A Inquisição

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INTRODUOCaros irmos e irms em Jesus Cristo;ser narrada em uma sequncia de trs artigos a histria do Tribunal do Santo Ofcio ou mais conhecido por Inquisio. Muitas vezes ela julgada pela sociedade de forma injusta e fora do contexto da poca que ela foi criada. Ela (a Inquisio) se transformou em propaganda contnua para os inimigos da Igreja Catlica e de Jesus Cristo que tentam denigrir a Igreja e o Cristianismo com os erros de algumas pessoas da Igreja que pecaram`` como foi dito pelo saudoso Papa Joo Paulo II em seu pedido de desculpas pelos erros dos filhos da Igreja. Aps a Idade Mdia com os ditos filsofos iluministas que propagaram o atesmo e julgaram que jogaram luz sobre as trevas da sociedade crist , ela (Inquisio) se tornou de herona do povo e dos bons valores para a vil e o marco de falta de progresso da sociedade crist medieval. Essa propaganda anti catlica sobre a Inquisio se deu com os filsofos iluministas tendo Voltaire frente. Devemos ter em mente, irmos, como era a sociedade medieval e como era o homem medieval. Dizia So Toms de Aquino, contemporneo da poca da Inquisio, que o crime mais grave do que falsificar a moeda falsificar a f,pois quem falsifica a moeda s traz danos ao bolso, mas quem falsifica a f traz danos que podem ser irreversveis alma. A Inquisio foi criada em uma poca onde a salvao do corpo comeou a valer mais que a salvao da alma (como vem acontecendo em nossos tempos) como ressalta o escritor medieval Gil Vicente em sua obra O Auto da Barca do Inferno. Lendo este clssico da literatura portuguesa, entenderemos um pouco a sociedade medieval, no que se trata aos judeus, mouros (rabes), cruzadas e o infeliz concubinato que havia entre os padres e que manchava a honra da (instituio) Igreja Catlica, concubinato esse que foi definitivamente condenado pela Igreja no Conclio de Trento. Em uma sociedade que estava se recuperando da queda do Imprio Romano do Ocidente (476 D.C.) e que estava sendo reconstruda pela Igreja Catlica, atravs do trabalho educacional dos monges beneditinos e da caridade dos monges franciscanos, que muitas vezes eram a nica assistncia caritativa que o povo medieval tinha, este mesmo povo aprendeu a defender com unhas e dentes essa Santa Igreja e por ventura a nica pois o homem medieval foi civilizado pela Igreja, trazido do mundo brbaro ao Cristianismo pela cruz que dobrou a espada. O homem medieval era grato Igreja e aprendeu a am-la, por isso nesta poca o herege era visto pela sociedade muito mais que algum que discordava da Igreja, mas como uma ameaa sociedade que estava ressurgindo na sombra da Igreja de Cristo, e que poderia colocar todo o trabalho de reconstruo da Europa pela Igreja Catlica perder. Por isso os hereges eram tratados como criminosos no s por lesa-majestade (humana), mas por lesa-majestade divina. Tudo comeou com a ameaa ctara que semeava anarquia e era uma seita violenta e tambm com outras seitas como os Hussitas, os Irmos do Livre Esprito, os Valdendes (de Pedro Valdo) entre outros que negavam o Sacramento do Matrimnio que a Igreja batalhou para colocar no corao dos povos europeus, antes brbaros e agora cristos. Neste artigo veremos a questo ctara, o caso Joana D` Arc, Giordano Bruno, Galileu Galilei, o Index e as Inquisies espanhola e portuguesa.

O SURGIMENTO DA INQUISIOA Inquisio surgiu no ano de 1184 pelo Conclio de Verona atravs do Papa Lucio III. Foi criada para julgar os casos de heresia que surgiam dentro da Igreja, que muitas vezes se dava por padres como Joo Huss que do nada viravam hereges e atacavam

violentamente a Igreja, semeavam rivalidades e traziam desordem pblica. (O Equivalente ao Gensio Boff, ao Beto que muitos insistem em chamar de Frei e a diversos outros bispos e padres desconhecidos que falam e escrevem heresias.) Seu primeiro local de atuao foi Languedoc (Frana) para combater a heresia ctara que, como j foi abordado, era anarquista, anti-catlica e incentivava a Endura (suicdio sagrado) e ataques propriedades rurais e da Igreja. H relatos que mulheres eram abusadas sexualmente durante os rituais da igreja ctara. Mata-se muito mais pela ausncia de Deus do que quando se usa Ele como justificativa para fazer o mal. Entraremos agora na segunda parte do estudo sobre a Inquisio ser abordada a questo ctara e o modo de agir da Inquisio. HERESIA CTARA Muita gente hoje em dia analfabeta de f e de histria ao considerar os ctaros como mrtires do Cristianismo puro. Sabemos muito bem que eles eram anarquistas e negavam a divindade de Cristo, a existncia do Esprito Santo, e ensinavam que o corpo humano e todas as coisas materiais eram criaes do diabo (o deus mal) na teologia ctara que copiava as doutrinas do maniquesmo, dando uma falsa terminologia crist aos dogmas maniqueus. So Paulo escreveu que o corpo humano templo do Esprito Santo. Nos Evangelhos, Cristo ressaltava a importncia do Matrimnio disse que o que contamina a alma no o que exterior e sim o que interior e que vem de dentro do homem; Cristo ressaltou a importncia da monogamia (casamento de um homem com uma nica mulher). So Paulo dizia em suas cartas que a sabedoria do mundo loucura para Deus e que o justo viver unicamente pela f. Mas todos esses valores evanglicos (que vem dos Evangelhos nada a ver com protestante, pelo amor de Deus) e cristos eram negados pelos ctaros, que ironicamente eram chamados puros. Essa heresia surgiu em Languedoc no fim do sculo XI, na regio sul da Frana. Causavam desordens pblicas e incentivavam ataques parquias e propriedades rurais. Como j foi mostrado na primeira parte deste estudo, como era uma seita que considerava toda a matria, incluindo o corpo humano (templo do Esprito Santo) como obra do deus do mal (capeta), incentivavam a Endura (suicdio sagrado) e haviam relatos de estupros de mulheres durante os rituais da seita ctara. Isso se deve pelo fato da seita considerar o corpo humano como algo mal e desprezvel e que no merecia o respeito. Isso era praticamente um convite para uma vida de luxria e de crimes contra propriedades e de violncia sexual. Logo quando o povo francs e cristo se viu ameaado pela seita, a Igreja tomou seu papel de guardi da f crist e contou com a ajuda do Estado para combater os hereges que no s eram hereges, mas criminosos (da a participao do Estado). Inmeras tentativas de converso dos ctaros foram feitas. Santo Antnio de Pdua conseguiu converter vrios deles, mas muitos ctaros fugiam do debate religioso e continuavam uma vida de heresia e de crimes. A Cruzada Albigense iniciou em 1209 e durou 35 anos. Liderada por Simo de Monfort, tambm contou com a participao do rei Luis VIII.

O MODO DE AGIR DA INQUISIO Diferente do que se pensa e se ensinam os pssimos professores de histria, que provavelmente tiraram seu diploma com trabalho de diploma baseado em novela da seis da Rede Globo, os inquisidores eram pessoas estudiosas formadas em teologia e Direito Cannico e s poderia ser inquisidor homens com no mnimo 40 anos. Em uma poca de ordlias e duelos, execues sumrias, a Inquisio era o que de havia mais moderno no campo jurdico, mesmo sem ter poder jurdico, pois para ser vlida contava com o aval do Estado. O herege tinha a chance de se defender e escolher um advogado. Se a pessoa que acusasse o ru de heresia sob falsa acusao, a pessoa que acusou o ru falsamente poderia ser presa e condenada no lugar do ru. Havia tambm o tempo da graa (criado no Conclio de Bziers em 1246) que dava ao acusado um perodo de 15 30 dias para se retratar ou confessar a culpa, sob punio apenas leves. As torturas foram condenadas por Gregrio IX mas ressurgiu com o Papa Inocncio IV, que colocava inmeras restries as torturas; entre elas, s poderiam ser aplicadas uma s vez e que durasse no mximo 30 minutos e s quando a culpa do ru era evidente. Hoje isto inaceitvel, mas naquela poca no existia a cincia da criminalstica, isso temos que levar em considerao. A tortura era o nico meio de se obter resposta. Mas podemos trazer nos dias de hoje, com toda a cincia existente, muitos os quais acusam a Igreja, utilizam da tortura seja fsica, seja psicolgica em diversas modalidades, no s para obter uma confisso, que vale ressaltar tinha a obrigao de ser de culpa evidente. Caros irmos e irms em Nosso Senhor Jesus Cristo, vendo at agora nosso breve estudo a respeito do Santo Ofcio j deve ter percebido que uma injustia feita contra o Tribunal do Santo Ofcio julg-lo fora do contexto de sua poca de atuao. Nesse ltimo trecho abordarei a questo sobre a Santa Joana D'Arc, Giordano Bruno, Galileu Galilei, a caa as bruxas e a morte na fogueira. Vamos l? O USO DA FOGUEIRA COMO EXECUO NA IDADE MDIA Muito contrrio do que as pessoas pensam e que dizem os livros do primrio e do Ensino Mdio (em geral escritos por marxistas ateus fracassados em sua carreira de historiadores e que acabaram se tornando professores, j que escrever artigo ou botar aluno pra escrever muito fcil), a morte na fogueira j existia na Roma e na Grcia antiga. Foi abolida com a ascenso do Cristianismo, mas retornou na Idade Mdia no por ao da Igreja, mas pela ao do rei Roberto, o Piedoso, que mandou queimar 14 ctaros no ano de 1022 na cidade de Orleans(Frana) e tambm pela ao de reis como Raimundo VIII e Raimundo V. Dizia So Joo Crisstomo: Matar um herege introduzir na Terra um crime inexpivel. A tortura era usada uma nica vez quando a culpa do ru era eminente, mas ele se recusava a aceit-la. De forma nenhuma haviam torturas para que os rus confessassem o crime que no cometeu, pois como j escrevi, a Inquisio era o que havia de mais moderno no campo jurdico na Idade Mdia. Acabaram-se as execues sumrias e comeava o processo de julgamento. Diferente do que ocorria em um Tribunal Rgio, na Inquisio, o acusado poderia confessar os crimes que cometeu sem temer a morte, pois a Igreja quando criou a Inquisio no fez isso para mat-los, mas para reconcili-los. A Igreja protegia rus confessos, diferente do que ocorria com os casos julgados por tribunais civis que tanto fazia se o acusado confessasse a culpa ou no, pois provada a culpa, seria executado de qualquer forma. evidente que dentro do Tribunal do Santo Oficio houve inquisidores corruptos e que confundiam o dio pela heresia com o dio pelo herege, assim como h hoje na

Igreja pessoas que confundem dio pelo pecado homossexualismo com o dio pelo homossexual. O Papa Joo Paulo II pediu perdo ao mundo pelos erros de alguns filhos da Igreja, no s pela questo dos maus inquisidores, mas por causa dos maus religiosos de forma geral. injusto dizer que a Inquisio era sanguinria s por causa da m fama de alguns que fizeram parte dela. No porque h uma ma podre na caixa que todas as demais so tambm podres. Generalizar um erro, que infelizmente diversas vezes, se no nos policiarmos constantemente, cairemos. A Igreja no matava ningum na fogueira. Quem fazia isso era o poder civil, o Estado. A Igreja ao mesmo tempo que tinha a Inquisio como rgo jurdico, esse rgo s tinha poder com o aval dos reis que permitiam a instalao de tribunais eclesisticos em seus reinos. A Igreja s podia zelar pela f e pela evangelizao. A punio de hereges que cometeram crimes graves era feita pelo Estado. O CASO JOANA D` ARC Joana nasceu em Domrmy, Frana, aos 06/01/1412. Filha de camponeses, a santa por volta de seus treze anos comeou ouvir a voz de So Miguel Arcanjo, de Santa Margarida e Santa Catarina de Alexandria, que diziam que ela tinha a misso divina de salvar a Frana do poder ingls, durante a Guerra dos Cem Anos entre Frana e Inglaterra. Teve o apoio do rei Carlos VII e ajudou os franceses a obter importantes vitrias e, por fim, a expulso dos ingleses da Frana. Joana D'Arc era venerada pelos franceses, mas foi presa pelos ingleses aos 23 de maio de 1430. O tribunal que julgou Joana no era um tribunal eclesistico e tampouco o bispo Pierre Cauchon, responsvel por sua morte, era inquisidor (apesar de ser bispo). Foi um julgamento por heresia que no teve o aval da Santa S. O bispo Pierre Cauchon era corrupto e aliado dos ingleses e vivia refugiado em Rouen, cidade francesa sob o domnio ingls. Prova que Joana no foi encarcerada em uma priso eclesistica esse relato dela mesma: Meu Deus, se eu estivesse na priso da Igreja qual eu estava submissa eu no teria chegado uma situao como essa. (Santa Joana D'Arc lamentando sua condenao fogueira) Joana morreu em Rouen aos 30/05/1431. Foi canonizada pela Igreja aos 16/03/1920 por Bento XV e considerada padroeira da Frana. O CASO GALILEU GALILEI Galileu no foi intimado pela Inquisio por causa da Teoria Heliocntrica, pois Coprnico era quem a defendia, mas reconhecia que isso era s uma hiptese, mesmo sendo verdade e Coprnico era membro da Igreja. Galileu no foi acusado por defender que a Terra era redonda, pois isso j era uma teoria que surgiu no sculo III A.C. por Pitgoras. Galileu foi preso por usar a Bblia para provar que o mundo girava em torno do Sol sem ter bases concretas e por isso, ter partido para a rea da Teologia, sendo que ele era cientista natural e no telogo. Ele no foi torturado e nem morto, apenas sofreu uma pena de dois anos de priso domiciliar e sem nenhum maus tratos.

O CASO GIORDANO BRUNO Ex-sacerdote catlico, nasceu em Nola (Itlia), em 1548. Duvidava da existncia da Santssima Trindade e da divindade de Cristo e pregava a poligamia. Era inmeras vezes perseguido no s por catlicos, mas por protestantes por sua personalidade difcil. Se referia aos seus adversrios como burros, bestas, porcos, ces e lobos. O julgamento dele durou de 1591 a 1600, ano de sua morte, quando foi entregue ao poder civil. Giordano no era um idealista e sim um anarquista que por se achar superior atraiu repentino dio contra ele. O processo de Giordano mostra que se ele fosse julgado por um tribunal civil ele seria condenado morte bem antes do que foi pela condenado pela Inquisio e entregue aos tribunais, que aplicaram a pena de morte. A CAA AS BRUXAS Fala-se erradamente de milhes de mulheres mortas na fogueira por causa da Inquisio quando, na verdade, muita gente morria condenada por heresia por ter sido julgada no por um tribunal da Inquisio, mas por um tribunal civil e rgio (do rei). Na Idade Moderna, o nmero de pessoas mortas condenadas por bruxaria so: *2 na Irlanda *7 em Portugal *1000 na Itlia *4000 na Frana *25 000 na Alemanha (pas de maioria protestante luterana aps o sculo XVI) *15 000 na Inglaterra/Esccia (reinos de maioria anglicana e calvinista) *1350 na Dinamarca e Noruega (pases de maioria luterana) Cad os milhes de vtimas? Tambm importante destacar que de todas essas pessoas condenadas morte, somente 20 % delas foram julgadas pela Inquisio antes de serem entregues ao poder civil, o que equivalia morte na fogueira, pois o medo que o herege tinha no era o de ser julgado pela Inquisio, mas o de ser entregue ao poder civil. CONCLUSO preciso analisar a Histria, pois muitos erros que so cometidos hoje seriam evitados se as pessoas olhassem ao passado. Fala-se tanto da Inquisio, mas pouco se fala das revolues francesa, mexicana, da guerra civil espanhola onde milhares de padres, religiosos e leigos foram mortos pelos comunistas. Jogam a culpa do holocausto nas costas do Vaticano e chamam o Sumo Pontfice de nazista, quando o que a Igreja mais fez durante o perodo nazista foi combat-lo. Com provas documentadas nas Encclicas do ento Sumo Pontfice. No podemos comparar a Inquisio da Igreja com a da Espanha e Portugal que eram inquisies regias e no da Igreja. Eram tribunais que tinham um certo trao eclesistico, mas os reis, sob a ameaa de cisma se o Papa interferisse, eram quem governava os tribunais do Santo Oficio em Portugal e na Espanha. A Inquisio no se ocupava com pessoas de outras religies, somente se ocupava em aplicar a disciplina religiosa para pessoas de dentro da prpria Igreja. Pouco se fala do comunismo em Cuba, da Coreia do Norte, do Camboja, Mianmar, Vietn, ndia, Arbia Saudita entre outros pases do mundo muulmano, hindu e do antigo bloco socialista, onde crer em Jesus Cristo quase um atestado de bito. Como j escrevi, mata-se mais pela ausncia de

Deus do que quando se usa Ele como justificativa para cometer crimes. Para terminar com esse artigo desejo todos a paz de Cristo e o amor de Maria Sempre Virgem!

Fontes: Para entender a Inquisio(Prof Felipe Aquino.Ed Clofas) http://pt.wikipedia.org/wiki/Inquisi%C3%A7%C3%A3o http://www.cafetorah.com/artigos-sobre-a-inquisicao Joana D` Arc,a Mulher Forte(Rgine Pernoud, http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2007/01/23/os-martires-deguerra-civil http://pt.wikipedia.org/wiki/ http://www.sinaisdostempos.org/perguntas/inquisicao.htm http://catolicismosemsegredo.spaceblog.com.br/r52837/INQUISICAO/