente e manteacutem uma atividade
como por exemplo um trote lento ou uma caminhada
O descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo aumentando a circulaccedilatildeo
sanguiacutenea e reparando as microlesotildees prevenindo assim possiacuteveis lesotildees
(FERREIRA 2003)
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino tambeacutem pode englobar outras
teacutecnicas como a massagem e a crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para potencializar a
recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes atividade fiacutesica com a aplicaccedilatildeo de gelo
utilizaccedilatildeo de cacircmara fria ou imersatildeo em aacutegua gelada com objetivo de diminuir
a temperatura corpoacuterea De acordo com Fonseca (2009) a utilizaccedilatildeo de gelo
11
para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e
jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para
tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica
conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de
recuperaccedilatildeo do atleta
A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em
atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo
praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte
os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a
retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma
diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e
permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da
crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do
tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos
danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)
Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que
causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um
dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem
sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo
com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a
limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave
quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar
A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios
com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo
No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de
Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido
muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo
A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de
testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do
Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia
tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem
sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
11
para curar inflamaccedilotildees e problemas meacutedicos no geral eacute uma praacutetica milenar e
jaacute era adotada por gregos e romanos que aproveitavam o gelo natural para
tratar os pacientes Nos dias de hoje o processo evoluiu e a teacutecnica
conhecida como crioterapia ganha cada vez mais espaccedilo no processo de
recuperaccedilatildeo do atleta
A crioterapia vem sendo muito utilizado na recuperaccedilatildeo poacutes-treino em
atletas como jogadores de futebol lutadores e triatletas tendo boa aplicaccedilatildeo
praacutetica mas pouco acervo publicado e disponiacutevel para pesquisa que aponte
os benefiacutecios e sua forma de utilizaccedilatildeo A crioterapia eacute utilizada para a
retirada de calor do corpo Esta induz os tecidos a um estado de hipotermia
com uma reduccedilatildeo da taxa metaboacutelica local promovendo desta forma uma
diminuiccedilatildeo das necessidades de oxigecircnio pela ceacutelula preservando-a e
permitindo que ela possa se recuperar sem maiores danos Os objetivos da
crioterapia referem-se agrave condiccedilatildeo de preservaccedilatildeo da integridade da ceacutelula do
tecido lesado possibilitando assim uma reparaccedilatildeo mais raacutepida e com menos
danos estruturais (DANTAS SILVA 2009)
Nos estudos sobre os benefiacutecios da crioterapia um dos fatores que
causa discussotildees e contradiccedilotildees entre os pesquisadores sendo tambeacutem um
dos objetivos deste estudo eacute investigar a influecircncia que a crioterapia tem
sobre a taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
O lactato sanguiacuteneo eacute um subproduto da glicolise anaeroacutebia De acordo
com Guyton (1998) o acido laacutetico provoca extrema fadiga sendo que a
limitaccedilatildeo deste sistema de produccedilatildeo de energia estaacute diretamente ligada agrave
quantidade de acido laacutetico que a musculatura pode tolerar
A produccedilatildeo de lactato estaacute diretamente ligada agrave praacutetica de exerciacutecios
com menor tempo de duraccedilatildeo mas com alta intensidade em sua execuccedilatildeo
No estudo deste projeto iremos usar a pliomeacutetrica e o protocolo de
Tabata exerciacutecios fiacutesicos que teratildeo a finalidade de provocar dano ao tecido
muscular e aumentar a concentraccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo no organismo
A pesquisa usaraacute 30 voluntaacuterios divididos em trecircs grupos A fase de
testes seraacute feita no ginaacutesio e no laboratoacuterio de anaacutelise do esforccedilo fiacutesico do
Unisalesiano tendo como objetivo geral observar o efeito que a crioterapia
tem sobre o organismo e objetivo especiacutefico de verificar o efeito que ele tem
sobre a remoccedilatildeo de lactato e recuperaccedilatildeo do organismo
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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-
12
Definidos os objetivos o estudo seraacute norteado pela questatildeo abaixo
- A crioterapia influecircncia na recuperaccedilatildeo do organismo e na remoccedilatildeo
de lactato sanguiacuteneo
Acredita-se que a crioterapia promova alteraccedilotildees no mecanismo de
recuperaccedilatildeo do sistema muscular e na taxa de remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo
provocando alteraccedilotildees principalmente na busca pela homeostasia quando
comparada com outros meacutetodos de recuperaccedilatildeo poacutes-treino
1 CONCEITOS PRELIMINARES
11 Crioterapia
A crioterapia eacute uma teacutecnica que utiliza o frio para diminuir a temperatura
corpoacuterea induzindo os tecidos a um estado de hipotermia sendo aplicada na
forma liacutequida (por meio da aacutegua gelada) gasosa (em aplicaccedilatildeo de gases e
sprays a temperaturas baixas) ou soacutelida (com gelo)
Segundo Fonseca (2009) a crioterapia eacute uma praacutetica milenar aplicada
haacute muito tempo sendo difundida principalmente na Europa e nos Estados
Unidos tendo ganhando cada vez mais espaccedilo no processo de recuperaccedilatildeo
do atleta
A terapia do frio que envolve o uso do gelo banhos gelados turbilhatildeo
e bolsas de gelo por 10 a 15 minutos podem ter importantes benefiacutecios
fisioloacutegicos na recuperaccedilatildeo da fadiga (BOMPA2001p240)
Sua aplicaccedilatildeo pode ser feita para tratamento de traumatismos
mecacircnicos dores cervicodorsolombares edemas poacutes-traumaacuteticos espasmos
musculares artroses lesotildees periarticulares tendinites bursites e alguns poacutes
operatoacuterioscomo a artroplastia total do joelho
A crioterapia por si soacute natildeo conduz agrave cura de nenhuma patologia no
entanto podemos consideraacute-la como um instrumento valioso que auxilia no
tratamento de vaacuterias afecccedilotildees musculares e articulares (FREITAS2006)
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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-
13
112 Respostas fisioloacutegicas da Crioterapia
As baixas temperaturas que os tecidos satildeo expostos pela teacutecnica faz
com que o organismo altere alguns mecanismos principalmente os termo
reguladores A crioterapia induz a regiatildeo aplicada passar por uma vaso
constriccedilatildeo perifeacuterica principalmente na pele
Uma das principais funccedilotildees da crioterapia no sistema circulatoacuterio eacute a
diminuiccedilatildeo do fluxo sanguumliacuteneo devido agrave vasoconstriccedilatildeo Este efeito acarreta
um controle da hemorragia inicial intratecidual e limita a extensatildeo da lesatildeo
(LOPES et al2003)
Os efeitos metaboacutelicos ocorrem principalmente sobre as enzimas
degradativas que estatildeo envolvidas nos processos inflamatoacuterios limitando sua
atuaccedilatildeo nos tecidos A reduccedilatildeo do metabolismo tambeacutem eacute outro efeito
metaboacutelico De acordo com Lopes et al (2003) a reduccedilatildeo da temperatura
Tecidual eacute dado o nome de hipotermia que tem o principal objetivo de
reduzir a atividade metaboacutelica dos tecidos envolvidos para que estes tecidos
resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2 diminuindo a lesatildeo
hipoxica secundaacuteria
113 Benefiacutecios da Crioterapia
Os benefiacutecios do uso adequado da crioterapia satildeo muitos como a accedilatildeo
preventiva antiinflamatoacuteria de raacutepido resultado a diminuiccedilatildeo de fadiga e
espasmos musculares e a raacutepida ativaccedilatildeo circulatoacuteria sendo muito usada em
casos de lesatildeo (FONSECA 2010)
A teacutecnica tambeacutem promove uma melhor recuperaccedilatildeo das microlesotildees
provocadas pelo desgastes fiacutesicos que envolvem uma competiccedilatildeo esportiva
possibilitando uma recuperaccedilatildeo mais raacutepida e com menos danos estruturais
Segundo Nunes (2009) o benefiacutecio mais perseguido da crioterapia eacute o
efeito analgeacutesico (redutor da dor) que ela proporciona de forma localizada e
sem a utilizaccedilatildeo de agentes farmacoloacutegicos
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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-
14
12 Lactato Produccedilatildeo e remoccedilatildeo
Desde que Fletcher Hopkins em (1907 apud VILLAR DENADAI 1998)
demonstraram a formaccedilatildeo de aacutecido laacutetico durante a contraccedilatildeo muscular muita
atenccedilatildeo tem sido dada aos provaacuteveis mecanismos que controlam sua
produccedilatildeo e remoccedilatildeo durante o exerciacutecio onde novas pesquisas surgiram e
evidenciaram que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato
energeacutetico pelo fiacutegado muacutesculos esqueleacuteticos e o coraccedilatildeo Este conceito de
que o lactato pode ser produzido num tecido e transportado a outro para ser
utilizado como fonte de energia eacute denominada de ldquolanccediladeira de lactatordquo
(POWERS HOWLEY 2005) Para realizar quase todas as tarefas que nosso
corpo necessita para a nossa sobrevivecircncia (funccedilotildees bioloacutegicas) ou para que
possa realizar uma accedilatildeo do nosso comando (movimentos e exerciacutecios) eacute
necessaacuterio um gasto de energia para que isto aconteccedila Esta energia eacute
proveniente de uma moleacutecula chamada ATP (adenosina trifosfato) uma
moleacutecula universal condutora de alta energia (produzida em todas as ceacutelulas
vivas como um modo de capturar e armazenar energia) Esta consiste de base
puacuterica adenina e do accediluacutecar de cinco carbonos ribose aos quais satildeo
adicionadas de forma linear trecircs moleacuteculas de fosfato Agrave medida que o corpo
vai realizando suas funccedilotildees o ATP eacute degradado e consequumlentemente
restaurado por outra fonte energeacutetica que pode ser proveniente da
fosfocreatina (intramuscular) das gorduras dos carboidratos ou das proteiacutenas
(FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Na presenccedila de oxigecircnio e na pouca necessidade de solicitaccedilatildeo o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose e sua fonte eacute praticamente ilimitada no nosso
corpo natildeo o levando ao risco de sofrer pela maacute utilizaccedilatildeo deste substrato Por
outro lado na necessidade de alta velocidade de ressiacutentese do ATP o
organismo iraacute optar pela glicose ou glicogecircnio hepaacutetico e muscular como em
exerciacutecios extenuantes e muito intensos Isso tambeacutem ocorreria na ausecircncia
de oxigecircnio durante o processo de geraccedilatildeo de energia chamado de via
glicoliacutetica Essa via eacute capaz de gerar energia suficiente para ressiacutentese do
ATP mas tendo como produto final o aacutecido laacutetico (um subproduto ldquotoacutexicordquo
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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-
15
gerado no decorrer do ciclo de ressiacutentese do ATP) que faz com que o
exerciacutecio seja interrompido minutos depois pela instalaccedilatildeo da fadiga muscular
dos muacutesculos exercitados (McARDLE KATCH KARTCH 1992)
O lactato natildeo deve ser encarado como um produto de desgaste
metaboacutelico pelo contraacuterio proporciona uma fonte valiosa de energia quiacutemica
que se acumula como resultado do exerciacutecio intenso Quando se toma
novamente disponiacutevel uma quantidade suficiente de oxigecircnio durante a
recuperaccedilatildeo ou quando o ritmo do exerciacutecio diminui o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogecircnios ligados ao lactato para
subsequumlente oxidaccedilatildeo a fim de formar ATP Os esqueletos de carbono das
moleacuteculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exerciacutecio seratildeo oxidados para a obtenccedilatildeo de energia ou seratildeo sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogecircnese) no ciclo de Cori O ciclo de Cori
que natildeo serve apenas para remover o lactato mas o utiliza tambeacutem para
reabastecer as reservas de glicogecircnio depletadas no exerciacutecio aacuterduo (SMITH
et al 1998)
Quando a oxidaccedilatildeo do lactato iguala sua produccedilatildeo o niacutevel sanguumliacuteneo
de lactato se manteacutem estaacutevel apesar de um aumento na intensidade do
exerciacutecio e no consumo de oxigecircnio Para as pessoas sadias poreacutem
destreinadas o lactato sanguumliacuteneo comeccedila a acumular-se e sobe de maneira
exponencial para aproximadamente 55 de sua capacidade maacutexima para o
metabolismo aeroacutebio A explicaccedilatildeo habitual para um acuacutemulo do lactato
sanguumliacuteneo durante o exerciacutecio pressupotildee uma hipoxia (falta de oxigenaccedilatildeo da
musculatura) tecidual relativa Quando o metabolismo glicoliacutetico predomina a
produccedilatildeo de nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH mdash coenzima envolvida
na transferecircncia de energia) ultrapassa a capacidade da ceacutelula de arremessar
seus hidrogecircnios (eleacutetrons) atraveacutes da cadeia respiratoacuteria pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigecircnio ao niacutevel tecidual O desequiliacutebrio na
liberaccedilatildeo de oxigecircnio e a subsequumlente oxidaccedilatildeo fazem com que o piruvato
(substrato final da degradaccedilatildeo da glicose muito importante para a formaccedilatildeo
do lactato) possa aceitar o excesso de hidrogecircnios o que resulta em acuacutemulo
de lactato (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
O lactato eacute formado continuamente durante o repouso e o exerciacutecio
moderado As adaptaccedilotildees musculares induzidas pelo treinamento aeroacutebio
16
permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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-
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permitem os altos ritmos de renovaccedilatildeo do lactato assim sendo o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exerciacutecio que no estado
destreinado (JUEL 1998)
Outra explicaccedilatildeo para o acuacutemulo de lactato durante o exerciacutecio poderia
incluir a tendecircncia para a enzima desidrogenase laacutetica (LDH) nas fibras
musculares de contraccedilatildeo lenta favorecer a conversatildeo de lactato para piruvato
Portanto o recrutamento das fibras de contraccedilatildeo raacutepida com o aumento
da intensidade do exerciacutecio favorece a formaccedilatildeo de lactato
independentemente da oxigenaccedilatildeo tecidual (BENEKE et at 2003)
Referindo-se ainda a formaccedilatildeo de lactato Denadai (1999) salienta que
embora o muacutesculo esqueleacutetico seja o maior siacutetio de produccedilatildeo e liberaccedilatildeo de
lactato durante o exerciacutecio outros oacutergatildeos (intestino fiacutegado pele) tambeacutem
podem produzir e liberar lactato A maior produccedilatildeo de aacutecido laacutectico ocorre
durante exerciacutecios que soacute podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos
quando este sistema eacute exigido ao maacuteximo
Durante um exerciacutecio exaustivo os muacutesculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido laacutetico antes de surgir agrave
fadiga (FOSS KETEYIAN FOX 2000)
Segundo McArdle Katch Katch (1992) atletas de velocidade-potecircncia
em geral alcanccedilam niacuteveis sanguiacuteneos de lactato 20 a 30 mais altos que
seus congecircneres destreinados durante o exerciacutecio maacuteximo de curta duraccedilatildeo
Depois de sua formaccedilatildeo no muacutesculo o lactato se difunde rapidamente
para o espaccedilo intersticial e para o sangue para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energeacutetico (JUEL 1998)
No exerciacutecio extenuante quando as demandas energeacuteticas
ultrapassam tanto o suprimento de oxigecircnio quanto seu ritmo de utilizaccedilatildeo a
cadeia respiratoacuteria natildeo consegue processar todo o hidrogecircnio ligado ao
NADH A liberaccedilatildeo contiacutenua de energia anaeroacutebia na glicoacutelise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeiacutedo (subproduto da
degradaccedilatildeo da glicose) caso contraacuterio o ritmo raacutepido da glicoacutelise ldquose esgotardquo
Durante a glicoacutelise anaeroacutebia NAD ldquoeacute liberadordquo agrave medida que pares de
hidrogecircnios natildeo oxidados ldquoem excessordquo se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato O acuacutemulo de lactato e natildeo apenas sua
17
produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
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- HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
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produccedilatildeo anuncia o iniacutecio do metabolismo energeacutetico anaeroacutebio (SMITH et
al 2002)
Uma reduccedilatildeo na intensidade desse exerciacutecio aacuterduo para prolongar o
periacuteodo do exerciacutecio acarreta uma reduccedilatildeo correspondente tanto no ritmo de
acuacutemulo quanto no niacutevel final de lactato sanguumliacuteneo (FOSS 2000) Apesar de
o lactato sanguumliacuteneo permanecer elevado por uma a duas horas apoacutes um
exerciacutecio altamente anaeroacutebio as concentraccedilotildees sanguiacuteneas e musculares de
H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperaccedilatildeo ativa Aleacutem disso
exerciacutecios de alta intensidade onde as concentraccedilotildees de lactato se elevam
muito acima de seus niacuteveis de repouso tende a voltar a sua normalidade por
volta de 30 a 60 minutos apoacutes a atividade (HIGINO 2001) Em condiccedilotildees
aeroacutebias o ritmo de remoccedilatildeo do lactato por outros tecidos corresponde a seu
ritmo de formaccedilatildeo resultando na ausecircncia de qualquer acuacutemulo efetivo de
lactato isto eacute a concentraccedilatildeo sanguumliacutenea de lactato se manteacutem estaacutevel
Somente quando a remoccedilatildeo natildeo manteacutem paralelismo com a produccedilatildeo o
lactato acumula-se no sangue (BIRCHER KNECHTLE 2004)
121 Influencia do lactato sanguiacuteneo no muacutesculo
De acordo com Wimore Costill (2001) o acido laacutetico acumulado no
organismo se dissocia transformando em lactato e causando um acumulo de
iacuteons hidrogecircnio Este acumulo de H+ produz acidificaccedilatildeo muscular resultando
numa condiccedilatildeo conhecida com acidose que interfere no pH muscular e afeta
de forma adversa agrave produccedilatildeo de energia e a contraccedilatildeo muscular Aleacutem disso
o H+ produzido cessa a degradaccedilatildeo do glicogecircnio provocando uma raacutepida
diminuiccedilatildeo de ATP e em ultima instancia a exaustatildeo
Guyton (1998) aponta que a utilizaccedilatildeo e limitaccedilatildeo do sistema
Glicogecircnio-Aacutecido Laacutetico para a produccedilatildeo de energia estaacute ligado diretamente
com a quantidade de acido laacutetico que a pessoa pode tolerar em seus
muacutesculos e liacutequidos corporais funcionando como uma autolimitaccedilatildeo para o
uso adicional deste sistema
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
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-
18
Bompa (2001) aborda que qualquer movimento atleacutetico que exija
rapidez ou forccedila de contraccedilatildeo recruta fibras de contraccedilatildeo raacutepida (CR) Durante
exerciacutecios intensos as fibras de CR produzem o acumulo de acido laacutetico e
aumentando os niacuteveis de lactato no organismo As trocas bioquiacutemicas durante
a contraccedilatildeo muscular resultam na liberaccedilatildeo de iacuteons H+ que promove a
acidose do meio ou a ldquofadiga do lactatordquo O aumento da acidose inibe a
capacidade de ligaccedilatildeo de caacutelcio pela ativaccedilatildeo da troponina outra proteiacutena
contraacutetil Sua desativaccedilatildeo pode expandir a conexatildeo entre a fadiga e o
exerciacutecio
13 Pliometria
Wilmore Costil (2001) define pliometria como uma forma nova de
treinamento de forccedila dinacircmico ou de salto que se tornou popular no final da
deacutecada de 1970 e no iniacutecio da deacutecada para melhorar a capacidade de salto
A pliometria eacute uma forma de exerciacutecio que busca maximizar a utilizaccedilatildeo
dos muacutesculos em movimentos raacutepidos e de explosatildeo explorando o muacutesculo
com sequumlecircncia de contraccedilotildees excecircntricas e concecircntricas buscando
aperfeiccediloar a otimizaccedilatildeo das mesmas
A Pliometria eacute um meacutetodo de treinamento da Forccedila Explosiva ou Forccedila
Raacutepida Satildeo rotinas de exerciacutecios que conectam a forccedila e a velocidade de
movimento para produzir um tipo de movimento explosivo-reativo (FEITOSA
2010)
Os exerciacutecios podem ser divididos como os de baixo e alto impacto Os
de baixo impacto satildeo os educativos (skiping baixo skiping alto e anfersen)
pular corda e saltar sobre bancos baixos Os de alto impacto satildeo os
educativos (hop haupserlauumlfen) salto em distacircncia e triplo saltos sobre
bancos e plintos acima de 35 cm e Saltos em profundidade com dois tempos
(saltos reativos) De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por
um processo de encurtamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica
estoca e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da
forccedila o ciclo alongamento-encurtamento
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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-
19
131 Princiacutepio do treinamento de pliometrico
A pliometria tem uma natureza de exerciacutecio excecircntrico que utiliza
principalmente os saltos normais e os saltos em profundidade para
proporcionar as adaptaccedilotildees fisioloacutegicas do treinamento A pliometria inclui
tambeacutem qualquer rotina de exerciacutecio que utiliza o reflexo de alongamento para
produzir uma reaccedilatildeo explosiva Segundo Rossi Brandaliz (2007) a pliometria
passa por ciclos de alongar-encurtar sendo baseada na combinaccedilatildeo dos
reflexos de estiramento muscular e nas propriedades mecacircnicas
principalmente elaacutesticas do sistema muacutesculotendiacuteneo contribuindo desta
teacutecnica para o ganho de potecircncia auxiliando na melhora do desempenho e
controle neuromuscular
De acordo com Fleck Kraemer (2006) a piometria passa por um
processo de encutamento-alongamento aborda que a energia elaacutestica estoca
e os reflexos neurais satildeo os elementos responsaacuteveis pelo aumento da forccedila o
ciclo alongamento-encurtamento
A pliometria utiliza o reflexo de estiramento para facilitar o recrutamento
de unidades motoras adicionais Ela tambeacutem adiciona uma carga aos
componentes elaacutesticos e contraacuteteis do muacutesculo (WILMORE COTILL 2001
p104)
De acordo com Bompa (2004) a potencia produzida por uma contraccedilatildeo
do tipo alongamento-encurtamento aumenta a tensatildeo no tendatildeo e junto com
o impulso nervoso produz uma impulsatildeo mais potente Este resultado
acontece na fase excecircntrica mais econocircmica e eficaz
132 Influecircncia do treinamento de pliometria
O treinamento pliomeacutetrico influecircncia principalmente nas capacidades
fiacutesicas de forccedila velocidade e na potencia que uma variaacutevel diretamente
proporcional Feitosa (2009) relata que estudos publicados recentemente
mostram a melhora da economia de corrida atraveacutes do aumento da forccedila e a
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
- HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
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- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
20
potecircncia aumentando a capacidade do muacutesculo suportar o estresse
mecacircnico aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elaacutestica e
possivelmente aumenta a eficiecircncia mecacircnica
Fleck Kraemer (2006) relata que estudos demonstraram que treinos
com saltos em profundidade de 75 ou 110 cm apontaram aumento no salto
contramovimento de forccedila maacutexima de extensores do joelho e taxa de
produccedilatildeo de forccedila de extensores do joelho e quadril
A atividade fiacutesica de caracteriacutestica excecircntrica pode gerar uma
adaptaccedilatildeo chamada de ldquoefeito do exerciacutecio repetidordquo no qual minimiza os
danos provocados na realizaccedilatildeo de exerciacutecio da mesma natureza
Segundo Miyama Nosaka (2007) os mecanismos de proteccedilatildeo do
efeito do exerciacutecio repetido parecem ser decorrentes de um aumento do
recrutamento de unidades motoras de contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande
nuacutemero de unidades motoras (adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia
muscular dinacircmica e passiva (adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de
sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o
acoplamento excitaccedilatildeo-contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular) entre outras
De acordo com Bompa (2004) o uso de exerciacutecios pliomeacutetrico
desenvolve o sistema de reaccedilatildeo ldquoneuromuscularrdquo a qual carregamos
componentes elaacutesticos e contrateis do muacutesculo permitindo que o muacutesculo
estoque energia na fase excecircntrica e libere na fase concecircntrica do exerciacutecio
usando um movimento raacutepido e explosivo
14 Recuperaccedilatildeo apoacutes o exerciacutecio
De acordo com Fox Bowers Foss (1991) a recuperaccedilatildeo do organismo
tem por finalidade restaurar o muacutesculo e o restante do corpo a sua condiccedilatildeo
preacute-exerciacutecio com o objetivo de restaurar o consumo de oxigecircnio as
proximidades dos niacuteveis de repouso restaurar as reservas de ATP e PC e de
glicogecircnio muscular e hepaacutetico que foram depletadas durante o exerciacutecio e
remoccedilatildeo do aacutecido laacutetico acumulado no organismo
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
21
A recuperaccedilatildeo do organismo apoacutes treino eacute dividida em recuperaccedilatildeo
passiva e ativa A recuperaccedilatildeo passiva eacute quando no periacuteodo de descanso a
praticante cessa completamente as atividades enquanto que na recuperaccedilatildeo
ativa o praticante continua fazendo exerciacutecios em baixas intensidades De
acordo com Fonseca (2010) o descanso passivo eacute indicado para quem tem
um condicionamento fiacutesico pouco desenvolvido para evitar a fadiga precoce
no iniacutecio de uma programaccedilatildeo
O Descanso ativo pode ser considerado um descanso mais eficiente
frente agraves exigecircncias de uma prova de longa duraccedilatildeo Na verdade descansar
ativamente significa um aumento da circulaccedilatildeo sanguumliacutenea reparando de
forma mais raacutepida as microlesotildees provocadas pelo excesso de contraccedilotildees
nos grupamentos musculares envolvidos na competiccedilatildeo Aleacutem disso
possibilita que tais grupamentos tornem-se mais resistentes prevenindo
possiacuteveis lesotildees (FERREIRA 2010)
No periacuteodo de recuperaccedilatildeo entramos numa fase anaboacutelica (siacutentese
reparaccedilatildeo) de recuperaccedilatildeo dos substratos energeacuteticos gastos durante a
atividade fiacutesica e da reconstruccedilatildeo das fibras musculares lesionadas Logo o
equiliacutebrio entre essas duas fases traz um bom funcionamento das funccedilotildees
vitais do organismo evitando assim as consequumlecircncias indesejadas do
supertreinamento (PRETTO 2008)
De acordo com Trentine (2010) durante o treinamento perdemos e
ganhamos no periacuteodo de descanso Eacute no repouso que comeccedilamos a produzir
hormocircnios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1) que
ldquoavisardquo ao corpo que ele precisa produzir moleacuteculas de proteiacutena Dormir bem
tambeacutem eacute fundamental para produzir o GH (hormocircnio do crescimento) Esse
hormocircnio promove a absorccedilatildeo do esforccedilo oferecendo ao organismo todo o
lucro do trabalho fiacutesico desenvolvido Sem ele a atividade fiacutesica provocaria
apenas desgaste e envelhecimento precoce dos tecidos envolvidos
O repouso eacute um componente essencial no treinamento esportivo mas
somente seraacute considerado como parte integrante do treino quando for
organizado de acordo com a periodizaccedilatildeo do dia semana mecircs e ano do
esportista (TRENTINE 2010)
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
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-
22
15 Composiccedilatildeo corporal
A composiccedilatildeo corporal eacute um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria Pode ser definida como sendo ldquoa quantificaccedilatildeo
dos principais componentes estruturais do corpo humanordquo (MALINA 1969)
Atraveacutes da composiccedilatildeo corporal pode-se aleacutem de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa podem-se utilizar os
dados desta analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento
de crianccedilas e jovens o status dos componentes corporais de adultos e idosos
bem como prescrever exerciacutecios
A composiccedilatildeo corporal eacute um componente chave para a aptidatildeo fiacutesica e
sauacutede Atraveacutes do estudo da composiccedilatildeo corporal eacute possiacutevel quantificar
gordura muacutesculo osso e viacutescera e ainda traccedilar um perfil individual ou de
grupos em relaccedilatildeo agrave especialidade esportiva posiccedilatildeo de jogo atividade fiacutesica
ou sedentarismo Para a anaacutelise da composiccedilatildeo corporal eacute importante que se
entenda os modelos teoacutericos de fracionamento do corpo humano haja vista
que eacute impossiacutevel separar-se in vivo os componentes corporais (aacutegua
proteiacutena mineral e gordura) (BEHNKE WILMORE 1974)
Em crianccedilas e jovens o estudo da composiccedilatildeo corporal eacute necessaacuterio
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance fiacutesica e sauacutede estudar alguns fatores como os geneacuteticos
nutricionais e influecircncia da atividade fiacutesica sobre os muacutesculos ossos e
gordura (LOHMAN 1986)
Os padrotildees miacutenimos de gordura essencial para homens situam-se em
torno de 3 e para as mulheres em torno de 12 do peso corporal total
enquanto valores acima de 20 para homens e 30 para mulheres podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE
KATCH KATCH 1992) POLLOCK WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura natildeo deve exceder 20 e 27 do peso corporal total para o
homem e para a mulher respectivamente Jaacute Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12 a 25 para mulheres
adultas jovens Entretanto para a populaccedilatildeo geral recomenda niacuteveis entre
12 e 18 para homens e 16 e 25 para mulheres Estes paracircmetros satildeo
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
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- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
23
importantes tanto para a performance atleacutetica (especiacuteficos para cada
modalidade) quanto para o bem-estar sendo considerados indicadores da
sauacutede de uma populaccedilatildeo
As mensuraccedilotildees regulares da composiccedilatildeo corporal satildeo uacuteteis para os
atletas a fim de monitorar as alteraccedilotildees durante a temporada bem como no
periacuteodo fora delas assim o atleta saberaacute se as alteraccedilotildees de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal Natildeo se deve
recomendar reduccedilatildeo de porcentagem de gordura pois apresenta erro na
mensuraccedilatildeo que natildeo pode ser ignorado Com meacutetodos adequados e
mensuraccedilotildees cuidadosas a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4 de gordura a mais ou a menos
(POWERS HOWLEY 2005)
Os pontos de coleta da dobra cutacircnea satildeo variados seu emprego
depende do tipo de protocolo que seraacute empregado para o caacutelculo da
composiccedilatildeo corporal Atualmente existem dezenas de protocolos para caacutelculo
da composiccedilatildeo corporal devidamente validado cientificamente sendo difiacutecil
indicar a melhor formula Isto eacute decorrente validado na distribuiccedilatildeo e na
composiccedilatildeo da gordura subcutacircnea levando-se em consideraccedilatildeo somente
quatro fatores idade sexo etnia e condicionamento fiacutesico Eacute evidente que
existira sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de
populaccedilatildeo a ser estudada As correlaccedilotildees entre diversas teacutecnicas nem
sempre satildeo interessantes assim o avaliador deveraacute optar por uma das
teacutecnicas de acordo com suas necessidades e objetivos (MARINS
GIANNIACHI 2003)
2 CASUIacuteSTICAS E MEacuteTODOS
21 Condiccedilotildees ambientais
Os testes iniciaram no mecircs de agosto sendo realizados no periacuteodo
noturno Foram usados como espaccedilo fiacutesico do Ginaacutesio Poliesportivo e o
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
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- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
24
Laboratoacuterio de Anaacutelise do Esforccedilo Fiacutesico (LAEF) do Centro Universitaacuterio
Catoacutelico Salesiano Auxilium de Lins
22 Sujeitos
Foram selecionados para o estudo trinta (30) voluntaacuterios do gecircnero
masculino e com idade entre 18 e 26 anos ao quais foram divididos de forma
aleatoacuteria em trecircs grupos de dez (10) no qual foram submetidos agrave mesma
atividade pliomeacutetrica e tabata sendo especiacutefico a cada grupo somente o
protocolo de recuperaccedilatildeo poacutes-treino Todos os voluntaacuterios estavam gozando
de boa sauacutede e fisicamente ativos e sem nenhuma restriccedilatildeo medica quanto agrave
praacutetica de atividades fiacutesicas Os mesmos receberam informaccedilotildees de como se
comportarem durante o periacuteodo de teste consentido com a divulgaccedilatildeo dos
resultados
23 Material
Para a realizaccedilatildeo dos testes e da pesquisa seratildeo usados os seguintes
materiais
Aacutelcool
Algodatildeo
Analisador de Lactato (YSI ndash 1500 SPORT)
Balanccedila de bioimpedacircncia (TANITA TBF ndash 305)
Compasso de dobras cutacircneas (CESCORF ndash 01mm)
Computador
Ennpendorf
Estadiocircmetro (SANNY)
Esteira ergomeacutetrica (LX 160 MOVEMENT)
Gelo
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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-
25
Lanceta
Plinto de ginaacutestica artiacutestica
Tambor de 200 litros
Termocircmetro
Monitor cardiacuteaco (POLLAR)
Plataforma (JUMP TEST)
24 Protocolos
241 Medidas antropomeacutetricas
Para medida do peso corporal total os avaliados foram colocados de
peacute no centro da plataforma da balanccedila em posiccedilatildeo ereta de costa para a
escala de medida com olhar o olhar em um ponto fixo a sua frente descalccedilo e
com o miacutenimo de roupa possiacutevel
Para determinaccedilatildeo da estatura o avaliado foi posicionado de peacute de
forma ereta com os peacutes unidos e com as superfiacutecies posteriores do calcanhar
naacutedegas cintura escapular e da regiatildeo occipital em contato com a escala de
medida sendo colhido agrave medida com o avaliado em inspiraccedilatildeo maacutexima
(GUEDES GUEDES 2006 p168)
242 Composiccedilatildeo corporal
Para determinaccedilatildeo da porcentagem de gordura corporal foi usado
meacutetodo duplamente indireto de dobras cutacircneas Seratildeo aferidas as dobras
cutacircneas em diferentes pontos anatocircmicos para o sexo masculino (tricipital
suprailiacuteaca e abdocircmen) e posteriormente caacutelculo do porcentual de gordura
(GUEDES GUEDES 2006 p223)
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
26
243 Pliometria
Os voluntaacuterios que participaram da atividade pliomeacutetrica tiveram que
executar 10 seacuteries de 10 saltos em profundidade com um minuto de intervalo
entre as seacuteries Os voluntaacuterios comeccedilaram os saltos saindo de um plano
elevado sobre o plinto de 06 metros aterrissando no chatildeo Apoacutes aterrissarem
tiveram que saltar novamente o mais forte possiacutevel sobre outro plinto que
estava a 1 metro de distacircncia e 06 metros de altura isto sucessivamente ateacute
que completasse os 10 saltos das 10 seacuteries (MIYAMA NOSAKA 2007)
244 Tabata
O protocolo de Tabata eacute composto por 20 segundos de exerciacutecio de
intensidade maacutexima seguidos por 10 segundos de descanso Satildeo executadas
8 seacuteries totalizando 4 minutos de duraccedilatildeo O exerciacutecio usado foi o
agachamento onde o voluntaacuterio iniciou o movimento na posiccedilatildeo de peacute e
posteriormente flexionou a articulaccedilatildeo dos joelhos ateacute que a coxa formasse
com a perna o angulo de 90 graus retornando em seguida a posiccedilatildeo inicial
repetindo o movimento durante todo o protocolo (TABATA et al1996)
245 Jump Test (Salto vertical)
Os sujeitos foram submetidos ao teste de Salto Vertical para
determinaccedilatildeo da forccedila de membros inferiores atraveacutes da elevaccedilatildeo do centro
de gravidade em relaccedilatildeo ao solo que foi determinada por meio de um
equipamento chamado Jump test Para a execuccedilatildeo do salto vertical utilizamos
a teacutecnica de um movimento de preparaccedilatildeo (contra-movimento) em que eacute
permitido ao executante realizar a fase excecircntrica para em seguida executar a
fase concecircntrica do movimento onde o indiviacuteduo parte de uma posiccedilatildeo em peacute
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
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-
27
com as matildeos fixas na cintura e os peacutes paralelos e separados
aproximadamente agrave largura dos ombros e se movimenta para baixo
ldquoflexionandordquo as articulaccedilotildees do quadril joelhos e tornozelos A transiccedilatildeo da
primeira fase (descendente) para a fase que vem em seguida (ascendente)
acontece em um movimento contiacutenuo e na qual a articulaccedilatildeo foi estendida a
mais raacutepida possiacutevel Foram realizados 5 saltos com intervalo de 20 segundos
entre os saltos considerando somente o de maior alcance
(SILVAMAGALHAtildeESGARCIA2005)
246 Coleta e anaacutelise do lactato sanguiacuteneo
As amostras sanguiacuteneas para determinaccedilatildeo da concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foram feitas durante o estado de repouso apoacutes protocolo de
tabata 5 minutos apoacutes ter iniciado o protocolo especiacutefico de recuperaccedilatildeo e no
final de cada protocolo de recuperaccedilatildeo totalizando quatro coletas para cada
individuo
Para posterior anaacutelises das concentraccedilotildees de lactato sanguiacuteneo foram
realizadas coletas de 25 microlitros de sangue arterilizado do loacutebulo da orelha
que foram dispensados em tubos plaacutestico tipo enppendorf contendo 50
microlitros de fluoreto de soacutedio a 1 Apoacutes a coleta a concentraccedilatildeo de lactato
sanguiacuteneo foi analisada atraveacutes de um analisador eletroquiacutemico (Yellow
Springs ndash 1500 Sport) (HIGINODENADAI2002)
25 Procedimentos
A fase de testes teve a duraccedilatildeo de duas semanas Os voluntaacuterios
tiveram que compareceram dois dias consecutivos ao Unisalesiano Na
primeira visita ao LAEF os voluntaacuterios foram avaliados no que diz respeito a
antropometria composiccedilatildeo corporal Jump Test e a atividade pliomeacutetrica e um
bloco do protocolo de Tabata e posteriormente o protocolo especifico de
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
ed Philadelphia Saunders 2004
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36
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
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- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
28
recuperaccedilatildeo poacutes-treino de cada grupo (Crioterapia descanso passivo ou
descanso ativo) No segundo dia apoacutes 24 horas os voluntaacuterios foram
avaliados somente no que diz respeito agrave performance executando novamente
o Jump teste
251 Recuperaccedilatildeo Passiva
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso passivo tiveram que ficar sentado em repouso por 10 minutos apoacutes
o teacutermino do bloco de Tabata
252 Recuperaccedilatildeo Ativa
Os voluntaacuterios que participaram do grupo que foi submetido ao
descanso ativo apoacutes o protocolo de Tabata tiveram que caminhar em esteira
ergomeacutetrica por 10 minutos a 60 da frequecircncia cardiacuteaca maacutexima apoacutes o
teacutermino do bloco de Tabata
253 Recuperaccedilatildeo Crioterapia
Em decorrecircncia de falta de procedimentos que aponte tendecircncia
aplicaccedilatildeo da crioterapia foi utilizado a imersatildeo em gelo optando pela adoccedilatildeo
do tempo de 10 minutos baseado em Andrews et al (2004) que propotildeem
tempos entre 5 e 15 minutos e Bompa (2001) que aponta um tempo de 10
minutos para a crioterapia Para a definiccedilatildeo da temperatura utilizou-se como
base o estudo de Sellwood et al (2007) que definiram como ice water
immersion a mistura de aacutegua e gelo a uma temperatura de aproximadamente
5ordm C
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
ed Philadelphia Saunders 2004
BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010
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36
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
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- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
29
26 Anaacutelise estatiacutestica
Para anaacutelise estatiacutestica utilizou-se anaacutelise de variacircncia de dois
caminhos (ANOVA ndash two way) em dados calculados em meacutedia e desvio
padratildeo Para isso adotou-se um niacutevel de significacircncia p le 005
3 RESULTADOS
Para apresentaccedilatildeo dos resultados os mesmos seratildeo expressos em
forma de tabelas e graacuteficos
Na tabela abaixo estatildeo expressos os dados em meacutedia e desvio padratildeo
das variaacuteveis de idade peso estatura e percentual de gordura (GORD)
TABELA 1 - Caracteriacutesticas dos sujeitos do grupo ativo (GA) grupo passivo
(GP) e grupo crioterapia (GC)
(GA) (GP) (GC)
Idade 2087 plusmn 327 2112 plusmn 216 2025 plusmn 231
Peso 6981plusmn 1251 729 plusmn 984 6987 plusmn 788
Estatura 1719 plusmn 647 17828 plusmn 762 1747 plusmn 699
GORD 147 plusmn 249 1685 plusmn 573 1572 plusmn 423
Fonte elaborada por autores 2010
TABELA 2 - Comparaccedilatildeo do Lactato repouso (LR) Lactato final do Tabata
(LFT) Lactato apoacutes 5rsquo (L5rsquo) Lactato Final da Recuperaccedilatildeo (LFR) e
comparaccedilatildeo entre os grupos (GA) (GP) e (GC)
(LR) (LFT) (L5rsquo) (LFR)
(GA) 098 plusmn 049 566 plusmn 149ampne 495 plusmn 087ampne 235 plusmn 115poundeuro
(GP) 093 plusmn 036amp 552 plusmn 211 549 plusmn 182 455 plusmn 181micro
(GC) 145 plusmn 043amp 731 plusmn 189ampmicropound 654 plusmn 142amp 472 plusmn 153micro
Fonte elaborada por autores 2010 nePle005 em relaccedilatildeo ao (LR) com o (LFT)(L5rsquo) e (LFR)Ple005 em relaccedilatildeo ao (LFT) com o (LR) (L5rsquo) e (LFR) Ple005 em relaccedilatildeo ao (L5rsquo)
30
com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
ed Philadelphia Saunders 2004
BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010
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36
FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
37
HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010
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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998
39
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
- HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
- HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
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com (LR) (LFT) e (LFR) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (LFR) com (LR) (LFT) e (L5rsquo) micro Ple 005 diferente de (GA) pound Ple 005 diferente de (GP) euro Ple 005 diferente de (GC)
Na tabela acima estaacute expresso agraves concentraccedilotildees de lactato sendo
possiacutevel verificar diferenccedilas significantes entre os grupos Observa que o (GA)
obteve maior quantidade de lactato removido seguido pelo (GC) e (GP)
TABELA 3 ndash Comparaccedilatildeo dos resultados do Jump Test entre os grupos (GA)
(GP) E (GC) no Jump Test primeiro dia (JT1) e Jump Test segundo dia (JT2)
(GA) (GP) (GC)
(JT1) 4176 plusmn 334 3772 plusmn 201 4227 plusmn 344
(JT2) 3861 plusmn 470micro 3492 plusmn 336ampmicro 3846 plusmn 457micro
Fonte elaborada pelos autores 2010 Ple005 em relaccedilatildeo ao (GA) com o (GP) e (GC) Ple005 em relaccedilatildeo ao (GP) com (GA) e (GC) amp Ple 005 em relaccedilatildeo ao (GC) com (GA) e (GP) microPle005 em relaccedilatildeo ao (JT1) com o (JT2) do grupo
A tabela acima expressa os valores da performance do Jump test no
primeiro salto e apoacutes 24 horas apontando diferenccedilas significativas entre os
grupos e entre os saltos
DISCUSSAtildeO
Ao observar a concentraccedilatildeo de lactato no grupo crioterapia eacute possiacutevel
notar uma diferenccedila significante natildeo soacute em repouso como tambeacutem nas
concentraccedilotildees das demais coletas em relaccedilatildeo ao GA e GP De acordo com
Lopes (1999) a concentraccedilatildeo de lactato pode aumentar em funccedilatildeo glicolise
aeroacutebia estimulada pela adrenalina As concentraccedilotildees seacutericas de adrenalina
quando aumentadas correlacionam-se com os niacuteveis de lactato seacuterico
sugerindo ser reflexo da secreccedilatildeo aumentada de adrenalina que tem a
capacidade de estimular a bomba de Na+-K+ ATPase que estimula a produccedilatildeo
de lactato o que poderia resultar na maior concentraccedilatildeo de lactato
31
Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
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CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
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REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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BENEKE R et al Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing Medicine amp Science in sports exercise vol35 p 1626-1630 2003 BIRCHER S KNECHTLE B Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men Journal of Sports Science and medicine vol 3 p 174-181 2004 BOMPATO A periodizaccedilatildeo no treinamento esportivo Satildeo Paulo Manoele 2001 BOMPATOTreinamento de potencia para o esporte Satildeo Paulo Phorte2004 CLARKSON P NOSAKA K BRAUN B Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation Medicine in Science Sports and Exercise v 24 p 512-20 1992 DANTASGKLSILVAWMCrioterapia no desenvolvimento motor do atleta Nataccedilatildeo Satildeo Caetano Satildeo Caetano 03 fev 2009 Disponiacutevel emlt httpwww saocaetanonatacaocombr Acesso em 16 mar 2010 DE LA ROSAAF FARTOER Treinamento desportivo do ortodoxo ao comteporacircneoSatildeo PauloPhorte2007 DENADAI BS Efeitos do tipo de exerciacutecio e da capacidade aeroacutebia sobre a taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo de esforccedilo de alta intensidade Tese (Livre-Docecircncia) Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista Rio Claro 1996
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FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010
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APEcircNDICE
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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
- HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
- HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
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Na Tabela 02 eacute possiacutevel visualizar que o GA foi o significativamente
mais eficiente removendo apoacutes tabata 5848 do lactato acumulado em
seguida o GC removendo 3543 e o GP que removeu 1757 da
concentraccedilatildeo acumulada Os estudos e pesquisas na aacuterea jaacute apontam uma
maior eficiecircncia dos protocolos de recuperaccedilatildeo ativa em relaccedilatildeo agrave
recuperaccedilatildeo passiva
A recuperaccedilatildeo ativa realizada apoacutes exerciacutecios de alta intensidade
aumenta a velocidade de remoccedilatildeo do lactato do muacutesculo e da circulaccedilatildeo em
relaccedilatildeo ao repouso passivo sendo que sua remoccedilatildeo apoacutes um exerciacutecio
intenso pode ocorrer atraveacutes da oxidaccedilatildeo em CO2 e H2O pela musculatura
gliconeogecircnese hepaacutetica e atraveacutes da reconversatildeo a glicogecircnio pela
glicogecircnese muscular e hepaacutetica (VILLAR DENADAI 1998 HIGINO 2001)
Pastre et al (2009) em sua pesquisa apontam que a recuperaccedilatildeo ativa
quando comparada com a passiva apresenta aumento do volume sistoacutelico e
deacutebito cardiacuteaco melhor saturaccedilatildeo parcial de oxigecircnio aumento do tempo de
exaustatildeo e potecircncia metaboacutelica Denadai (1996) analisou a influecircncia do tipo
de exerciacutecio (corrida ou nataccedilatildeo) empregado na recuperaccedilatildeo ativa realizados
tambeacutem na mesma intensidade relativa (LAer) sobre a taxa de remoccedilatildeo de
lactato apoacutes diferentes exerciacutecios de alta intensidade (corrida ou nataccedilatildeo)
verificou-se que independente do tipo de exerciacutecio de alta intensidade
realizado previamente a recuperaccedilatildeo ativa atraveacutes dos dois tipos de exerciacutecio
determina um aumento da velocidade de remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo A
utilizaccedilatildeo durante a recuperaccedilatildeo ativa do mesmo exerciacutecio que induziu o
acuacutemulo de lactato (corrida-corrida ou nataccedilatildeo-nataccedilatildeo) determina atraveacutes da
corrida uma maior velocidade na remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo do que com
a nataccedilatildeo O emprego de grupos musculares durante a recuperaccedilatildeo ativa que
foram menos utilizados previamente no exerciacutecio de alta intensidade (corrida-
nataccedilatildeo e nataccedilatildeo-corrida) parece aumentar ainda mais a velocidade de
remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Na tabela 2 e possiacutevel verificar a taxa de
remoccedilatildeo de lactato do GC observando uma diferenccedila significativamente
inferior ao GA e superior ao GP
A relaccedilatildeo remoccedilatildeo de lactato e crioterapia eacute assunto muito discutido e
contraditoacuterio entre os pesquisadores principalmente sobre a metodologia
usada correlacionando temperatura e tempo de duraccedilatildeo da teacutecnica
32
Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
ed Philadelphia Saunders 2004
BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010
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FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998
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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001
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APEcircNDICE
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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
- HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
- HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
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Apesar de muita polecircmica sobre o assunto estudos jaacute comprovaram
que a vasodilataccedilatildeo que ocorre apoacutes algum tempo de aplicaccedilatildeo do gelo
identificada primeiramente por Lewys haacute muitos anos antes (1930) natildeo
supera o estado de repouso anterior ao iniacutecio da crioterapia Ou seja o
incremento do fluxo de sangue apoacutes alguns minutos de crioterapia existe
poreacutem natildeo representa um aumento da circulaccedilatildeo sanguiacutenea local quando
comparado ao fluxo normal Assim como enfatizado por Knight 1995 o efeito
do gelo sobre a circulaccedilatildeo eacute a vasoconstriccedilatildeo E provavelmente seja este
efeito vasoconstritor que melhor explique a ineficiecircncia da crioterapia de
imersatildeo em incrementar a velocidade da remoccedilatildeo do lactato sanguiacuteneo Em
seu estudo Baroni et al (2010) relata que embora a crioterapia seja
largamente utilizada na praacutetica desportiva a efetividade da crioterapia para
fins de recuperaccedilatildeo muscular poacutes-exerciacutecio ainda carece de evidecircncias
cientiacuteficas e que apoacutes extensa busca nas principais bases de dados natildeo
foram encontrados estudos que avaliem o efeito da crioterapia sobre a cineacutetica
do lactato sanguiacuteneo
Na tabela 03 estatildeo expressos os valores das performances dos saltos
observado uma pequena diferenccedila estatisticamente significante entre os
saltos Uma possiacutevel causa desta pequena diferenccedila entre os saltos apoacutes a
atividade pliometrica e tabata pode ter sido o efeito do protetor do exerciacutecio
repetido proporcionado por atividades com caracteriacutesticas excecircntricas tendo
em vista que os voluntaacuterios eram fisicamente ativos e praticantes de esportes
como voleibol que possui caracteriacutestica de natureza excecircntrica De acordo
com HOWATSON VAN SOMEREN HORTABAacuteGYI (2007) um uacutenico
exerciacutecio excecircntrico pode proteger o muacutesculo contra danos causados pelo
subsequumlente exerciacutecio excecircntrico Segundo MIYAMA NOSAKA (2007) os
mecanismos de proteccedilatildeo do efeito do exerciacutecio repetido parecem ser
decorrentes de um aumento do recrutamento de unidades motoras de
contraccedilatildeo lenta ativaccedilatildeo de um grande nuacutemero de unidades motoras
(adaptaccedilatildeo neural) aumento da resistecircncia muscular dinacircmica e passiva
(adaptaccedilotildees mecacircnicas) adiccedilatildeo longitudinal de sarcocircmeros adaptaccedilatildeo na
resposta inflamatoacuteria adaptaccedilatildeo para manter o acoplamento excitaccedilatildeo-
contraccedilatildeo muscular (adaptaccedilatildeo celular)
33
A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
performance que de acordo com TRICOLI (2001) e CLARKSON HUBAL
(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
de desconforto ou dor na musculatura esqueleacutetica que pode ocorrer algumas
horas apoacutes o exerciacutecio aparecendo geralmente apoacutes 8 horas ao teacutermino do
esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
dias
De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
resfriamento resultante de fatores diretos ou indiretos como a reduccedilatildeo do
edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
minutos esta elevaccedilatildeo de limiar dever-se a um efeito direto sobre as
terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
34
CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
35
REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
ed Philadelphia Saunders 2004
BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010
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36
FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010
38
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39
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
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- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
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A anaacutelise da performance feita apoacutes somente 24 horas e o tempo de
aplicaccedilatildeo da teacutecnica de 10 minutos pode ter contribuiacutedo para que o estudo
natildeo apontasse uma grande diferenccedila de performance entre os saltos
ressaltando que o intervalo dos saltos de 24 horas objetivava maior controle
sobre a variaacutevel De acordo com Sandoval Mazzari Oliveira (2005) em seu
estudo foi possiacutevel verificar que a crioterapia tem seus benefiacutecios alcanccedilados
durante a fase aguda entre 24 e 72 horas com o tempo de aplicaccedilatildeo da
teacutecnica variando entre 15 a 30 min Dependendo da situaccedilatildeo e teacutecnica
utilizadas devendo ocorrer um intervalo de 2 horas entre cada aplicaccedilatildeo A
dor muscular tardia tambeacutem poderia ter contribuiacutedo para o decliacutenio da
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(2002) a dor muscular de inicio tardio eacute caracterizada por ser uma sensaccedilatildeo
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esforccedilo sendo intensificada de 24 a 72 horas podendo persistir por ateacute 7
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De acordo com Haves 2003 a reduccedilatildeo da dor que acompanha o
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edema e uma diminuiccedilatildeo do espasmo muscular A elevaccedilatildeo do limiar da dor
ocorre imediatamente em seguida ao tratamento mas declina dentro de 30
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terminaccedilotildees nervosas sensitivas e as alteraccedilotildees na accedilatildeo dos receptores e
fibras da dor A conduccedilatildeo pelos nervos perifeacutericos fica retardada pelo frio e as
fibras variam em sua sensibilidade de acordo com seu diacircmetro e pela sua
mielinizaccedilatildeo Neste estudo natildeo foi poderia ser realizado a recuperaccedilatildeo apoacutes
um dia da aplicaccedilatildeo de exaustatildeo o que resultou em dor tardia no dia
seguinte assim limitando e influenciando no teste do salto vertical
Assim embora natildeo sejam encontradas evidecircncias de que a crioterapia
de imersatildeo altere paracircmetros fisioloacutegicos ou aumente o desempenho
subsequente as sensaccedilotildees de bem estar e relaxamento muscular relatadas
por uma seacuterie de atletas podem estar relacionadas a outros efeitos
comprovados da crioterapia
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CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
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REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
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BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010
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FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010
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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998
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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001
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APEcircNDICE
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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
- HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
- HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
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CONCLUSAtildeO
Apesar da crioterapia ter apresentado nesta pesquisa melhor eficiecircncia
na remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo em relaccedilatildeo ao grupo passivo e o
restabelecimento da performance apoacutes 24 horas ter sido praticamente igual
para trecircs grupos seus resultados satildeo alvo de muita duacutevida e controveacutersia
principalmente pela falta de material publicado e disponiacutevel para proporcionar
uma boa discussatildeo e ter melhor embasamento teoacuterico para uma nova
pesquisa cientifica Desta forma concluiacutemos que a crioterapia necessita de
maior quantidade de material publicado que aponte seus benefiacutecios de sua
aplicaccedilatildeo praacutetica assim tambeacutem como uso de diferentes protocolos para
determinar qual melhor meacutetodo a se utilizar para se obter os benefiacutecios da
sua teacutecnica Eacute necessaacuterio que estudos mais aprofundados sobre o tema sejam
desenvolvidos para que se possa aproveitar ainda mais dos seus benefiacutecios
principalmente em relaccedilatildeo agrave temperatura e a teacutecnica ideal Com isso os
profissionais da aacuterea poderatildeo utilizar a melhor forma e realizar com a
qualidade o tratamento para uma reabilitaccedilatildeo mais precoce possibilitando o
retorno de atletas para suas atividades diaacuterias e esportivas
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REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
ed Philadelphia Saunders 2004
BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010
BEHNKE ARWILMORE JH Evaluation and Regulation of Body Build and Composition Englewood Cliffs Prentice Hall1974
BENEKE R et al Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing Medicine amp Science in sports exercise vol35 p 1626-1630 2003 BIRCHER S KNECHTLE B Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men Journal of Sports Science and medicine vol 3 p 174-181 2004 BOMPATO A periodizaccedilatildeo no treinamento esportivo Satildeo Paulo Manoele 2001 BOMPATOTreinamento de potencia para o esporte Satildeo Paulo Phorte2004 CLARKSON P NOSAKA K BRAUN B Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation Medicine in Science Sports and Exercise v 24 p 512-20 1992 DANTASGKLSILVAWMCrioterapia no desenvolvimento motor do atleta Nataccedilatildeo Satildeo Caetano Satildeo Caetano 03 fev 2009 Disponiacutevel emlt httpwww saocaetanonatacaocombr Acesso em 16 mar 2010 DE LA ROSAAF FARTOER Treinamento desportivo do ortodoxo ao comteporacircneoSatildeo PauloPhorte2007 DENADAI BS Efeitos do tipo de exerciacutecio e da capacidade aeroacutebia sobre a taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo de esforccedilo de alta intensidade Tese (Livre-Docecircncia) Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista Rio Claro 1996
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FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010
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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998
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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001
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APEcircNDICE
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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
- HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
- HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
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REFEREcircNCIAS ANDREWS J HARRELSON G WILK K Physical rehabitation of the injured athlete 3
ed Philadelphia Saunders 2004
BARONI BMet al Efeito da crioteparia de imersatildeo sobre a remoccedilatildeo de lactato sanguiacuteneo apoacutes exerciacutecio Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano v12 n 3 p179-185 2010
BEHNKE ARWILMORE JH Evaluation and Regulation of Body Build and Composition Englewood Cliffs Prentice Hall1974
BENEKE R et al Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing Medicine amp Science in sports exercise vol35 p 1626-1630 2003 BIRCHER S KNECHTLE B Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men Journal of Sports Science and medicine vol 3 p 174-181 2004 BOMPATO A periodizaccedilatildeo no treinamento esportivo Satildeo Paulo Manoele 2001 BOMPATOTreinamento de potencia para o esporte Satildeo Paulo Phorte2004 CLARKSON P NOSAKA K BRAUN B Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation Medicine in Science Sports and Exercise v 24 p 512-20 1992 DANTASGKLSILVAWMCrioterapia no desenvolvimento motor do atleta Nataccedilatildeo Satildeo Caetano Satildeo Caetano 03 fev 2009 Disponiacutevel emlt httpwww saocaetanonatacaocombr Acesso em 16 mar 2010 DE LA ROSAAF FARTOER Treinamento desportivo do ortodoxo ao comteporacircneoSatildeo PauloPhorte2007 DENADAI BS Efeitos do tipo de exerciacutecio e da capacidade aeroacutebia sobre a taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo de esforccedilo de alta intensidade Tese (Livre-Docecircncia) Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista Rio Claro 1996
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FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010
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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998
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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001
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APEcircNDICE
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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
- HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
- HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
-
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FERREIRA M Descanso ativo Portal da corrida Rio de Janeiro 16 mar 2003 Disponiacutevel emlt httpportaldacorridacombrhomenoticiashome250-descanso-ativogtAcesso em16 mar 2010 FEITOSAMAEconomia de corrida corredor vocecirc treina pliometria [SDSL] Educaccedilatildeo fiacutesica Disponiacutevel emlt httpwwweducacaofisica combrcolunasmostraartigoaspid=313gtAcesso em 29 mai 2010 FERREIRAMDescanso ativo[SL] Portal da corrida 07 jan 2010Disponiacutevel emlthttpportaldacorridacombrhomenoticiashome250des cansoativogt Acesso em 17 jun 2010 FLECK SJ KRAEMER WJFundamentos do treinamento de forccedila muscular 3ed Satildeo Paulo Artmed2006 FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmateriaaspidmateria=24 90 ampidcanal=7gtAcesso em 09 mar 2010 FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamateria_detaspidMateria= 3836gtAcesso em17 jun 2010 FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2000 FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991 FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 03crioterapia Acesso em12 abr 2010 GUEDEPGGUEDESJERP Manual praacutetico para avaliaccedilatildeo em educaccedilatildeo fiacutesica Barueri Manoele2006 GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998 HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010
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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998
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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001
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APEcircNDICE
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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
- HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
- HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
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HIGINO W P Determinaccedilatildeo da velocidade de lactato miacutenimo em fundistas e velocistas Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue 2001 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias da Motricidade) Universidade Estadual Paulista Rio Claro Satildeo Paulo HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a maacutexima fase estaacutevel de lactato em corredores de fundo Revista Paulista de Educaccedilatildeo Fiacutesica v16 p05-152002 HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of Sports Medicine v 28 p 557-63 2007 JUEL C Mucle pH regulation role of training Acta Plysiol Scond v 162 p 359-366 1998 jumping European Journal Applied Physiology v50 p273-282 KNIGHT KL Cryotherapy in Sport Injury Management Champaign IL Human Kinetics 1995 LEWIS T Observations upon the reactions of the vessels of the human skin to cold Heart 193015(2)177-208 LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Reviews v 14 p 325-357 1986 LOPESA et alCrioterapia[SL]Fisioweb2003Disponiacutevel emlthttpwww fisioweb com br Acesso em 29 jun 2010 LOPESVInterpretaccedilatildeo dos niacuteveis de lactato no sangue Congresso internacional de medicina critica da Internet 15 nov1999 Diponivel emlt wwwunineteducimc99seminarioslopeslactatohtml Acesso em 13 nov 2010 MARINS J GIANNICHI R Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo de exerciacutecios um guia praacutetico Rio de Janeiro Shape 2003 NUNES N Recuperaccedilatildeo do treinamento fIacutesico ndash parte-1 Frio ou Crioterapia [SL] Area de treino 17 nov 2009 Disponiacutevel emlt httpwwwarea detreinocombr p =1104 Acesso em 16 mar 2010
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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998
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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001
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APEcircNDICE
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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
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Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
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Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
- HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
- HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
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McARDLE W D KATCH F I KATCH V L Fisiologia do exerciacutecio energia nutriccedilatildeo e desempenho humano Rio de Janeiro Guanabara Korogan SA 1992 MIYAMA M NOSAKA K Protection against muscle damage following fifty drop jumps conferred by ten drop jumps Journal of Strength and Conditioning Research v 21 n 4 p 1087-92 2007 PASTRECMet al Meacutetodos de recuperaccedilatildeo pos-exercico uma revisatildeo sistemaacutetica Revista brasileira de Educaccedilatildeo Fiacutesica Niteroacuteiv15n2p18-26Apr2009 POLLOCK ML WILMORE JHExerciacutecios na sauacutede e na doenccedila Avaliaccedilatildeo e prescriccedilatildeo para prevenccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo 2ordf ed Rio de Janeiro MEDSI 1993 POWERS SK HOWLEY ET Fisiologia do Exerciacutecio Teoria e aplicaccedilatildeo ao condicionamento e ao desempenho 5 ed Satildeo Paulo Manole 2005 PRETTON Pedale para correr melhor Revista contra-reloacutegio173ed Fev 2008 ROSSILPBRANDALIZEM Pliometria aplicada aacute reabilitaccedilatildeo de atletas Revista SalusGuarapuavav01p77-85Janjun2007 SANDOVAL RA MAZZARI A S OLIVEIRA GD Crioterapia nas lesotildees ortopeacutedicas revisatildeo Revista digital Buenos airesVol 10 n81 fev 2005 SELLWOOD KLet al Ice-water immersion and delayed-onset muscle so-reness a randomized controlled trial Br J Sports Medv41 n6p392-397 2007 SILVA K R MAGALHAES J GARCIA M A C Desempenho do salto vertical sob diferentes condiccedilotildees de execuccedilatildeo Arquivo em movimento Rio de Janeiro V1n1p17-24janju 2005 SMITH EW et al Lactate distribuition in the blood during steady ndash state exercise Medicine amp Science in sports exercise vol 30 p 1424-1429 1998
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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001
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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
- HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
- HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
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SMITH MF et al Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum Medicine amp Science in sports exercise V34 p 1744-1749 2002 TABATA I et al Effects of moderate-intensity endurence and high intensity intermittent training on anaerobic capacity and VO2 max Medicine amp Science in sports exercise vol 28n10p1327-1330out1996 TRENTINEBDescansar e bom e o corpo gosta[SL] Corpo em foco 28 mai 2010 Disponiacutevel emlt httpcorpoemfococombr201005descansar-e-bom-e-o-corpo-gostagtAcesso em 17 jun 2010 TRICOLI V Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia Revista Brasileira de Ciecircncia e Movimento v 9 p39-44 2001 VILLAR R DANADAI BS Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoccedilatildeo do lactato sanguumliacuteneo durante a recuperaccedilatildeo ativa apoacutes exerciacutecios de alta intensidade Revista Motriz Rio Claro v4 n2 p 98-103 dez 1998 WIMOREJHCOSTILLDLFisiologia do esporte e do exerciacutecio2ed Satildeo Paulo Manoele 2001
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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
- HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
- HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
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40
APEcircNDICE
41
APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
- FONSECAFFPega leve O2 por minuto Satildeo Paulo08 abr 2010Diponiveacutel emlthttpo2porminutouolcombrscriptsmateriamater
- 3836gtAcesso em17 jun 2010
- FOSS M L KETEYIAN S J FOXEL Bases fisioloacutegicas do exerciacutecio e do esporte 6 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2
- FOXEL BOWERSRWFOSSMLBases fisioloacutegicas da educaccedilatildeo fiacutesica e dos desportos 4ed Rio de janeiroGuanabara1991
- FREITASAM Crioterapia Correr por prazerRio de Janeiro16 mar2006 Disponiveacutel em lthttpwwwcorrerporprazercom2009 0
- GUYTONAC Fisiologia humana 6ed Rio de JaneiroGuanabara1998
- HAYES K W Manual de Agentes Fiacutesicos recursos fisioterapecircuticos 5 ed Porto Alegre Artmed 2003
- HIGINO W PDENADAI B S Efeito do periacuteodo de recuperaccedilatildeo sobre a validade dos teste de lactato miacutenimo para determinar a m
- HOWATSON G VAN SOMEREN K HORTOBAacuteGYI T Repeated bout effect after maacutexima eccentric exercise International Journal of S
- LOHMAN TG Aplicability Of Body Composition Techniques And Constantes For Children And Youths Exercise Esports Sciences Rev
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APEcircNDICE A ndash Ficha de avaliaccedilatildeo
NOME____________________________________DATA ______________
ESTATURA _________________PESO_________IDADE______________
Possui alguma cardiopatia ______________________________________
Possui algum problema articular __________________________________
Tem alguma restriccedilatildeo meacutedica quanto agrave praacutetica de atividade fiacutesica ________
Qual ________________________________________________________
Usa algum tipo de medicamento___________________________________
COMPOSICcedilAtildeO CORPORAL ndash Tricipital ______-______-_____ _____
Suprailiaca ______ -______-_____ _____
Abdocircmen ______-______-_____ _____
Total _____
G _____
JUMP TESTE -1ordm Dia ______________________
2ordm Dia ______________________
CRIOTERAPIA ( ) DESCANSO PASSIVO ( ) DESCANSO ATIVO ( )
ENPPENDORF ndash ______ repouso
______ final do tabata e iniacutecio do protocolo de recuperaccedilatildeo
______ apoacutes 5 minutos de recuperaccedilatildeo
______final do protocolo de recuperaccedilatildeo
Assinatura___________________________________________________
- FONSECAFFAplicaccedilatildeo de gelo O2 por minuto Satildeo Paulo 02 fev 2009 Disponiacutevelemlthttp02porminutouolcombrscriptsmat
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- 3836gtAcesso em17 jun 2010
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